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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo 
Departamento de Arquitetura e Construção 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
SISTEMA PREDIAL DE GÁS COMBUSTÍVEL 
 
Fonte/Autores: Marina S. de Oliveira Ilha 
Última atualização: março/2002 
 
 
 
EC-712 - Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias 
1º semestre de 2006 
 
 
 
 
Profa. Dra.: Marina S. de Oliveira Ilha 
BIPED: Marcus A. S. Campos 
 
 
 
 
Campinas, SP 
2 
 
SISTEMAS PREDIAIS DE GÁS COMBUSTÍVEL(*) 
1)TIPOS DE GASES COMBUSTÍVEIS 
a) Gás liqüefeito de petróleo (GLP) 
Teoricamente, os GLP ou Gases Liqüefeitos de Petróleo são constituídos de propano ou butano ou 
de uma mistura destes. Na prática, o GLP é constituído por hidrocarbonetos que são produzidos 
durante os processamentos do Gás Natural ou durante os processamentos convencionais de refino 
de petróleo. 
Os hidrocarbonetos predominantes no GLP são gasosos à pressão atmosférica mas se liqüefazem 
facilmente, ao serem aplicadas pressões relativamente baixas. Ao ser liqüefeito, o gás tem reduzido o 
seu volume, o que facilita o seu transporte em vasilhames. 
Composição Típica do Gás Liqüefeito de Petróleo 
Componentes Fórmulas Comp.em Volume (%) 
ETANO C2H6 0,03 
PROPENO C3H6 30,47 
PROPANO C3H8 14,34 
BUTENOS C4H8 31,76 
BUTANOS C4H10 23,33 
PENTANOS C5H12 0,07 
TOTAL 100,00 
b) Gás de Nafta 
A produção de gás combustível a partir de nafta foi a solução encontrada para o suprimento de 
regiões onde não existia gás natural. 
Os processos utilizados pela COMGÁS para obtenção de gás de nafta são dois: o processo CRG 
(Catalytic Rich Ga ), que produz gás a alta pressão (250 psi) em unidades contínuas e o processo 
HTR (Hare, Taylor e Robinson) que produz gás a baixa pressão em unidades cíclicas. 
Composição Típica do Gás de Nafta 
Componentes Fórmula Processo CRG 
COMPOSIÇÃO 
EM VOLUME % 
Processo HTR 
COMPOSIÇÃO 
EM VOLUME % 
METANO CH4 32,8 6,5 
HIDROGÊNIO H2 43,2 59,3 
MON. DE CARBONO CO 2,5 18,0 
DIÓX. DE CARBONO CO2 20,9 6,3 
NITROGÊNIO N2 ----- 1,0 
OXIGÊNIO O2 ----- 0,5 
HIDROCARBONETOS CH ----- 8,4 
NAFTA LEVE 0,6 
 
(*) Este texto foi adaptado a partir da seguinte publicação: ILHA, M. S. O; GRAÇA, M. A.; GONÇALVES, O. M. Sistemas prediais de gás 
combustível. Apostila da disciplina PCC463 – instalações na construção civil I, EPUSP, 1993. 
3 
 
c ) Gás Natural 
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves, no estado gasoso, encontrados nas camadas 
superiores de poços petrolíferos (gás associado ao petróleo) ou em poços de gás (gás não associado 
ao petróleo). 
O transporte do Gás Natural, desde a região de sua produção até os pontos de consumo, é feito por 
meio de gasoduto. Para que o gás possa percorrer grandes distâncias, é necessário imprimir ao 
mesmo pressões elevadas, que se reduzem ao longo do caminho, em função das perdas de carga 
existentes. Por esta razão, além das estações de compressão instaladas nos pontos de produção, 
são colocadas, ao longo dos gasodutos, estações recompressoras de gás. 
Quando a distância entre o ponto de obtenção do gás e os pontos de consumo são tão elevadas que 
não compense economicamente ou, ainda, não seja possível a construção de gasodutos, o Gás 
Natural pode ser transportado na forma líquida (GNL - Gás Natural Liqüefeito), sendo resfriado à 
temperatura de 160oC negativos. Em geral este transporte é feito por via marítima utilizando-se 
navios metaneiros especialmente construídos para este fim, podendo ainda ser transportado por via 
terrestre utilizando-se caminhões tanques. Vale destacar que o Gás Natural nestas condições 
(liqüefeito), apresenta um volume que eqüivale à 600 vezes o volume gasoso. 
Quando o Gás Natural chega às regiões de consumo, passa por Estações Redutoras de Pressão, 
que promovem a redução da pressão do gás, das condições de transportes para as de distribuição. 
A tabela a seguir apresenta a composição típica do Gás Natural, extraído da Bacia de Campos - RJ, 
após o processamento nas UPGN. 
Composição Típica do Gás Natural Processado nas UPGN 
Componentes Fórmula Composição em 
Volume ( % ) 
METANO CH4 89,35 
ETANO C2H6 8,03 
PROPANO C3H8 0,78 
I. BUTANO C4H10 0,04 
N. BUTANO C4H10 0,03 
N. PENTANO C5H12 0,01 
DIÓX. DE CARBONO CO2 0,48 
NITROGÊNIO N2 1,28 
2 ) PROPRIEDADES DOS GASES(*) 
As propriedades dos gases que afetam o comportamento de sua queima em um equipamento são 
conhecidas pelo termo geral de "CARACTERÍSTICAS DE COMBUSTÃO". 
Assim, espera-se de um queimador a gás que, após sua instalação de forma correta, o mesmo 
proporcione resultados satisfatórios e seguros por um longo tempo. 
Para que isto possa ocorrer é necessário que o queimador tenha sido projetado de forma a satisfazer 
as propriedades e características de um gás que são relacionadas abaixo : 
 - Densidade Relativa 
 - Poder Calorífico 
 - Número de Wobbe 
 
(*) Texto elaborado a partir da seguinte fonte: 
4 
 
 - Temperatura de Chama 
 - Velocidade de Chama 
• Densidade Absoluta e Relativa 
Densidade ou densidade absoluta de um gás é a relação entre a massa deste gás e a unidade de 
volume. Em unidades métricas, esta relação é expressa em Kg/m3 estando o gás à 15ºC de 
temperatura e à 1 atmosfera ( 1,013 bar ). 
Densidade relativa (do) de um gás é a relação existente entre a densidade deste gás e do ar nas 
mesmas condições de temperatura e pressão, ou a relação entre a massa deste gás e a massa de 
igual volume de ar nas mesmas condições de temperatura e pressão: 
 
É expressa sob a forma de um número adimensional. 
Os gases naturais e manufaturados são mais leves que o ar, enquanto que os gases liqüefeitos de 
petróleo são mais pesados que o ar. Mais especificamente, os gases naturais e manufaturados têm 
densidade relativa variando entre 0,4 e 0,8, enquanto que os gases liqüefeitos de petróleo têm 
densidade maior que 1. 
DENSIDADE ABSOLUTA E RELATIVA DE ALGUNS GASES 
Tipos 
 
