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Contratos Administrativos e Cláusulas Exorbitantes

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Salvo a exceção prevista no parágrafo único do art. 60 da Lei 8.666/1993, todo contrato administrativo deve ser escrito, sendo nulo o contrato verbal firmado com a Administração. O artigo 60 diz o seguinte: "É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento".
Assim, os contratos administrativos, em regra, são formalizados por meio de um instrumento escrito, documento em que são colocadas as informações acerca da contratação e descritos os direitos e as obrigações das partes que o integram. No entanto, nem toda contratação do poder público é feita por meio de um Termo de Contrato.
Acerca do tema, escolha a alternativa correta.
 
a. Os contratos administrativos devem obedecer às formalidades prescritas na Lei de Licitações e Contratos, exceto aqueles decorrentes de dispensa e inexigibilidade.
b. Para compras com entrega imediata, o Termo de Contrato pode ser substituído por outro instrumento, desde que a licitação tenha sido na modalidade Pregão.
c. O que determina a obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato é a assunção de obrigações futuras pelo contratado, independente do valor e da modalidade de licitação escolhida. 
Essa é a resposta correta. Quando o objeto do contrato é a entrega imediata de um bem, as obrigações do contratado terminam com a própria entrega, daí o motivo de a Lei dispensar a formalização do ajuste por meio de um Termo de Contrato. Diversamente, quando haverá a assistência técnica, entrega parcelada, ou prestação de serviços que se prolongue por um determinado tempo, há que se ter o Termo como meio de formalizar as condições de execução e fiscalização do contrato.
d. A substituição do Termo de Contrato por instrumentos como Nota de Empenho, permitida pela Lei quando a contratação for decorrente de um Convite, por exemplo, libera o contratado das obrigações próprias dos Termos de Contrato.
e. Dos contratos decorrentes de licitações na modalidade Pregão não são exigidas formalidades específicas por falta de referência da Lei do Pregão quanto aos contratos. Dessa forma, aplicam-se as disposições do Código Civil para tais contratos
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A principal questão a ser enfrentada quando da verificação da obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato é a existência de obrigações futuras pelo contratado, a exemplo de fornecimento de bens com entrega parcelada ou quando há a prestação de assistência técnica em garantia, ou ainda a prestação de serviços ao longo de determinado período de tempo. Nesses casos, o Termo é o instrumento adequado, pois as suas cláusulas irão determinar as condições de execução, direitos e obrigações de forma mais detalhada e específica, lembrando que a minuta desse Termo deve integrar o chamamento, sendo inserida na forma de documento anexo ao edital.
A Lei 8.666/1993 não faz referência às contratações decorrentes do Pregão (lembrando que o Pregão foi introduzido na nossa legislação bem depois da Lei Geral de Licitações). Entretanto, como a Lei de Licitações também trata de contratos, aplicam-se seus dispositivos para os contratos decorrentes do Pregão. Vale dizer que os contatos decorrentes de Pregão, independente de valor, se importarem em obrigações futuras, devem ser formalizados por meio de Termo de Contrato.
Em suma, devemos observar que nem todo contrato é formalizado por meio de um Termo. Conceitualmente, "contrato" é todo ajuste entre duas pessoas com o objetivo definido, no qual são fixados os direitos e obrigações. Já o "termo de contrato", é o instrumento em que, obedecendo a formalidades legais traz em seu conteúdo o registro do detalhamento desses direitos e obrigações.
Gabarito: O que determina a obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato é a assunção de obrigações futuras pelo contratado, independente do valor e da modalidade de licitação escolhida.
Essa é a resposta correta. Quando o objeto do contrato é a entrega imediata de um bem, as obrigações do contratado terminam com a própria entrega, daí o motivo de a Lei dispensar a formalização do ajuste por meio de um Termo de Contrato. Diversamente, quando haverá a assistência técnica, entrega parcelada, ou prestação de serviços que se prolongue por um determinado tempo, há que se ter o Termo como meio de formalizar as condições de execução e fiscalização do contrato.
