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Caderno Projeto de Vida 1º ano

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1º ano 
DIÁLOGOS 
SOCIOEMOCIONAIS 
MAPA DE 
ATIVIDADES
SUMÁRIO
16
1º CICLO
45
2º CICLO
65
3º CICLO
77
4º CICLO
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INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a),
Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o 
centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico, 
a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda 
tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento 
pleno dos(das) estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade.
Nesse cenário, localiza-se o Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo 
o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante, 
competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e 
trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças, 
que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21.
Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos 
Socioemocionais com os(as) estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará 
estratégias e orientações que apoiarão seu planejamento para o trabalho com componentes 
curriculares voltados à reflexão e à elaboração de projetos de vida pelos(as) estudantes. As 
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atividades propostas compreendem carga horária de aproximadamente 40 horas e podem ser 
adaptadas pelo(a) professor(a), conforme seu conhecimento das turmas, sua disponibilidade de 
tempo e/ou de recursos. 
Portanto, é importante considerar a importância do planejamento no trabalho docente. 
A ação de planejar é central, pois é a partir dela que se definem objetivos, expectativas de 
aprendizagem e de desenvolvimento, escolhas metodológicas, modos de organização da 
turma, processos avaliativos etc. Sem um bom planejamento, perde-se a intencionalidade e a 
progressão do processo, bem como as oportunidades de promover a integração com as demais 
práticas e propostas que acontecem na escola.
A seguir, apresentaremos os princípios e conceitos que são essenciais para o entendimento da 
proposta e a realização de um bom trabalho. 
Boa leitura!
PARA COMEÇO DE CONVERSA: 
O PROJETO DE VIDA NA ESCOLA
Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes 
seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção 
aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple 
seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus 
projetos de futuro. 
Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha 
profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de 
cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída 
nelas a dimensão do(a) jovem como estudante. 
Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus 
interesses e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer-
se é uma busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a 
se valorizar, a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de 
crescer em situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida.
Em resumo, a dimensão pessoal envolve:
 • Conhecer-se, compreendendo suas emoções e como lidar com elas;
 • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas;
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 • Ver valor em si mesmo(a);
 • Olhar para o futuro sem medo;
 • Identificar seus interesses e suas necessidades;
 • Estabelecer objetivos e metas e persistir em alcançá-los; 
 • Ser aberto(a) às novas culturas, pessoas e ideias;
 • Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da 
realização de seus sonhos;
 • Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o 
bem comum;
 • Estabelecer significado às experiências na escola e fora dela;
 • Conhecer-se como estudante, identificando por que, com quem e como estudar e aprender.
Na dimensão cidadã, a busca é por uma compreensão do bem comum, das questões envolvidas 
na convivência e na atuação coletiva. Compreender-se como parte de um coletivo e como parte 
interdependente de redes locais e virtuais traz à reflexão o status planetário no qual estamos 
todos(as) inseridos(as). Perceber-se um(a) cidadão(ã), que integra a construção da vida familiar, 
escolar, comunitária e social, é um objetivo essencial nessa dimensão.
Em resumo, a dimensão cidadã envolve:
 • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas;
 • Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo 
as necessidades e os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no 
compartilhamento e na abertura para o convívio;
 • Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o 
bem comum; 
 • Vivenciar e atribuir significados às experiências cotidianas na escola, em especial àquelas que 
dizem respeito ao convívio e à atuação em grupos de trabalho escolares, nos projetos e nas aulas.
A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o 
olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida 
pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a 
um posicionamento do(a) estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo, 
identificar habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo 
caminho para o planejamento de metas e estratégias.
Em resumo, a dimensão profissional envolve:
 • A reflexão e o diálogo sobre seus interesses em relação à inserção no mundo do trabalho, 
bem como a ampliação dos conhecimentos sobre os contextos, as características, as 
possibilidades e os desafios do trabalho no século 21;
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 • A identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos, as aspirações, os 
conhecimentos, as habilidades e as competências de cada jovem, desenvolvidos ao longo da 
sua trajetória escolar, familiar e comunitária;
 • Conhecer-se como estudante, identificando os caminhos de desenvolvimento e 
continuidade dos estudos.
Em resumo, durante a proposta de trabalho com itinerário do Diálogos Socioemocionais 
no 1º ano do Ensino Médio, abrem-se oportunidades para que cada jovem – considerando 
as singularidades e a diversidade das culturas juvenis – assuma o protagonismo ao refletir 
sobre si mesmo(a) para aprofundar seu autoconhecimento, ao estabelecer seus objetivos de 
desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas 
ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a) 
escolheu como prioritárias para si mesmo(a). 
Ao final de cada ciclo de atividades do itinerário proposto, professores(as) e estudantes 
vivenciam a pausapara reflexão, que ocorre com o apoio do instrumento fundamentado 
em conceitos de avaliação formativa e baseado em rubricas. A partir do diálogo com o(a) 
professor(a) sobre como cada estudante observou o próprio processo de desenvolvimento 
(autoavaliação) e do estabelecimento de metas e combinados para o próximo período, é que 
o processo de desenvolvimento das competências socioemocionais torna-se intencional, 
explícito e consciente. 
Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de 
concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais.
Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda 
do(a) Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o 
material para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados. 
A AGENDA DO(A) ESTUDANTE
A Agenda do(a) Estudante pode ser um caderno customizado pelos(as) próprios(as) 
estudantes, uma espécie de agenda, na qual eles(as) podem fazer novas anotações 
sobre seu desenvolvimento e seus objetivos. 
Sugere-se que, nessa agenda, os(as) estudantes registrem, primeiramente, seus 
objetivos de desenvolvimento em suas próprias palavras. Por exemplo, um(a) 
estudante pode estar interessado(a) em aprender a falar em público, ou a conversar 
com desconhecidos, ou a mediar conflitos etc. 
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Em um segundo momento, recomenda-se que professor(a) e estudante, por meio do 
diálogo, possam estabelecer quais competências socioemocionais, dentre aquelas 
priorizadas na política da Secretaria de Educação, podem melhor apoiar o(a) estudante 
no alcance de seus objetivos. 
Para tanto, é necessário que o percurso de desenvolvimento dos(as) estudantes tenha 
intencionalidade e oportunidades reais para o desenvolvimento socioemocional e que 
o uso do instrumento com as rubricas para a avaliação formativa seja utilizado ao 
longo do processo.
AFINAL, O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS? 
Na perspectiva do Instituto Ayrton Senna, a implementação da educação integral nas escolas 
deve garantir o desenvolvimento de competências que combinem aspectos cognitivos e 
socioemocionais. Isso significa possibilitar aos(às) estudantes a aprendizagem de qualidade 
em habilidades que vão desde o letramento até o desenvolvimento de competências 
socioemocionais, isto é: proporcionar uma base sólida para que os(as) estudantes mobilizem, 
articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes 
para a relação com os outros e consigo mesmo(a), para o estabelecimento de objetivos de vida e 
para o enfrentamento de desafios, de maneira criativa e construtiva. 
As competências socioemocionais se manifestam em pensamentos, sentimentos e 
comportamentos e, uma vez consolidadas, tendem a afetar diferentes âmbitos da vida do(a) 
estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em 
experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa. 
