Buscar

TCC FABIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

pré-projeto de conclusão de curso
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE SÁ
ANÁLISE DA MANISFESTAÇÃO DE FISSURAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL
ENGENHARIA CIVIL
 Fabio Franco Braga
Orientador Técnico
ANDRE LUIS FUNCKE
Introdução 
A concorrência entre as empresas do setor da construção civil está cada vez maior, exigindo assim o aprimoramento de técnicas construtivas e racionalização de materiais e mão-de-obra para gerar economia na edificação, além disso, é necessário visar o menor custo e menor tempo sem perder a qualidade final do produto, proporcionando eficiência e durabilidade para os usuários. Nesse senário o sistema construtivo alvenaria estrutural vem aumentando de forma significativa devido a economia, racionalização dos materiais utilizados, possibilidade de ser utilizada em larga escala e com técnicas construtivas mais eficientes se comparado com a alvenaria convencional.
Entretanto, como se trata de um sistema construtivo relativamente novo no Brasil essa técnica pode possuir algumas falhas nas fases de projeto e execução, pois não são planejados como deveriam e não são tomados os devidos cuidados, acarretando uma vasta quantidade de manifestações patológicas, causando retrabalhos e custos muitas vezes não previstos nos orçamentos pelas construtoras. Dentre as patologias registradas na alvenaria estrutural, as fissuras são as causas mais comuns, prejudicando a estética, o conforto e a segurança do usuário. Por esse motivo, o presente trabalho irá abordar as principais causas e soluções para corrigi-las, ajudando assim o crescimento e aceitação desse tipo de estrutura no atual cenário do mercado.
Justificativa 
A patologia em edificações são os principais problemas que comprometem a vida útil das construções. Com a ocorrência de fissuras há o temor de que o elemento estrutural ou a edificação em si possa vir a ter falhas em seu desempenho e imperfeições na estética da edificação. As fissuras, trincas e rachaduras são patologias sintomáticas e podem indicar a existência de problemas graves na edificação, também são capazes de reduzir a vida útil do elemento e acarretar outras patologias além de ocasionar o efeito estético indesejado e gastos na tentativa de recuperação, sendo eles constantes no pós-obra. Segundo Holanda Jr. (2008, p. 96), as fissuras são patologias comuns em alvenaria estrutural, pois os materiais utilizados na fabricação das unidades, tais como cerâmica, concreto e demais matérias-primas, assim como da argamassa utilizada são frágeis e apresentam baixa resistência à tração. 
Ainda segundo Holanda (2002), a resistência à tração nas interfaces entre as unidades e a argamassa é muito pequena, o faz com que essas superfícies se tornem susceptíveis à separação. 
Essas anomalias ocorrem não apenas pelas características físicas do material que constitui a estrutura, mas também devido a deficiência de projeto, especificação de material, execução e utilização do edifício.
A identificação das fissuras, através da sua configuração, abertura, espaçamento e época de ocorrência, ajudam a diagnosticar sua origem, que é um fator muito importante para a definição da alternativa adequada para a recuperação da alvenaria.
Objetivos 
3.1 Objetivo Geral 
Analisar as possíveis causas e consequências de fissuras em estruturas em alvenaria estrutural de blocos de concreto. Visando prevenir possíveis patologias derivadas de diferentes fatores e estabelecer o melhor reparo apresentando soluções.
3.2 Objetivos Específicos 
O artigo tem como objetivo principal estudar os prováveis causadores de formação de fissuras em edificações e estabelecer procedimentos e medidas mais adequadas para a inexistência ou tratamento de fissuras nas estruturas.
Metodologia da Pesquisa 
O estudo teve início no 1º semestre de 2019, nos meses de fevereiro e março, durante esses meses foram realizados levantamentos de informações por meio de pesquisas em livros, artigos, entrevistas com engenheiros devidamente credenciados e normas técnicas, com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre o motivo da origem de fissuras em alvenaria estrutural feitas com blocos de concreto, além de realização de visitas técnicas em edificações situadas no município de Belo Horizonte/MG a fim de observar os locais mais comuns para o surgimento das mesmas.
No próximo semestre, será feito um formato de calendário que terá início no mês de setembro de 2019, nele serão analisadas e interpretadas as informações coletadas pertinentes ao assunto proposto. Durante o mês de outubro de 2019 será realizado uma tabela cuja finalidade será demonstrar e exemplificar os principais erros cometidos por construtoras e engenheiros em relação à alvenaria estrutural que consequentemente ocasionam fissuras nas edificações, identificando os agentes causadores.
