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Iniciação à Pesquisa – Teoria dos Direitos Humanos
Universidade de Fortaleza
70 ANOS DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE DO ARTIGO 21.
Mariana Baratta Monteiro Guerra (IC), Ana Paula Araújo de Holanda 4 (Pq).
1. Universidade de Fortaleza - Curso Direito – e-mail: marianabmguerra@gmail.com
2. Professora orientadora - Universidade de Fortaleza – Curso Direito – e-mail: anapaula@unifor.br
Palavras-chave: Declaração dos direitos humanos. Artigo 21. Democracia. 
Resumo
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O presente trabalho científico foi proposto como avaliação na disciplina de Teoria dos Direitos Humanos, ministrada pela Professora Ana Paula Araújo de Holanda na Universidade de Fortaleza – Unifor. Consiste na análise de uma expressão artística sob o ponto de vista tanto artístico quanto jurídico, observando o que a obra escolhida representa se analisada sob o aspecto da ciência do Direito, mais especificamente quanto aos direitos humanos, objeto de estudo da referida disciplina.
A obra escolhida foi uma ilustração do artista e designer Thales Molina, que em homenagem aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, criou a referida obra com base no Artigo 21 da Declaração, trazendo um olhar artístico sobre os preceitos trazidos na DUDH, com ênfase na participação popular, o direito a voto e a democracia pertinente a todos.
Introdução
O objeto de estudo escolhido para o presente artigo científico foi a obra do designer Thales Molina, que manifesta de forma muito clara o trazido no Artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O artista representou diversos cidadãos, com diferentes características, mas todos segurando a faixa de posse do Presidente do Brasil, manifestando que o povo também é partícipe das decisões do Governo e deve lutar por seu espaço, já que é direito inerente a cada ser humano.
A obra retrata de forma muito sensível a luta pela democracia, exatamente aquilo exposto no Artigo 21 da DUDH, que traz como direito o voto universal, periódico, secreto com eleições periódicas e legítimas. A comemoração dos 70 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos teve diversas repercussões, entre elas, diversos artistas se reuniram para expressar em suas obras um dos artigos da Declaração. Assim, podemos observar a arte diretamente ligada com a ciência do Direito, trazendo diferentes pontos de vistas e reflexões.
Será apresentado ainda a subjetiva luta pela democracia na Declaração, que com o artigo estudado, não exprime outra forma de governo que não seja a democrática, afastando qualquer tipo de ditadura, presente à época da criação da DUDH.
Metodologia
Para a compreensão do tema referente à análise do Artigo 21 da DUDH em conjunto com a ilustração de Thales Molina, o presente artigo foi construído com a finalidade básica pura, por ser inteiramente teórico, tendo como único objetivo expandir o conhecimento disponível e já existente sobre o tema.
 Por se tratar de iniciação à pesquisa, quanto aos objetivos metodológicos, encontra-se na fase exploratória, já que visa realizar um estudo preliminar sobre o assunto, envolvendo levantamento bibliográfico inicial.
Quanto à abordagem, o projeto de pesquisa pode ser definido como qualitativa, já que os dados apresentados não são mensuráveis, não podem ser traduzidos em números quantificáveis. O método é determinado como dedutivo, já que há uma particularização na qual se parte da observação de uma situação geral para explicar as características do objetivo individual trazido. 
Por fim, quanto ao procedimento, entende-se que o projeto de pesquisa é bibliográfico, pois foi elaborado a partir de material já publicado.
Resultados e Discussão
	
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi adotada em 10 de dezembro de 1948, para marcar o aniversário de 70 anos, vários artistas se reuniram a fim de manifestarem seus entendimentos de determinados artigos da Declaração.
A expressão artística escolhida para dar ensejo ao presente trabalho científico foi a ilustração do designer Thales Molina, que expressou a ideia que retrata o artigo 21 da DUDH.
Esse artigo traz que a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) diz que toda a pessoa tem o direito de tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos. Diz ainda que a vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos e deve exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto. 