Densidade Absoluta 
( Kg / m3 ) * 
Densidade Relativa 
Metano ( CH4 ) 0,679 0,554 
Propano ( C3H8 ) 1,865 1,522 
Butano ( C4H10 ) 2,458 2,006 
Dióx. de Carbono ( CO2 ) 1,861 1,519 
Nitrogênio ( N2 ) 1,145 0,967 
Gás Natural 1 0,750 0,613 
Gás de Nafta (COMGÁS) 0,700 0,560 
GLP 2 2,139 1,746 
 * - Considerando à 15 oC e 1 atm ( 1,013 bar ). 
 1 - Gás Natural recebido pela COMGAS e passando pela UPGN. 
 2 - GLP - considerando a composição apresentada no ítem 1a ). 
• PODER CALORÍFICO 
O poder calorífico de um gás combustível é “a quantidade de calor desenvolvida pela combustão 
completa da unidade de volume (ou massa) deste gás, estando ele e o comburente nas condições 
normais de temperatura e pressão, e sendo os produtos da combustão trazidos às mesmas 
condições". 
Assim, quando uma mistura de gases queima, uma quantidade de calor é gerada pela combustão de 
seus componentes. A quantidade de calor gerada pela queima de 1 Nm3 de gás é chamado de Poder 
Calorífico do Gás. Por exemplo, a queima do gás metano ( CH4 ) é expressa por: 
 CH4 + 202 = C02 + 2 H20 
O Poder Calorífico incluindo o calor de evaporação da água é denominado PODER CALORÍFICO 
SUPERIOR ( PCS ). Se esta quantidade de calor devido à evaporação da água for subtraída do 
atmosfera1eC15ºàar deVvolumeum de massa
atmosfera 1 e C15º à gás de V volume um de massado = 
5 
 
Poder Calorífico Superior, temos o chamado PODER CALORÍFICO INFERIOR, expresso em 
Kcal/Nm3. 
A combustão completa de 1 Nm3 de CH4 gera 2 Nm3 de H20 ( vapor ). Assumindo-se o Poder 
Calorífico Inferior do CH4 igual à 8550 Kcal/Nm3 o calor total gerado será de aproximadamente: 
 8550 + 480x2 = 9510 Kcal/Nm3O poder calorífico normalmente é expresso nas seguintes unidades: 
a - kcal/Nm3 (quilocalorias por normal metro cúbico ) 
b - Kcal/Kg (quilocalorias por quilo de gás) 
PODER CALORÍFICO DOS GASES COMBUSTÍVEIS 
Tipo de Gás PCS PCI PCS PCI 
 Kcal/Nm3 Kcal/Nm3 Kcal/Kg Kcal/Kg 
Gás Natural 9.675 8.710 13.100 11.800 
Gás Nafta 4.750 4.220 6.410 5.700 
Gás Carvão 4.715 4.195 6.500 5.800 
GLP 27.725 25.282 12.075 11.025 
• VELOCIDADE DE CHAMA 
Velocidade de chama é a velocidade na qual a chama atravessa uma mistura ar-gás. É também 
chamada de Velocidade de Queima ou Velocidade de Ignição. 
As velocidades de queima variam de acordo com o tipo de gás e a quantidade de ar na mistura. 
Assim, por exemplo, o hidrogênio queima muito rápido ( 9,3 pés/seg ) enquanto que o metano é um 
gás de baixa velocidade ( 0,9 pés/seg ). 
É importante salientar que a quantidade de ar na mistura ar-gás influi na velocidade de chama da 
mesma. 
A velocidade de chama pode ser expressa em cm/seg e alguns valores são dados na tabela abaixo. 
VELOCIDADE DE CHAMA DOS GASES COMBUSTÍVEIS 
Tipo de gás Velocidade de chama 
(cm/s) 
Gás Natural 34 
Gás Nafta / Carvão 100 
GLP 20 
• TEMPERATURA DE CHAMA 
Teoricamente, entende-se por temperatura de chama, a temperatura à qual seriam levados os 
produtos de combustão, se toda a energia térmica desenvolvida pela reação fosse utilizada para 
aquecê-los. Trata-se, então da temperatura teórica máxima alcançada pelos produtos de combustão 
em Condições Adiabáticas. 
6 
 
TEMPERATURA DE CHAMA DOS GASES COMBUSTÍVEIS 
TIPO Temperatura 
COM AR (oC) 
de chama 
COM O2 (oC) 
GÁS NATURAL 1.920 2.700 
GÁS NAFTA ( COMGAS ) 1.980 2.700 
GÁS DE CARVÃO 1.950 2.660 
GLP 1.930 2.720 
• NÚMERO DE WOBBE ( W ) 
O poder calorífico de um gás não é, como muitas vezes se pensa, o único elemento que serve para 
medir a quantidade de calor a ser fornecida por um queimador. 
A densidade, também chamada por alguns de densidade específica ou densidade relativa ao ar, afeta 
também a quantidade de calor a ser fornecida por um queimador, já que a mesma tem influência 
sobre a vazão pelo orifício do queimador e portanto sobre a quantidade de gás liberada pelo mesmo 
na unidade de tempo. 
Sob pressão constante, um gás com baixa densidade flui em maior quantidade através de um orifício 
do que um gás com densidade mais elevada. 
Assim, para valores menores de densidade, o calor liberado pelo queimador aumenta. Estas 
variações são importantes e devem ser consideradas quando se estuda a intercambiabilidade de 
sistemas de queima. 
Na prática, a quantidade de calor fornecido é inversamente proporcional à raiz quadrada da 
densidade e diretamente proporcional ao poder calorífico de um gás combustível à pressão 
constante, ou seja: 
 
Esta expressão é conhecida como Número de Wobbe, índice de Wobbe ou índice de Wobbe da 
Quantidade de Calor Fornecido. 
Ela representa o calor fornecido quando um gás é queimado à uma pressão constante. O calor 
fornecido é então diretamente proporcional à área de orifício e ao número de Wobbe. 
3) COMBUSTÃO 
Geralmente, o gás de rua é uma mistura de gases combustíveis e gases não combustíveis. Os gases 
combustíveis são : H2, CH4, CO, hidrocarbonetos pesados ( CmHn ), etc... e os não combustíveis 
são : N2, O2, CO2, etc... Para queimar este gás, é necessário o oxigênio presente no ar. Por 
exemplo, a combustão de um gás com a seguinte composição : H2 - 30%, CO - 10% e CH4 - 60% é 
mostrada através das seguintes equações : 
 H2 + 1/2 O2 = H2O 
 CO + 1/2 O2 = CO2 
 CH4 + 2 O2 = CO2 + 2H2O 
As equações acima mostram que o hidrogênio e o monóxido de carbono consomem, cada um, um 
volume igual a metade do seu próprio volume, de oxigênio, enquanto que o metano consome duas 
vezes. 
Se tivermos 1 m3 da mistura acima descrita, teremos então 0,3 m3 de H2, 0,1 m3 de CO e 0,6 m3 de 
CH4. A quantidade de oxigênio necessária para queimar 1 m3 desta mistura será então : 
relativa densidade
caloríficoPoder W =
7 
 