Nos meses restantes ao período, será realizado um estudo que terá como propósito expor as principais reformas possíveis para cada tipo de fissura, trinca ou rachadura. Na etapa final serão realizadas as revisões finais e será apresentado o artigo para a banca. 
Referencial Teórico 
5.1 Construção civil
A construção civil é o processo de construção de um edifício ou infraestrutura. Neste contexto, a construção difere de fabricação, em que a fabricação normalmente envolve a produção em massa de itens semelhantes, sem um comprador designado, enquanto que a construção normalmente ocorre no local para um cliente conhecido. A construção como indústria compreende de seis a nove por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países desenvolvidos (SILVA, 2009).
A construção começa com planejamento, projeto e financiamento; continua até que o projeto seja construído e esteja pronto para uso. Uma construção em larga escala requer colaboração em várias disciplinas. Um gerente de projeto normalmente gerencia o trabalho, e um gerente de construção, engenheiro de projeto, engenheiro de construção ou arquiteto, o supervisiona (MORAIS, 2017).
Aqueles envolvidos com o projeto e execução devem considerar os requisitos de zoneamento, impacto ambiental do trabalho, programação, orçamento, segurança no local de construção, disponibilidade e transporte de materiais de construção, logística, inconveniência ao público causada por atrasos de construção e licitações. Os grandes projetos de construção são, por vezes, referidos como megaprojetos (SILVA, 2009).
Deste modo, a engenharia civil é uma tecnologia que inclui várias outras disciplinas que produzem instalações úteis para os seres humanos, incluindo estradas, barragens, disposição de resíduos e outras instalações que são usadas na vida diária. A engenharia civil está progredindo em ritmo acelerado, assim como outras tecnologias (FERRAZ; VECCHIONE, 2009).
A engenharia civil é considerada como a primeira disciplina dos vários ramos da engenharia após a engenharia militar, e inclui a imagem do projeto, planejamento, construção e manutenção da infraestrutura. As obras incluem estradas, pontes, edifícios, barragens, canais, abastecimento de água e inúmeras outras instalações que afetam a vida dos seres humanos. A engenharia civil está intimamente associada aos setores privado e público, incluindo os proprietários individuais e empresas internacionais. É uma das mais antigas profissões de engenharia, e realizações de engenharia antigas devido à engenharia civil, incluem as pirâmides do Egito e os sistemas rodoviários desenvolvidos pelos romanos (EWBANK, 2007).
A engenharia civil tem um papel significativo na vida de todos os seres humanos. A função da engenharia civil começa com o início do dia quando se toma banho, uma vez que a água é fornecida através de um sistema de abastecimento de água, incluindo uma rede bem projetada de tubulações, estações de tratamento de água e outros serviços associados. A rede de estradas nas quais se dirige enquanto se vai para a escola ou o trabalho, as enormes pontes estruturais que se encontra, e os prédios altos onde se trabalha, todos foram projetados econstruídos por engenheiros civis (MELO; AMORIM, 2009).
Até mesmo os benefícios da eletricidade que se usa estão disponíveis através da contribuição de engenheiros civis que construíram as torres para as linhas de transmissão. De fato, nenhuma esfera da vida pode ser identificada que não inclua a contribuição da engenharia civil. Assim, a importância da engenharia civil pode ser determinada de acordo a utilidade pessoal na vida diária (EWBANK, 2007).
Segundo Fonseca (2007, p. 55), o processo de produção no segmento da construção civil, é formado por uma sucessão de fases interligadas e por atividades variadas, “usando essencialmente, o trabalho manual nestas fases de instalação de canteiros, fundação, estrutura, cobertura, instalações elétricas e hidráulicas, revestimento, pintura”. Os colaboradores que atuam na construção civil, iniciam trabalhando como ajudantes e, ao grau em que adquirem determinada experiência, advêm para outra categoria, em que exercem funções mais especializadas, como pedreiros, pintores, eletricistas. Em seguida, podem advir a encarregados e mestres de obras.
Neste contexto, o trabalho no ramo da construção civil, demanda destes colaboradores, disposição, dedicação e aptidão física, que comumente, abrange movimentos periódicos ou impróprios, posturas incorretas, grande exposição ao ruído, a poeiras e a circunstâncias perigosas.