Questão 2
Correto
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Texto da questão
As cláusulas exorbitantes são uma designação da doutrina para qualificar algumas disposições dos contratos administrativos, e que são elementos de diferenciação dos contratos de natureza privada, pois enquanto nestes há o necessário equilíbrio contratual entre as partes, naqueles há disposições que colocam a Administração Pública contratante em posição de superioridade, com fundamento no princípio da supremacia do interesse público.
A prerrogativa de fiscalizar os contratos se apresenta como uma dessas cláusulas, cuja decorrência pode ser, inclusive, a aplicação de penalidade ao contratado pela própria Administração contratante.
Com base no que foi estudado no curso e tomando como referência o texto acima, assinale a alternativa correta.
 
a. A fiscalização do contrato administrativo é considerada cláusula exorbitante apenas quando é exercida pelo representante da Administração. Quando exercida pelo preposto da empresa contratada, ele se regula pela teoria geral dos contratos, expressa no art. 54 da Lei 8.666/1993.
b. Apesar de ser considerada cláusula exorbitante, não há disposição legal que ampare essa prerrogativa da Administração. Em verdade, a atividade de fiscalizar o contrato é fundamentada nos princípios da supremacia do interesse público e de sua indisponibilidade.
c. O exercício da competência fiscalizatória dos contratos administrativos é exclusivo da autoridade máxima do órgão, pois cabe ao representante designado conforme art. 67 da Lei 8.666/1993 atuar em consonância com a delegação a ele concedida.
d. A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza. 
Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais de contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base legal para a obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei.
e. Não há fundamento legal para aplicação de penalidades apoiadas em apontamento do fiscal do contrato quando este for decorrente de licitação na modalidade pregão, por falta de disposição legal da Lei 10.520/2002 que instituiu a modalidade.
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É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o contrato para verificar o cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos, consoante o disposto no art. 67 da Lei 8.666/1993. Acompanhamento e fiscalização de contrato são medidas poderosas colocadas à disposição do gestor na defesa do interesse público (Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU).
Além de atender a princípios caros ao Direito Administrativo como os da eficiência, da economicidade e da vinculação ao instrumento convocatório, a fiscalização dos contratos administrativos tem comandos expressos na Lei 8.666/1993 sobre os quais não se pode esquivar o administrador público, sob pena de, não apenas descumprir a Lei, como também e principalmente, colocar em risco um dos objetivos principais da licitação, que é a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.
Até mesmo em face do seu caráter necessário e obrigatório, a fiscalização deve se cercar de formalidades indispensáveis para que produza os efeitos pretendidos e também que coíba os nefastos, na execução dos contratos administrativos. Por exemplo, o ato de designação do fiscal deverá ser ato formal, as ocorrênciasdeverão ser devidamente registradas em documento e as comunicações deverão ser por escrito e protocolares, garantindo a recuperação das informações ou sua utilização, no caso de imposições de medidas sancionatórias.
Gabarito: A Lei 8.666/1993 instituiu o regime jurídico aplicável aos contratos administrativos, do qual se extrai a autorização legal para fiscalizar a execução de contratos dessa natureza.
Essa é a resposta correta. A Lei 8.666/1993 é o diploma legal que regula as normas gerais de contratos administrativos, e como tal, por meio dos arts. 58 e 67, estabelece a base legal para a obrigatoriedade da fiscalização dos contratos regidos pela Lei.
Questão 3
Correto
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Texto da questão
Acerca dos prazos de duração dos contratos, marque a alternativa correta.
 
a. Os prazos de duração dos contratos de natureza continuada poderão ter suas vigências prorrogadas por iguais e sucessivos períodos, até o limite de 60 meses, findo os quais, em hipótese alguma, poderão ser novamente prorrogados.
b. As obras contempladas em projetos de programas constantes do Plano Plurianual poderão ser prorrogados além do exercício financeiro em que foram iniciadas, desde que essa prorrogação tenha sido prevista no instrumento convocatório. 