A escola é um contexto formal de aprendizagem com particular importância para o 
desenvolvimento de competências socioemocionais, uma vez que oferece inúmeras 
oportunidades de identificar, desenvolver e colocá-las em prática. Na escola, crianças, 
adolescentes e jovens passam parte significativa de seu tempo em contato com os saberes 
curriculares, com os(as) colegas e com os(as) professores(as), enfrentando desafios, seja em 
relação ao aprendizado, seja em relação ao convívio social. 
MACROCOMPETÊNCIAS
Existem diferentes modelos que identificam e organizam as competências socioemocionais. 
No caso do Diálogos Socioemocionais, a matriz de fundamentação é baseada em um modelo 
científico que delimita cinco macrocompetências, conforme descrição a seguir. 
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 • Abertura ao novo – descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível a 
diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida; 
 • Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente, 
focada, pontual e persistente; 
 • Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se 
socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e energia; 
 • Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro, 
sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la; 
 • Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por 
sentimentos de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões 
interpessoais, estresse e frustrações. 
As referidas macrocompetências são compostas por competências mais específicas, as quais 
estão apresentadas na imagem a seguir:
O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL 
DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA
Qualquer atividade complexa ou desafiadora envolve, necessariamente, uma ou mais 
competências socioemocionais para que sua execução seja efetivada com sucesso. Todavia, nem 
sempre que obtemos sucesso em alguma atividade sabemos quais foram os comportamentos e 
as habilidades que possibilitaram o êxito. Quando refletimos sobre o processo, nos apropriamos 
mais do aprendizado proporcionado pela situação e ampliamos nosso repertório. Dessa forma, 
ao nos depararmos novamente com um desafio no futuro, a probabilidade de sabermos lidar com 
aquela situação é maior, generalizando o aprendizado da competência. 
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Responsabilidade
Iniciativa Social
Assertividade
Entusiasmo
Empatia
Respeito
Confiança
Tolerância 
ao estresse
Autoconfiança
Tolerância 
à frustração
Curiosidade 
para aprender
Imaginação 
criativa
Interesse 
artístico
AUTOGESTÃO
ENGAJAMENTO 
COM OS OUTROS AMABILIDADE
RESILIÊNCIA 
EMOCIONAL
ABERTURA 
AO NOVO
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Por exemplo, refletir sobre o peso que comportamentos de estudo (ex.: planejamento do que 
seria estudado por dia, organização do material, anotar e tirar as dúvidas, dentre outros) 
realmente tiveram no aprendizado e nas notas faz com que aumente a probabilidade de esses 
comportamentos serem adotados novamente quando surgir uma nova disciplina. Ou seja, 
quando desenvolvemos intencionalmente uma competência, conseguimos entender o quanto ela 
é importante e necessária para um determinado desfecho positivo e nos atentamos mais para 
nosso comportamento futuro. 
O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de 
reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante 
quais experiências. As metodologias da educação integral são aliadas do(a) professor(a) 
nesse processo. Essas são um conjunto de práticas de ensino que apoiam na promoção do 
desenvolvimento pleno dos(as) estudantes. Elas orientam as práticas pedagógicas dos(as) 
professores(as) para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, compromissada, 
colaborativa e problematizadora. Alicerçam a promoção do protagonismo dos(as) estudantes e 
do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais. 
Para a condução do Projeto de Vida dos(as) estudantes, priorizamos algumas delas:A Presença Pedagógica é o exercício de interação, abertura, confiança e compromisso com o(a) 
estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação de conflitos e da aprendizagem. Ela 
trata da qualidade das interações e da mediação do(a) professor(a) e envolve:
 • O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com 
os(as) estudantes;
 • A mediação do(a) professor(a) nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver 
os(as) jovens na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, em vez de 
agir como o único resolvedor;
 • O compromisso do(a) professor(a) com relação à aprendizagem dos(as) alunos(as), traduzido 
na confiança no potencial de cada um(a), nas expectativas elevadas sobre suas capacidades 
de aprender e na persistência e no investimento em ensinar.
A Problematização convida o(a) estudante a “aprender a aprender”. O(A) professor(a) lança 
desafios e questões para reflexão, faz boas perguntas e demanda que os(as) jovens elaborem, 
de forma própria, o conhecimento. É um meio de provocar a participação, a criticidade, a 
curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Nessa perspectiva:
 • O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo 
no processo;
 • Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece e deve ser ensinado a partir 
do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula; 
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 • O conhecimento se origina da busca por respostas para problemas bem formulados. O(A) 
professor(a) apresenta problematizações consistentes, possibilitando a mobilização de 
diversos recursos cognitivos e de uma postura investigativa do(a) aluno(a) diante do objeto 
de conhecimento;
 • O(A) professor(a) incentiva os(as) estudantes a pesquisar e os(as) acompanha e orienta 
no percurso de investigação e de construção de argumentos provisórios, que vão sendo 
discutidos e apurados, até que se chegue a uma resposta satisfatória e consistente para cada 
questão lançada;
 • Em síntese, cabe ao(à) professor(a) instaurar na sala de aula um ambiente investigativo, 
mobilizado pelos questionamentos dos(as) alunos(as) – de modo que cada jovem possa 
exercer uma postura de inquietação e curiosidade frente ao conhecimento.
A Aprendizagem Colaborativa trata essencialmente da promoção do trabalho colaborativo 
entre os(as) estudantes nas situações de aprendizagem e convívio. Pode ser realizado em 
duplas, pequenos times e em outras situações de ação coletiva. Esse modo de aprender promove 
a ampliação da autonomia dos(as) estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a 
novos modos de interação com o(a) professor(a) e com os pares, exigindo forte envolvimento e 
compromisso de todos(as). 
Para um trabalho colaborativo em times:
 • Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o 
desempenho do time;
 • A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos(as), em rodízio, e todos(as) os(as) 
estudantes realizam as tarefas;
 • As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo do 
trabalho do time, pois geram aprendizados importantes; 
 • Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A 
partir dessa avaliação os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a 
apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade;
 • O(A) professor(a) acompanha o trabalho dos(as) estudantes circulando pelos times, 
orientando-os(as) quando se desviam da tarefa, estimulando para que persistam nos 
momentos de frustração, provocando-os(as) a pensar soluções antes de ouvirem sua 
opinião, potencializando a aprendizagem.
O mapa de atividades do Projeto de Vida possibilita o desenvolvimento de diversas 
competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com indicação de 
quais competências serão promovidas. Independentemente da indicação, há metodologias que 
favorecem o desenvolvimento intencional das competências que podem ser utilizadas por você, 
professor(a), tanto para fortalecer alguma das competências listadas na introdução quanto 
para inserir o trabalho com outras que julgue estratégicas para trabalhar com sua turma em 
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um dado momento. A ressalva é de não focar no desenvolvimento de várias competências 
concomitantemente, pois a ciência mostra que não é possível desenvolver com qualidade mais 
de duas competências ao mesmo tempo. 
Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das 
competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades 
para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o 
desenvolvimento de competências.
Programas mais efetivos no desenvolvimento de competências socioemocionais são aqueles bem 
estruturados, que apresentam as seguintes características[1]:
Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes 
e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta 
para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas. 
Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta 
uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um 
texto. Os(As) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos. 
Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas.
A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência, 
apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as) 
estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência, 
1. Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017.
Possuem sequência 
didática que apoia na 
aprendizagem. O 
conhecimento é 
mobilizado nas 
atividades seguintes.
