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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
CENTRO DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS E SOCIAIS APLICADAS 
SERVIÇO SOCIAL 
 
ALINE AMARAL DO NASCIMENTO, CLAUDIA FATIMA DE ARAÚJO, 
JOICIARA DE AQUINO SANTOS, JOSÉ WILSON ALMEIDA MACEDO 
JÚNIOR, LEDA MARCIA MENEZES DA SILVA LIMA, MARLIAM 
FERNANDES RORIZ, REGINALDO JOSÉ MOREIRA. 
 
 
 
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLITICAS 
PÚBLICAS, NA DEFESA DE DIREITOS A PARTIR DA 
CONSTITUIÇÃO DE 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA - MG 
2019 
 
 
 
ALINE AMARAL DO NASCIMENTO, CLAUDIA FATIMA DE ARAÚJO, 
JOCIARA DE AQUINO SANTOS, JOSÉ WILSON ALMEIDA MACEDO 
JÚNIOR, LEDA MARCIA MENEZES DA SILVA LIMA, MARLIAM 
FERNANDES RORIZ, REGINALDO JOSE MOREIRA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagens sobre Políticas públicas na defesa de 
direitos contemplados pelas políticas sociais a partir da 
Constituição Federal de 1988: educação inclusiva, 
terceiro setor, meio ambiente e sustentabilidade. 
Professores: Amanda Boza, Paulo Sérgio Aragão , 
Juliana Chueire Lyra, Mileni Alves Secon 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA - MG 
2019 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------ 04 
2. A constituição das políticas sociais de educação, educação inclusiva como direito 
da população a partir de suas necessidades humanas e dever do Estado reguladas 
por suas legislações -------------------------------------------------------------------------------- 05 
 
2. A constituição das políticas sociais de educação, educação inclusiva como direito 
da população a partir de suas necessidades humanas e dever do Estado reguladas 
por suas legislações -------------------------------------------------------------------------------- 06 
 
3. Ação do profissional do serviço social na defesa de direitos contemplados pelas 
políticas sociais a partir da constituição federal de 1988 como parte constituitiva de 
seu compromisso ético-político ------------------------------------------------------------------- 07 
 
3. Ação do profissional do serviço social na defesa de direitos contemplados pelas 
políticas sociais a partir da constituição federal de 1988 como parte constituitiva de 
seu compromisso ético-político ------------------------------------------------------------------- 08 
 
4. Desafios de implementação de políticas educacionais e o rebatimento ao trabalho 
da/o assistente social-------------------------------------------------------------------------------- 09 
 
5. O Terceiro Setor suas principais características e a intervenção do Assistente 
Social. --------------------------------------------------------------------------------------------------- 10 
 