A obra do artista Thales Molina exprime exatamente essa participação do povo, de diferentes culturas, raças, idades, gêneros e sexualidades, mas participando ativamente das discussões acerca do país, tomando como sua a faixa de posse presidencial. O artigo 21 da DUDH garante essa participação ativa do povo no governo do país, a garantia do direito de tomar posse no governo de seu país, através do voto universal e secreto.
Em três parágrafos concisos, o Artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) delineia alguns dos princípios fundamentais da democracia: a vontade do povo deve ser a base da autoridade governamental, e todos têm o direito de participar do governo “diretamente ou por intermédio de representantes”.
O artigo pede eleições periódicas, legítimas e por sufrágio universal e voto secreto, e também estabelece que todos têm “igual direito de acesso ao serviço público”. O artigo 21, ao fazer dos elementos centrais da democracia um direito humano fundamental, reflete o preâmbulo da DUDH, segundo o qual “é essencial” que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito para que “o homem não seja obrigado a recorrer, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”.
À época da criação da DUDH estava muito viva a lembrança da eleição de Adolf Hitler, com toda sua rejeição aos princípios básicos de direitos humanos, inclusive quanto à democracia. A Declaração veio também com o intuito de implementar a democracia e afastar qualquer tipo de ditadura. Até certo ponto, essa tentativa tem sido bem-sucedida: a adoção da Declaração Universal tem contribuído para ajudar a promover a disseminação da democracia em todo o mundo desde 1950, quando havia apenas de 20 a 25 países democráticos. Desde então, o percentual de países em que o governo é formado com base na decisão da maioria, determinado por eleições regulares, aumentou consideravelmente, impulsionado antes de tudo pelo fim do colonialismo e depois pelo colapso do comunismo no bloco soviético em 1989. Nos últimos anos, o número de países que realizam eleições periódicas, livres e justas, subiu.
Conclusão
Conclui-se com as pesquisas que a arte tem direta ligação com a ciência do Direito, se dada a oportunidade de olhar pelos dois ângulos. Na obra estudada, viu-se uma ilustração que representa exatamente o trazido pelo Artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas com um olhar mais acessível, de fácil entendimento àqueles que não têm proximidade com a formalidade e linguagem rebuscada, natural dos estudiosos do Direito.
Assim, percebeu-se que através das mais variadas expressões artísticas, a população pode se tornar mais consciente de seus direitos e deveres, principalmente quanto aos Direitos Humanos, tão necessários e vitais à dignidade humana.
Aliando as informações dos Códigos, Leis, Resoluções, Tratados, Declarações com a arte, temos a possibilidade de leigos e desinformados se aproximarem da ciência do Direito, enxergando de fato aquilo que lhes resguarda, não guardando essas informações apenas àqueles privilegiados que obtiveram oportunidades de estudar e se informar, o que sabemos que não é a maioria no Brasil.
O presente trabalho aguçou o olhar à arte, fazendo com que os alunos passassem a enxergar o Direito em cada expressão artística que viam, algo muito comum, mas que muitas vezes passava despercebido.
Referências
AssembleiaGeral da ONU. (1948). "Declaração Universal dos Direitos Humanos" (217 [III] A). Paris. Disponível em: 	https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf. Acesso em: 28 de outubro, de 2019.
https://nacoesunidas.org/artigo-21-direito-de-tomar-parte-no-governo-de-seu-pais/
https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2018/novembro/artigo-21deg-toda-a-pessoa-tem-o-direito-a-participacao-democratica
EXEMPLO:
GROTIUS, Hugo. O Direito da Guerra e da Paz. 2. ed. Rio Grande do Sul: Unijuí, 2005.Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Disponível em: https://www.icrc.org/por/resources/documents/misc/5ybllf.htm. Acesso em: 18 de abril, de 2015.
Agradecimentos
Agradecimento em especial à professora Ana Paula Araújo de Holanda que, com toda sua sensibilidade à arte e aos Direitos Humanos, nos proporcionou aguçar o nosso olhar para ambas as ciências e observar que artes e Direitos Humanos estão diretamente ligados e devem ser aliados a fim de facilitar a compreensão e alcance a toda sociedade.

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