Propõem experiências 
práticas variadas para 
promover a 
aprendizagem e se 
baseiam nas 
metodologias ativas.
Possuem pelo menos 
um componente 
específico para o 
desenvolvimento de 
competências 
socioemocionais.
Deixam claro para o(a) 
professor(a) e os(as) 
estudantes o que está 
sendo trabalhado e os 
objetivos de 
aprendizagem.
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as competências da autogestão e a imaginação criativa. A intencionalidade no desenvolvimento 
das competências não está explícita de antemão, mas as competências precisam ser mobilizadas 
pelos(as) estudantes para que eles(as) completem a atividade.
De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar 
o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes 
experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão 
trabalhando mais intensamente em cada atividade.
Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento 
intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode 
personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola 
ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividadesefetivas: o foco. Escolha uma ou duas 
competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso 
não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão. 
Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao 
longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo. 
As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo, e, ao serem combinadas 
com as abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, 
potencializam o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as) 
estudantes na construção coletiva do conhecimento.
A AVALIAÇÃO FORMATIVA
A avaliação da aprendizagem é tema recorrente nos debates educacionais. Já é um consenso que 
a avaliação não pode ser concebida como medida, régua, e sim como orientadora, bússola. Para 
tanto, se faz importante que os instrumentos de avaliação sejam diversificados, indo para além 
das provas e notas.
No entanto, na perspectiva da educação integral e sua visão de desenvolvimento 
pleno dos(as) estudantes, os debates voltam-se para como promover a avaliação das 
competências socioemocionais.
O desenvolvimento de competências socioemocionais não pode ser avaliado com vistas a um 
ideal de desenvolvimento, pois não existe um padrão ideal, um ponto de chegada. Cada ser 
humano é único e irrepetível, e, na dinâmica dos acontecimentos da vida, mobilizamos nossas 
competências socioemocionais de modo mais ou menos uniforme. 
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Por isso, a proposta que o Diálogos Socioemocionais traz para apoiar o desenvolvimento de 
competências socioemocionais é fundamentado em conceitos da avaliação formativa e no uso de 
instrumento baseado em rubricas.
A avaliação formativa é uma concepção e prática avaliativa que visa acompanhar o 
percurso de aprendizagem e de desenvolvimento de cada estudante que considera que 
cada um(a) possui ritmos e modos de aprender distintos. Ela é realizada ao longo do 
processo educativo, contando sempre com a devolutiva do(a) professor(a). 
Muitos são os instrumentos que permitem a prática da avaliação formativa. Todos 
partem do princípio de planejar atividades abertas, colaborativas, que permitam a 
autoavaliação, tais como produções textuais, dinâmicas em grupo, uso de rubricas, 
dentre outras.
Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais 
e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo 
apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada. 
O uso do instrumento do Diálogos Socioemocionais é realizado ao longo de todo o processo 
educativo. Em cada momento avaliativo, professores(as) e estudantes dialogam a partir 
da autoavaliação do(a) estudante, induzida pelo instrumento, e constroem um plano de 
desenvolvimento a partir das conclusões a que chegaram. Esse ciclo de autoavaliação/
devolutiva/plano de desenvolvimento possibilita aos(às) estudantes repactuar expectativas e 
tomar consciência acerca do próprio desenvolvimento para se autorregularem.
Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a) 
professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das 
quais os(a) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das 
autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota 
quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse 
percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus 
posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por 
ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos. 
As principais características da avaliação formativa são:
 • Ser em si mesma um processo educativo que acompanha tanto a aprendizagem e o 
desenvolvimento dos(as) estudantes quanto o próprio processo didático; 
 • Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências do que 
se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto o(a) professor(a) 
quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de aprendizagem. É 
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importante, portanto, que o tempo das devolutivas ocorra enquanto ainda dá tempo de agir 
sobre as conclusões e a elaboração do plano de desenvolvimento, e não ao final do processo;
 • Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as) 
(objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para 
que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem. 
Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da 
avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período 
em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às) 
estudantes, de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao 
longo desse mesmo período.
Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material 
disponível no curso a distância.
SOBRE A RELAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM ESTE MATERIAL
O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula, 
muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com 
estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências 
socioemocionais e a avaliação por rubricas.
A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender 
do ritmo de suas turmas.
Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de 
aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras 
atividades que executará com seus(suas) alunos(as).
COMPOSIÇÃO DO ROTEIRO DE ATIVIDADES
As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o 
conjunto de atividades contém:
 • Resumo breve da atividade;
 • Objetivo a ser alcançado;
 • Competências intencionalmente desenvolvidas em cada atividade;
 • Organização da turma: proposta de organização dos(as) estudantes, em grupos, roda de 
conversa, por exemplo;
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 • Duração prevista: número de aulas para desenvolver a atividade, em um cenário ideal;
 • Para fortalecer sua mediação e presença pedagógica: dicas de metodologias 
integradoras para o(a) professor(a); ou
 • Desenvolvimento: estratégias e desenvolvimento da atividade (em etapas, conforme o 
caso), com sugestões de condução, dicas e orientações para o(a) professor(a).
O PROJETO DE VIDA NO 1° ANO DO ENSINO MÉDIO
Os(As) estudantes vivenciam um processo de construção de identidade em uma proposta que 
trabalha competências-chaves para o desenvolvimento pessoal, tais como o autoconhecimento, 
a autoconfiança e a visão confiante do futuro, por exemplo, possibilitando que os(as) alunos(as) 
conheçam e explorem as próprias motivações, potencialidadese desafios na construção de seus 
Projetos de Vida.
A seguir, apresentaremos a organização do itinerário proposto para o componente Projeto de 
Vida para o 1o Ciclo. As atividades propostas têm como objetivo promover o fortalecimento das 
questões de identidades juvenis na construção de um Projeto de Vida, o pertencimento escolar e 
o desenvolvimento de competências socioemocionais.
 As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível 
para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua 
disponibilidade. 
De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento do 
instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas em um 
tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. Após o 
preenchimento do instrumental, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto em 
seguida, e a Atividade 5 – Nossos sonhos, pois ela é estruturante para a definição dos objetivos 
do Projeto de Vida. 
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1º CICLO
MAPA DE ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA! 
Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.
 • 01 AULA
ATIVIDADE 2
O QUE É SER UM(A) ESTUDANTE PROTAGONISTA?
Reflexão sobre o que é ser um(a) estudante protagonista. Apresentação das 
competências para o século 21. Construção da Agenda.
 • 02 AULAS
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ATIVIDADE 3
QUEM SOU EU?
Discussão a respeito das múltiplas identidades dos(as) jovens. 
 • 02 AULAS
ATIVIDADE 4
MARCAS QUE RECEBO E DEIXO
Identificação de acontecimentos marcantes da vida dos jovens seguida de uma 
discussão sobre as marcas que cada um tem deixado no mundo. Criação individual 
de uma marca gráfica representativa do(a) aluno(a), elaborada a partir de uma 
reflexão quanto a valores, atributos e identidade. 
 • 02 AULAS
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ATIVIDADE 5
NOSSOS SONHOS!
Compartilhamento dos sonhos que os(as) jovens possuem para sua vida. Planejar, 
executar e avaliar uma ação protagonista na escola. 