6. A atuação do Assistente Social no contexto do Terceiro Setor ---------------------- 11 
7. Ferramentas de Gestão do Terceiro Setor e a Intervenção Profissional ---------- 12 
7. Ferramentas de Gestão do Terceiro Setor e a Intervenção Profissional ---------- 13 
8. Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------ 14 
9. Referencias ---------------------------------------------------------------------------------------- 15 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
O trabalho textual a seguir trata de algumas abordagens como, a constituição 
das políticas sociais de educação, educação inclusiva como direito da população a 
partir de suas necessidades humanas e dever do Estado reguladas por suas 
legislações. Apresentaremos os desafios de implementação dessas políticas e os 
rebatimentos ao trabalho dos assistentes sociais. 
Refletiremos sobre a ação dos profissionais de serviço social na defesa de 
direitos contemplados pelas políticas sociais a partir da constituição Federal de 1988 
como parte constitutiva de seu comportamento ético-político, sabendo que muitas 
conquistas só foram possíveis com promulgação da Carta Constituinte, onde 
indivíduos com deficiência obtiveram novos direitos, antes inexistentes 
Falaremos sobre as principais características do terceiro setor e a intervenção 
do assistente social, relacionando as ferramentas de gestão do terceiro setor a 
intervenção profissional, sabendo que o Terceiro Setor é formado por instituições de 
direito privado, sem fins lucrativos, e que visam, dentro de suas finalidades, 
alcançarem o bem-estar social. As mesmas, são constituídas de forma voluntária, 
pela junção de pessoas que compartilham de um mesmo interesse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. A constituição das políticas sociais de educação, educação inclusiva como 
direito da população a partir de suas necessidades humanas e dever do 
Estado reguladas por suas legislações. 
“A constituição das políticas sociais de educação, educação inclusiva como direito 
da população a partir de suas necessidades humanas e dever do Estado reguladas 
por suas legislações” 
Por vários anos, no Brasil lutamos para que haja uma efetiva inclusão escolar. Já 
foram feitos estudos para que professores de sala comum conheçam equipamentos 
e os meios já existentes em escolas especializadas A.E.E. (Atendimento 
Educacional Especializado), bem como uma interação pedagógica com outros 
professores já especializados nessa área com a finalidade de adquirir experiências 
consideradas imprescindíveis para enriquecimento da prática de ensino com alunos 
portadores de necessidades especiais. Conhecer as metodologias e as técnicas, 
possibilitam a aplicação de métodos já desenvolvidos por outros profissionais, 
trabalhando as deficiências particulares ou individuais a fim de otimizar o acesso a 
um aprendizado mais qualitativo possível. 
A sociedade, por meio de muitas reivindicações conseguiu que fosse estabelecida 
a inclusão escolar nos debates de políticas públicas destinadas a alunos portadores 
de necessidades especiais. Muitas conquistas só foram possíveis com promulgação 
da Carta Constituinte de 1988, onde indivíduos com deficiência obtiveram novos 
direitos, antes inexistentes, podemos destacar alguns, direito ao atendimento 
educacional especializado, sendo este, dever providência do Estado, garantir a 
igualdade e o acesso à educação especializada, garantir o direito a espaços físicos 
adequados e adaptados, garantir rotineiramente atendimento digno e humanitário, 
com conteúdo composto de valores e saberes que vislumbram a boa formação da 
cidadania e do seu intelecto pessoal, fazer valer o direito as aulas regulares que 
garantem o nivelamento igualitário entre alunos com deficiência e os sem 
deficiência. 
Com o surgimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, 
surgiram oportunidades de especificar quais pessoas de fato estariam incluídas 
nesse documento. A 25 anos movimentos ocorreram em virtude das lutas pelos dos 
direitos dos portadores de necessidades especiais com a Convenção Sobre Direitos 
6 
 
da Pessoa com Deficiência, em 2006 em Nova York com a aprovação da ONU e 
com a ratificação em 2008 no Brasil. 
Os Estados se comprometeram a criar diretrizes e princípios, que servirão de 
base para as ações do governo instituídas em caráter de políticas públicas. O A.E.E. 
trabalha na identificação e elaboração de materiais pedagógicos e de acessibilidade 
que possam eliminar empecilhos para o aluno, manter sua presença no ambiente 
escolar tendo em vista as especificidades de sua condição. 
O aluno com necessidades especiais não apenas deve ser incluído em salas de 
aula, mas também participar de atividades extraclasse com conteúdo interdisciplinar, 
uma vez havendo o crescimento do seu potencial, visa um processo que promova 
suaintegração dentro e fora da escola. O aluno adquirir conhecimento construído 
para si mesmo e para que se torne eficaz a aplicação dos saberes do ensino. 
Foi realizado um Importante trabalho na escola Maria Rafols situada na 
mesorregião de Marajó no Estado do Pará. Concluiu se que a educação inclusiva 
precisa aceitar os alunos independente de suas limitações e condições social-
econômicas, raciais, culturais e religiosas, mantendo os nas escolas regulares e 
coibindo qualquer postura discriminatória. O propósito da escola Maria Rafols é 
atender o aluno com o máximo de excelência, facilitando o seu aprendizado, 
destinando ações à todos os alunos, respeitando as diversidades de modo geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3. Ação do profissional do serviço social na defesa de direitos contemplados 
pelas politicas sociais a partir da constituição federal de 1988 como parte 
constitutiva de seu compromisso ético-politico. 
No Brasil uma distancia evidente entre os direitos configurados na 
Constituição de 1998 e a efetiva concretização dos avanços garantidos legalmente, 
isto é, há uma notória contradição entre a realidade e o que está garantido 
legalmente. A medida que podemos ver avanços em relação a defesa e garantia dos 
direitos, vários obstáculos se formam. Observamos um jogo de forças contraditórias 
entre classes, de um lado a luta da classe operária por condições mínimas de vida, 
trabalho e sobrevivência, de outro, a luta para a implementação de tais serviços ao 
ser mediatizada e gerida pela classe capitalista que constitui-se um instrumento 
político de controle da classe trabalhadora. Isso implica dizer que as reivindicações 
e luta do proletariado pelos direitos arduamente conquistados sempre se fará 
necessário, assim como, a expansão ou restrição destes acompanha as estratégias 
e necessidade do capital a partir do desenvolvimento e acumulação capitalista, no 
qual se particulariza suas crises e as medidas adotadas para seu enfretamento. 
A efetivação desses princípios remete a luta no campo democrático popular 
por direitos que acumule forças políticas, base organizativa e conquistas 
materiais e sociais capazes de dinamizar a luta contra hegemônica no 
horizonte de uma nova ordem societária, em que o homem seja a medida 
de todas as coisas (IAMAMOTO, 2015, p. 226). 
 