Essa é a resposta correta. A regra geral dos contratos administrativos impõe que a vigência dos ajustes coincida com os créditos orçamentários, mas as obras que integram os programas constantes dos Planos Plurianuais constam das exceções a essa regra, conforme inciso I, do art. 57, da Lei 8.666/1993.
c. Os contratos de aluguel de equipamentos de informática estão dentre as exceções do art. 57, da Lei 8.666/1993, razão pela qual a vigência desses contratos não está adstrita ao respectivo crédito orçamentário, podendo ser prorrogados por até 60 meses.
d. A possibilidade de prorrogação da vigência de um contrato administrativo atende ao critério qualitativo, ou seja, depende do objeto do ajuste, podendo variar de um mínimo de 12 meses até os de prazo indeterminado, sempre com vistas à obtenção das melhores condições de execução.
e. Os prazos de todos os contratos administrativos devem coincidir com o dos créditos orçamentários das despesas incorridas por esses contratos
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Os prazos de vigência dos contratos administrativos estão disciplinados no art. 57 da Lei 8.666/1993, devendo-se atentar para as quatro exceções à regra geral quanto à vinculação aos créditos orçamentários (incisos I a V)*:
             - projetos com produtos contemplados no Plano Plurianual (PPA)
             - serviços de natureza continuada
             - aluguel de equipamento e utilização de programas de informática
             - material de segurança e defesa nacional, inovação e complexidade                      tecnológica
                     * o inciso III foi vetado quando da sanção da Lei
Esses créditos são condições para a contratação pública, ou seja, não se pode sequer licitar sem que se tenha os recursos orçamentários necessários para cobrir as despesas decorrentes da contratação. Os créditos orçamentários são definidos e fixados na lei orçamentária anual (LOA) que tem vigência coincidente com o ano civil, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
Assim, a regra é que os contratos devem respeitar a mesma vigência do crédito orçamentário que irá 'cobrir' as despesas decorrentes da contratação, daí o que a Lei chamou de vinculação (adstrito) aos respectivos créditos orçamentários.
Para os contratos decorrentes das situações elencadas nos incisos I, II, IV e IV a Lei abriu exceções, disciplinando os prazos de vigência de acordo com suas peculiaridades ou necessidades.
Gabarito: As obras contempladas em projetos de programas constantes do Plano Plurianual poderão ser prorrogados além do exercício financeiro em que foram iniciadas, desde que essa prorrogação tenha sido prevista no instrumento convocatório.
Essa é a resposta correta. A regra geral dos contratos administrativos impõe que a vigência dos ajustes coincida com os créditos orçamentários, mas as obras que integram os programas constantes dos Planos Plurianuais constam das exceções a essa regra, conforme inciso I, do art. 57, da Lei 8.666/1993.
Questão 4
Correto
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Texto da questão
Para fins de prestação do serviço de transporte de servidores, após regular processo licitatório, na modalidade Tomada de Preços, foi feita a contratação de empresa, para o período de 12 meses (de janeiro a dezembro), pelo valor mensal de 45 mil reais. O Edital previu a possibilidade de prorrogação por até 60 meses.
Foi proposta a prorrogação sumária do contrato, por meio de aditivo que teve fundamento no inciso II, do art. 57, da Lei 8.666/93, que afirma o seguinte: a duração dos contratos ficará submetida à vigência dos respectivos créditos orçamentários exceto quando relativos à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 meses;
Como gestor do contrato, você foi chamado a opinar sobre a regularidade ou não da proposta de prorrogação sumária. Escolha a alternativa que melhor descreve a boa técnica e de modo a não cometer irregularidade alguma.
