Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 REDAÇÃO Instruções: ● O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. ● A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: ● tiver até 7 (sete) linhas escritas. ● fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. ● apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. ● apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TexTo I Disponível em: www.abordagempolicial.com TexTo II Número de presos no Brasil cresce dez vezes mais do que a população Segundo Ministério da Justiça, aumento foi de mais de 160% em 14 anos País tem a quarta maior população carcerária do mundo O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia. Segundo o Ministério da Justiça, em 14 anos, o número de presos no Brasil cresceu mais de 160%, dez vezes mais que o aumento da população. Eram 600 mil em 2014. Para cada 16 presos, existem apenas 10 vagas nos presídios. 41% deles não foram condenados e mais da metade tem entre 18 e 29 anos. Os crimes mais comuns são tráfico de drogas, roubo e homicídio. Disponível em: www.g1.globo.com (adaptado). 3 TexTo III O sistema carcerário passou por diversas alterações até os dias atuais, dependendo do preceito conjuntivo da política preponderante, o qual estipula regras, direitos e deveres, princípios embasadores do ordenamento, entre outros, onde se trata da vida de um ser humano que cometeu um erro, um descumprimento a regra da época e tempo determinado. Porém, é imprescindível que não se perca de vista que mesmo que o indivíduo perca a liberdade pelo cometimento de um crime, ele continua a ter direitos estabelecidos mundialmente, intrínsecos do ser humano, como da dignidade da pessoa humana, manutenção dos laços afetivos para com os seus entes queridos, o que é de grande importância para a ressocialização e reconstrução da vida do apenado. Disponível em: <www.ambitojuridico.com.br>. A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Crise do sistema penitenciário no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS HISTÓRIA 01 Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela. Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998 (adaptado). O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade: A A predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das Belas-Artes. B A fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas. C A vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos. D A existência de cidades-Estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação. E A igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras. 02 Disponível em: www.islamismoestudo.blogspot.com.br. Observe a fotografia de 31 de outubro de 2010 que registrou peregrinos no círculo da Caaba na Grande Mesquita, em Meca, Arábia Saudita. No islamismo, que conta com milhões de adeptos no mundo contemporâneo, a peregrinação A é sinônimo de guerra santa e deve ser realizada por convocação de um aiatolá. B foi instituída depois da morte de Maomé, para homenagear o fundador do Islã. C deve ser realizada pelo menos uma vez na vida, pelos fiéis com condições físicas e financeiras. D exige grande sacrifício, pois o fiel deve conservar-se em jejum durante todo o período. E dificultou a expansão do Islã para além do Oriente Médio, pelas obrigações que impunha. 03 É atribuído a Aristóteles o seguinte fragmento de uma obra do século IV a.C.: É essencial que cada escravo tenha uma finalidade claramente definida. É tanto justo quanto vantajoso oferecer a liberdade como prêmio; quando o prêmio e o período em que puder ser atingido, forem definidos claramente, isto os fará trabalhar de boa vontade. CARDOSO, Ciro Flamarion. Trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 108. Na concepção grega, o escravo era um objeto de propriedade, mas ao mesmo tempo um ser humano que A poderia ser vendido, alugado, emprestado, doado e confiscado. Todavia, o Estado também poderia conceder a liberdade àqueles que denunciassem conspiração ou malversação do dinheiro público, se assim fosse comprovado, e seus donos deveriam premiar os bons escravos com prêmios e alforrias. B deveria ter respeito ao ex-dono e, mesmo alforriado, teria que continuar a cumprir certas tarefas, como a de participar de uma colheita anual; em relação ao Estado, deveria continuar com a sua obrigação de limpar ruas e fabricar moedas. C deveria ser alforriado ao denunciar as revoltas planejadas pelos escravos de ganho, pois somente assim ganharia a plena liberdade; esse mecanismo não era aplicado aos escravos de guerra e aos escravizados por dívida. D era utilizado nos serviços agrários, visto que a Grécia vivia em constantes guerras que terminavam por convocar todos os agricultores para os campos de batalha; os escravos e os metecos ficavam sendo os responsáveis pelo abastecimento da cidade e só em tempos de paz eram alforriados. E deveria ser libertado assim que cumprisse o contrato de cinco colheitas de azeitonas e construísse dois moinhos; os escravos do Estado deveriam cumprir com a obrigação de participar de duas batalhas, ajudando o exército grego a sair vitorioso. 4 04 A pregação de Maomé fez-se inicialmente em Meca, e atemorizou os coraixitas, guardiões da Caaba e beneficiados com o comércio caravaneiro. A principal preocupação de Maomé foi A destruir o predomínio comercial em Meca, em benefício da cidade de Medina, que o adotou. B promover uma aliança entre as cidades árabes para combater os beduínos, que viviam na pilhagem e impediam o desenvolvimento comercial. C estabelecer uma doutrina sincrética, que pudesse ser assimilada tanto pelos beduínos do deserto, como por cristãos e principalmente judeus. D desenvolver uma doutrina que promovesse a unificação religiosa, favorecendo a unidade política, necessária para superação das grandes dificuldades dos árabes. E criar condições para o expansionismo árabe que possibilitasse o enriquecimento dos povos beduínos, marginalizados no deserto. 05 Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo. Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastamjunto aos antigos altares de Cristo (…). São Jerônimo, “Cartas”. apud. FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Roma: vida pública e vida privada. 2000. O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela A combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Romano, em meio às invasões germânicas e de outros povos. B reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa. C expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos organismos representativos da República Romana. D crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o governo romano acusava os cristãos de aliança com os invasores. E retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabilizados pela grave crise política do Império Romano. 06 129 Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. [...] 133 Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água. [...] 135 Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar a casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai. [...] 138 Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir. Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br. Esses quatro preceitos, selecionados do Código de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.), indicam uma sociedade caracterizada A pelo respeito ao poder real e pela solidariedade entre os povos. B pela defesa da honra e da família numa perspectiva patriarcal. C pela isonomia entre os sexos e pela defesa da paz. D pela liberdade de natureza numa perspectiva iluminista. E pelo antropocentrismo e pela valorização da fertilidade feminina. 07 Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão. NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37 (adaptado). A escravidão, com características diferenciadas, também existiu na Roma Antiga, onde, a partir do século IV a.C., houve a A repulsa dos cidadãos romanos a escravos que não fossem de cor branca ou de regiões diferentes da Europa, uma vez que outras raças eram consideradas bárbaras e não confiáveis. B ocorrência de grandes revoltas bem sucedidas, integradas por escravos fugidos e ex-escravos, a exemplo da liderada pelo gladiador Espártaco. C concentração de escravos nas colônias, uma vez que na capital, após a instituição do Direito Romano, passaram a vigorar restrições a essa prática. D intensificação dos casos em que um plebeu se tornava escravo pelo não pagamento de suas dívidas e impostos, apesar desse segmento social possuir alguns direitos políticos. E presença crescente de escravos provenientes do aprisionamento em guerras de conquista, em virtude da expansão territorial. 