O contexto que hoje vivemos de ataque e regressão aos direitos repercute 
nas políticas e, portanto, nos serviços e ações profissionais, dentre as quais, se situa 
a profissão do Serviço Social, cuja defesa dos direitos é um dos princípios 
fundamental contido no Código de Ética, fruto de um processo coletivo dos 
assistentes sociais. A institucionalização do Serviço Social está relacionada com a 
ampliação ao reconhecimento e desenvolvimento dos direitos de cidadania, com 
vistas à garantia do atendimento das necessidades básicas da população. A 
incorporação dos direitos sociais à noção de cidadania se expande à medida que o 
Estado assume os encargos sociais face às expressões concretas da questão social 
expandindo os serviços de atendimento as necessidades sociais, campo privilegiado 
de atuação dos assistentes sociais (IAMAMOTO; CARVALHO, 2008). 
Diante de tantos desafios, desigualdades e abismos de realidade é 
imprescindível que o trabalho do Assistente Social na perspectiva do projeto ético-
político aconteça com crescente qualificação profissional, possibilitando a realização 
8 
 
de uma trabalho complexo, social e coletivo que tenha capacidade para propor, 
negociar e defender projetos que visem à ampliação dos direitos das classes 
subalternas, que defenda seu campo de trabalho, suas atribuições e sua relativa 
autonomia profissional, buscando ainda o fortalecimento de ações que busque 
viabilizar direitos, e o engajamento em bandeiras de luta levantadas pela classe 
trabalhadora da qual a profissão faz parte, resistindo às contradições e a 
regressividade impostas pela sociedade capitalista em tempos desafiadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4. Desafios de implementação de políticas educacionais e o rebatimento ao 
trabalho da/o assistente social 
Atualmente muito tem se falado sobre a atuação do assistente social na 
educação, porém a demanda apresentada, tem chamado a atenção dos 
profissionais da assistência social. 
Segundo o CFESS: A educação é um complexo constitutivo da vida social, 
que tem uma função social importante na dinâmica da reprodução social, ou seja, 
nas formas de reprodução do ser social, e que numa sociedade organizada a partir 
da contradição básica entre aqueles que produzem a riqueza social e aqueles que 
exploram os seus produtores e expropriam sua produção […] Integra, junto com 
outras dimensões da vida social, o conjunto de práticas sociais necessárias à 
continuidade de um modo de ser, às formas de sociabilidade que particularizam uma 
determinada sociedade. (CFESS, 2014, Pag. 16). Esse conceito fundamenta a 
atuação do profissional na política de modo a assegurar-lhe conhecimento sobre o 
espaço ocupacional no qual irá intervir. 
À categoria profissional do Serviço Social, fica o desafio de preparar 
profissionais aptos para lidar com as contradições do presente apresentadas pela 
ordem neoliberal e pelo neoconservadorismo no conhecimento, e o compromisso 
com a qualidade na formação que, consequentemente, perpassa todo o trabalho 
profissional evitando que o Serviço Social fique burocrático, tecnicista, mercantil e 
“sem vida”. 
 Um outro desafio é a educação inclusiva, que deve se implementada como 
um meio de garantir que todos os alunos tenham direitos. Essa é de fato, uma das 
instituições mais corretas para ensinar de forma efetivas seus direitos e apresentar a 
inclusão, somente perdendo para a família, para que os alunos aprendam juntos, 
sem discriminação. 
É, na perspectiva de atender às exigências dessa nova realidade que se 
aprofunda cada vez mais a temática sobre a inserção do (a) assistente social no 
contexto das escolas públicas, sobretudo no âmbito dos municípios, uma vez que o 
maior fluxo de demandas por uma educação laica e de qualidade emana das 
classes sociais mais vulneráveis. 
 