 
a. A prorrogação pode ser feita na forma como foi proposta, pois o serviço é de natureza continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
b. A prorrogação pode ser feita, desde que as condições de execução e de preço se mostrem ainda vantajosos para a administração, que deverá verificar a compatibilidade dos preços com os praticados no mercado à época da prorrogação.
c. A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a prorrogação, extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na licitação. 
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da futura contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis prorrogações previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse ser feita, além da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade Concorrência ou Pregão.
d. A prorrogação pode ser feita, desde que seja pelo mesmo período de 12 meses, bastando para isso o apostilamento da prorrogação.
e. A prorrogação não pode ser feita, pois a vigência dos contratos administrativos deve estar adstrita aos correspondentes créditos orçamentários.
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Observar que quando a licitação for na modalidade pregão não há a restrição apontada, pois a escolha da modalidade não está atrelada a valor, mas à contratação de bens e serviços comuns, como, via de regra, a prestação de serviço de transporte de servidores é considerada.
Assim, para que a vigência do contrato possa ser prorrogada, é preciso verificar se o limite da modalidade da licitação que precedeu à contratação não será extrapolado, e se a contratação ainda é vantajosa para a Administração. Observar ainda o limite máximo de prorrogação de 60 meses e a formalização por meio de aditivo.
Vale reforçar dois conceitos importantes para a melhor compreensão:
Bens e serviços comuns - a Lei os define como "aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado" (parágrafo único, do art. 1º, da Lei 10.520/2002). Já o TCU, na obra Licitações e Contratos. Orientações e Jurisprudência, esclarece que:"Bem ou serviço será comum quando for possível estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, por intermédio de especificações utilizadas no mercado, padrões de qualidade e desempenho peculiares ao objeto. O estabelecimento desses padrões permite ao agente público analisar, medir ou comparar os produtos entre si e decidir pelo melhor preço."
Serviços de natureza continuada - como vimos em nosso material de estudos, não há umadefinição na Lei 8.666/1993 do que venham a ser exatamente esses serviços, mas a doutrina os classifica como "aqueles imprescindíveis ao funcionamento das atividades institucionais e que se interrompidos podem causar a solução de continuidade, a exemplo: limpeza, manutenção elétrica predial". A Instrução Normativa MPOG 02/2008, traz a seguinte definição de serviços continuados: são aqueles cuja interrupção possa comprometer a continuidade das atividades da Administração e cuja necessidade de contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro e continuamente.
O TCU, por meio da Portaria 297/2012, que disciplina a fiscalização dos seus contratos de prestação de serviços terceirizados de natureza continuada, ao conceituar o contrato de tais serviços (inciso I, do art. 2º), define os serviços contínuos como "atividades acessórias, instrumentais e complementares".
Gabarito: A prorrogação não pode ser feita, pois o valor final da contratação, após a prorrogação, extrapolará o limite de R$ 650.000,00 da modalidade Tomada de Preços adotada na licitação.
A resposta está certa. A escolha da modalidade licitatória que esteja atrelada a valor da futura contratação deve ser de acordo com o valor total do contrato, já incluída possíveis prorrogações previstas no edital. No caso em análise, para que a prorrogação sumária pudesse ser feita, além da vantajosidade da proposta, a licitação deveria ter sido feita na modalidade Concorrência ou Pregão.
Questão 5
Correto
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Texto da questão
A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato administrativo conta com a proteção constitucional de que as avenças firmadas com a Administração manterão ao longo da sua vigência as condições da proposta ofertada.
Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue por mais de 12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso não houvesse o instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da variação dos preços dos insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato.
Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma licitação para contratação de uma obra.
Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços reajustados. Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital como no contrato.
 
a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da assinatura do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12 meses.
b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um ano do efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em dispêndios.
c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da data da proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços.
d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a conformidade legal do procedimento.
e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados. 
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas.