Conforme Assunção e Lima apud Mendes (2003, p. 176), “a segurança depende muito da experiência obtida com o tempo”, e como a produção, em qualquer sistema, se sujeita a exigências de “prazos, qualidade e quantidade, que são conflitantes com a etapa de aprendizagem e de domínio de um novo processo”, determinadas fases são “puladas” para que o produto seja concluído. “Este segmento no Brasil conglomera uma cadeia produtiva que compreende diversos segmentos industriais e de serviços, sendo a construção o maior deles”.
Conforme Melo e Amorim (2009, p. 49), “a construção civil compreende na sua cadeia de produção, atividades diretas e indiretas, em organizações de todos os portes”. Os colaboradores trocam de ocupação, de modo geral, inicialmente da prática: principiam como ajudantes e advêm a funções mais especializadas, como pedreiros, pintores, eletricistas. Em seguida, podem advir a encarregados e mestres de obras. Portanto, existe, na construção civil, três grandes linhas do procedimento de produção: construção, reparo ou demolição.
Inicialmente, toda obra de construção civil sugere demolição (ou ao menos limpeza do terreno) e terraplenagem, que precedem a edificação propriamente dita. Porém, em se tratando de caso do reparo, esta fase não se faz necessária. É de suma importância a explicação de cada atividade acima referida, apesar de esta classificação ser mais característica para cada papel. Sendo assim, Melo Júnior (2007, p. 02), em sua pesquisa, informa com os seguintes dados:
Quanto ao papel do trabalhador (...), identificou que a mão-de-obra, é formada de modo predominante por serventes (52,40%), acompanhada por pedreiros (21,65%), carpinteiros (13,05%), ferreiros (7,49%). Em relação à faixa etária, notou-se que tanto entre os serventes como entre os oficiais, 44% deles possuem entre 30 e 40 anos, enquanto que 75% dos encarregados e mestres estão entre os 40 e 50 anos. Acima dos 50 anos, a percentagem é de 7,8%. 84% deles são casados. Este estudo comprova que, quanto ao grau de escolaridade, 41% são analfabetos ou apenas assinam o nome, 45% possuem o ensino primário incompleto, somente 8% terminaram o ensino primário, 4% secundário incompleto e 2% o secundário completo.
O segmento da construção inclui: edificações residenciais e comerciais, plantas industriais, rodovias, pontes, túneis, aeroportos, redes de distribuição de água, barragens e represas, instalações elétricas e telecomunicações, entre outros. São produtos produzidos por esta indústria, classificados em quatro grandes grupos: a) obras residenciais; b) edificações industriais, comerciais e não-residenciais; c) obras de infraestrutura; e d) outras obras (MELO JÚNIOR, 2007).
Posteriormente, a obra sofre escavações, quando é necessário, no caso de construção, para que se possa originar a construção. De tal modo, o que se tem é que, geralmente, quando se instala um canteiro de obra, frequentemente se começa pela demolição, advindo para a construção em seguida ou, no caso de uma empreitada para somente uma fase da obra, a organização pode ser contratada (ou terceirizada) somente para a demolição, deixando a escavação e terraplanagem para outra organização e equipe. Cada caso depende da organização, do contratador, do tipo de obra. E para isto, é preciso recorrer à Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que abaliza cada tipo de atividade ocupacional (MELO; AMORIM, 2009).
Em geral, existem três setores de construção civil: edifícios, infra-estrutura e indústria. No entanto, a construção civil é geralmente dividida em residencial e não residencial (comercial/institucional). A infraestrutura é freqüentemente chamada de engenharia pesada, que inclui grandes obras públicas, represas, pontes, rodovias, ferrovias, água ou esgoto e distribuição de serviços públicos. A construção industrial inclui refinarias, processos químicos, geração de energia, usinas e fábricas (EWBANK, 2007).
A construção civil é o processo de adicionar estrutura ao imóvel ou construção de imóveis. Embora os projetos de construção civil consistam em elementos comuns, como design, considerações financeiras, estimativas e legais, projetos de tamanhos variados podem alcançar resultados finais indesejáveis, como colapso estrutural, excesso de custos e/ou litígios (FONSECA, 2007).