5 08 A maior parte das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez com que fosse ocupada por populações organizadas em pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Mesopotâmia apresenta uma grande diferença: embora marcada pela paisagem desértica, possui uma planície cortada por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos. REDE, Marcelo. A Mesopotâmia, 2002. A partir do texto, infere-se que: A os povos mesopotâmicos dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de alimentos. B a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter sedentário e ininterrupto. C a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâmicos praticavam a agricultura irrigada. D a ocupação sedentária das regiões desérticas representava uma ameaça militar aos habitantes da Mesopotâmia. E os povos mesopotâmicos jamais puderam se sedentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na região. FILOSOFIA 09 A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais uma atividade mítica (porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico e racional”. SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 32. Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta: A A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de sociedades selvagens. B A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um saber prático fundamental para a vida cotidiana. C A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia. D A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica elaborada, crítica e radical, baseada no logos. E O mito sempre foi supervalorizado pelos intelectuais e pesquisadores, uma vez que nunca significou elementos importantes acerca da cultura humana. 10 Segundo Marilena Chauí, a resposta à pergunta “O que é filosofia?” poderia ser: “a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido”. Convite à filosofia Após ler com atenção essa definição, assinale a alternativa correta. A A filosofia identifica-se inteiramente com o senso comum. B As reflexões filosóficas apresentam o mesmo nível qualitativo das reflexões cotidianas. C Filosofar significa apresentar um ponto de vista crítico sobre a realidade. D A filosofia deve, necessariamente, apresentar um ponto de vista místico ou religioso sobre a realidade. E Todo filósofo é necessariamente ateu. GEOGRAFIA 11 O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-García trabalha com uma representação diferente da usual da América Latina. Em artigo publicado em 1941, em que apresenta a imagem e trata do assunto, Joaquín afirma: “Quem e com que interesse dita o que é o norte e o sul? Defendo a chamada Escola do Sul por que, na realidade, nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, senão em oposição ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao revés, desde já, e então teremos a justa ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América assinala insistentemente o sul, nosso norte”. TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo. Buenos Aires: Poseidón, 1941 (adaptado). O referido autor,no texto e imagem acima, A privilegiou a visão dos colonizadores da América. B questionou as noções eurocêntricas sobre o mundo. C propôs que o Sul fosse chamado de Norte e vice-versa. D resgatou a imagem da América como centro do mundo. E defendeu a Doutrina Monroe expressando seu verdadeiro lema. 6 12 Ao se cruzarem, os paralelos e os meridianos formam pontos que permitem a localização precisa de qualquer lugar na superfície da Terra. Observe o mapa acima e considere as coordenadas geográficas A e B: MORAES, P.R. Geografia geral e do Brasil, 3ed. São Paulo: HARBRA, 2005. p11. A – 45° lat N, 90° long W. B – 30° lat S, 30° long E. Essas coordenadas correspondem a pontos localizados, respectivamente A na Ásia e na África. B na Europa e na América. C na América e na África. D na Ásia e na América. E na América e na Ásia. 13 Questionado sobre os significativos aumentos na tarifa de energia elétrica ao longo de 2015, o professor de Geografa respondeu que uma das principais justificativas é o custo energético da falta de água. Além disso, apresentou a tabela abaixo: Disponível em: www.mme.gov.br. Acesso em: 16 ago. 2015 (adaptado). A justificativa apresentada pelo docente e os dados da tabela geraram um debate sobre a estrutura brasileira de geração de energia elétrica e a forte dependência dos fatores climáticos. Ao fim da aula, os alunos entenderam que A o menor volume de chuvas diminui a geração de hidroeletricidade, o que impõe a utilização de termelétricas, que encarecem a produção de energia elétrica. B a falta de água e a necessidade de utilização de outras fontes de energia diminuem os impactos ambientais, pois as termelétricas utilizam, em sua totalidade, fontes de energia renováveis. C grande parte da comunidade científica alega que, com as mudanças climáticas globais, torna-se necessário o aumento da utilização de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade. D as termelétricas que utilizam carvão mineral e gás natural também são dependentes dos fatores climáticos, o que aumenta a vulnerabilidade no fornecimento de energia elétrica para a população. E o menor volume de água nos reservatórios das grandes hidrelétricas não possui relação com as ações humanas, pois o impacto do desmatamento pouco interfere no volume hídrico e no risco de assoreamento dos rios. 14 Suponha que a escala cartográfica do mapa seja 1:50.000 e a distância, em linha reta, entre os pontos Braço Rio Grande e Braço Taquacetuba, 4 cm. No plano real, essa distância seria de aproximadamente A 2 km. B 2,5 km. C 4 km. D 4,5 km. E 5 km. 7 15 A tabela a seguir tem como objetivo estimar a quantidade de CO2 emitida na produção de energia elétrica no Brasil. Ela representa os fatores de emissão médios mensais de CO2 para energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange quase toda a energia gerada no país: De acordo com a tabela, a explicação mais plausível para a variação da emissão mensal está no fato de que A os fatores médios de emissão são superiores nos meses de verão em decorrência da maior taxa de evaporação e do aumento da concentração de metano (CH4). B grande parte da energia brasileira é proveniente do sul do país. No período do inverno, o aquecimento das casas com lenha leva ao aumento da taxa de CO2 nos meses subsequentes. C a demanda das indústrias aumenta significativamente no segundo semestre, implicando no uso da biomassa da cana e do biodiesel, o que aumenta a quantidade de CO2 emitida. D a maior parte da energia consumida no país é termoelétrica e a aproximação do período de compras de natal faz com que o consumo de energia seja elevado, explicando o fenômeno. E os fatores de emissão foram maiores no segundo semestre em consequência do período de estiagem típico do clima tropical que predomina no país. Com as secas de inverno, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e muitas vezes é necessário recorrer ao uso de termoelétricas. 16 Desde a Revolução Industrial, a geração de energia possibilita imenso desenvolvimento tecnológico, social e econômico, diferenciando e valorizando os lugares, na medida em que proporciona distintos usos aos territórios. ADÃO, Edilson e J.R Furquim Laércio. Geografia em Rede. FTD, São Paulo, 2013. É condição primeira a busca por fontes alternativas de energia, que passem a suprir as demandas dos países. Sobre esse fato, argumenta-se que A a energia nuclear, considerada limpa, tem a seu favor os baixos preços do kW gerado. B a energia das marés, além de elevado custo, traz sérios impactos ambientais para as áreas costeiras. C o carvão mineral é uma fonte de energia limpa, pois no processo de combustão emite baixo teor de gás estufa. D a energia solar funciona em operação contínua, não necessitando de procedimento do controle de uma grande central. E a energia eólica é um bom recurso energético, tendo em vista que todas as áreas são beneficiadas por correntes de ventos. 17 Na imagem abaixo, foi utilizada a técnica de curvas de nível para representar a topografia de uma região na qual há um vale, entre outras formas de relevo: GERSMEHL, Phil. Teaching geography. Nova York: Guilford, 2008 (adaptado). O ponto localizado no fundo desse vale é o identificado pela seguinte letra: A A. B B. C C. D D. E E. 18 TexTo I O aparecimento da máquina movida a vapor foi o nascimento do sistema fabril em grande escala, representando um aumento tremendo na produção, abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo. HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado). TexTo II Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas. LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adap- tado). As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que se industrializavam são, respectivamente A indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais. B ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico. C minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos. D debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho. E acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho. 8 SOCIOLOGIA 19 Enquanto resposta intelectual à “crise social” de seu tempo, os primeiros sociólogos irão revalorizar determinadas instituições que, segundo eles, desempenham papéis fundamentais na integração e na coesão da vida social. A jovem ciência assumia como tarefa intelectual repensar o problema da ordem social, enfatizando a importância de instituições como a autoridade, a família, a hierarquia social e destacando a sua importância teórica para o estudo da sociedade. MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 30. O surgimento da Sociologia foi motivado pelas transformações das relações sociais ocorridas na sociedade europeia, nos séculos XVIII e XIX, contribuindo para A o aumento da desorganização social estabelecida pela Revolução Industrial. B a organização de vários movimentos sociais controlados por pensadores como Saint-Simon e Comte. C a elaboração de um conceito de sociologia incluindo os fenômenos mentais como tema de reflexão e investigação. D o desenvolvimento da corrente positivista, que propôs uma transformação da sociedade com base na reforma intelectual plena do serhumano. E o surgimento de uma “física social” preocupada com a construção de uma teoria social, separada das ideias de ordem e desenvolvimento como chave para o conhecimento da realidade. 