 • 04 AULAS
ATIVIDADE 6
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO
Acompanhamento – 1ª Rodada. 
*Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica
 • 02 AULAS
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ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA
RESUMO Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.
OBJETIVOS
Ouvir as impressões e expectativas dos(as) estudantes sobre o componente 
Projeto de Vida. Compreender o que é o desenvolvimento de competências 
e como isso influencia na vida, dentro e fora do contexto escolar, e o papel 
do Diálogos Socioemocionais nesse processo. Estabelecer combinados para 
as atividades de Projeto de Vida.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade e entusiasmo.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade, são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.
DURAÇÃO PREVISTA 1 aula
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em 
roda de conversa.
A roda de conversa é um momento estruturante para reestabelecer um movimento de 
diálogo e participação em que todos(as) podem se ver e ouvir. O exercício da fala e da 
escuta ativa na roda é algo a ser construído, pois envolve o estabelecimento da relação 
de confiança no grupo.
• Aproveite o momento para identificar as expectativas que os(as) estudantes trazem 
sobre o componente Projeto de Vida e o desenvolvimento de competências para o 
século 21; 
• Procure organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários(as) jovens 
possam se manifestar sobre suas dúvidas e expectativas. É desejável que você tome 
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nota das expectativas, compondo no quadro um mapeamento. Acolha e valorize os 
diversos pontos de vista surgidos, tanto as falas que trazem os aspectos positivos 
quanto as que trazem os negativos;
• Dialogue com eles(as) sobre a importância de, progressivamente, assumirem as 
rédeas da própria aprendizagem, sendo os encontros de Projeto de Vida momentos 
singulares para refletir sobre a vivência que estão tendo na escola;
• Lembre-se de que uma relação mais horizontalizada entre professor(a) e alunos(as) 
é altamente desejável nesse momento, visto que pode facilitar a participação 
espontânea e livre de todos(as), além de fomentar um vínculo no grupo atravessado 
por sentimentos de confiança. 
Lembre-se de abordar alguns pontos fundamentais:
 • Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos 
para os encontros e a existência da lista de presença);
 • A organização das aulas (momentos/atividades individuais, em duplas e em grupo);
 • Os meios de registro e compartilhamento que serão adotados (a Agenda, que será um 
importante suporte para registro, mas você e a turma poderão adotar outros que julgarem 
necessários e pertinentes); 
 • A proposta, a estrutura e o objetivo do componente durante os três anos do Ensino Médio;
 • A importância da participação e corresponsabilidade de todos durante as aulas.
2ª ETAPA 
Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais. 
A sua rede está propondo uma Proposta Educacional chamada Diálogos 
Socioemocionais, que contribui com a implementação da política de educação integral. 
Ela envolve uma metodologia de desenvolvimento e uma de acompanhamento das 
competências socioemocionais em ambiente escolar.
O objetivo é que por meio do diálogo frequente entre professor(a) e estudante se estabeleça 
um plano de trabalho para o desenvolvimento integral do(a) estudante, no qual ambos(as) 
estão comprometidos(as) e – com eles(as) – toda a escola, com o apoio do(a) diretor(a), do(a) 
coordenador(a) pedagógico(a) e de representantes regionais e centrais das secretarias. 
O Diálogos são essencialmente um processo formativo. Isso significa que o Diálogos 
oferecem insumos para que tanto professor(a) quanto estudante possam acompanhar, 
durante um período pré-definido, e definir próximos passos que os(as) ajudem a 
alcançar os objetivos estabelecidos inicialmente por eles(as) mesmos(as). 
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A proposta inclui uma proposta estruturante para o desenvolvimento das competências 
socioemocionais, mas é possível combiná-la com outras que sua rede já desenvolva. 
Portanto, não se preocupe, pois não é necessário abandonar uma prática que já está 
funcionando na sua escola. Nesses casos, a principal contribuição da proposta educacional 
Diálogos Socioemocionais será para acompanhar de maneira sistemática e estruturada o 
desenvolvimento dessas competências (a ferramenta para isso será apresentada mais adiante).
Veja se há outro elementodos mencionados na introdução deste caderno que gostaria de 
compartilhar com os(as) seus(suas) estudantes.
Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com as suas palavras e falar sobre 
as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais valioso para os(as) 
estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as) mesmos(as), trabalhando o seu 
autoconhecimento, e possam estabelecer os seus objetivos de desenvolvimento. Esse processo é todo 
apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as) verão que o autodesenvolvimento anda junto 
com o processo deles(as) de planejar o futuro e preparar-se para trilhar o caminho, de acordo com as 
suas expectativas.
Após a apresentação da proposta, cheque se os(as) estudantes possuem alguma dúvida. Sinalize que, 
em um próximo momento (que pode ser a atividade seguinte, na mesma aula, ou na aula seguinte, 
dependendo do tempo disponível para a realização da atividade), conhecerão um pouco mais sobre as 
competências socioemocionais e como elas serão trabalhadas ao longo do ano. 
3ª ETAPA
Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença e a colaboração 
de todos será fundamental para que as aulas sejam proveitosas. Informe o assunto da próxima aula e 
combine com os(as) estudantes para trazerem o material necessário para a confecção da Agenda:
 • Um caderno (acabamento em espiral ou brochura, com folhas brancas ou pautadas, de capa à 
escolha de cada um(a) e que contenha cerca de 100 páginas);
 • Uma fotografia impressa de um momento significativo na vida (pode ser foto antiga ou recente).
Combine com a turma para que tenha a iniciativa de já se organizar em roda de conversa antes de sua 
chegada, no próximo encontro.
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ATIVIDADE 2
O QUE É SER UM(A) ESTUDANTE PROTAGONISTA?
RESUMO
Reflexão sobre o que é ser um(a) estudante protagonista. Apresentação das 
competências para o século 21. Construção da Agenda.
OBJETIVOS
Iniciar o movimento de ressignificação da escola e do conhecimento 
para uma formação protagonista pelos jovens. Compreensão sobre a 
importância do desenvolvimento de competências socioemocionais para se 
fazer boas escolhas dentro e fora da escola. Construção da Agenda.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, foco, responsabilidade, 
organização, iniciativa social, assertividade e respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho em quartetos.
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Como fica explícito no texto trabalhado nesta atividade, o protagonismo juvenil demanda uma 
postura ativa dos(as) estudantes para que eles tomem as rédeas das próprias ações. Mas é 
importante destacar também a importância da parceria da escola e dos(as) professores(as) 
nesse processo, que devem sempre instigar ações autônomas e determinadas dos(as) 
estudantes. Para isso, atitudes bem simples podem ser tomadas dentro de sala de aula e nos 
encontros de Projeto de Vida, como estimular os(as) estudantes a participar das aulas com 
perguntas e argumentos que fomentem as discussões; apoiar e incentivar os(as) jovens a 
prosseguir com as atividades nos momentos em que eles(as) se mostrarem desestimulados(as); 
celebrar as conquistas oriundas dos trabalhos e das ações feitas por eles(as); e ajudá-los(las) 
a entender os erros como oportunidades de aprendizado. Assim, certamente o caminho em 
direção ao protagonismo juvenil será mais rico e prazeroso! Para esta aula, será preciso 
providenciar cópias do texto “O que é ser um(a) estudante protagonista?” (Anexo 1.1.).
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DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Recepcione os(as) estudantes e peça para que se organizem em trios. Apresente a proposta das atividades.