A construção de edifícios comerciais é adquirida de forma privada ou pública, utilizando várias metodologias de entrega, incluindo estimativa de custos, oferta, preço negociado, gestão tradicional, contratação de gestão, gerenciamento de construção em risco, projeto e construção. Práticas residenciais de construção, tecnologias e recursos devem estar em conformidade com as regulamentações locais da autoridade de construção e os códigos de prática (MELO; AMORIM, 2009).
Os materiais prontamente disponíveis na área geralmente ditam os materiais de construção usados ​​(por exemplo, tijolo versus pedra versus madeira). O custo da construção por metro quadrado para as casas pode variar drasticamente com base nas condições do local, regulamentos locais, economias de escala etc. A construção residencial, assim como outros tipos de construção, pode gerar resíduos, de modo que o planejamento é necessário. 
Diante disto, o desenvolvimento de códigos de eficiência levou ao desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de construção, muitos dos quais foram pioneiros nos departamentos acadêmicos de gerenciamento de construção, que buscam melhorar a eficiência e o desempenho, reduzindo o desperdício de construção (FONSECA, 2007).
Novas técnicas de construção civil estão sendo pesquisadas, possibilitadas pelos avanços da tecnologia de impressão 3D. Em uma forma de construção de edifícios aditivos, similar às técnicas de manufatura aditiva para peças manufaturadas, a impressão de edifícios possibilita a construção flexível de pequenos edifícios comerciais e habitações particulares com menos tempo, com encanamento e instalações elétricas integradas, em um contínuo processo de construir, usando grandes impressoras 3D (BRITEZ et al., 2016).
A indústria da construção tem visto uma tendência para a adoção de Tecnologia da Informação (TI), algo que sempre achou difícil competir quando comparado a outros campos, como as indústrias de manufatura ou de saúde, por exemplo. Diante disto, a construção civil está começando a ver todo o potencial dos avanços tecnológicos, passando para a construção sem papel, usando o poder da automação e adotando modernas tecnologias (EWBANK, 2007).
5.2 Alvenaria Estrutural
Nesse tópico apresentam-se os tipos de construções de alvenaria estrutural.
Sistemas de betão armadosão aqueles em que os elementos estruturais são feitos de concreto armado com barras de aço longitudinais e transversais. De acordo com sua configuração, eles são classificados, por sua vez:
Sistema de armações é um sistema formado exclusivamente por um conjunto de colunas e vigas que são responsáveis ​​pela transferência de cargas verticais e horizontais para a fundação. Os pórticos de concreto geralmente não possuem contraventamento; suas interseções entre vigas e colunas, ou seja, os nós do sistema são responsáveis ​​pela transmissão das forças através de todos os elementos para a fundação, incluindo as forças gravitacionais e forças laterais de vento e terremoto (MELO; AMORIM, 2009).
O sistema de paredes é o sistema constituído por paredes de concreto que são responsáveis ​​pela transmissão de todas as cargas, incluindo vertical e horizontal. Já no sistema dual ou combinado, os pórticos coexistem com as paredes, ou os pórticos, sem se apoiarem nas armações dentadas. Já o sistema pré-fabricado consiste em elementos que são montados individualmente, na fábrica ou no local, e bloqueado no lugar ligando-os em conjunto para formar qualquer um dos sistemas acima referidos (FONSECA, 2007).
Os sistemas de alvenaria são aqueles em que os elementos estruturais são formados com blocos ou tijolos de concreto, unidos com argamassa de cimento. De acordo com sua constituição, eles são classificados, por sua vez:
o sistema de alvenaria confinado é um sistema de paredes de alvenaria confinadas perimetralmente por elementos de concreto armado com a mesma largura da parede (BRITEZ et al., 2016).
Já o sistema de alvenaria reforçado é o sistema constituído por paredes de alvenaria cujas unidades têm perfurações verticais nas quais as barras de aço de reforço são colocadas. As perfurações nas quais o aço é colocado são injetadas com concreto. O reforço horizontal é colocado nas juntas e nas cavidades horizontais preenchidas com concreto (FONSECA, 2007).
O sistema de alvenaria não reforçada é composto por paredes sem qualquer reforço. As unidades podem ser feitas de pedra, ou concreto, sólido ou oco. Este sistema é proibido em áreas de risco sísmico intermediário ou alto, para novas construções. Já os sistemas metálicos são aqueles em que os elementos estruturais são formados com aço ou alumínio (BRITEZ et al., 2016).