20 Karl Marx se notabilizou como o cientista social que fundou as bases epistemológicas do materialismo histórico a partir das categorias Capital e Trabalho e do método dialético. Segundo o pensador, a história da humanidade se desenvolve a partir da tensão entre essas duas categorias e todas as formas históricas de sociedade, a partir do comunismo primitivo, expressam em si mesmas uma organização específica do trabalho com vistas à produção de bens e acúmulo de riquezas. Nesse sentido, o capitalismo seria uma das formas sociais que se caracteriza pela organização da produção a partir da relação entre capital e trabalho, de tal modo que os donos dos meios de produção (a burguesia) exploram o trabalho objetivando a obtenção do lucro. A categoria econômica que denota o lucro obtido a partir desse processo de exploração do trabalho é denominada por Karl Marx de A desestruturação. B ideologia. C solidariedade. D mais-valia. E comunismo. CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS FÍSICA 21 Em um experimento de eletrostática, um estudante dispunha de três esferas metálicas idênticas, A, B e C eletrizadas, no ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e –2Q respectivamente: Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três esferas simultaneamente em contato e, depois de separá-las, suspende A e C por fios de seda, mantendo-as próximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente, permanecendo em equilíbrio estático a uma distância d uma da outra. Sendo k a constante eletrostática do ar, qual a representação da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas A e C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas? A e . B e . C e . D e . E e . 9 22 Corpos eletrizados ocorrem naturalmente no nosso cotidiano. Um exemplo desse fenômeno acontece quando, em dias muito secos, ao tocar-se em um automóvel sentem-se pequenos choques elétricos. Tais choques são atribuídos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados. Sobre a natureza dos corpos (eletrizados ou neutros), pode-se concluir que A somente quando há desequilíbrio entre o número de prótons e elétrons é que a matéria manifesta suas propriedades elétricas. B um corpo eletricamente neutro é aquele que não tem cargas elétricas. C se um corpo tem cargas elétricas, ele está sempre eletrizado. D ao serem atritados, dois corpos eletricamente neutros, de materiais diferentes, tornam-se eletrizados com cargas de mesmo sinal, devido ao princípio de conservação das cargas elétricas. E o choque é devido à passagem de prótons oriundo da Terra pelo corpo da pessoa. 23 Enquanto fazia a limpeza em seu local de trabalho, uma faxineira se surpreendeu com o seguinte fenômeno: depois de limpar um objeto de vidro, esfregando-o vigorosamente com um pedaço de pano de lã, percebeu que o vidro atraiu para si pequenos pedaços de papel que estavam espalhados sobre a mesa. O motivo da surpresa da faxineira consiste no fato de que A quando atritou o vidro e a lã, ela retirou prótons do vidro, tornando-o negativamente eletrizado, possibilitando que atraísse os pedaços de papel. B o atrito entre o vidro e a lã aqueceu o vidro e o calor produzido foi o responsável pela atração dos pedaços de papel. C ao esfregar a lã no vidro, a faxineira criou um campo magnético ao redor do vidro semelhante ao existente ao redor de um ímã. D ao esfregar a lã e o vidro, a faxineira tornou-os eletricamente neutros, impedindo que o vidro repelisse os pedaços de papel. E o atrito entre o vidro e a lã fez um dos dois perder elétrons e o outro ganhar, eletrizando os dois, o que permitiu que o vidro atraísse os pedaços de papel. 24 Um dos grandes problemas ambientais decorrentes do aumento da produção industrial mundial é o aumento da poluição atmosférica. A fumaça, resultante da queima de combustíveis fósseis como carvão ou óleo, carrega partículas sólidas quase microscópicas contendo, por exemplo, carbono, grande causador de dificuldades respiratórias. Faz-se então necessária a remoção dessas partículas da fumaça, antes de ela chegar à atmosfera. Um dispositivo idealizado para esse fim está esquematizado na figura a seguir: A fumaça poluída, ao passar pela grade metálica negativamente carregada, é ionizada e posteriormente atraída pelas placas coletoras positivamente carregadas. O ar emergente fica até 99% livre de poluentes. A filtragem do ar idealizada nesse dispositivo é um processo fundamentalmente baseado na A eletricidade estática. B conservação da carga elétrica. C conservação da energia. D força eletromotriz. E conservação da massa. 25 Baseado nas propriedades ondulatórias de transmissão e reflexão, as ondas de ultrassom podem ser empregadas para medir a espessura de vasos sanguíneos. A figura a seguir representa um exame de ultrassonografia obtido de um homem adulto, onde os pulsos representam os ecos provenientes das reflexões nas paredes anterior e posterior da artéria carótida: Suponha que a velocidade de propagação do ultrassom seja de 1.500 m/s. Nesse sentido, a espessura e a função dessa artéria são, respectivamente A 1,05 cm – transportar sangue da aorta para a cabeça. B 1,05 cm – transportar sangue dos pulmões para o coração. C 1,20 cm – transportar sangue dos pulmões para o coração. D 2,10 cm – transportar sangue da cabeça para o pulmão. E 2,10 cm – transportar sangue da aorta para a cabeça. 10 26 Disponível em: <www.imguol.com>. Acesso em: 24 ago. 2013. Algumas cidades têm implantado corredores exclusivos para ônibus a fim de diminuir o tempo das viagens urbanas. Suponha que, antes da existência dos corredores, um ônibus demorasse 2 horas e 30 minutos para percorrer todo o trajeto de sua linha, desenvolvendo uma velocidade média de 6 km/h. Se os corredores conseguirem garantir que a velocidade média dessa viagem aumente para 20 km/h, o tempo para que um ônibus percorra todo o trajeto dessa mesma linha será A 30 minutos. B 45 minutos. C 1 hora. D 1 hora e 15 minutos. E 1 hora e 30 minutos. 27 Os dois primeiros colocados de uma prova de 100 m rasos de um campeonato de atletismo foram, respectivamente, os corredores A e B. O gráfico representa as velocidades escalares desses dois corredores em função do tempo, desde o instante da largada (t = 0) até os instantes em que eles cruzaram a linha de chegada: Analisando as informações do gráfico, no instante em que o corredor A cruzou a linha de chegada, faltava ainda, para o corredor B completar a prova, uma distância, em metros, igual a A 5. B 10. C 15. D 20. E 25. QUÍMICA 28 Em uma noite de inverno rigoroso, uma dona de casa estendeu as roupas recém-lavadas no varal, expostas ao tempo. Pela manhã, as roupas congelaram, em função do frio intenso. Com a elevação da temperatura no decorrer da manhã, começou a pingar água das roupas; em seguida, elas ficaram apenas úmidas, e elas logo estavam secas. Ocorreram nessas roupas, respectivamente, as seguintes passagens de estados físicos: A solidificação, evaporação e fusão. B solidificação, fusão e evaporação. C fusão, solidificação e evaporação. D fusão, evaporação e solidificação. E evaporação, solidificação e fusão. 29 O ácido láurico é conhecido na indústria farmacêutica pela sua propriedade antimicrobiana. O gráfico representa a curva de resfriamento de uma amostra desse ácido, inicialmente no estado líquido, a uma temperatura acima de seu ponto de solidificação: Sobre esse sistema e suas transformações, afirma-se, corretamente, que A a temperatura de fusão do ácido láurico é 30°C. B a temperatura de ebulição do ácido láurico é60°C. C as fases líquida e sólida coexistem no segmento BC. D as moléculas de ácido se movimentam mais no ponto D do que no A. E a temperatura de ebulição do ácido láurico é 10°C. 30 Nos herbários, são guardadas várias plantas secas, com a finalidade de se catalogarem as mais diversas espécies. Para impedir que insetos ataquem as plantas, utiliza-se a naftalina. Seu odor é percebido à temperatura ambiente, o que possibilita o afastamento dos insetos. Após algum tempo, a naftalina diminui de massa até o total desaparecimento. Esse fenômeno é denominado de A liquefação. B sublimação. C evaporação. D decomposição. E rearranjo. 