 
10 
 
5. O Terceiro Setor suas principais características e a intervenção do 
Assistente Social 
 O Terceiro Setor é formado por instituições de direito privado, sem fins lucrativos, 
e que visam, dentro de suas finalidades, alcançarem o bem-estar social. As 
mesmas, são constituídas de forma voluntária, pela junção de pessoas que 
compartilham de um mesmo interesse. 
 O terceiro Setor tem diversas instituições que compõe, as mesma compartilham 
algumas características em comum , que devem serem ressaltadas: 
 A primeira é que, quando atuam na área da assistência social, educação ou 
saúde, na maioria das vezes iram trabalham com famílias e pessoas que estão fora 
do mercado de trabalho, não tendo acesso aos bens e serviços necessários ao 
suprimento de suas necessidades básicas. A segunda característica desse Terceiro 
Setor é que não se constituem caráter público, mas desenvolvem um trabalho de 
interesse público. Uma terceira característica se encontra no fato de essas 
entidades não focarem no lucro, como fazem as empresas comerciais, e nem serem 
submetidas ao controle estatal, como acontece com a administração pública. A 
quarta característica e a participação do voluntariado, que trabalham em prol da 
sobrevivência e da manutenção das organizações, também é uma particularidade do 
Terceiro Setor. Como quinta característica podemos citar a possibilidade de obterema qualificação de OCIP ou de CEBAS. O certificado de Entidade Beneficente de 
Assistência Social (CEBAS) pode ser pleiteado junto ao Conselho Nacional da 
Assistência Social, desde que a instituição esteja dentro dos requisitos exigidos, 
dentre eles, o de atuar diretamente na área da Assistência Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
6. A atuação do Assistente Social no contexto do Terceiro Setor: 
 Diante das características do terceiro setor, citadas anteriormente, não há como 
negarmos a importância da atuação de diferentes profissionais, na perspectiva da 
ação interdisciplinar, tendo em vista o caráter profissional e técnico que os serviços 
prestados por esse setor necessitam assumir. Portanto, há a necessidade do 
reordenamento administrativo e técnico dessas instituições, significando a 
construção de instrumentos e ferramentas de gestão adequadas às suas 
especificidades e singularidades. Nesse processo, profissionais de diferentes áreas 
podem contribuir significativamente e, dentre estes, o assistente social tem 
importante atuação, considerando a sua especificidade profissional 
 Nas instituições do terceiro setor a atuação do assistente social, sempre tendo 
como objetivo o atendimento integral e de qualidade social, trabalhará no foco da 
garantia do direito de inclusão ao atendimento. Mas também, priorizará ações que 
caracterizam o alcance das metas, dos objetivos e diretrizes preconizados pelo 
planejamento estratégico institucional, para o qual deverá ter contribuição 
significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
7. FERRAMENTAS DE GESTÃO DO TERCEIRO SETOR E A INTERVENÇÃO 
PROFISSIONAL. 
CONCEITO: 
O termo “terceiro setor” tem sido utilizado com frequência crescente e, por 
mais que, no contexto do Serviço Social, tenha sido recebido com ressalvas, 
cuidados, indiferenças e até críticas contundentes, não há como negar a evidência 
social, econômica e política que esse “setor” tem alcançado no cenário internacional 
e nacional. 
Alguns conceitos de Terceiro Setor são trabalhados por diferentes autores 
que têm se destacado enquanto estudiosos do assunto: 
De acordo com Montaño (2002), “o desenvolvimento do chamado „terceiro 
setor‟ decorre das sensíveis alterações nas modalidades de respostas às sequelas 
da „questão social‟”. 
... por Terceiro Setor entenda-se (...) a sociedade civil que se organiza e 
busca soluções próprias para suas necessidades e problemas fora da lógica 
do Estado e do mercado. (RODRIGUES, 1998 p.31). 
 