Verifique se os(as) estudantes trouxeram o material para a elaboração das Agendas. Converse com 
os(as) alunos(as) sobre a importância do registro para o acompanhamento de seu desenvolvimento e 
oriente-os(as) sobre a personalização desse recurso de aprendizagem.
Para o acompanhamento das aprendizagens geradas, é importante que os(as) estudantes tenham 
uma forma de registrar suas reflexões sobre si mesmos(as), sobre sua relação com o mundo 
e sobre suas expectativas para o futuro. Essa reflexão é um momento crucial do trabalho com 
Projeto de Vida. A Agenda será um instrumento de registro do processo de autoconhecimento e 
desenvolvimento, por isso a importância de sua customização pelos(as) próprios(as) jovens. Esse 
registro é essencial para que possam acompanhar os desafios enfrentados, os avanços alcançados 
e manter a memória do que viveram.
2ª ETAPA
Após a elaboração das Agendas, apresente para a turma as competências socioemocionais que serão 
trabalhadas neste ano. Você pode ser criativo(a) e utilizar diferentes abordagens para apresentar um 
pouco das competências socioemocionais para os(as) estudantes. 
3ª ETAPA
Organize a turma em uma roda de conversa e, caso os(as) estudantes já tenham se organizado dessa 
maneira, reconheça e parabenize a iniciativa. Pergunte se alguém gostaria de falar sobre “O que é 
protagonismo juvenil?”. Acolha todas as contribuições.
4ª ETAPA
Reproduza o desenho a seguir no quadro e oriente os(as) estudantes para que se organizem em 
quartetos. Distribua cópias do texto “O que é ser um(a) estudante protagonista” (Anexo 1.1) aos 
times e peça que, após a leitura, discutam e façam o registro de suas ideias. Oriente que os quartetos 
definam um(a) líder para ser o responsável pela mediação da leitura e do registro. Todos devem 
participar da leitura e também apresentar seu ponto de vista sobre o texto.
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SITUAÇÃO 1:
ESTUDANTE 
COADJUVANTE
SITUAÇÃO 2:
ESTUDANTE 
PROTAGONISTA
COMO SUPERAR A 
SITUAÇÃO 1 A ATINGIR 
A SITUAÇÃO 2?
Procure circular entre os times formados, observando como os(as) alunos(as) estão 
trabalhando, incentivando a colaboração e a participação, fomentando o debate. 
Lembre-se de indicar quanto tempo os times terão para a discussão e orientá-los a 
fazer a gestão do tempo para esta etapa da atividade.
5ª ETAPA
Oriente a turma para que se organize novamente em círculo e peça para que os(as) líderes dos 
grupos registrem no quadro o entendimento do grupo. Acolha e comente as contribuições de 
todos e retorne ao grupo, perguntando o que acharam do processo.
6ª ETAPA
Indique que no Diálogos Socioemocionais reflexões como as que acabaram de ter serão 
recorrentes e que haverá um instrumento para apoiar seu registro para além da Agenda 
produzida na aula anterior. Descreva como o trabalho será realizado, apresente o instrumental 
de rubricas e como será a avaliação. Para esta ação, siga as orientações do Manual do Aplicador, 
que é um material específico de orientação para o trabalho com as rubricas.
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PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
As rubricas são elaboradas a partir de critérios previamente estabelecidos e ordenados 
em progressão, facilitandoa elaboração ou o acompanhamento de critérios avaliativos 
de maneira transparente e clara, rumo aos objetivos de aprendizagem estabelecidos 
entre estudante e educador(a) em conjunto.
Duas características principais que caracterizam as rubricas são o uso de critérios 
claros a serem avaliados (ou seja, que conteúdo ou competência) e os níveis explícitos 
de localização dentro do percurso. Pense nos degraus de uma escada: quanto mais 
alto o degrau, mais alto você considera seu nível de habilidade em uma determinada 
competência. Desse modo, ao explicitar concretamente o degrau que melhor representa 
o quanto o(a) estudante considera que desenvolveu determinada competência e abrir 
espaço para o diálogo entre professor(a) e estudante a respeito disso, chegando a 
um consenso a respeito de qual é esse degrau, ambos(as) conseguem planejar de 
modo também mais concreto de que forma potencializar o desenvolvimento dessa 
competência e que benefícios essa aprendizagem pode trazer para a vida do(a) 
estudante em diversos âmbitos.
Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e convide 
os(as) estudantes para a próxima atividade. 
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ATIVIDADE 3
QUEM SOU EU?
RESUMO
Discussão, reflexão e registro a respeito das múltiplas identidades 
dos(as) jovens.
OBJETIVOS
Possibilitar que os(as) estudantes reflitam sobre elementos que 
constituem suas identidades, especialmente os relacionados à vida 
escolar, familiar e comunitária.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, autoconfiança, iniciativa social, assertividade, 
empatia, respeito e confiança.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em rodas de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho 
individual e em duplas.
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. 
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
A pergunta “Quem sou eu?” pode suscitar as mais diversas reações nos(as) estudantes, 
posto que a questão aborda diretamente os desejos, os medos, as vontades e as relações 
que os(as) jovens estabelecem ao longo da vida. Como explicita o texto introdutório deste 
material, o exercício da identidade no Projeto de Vida deve resultar de um processo de 
reflexão e de experimentação intencional e orientada sobre as relações estabelecidas 
pelos(as) jovens com seus pares, os adultos que os cercam, o conhecimento e as práticas 
vivenciadas na escola e fora dela.
Nessa atividade, por exemplo, as perguntas elaboradas em cada uma das etapas traçam 
um caminho possível para se delinear a identidade dos(as) estudantes e alguns(algumas) 
deles(as) podem apresentar a necessidade de falar de aspectos da sua vida. Se isso 
acontecer, lembre-se de acolher as angustias do(a) estudante com empatia e respeito. É 
legal lembrar aos(às) demais estudantes de terem a mesma postura. 
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Para que a aula não fiquei muito tempo mergulhada nas reflexões de um(a) único(a) 
estudante, uma possibilidade – após acolher os comentários iniciais deste(a) estudante 
– é oferecer um outro horário para continuar a conversa. A escuta atenda é muito 
importante nesse momento!
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA 
Convide os(as) estudantes para dizerem como responderiam à frase: “Quem sou eu?”. Acolha todas as 
contribuições e, em seguida, apresente como será o agrupamento da turma. Não se esqueça de dizer que 
o propósito da atividade é que os(as) estudantes sejam investigadores(as) de si mesmos(as). E que, 
para isso, a atividade será organizada em quatro momentos, cada um com um foco diferente. A saber:
 • 1º momento – Eu e eu mesmo(a);
 • 2º momento – Eu e minha família;
 • 3º momento – Eu e minha vida escolar;
 • 4º momento – Eu e meu bairro, minha cidade, meu país e o mundo.
Proponha que se organizem em quartetos e selecionem um(a) líder para ser responsável pelo 
tempo e pela mediação da atividade. Apresentamos a seguir algumas sugestões norteadoras para 
cada uma das etapas da atividade. Se achar que as perguntas sugeridas, especialmente para os 1º 
e 2º momentos, podem surtir questões delicadas para os(as) estudantes, você pode propor outra 
estratégia, por exemplo, que abarque só a apresentação de cada um(a). Use sua criatividade para a 
apresentação (ou elaboração) das perguntas à turma de forma atrativa e mobilizadora.