11 31 Em algumas misturas, podem-se identificar visualmente seus componentes, enquanto que em outras não. Os componentes da mistura sólida formada por areia (representada pelo SiO2) e sal de cozinha (NaCl) podem ser facilmente separados por A destilação simples. B aquecimento brando para sublimar um componente. C solubilização de um componente com água e posterior filtração. D separação magnética com ímã. E separação manual com pinça. 32 Um determinado gás nobre A, muito usado em letreiros luminosos, apresenta massa atômica igual a 1/3 da massa de um átomo B. Sabendo-se que a massa de B é o quíntuplo da massa do isótopo 12 do carbono, a massa de A será A 20 u. B 32 u. C 40 u. D 60 u. E 80 u. 33 Em um experimento para testar a tensão superficial da água, foi adicionado gradativamente em cima de uma moeda de 1 real gotas de água até um determinado limite sem que a água tivesse transbordado: Sabendo que nesse experimento foram colocadas 60 gotas de água e que cada gota de água tem 0,05 mL, o número de moléculas colocadas em cima dessa moeda foi de: Dados: A 1 · 10²³. B 2 · 10²³. C 3 · 10²³. D 4 · 10²³. E 5 · 10²³. 34 O ouro, Au, é um elemento pouco reativo que pode ser encontrado na natureza na forma do metal. O ouro puro é classificado como ouro 24 quilates. Suas ligas com a prata e o cobre, que tem diferentes graus de dureza e coloração, são classificados de acordo com a proporção de ouro que contêm. Por exemplo, o ouro de 10 e 14 quilates contém, respectivamente, partes em massa de ouro. Um estudante resolveu investigar a quantidade de átomos de ouro em uma joia que havia dado a sua namorada. Sabendo que a joia era de ouro 18 quilates e que a massa da peça era de 26,25 gramas, a quantidade aproximada de átomos de ouro (Au) na joia encontrada pelo estudante foi de: Dados: Massa atômica do Au = 197 u; Constante de Avogadro = 6 · 1023. A 0,10. B 1,0. C 6,0 · 1022. D 6,0 · 1023. E 6,0 · 1024. BIOLOGIA 35 Alimentação, Sol e atividade física garantem formação de ossos fortes Cerca de 90% da estrutura óssea é formada até os 20 anos, o restante até os 30 anos. Por isso, os adolescentes devem ingerir cálcio, tomar Sol e fazer esporte, para garantir a formação de ossos fortes. Disponível em: <www.g1.globo.com>. Acesso em: 07 abr. 2016 (adaptado). A exposição solar é importante, pois os raios ultravioletas estimulam a pele a A sintetizar a vitamina D, que é uma vitamina hidrossolúvel e facilita a absorção de potássio pelo organismo – essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos. B iniciar uma série de reações bioquímicas que culminam com a síntese da vitamina D ativa, que é uma vitamina hidrossolúvel que facilita a absorção de cálcio pelo organismo – essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos. C iniciar uma série de reações bioquímicas que culminam com a síntese da vitamina D ativa, que é uma vitamina lipossolúvel e facilita a absorção de cálcio pelo organismo – essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos. D iniciar uma série de reações bioquímicas que culminam com a síntese da vitamina C ativa, que é uma vitamina lipossolúvel e facilita a absorção de sódio pelo organismo – essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos. E inibir a síntese de vitamina D, que é uma vitamina lipossolúvel e facilita a retirada de cálcio dos ossos pelo organismo – essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos. 12 36 Em uma área, as aves de uma certa espécie alimentavam-se dos insetos que atacavam uma plantação. As aves também consumiam cerca de 10% da produção de grãos dessa lavoura. Para evitar tal perda, o proprietário obteve autorização para a caça às aves (momento A) em sua área de plantio, mas o resultado, ao longo do tempo, foi uma queda na produção de grãos. A caça às aves foi proibida (momento B) e a produção de grãos aumentou a partir de então, mas não chegou aos níveis anteriores. Ao longo de todo esse processo, a população do único predador natural dessas aves também foi afetada. No gráfico estão representados os momentos A e B e as linhas representam a variação das populações de aves, de insetos que atacam a plantação e de predadores das aves, bem como a produção de grãos, ao longo do tempo: No gráfico, as linhas A 2, 3 e 4 representam, respectivamente, a população de insetos, a população das aves e a população de seu predador. B 1, 3 e 4 representam, respectivamente, a população das aves, os grãos produzidos pela agricultura e a população de insetos. C 2, 3 e 4 representam, respectivamente, os grãos produzidos pela agricultura, a população do predador das aves e a população das aves. D 1, 2 e 3 representam, respectivamente, os grãos produzidos pela agricultura, a população de insetos e a população das aves. E 1, 2 e 3 representam, respectivamente, os grãos produzidos pela agricultura, a população das aves e a população de seu predador. 37 O ovo é um recipiente biológico perfeito que contém material orgânico e inorgânico em sua constituição. Um de seus componentes é a clara ou albúmen, formada predominantemente por água e também por proteínas. Caso a galinha se reproduza, antes da liberação do óvulo ocorrerá a formação de um embrião no interior do ovo. Porém, para que este se desenvolva é necessária uma transferência de calor, que ocorre durante o período em que essas aves chocam os ovos. Disponível em: <www.super.abril.com.br>. Acesso em: 21 abr. 2015 (adaptado). Caso a galinha saia do ninho temporariamente durante esse período, o desenvolvimento do embrião não cessará em virtude da água no interior do ovo A diluir substâncias tóxicas. B ser um solvente universal. C possuir um alto calor específico. D participar de reações de hidrólise. E apresentar elevado valor nutricional. 38 Há espécies de insetos como, por exemplo, o Aedes aegypti em que machos e fêmeas vivem no mesmo esconderijo, porém na hora de se alimentar, a fêmea busca o sangue de outros animais, enquanto que o macho se alimenta de frutas ou outros vegetais adocicados. Assim, pode-se inferir que o macho e a fêmea A ocupam nichos ecológicos diferentes, porém o mesmo hábitat. B ocupam o mesmo nicho ecológico, porém com hábitats diferentes. C ambos ocupam o mesmo nicho ecológico e o mesmo hábitat. D são consumidores de primeira ordem. E são consumidores de segunda ordem. 39 Um pesquisador investigou o papel da predação por peixes na densidade e tamanho das presas, como possível controle de populações de espécies exóticas em costões rochosos. No experimento, colocou uma tela sobre uma área da comunidade, impedindo o acesso dos peixes ao alimento, e comparou o resultado com uma área adjacente na qual os peixes tinham acesso livre. O quadro a seguir apresenta os resultados encontrados após dias de experimento: O pesquisador concluiu corretamente que os peixes controlam a densidade dos(as) A algas, estimulando seu crescimento. B cracas, predando especialmente animais pequenos. C mexilhões, predando especialmente animais pequenos. D quatro espécies testadas, predando indivíduos pequenos. E ascídias, apesar de não representarem os menoresorganismos. 13 41 Os produtos light a seguir são considerados mais saudáveis que as suas versões originais devido à redução de um elemento relacionado à pressão osmótica que, em excesso, é prejudicial à saúde, pois A o sódio em excesso está relacionado ao aumento da pressão arterial ao aumentar o volume de sangue nos vasos sanguíneos. B o sódio em excesso está relacionado à diminuição da pressão sanguínea, podendo ocasionar um quadro de pressão baixa. C as calorias em excesso ocasionam o aumento da pressão arterial por reduzir o volume de sangue nos vasos sanguíneos. D as calorias em excesso estão relacionadas ao aumento do colesterol HDL, chamado de “colesterol ruim”. E as gorduras trans em excesso ocasionam um aumento do colesterol LDL, chamado de “colesterol bom”, mas que em excesso é prejudicial. 40 A obesidade, que nos países desenvolvidos já é tratada como epidemia, começa a preocupar especialistas no Brasil. Os últimos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada entre 2002 e 2003 pelo IBGE, mostram que 40,6% da população brasileira estão acima do peso, ou seja, 38,8 milhões de adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Várias são as dietas e os remédios que prometem um emagrecimento rápido e sem riscos. Há alguns anos foi lançado no mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos demais, pois inibe a ação das lipases, enzimas que aceleram a reação de quebra de gorduras. Sem serem quebradas, elas não são absorvidas pelo intestino, e parte das gorduras ingeridas é eliminada com as fezes. Como os lipídios são altamente energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No entanto, esse remédio apresenta algumas contra indicações, pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diarreias. Além do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, pois A essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam de lipídios para sua absorção. B a ausência dos lipídios torna a absorção dessas vitaminas desnecessária. C essas vitaminas reagem com o remédio, transformando-se em outras vitaminas. D as lipases também desdobram as vitaminas para que essas sejam absorvidas. E essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com eles. