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Visita Técnica à ETA João Pessoa

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA PARÁIBA 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 VISITA TÉCNICA – ETA JOÃO PESSOA
 
Maria Ivonete Coêlho de Matos
João Pessoa/PB, 2019
 
RESUMO
 
O presente relatório visa demonstrar as observações técnicas e de aprendizagem da visita de campo, realizada no dia 14 de outubro de 2019, na Estação de Tratamento de Águas – ETA, que e responsável pelo abastecimento de água de João Pessoa e outros municípios. A visita foi guiada pelo técnico, que explicou as etapas do tratamento de água, desde a captação até a sua distribuição, mostrando as instalações da ETA e as etapas de tratamento da água. 
IINTRODUÇÃO 
É de vital importância que a água fornecida para o abastecimento das populações e comunidades esteja em condições adequadas para consumo, diminuindo a incidência de doenças, que tem a água com sua via de transmissão. Para que isso seja possível, é necessário que a água passe por um processo de tratamento em unidades denominadas Estações de Tratamento de Água. A ETA consiste em um complexo sistema de unidades que tornarão a água potável, com características propícias ao consumo e aceitação da população e dentro dos padrões estabelecidos pela legislação, no Brasil, os padrões de potabilidade são definidos pela Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde. Nos grandes centros urbanos, diante da baixa qualidade dos mananciais, ocasionados pelos lançamentos de efluentes industriais e esgotos urbanos, torna-se necessário a execução de tratamentos mais complexos antes de sua distribuição à população. O processo de tratamento de água constitui-se em uma série de procedimentos físicos e químicos aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, se torne potável. A Estação de Tratamento – ETA 2 do tipo convencional, onde a água passa pelos processos de coangulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e correção de pH. O sistema ETA tem em média a produção de 1 30.000 m³ por dia, desses 130.000 m³ de água tratada, 55% é de perdas, 40% dessas perdas é devido a cultura dos usuários do não uso de boias nas caixas d’água, e 15% são perdas na rede de distribuição. Esse desperdício de água eleva o consumo per capita para 152,30 L/dia no município de João Pessoa-PB.
OBJETIVOS 
 
Conhecer o funcionamento de uma ETA, e os processos envolvidos na limpeza da 
Água para abastecimento humano. 
 
Objetivo Geral 
 
 O objetivo principal da visita foi verificar e aplicar todo o conhecimento adquirido em sala de aula na disciplina Saneamento Básico, tendo como foco melhorar percepção de aprendizagem pratica do aluno. 
Objetivos Específicos 
 
 A avaliação para identificação, aplicação e comparar indicadores descreve 
Os objetivos especifico da atividade, tento os principais focos apresentados: 
 
 Conhecer a estrutura da Estação, as unidades que a integram e os processos de produção da água que abastece a população de João Pessoa; 
 
 Verificar os produtos químicos utilizados; 
 
 Observar como é realizado as análises físico-químicas e bacteriológicas, bem como o 
Controle de qualidade;
 Descrever as etapas de tratamento da água;
Funcionamento 
 A ETA funciona 24h, a água bruta passa pelos seguintes processo: captação, coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e correção de pH. A água tratada do município de João Pessoa não passa pelo processo de fluoretação, tendo em vista o teor de flúor já presente na água . Captação a água bruta é captada ás margens do Rio Gramame/Mamuaba,rio Munbaça e Açudes Marés, por meio de uma adutora e um conjunto moto bomba . 
Captação 
A água bruta é captada ás margens do Rio Gramame por meio de uma adutora e um conjunto moto bomba operando 24h. 
 ÁGUA BRUTA VAZÃO DE ENTRADA
Coagulação 
Adição do coagulante, com função básica de a grupar as partículas de sujeira em suspensão na água bruta, formando pequenos coágulos. 
 Coagulante 
 O coagulante utilizado em substituição do sulfato de alumínio é o Poli cloreto de Alumínio, pela facilidade de uso e manuseio, por ser comercializado já em estado líquido, dispensando o uso de grandes estruturas e logística para o uso do sulfato de alumínio. O coagulante deve ser aplicado em local de regime turbulento para poder garantir uma mistura homogênea do poli cloreto de alumínio a água bruta e garantir uma boa floculação e decantação da água bruta. 
Floculação 
É a formação de flocos de sujeira, a partir da movimentação da água em tanques específicos, dentro da ETA, que misturam os coágulos, tornando -os maiores e mais pesados. 
 