 H2 : 0.3 x 1/2 = 0,15 m3 
 CO : 0,1 x 1/2 = 0,05 m3 
 CH4 : 0,6 x 2 = 1,2 m3 
Portanto serão necessários 0,15 + 0,05 + 1,2 = 1,4 m3 de oxigênio. Assumindo-se que o ar tem 21% 
de oxigênio, serão necessários 1,4/0,21 = 6,7 m3 de ar para se queimar completamente 1 m3 da 
mistura gasosa. 
Esta quantidade de ar é chamada de Volume Teórico de Ar. Na realidade, para se queimar uma certa 
quantidade de gás são necessários de 20 à 40% de volume de ar extra para que o gás queime 
completamente. 
Então podemos definir o Volume Teórico de Ar como sendo "a menor quantidade de ar necessária 
para se queimar completamente 1 m3 de gás à 0oC e 760 mmHg". 
4) TIPOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE GÁS COMBUSTÍVEL 
Os sistemas prediais, independente do tipo de gás, objetivam levar o combustível do ponto de 
armazenamento ou da rede pública, até o aparelho de utilização na pressão e vazão requeridas ao 
seu funcionamento. Coexistem hoje, em determinadas cidades brasileiras, três tipos de gases: gás 
liqüefeito de petróleo, gás de nafta e gás natural para atender às mesmas necessidades dos 
usuários. Os sistema prediais para distribuição destes gases apresentam características 
diferenciadas, resultantes das condições de fornecimento destes combustíveis. 
A descrição dos sistemas prediais de gás, a seguir apresentada, foi efetuada para os gases natural 
de liqüefeito de petróleo, considerando-se as instalações mais comuns encontradas hoje, 
comentando-se os aspectos característicos de cada uma delas. 
a) Instalações Prediais para Distribuição de Gás Liqüefeito de Petróleo - GLP (NBR 13932/97) 
O GLP distribuído aos consumidores é entregue em vasilhas pressurizadas com o gás no estado 
líquido, sendo por esta razão denominado também de "gás engarrafado". Os recipientes ou vasilhas 
recebem denominações diferenciadas de acordo com a sua capacidade: 
Denominação Comercial Peso do Gás no Recipiente 
botijão 13 kg 
cilindro 45 kg 
carrapeta 90 kg 
Os recipientes são preenchidos até 80% do seu volume total para permitir a vaporização do gás e a 
sua saída do recipiente. A pressão interna média no interior do recipiente é de 446 kPa ( 65 psi ), 
podendo variar em função da temperatura do ar ambiente [ ULTRAGÁS, 1975 ]. A variação de 
pressão no interior do recipiente em função da temperatura para uma mistura de 50% de propano e 
50% de butano é apresentada na tabela a seguir: 
Variação de Pressão no Interior do recipiente de GLP 
Temperatura oC Pressão kPa ( psi ) 
0 192 ( 28 ) 
10 316 ( 46 ) 
20 446 ( 65 ) 
30 617 ( 90 ) 
8 
 
Para cada dez graus de variação na temperatura do ar ambiente, ocorre uma variação de pressão no 
interior do cilindro da ordem de 30%. A redução de pressão é mais grave em regiões frias localizadas 
na região sul do Brasil, onde as temperaturas no inverno chegam a zero grau. 
Ao contrário do que ocorre com o gás canalizado, onde a pressão de fornecimento do gás é 
relativamente constante e é fornecido na forma gasosa, a pressão de fornecimento do GLP é variável 
em função da temperatura ambiente e do próprio esvaziamento do recipiente, além da necessidade 
da passagem do estado líquido para o gasoso no momento da sua utilização. Estes fatores acarretam 
certas limitações na utilização do GLP que são comentadas a seguir. 
A reposição do GLP para consumo é realizada ou através da troca de um recipiente cheio por um 
vazio, em geral para pequenos e médios consumidores, ou através da reposição direta do gás em 
centrais estacionárias, para grandes consumidores tais como indústrias, hospitais e outros. Essas 
centrais estacionárias têm capacidades acima de 2.000 l e são pressurizadas a 446 kPa ( 65 psi ). 
No setor residencial, a situação mais comum é a utilização de centrais de cilindros ou ainda a 
conexão de apenas um recipiente ao aparelhode utilização, como é o caso da ligação dos aparelhos 
de cocção ao botijão de 13 kg. 
A instalação predial de GLP para um edifício de apartamentos é apresentada esquematicamente na 
figura a seguir. 
A bateria de cilindros, que constituem a central de GLP, é ligada a um regulador de primeiro estágio 
através de tubulações flexíveis ( "pig-tail" ) e do tubo coletor. A quantidade de cilindros em uma 
central é calculada em função da demanda horária de GLP, levando-se em conta todos os aparelhos 
de consumo, a simultaneidade no seu uso e a capacidade horária de fornecimento de gás de cada 
vasilhame ou cilindro. 
Os recipientes de GLP na instalação estão à pressão média de 446 kPa ( 65 psi ), que é reduzida 
para um valor máximo de 150 kPa pelo regulador de primeiro estágio. A rede primária, trecho da 
tubulação de maior extensão na instalação, vai até o regulador de segundo estágio localizado no 
pavimento de utilização do gás, pouco antes do medidor volumétrico do gás. O regulador de segundo 
estágio reduz a pressão para um valor adequado ao funcionamento dos aparelhos de utilização, 
sempre abaixo de 5 kPa. O tipo e a capacidade do medidor de gás a ser instalado depende do 
número e consumo dos aparelhos de utilização ligados à rede interna. Na maioria dos casos utiliza-se 
o medidor de 2 m3/h [ LAO, 1985 ] para a medição individualizada em função da vazão requerida de 
GLP ser baixa, conseqüência do seu alto poder calorífico. 
 
9 
 
 
Então, o sistema de GLP compreende, basicamente, dois trechos distintos: 
• rede primária: situada entre o regulador de primeiro estágio e regulador de segundo estágio, 
onde o GLP é transferido à pressão de saída do regulador de primeiro estágio 
(150 kPa ou 1,5 kgf/cm2); 
• rede secundária: localizada entre o regulador de segundo estágio e os aparelhos de 
utilização, onde o GLP é transferido na pressão máxima de 5 kPa (0,05. kgf/cm2). 
A medição individual no andar é o mais comum de instalação projetada para a utilização do GLP. 
Entretanto, em cidades como o Rio de Janeiro e principalmente em São Paulo, onde há instalações 
prediais projetadas para utilização do gás de rua e que são adaptadas para utilização do GLP. Estas 
instalações, normalmente, têm os medidores individuais e os reguladores de primeiro e segundo 
estágios colocados no térreo, apresentando configuração semelhante à indicada na figura de 
instalação tradicional de distribuição de gás natural. 
Independentemente do tipo de gás combustível empregado, os aparelhos de utilização mais comuns 
nas instalações prediais são os fogões com forno, aquecedores de água de passagem ou de 
acumulação e as secadoras. Devido à diferença de poder calorífico dos gases, os aparelhos de 
10 
 
utilização apresentam diferenças quando destinados a utilizar um ou outro gás combustível. Os 
aparelhos de utilização devem se adaptar ao uso de um outro tipo de gás, sem a necessidade de 
desmembramento dos mesmos. 
b) Instalações Prediais para a Distribuição do Gás Natural (NBR 13933/97) 
A instalação predial de gás natural para um edifício de apartamentos é composta esquematicamente 
dos elementos apresentados na figura a seguir. 
 