(...) o Terceiro Setor é composto de organizações sem fins lucrativos , 
criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária , num âmbito não-
governamental, dando continuidade a práticas tradicionais de caridade , da 
filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios , 
graças , sobretudo , à incorporação do conceito de cidadania e de suas 
múltiplas manifestações na sociedade civil. (FERNANDES, 1997 p.27). 
 
Essas organizações não fazem parte do Estado , nem a ele estão 
vinculadas, mas se revestem de caráter público na medida em que se 
dedicam a causas e problemas sociais e em que , apesar de serem 
sociedades civis privadas , não têm como objetivo o lucro , e sim o 
atendimento das necessidades da sociedade . (TENÓRIO, 2001 p. 07) 
 
 
Dessa forma, o Terceiro Setor é formado por instituições (associações ou 
fundações privadas) não governamentais, que expressam a sociedade civil 
organizada, com participação de voluntários, para atendimentos de interesse público 
em diferentes áreas e segmentos. O ponto de vista filantrópico e caritativo para uma 
atuação profissional e técnica, na qual os usuários são sujeitos de direitos, tendo em 
vista o alcance de um trabalho qualitativamente diferenciado daquele que sempre 
marcou a história dessas organizações: o assistencialismo e a filantropia. 
Atualmente no mundo se exige das organizações e de seus gestores uma 
postura que se assente em um paradigma da gestão, fundamentada em um tipo de 
pensamento de natureza especial – o pensamento estratégico. Este fornece aos 
13 
 
gestores a fundamentação necessária para a construção de um modelo e de 
ferramentas gerenciais que sejam suficientemente capazes de garantir maior 
efetividade na gestão das organizações, sejam elas públicas, privadas ou da 
sociedade civil. 
As ferramentas de gestão, portanto, tende a possibilitar, entre outras coisas, 
uma administração orientada para resultados, foco no bom atendimento, maior 
flexibilidade e agilidade na tomada de decisão nos diversos níveis da organização, 
além da capacitação para enfrentar novos desafios. Assim, torna-se imperativo 
sinalizar a relevância da gestão estratégica e transparente como mecanismo 
contributivo à perenidade das organizações e sustentabilidade de seus projetos 
sociais desenvolvidos no âmbito do Terceiro Setor. 
Historicamente, o Serviço Social constituiu-se como uma especialização do 
trabalho coletivo, na divisão sociotécnica do trabalho, no quadro do desenvolvimento 
das relações sociais capitalistas (IAMAMOTO, 1982). Para Netto (1992), o 
surgimento do Serviço Social como profissão vincula-se às peculiaridades da 
“questão social” em um momento histórico específico, o da ordem monopólica, a 
partir do qual se internaliza na ordem econômica, passando a ser alvo das políticas 
sociais. 
No interior das instituições do terceiro setor a atuação do assistente social, 
sempre tendo como fim último o atendimento integral e de qualidade social, 
trabalhará no enfoque da garantia do direito de inclusão ao atendimento. Mas 
também, priorizará ações que caracterizam o alcance dos objetivos, metas e 
diretrizes preconizados pelo planejamento estratégico institucional, para o qual 
deverá ter contribuição significativa. 
Desta forma, há uma grande tendência de crescimento das funções 
socioinstitucionais do serviço social para o plano da gerência de programas sociais, 
o que requer do profissional o domínio de conhecimentos e saberes, tais como de: 
legislações sociais correntes, numa atualização permanentes; análises das relações 
de poder e da conjuntura; pesquisa, diagnóstico social e de indicadores sociais, com 
o devido tratamento técnico dos dados e das informações obtidas, no sentido de 
estabelecer as demandas e definir as prioridades de ação; leitura dos orçamentos 
públicos e domínio de captação de recursos; domínio do processos de planejamento 
e a competência no gerenciamento e avaliação de programas e projetos sociais. 
 