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As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de procedimentos que as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens comuns, por exemplo. Enquanto estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois envolvem, basicamente, os custos de aquisição e entrega do produto, os serviços de engenharia exigem orçamentos complexos com apuração de custos de insumos e serviços na elaboração de preços dos serviços unitários que compõem a planilha com o preço final da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com variações mensais de preços, de modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de abertura das propostas para a possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-base deve estar prevista no edital e no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto básico.
Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito de reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por todos os licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir.
Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do contrato ser após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do contratado ao reajustamento dos preços (aspecto monetário) da vigência do contrato (aspecto temporal). Este último tem disciplina no art. 57 da Lei nº 8.666/1993, que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de prorrogações e se vincula ao cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa constitucional de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste.
Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas.
Questão 6
Correto
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Texto da questão
Uma das características mais marcantes do contrato administrativo é a presença de cláusulas exorbitantes, em que o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é explicitado em disposições contratuais como possibilidade de rescisão unilateral, imposição de sanções e modificação unilateral.
No entanto, há também disposições que protegem o particular contratado na relação com o Poder Público.
Uma empresa que tenha firmado contrato com a administração pública possuirá nesse contrato quais das prerrogativas listadas abaixo?
 
a. Extinção unilateral do contrato por descumprimento de cláusulas contratuais.
b. Modificação unilateral do contrato com acréscimo ou redução de quantitativos nos limites permitidos.
c. Paralisação dos trabalhos e rescisão do contrato quando houver atrasos de pagamento superiores ao prazo estipulado em contrato.
d. Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
Essa é a resposta correta. A relação estabelecida quando da contratação, expressa na justa remuneração do objeto contratado, deve se manter ao longo da vigência do ajuste. Em que pese a possibilidade de alteração unilateral dos contratos administrativos pela Administração, a manutenção desse equilíbrio se constituiu em uma garantia para o contrato, evitando que a remuneração projetada seja corroída ou pelo tempo ou em consequência de possíveis alterações.
e. Fiscalização da execução do contrato.
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Os contratos administrativos possuem características que privilegiam o atendimento do que a doutrina chama de 'pedras de toque' do direito administrativo, quais sejam: o princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público. É por meio das cláusulas exorbitantes, ausentes nos contratos regidos exclusivamente pelo direito privado, que o Estado exerce essas prerrogativas quando figura no polo de contratante com o particular contratado.
Além disso, algumas características identificam o contrato administrativo, a exemplo da indicação do ato autorizativo, processo licitatórioou de contratação direta que o precedeu, sujeição às normas da Lei 8.666/1993 e publicação na imprensa oficial como forma de eficácia de suas disposições, dentre outras.
Gabarito: Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Essa é a resposta correta. A relação estabelecida quando da contratação, expressa na justa remuneração do objeto contratado, deve se manter ao longo da vigência do ajuste. Em que pese a possibilidade de alteração unilateral dos contratos administrativos pela Administração, a manutenção desse equilíbrio se constituiu em uma garantia para o contrato, evitando que a remuneração projetada seja corroída ou pelo tempo ou em consequência de possíveis alterações.
Questão 7
Correto
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Texto da questão
Em um contrato de obras, foi apontada a necessidade de alterações quantitativas nos serviços contratados, de modo que haveria acréscimos e supressões de serviços, conforme a seguir detalhado:Valor original do contrato: R$ 800.000,00
                             Serviços                       Contrato             Aditivo         Contrato com aditivo
                          Fundações                       300.000,00        120.000,00             420.000,00
                          Alvenaria                          160.000,00        - 40.000,00             120.000,00
                          Cobertura                         100.000,00          40.000,00             140.000,00
                          Pintura                              80.000,00         - 20.000,00              60.000,00
                          Instalações elétricas          30.000,00           10.000,00               40.000,00
                          Instalações hidráulicas       20.000,00             5.000,00               25.000,00
                          Pavimentação                    90.000,00            60.000,00            150.000,00
                          Urbanização                      20.000,00            10.000,00              30.000,00
                                       Valor Total          800.000,00          185.000,00            985.000,00
Verificar a pertinência e conformidade legal da alteração, que se dará por meio de aditivos, com fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.