1º 
MOMENTO
Apresente-se, dizendo o modo como gosta de ser chamado(a), ressaltando 
características de que gosta em si mesmo(a), e conte um pouco de sua história de vida.
2º 
MOMENTO
Conte um pouco sobre sua família e os valores que ela mais aprecia. Você também 
pode ressaltar as coisas que você mais admira nela. 
3º 
MOMENTO
Fale um pouco de sua relação com a escola. Lembre-se de dizer sobre o modo 
como prefere aprender, como participa da aula e como soluciona suas dúvidas.
4º 
MOMENTO
Conte como você se sente em relação ao bairro/comunidade onde mora. 
Qual é a sua relação com sua cidade e seu país? 
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2ª ETAPA
Organize a turma em roda de conversa para a socialização dos registros sobre a atividade. Faça 
a mediação das contribuições e, em seguida, proponha a avaliação da atividade, tendo em vista 
discutir sobre: (a) a participação de cada um durante o trabalho em quartetos; (b) a atuação 
dos(as) líderes na tarefa e (c) o que descobriram de mais interessante em seus colegas. 
Esta última questão deve gerar um movimento de “espelhamento” positivo, quando os(as) 
estudantes falam sobre seus(suas) colegas e ouvem o que dizem sobre eles(as).
3ª ETAPA
Finalize a discussão com uma reflexão sobre: “Quais competências a turma está aprendendo 
neste ano na escola que são importantes para viver e trabalhar no século 21?”.
FAÇA UMA BOA MEDIAÇÃO NA 
RODA DE CONVERSA, DE MODO QUE:
• Seja instaurado um clima acolhedor às ideias, fazendo com que todos se sintam à 
vontade de compartilhar o que pensam e sentem;
• Quando houver divergências de opiniões, valorize todas, propondo uma atitude de 
respeito do grupo em relação à diversidade;
• Os(As) mais tímidos(as) sejam incentivados a se expressar e a compartilhar momentos 
de fala com os(as) colegas;
• Os(As) jovens não “personalizem” a participação em alguém, como, por exemplo, 
nos(as) líderes dos quartetos, pois esse momento é de caráter coletivo;
• A importância do registro seja apontada, orientando os(as) alunos(as) a anotarem o que 
de mais importante for discutido.
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ATIVIDADE 4
MARCAS QUE RECEBO E DEIXO
RESUMO
Identificação de acontecimentos marcantes da vida dos(as) jovens seguida 
de uma discussão sobre as marcas que cada um(a) tem deixado no mundo. 
Criação individual de uma marca gráfica representativa do(a) aluno(a), 
elaborada a partir de uma reflexão quanto a valores, atributos e identidade.
OBJETIVOS
Possibilitar que os(as) alunos(as) identifiquem e reflitam sobre as marcas 
que recebem e deixam no mundo.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Determinação, persistência, tolerância ao estresse, interesse artístico, 
tolerância à frustração e imaginação criativa.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMAAo longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. 
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Pensar sobre o que fez, refletir sobre as próprias ações, saber antecipar as 
consequências dos próprios atos... Esses são alguns modos de avaliar nossas próprias 
atitudes, de pensar sobre elas e, principalmente, produzir significado para nossas 
experiências. Avaliar, nesse sentido, é compreender o que aconteceu, estabelecer 
relações causais a partir das ações e escolhas que fazemos.
Esta atividade, por exemplo, termina com um exercício avaliativo em que os(as) 
alunos(as) devem refletir, em conjunto com o time, sobre os elementos que compõem 
as marcas que criaram e sobre como foi o processo criativo. Por que tal aluno(a) utilizou 
a cor azul e não a amarela? O(A) jovem pode argumentar que a escolha se deveu 
apenas a um gosto pessoal, mas pode também, após refletir sobre as próprias escolhas, 
identificar que o azul remete a lugares, sensações, pessoas, momentos e objetos de que
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 ele gosta, e assim atribuir sentido a tal escolha. Do mesmo modo, outro(a) aluno(a) 
pode perceber que determinada dificuldade que teve ao longo do processo foi recorrente 
em outros momentos de sua vida, e assim buscar meios para superar essa dificuldade.
Esses são exemplos fictícios, mas possíveis! Eles mostram que avaliar processos e produtos 
é muito importante – e que essa reflexão sobre as ações e escolhas dos(as) jovens deve ser 
sempre incentivada! Para esta atividade, providencie cópias do Anexo 1.2.
1ª ETAPA
Receba a turma e oriente que se organizem em times. Dialogue com os(as) alunos(as) sobre a 
proposta da atividade. Distribua cópias do Anexo 1.2, disponível ao final da atividade, e peça 
aos(às) estudantes que procedam à leitura, coletiva e dialogada, do texto “Marcas que recebo e 
deixo”. Os(As) alunos(as) devem se revezar na leitura, cada um(a) lendo um parágrafo.
Durante a leitura, busque instigá-los(las) a relatar, brevemente, acontecimentos que 
marcaram suas vidas. Importante lembrar que, ao longo do texto introdutório, são 
sugeridos aos(às) alunos(as) breves jogos de imaginação e memória: crie uma dinâmica 
em que todos(as) participem ao mesmo tempo e ajude-os(as) na contagem do tempo. 
Esse pode ser um momento descontraído e divertido, além de instigante.
Ao longo da leitura e dos jogos, ajude-os(as) a diferenciar os acontecimentos que trazem 
marcas superficiais e profundas. Estimule, na conversa, a reflexão sobre as marcas 
deixadas no mundo ao redor.
2ª ETAPA
No momento de criação da marca, instigue-os(as) a conversar sobre marcas que já conhecem e a fazer 
pesquisas na internet, tanto das marcas existentes quanto sobre os variados processos que envolvem 
a criação de marcas. Não se trata de um conhecimento essencial para a realização da atividade, mas 
muitos(as) alunos(as) têm curiosidade sobre esse tema e podem realizar descobertas interessantes.
Esteja atento(a) ao processo de cada aluno(a), auxiliando-os(as) na compreensão da 
proposta, ajudando-os(as) a focar na atividade, dialogando sobre as questões que 
surgirem, valorizando suas ideias e compartilhando conhecimentos.
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3ª ETAPA
Após a criação, proponha que as marcas sejam afixadas na parede para que todos(as) possam 
apreciá-las. Faça comentários, traga perguntas, provoque-os(as) a expressar seus sentimentos. E 
ajude-os(as) a proceder com a avaliação que lhes foi proposta no último item do roteiro.
Reserve um momento do final da aula promovendo um diálogo em times ou em roda de 
conversa, para que a turma possa dialogar sobre suas percepções acerca do desenvolvimento 
de competências socioemocionais promovido por esta atividade. Além das competências 
determinação, persistência, tolerância ao estresse, interesse artístico, tolerância à frustração e 
imaginação criativa, a turma consegue perceber outras competências que foram acionadas? 
Quais competências consideram mais desafiadores de desenvolver? Há alguma que seja senso 
comum da maioria da turma? Que tal se organizarem para criar estratégias de desenvolvimento 
dessa competência dentro e fora da sala de aula?
É importante que os(as) estudantes registrem seus processos em suas Agendas e, desta forma, se 
tornem cada vez mais autônomos e conscientes quanto a seus processos de aprendizagem. 