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS LÍNGUA PORTUGUESA 42 Leia com atenção a seguinte passagem, retirada do livro Para entender o texto – leitura e redação, de Platão & Fiorin, Editora Ática. Com muita frequência, um texto retoma passagens de outro. Quando um texto de caráter científico cita outros textos, isso é feito de maneira explícita. O texto citado vem entre aspas e em nota indica-se o autor e o livro donde se extraiu a citação. Num texto literário, a citação de outros textos é implícita, ou seja, um poeta ou romancista não indica o autor e a obra donde retira as passagens citadas, pois pressupõe que o leitor compartilhe com ele um mesmo conjunto de informações a respeito das obras que compõem um determinado universo cultural. Os dados a respeito dos textos literários, mitológicos, históricos são necessários, muitas vezes, para a compreensão global de um texto. A essa citação de um texto por outro, a esse diálogo entre textos dá-se o nome de intertextualidade. (...) Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas: a. para reafirmar alguns dos sentidos do texto citado; b. para inverter, contestar e deformar alguns dos sentidos do texto citado; para “polemizar com ele”. Com base nisso, observe os quatro textos a seguir: I. Mundo mundo, vasto mundo Se eu me chamasse Raimundo Seria uma rima, não seria uma solução. Carlos Drummond de Andrade, “Poema das Sete Faces”. II. o inferno ficou para trás com as luzes lá em cima o céu não seria rima nem seria solução Engenheiros do Hawaii, “Descendo a serra”. 14 III. No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Carlos Drummond de Andrade, “No meio do caminho”. IV. Relacionando o fragmento extraído de Platão & Fiorin e os textos apresentados, pode-se concluir que A os quatro textos estabelecem entre si o fenômeno da intertextualidade. B o texto II dialoga com o texto I, cujos termos pretende contestar. C o texto IV não configura caso de intertextualidade, por não ser texto literário. D os textos I e III constroem intertextualidade, já que são de um mesmo autor. E a intertextualidade é percebida entre os textos I e II e os textos III e IV. 43 (...) Grita igual buzina em dia nervosona Santa sem batina, ganha tranquilona Hipnotiza a retina, flash, figurona Estrela maior do show, se precisar, machona Fria igual neblina, alegre e fanfarrona Brilha igual platina, prima, sabichona Ave de rapina e musa pra telona No ritmo, atina e lá vai corona Ela é paz pra Palestina, fé pra Babilônia Respeito, disciplina, boba e brincalhona Estriquinina a TPM, vira felizona Ela abre o circo, ela recolhe a lona Diz que tá gelatina e malha pegadona Vira destaque da piscina, satisfeita mona Messalina, corajosa, do lar e chorona Faz tudo quando quer Eita, mulher durona! (...) Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido, artisticamente, como Emicida, é um rapper que, nos últimos anos, adquiriu grande notoriedade no âmbito do hip hop nacional, sendo famoso por suas improvisações e pelo inusitado de suas rimas. Com relação à linguagem utilizada, exemplificada no fragmento, é possível inferir que A nela se destacam elementos que caracterizam uma variedade regional da língua. B o fato de afastar-se da norma culta enfraquece a sua produção artística. C exemplifica uma variante social da língua, adequada ao gênero em que se emprega. D tem raízes históricas, porque é influenciada pela presença de elementos da cultura africana. E é considerada uma manifestação menor da nossa língua, pelo afastamento da norma padrão. 44 Lisboa: aventuras tomei um expresso cheguei de foguete subi num bonde desci de um elétrico pedi cafezinho serviram-me uma bica quis comprar meias só vendiam peúgas fui dar à descarga disparei um autoclisma gritei “ó cara!” responderam-me “ó pá!” positivamente as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá José Paulo Paes Podemos depreender que, no poema acima, encontra-se reconhecida A a existência de vocábulos que exemplificam variantes geográficas e tipificam identidades nacionais. B uma visão preconceituosa da diversidade existente na língua portuguesa. C a total distinção entre a sintaxe do português que se fala entre nós e a do europeu. D a possibilidade de unificação integral do vocabulário da comunidade lusofônica. E a preponderância do português que se fala no Brasil com relação ao de Portugal. 15 45 Umas e outras Se uma nunca tem sorriso É pra melhor se reservar E diz que espera o paraíso E a hora de desabafar. A vida é feita de um rosário Que custa tanto a se acabar Por isso, às vezes ela para E senta um pouco pra chorar. Que dia! Nossa! Pra que tanta conta Já perdi a conta de tanto rezar. Se a outra não tem paraíso Não dá muita importância, não. Pois já forjou o seu sorriso E fez do mesmo profissão A vida é sempre aquela dança Onde não se escolhe o par Por isso, às vezes ela cansa E senta um pouco pra chorar. Que dia! Puxa! Que vida danada Tem tanta calçada pra se caminhar Mas toda santa madrugada Quando uma já sonhou com Deus E a outra, triste enamorada, Coitada, já deitou com os seus, O acaso faz com que essas duas, Que a sorte sempre separou, Se cruzem numa mesma rua Olhando-se com a mesma dor. Que dia! Nossa! Pra que tanta conta Já perdi a conta de tanto rezar. Que dia! Puxa! Que vida danada Tem tanta calçada pra se caminharQue dia! Puxa! Que vida comprida Pra que tanta vida Pra gente viver... Que dia... Chico Buarque de Holanda Nesse texto, em que Chico Buarque de Holanda apresenta, poeticamente, duas personagens femininas (uma religiosa e uma prostituta), é possível reconhecer a presença de elementos conotativos A na caracterização da vida, ora vista como “feita de um rosário”, ora apresentada como uma “dança onde não se escolhe o par”. B o uso do verbo “chorar”, que, comum às duas mulheres, promove aproximação entre as duas personagens. C na antítese, que caracteriza com otimismo a vida de uma das mulheres, em detrimento do pessimismo com que enfoca a da outra. D nos significados opostos que o vocábulo “sorriso” traz para o texto, primeiro indicando a tristeza da religiosa e depois traduzindo a alegria da prostituta. E no emprego da palavra “conta”, que, embora empregada, em duas ocorrências, de modo polissêmico, tem sentido figurado quando referente às pedras do rosário. 46 As tiras, por sua própria natureza, costumam valer-se de construções próprias do registro coloquial da linguagem. Isso ocorre, por exemplo, na tirinha acima, em função do emprego A da reiteração do verbo “sentir”. B dos pronomes indefinidos “outro” e “alguém”. C do advérbio “aí”, na expressão “por aí”. D o verbo “ter”, no sentido de “existir”. E dos pronomes “me” e “se” como complementos. 47 TexTo I Matéria de poesia Todas as coisas cujos valores podem ser disputados no cuspe à distância servem para poesia O homem que possui um pente e uma árvore serve para poesia Terreno de 10 × 20, sujo de mato – os que nele gorjeiam: detritos semoventes, latas servem para poesia Manoel de Barros 16 TexTo II A um poeta Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! Olavo Bilac Os dois textos têm natureza metalinguística: fornecem conceitos sobre a construção da poesia. Concepções artísticas distintas, vinculadas a diferentes contextos temporais, essas “receitas” sobre a arte poética têm como base, pela ordem A valorização de fatos e coisas do cotidiano / grande preocupação formal. B incorporação de elementos do progresso / valorização do impulso lírico. C desobediência às normas gramaticais / predominância rigorosa da emoção. D exaltação de cunho nacionalista / preponderância de elementos racionais. E temática voltada para a simplicidade / preocupação voltada para o social. 48 PAIVA, Miguel. O Estado de S. Paulo, 11 ago. 1999. Sobre o efeito cômico da tira, podemos afirmar que decorre de um aspecto linguístico ligado à: A morfologia, por envolver um verbo e um substantivo de mesmo radical. B fonética, em função dos diferentes sons envolvidos nas palavras-chave. C sintaxe, tendo em vista as distantes funções das palavras “depende” e “dependência”. D semântica, pela forma como se constroem as frases do diálogo. E estilística, em razão do uso da linguagem figurada. 