14 
 
8. CONCLUSÃO: 
Alcançamos muitas conquistas com promulgação da Carta Magna de 1988, 
onde as pessoas com deficiência alcançaram novos direitos, antes nem sequer 
imaginados, entre eles o direito ao atendimento educacional especializado, de 
responsabilidade do Estado com o intuito de garantir a igualdade e o acesso à 
educação especializada, além de propiciar o direito a essas pessoas de espaços 
físicos adaptados e de fácil acesso. Garantir diariamente um atendimento digno e 
humano as pessoas com deficiência deve ser um compromisso de todos. Devemos 
buscar o tratamento igualitário no sentido de tratar o diferente de forma diferente 
buscando assim o nivelamento entre alunos com deficiência e os sem deficiência 
Estabelecem –se aos profissionais do Serviço Social, o grande desafio de se 
adequarem e de se prepararem para que sejam profissionais aptos para lidar com as 
contradições das atualidades apresentadas pela ordem neoliberal e pelo 
neoconservadorismo assumindo assim sua responsabilidade com a qualidade e a 
eficiência de seu trabalho. 
O terceiro setor é construído por organizações semfins lucrativos e com 
objetivo social voltado para atividades caracteristicamente públicas, são pessoas 
jurídicas de direito privado e recebem a nome de associação que é a união de 
pessoas que possuem um fim em comum, mas sem ter o lucro Diante disso, há uma 
obrigação de um reordenamento administrativo e técnico dessas entidades, 
representando a construção de instrumentos e ferramentas de gestão próprias às 
suas especificidades e singularidades. 
Nesse grande processo em busca de um reordenamento e a busca constante 
pelo direito dos usuários, profissionais de diversas áreas poderão contribuir 
significativamente pela mudança no cenário atual, principalmente o assistente social 
que tem uma importante atuação na busca constante pela conquista de direitos, 
considerando a sua especificidade profissional 
Desta forma é dever de todos nós lutarmos para mantermos os direitos já adquiridos 
ao longo do tempo e buscarmos constantemente a conquista de novos direitos 
 
 
 
 
 
15 
 
9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: 
BEHRING, Elaine Rossetti. Brasil em contra- reforma: desestruturação do Estado 
e perda de direitos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Nossa escolha é a resistência: 
somos classe trabalhadora. Assessoria de Comunicação. Brasília (DF), 2018. 
FRANÇA, José Antônio de. Manual de Procedimentos para o Terceiro Setor: 
aspectos de gestão e de contabilidade para entidades de interesse social / José 
Antônio de França (coordenador); Álvaro Pereira de Andrade .... [et al]. - - Brasilia: 
CFC : profis, 2015. 
FERNANDES, Rubem César. Privado, Porém Público - O Terceiro Setor na 
América Latina. 2ª ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1996. 
IAMAMOTO, Marilda V. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. São Paulo: 
Cortez, 1982. 
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. de. Relações Sociais e Serviço Social no 
Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 24. ed. São Paulo: 
Cortez, 2008. 
MOTA. GLEISON, Adminstradores do terceiro setor 
https://administradores.com.br/artigos/organizacoes-do-terceiro-setor 25/08/2019 
as 13:48 
MONTAÑO, Carlos. Das “lógicas do estado” as “lógicas da sociedade civil”: 
Estado e “terceiro Setor” em questão. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, 
Cortez, n. 61, 1999. 
NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e serviço social. São Paulo: 
Cortez, 1992. 
 
ORLANDO, João. O Serviço Social e a Política de Educação: Estudo Sobre a 
Atuação do Assistente Social no Contexto Escolar. Revista Científica Multidisciplinar 
Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 04, pp. 100-119, Agosto de 2018. 
ISSN:2448-0959 <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/ciencias-
sociais/politica-de-educacao>. Acesso em10/09/2019 22:00. 
 
PIANA, MC. A construção do perfil do assistente social no cenário educacional 
[online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 233 p. 
ISBN 978-85-7983-038-9. Available from SciELO Books. http://books.scielo.org. 
Acesso em 10/09/2019 22:50. 
RODRIGUES, Maria Lúcia Prates. Demandas Sociais versus crise de 
Financiamento: o papel do Terceiro Setor no Brasil. Revista de Administração 
Pública. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. N. 32 (5) set/out. – 1998 
 
 
16

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