OBS: ramal externo: trecho compreendido entre a rede geral e o registro de corte; 
 ramal interno: trecho compreendido entre o ramal externo e os medidores ou derivações ou 
aos reguladores de segundo estágio 
11 
 
O abastecimento da edificação é realizado por derivação da rede geral da companhia concessionária. 
Na rede de alimentação junto ao alinhamento do imóvel, é colocado o registro geral de corte, que é 
operado apenas por técnicos da companhia concessionária em casos de troca de equipamentos ( 
reguladores, medidores, etc... ) ou em caso de incêndio. Ainda, junto ao alinhamento, no interior do 
terreno é colocado o regulador de primeiro estágio, que reduz a pressão, antes da entrada do gás no 
ramal interno, para o um valor de, no máximo, 392 kPa (4kgf/cm2) 
O regulador de segundo estágio, colocado no final da rede primária, tem a função de reduzir a 
pressão de distribuição do gás para um valor adequado ao funcionamento dos aparelhos de 
utilização de gás, abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2) 
Os medidores de consumo de gás são geralmente instalados na parte térrea dos edifícios, em 
abrigos protegidos e com dimensões normalizadas [ PMSP, 1976 ]. O tipo e a capacidade do medidor 
a ser instalado, depende do número e consumo dos aparelhos de utilização ligados à rede interna. 
A maior parte dos edifícios residenciais tem sistema de medição individualizada, ou seja, cada 
consumidor dispõe de um medidor de consumo de gás instalado no andar térreo. Segundo 
estimativas de técnicos da companhia concessionária, a medição individual no térreo representa 80% 
dos tipos de medição em edifícios residenciais. Os restantes 20% correspondem à medição coletiva 
no andar térreo ( apenas um medidor para todos os consumidores ) e medições individuais nos 
andares. 
A medição individual no térreo implica na necessidade de um feixe de tubulações, cada um 
alimentando um consumidor como indicado na figura anterior. A rede interna é em geral embutida na 
alvenaria e vai alimentar os aparelhos de utilização. Antes da entrada da tubulação no apartamento, é 
instalado um registro de corte de fornecimento de gás. 
Em função do poder calorífico diferenciado do gás natural e do GLP, as vazões terão valores também 
distintos. No caso de uma instalação predial ser projetada para utilização de GLP, é provável que as 
tubulações sejam insuficientes para conduzir o gás natural requeridos pelos equipamentos de 
utilização. A situação inversa, a instalação ser projetada para o gás natural e utilizar o GLP, será 
possível, já que as tubulações estarão superdimensionadas para o GLP. 
5) PROJETO DOS SISTEMAS PREDIAIS DE GÁS COMBUSTÍVEL 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
As tubulações do sistema de gás combustível não podem passar em : 
 a) dutos de ar condicionado, água pluvial, esgoto, chaminé; 
 b) reservatório de água; 
 c) compartimentos destinados a dormitórios; 
 d) poços de elevadores; 
As válvulas e reguladores de pressão devem ser instalados de modo a permanecer protegidos contra 
danos físicos, a permitirem fácil acesso, conservação e substituição a qualquer tempo. 
Na travessia de elementos estruturais, deverá ser utilizado um tubo-luva, vedando-se o espaço entre 
ele e o tubo de gás. 
É proibido o aterramento de instalação elétrica em tubulações de gás. 
Quando o cruzamento de tubulações de gás com condutores elétricos for inevitável, deve-se colocar 
entre elas um material isolante elétrico. 
12 
 
O afastamento das tubulação de gás das demais, destinadas a outros fins, deve ser igual a, no 
mínimo, um diâmetro da maior das tubulações contíguas; entretanto, recomenda-se que as 
tubulações de gás tenham a distância mínima de 0,20 m de outras. 
As distâncias mínimas entre a tubulação de gás e condutores de eletricidade é 0,30 m, se o condutor 
for protegido por conduíte, 0,50 nos casos contrários. 
As tubulações de gás devem passar afastadas dos pára-raios e seus respectivos terras de, no 
mínimo, 2,00 m. 
Recomenda-se que as tubulações não passem por forros falsos, compartimentos destinados 
exclusivamente a equipamentos e aparelhos elétricos, compartimentos inadequadamente ventilados 
e poços de ventilação. Nos casos em que alguma destas condições for inevitável, as tubulações 
envolvidas por dutos ou tubo-luva, os quais devem (NBR 13932/97): 
a) Ter no mínimo duas aberturas localizadas nas suas extremidades, sendo que as duas devem ter 
saída para for a da projeção horizontal da edificação, em local seguro e protegido contra a 
entrada de água, animais e outros objetos estranhos. Opcionalmente, pode ser previsto 
dispositivo ou sistema que garanta a exaustão do gás eventualmente vazado; 
b) Nos casos emque não for possível a extremidade inferior estar fora da projeção horizontal, 
possuir abertura captada de algum ambiente permanentemente ventilado; 
c) No caso de dutos, manter um afastamento mínimo de 25 mm entre a tubulação e as suas paredes 
internas; 
d) Ter resistência mec6anica adequada a possíveis esforços decorrentes das condições de uso; 
e) Estar convenientemente protegidos contra a corrosão; 
f) Não apresentar vazamentos em todo a sua extensão; 
g) Ser executado de material incombustível e resistente à água; 
h) Estar adequadamente suportado. 
Nota : recomenda-se o uso mínimo de conexões nas tubulações situadas no interior do tubo-luva. 
13 
 
 
 
14 
 
ADEQUAÇÃO DE AMBIENTES/APARELHOS DE UTILIZAÇÃO 
Salas e dormitórios não podem receber aparelhos de utilização a gás em seu interior. 
Os ambientes que contém equipamentos a gás devem ter uma área útil total de ventilação 
permanente de no mínimo 800 cm2, constituídas de duas aberturas que devem ser executadas 
conforme descrição abaixo: 
a) uma superior situada a altura não inferior a 1,80m em relação ao piso do compartimento, 
comunicando-se obrigatoriamente para o exterior da edificação, poço de ventilação ou 
ambientes de permanência não prolongada ( áreas de serviço ), que tenham ventilação 
permanente com o exterior. 
b) outra inferior, situada até o máximo de 0,30 m de altura em relação ao piso do 
compartimento, devendo possuir uma área útil entre 25% e 50% da área útil total de 
ventilação. 
As aberturas de ventilação, quando providas de venezianas ou equivalentes não poderão sofrer 
redução de sua área útil e seus vãos devem ter uma largura mínima de 8 mm. 
O volume dos ambientes que contém equipamentos a gás deve estar de acordo com a tabela a 
seguir. 
Relação entre o volume do ambiente, potência total instalada e área de ventilação. 
Volume do ambiente Potência total instalada Área de ventilação 
V≤ 3,5 m3 proibida a instalação ------------- 
3,5 m3 < V≤ 6,0 m3 5,2 kW ( 4.500 kcal/h ) conforme ítens a) e b)
6,0 m3 < V≤ 8,0 m3 10,5 kW ( 9.000 kcal/h ) conforme itens a) e b)
8,0 m3 < V≤ 12,0 m3 14,0 kW ( 12.000 kcal/h ) conforme itens a) e b),*
12,0 m3 < V≤ 16,0 m3 21,6 kW ( 18.000 kcal/h ) conforme itens a) e b),*
V > 16,0 m3 21,0 kW < P < 28,0 kW conforme itens a) e b)
V > 16,0 m3 28,0 kW ( 24.000 kcal /h ) conforme itens a) e b),*
V > 16,0 m3 P > 291 kW ( 250.000 kcal/h ) **
* Para potência total instalada superior à indicada, as ventilações superior e inferior deverão 
ser acrescidas em 6 cm2 e 3 cm2, respectivamente, para cada 1.000 kcal/h. 
** Abertura inferior: 0,110 m2 para cada 290 kW ( 250.000 kcal/h ) ou fração. 
 Abertura superior: 0,220 m2 para cada 290 kW. 
As cozinhas que contiverem somente fogão e forno devem possuir uma área útil total de ventilação 
permanente de, no mínimo, 200 cm2 constituídas de duas aberturas que devem ser executadas 
conforme descrito anteriormente. 
Os volumes da cozinha e da área de serviço podem ser somados para efeito de cálculo, somente se: 
a) existir ventilação permanente mínima de 800 cm2 em sua divisória; 
b) a área de ventilação total da área de serviço for, no mínimo, 800 cm2 e obedeçam às 
condições também citadas anteriormente. 
Quando a comunicação com o exterior da construção só for possível através de dutos de ventilação, 
devem ser obedecidas as seguintes condições: 
a) área útil total mínima requerida para dutos horizontais deve ser igual aos valores obtidos 
anteriormente ( itens a e b ) multiplicados por 1,5; 
15 
 