 
a. A alteração pode ser feita, pois está dentro do limite de 25% do valor do contrato, pois o aditivo com as alterações importa em R$ 185.000,00 de um contrato com valor inicial de R$ 800.000,00, que representa cerca de 23%.
b. A alteração não pode ser feita, pois alguns serviços tiveram acréscimos ou supressões superiores ao limite legal de 25%, a exemplo dos serviços Fundações e Cobertura (+ 40% cada), Pavimentação (+ 66%) e Urbanização (+ 50%).
c. A alteração somente pode ser feita para os itens Alvenaria, Pintura e Instalações Hidráulicas, pois somente eles respeitaram o patamar de 25% previsto no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993.
d. A alteração pode ser feita porque nenhum acréscimo de serviço ultrapassou, individualmente, o limite legal de 25% do valor total do contrato.
e. A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25% imposto pela Lei 8.666/1993. 
A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em desacordo com o previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o conjunto de acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensação entre eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).
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Gabarito: A alteração não pode ser feita, pois o conjunto de acréscimos totalizou R$ 245.000, o que representa cerca de 31% do valor do contrato, estando acima, portanto do limite de 25% imposto pela Lei 8.666/1993.
A alternativa está correta. O motivo de a alteração pretendida estar em desacordo com o previsto na Lei 8.666/1993 é que a verificação deve ser feita comparando-se o conjunto de acréscimos e de supressões separadamente, sem nenhum tipo de compensação entre eles. Assim, no exemplo, as supressões importaram em R$ 60.000,00 (- 7,5%) e os acréscimos, em R$ 245.000,00 (+ 31%).
Apesar de ser comum a existência de alterações contratuais, especialmente em contratos de obras, pelas peculiaridades, especificidades e complexidades de tais contratos, devem ser tratadas como exceções, redobrando-se os cuidados com vistas a evitar o ganho indevido pelo particular em detrimento da Administração.
Na esteira desse cuidado, e com o objetivo de evitar que as alterações desnaturassem completamente o processo seletivo prévio de escolha da proposta mais vantajosa para a Administração é que o TCU firmou o entendimento acerca da forma de verificação desse limite, pois, do contrário, estar-se-ia desnaturando a proposta que passou pelo crivo da licitação, alterando de tal forma o objeto que restaria frustrada a pretensão do processo licitatório de buscar no mercado a proposta mais vantajosa, conforme expresso no voto condutor do Acórdão 2819/2011-TCU-Plenário .
Quanto aos limites estabelecidos na Lei 8.666/1991 e a sua forma de apuração, o Acórdão 591/2011-TCU-Plenário assim dispôs:
" ... para efeito de observância dos limites de alterações contratuais previstos no art. 65 da Lei nº 8.666/1993, passe a considerar as reduções ou supressões de quantitativos de forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos, individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles, os limites de alteração estabelecidos no dispositivo legal".
Questão 8
Correto
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Texto da questão
Há uma diferença conceitual entre Contrato e Termo de Contrato. Os ajustes firmados entre duas ou mais pessoas como objetivo de regular interesses e obrigações entre as partes são Contratos. Já o Termo de Contrato é o documento que atende às formalidades legais para a o registro escrito dos termos do contrato. Para Marçal Justen Filho, "... a existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada para sua formalização".
Os contratos administrativos adotam a forma escrita como regra, e o art. 62 da Lei 8.666/1993 regula as hipóteses de obrigatoriedade ou não do Termo de Contrato nas contratações públicas.
Acerca do tema, escolha a alternativa correta.