 
TANQUE DE FLOCULAÇÃO MENOR TANQUE DE FLOCULAÇÃO MAIOR
A floculação e a coagulação são processos químicos e físicos em que partículas muito pequenas são agregadas, formando flóculos, para que possam decantar-se. Essa é uma das primeiras etapas do tratamento de água. 
Decantação 
 
Nesta etapa, os flocos formados na etapa de floculação, pela ação da força da 
Gravidade, acumulam-se no fundo dos tanques, separando-se da água. Fluxo ascendente da água. 
 TANQUE DE DECANTAÇÃO
Filtração 
 
Pode ser que a água chegue a esta etapa do processo de tratamento contendo ainda 
alguma sujeira. Por isso, e por segurança do produto, ela passa também por filtros 
especiais para eliminação das impurezas restantes. Foi visto na visita a lavagem dos 
filtros, feita com água tratada passando no sentido inverso. 
São vários filtros, cada um com várias camadas de material filtrante (seixo rolado, areia, 
cascalho). É feita a limpeza dos filtros a cada 6h. 
O fluxo da água se dá no sentindo descendente. Após passar pela filtração a água 
fica retida 20 min na caixa de contato. 
 
 FILTRO ENCHENDO PROCESSO DE FILTRAGEM
Desinfecção 
 A água já está limpa quando chega a esta etapa. Então, ela recebe adição de cloro, 
Que elimina os germes nocivos à saúde. 
No tanque de contato a águe recebe a cloração, por meio de dosador de cloro automático uma quantidade de 300kg de cloro por dia. 
Correção de PH 
 
Depois que a água já passou pelas principais etapas do tratamento dentro da ETA, 
ela recebe, então, a adição de cal para corrigir seu pH. 
A correção do pH é necessária para se evitar possíveis corrosões das tubulações 
Durante a distribuição da água. 
 
 
 
Armazenamento do cloro gasoso /cloro liquido 
 
 
 
 ARMAZENAMENTO EQUIPAMENTO CONTROLADOR TUBULAÇÃO CLORO GASOSO
 CLORO GASOSO DO USO DE CLORO PARA LIQUIDO
Esta parte é um galpão afastado dos tanques, onde é armazenado o cloro gasoso e também maquinários que são útilizados para transformar o cloro gasoso em liquido e ser distribuído através de tubulações internas para os tanques.
Nesta tubulação passa 10mil litros de agua por hora.
Processo para transformar cloro gasoso em liquido, Eletrólise é todo processo químico não espontâneo provocado porcorrente elétrica, e quanto à Eletrólise aquosa? Esta é a passagem da corrente elétrica através de um líquido condutor, neste caso, este líquido é água.
CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA 
 
São feitos testes em laboratório e enviado relatório para a Vigilância Sanitária. 
Para a certeza de que estamos recebendo água potável, são feitas diversas análises, 
Considerando quatro aspectos: 
 Físico: verificam-se a cor, o cheiro e o sabor da água, além da sua turbidez, 
ou seja, alterações na sua transparência devido a resíduos não eliminados. 
 Químico: verifica-se a presença de materiais orgânicos ou inorgânicos
que afetam a saúde das pessoas (pesticidas, ferro, alumínio).
 Bacteriológico: verifica -se a existência de coliformes totais e fecais, 
 dentre outros micro-organismos, indicativos da possibilidade da presença 
 de outros micro-organismos causadores de doenças no homem. 
 Hidro biológico: verifica-se a presença de micro-organismos (vegetais e 
 animais) que prejudiquem o tratamento da água ou que possam liberar substâncias tóxicas
Laboratório 
 
 LABORATORIO EQUIPAMENTO TORNEIRAS DOS TANQUES 
BANCADA DE PRODUTOS MEDIDOR DA DIRETO P/ LABORATORIO
 QUÍMICOS TURBIDEZ DA ÁGUA PARA COLETA DE AMOSTRA
Equipamentos para Medir Turbidez da agua
 
 Medidor manuel Medidor Eletrônico
Estes equipamentos fazem parte do laboratório e são útilizados para medir a turbides e o ph da água. Atravéz da agua que chega por tubulaçoes direcionadas para laboratório.
Ao recolher a água da torneira é misturada com uma subistancia chamada ortocolidinha para torna visivel a coloração da agua e assim direcionala para outra etapa.
CONCLUSÕES 
A visita foi muito produtiva, uma vez que possibilitou aos alunos conhecer uma Estação de Tratamento de Água, até então vista por alguns alunos em imagens no ambiente de sala de aula. Por se tratar de um dos ambientes de trabalho do profissional de saneamento, conhecer a ETA nos revelou o quanto é interessante o processo de tratamento da água, bem como o acompanhamento do controle de qualidade. Os resultados obtidos no controle de qualidade não são avaliados por uma auditoria e, desse modo, a qualidade da água tratada pode ser questionável. Através da visita, conseguimos relacionar diversos conhecimentos da disciplina sobre o Tratamento de Água, observando minuciosamente cada detalhe presente na Estação de Tratamento. Com relação ao controle ambiental da ETA uma oportunidade de melhoria seria a secagem do lodo proveniente da retro lavagem e destinação em sistema de tratamento ou disposição adequado. Atualmente, o lodo oriundo da retro lavagem é em um córrego nas proximidades, o que prejudica sua qualidade e traz prejuíz os para captações situadas à jusante do lançamento. Outra questão importante, embora não abordada por ocasião da visita, seria a verificação quanto ao gerenciamento de resíduos da unidade.

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