b) área útil total das aberturas de ventilação deve ser igual à área da seção transversal do 
duto. 
No interior de boxes dos banheiros e sobre banheiras, não poderão ser instalados aparelhos de 
utilização. 
Todo aparelho de utilização deverá estar conectado à instalação interna através de uma válvula de 
fechamento manual. 
Fogões com potência nominal acima de 25 kW ( 21.480 kcal/h ) devem ter suas instalações 
complementadas com coifa ou exaustor, para condução dos produtos de combustão para o ar livre 
exterior da edificação ou para o poço de ventilação. 
Os aquecedores de água devem estar providos de chaminé. 
CHAMINÉ 
• Chaminé individual com tiragem natural 
A exaustão de todo aquecedor de água a gás deve possuir um defletor que liga a chaminé primária 
com a individual. 
A chaminé individual deve ter o menor percurso possível, evitando-se extensões horizontais e curvas 
de 90o, respeitando-se a altura equivalente, cuja fórmula é apresentada na seqüência. 
O trecho vertical da chaminé individual que antecede o primeiro desvio deve ter altura mínima de 0,20 
m a partir da parte superior do defletor do aquecedor até o início da primeira curva. 
O diâmetro mínimo da chaminé individual não pode ser menor que o diâmetro de saída do defletor do 
equipamento. 
Toda chaminé individual deve ter uma altura equivalente igual ou maior do que 0,60 m. Altura 
equivalente é a altura da chaminé, deduzidas todas as resistência dos seus componentes, obtida da 
seguinte forma: 
Altura equivalente H
k k kn
 = × + + + +
2
2 1 2 ...
 
Onde : 
H = altura total da chaminé 
K1 a Kn = fatores de resistência dos componentes dados a seguir 
Componentes Fator de resistência 
( k ) 
Curva 90o 0,50 
Curva 135o 0,25 
Duto na vertical 0,00 
Projeção hor. da chaminé 0,30/m 
Terminais 0,25 
O dimensionamento da chaminé deve ser feito a partir da curva apresentada na figura a seguir. 
 
16 
 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 10 20 30 40 50 60 70
100mm
3" diâm.
125mm
4" diâm. 150mm
5" diâm.
POTÊNCIA ( kW )
EQUIVALENTE ( m )
ALTURA
 
• Chaminé coletiva com tiragem natural 
A chaminé individual a ser conectada na chaminé coletiva deve ter uma altura mínima de 2 m, 
podendo haver, no máximo, 2 chaminés individuais por pavimentos. 
Cada chaminé coletiva deve servir no máximo a 9 pavimentos, sendo que a distância do defletor do 
último aparelho ligado na chaminé até o terminal da chaminé coletiva deve ter no mínimo 5,00 m. 
A ligação da chaminé individual na coletiva deve ter um ângulo maior ou igual a 135o. 
O trecho não vertical, quando existente, entre o aparelho e a chaminé coletiva deve ter uma 
inclinação mínima de 30o. 
Na parte inferior da chaminé coletiva deve existir uma abertura de no mínimo 100 cm2. 
O número máximo de aparelhos ligados numa chaminé coletiva deve atender à tabela a seguir: 
altura média efetiva 
m 
potência total instalada 
kW ( kcal/h ) 
número de 
aparelhos 
até 10 146 ( 126.000 ) máximo de 10 
de 10 até 15 181 ( 156.000 ) máximo de 11 
acima de 15 202 ( 174.000 ) máximo de 12 
OBS.: a altura média efetiva é a média aritmética da altura de todas as chaminés, desde o defletor de 
cada aparelho até o terminal da chaminé coletiva. 
O dimensionamento da chaminé coletiva deve atender à tabela apresentada na seqüência. 
Potência Máxima em kW Potência Máxima em kcal/min Seção Circular Sec.Ret. 
h<10m 10m≤h≤20m h>20m h<10m 10m≤h≤2
0m 
h>20m diâm. 
int 
(cm) 
área 
(cm2 ) 
área 
(cm2 )
até 
17,4 
até 17,4 até 17,4 até 250 até 250 até 250 8,5 57 63 
até 
29,0 
até 29,0 até 29,0 até 16 até 416 até 416 10,0 79 87 
até 
34,8 
até 34,8 até 46,5 até 500 até 500 até 666 11,0 95 105 
até 
46,5 
até 46,5 até 69,7 até 666 até 666 até 1000 12,5 123 135 
até 
58,1 
até 69,7 até 93,0 até 33 até 1000 até 1333 14,0 154 169 
até 
69,7 
até 93,0 até 22,1 até 1000 até 1333 até 1750 15,5 189 208 
até 
81,4 
até 122,1 até 145,3 até 1166 até 1750 até 2083 17,0 226 249 
até 
93,0 
até 145,3 até 180,2 até 1333 até 2083 até 2583 18,0 255 280 
até 
116,3 
até 180,2 até 209,3 até 1666 até 2583 até 3000 20,0 314 345 
até 
139,5 
até 209,3até 47,7 até 2000 até 3000 até 3550 22,0 380 418 
até 
162,8 
até 143,0 até 301,2 até 2333 até 3403 até 316 24,0 452 497 
até 
189,5 
até 280,2 até 348,9 até 2716 até 4016 até 5000 26,0 531 584 
Nota: a altura ( h ) da chaminé coletiva deve ser tomada desde a entrada do aquecedor mais baixo 
até o topo do terminal da chaminé coletiva. 
Para potências maiores que as indicadas na tabela acima, deve-se aumentar a seção da chaminé, de 
acordo com a seguinte relação: 
 h < 10 m ............ 3,5 cm2 por 1,1 kW ( 960 kcal/h ) 
 10 ≤ h ≤ 20 m .... 2,5 cm2 por 1,1 kW ( 960 kcal/h ) 
 h > 20 m ............ 2,0 cm2 por 1,1 kW ( 960 kcal/h ) 
Para seções retangulares, a relação entre o lado maior e o lado menor deve ser de 1,5. 
 
ABRIGOS 
Os abrigos localizados no interior das construções, distribuídos ao longo dos andares e agrupados 
nos locais de entrada e acesso, deverão ser providos de porta e ventilados permanentemente por 
dois tubos, comunicando-se diretamente com o exterior da construção, sendo um na parte superior e 
outro na inferior do abrigo e terão, cada um, seção com área correspondente no mínimo a 10 cm2 por 
medidor previsto, no respectivo abrigo, mas não inferior ao diâmetro de 50 mm. 
18 
 
 
Os abrigos situados na parte externa das construções, quando providos de portas, serão 
permanentemente ventilados através de furos de arejamento ou venezianas, colocados na parte 
superior e inferior dos abrigos. 
O local de medição do gás de uma economia deve estar em condições de fácil acesso, pertencente à 
própria economia, situada no alinhamento ou com tolerância máxima de 2 m do alinhamento. 
Para um conjunto de economias, o local de medição deve estar em área de servidão comum, 
podendo-se agrupar os medidores no térreo ou nos andares (corredor de distribuição ). 
O local de medição de gás para medidor individual com vazão até 20 Nm3/h poderá ficar acima do 
abrigo de água, desde que o ponto de instalação de gás esteja, no máximo, a 1,5 m acima do piso. 
É proibida a localização do abrigo do medidor ou regulador na antecâmara e/ou nas escadas de 
emergência. 
 