 
a. O que determina a obrigatoriedade de um Termo de Contrato é o valor da contratação, independente do objeto ou do tipo de prestação do serviço contratado.
b. A modalidade de escolha do contratado é o fator determinante para a formalização do Termo de Contrato
c. Para verificar a obrigatoriedade ou não de um Termo de Contrato, há que se analisar somente os aspectos qualitativos do objeto do contrato.
d. O art. 62 da Lei 8.666/1993 determina que o Termo de Contrato é obrigatório apenas nos casos de contratação que tenha sido precedida de licitação nas modalidades Concorrência ou Tomada de Preços.
e. Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os aspectos qualitativos e quantitativos da licitação. 
Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto contratado: se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo de um período. Já os aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação. Assim, é obrigatória a formalização por meio do respectivo instrumento para as contratações que não se encerram com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e cujo valor esteja acima do limite da modalidade Convite.
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A definição quanto à obrigatoriedade ou não da formalização da contratação por meio do instrumento próprio, no caso o Termo de Contrato, tem algumas condicionantes legais, ditadas pelo caput do art. 62 e seu § 4º:
Início de legislação.
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatórionos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
(...)
§ 4o É dispensávelo "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
Fim de legislação.
Assim, as contratações de objetos que não importem em obrigações futuras estão dispensadas de serem formalizadas por meio do Termo de Contrato. Mas atenção: isso não significa que não haja contratação, apenas foi dispensado o instrumento chamado Termo de Contrato e substituído por um dos instrumentos que lei enumera, exemplificativamente, no caput do artigo acima transcrito. Nas palavras de Marçal Justen Filho (in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 15ª Ed. p. 862):
"Não é raro imaginar-se que o art. 62 restringe as hipótese em que existirá contrato administrativo. Alguns pensam que as regras sobre contrato administrativo apenas se aplicam quando for assinado um termo de contrato, concepção incompatível com a ordem jurídica. Essa colocação é totalmente incorreta e pode ter efeitos muito graves. Deve ter-se em vista que a existência de um contrato administrativo não depende da forma adotada para a sua formalização."
No entanto, a permissão legal para a dispensa do instrumento próprio para regular a contratação deve, também, submeter-se ao princípio e aos limites da razoabilidade. Isso significa que, ainda que a Lei permita a não formalização em um Termo de Contrato (ou seja, que ele seja opcional), uma determinada situação prática pode indicar no sentido contrário. Assim, mesmo que a Lei considere em algumas situações o Termo opcional, o Administrador poderá decidir por elaborá-lo de modo a resguardar- se de forma a aumentar a chance de que as condições da contratação sejam efetivamente atendidas.
Por fim, lembrar que as contratações precedidas da modalidade Pregão se submetem às disposições do art. 62 ora comentado, devendo haver o Termo de Contrato quando o objeto licitado importar em obrigações futuras pelo contratado.
Gabarito: Para se verificar se o Termo de Contrato é obrigatório ou não, há que se verificar os aspectos qualitativos e quantitativos da licitação.
Essa é a resposta correta. Os aspectos qualitativos dizem respeito ao tipo de objeto contratado: se é um bem de pronta entrega ou um serviço, a ser executado ao longo de um período. Já os aspectos quantitativos dizem respeito ao valor da contratação. Assim, é obrigatória a formalização por meio do respectivo instrumento para as contratações que não se encerram com a entrega do objeto (aspecto qualitativo) e cujo valor esteja acima do limite da modalidade Convite.
Questão 9
Correto
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Texto da questão
A lei 8.666/1993 prevê duas formas de formalização das alterações contratuais: a lavratura de termo aditivo e o apostilamento. Usa-se uma ou outra forma de acordo com a alteração contratual havida, de modo que se atenda aos princípios da publicidade, da economicidade e da eficiência.
Isto posto, assinale a alternativa em que o instrumento utilizado está de acordo com a alteração efetuada no contrato.
 
a. Termo aditivo, no caso de suplementação de dotação orçamentária da despesa havida com o contrato até o limite do valor corrigido.
b. Apostilamento, quando da prorrogação de prazo de vigência do contrato de natureza continuada.
c. Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada. 