49 O que é rotacismo? De acordo com o enunciado da questão, o rotacismo é um processo de mudança em que se emprega o /r/ em lugar do /l/ nos vocábulos. Por que ocorre o fenômeno? Todo falante domina a variedade linguística de seu contexto social. Ao entrar em contato com a língua escrita, reproduz os traços da variedade falada em seu meio. E um desses traços é o rotacismo, bastante frequente em variedades de menor prestígio social (...). Diga-se ainda que o fenômeno possivelmente ocorre por causa da semelhança entre o /r/ e o /l/ em termos articulatórios. Onde o fenômeno ocorre? O rotacismo é observado, hoje em dia, na fala de camadas sociais desprestigiadas. Por isso a linguagem onde ocorre é considerada pobre, errada, feia, de gente ignorante. E isso é preconceito. Preconceito porque, na verdade, se trata apenas de uma forma diferente de falar, o prosseguimento de uma tendência observada em textos arcaicos da língua portuguesa e também na passagem do latim vulgar para o português. Com efeito, Camões empregou ingrês, pranta, frauta, etc. E na passagem do latim português constata-se o mesmo fenômeno: plaga>praia; fluxu>frouxo; blandu>brando; etc. O rotacismo ocorre no padrão silábico CCV (consoante + consoante + vogal): o-bli-ga-re> o-bri- gar; pli-ca-re>pre-gar etc. Disponível em: <www.ebooks.pucrs.br>. Acesso em: 28 nov. 2016. Esse é um fragmento de um comentário que integra trabalho de professores da PUC do Rio Grande do Sul sobre questões formuladas no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2011. Sobre o trecho transcrito, pode-se observar que o fenômeno do rotacismo A decorre de um domínio incorreto da língua portuguesa, constituindo um falar, sem precedentes históricos, das pessoas incultas, não escolarizadas. B é um tipo de preconceito estabelecido a partir da convicção de que há, na sociedade, segmentos humanos socialmente inferiores. C constitui um aspecto do modo de falar típico de determinada parcela da sociedade, como traço de variantes linguísticas que predominam, hoje, em camadas menos prestigiadas socialmente. D é um arcaísmo, ou seja, uma retomada de empregos vigentes no passado e que hoje se vão impondo nos âmbitos dos falantes mais letrados da sociedade. E é um fenômeno do âmbito da fonética, que não encontra qualquer justificativa nos estudos da língua, afirmando-se como exemplo de uma variante de pouca significação na língua. 17 50 Adão Iturrusgarai – Aline Folha de S. Paulo, 31 ago. 2008. As variações e as mudanças nas línguas estão correlacionadas a fatores sociais. Na tira, a dedução do pai da garota é confirmada e gera o efeito de humor, pois seu interlocutor apresenta um vocabulário A urbano, típico de quem nasce nas grandes metrópoles brasileiras. B formal, relativo a quem frequenta a escola por muitos anos. C elitizado, encontrado entre falantes de classe socioeconômica alta. D especial, restrito a quem frequenta os espaços da juventude. E conservador, representado por uma fala arcaica para a geração atual. 51 TexTo I (...) Comunicação não se faz somente com palavras. Gestos, toques, imagens visuais e sonoras, até sensações olfativas ou gustativas fazem parte dos recursos de que se dispõem para a comunicação. Como as palavras, os sentidos também adaptam o ser humano ao meio sócio-ambiental, constituindo fontes de conhecimentos. Segundo Maria Helena Cozzolino, na obra Metodologia da Linguagem, “para compreender o mundo de forma plena e se comunicar, o ser humano usa as duas formas de expressão: verbal e não verbal, que são muitas vezes campos complementares e simultâneos”. A comunicação verbal e a não verbal se complementam, tornando mais rica, compreensível e acessível a comunicação humana. Em outras palavras, quando se expressa pela palavra, usa-se o raciocínio e a compreensão. A partir daí avança-se no conhecimento, etapa por etapa. Quando se usa uma linguagem não-verbal, como o mapa, a apreensão é imediata e global, já nas explicações verbais há uma sequência organizada e imediata. As duas formas de expressão são importantes e funcionais para a comunicação humana. (...) Disponíve em: www.faculdadefar.edu.br. (adaptado). TexTo II Disponivel em: www.ivancabral.blogspot.com. No texto I, discorre-se sobre a linguagem verbal e a não verbal, qualificando-as como igualmente relevantes no processo comunicativo e apontando-as como representativas, muitas vezes, de “campos complementares e simultâneos”. A esse respeito, o texto II A contraria as ideias desenvolvidas no texto II, por dispensar, para seu entendimento, os elementos verbais. B objetiva formular crítica voltada para o âmbito político, percebida justamente pela interação dos elementos verbaise não verbais. C tem o seu sentido garantido pela comunicação não verbal, que, sozinha, é capaz de esclarecer os objetivos do chargista. D apresenta lacuna na linguagem verbal (marcada pelas reticências), que inibe a possibilidade de entendimento dos propósitos autorais. E contém elementos do campo não verbal que não estão em consonância com a linguagem verbal. 52 Erro de português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português Oswald de Andrade A linguagem das manifestações artísticas do âmbito literário conta com o recurso da conotação, por meio do qual as palavras agregam valores significativos expressivos, diferentes dos que usualmente apresentam no chamado “estado de dicionário”. No texto acima, esse emprego conotativo se revela A no fato de o autor atribuir ao português conquistador uma lamentável atitude predatória em relação à terra conquistada. B no uso do verbo “vestir”, indicando a imposição, aos índios, de valores dos portugueses. C na utilização do verbo “chegar” para designar a presença dos portugueses em terras brasileiras. D no uso do verbo “despir”, indicando a vantagem do convívio do homem com a natureza. E pela presença das expressões “bruta chuva” e “manhã de sol” para indicar, pela ordem, ações positivas e negativas. 18 53 SCHULZ, Minduim. Jornal da Tarde, São Paulo, 22 fev. 2003. As tirinhas se constroem com dois tipos de linguagem, a verbal e a não verbal. No caso da tira acima, pode-se reconhecer que A as duas linguagens determinam leituras diferenciadas, já que, pertencendo a esferas distintas, não há interação significativa entre elas. B a sequência observada para os quadros que a compõem pode ter sua ordenação modificada, sem prejuízos para o significado desejado. C a leitura dos balões que trazem o discurso direto dos personagens mostra a independência entre os quadros. D não há necessidade de entender eventuais empregos conotativos para a depreensão do sentido humorístico buscado. E o verbal e o visual se complementam no sentido de promover a unidade de sentido pretendida pelo autor. 54 Disponível em: www.epoca.globo.com. A foto acima exemplifica um tipo de manifestação artística denominada “intervenção urbana”. Seu autor é o italiano Fra. Biancoshock. Ele a compôs em 2013, na cidade de Praga, e intitulou-a de “In-globalized”. Sobre esse tipo de produção artística e a obra em si, pode-se reconhecer como características: A realização em pequenas cidades, em áreas interiorizadas. B interação criativa com o espaço público, marcada por efemeridade. C experiência estética despreocupada com questionamentos de ordem social. D manutenção das expectativas do senso comum dos espectadores. E prevalência de espaços internos, com afastamento da realidade cotidiana. 55 Considere o seguinte trecho, colhido na internet, de uma análise do conto “O Espelho”, de Guimarães Rosa: “O espelho” é o centro da obra Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, onde o narrador, em primeira pessoa, conta de sua luta para provar a falta de lógica e de sentido do mundo. Diante de um espelho, foi descobrindo com o passar dos dias a mentira que é a aparência humana. Num processo de “desimaginar-se”, vai verificando que o homem, como todas as coisas, não passa de uma metáfora. No limite do absurdo, ele chega a ver sua “forma” invisível. O tema da identidade é tratado por meio da metáfora do ato de se ver e se reconhecer no reflexo dos espelhos. Sabemos que a função talvez primordial da literatura é a de provocar, pela palavra, o prazer estético. Contudo, outras podem ser as funções da arte literária. A julgar pelas considerações feitas no fragmento acima transcrito, pode-se inferir que o conto de Guimarães Rosa se volta, primordialmente, para a função: A social, pela prevalência de visão crítica de denúncia de uma realidade que esmaga os menos favorecidos. B cultural, pela preponderância de uma abordagem voltada para a fixação de uma identidade nacional. C epistemológica, pela preocupação com a transmissão aos leitores de conhecimentos que ampliem sua visão do mundo circundante. D psicológica, em função da temática voltada para a ampliação do autoconhecimento. E metalinguística, tendo em vista o uso da linguagem literária para traduzir comportamentos humanos. 56 Para os que virão Como sei pouco, e sou pouco, faço o pouco que me cabe me dando inteiro. Sabendo que não vou ver o homem que quero ser. Já sofri o suficiente para não enganar a ninguém: principalmente aos que sofrem na própria vida, a garra da opressão, e nem sabem. Não tenho o sol escondido no meu bolso de palavras. Sou simplesmente um homem para quem já a primeira e desolada pessoa do singular – foi deixando, devagar, sofridamente 19 de ser, para transformar-se – muito mais sofridamente – na primeira e profunda pessoa do plural. Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo, mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar. É tempo sobretudo de deixar de ser apenas a solitária vanguarda de nós mesmos. Se trata de ir ao encontro. (Dura no peito, arde a límpida verdade dos nossos erros.) Se trata de abrir o rumo. Os que virão, serão povo, e saber serão, lutando Thiago de Mello Se um texto literário, por si só, não tem o poder de mudar a realidade, pode, no entanto, direta ou indiretamente, contribuir para um processo de reflexão que faça dos leitores pessoas ativas na sociedade. No caso do poema lido, do amazonense Thiago de Mello (que recentemente completou 90 anos), um “convite” a refletir sobre a importância da participação social está presente nos seguintes versos: A “Como sei pouco, e sou pouco, / faço o pouco que me cabe / me dando inteiro”. B “Já sofri o suficiente / para não enganar a ninguém”. C “Não tenho o sol escondido / no meu bolso de palavras”. D “É tempo sobretudo / de deixar de ser apenas / a solitária vanguarda / de nós mesmos”. E “(Dura no peito, arde a límpida / verdade dos nossos erros.)” 57 THAVES, Bob. O Estado de S. Paulo, 2 jun. 2006. O efeito humorístico e crítico da tira acima é obtido, basicamente, por meio da utilização do recurso A da ambiguidade contida na expressão “prato feito”. B do estrangeirismo presente na palavra “slogan”. C da expressão irônica presente no rosto dos personagens. D da intertextualidade, com a paródia de frase universalmente conhecida. E da reprodução rigorosa de frase proferida em um outro contexto. INGLÊS 58 Masters of War Come you masters of war You that build all the guns You that build the death planes You that build all the bombs You that hide behind walls You that hide behind desks l just want you to know l can see through your masks. You that never done nothin’ But build to destroy You play with my world Like it’s your little toy You put a gun in my hand And you hide from my eyes And you turn and run farther When the fast bullets fly. Like Judas of old You lie and deceive A world war can be won You want me to believe But l see through your eyes And l see through your brain Like l see through the water That runs down my drain. BOB DYLAN. The Freewheelin’ Bob Dylan. Nova York: Columbia Records, 1963 (fragmento). Na letra da canção “Masters of War”, há questionamentos e reflexões que aparecem na forma de protesto contra A o envio de jovens à guerra para promover a expansão territorial dos Estados Unidos. B o comportamento dos soldados norte-americanos nas guerras de que participaram. C o sistema que recruta soldados para guerras motivadas por interesses econômicos. D o desinteresse do governo pelas famílias dos soldados mortosem campos de batalha. E as Forças Armadas norte-americanas, que enviavam homens despreparados para as guerras. 20 59 Para responder à questão, analise a peça publicitária de grande circulação nos EUA Os elementos da imagem permitem identificar um/uma A propaganda em um ambiente hospitalar. B anúncio de marca de sofá. C advertência sobre o tabagismo. D convite para um evento. E cartaz de um ambiente residencial. 60 O texto reproduzido no poster corresponde a um verso de uma canção escrita por John Lennon e gravada pela banda The Beatles em 1967. Da leitura desse verso se depreende que viver só é fácil para pessoas A alienadas. B inteligentes. C lúcidas. D insanas. E sensatas. ESPANHOL 58 El espejo enterrado El 12 de octubre de 1492, Cristóbal Colón desembarcó en una pequeña isla del hemisferio occidental. La hazaña del navegante fue un “triunfo de la hipótesis sobre los hechos”: la evidencia indicaba que la Tierra era plana; la hipótesis, que era redonda. Colón apostó a la hipótesis: puesto que la Tierra es redonda, se puede llegar al Oriente navegando hacia el Occidente. Pero se equivocó en su geografía. Creyó que había llegado a Asia. Su deseo era alcanzar las fabulosas tierras de Cipango (Japón) y Catay (China), reduciendo la ruta europea alrededor de la costa de África, hasta el extremo sur del Cabo de Buena Esperanza y luego hacia el este hasta el Océano Índico y las islas de las especias. No fue la primera ni la última desorientación occidental. En estas islas, que él llamó “las Indias”, Colón estableció las primeras poblaciones europeas en el Nuevo Mundo. Construyó las primeras iglesias; ahí se celebraron las primeras misas cristianas. Pero el navegante encontró un espacio donde la inmensa riqueza asiática con que había soñado estaba ausente. Colón tuvo que inventar el descubrimiento de grandes riquezas en bosques, perlas y oro, y enviar esta información a España. De otra manera, su protectora, la reina Isabel, podría haber pensado que su inversión (y su fe) en este marinero genovés de imaginación febril había sido un error. Pero Colón, más que oro, le ofreció a Europa una visión de la Edad de Oro restaurada: estas eran las tierras de Utopía, el tiempo feliz del hombre natural. Colón había descubierto el paraíso terrenal y el buen salvaje que lo habitaba. ¿Por qué, entonces, se vio obligado a negar inmediatamente su propio descubrimiento, a atacar a los hombres a los cuales acababa de describir como “muy mansos y sin saber que sea mal ni matar a otros ni prender, y sin armas”, darles caza, esclavizarles y aun enviarlos a España encadenados? Al principio Colón dio un paso atrás hacia la Edad Dorada. Pero muy pronto, a través de sus propios actos, el paraíso terrenal fue destruido y los buenos salvajes de la víspera fueron vistos como “buenos para les mandar y les hacer trabajar y sembrar y hacer todo lo otro que fuera menester”. 21 Desde entonces, el continente americano ha vivido entre el sueño y la realidad, ha vivido el divorcio entre la buena sociedad que deseamos y la sociedad imperfecta en la que realmente vivimos. Hemos persistido en la esperanza utópica porque fuimos fundados por la utopía, porque la memoria de la sociedad feliz está en el origen mismo de América, y también al final del camino, como meta y realización de nuestras esperanzas. FUENTES, Carlos. Fragmento de El Espejo Enterrado. Taurus: Madrid, 1998. p. 11-12. A frase “Colón tuvo que inventar el descubrimiento de grandes riquezas en bosques, perlas y oro, y enviar esta información a España” (2o parágrafo) revela: A o intento de destruir os bosques do Novo Mundo. B a finalidade econômica da viagem de Colón. C a intenção de levar a religião a terras da Ásia. D a existência de pérolas e ouro no continente americano. E a dificuldade de Colón para transportar as riquezas para Espanha. 59 El español en Estados Unidos Entre las lenguas extranjeras enseñadas en las escuelas de los Estados Unidos, el español ocupa el primer lugar en todos los niveles. No sólo es la lengua extranjera más enseñada, sino que también es hablada como primera lengua por unos quince millones de ciudadanos estadounidenses. Los principales núcleos de habla española en los Estados Unidos son el norte de Nuevo México/sur de Colorado, los territorios fronterizos desde California hasta Texas, la península de La Florida, la ciudad de Nueva York y algunas otras grandes ciudades en el Noreste y en La región del Midwest. Tan sólo la zona del dialecto de México/Colorado ha mantenido una continuidad lingüística desde la época colonial y su lengua se remonta aproximadamente al año 1600. Los otros centros hispanohablantes tienen su origen en inmigraciones de épocas más recientes efectuadas desde el norte y el centro de México, Cuba y Puerto Rico y, en menor grado, desde España o desde otras regiones hispanoamericanas. Se puede afirmar que muchos hablantes de español en los Estados Unidos son actualmente bilingües y que, en muchos niveles, el español está perdiendo terreno frente al inglés, especialmente en el vocabulario. Habiendo vivido en todas estas zonas de habla española, mi propia experiencia indica que muchas personas con nombres españoles hablan predominantemente inglés, algunas no hablan español y otras piensan en inglés al hablar en español; por lo tanto, es difícil pensar en la existencia de una pléyade de hispanohablantes. Una de las variantes del español que aún puede oírse en Nueva York y en algunas otras ciudades de los Estados Unidos es el español sefardí, también llamado ladino o judeoespañol. Muchos de nosotros conocemos judíos sefardíes, algunos de ellos mercaderes y profesionales, y hemos observado cómo la lengua se ha ido perdiendo en la segunda o tercera generación. Estas comunidades sefardíes son herederas de los judíos españoles que fueron expulsados de la Península Ibérica tras el edicto de los Reyes Católicos, firmado en 1492. D. Lincoln Canfield, El español de América. O texto trata, principalmente A do bilinguismo na sociedade norte-americana contemporânea. B de um estudo acerca da variante espanhola conhecida como sefardi. C de um panorama geral que descreve a situação da língua espanhola nos Estados Unidos. D de uma visão crítica da expulsão histórica da comunidade judaica por parte dos reis católicos. E de uma descrição geográfica das regiões mais importantes dos Estados Unidos da América. 