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A NECESSIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO PUERPERAL PARA O DIREITO

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A NECESSIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO PUERPERAL PARA O DIREITO.
Por Karina Silva Bernardino.
O cerne deste artigo se dá pelos questionamentos em face da caracterização do Estado de puerpério e seus desdobramentos sendo que este é fator determinante para a agente acometida, onde em caso de aceitação do juízo será cabido a aplicação de medida de segurança, no crime de infanticídio. 
É sabido, por meio de pesquisas sobre o tema, que no nicho de recursos que requerem a descaracterização do crime homicídio para infanticídio, os fatos normalmente sucedem de forma objetiva em sua execução, por exemplo, mães que descartam os neonatos como se fossem parte do lixo doméstico, e após averiguação psiquiátrica confere-se a realidade sobre o distúrbio.
Ocorre que, para casos onde a morte se dá de forma menos objetiva, por exemplo em crianças que morrem por desnutrição ou maus tratos, fica inviável que a defesa alegue a relação do Estado de Puerpério na época do nascimento até a então a morte, pois mesmo que de fato a parturiente fosse perturbada pelo distúrbio no inicio da maternidade, o fato deste quadro ter se desdobrado em uma possível depressão pós-parto ou que os atos realizados por ela enquanto a criança ainda era recém-nascida tivessem resultado somente um ou dois anos. 
Em síntese, como resta incontroversas no padrão para a definição deste Estado, pretende-se descobrir, por meio de pesquisa teórica e empírica, qual a linha qualificadora deste distúrbio, visto que com esse entendimento seria possível para o julgador, bem como para o advogado do réu sustentar as teses pró e contra a utilização do Art.123, do Código Penal Brasileiro.

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