 
19 
 
SISTEMAS PREDIAIS DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO - GLP 
O projeto dos sistemas prediais de gás liqüefeito de petróleo deve seguir a NBR 13932/97(*) e as 
centrais devem ser executadas de acordo com a NBR13523/95(**). 
O GLP não poderá ser canalizado em fase líquida no interior das edificações. Os recipientes e os 
dispositivos de regulagem inicial da pressão do gás serão localizados na parte externa das 
edificações, exceção feita quando a instalação possui fins industriais (com uma série de condições a 
serem atendidas) e para recipientes com capacidade inferior a 13 kg, neste último caso desde que: 
− esteja ligado à instalação um único recipiente; 
− o recipiente não seja colocado em recessos, escaninhos ou armários fechados; 
− seja assegurada a ventilação do compartimento para a atmosfera no exterior da edificação, 
através de porta de comunicação direta; 
− os recipientes de reserva, não ligados à instalação, sejam guardados no exterior das 
edificações em área desimpedida e ventilada; 
− em se tratando de instalações em residências, o compartimento em que estiver o recipiente 
seja a cozinha; 
 
A descarga dos dispositivos de segurança dos recipientes deve situar-se fora das edificações em 
atmosfera ventilada e distar no mínimo 1,00 metro medido horizontalmente, de qualquer abertura nas 
edificações ou no terreno que se situem em nível inferior ao dos dispositivos de segurança, conforme 
esquema da figura que se segue. 
 
 
(*) Instalações prediais de gás liqüefeito de petróleo –GLP – Projeto e execução. 
(**) Central Predial de gás liqüefeito de petróleo. 
20 
 
• Dimensionamento das Tubulações (NBR 13932/97) 
O dimensionamento deve ser efetuado de forma a manter a pressão, nos pontos de utilização, tão 
próxima quanto possível da pressão nominal estabelecida pelas Normas Brasileiras para os 
respectivos aparelhos de utilização de gás, ou, na falta destes, a pressão nominal informada pelo 
fabricante. 
A pressão nominal para fogões, fornos, fogareiros e aquecedores de água à gás, todos de modelo 
doméstico, está normalizada em 2,80 kPa (0,027 kgf/cm2). 
As etapas para o dimensionamento são apresentadas nos itens que se seguem: 
• Calcular a potência computada a ser instalada no trecho considerado, através da somatória das 
pot6encias nominais dos aparelhos de utilização de gás por ele supridos, podendo ser utilizada a 
tabela apresentada na seqüência ou a informação do fabricante do aparelho a ser instalado; 
APARELHO DE UTILIZAÇÃO TIPO POTÊNCIA 
 KW kcal/h 
fogão 4 bocas com forno 8,1 7.000 
fogão 4 bocas sem forno 5,8 5.000 
fogão 6 bocas com forno 12,8 11.000 
fogão 6 bocas sem forno 9,3 8.000 
forno de parede ------ 3,5 3.000 
aquecedor de acumulação 50 - 75 l 8,7 7.500 
aquecedor de acumulação 100 - 150 l 10,5 9.000 
aquecedor de acumulação 200 - 300 l 17,4 15.000 
aquecedor de passagem 6 l/min 10,5 9.000 
aquecedor de passagem 8 l/min 14,0 12.000 
aquecedor de passagem 10 l/min 17,1 14.700 
aquecedor de passagem 15 l/min 26,5 22.000 
secadora de roupa -------- 7,0 6.000 
 
• Encontrar o valor do fator de simultaneidade (F) em função da potência computada, através das 
fórmulas : 
 
 
Onde: 
C – potência computada, em kcal/min; 
F – fator de simultaneidade, adimensional 
• Calcular a potência adotada, multiplicando-se o fator de simultaneidade pela potência computada, 
conforme segue: 
Onde: 
A – potência adotada, em kcal/h; 
C – potência computada, em kcal/h 
• Determinar a vazão de projeto de GLP, dividindo-se a potência adotada pelo poder calorífico 
inferior do gás, através da seguinte expressão: 
 
( )[ ]
( )[ ]
23F20000C
)1055C4705,01
100F20000C9612
)349C001,01
100F9612C350
100F350C
19931,0
8712,0
=⇒>
−+=⇒<<
−+=⇒<<
=⇒<
 
C*FA =
PCI/AQ =
21 
 
 
Onde: 
Q – vazão de gás, em m3/h 
A - potência adotada, em Kcal/h 
PCI - poder calorífico inferior do GLP = 24000 Kcal/Nm3 
• No dimensionamento das redes são estabelecidas as seguintes condições limites: 
- Pressões máximas: rede primária-150 kPa; rede secundária: 5kPa. 
- Perda de carga máxima de 15 kPa nas redes primárias; 
- Pressão mínima final, no ponto de utilização, de 2,6 kPa; 
- O diâmetro nominal mínimo admitido nas redes primárias e secundárias é de 15 mm (1/2”) 
 
• Adotar um diâmetro nominal inicial para determinação do comprimento equivalente total da 
tubulação, considerando-se os trechos retos somados aos comprimentos equivalentes de 
conexões e válvulas de acordo com as informações dos fabricantes. 
• Incluir a perda de pressão devida ao peso da coluna de GLP nos trechos verticais, calculada 
conforme abaixo: 
 
Onde: 
ΔP – perda de pressão, em kPa; 
H – altura do trecho vertical, em m; 
Dg – densidade relativa do GLP (adotar 1,8) 
 
 
 
 
 
• Para o dimensionamento, são sugeridas as seguintes fórmulas: 
a) Para média pressão: 
 
 
b) Para baixa pressão: 
 
Onde: 
PAabs – pressão absoluta inicial na saída do regulador de primeiro estágio, em média pressão, em 
kPa; 
PBabs – pressão absoluta na entrada do regulador de segundo estágio no ponto mais crítico do trecho, 
em kPa; 
( )1d*H*10*318,1P g2 −=Δ −
82,4
82,1
g
5
2
abs
2
abs D
Q*l*d*10*67,4
PBPA =−
82,4
82,1
g
D
Q*l*d*2273
PBPA =−
22 
 
PA – pressão inicial na saída do regulador de segundo estágio ou estágio único em baixa pressão, 
em kPa; 
PB – pressão na entrada do aparelho de utilização, ponto mais crítico do trecho, em kPa; 
dg – densidade do gás – considerar 1,8; 
L – comprimento equivalente total, em m;Q – vazão de gás, em m3/h; 
D – diâmetro interno, em mm. 
 