Essa é a resposta correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve alteração admitida, há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva publicação.
d. Apostilamento, no caso de alteração do valor do contrato em razão do aumento de quantitativo de serviços, dentro dos limites legais.
e. Termo aditivo, no caso de alteração do valor do contrato por aplicação da cláusula de reajuste.
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A escolha dentre as opções de formalização, além do caráter obrigatório, em face de disposições legais que regram a matéria, tem que ser vista também sob o ponto de vista do controle social em articulação com princípios administrativos como o princípio da economicidade, da eficiência e da formalidade moderada.
Simples alterações ou correções de erros materiais, sem impacto na execução do contrato, se fossem feitas por meio das formalidades exigidas para os termos aditivos, além de ferir a eficiência administrativa, imporiam à Administração gastos com publicação de extratos que em nada contribuiriam para o controle social que o princípio da publicidade visa privilegiar. No caso de apostilamento, basta o registro em adendo ao próprio termo de contrato ou documento que o vincule.
De modo diverso, quando a alteração muda as condições iniciais pactuadas, que foram amplamente conhecidas na fase da licitação, há que se formalizar por meio de termo aditivo e proceder a correspondente publicação.
Segundo a Lei no 8.666/1993, a apostila pode ser utilizada nos seguintes casos:
variação do valor contratual decorrente de reajuste previsto no contrato;
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento;
empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do valor corrigido.
Gabarito: Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada.
Essa é a resposta correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve alteração admitida, há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva publicação.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Um cidadão após solicitar os contratos de prestação de serviço em vigor na Prefeitura, com base na Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), verificou que os instrumentos firmados não faziam menção à obrigatoriedade do contratado de manter durante a execução do contrato todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. Também não existia cláusula de exigência da comprovação de recursos orçamentários e do reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa pela inexecução total ou parcial do contrato.
Com base no descrito, o que tal cidadão poderia concluir?
 
a. Que está tudo bem, uma vez que cada Prefeitura tem liberdade de fazer os seus contratos como melhor lhe convier.
b. Que há ilegalidades, pois os contratos firmados pela Prefeitura não possuem as cláusulas necessárias previstas no artigo 55 da Lei nº 8.666/93. 
Este item está correto. O art. 55 da Lei nº 8.666/93 estabelece as cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, dentre elas:
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional-programática e da categoria econômica;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; e
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
c. Que está tudo bem, pois as cláusulas essenciais previstas na Lei nº 8.666/93 referem-se apenas ao objeto, preço e prazo de execução.
d. Que está tudo bem, pois a única cláusula obrigatória para Prefeitura é aquela referente ao preço.
e. Que a Prefeitura deverá incluir nos contratos apenas as cláusulas de condições de execução do contrato e previsão orçamentária, mas não a de hipótese de rescisão, pois essa última não é obrigatória para os municípios.
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Na elaboração do contratoadministrativo, a Administração deverá definir, conforme artigo 55 da Lei n° 8.666/93, os seguintes itens, os quais são essenciais ao contrato: a) direitos, obrigações e responsabilidades das partes; b) condições de execução do contrato; c) objeto e elementos característicos do serviço; d) regime de execução; e) preço, condições de pagamento; f) reajuste - critérios, periodicidade, data-base; g) prazos de execução; h) prazo de recebimento do objeto do contrato; i) previsão orçamentária; j) garantias; k) penalidades; l) hipóteses de rescisão; e m) foro.
Gabarito: Que há ilegalidades, pois os contratos firmados pela Prefeitura não possuem as cláusulas necessárias previstas no artigo 55 da Lei nº 8.666/93.
Este item está correto. O art. 55 da Lei nº 8.666/93 estabelece as cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, dentre elas:
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional-programática e da categoria econômica;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; e
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.

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