O Sistema de armações apoiadas é o sistema de armações nas quais a estabilidade lateral é conseguida por meio de elementos diagonais ou com paredes de concreto ou alvenaria. Já os sistemas de madeira é aquele em que os elementos estruturais são feitos principalmente de madeira. Geralmente, os elementos de madeira, colocados muito próximos uns dos outros, conformam um comportamento estrutural como os dos sistemas de paredes. No entanto, é possível encontrar armaduras e armações de madeira escorada (FONSECA, 2007).
5.3 Patologias
Embora à primeira vista um edifício pareça sólido, ou o simples fato de ter sobrevivido por muitos anos, isso não implica que a estrutura seja verdadeiramente estável. A estabilidade da estrutura está relacionada aos aspectos que incluem a capacidade da fundação de resistir a empuxos horizontais sob cargas dinâmicas (BRITEZ et al., 2016).
As cargas sísmicas também são chamadas de cargas inerciais, isto é, dependem da massa do edifício, pois é precisamente a combinação entre a massa de cada nível e sua resposta diferencial à aceleração do solo transmitida pelo terremoto, que Isso resulta em forças relativas que podem causar danos, colapso parcial ou colapso total. Assim, quanto menor a massa, menor a carga inercial (FONSECA, 2007).
Irregularidades em planta ou em altura, em termos de massa, resistência ou rigidez, podem causar concentrações de tensões ou desvios entre o centro de massa e o centro de rigidez que põem em perigo a integridade da estrutura. Embora uma estrutura seja estável e regular, a deformação total das cargas laterais depende em grande parte de sua flexibilidade. Quanto maior a flexibilidade, maior a deformação; e, quanto mais deformação, maior a probabilidade de dano. O piso deve ser compatível com o tipo de fundação usado. Assim, por exemplo, um solo mole pode não ser compatível com fundações superficiais e um piso firme não requer fundações profundas (BRITEZ et al., 2016).
Existem muitos fatores possíveis que geram patologias em materiais, elementos e estruturas. Além disso, diferentes mecanismos podem dar origem às mesmas manifestações patológicas. O ambiente pode danificar materiais causando manifestações patológicas, de acordo com a natureza de cada material. Por exemplo, os ciclos de umedecimento e secagem podem atacar a madeira e o concreto, causando rachaduras, descamação e até desintegração. Metais podem sofrer corrosão por células eletroquímicas que causam desmoldagem à desintegração. Quando o aço de reforço do concreto ou da alvenaria corrói, a deterioração se manifesta como rachaduras na superfície do material, paralelas à barra corroída. Todos os materiais sofrem alterações volumétricas com mudanças na umidade relativa do ar e com variações na temperatura ambiente, o que pode eventualmente afetar sua integridade (FONSECA, 2007).
Muitas das manifestações patológicas devido à exposição ambiental são rachaduras superficiais de teias de aranha, descamação, lascas e desintegração. As rachaduras devido à reação alcalina são geralmente acompanhadas de exsudação de um gel esbranquiçado de sílica. A corrosão dos metais pode afetar seriamente a integridade dos elementos feitos desses materiais, sejam eles elementos de aço estrutural ou concreto armado ou elementos de alvenaria. Os produtos da célula eletroquímica têm maior volume que os componentes originais, o que geram as tensões internas que acabam desintegrando o metal (BRITEZ et al., 2016).
5.4 Fissuras de alvenaria estrutural
5.4.1 Causas
Qualquer que seja o sistema estrutural utilizado, ele deve cumprir certos requisitos mínimos de configuração e continuidade para garantir sua resposta adequada às solicitações impostas pelo meio ambiente e pelo seu uso. Por exemplo, os elementos verticais devem ser contínuos desde a fundação. Existem materiais que, devido à sua própria natureza, têm pouca concorrência com cargas dinâmicas (BRITEZ et al., 2016).
Além disso, o nível de resistência e a qualidade dos materiais determinam em grande parte o desempenho do edifício durante sua vida útil. É essencial verificar as características dos materiais por meio de registros do processo de construção ou, na falta deste, por meio de testes novos, destrutivos ou não destrutivos, quanto possível (FONSECA, 2007).