O dimensionamento deverá considerar perdas de carga distribuídas e localizadas (ver tabela a 
seguir). 
Comprimento equivalente ( Leq ) de Conexões e Registros 
Tipo de Conexão Comprimento equivalente ( Leq ) 
 
curva 45o 16 D 
curva 90o Std 30 D 
cotovelo 90o 50 D 
"T" 60 D 
válvula esfera 4 D 
Nota: D = diâmetro interno da tubulação em metros 
 
CÁLCULO DA CENTRAL 
O número de cilindros pode ser determinado pela seguinte expressão: 
 Q 
 NC = ---------------- [a] 
 Q* 
onde: 
Q - vazão de gás (adotada), em Kg/h, 
Q* - vazão máxima proporcionada por tipo de recipiente de GLP, em Kg/h 
A vazão máxima de gás ou a capacidade de vaporização de cada cilindro depende das seguintes 
variáveis [ ULTRAGAS, 1975 ], [ TURNER, 1949 ]: 
 - pressão de saída requerida ( pressão de saída no regulador de primeiro estágio ); 
 - área de contato do GLP líquido com a superfície do recipiente ( área molhada ); 
 - temperatura ambiente. 
Para efeito dos projetos de instalação de gás combustível, os valores adotados de vaporização ou de 
capacidade de suprimento dos recipientes são os apresentados na tabela a seguir. 
23 
 
Vazão máxima de gás por tipo de recipiente[ LANDI, 1982 ] 
Tipo de Recipiente Vazão Máxima ( kg/h ) 
botijão ( 13 kg ) 0,6 
cilindro ( 45 kg ) 1,0 
carrapeta ( 90 kg ) 2,0 
A vazão máxima horária dos recipientes é calculada para a pressão de saída do regulador de103 kPa 
( 15 psi ), temperatura do ar ambiente de 15oC e para o recipiente com GLP líquido até a metade de 
sua capacidade. 
Costuma-se prever, como reserva, um número de cilindros igual ao determinado pela expressão 
acima. Então, o número total de cilindros (consumo + reserva) será dado por: 
 NTC = 2 * NC 
 
SELEÇÃO DOS REGULADORES 
 
Conforme apresentado anteriormente, os reguladores são classificados, em função da pressão de 
saída, em: 
• regulador de 1º estágio: geralmente instalado junto à central de GLP, 
• regulador de 2º estágio: normalmente instalado o mais próximo possível dos aparelhos de 
utilização, tem a pressão de saída ajustada para a pressão de funcionamento dos aparelhos 
de utilização e a de entrada igual à pressão de saída do regulador de 1º estágio menos as 
perdas de carga ocorridas na rede primária. 
• regulador de estágio único: recebe o GLP à pressão do recipiente e o transmite à pressão de 
consumo. É utilizado quando a central está localizada próximo aos aparelhos de consumo. 
Para a seleção dos reguladores de primeiro e segundo estágio, podem ser utilizadas as tabelas 
apresentadas na seqüência: 
REGULADORES DE 1º ESTÁGIO -PRESSÃO DE ENTRADA: PRESSÃO DO RECIPIENTE DE GLP 
Pressão de 
Saída (psi) 
Vazão 
(Kg/h) 
Marca e Modelo 
0 a 30 10 RECORD-RP-15 
15 (ajuste 5 a 20) 12 FISHER-67/683 
0 a 30 15 RECORD-SATURNO 
14 25 OTTONELLO-926-H verde 
10 26 FISHER-R-300/21 
5 30 OTTONELLO-926-H vermelho 
20 (ajuste 5 a 35) 76 FISHER-64-SR/23 
 
24 
 
REGULADORES DE 2º ESTÁGIO -PRESSÃO DE SAÍDA: 280 mmca 
Pressão de 
Entrada (psi) 
Vazão 
(Kg/h) 
Marca e Modelo 
10 3 ARMETANO-FH2 
10 a 25 10 OTTONELLO-EU 
10 a 15 15 OTTONELLO-SE 
10 a 15 16 FISHER-922/461 
10 20 ALIANÇA-76510 
10 a 15 26 FISHER-932/26 
 
SISTEMAS PREDIAIS DE GÁS NATURAL 
O projeto e execução dos sistemas prediais de gás combustível – gás natural devem atender às 
especificações da NBR13933/97(*) 
RAMAL INTERNO 
As canaletas utilizadas para confinar tubulações de gás devem ser utilizadas exclusivamente para 
este fim, bem como: 
a) apresentar dimensões compatíveis com a figura; 
b) devem ter ventilação apropriada para evitar o possível acúmulo de gás no seu interior; 
c) ter caimento longitudinal e transversal mínimo de 0,5% e dreno para o escoamento; 
d) ter a espessura das paredes e do tampo, de modo a suportar tráfego local; 
 
 
(*) Instalações internas de gás natural (GN) – projeto e execução. 
25 
 
 
A extremidade do ramal interno deverá ultrapassar o alinhamento do imóvel e estar assentada em 
local livre de obstáculos que dificultem a inspeção e ligação ( ex. colunas, postes, árvores, etc... ). 
O ramal interno deve sair perpendicularmente ao alinhamento e sua extremidade externa será 
provida de uma união de igual diâmetro. A união deverá ser colocada de modo que a parte 
sextavada, a ser apertada, esteja no ramal interno ( vide figura ). 
O ramal interno deve ter caimento de no mínimo 1% para a rede geral. Além disso, a extremidade 
externa da tubulação deve ficar assentada a 0,35m abaixo do nível do passeio e localizar-se a 0,35m 
além do alinhamento do imóvel. 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES 
A pressão nominal para fogões, fornos, fogareiros e aquecedores de água à gás, todos de modelo 
doméstico, está estabelecida em 2kPa (0,02 kf/cm2). 
São sugeridas as seguintes fórmulas para o dimensionamento da rede interna: 
 
Onde: 
Q – vazão de gás, em m3/h; 
D – diâmetro interno do tubo, em mm; 
H – perda de carga máxima admitida, em kPa; 
L – comprimento do trecho da tubulação, em m; 
S – densidade relativa do gás em relação ao ar, adimensional 
O consumo de cada equipamento será adotado a partir de dados do fabricante. Na falta destes dados 
pode ser utilizada a tabela fornecida no item referente ao dimensionamento dos sistemas com GLP. 
O dimensionamento deve considerar a perda de carga distribuída e localizada conforme os valores 
fornecidos pelos fabricantes das conexões e registros. Novamente, na falta destes podem ser 
( )
82,482,152
abs
2
abs
5,08,08,429,0
DQ*L*S*10*67,4PBPA
L*SD*H*10*22,2Q
=−
= −
26 
 
empregados os dados apresentados quando da formulação do dimensionamento dos sistemas com 
GLP. 
Para o cálculo do consumo da rede interna comum à várias unidades residenciais, deve ser 
considerado o fator de simultaneidade, cuja determinação pode ser feita através das equações 
apresentadas anteriormente. 
A perda de carga máxima admitida para toda a rede interna é de 0,19kPa (20mmca). A cada 
regulador de pressão inserido na rede interna, o trecho da tubulação a jusante pode perder 10% da 
pressão, em perda de carga, da saída do regulador, e seu dimensionamento deve ser feito como uma 
nova instalação. 
Para o dimensionamento da rede: 
a) cada trecho de tubulação deve ser dimensionado computando-se a soma das vazões dos 
aparelhos de utilização por ele servido; 
b) o comprimento total deve ser calculado somando-se o trecho horizontal, o trecho vertical e as 
referidas perdas de carga localizadas; 
c) nos trechos verticais ascendentes, deve-se considerar um ganho de pressão de 0,005kPa para 
cada 1,00 m do referido trecho; nos trechos verticais descendentes deve-se considerar uma perda 
de pressão de 0,005 Pa para cada 1,00m do referido trecho. 
 