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ATIVIDADE 5
NOSSOS SONHOS!
RESUMO
Promover a reflexão, a discussão e o compartilhamento acerca dos sonhos 
que os(as) jovens possuem para suas vidas. Planejar, executar e avaliar 
uma ação protagonista dos(as) jovens na escola.
OBJETIVOS
Proporcionar que os(as) jovens verbalizem os sonhos que possuem para 
o futuro, que possam conhecer os sonhos de seus(suas) colegas e que 
tomem consciência do processo de planejamento de um Projeto de Vida.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico, 
foco, responsabilidade, organização, autoconfiança, iniciativa social, 
assertividade, entusiasmo e respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em trio.
DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas. 
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
O Projeto de Vida pode ser apresentado de uma maneira mais didática, como a 
linha que une o “ser” ao “querer ser”. Obviamente, o Projeto de Vida não é uma 
escolha estática e imutável; ao contrário, no decorrer da vida, aperfeiçoamos nossas 
escolhas mudando rotas e encontrando alternativas em situações de adversidade e 
experimentando possibilidades.
Segundo o professor Juarez Dayrell, “o Projeto de Vida pode ser entendido como a 
ação do indivíduo de escolher um, dentre os futuros possíveis, capaz de transformar 
os desejos e as fantasias que lhe dão substância em objetivos passíveis de serem 
perseguidos, representando, assim, uma orientação, um rumo de vida. Os projetos 
podem ser individuais ou coletivos; podem ser mais amplos ou restritos; e com 
elaborações a curto ou médio prazo, segundo o campo de possibilidades. (...) O projeto
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possui uma dinâmica própria, transformando-se na medida do amadurecimento dos 
próprios jovens ou das mudanças no campo de possibilidades”. (Por uma pedagogia da 
juventude. Disponível em: <bit.ly/juventudepedagogia>. Acesso em: 20 mar. 2019.)
Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto Sonhar para começar (Anexo 1.3).
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Reproduza a imagem a seguir e apresente a atividade e seus objetivos. 
2ª ETAPA
Oriente os(as) estudantes para que, primeiramente, pensem individualmente sobre seus sonhos 
e façam o registro de suas ideias na Agenda. Deixe claro que, neste momento, vale expor todos 
os sonhos, mesmo aqueles que pareçam inalcançáveis. 
Apresentamos algumas sugestões de questões para auxiliar a reflexão dos(as) estudantes nesta 
primeira etapa da atividade:
 • O que gostaria de alcançar no que se refere aos relacionamentos pessoais?• O que posso fazer para que isso aconteça?
 • O que espero conquistar, em termos de aprendizagem na escola? 
 • O que posso fazer para que isso aconteça?
 • O que sonho para minha vida como um todo? 
 • O que posso fazer para que esse sonho se transforme em realidade?
 • O que desejo para minha família?
 • O que está ao meu alcance de ser feito para que esse desejo aconteça?
 • O que pretendo fazer pensando no bem comum?
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3ª ETAPA 
Oriente a turma para que se organize em trios. Peça aos trios que definam um(a) líder para 
mediar a próxima etapa da atividade. Entregue uma cópia do Anexo 1.3. a cada líder. O(A) líder 
deverá ler cada pergunta, discutir com seus(suas) colegas e realizar o registro das respostas. 
Lance mão de sua presença pedagógica e circule pela sala enquanto os trios discutem 
as questões e fazem suas orientações. Ofereça o suporte necessário aos trios. Faça 
perguntas, caso algum(a) líder apresente desafios na mediação do debate. Cuide para 
que as discussões não sejam conduzidas na perspectiva de atribuição de valor aos 
sonhos compartilhados. 
4ª ETAPA
Em seguida, promova uma roda de conversa para compartilhar o que já realizaram de seus 
planos para este ano e as aspirações e os sonhos que possuem para sua vida.
Se ficar evidente que algum(a) dos(as) jovens não caminhou na concretização de seus 
planos para este ano, agende um momento particular com ele(a), buscando entender 
os motivos e incentivá-lo(la) a dar passos na direção do planejado nos próximos 
meses.
Busque traçar com ele(a) tarefas simples, viáveis de serem realizadas e observadas 
em pouco tempo. Oriente-o(a), também, em relação ao apoio que ele(a) pode receber 
dos(as) colegas, dos(as) professores(as) e da equipe de gestão da escola. Assim, aos 
poucos, ele(a) poderá retomar planos maiores com mais vigor. 
Já com relação aos sonhos para o futuro, caso você identifique estudantes 
que precisem de seu apoio, chame-os(as) para uma conversa, pois o olhar e a 
experiência do adulto ensinam os(as) jovens a valorizar suas experiências e a 
olhar o futuro por outras perspectivas. A capacidade de ter resiliência frente às 
adversidades e aos desafios do dia a dia e a de encontrar um sentido para a vida 
deverão ser objeto de discussão com a turma.
Sobre o tema “educação”, a pesquisa “O sonho brasileiro” (que você pode encontrar 
aqui <https://bit.ly/2nwwxyP>) identificou que, entre os 79% dos(as) jovens que não 
estão ou não passaram por um curso superior, 77% têm a intenção de cursá-lo, desejo 
esse presente em jovens de todas as camadas sociais. 
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Coloque ênfase nesse aspecto, ouvindo as aspirações de sua turma a respeito da 
continuidade dos estudos e do que imaginam que isso trará para suas vidas. A 
mesma pesquisa ainda apresenta outras informações interessantes, que podem ser 
compartilhadas com a turma. Segundo o estudo, os maiores sonhos dos(as) jovens de 
18 a 24 anos são:
Mobilize-os(as) para contar sobre a experiência de pensar, compartilhar e registrar seus sonhos. 
5ª ETAPA
A próxima etapa da atividade é a promoção de uma miniação de intervenção na escola 
organizada pelos(as) jovens. O desafio é criar uma árvore dos sonhos. 
PARA FORTALECER A MEDIAÇÃO E A PRESENÇA 
PEDAGÓGICA PARA A AÇÃO PROTAGONISTA
Esta atividade é inspirada na instalação Árvore dos desejos, da compositora e artista 
plástica Yoko Ono. Nela, as pessoas são convidadas a escrever e pendurar seus desejos. 
Acesse o link <bit.ly/Arvore_dos_deseos_Yoko> e conheça mais sobre a obra.
A proposta é que os(as) estudantes façam uma árvore que fique exposta em local de 
boa visibilidade para a comunidade escolar. A turma pode pendurar os seus sonhos 
na árvore, em filipetas coloridas, de modo que a instalação desperte curiosidade e 
seja convidativa para que outras pessoas também registrem seus sonhos. A turma 
poderá, ainda, criar formas de mobilização para que a comunidade escolar interaja 
com sua intervenção. E, para que a atividade tenha sentido e promova aprendizagens 
significativas, oriente a turma para essa ação protagonista considerando:
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ANTES 
(PLANEJAMENTO)
Tempo disponível, material necessário, pedido de 
autorização à equipe de gestão escolar, divisão das tarefas 
entre todos(as) da turma etc. 
DURANTE 
(EXECUÇÃO)
Montagem da instalação, divulgação da atividade na 
comunidade escolar, mobilização da comunidade para que 
registrem seus sonhos.