60 Desganas Si cuarenta mil niños sucumben diariamente en el purgatorio del hambre y de la sed si la tortura de los pobres cuerpos envilece una a una a las almas y si el poder se ufana de sus cuarentenas o si los pobres de solemnidad son cada vez menos solemnes y más pobres ya es bastante grave que un solo hombre o una sola mujer contemplen distraídos el horizonte neutro pero en cambio es atroz sencillamente atroz si es la humanidad la que se encoge de hombros. Mario Benedetti No poema, o autor expressa o sentimento de A contentamento. B rancor. C tristeza. D indignação. E tédio. 22 61 Todos aqueles que tiveram oportunidade de lidar com imóveis rurais se depararam com uma unidade de medida de terras denominada alqueire, o que usualmente vem seguido de uma dúvida: será o alqueire mineiro, com seus 4,84 ha, o paulista, equivalente a 2,42 ha ou até mesmo o chamado alqueirão, com 19,36 ha? Disponível em: www.tinyurl.com/nk237dd. Acesso em: 15 ago. 2015. Dado: 1 ha = 1 hectare O Sr. João tem terras produtivas e sabe que pode colher 48 sacas de soja por hectare de plantação. Em sua fazenda, ele plantou 5 alqueires paulistas de soja. Assim sendo, o número de sacas que o Sr. João espera colher é mais próximo de: A 260. B 480. C 580. D 1.160. E 4.640. 62 A necessidade de medir é quasetão antiga quanto a de contar. Quando o homem começou a construir suas habitações e a desenvolver a agricultura, precisou criar meios de efetuar medições. Para isso, ele tomava a si próprio como referência. Foi assim que surgiram unidades de medidas tais como a polegada e o pé. Veja os seus valores correspondentes em centímetros: 1 polegada = 2,54 cm 1 pé = 30,48 cm MACHADO, N.J. Vivendo a Matemática – Medindo comprimentos. São Paulo: Scipione (adaptado). O perímetro de um triângulo é de 79,6 cm. Se dois de seus lados medem 25 cm e 16,5 cm, podemos afirmar que a medida do terceiro lado, em polegadas, é: A 12. B 15. C 22. D 25. E 32. 63 Um professor, ao fazer uma atividade de origami (dobraduras) com seus alunos, pede para que estes dobrem um pedaço de papel em forma triangular, como na figura a seguir, de modo que M e N sejam pontos médios respectivamente de AB e AC, e D, ponto do lado BC, indica a nova posição do vértice A do triângulo ABC. Se ABC é um triângulo qualquer, após a construção, são exemplos de triângulos isósceles os triângulos A CMA e CMB. B CAD e ADB. C NAM e NDM. D CND e DMB. E CND e NDM. 64 Rotas aéreas são como pontes que ligam cidades, estados ou países. O mapa a seguir mostra os estados brasileiros e a localização de algumas capitais identificadas pelos números. Considere que a direção seguida por um avião AI, que partiu de Brasília – DF, sem escalas, para Belém, no Pará, seja um segmento de reta com extremidades em DF e em 4. SIQUEIRA, S. Brasil regiões. Disponível em: www.santiagosiqueira.pro.br. (adaptado). Suponha que um passageiro de nome Carlos pegou um avião AII, que seguiu a direção que forma um ângulo de 135o graus no sentido horário com a rota Brasília-Belém e pousou em alguma das capitais brasileiras. Ao desembarcar, Carlos fez uma conexão e embarcou em um avião AIII, que seguiu a direção que forma um ângulo reto, no sentido anti-horário, com a direção seguida pelo avião AII ao partir de Brasília-DF. Considerando que a direção seguida por um avião é sempre dada pela semirreta com origem na cidade de partida e que passa pela cidade destino do avião, pela descrição dada, o passageiro Carlos fez uma conexão em A Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Curitiba. B Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Salvador. C Boa Vista, e em seguida embarcou para Porto Velho. D Goiânia, e em seguida embarcou para o Rio de Janeiro. E Goiânia, e em seguida embarcou para Manaus. MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 23 65 A latinha de alumínio é o material mais reciclado nas grandes cidades. Um quilograma de latinhas é formado, em média, por 75 latinhas. Disponível em: www.blogwyda.files.wordpress.com. Acessado em: 11 nov. 2015. Considerando que o quilograma de latinhas pode ser vendido por R$4,50, e sabendo que o salário-mínimo nacional tem um valor diário de aproximadamente R$27,00, então, o número necessário de latinhas vendidas, por dia, para se atingir esse valor é de: A 450. B 480. C 500. D 750. E 1.250. 66 Um aluno precisa localizar o centro de uma moeda circular e, para tanto, dispõe apenas de um lápis, de uma folha de papel, de uma régua não graduada, de um compasso e da moeda. Nessas condições, o número mínimo de pontos distintos necessários de serem marcados na circunferência descrita pela moeda para localizar seu centro é: A 3. B 4. C 5. D 6. E 7. 67 A África do Sul, país sede da Copa do Mundo de 2010, possui 1.219.912 km2 de extensão territorial. Essa mesma área, em m2, é escrita como A 1.219.912 · 102. B 121,9912 · 103. C 12.199,12 · 105. D 1.219.912 · 106. E 12.199,12 · 10. 68 Um dia sideral corresponde ao tempo necessário para que a Terra complete uma rotação em torno do seu eixo relativo a uma estrela fixa no espaço sideral, nos possibilitando aferir um tempo de aproximadamente 23,93447 h. O dia solar médio é o tempo correspondente a uma rotação da Terra, em que vemos o Sol voltar a sua posição no céu após um tempo de 24 h. A diferença entre o dia solar médio e o dia sideral é de A 3 min e 30 s. B 3 min e 56 s. C 4 min e 16 s. D 6 min e 55 s. E 6 min e 56 s. 69 Após saber que em sua cidade faltará água por algumas horas, uma pessoa resolveu encher três recipientes com esse líquido para usá-la durante esse período. No primeiro recipiente, essa pessoa colocou 30 dm3, no segundo recipiente, colocou 0,15 m3 e no terceiro colocou 50 litros de água. A quantidade total, em litros, de água que essa pessoa guardou nesses três recipientes é de: A 80,15. B 205. C 230. D 500. E 3.200. 70 Em 2010, um caos aéreo afetou o continente europeu, devido à quantidade de fumaça expelida por um vulcão na Islândia, o que levou ao cancelamento de inúmeros voos. Cinco dias após o início desse caos, todo o espaço aéreo europeu acima de 6.000 metros estava liberado, com exceção do espaço aéreo da Finlândia. Lá, apenas voos internacionais acima de 31 mil pés estavam liberados. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 21 abr. 2010 (adaptado). Considere que 1 metro equivale a aproximadamente 3,3 pés. Qual a diferença, em pés, entre as altitudes liberadas na Finlândia e no restante do continente europeu cinco dias após o início do caos? A 11.200 pés. B 12.100 pés. C 12.800 pés. D 19.800 pés. E 50.800 pés. 24 71 Um pedaço de papel tem a forma do triângulo equilátero PQR, com 7 cm de lado, sendo M o ponto médio do lado PR: Dobra-se o papel de modo que os pontos Q e M coincidam, conforme ilustrado acima. O perímetro do trapézio PSTR, em cm, é igual a: A 9. B 17,5. C 24,5. D 28. E 49. 72 Júlia começou a estudar Geometria na sua escola e aprendeu que os ângulos podem ser classificados, e com várias propriedades, principalmente quando envolvem retas paralelas e retas transversais. As retas r e s são paralelas e as retas u e t, duas transversais. Utilizando os conceitos relatados por Júlia, podemos dizer que o valor de x é: A 120º. B 125º. C 130º. D 135º. E 140º. 73 De acordo com a Organização Mundial de Saúde, um Índice de Massa Corporal inferior a 18,5 pode indicar que uma pessoa está em risco nutricional. Há, inclusive, um projeto de lei tramitando no Senado Federal, e uma lei já aprovada no estado de Santa Catarina, proibindo a participação em eventos de modelos que apresentem esse índice inferior a 18,5. O índice de massa corporal de uma pessoa, abreviado por IMC, é calculado pela expressão em que m representa a massa da pessoa, em quilogramas, e h sua altura, em metros. Dessa forma, uma modelo que possua IMC = 18,5 e massa corporal de 55,5 kg, tem aproximadamente que altura? A 1,85 m. B 1,81 m. C 1,77 m. D 1,73 m. E 1,69 m. 74 Densidade demográfica é o quociente entre a população de uma determinada região e sua superfície. Se a população do estado de São Paulo é de 42 milhões e sua área é de 248.000 km2, então a densidade demográfica do estado de São Paulo, em habitantes por quilômetro quadrado, é aproximadamente: A 590. B 420. C 342. D 283. E 169. 75 Muitos processos fisiológicos e bioquímicos, tais como batimentos cardíacos e taxa de respiração, apresentam escalas construídas a partir da relação entre superfície e massa (ou volume) do animal. Uma dessas escalas, por exemplo, considera que “o cubo da área S da superfície de um mamífero é proporcional ao quadrado de sua massa M”. HUGHES-HALLETT, D. et al. Cálculo e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 1999 (adaptado). Isso é equivalente a dizer que, para uma constante k > 0, a área S pode ser escrita em função de M por meio da expressão A S = k · M B C D E 76 Uma indústria tem um reservatório de água com capacidade para 900 m3. Quando há necessidade de limpeza do reservatório, toda a água precisa ser escoada. O escoamento da água
Compartilhar