MATERIAIS EMPREGADOS NOS SISTEMAS PREDIAIS DE GÁS COMBUSTÍVEL 
Os materiais mais empregados para tubulações de gás são : aço, cobre e ligas de cobre. São todos 
tubos sem costura. As tubulações de aço são as mais comuns, podendo ser pretos ou galvanizados. 
Estes são preferíveis para instalações prediais. Tubulações de grandes diâmetros entretanto, em 
linhas de transmissão podem se tornar mais econômicas quando construídas em aço preto, apesar 
do custo adicional da proteção contra corrosão. Tubos de cobre podem se tornar econômicos para 
pequenos diâmetros. 
TUBOS DE AÇO 
No Brasil, são as seguintes as exigências para tubos de aço sem costura a serem empregados em 
instalações de gás: 
DIN 2440 - Galvanizado ou preto, com rosca Witworth nas extremidades ( conforme DIN 
2999 ), ensaiados à pressão de 32 Kgf/cm2. São fabricados em varas de 4 a 7 m . São 
também denominados classe média porcomparação com a norma DIN 2441 que especifica 
tubos de maior espessura. 
ASTM-A-120 - Que especifica dois conjuntos de tubos sob as denominações : Schedule 40 e 
Schedule 80, estes últimos com maior espessura. Os tubos Schedule 40 são tubos de aço 
sem costura ensaiados à pressão de : 
- 49 Kgf/cm2 - tubos de 15mm ( 1/2" ) até 25mm ( 1" ) 
- 70 Kgf/cm2 - tubos de 30mm (1 1/4 " ) até 75mm ( 3" ) 
- 84 Kgf/cm2 - tubos de 80mm ( 3 1/2" ) até 250mm ( 10" ) 
 
27 
 
Obs. : Normalmente emprega-se os tubos de menor espessura ( DIN 2440 e SCH 40 ) por questões 
econômicas. Em locais externos, ou onde haja qualquer tipo de agressividade ( corrosão, vibração, 
compactação do terreno, etc... ), recomenda-se o uso de tubos rígidos pelas normas DIN 2441 ou 
Schedule 80. 
Diâmetros de Tubos de Aço sem Costura, Galvanizados ou Pretos 
 DIN 2440 DIN 2441 
referência 
(pol) 
externo 
( mm ) 
interno 
( mm ) 
externo 
( mm ) 
interno 
( mm ) 
1/2 21,3 16,0 21,3 14,8 
3/4 26,9 21,6 26,9 20,4 
1 33,7 27,2 33,7 25,6 
1 1/4 42,4 35,9 42,4 34,3 
1 1/2 48,3 41,8 48,3 40,2 
2 60,3 53,0 60,3 51,3 
2 1/2 76,1 68,8 76,1 67,1 
3 88,9 80,8 88,9 79,2 
4 114,3 105,3 114,3 103,5 
 
 
 Schedule 40 Schedule 80 
referência 
(pol) 
externo 
( mm ) 
interno 
( mm ) 
externo 
( mm ) 
interno 
( mm ) 
1/2 21,8 15,8 21,8 13,8 
3/4 26,7 21,0 26,7 18,9 
1 33,4 26,6 33,4 24,3 
1 1/4 42,2 35,1 42,2 32,5 
1 1/2 48,3 40,1 48,3 38,1 
2 60,3 52,5 60,3 49,2 
2 1/2 73,0 62,7 73,0 59,0 
3 88,9 77,9 88,9 73,7 
4 114,3 102,2 114,3 97,2 
 
TUBOS DE COBRE 
Os tubos de cobre são os mesmos tubos empregados para instalações de água quente. No Brasil 
estão normalizados segundo duas classes : classe A, de menor espessura e classe I, de maior 
espessura, para maiores pressões internas, conforme se indica abaixo: 
Tubos de Cobre 
Diâmetro 
Referência 
(pol) 
Diâmetro 
externo 
(mm) 
Diâmetro 
interno 
(mm) 
Diâmetro 
externo 
(mm) 
Diâmetro 
interno 
(mm) 
1/2 15 13,5 15 13,0 
3/4 22 20,2 22 19,6 
1 28 26,2 28 25,6 
1 1/4 35 32,8 35 32,2 
1 1/2 42 39,8 42 38,8 
28 
 
2 54 51,6 54 50,4 
2 1/2 ------ ------ 66,5 62,5 
3 ------ ------ 79,2 75,2 
4 ------ ------ 104,5 99,5 
SUPORTES 
As tubulações de gás devem ser suportados pelos procedimentos convencionais a intervalos 
adequados para que não possam ser acidentalmente removidos. O espaçamento adequado dos 
suportes não pode ser superior ao indicado na tabela. 
Espaçamento de Suportes para Tubo Rígido 
Diâmetro de referência (pol) Distância ( m ) 
15 ( 1/2" ) 1,8 
20 ( 3/4" ) ou 25 ( 1" ) 2,4 
≥ 30 ( 1 1/4" ) ( horz. ) 3,0 
≥ 30 ( 1 1/4" ) ( vert. ) a cada andar 
29 
 
Simbologia 
APARELHOS DE UTILIZAÇÃO : indica-se no espaço superior a sigla designativa e no espaço inferior o 
consumo em m3/h 
 
 
Fogão ( indicar o número de bocas ) F4 
 
F 4
 
 
Forno FO 
 
FO
 
 
Incinerador 
 
I
 
 
Aparelhos diversos 
 
D
 
 
Previsão 
 
P
 
 
Aquecedor com chaminé 
 
A
MEDIDOR : indica-se no espaço superior a sigla designativa e no espaço inferior a capacidade do medidor 
em m3/h. 
 
 
Medidor individual 
 
MI
 
 
Medidor coletivo 
 
MC
 
 
Regulador de pressão 
 RP 
 
Registro ( da instalação interna ) 
 
 
Tomada para teste de pressão 
 
CHAMINÉS: Sempre que possível, o desenho deverá aproximar-se da situação real da chaminé. Nas 
chaminés coletivas o número indica o total de inserções das chaminés secundárias. 
C
14 
 
Chaminé secundária de percurso essencialmente vertical. 
A
 
 
 
 
 
30 
 
 
Chaminé secundária dirigida para a chaminé coletiva. 
 
 
C A
 
PEÇAS DE BANHEIRO 
Banheira 
 
 
BH 
Box 
 
 
BX 
CANALIZAÇÕES : Os traços devem ter a espessura necessária e suficiente para que realcem nas 
plantas. Sua representação gráfica deve aproximar-se, o quanto possível, da situação real. O 
diâmetro dos tubos deve ser registrado e repetido em locais adequados, de modo a facilitar a 
compreensão e interpretação da planta. 
 
 
 
 
Tubulação horizontal embutida em laje ou aterrada. 
 
 
φ 25
 
 
Tubulação horizontal à vista. 
 
 
φ 100
 
 
Tubulação horizontal embutida em parede. 
 
 
φ 50 
 
Tubulação horizontal guarnecida com tubo luva. 
 
 
φ 75
 
TUBULAÇÀO VERTICAL 
 
Encostada na parede. 
 
 
φ 25
 
embutida na parede. 
 
 
φ 25
 
Encostada na parede com revestimento. 
 
 
φ 30
 
FEIXE DE TUBULAÇÕES HORIZONTAIS : Indicar na espaço entre as duas linhas o número 
de tubos e o seu diâmetro. 
 
253 x
2 x
4 x
φφφ 3050 
 
FEIXE DE TUBULAÇÕES VERTICAIS : ( prumada ) indicar em baixo o número de tubos e o 
seu diâmetro. 
 
4 x φ 
φ 
50
506 x

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