DEPOIS 
(AVALIAÇÃO)
Como foi participar desta ação protagonista? O que a turma 
aprendeu com a atividade? O que fariam de outra forma? 
Quais foram as principais conquistas? Quais foram os 
maiores desafios? Eles(as) se perceberam utilizando suas 
competências socioemocionais na atividade? O que pensam 
a respeito? Alguma poderia ser mais utilizada em algum 
momento da atividade?
Lembre-se: mais importante que a produção artística são os aprendizados que as 
ações protagonistas promovem aos(às) estudantes. Nessa perspectiva, é fundamental 
que todos(as) estejam envolvidos(as) com a ação e que, ao final, reflitam sobre o que 
aprenderam e os aspectos que pretendem aprimorar no futuro. Antes de iniciar a 
execução da ação, converse com a turma a respeito de todo o processo. Criem uma 
miniação que tenha a “cara” de vocês!
Finalize a atividade parabenizando a ação realizada e com a avaliação do processo. 
Lembre aos(às) alunos(as) que, na próxima aula, será a 1a Rodada do acompanhamento do 
desenvolvimento de competências socioemocionais.
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ATIVIDADE 6
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO
RESUMO
Atividade de aplicação do instrumental do Diálogos Socioemocionais, 
devolutiva e definição de objetivos de desenvolvimento.
OBJETIVOS
Autoavaliação do desenvolvimento das competências socioemocionais 
selecionas pelos(as) jovens, diálogo entre professor(a) e turma e definição 
dos objetivos de desenvolvimento de competências socioemocionais.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, responsabilidade, iniciativa social, 
assertividade e respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Roda de conversa e trabalho individual.
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Ao aplicar as rubricas do Diálogos Socioemocionais referentes às competências 
socioemocionais que serão trabalhadas em sua rede de ensino, será possível observar 
em que degrau os(as) estudantes enxergam seu desenvolvimento, bem como 
acompanhar o progresso do desenvolvimento dessas competências.
O momento de autoavaliação e devolutiva entre professor(a) e estudante, ou seja, o diálogo, 
é fundamental para pensar a proposta de desenvolvimento de competências socioemocionais 
com a turma e apoiam na identificação de metas e objetivos para o Projeto de Vida. 
É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos(às) estudantes 
após o uso das rubricas os(as) estimule a continuar progredindo no desenvolvimento da 
competência, e, quanto mais pertinente, clara e assertiva for a devolutiva, melhor pode 
ser a qualidade do processo de aprendizagem. 
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DESENVOLVIMENTO
APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL
1ª etapa
Receba a turma em roda de conversa e verifique se os(as) alunos(as) possuem alguma dúvida 
sobre a proposta de trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos 
Socioemocionais. Acolha e responda as dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que 
a autoavaliação tem, como propósito, o autoconhecimento para a potencialização das 
aprendizagens na escola e na vida.
Lembre-se de que a avaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos(as) 
estudantes, e nunca ser utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação de 
estereótipos na turma.
No momento da devolutiva, reforce aos(às) estudantes os caminhos possíveis para que 
desenvolvam as competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis. 
Sinalize para a turma a importância da colaboração e responsabilidade de todos(as) com 
a aprendizagem. 
2 ª etapa
Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse o link para a avaliação), e peça para que os(as) 
estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as), antes de responder a cada pergunta. 
Essa autoavaliação é formativa, na medida em que promove o pensamento do(a) 
estudante para o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o(a) estudante 
declarar que seu desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3. 
É preciso que ele(a) traga, também, pelo menos uma evidência que diga por que ele(a) 
está nesse nível e não em outro. 
Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos(as) estudantes quando o(a) 
professor(a) os(as) estimula por meio de perguntas que os(as) fazem pensar na 
relação entre suas metas e seu desempenho, nas situações concretas que vivenciou 
ao participar do componente Projeto de Vida ou em outras situações dentro e fora da 
escola em que exercitou a competência em questão. 
Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as) 
estudantes comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o 
instrumento.
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O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou, 
mas o “efeito bússola”, de olhar para a frente, guiando caminhos para continuar se 
desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer 
devolutivas contínuas sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências 
uma potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma 
estratégia a ser exercitada no dia a dia pelos(as) professores(as). Feedbacks podem ser 
mais ou menos eficazes, dependendo do uso que se faz das devolutivas. 
A DEVOLUTIVA COLETIVA
1ª etapa
Analise a resposta dos(as) estudantes – inclusive observando se algum precisa de um 
acompanhamento mais próximo, como uma conversa individual. Atente-se às características 
que os(as) jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os(as) 
observou nos trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Prepare a etapa de devolutiva 
com a turma de modo a não expor as questões individuais, mas guiando a conversa pelos 
registros que permitem fazer combinados no coletivo (ainda que sejam combinados para grupos).
Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de 
desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as) 
estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas. 
Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências 
priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois 
isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes!
2ª etapa
Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique 
atento(a) para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da 
devolutiva coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês.
Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as) jovens 
definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É importante 
que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências, além das 
escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus projetos 
de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça que cada 
um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo do período 
e registre os combinados realizados na conversa desta aula.
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Para as conversas seguintes, lembre-se de que a devolutiva coletiva ajuda a retomar os 
principais pontos do projeto, considerando a aprendizagem entre pares e a identidade coletiva. 
Ele é excelente para uma retomada de consciência, de realinhamento do processo e para ordenar 
os entendimentos. A Agenda segue sendo uma aliada nesta etapa. Peça que os(as) estudantes 
mobilizem seus argumentos com base no que escreveram no campo da justificativa do 
instrumental e também no que registraram nas Agendas. Desta forma a conversa fica objetiva e 
pode render bons frutos para o desenvolvimento dos(as) estudantes.
Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda 
de modo que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as 
atividades da disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu 
próprio processo de desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de 
Projeto de Vida.
PARA FORTALECER SUA MEDIAÇÃO
Devolutivas construtivas são aquelas em que o(a) professor(a), tendo esclarecido 
previamente com a turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta 
se colocar no ponto de vista do(a) estudante e entender por que ele(a) falou ou se 
autoavaliou de determinada maneira, valoriza os pontos de avanço e problematiza os 
pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento. 
Sobre devolutivas:
A técnica utilizada para as devolutivas, oriunda do feedback (na língua Inglesa), não é 
sobre dar conselho, exaltação ou avaliação por nota. feedback é a informação sobre 
como estamos apontando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos. Se 
os(as) estudantes consideram a sala de aula um lugar seguro para errar, eles(as) estão 
mais propensos a utilizar o feedback para a aprendizagem. Efetivos feedbacks ocorrem 
durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela.
É importante incentivar que os(as) estudantes deem feedbacks uns(umas) aos(às) outros(as), 
desde que observados o vocabulário e o instrumento em que estão sendo avaliados(as). 
Os(As) estudantes precisam ter clareza sobre seus alvos de aprendizagem – o que é 
esperado que eles(as) alcancem –, senão o feedback se torna somente alguém falando para 
eles(as) o que fazer, o que não é efetivo para desenvolver a autorregulação da aprendizagem. 
O(A) professor(a) dá a devolutiva a partir do nível em que o(a) estudante se avaliou 
e da avaliação que você próprio(a) realizou sobre a turma, levando em consideração 
o contexto da atividade, e não baseado em cenários abstratos e genéricos.
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