5.4.2 Prevenção
As construções de alvenaria para ter um bom comportamento estrutural devem ser construídas com procedimentos de construção adequados, bons planos estruturais detalhados e um bom controle de qualidade essa, sem dúvida, é a melhor prevenção. Os Planos Estruturais são uma representação gráfica de elementos estruturais, que seguem certos padrões para seu desenho e sua interpretação subsequente. Elas nos permitem nos guiar na materialização de qualquer obra, por isso, deve ter a ordem sequencial do processo construtivo, enunciando, de maneira geral, cada etapa, mostrando também os detalhes de cada elemento estrutural que a forma ou constrói (BRITEZ et al., 2016).
A planta é um desenho técnico que representa, na projeção ortogonal e em escala, uma seção horizontal de um edifício; ou seja, a figura formada pelas paredes e divisórias a uma certa altura (geralmente coincidente com as aberturas - portas e janelas -, para que possam ser vistas), que usam recursos gráficos para permitir a representação desses e de outros elementos arquitetônicos (SILVA, 2009).
5.4.3 Recuperação
A recuperação da estrutura de um edifício pode ser descrita como o conjunto de modificações e intervenções necessárias para melhorar seu comportamento frente às ações futuras. Em particular, a recuperação inclui todas as medidas que tendem a promover um comportamentoadequado da estrutura, a fim de satisfazer os níveis estabelecidos de desempenho físico. Do ponto de vista técnico, o início da recuperação é marcada pela avaliação da estrutura, que busca identificar as potenciais fragilidades da estrutura (SILVA, 2009).
Os esquemas de recuperação estudados e desenvolvidos devem corrigir globalmente esses pontos fracos, tomando cuidado para não produzir novos. Do ponto de vista econômico, o esquema de recuperação deve ser lucrativo. Se necessário, a recuperação não deve modificar a função e o uso da estrutura. Além disso, deve ser consistente com a estética e aparência da estrutura (MELLO, 2009).
 Em geral, três filosofias são sugeridas para melhorar o comportamento de uma estrutura: aumentar a resistência, aumentar a capacidade de deformação inelástica, ou aumentar ambas. No entanto, existem outras possibilidades, como enfraquecimento local para alterar o modo de falha, controle passivo ou ativo, melhorar a configuração estrutural, reduzir a massa reativa e outras (FERRAZ; VECCHIONE, 2009).
Referências Bibliográficas
Nessa parte são exibidos os livros, sites, revistas, enfim, todo o material que foi consultado para elaboração do trabalho.
Exemplos:
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 4 . ed. São Paulo: Atlas, 2003.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
BRITEZ, C; PACHECO, J; CARVALHO, M; MORAIS, R; HELENE, P. CONCRETO: A importância do Concreto para o sistema construtivo Paredes de Concreto. Boas práticas Paredes de Concreto. Jundiaí-SP, 2016.
EWBANK, E. G. Autogestão: possibilidade de organização da força de trabalho na Construção Civil e suas implicações. Dissertação de Mestrado São Paulo: FAUUSP, 2007.
FERRAZ F. T; VECCHIONE D. A. Avaliação da Segurança do Trabalho para Canteiros de Obra. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO – Conhecimento para a Sustentabilidade, 05, 2009.
FONSECA, E. D. Inovação e acidentes na construção civil: novas tecnologias construtivas e ruptura dos saberes de prudência. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção. 2007. 
MENDES, R. Patologia do trabalho. 2ª ed. atualizada e ampliada. São Paulo: Atheneu, v. 02, parte III, cap. 45, 2003.
MELLO, L. C. B. B; AMORIM, S. R. L. O subsetor de edificações da construção civil no Brasil: uma análise comparativa em relação à União Europeia e aos Estados Unidos. Produção, Niterói, RJ, v. 19, nº 02, 2009.
MELO JÚNIOR, A da S. Perfil dos acidentes de trabalho da construção civil na cidade de João Pessoa – PB. Universidade Federal da Paraíba – UFPB, 2007.
MORAIS, M. M. Planejamento da Execução de Paredes de Concreto Armado: Um Estudo de Caso. Monografia apresentada na disciplina. Trabalho de Conclusão de Curso II do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás. Goiás, GO, 2017. 
SILVA, F. B. D. Fôrma de alumínio para paredes estruturais de concreto armado moldadas no local. Revista Téchne, São Paulo, nº 153, 2009.
SILVA, F. B. Light Steel Frame e fechamento em OSB revestido com siding vinílico. Revista Téchne, São Paulo, v. 14, nº 196, 2013.
�PAGE \* MERGEFORMAT�1�

Continue navegando