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APS- Relatório de uma Estação de Tratamento de Água Potável 8° semestre

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UNVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
Engenharia Civil 10° semestre 
 
 
 
 
 
 
ISRAEL DE SOUZA LENADRO 
 
 
 
 
 
 
APS – Atividades Práticas Supervisionadas 
 Relatório de uma Estação de Tratamento de Água Potável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto – SP 
2020 
 
ISRAEL DE SOUZA LENDRO 
RA: C09EEC-5 TURMA:TT0T18 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS – Atividades Práticas Supervisionadas 
Relatório de uma Estação de Tratamento de Água Potável 
 
 
 
 
 
 
Esse trabalho técnico apresentado 
como requisito parcial para obtenção 
de aprovação na disciplina 525x 
Atividade Pratica Supervisionada, 8° 
semestre, do curso de engenharia civil 
na universidade paulista de Ribeirão 
Preto. 
 
 
Orientador: Prof. Mestre Fernando 
Brant 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Preto – SP 
2020 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem por objetivo apresentar os principais tipos de tratamento de 
água empregados pelos serviços públicos de abastecimento de água, procurando 
sintetizar o máximo possível todos os conteúdos. Quanto ao tratamento, relacionei os 
principais elementos a serem considerados juntamente com os principais produtos 
químicos, materiais e equipamentos, as finalidades do tratamento e principais 
métodos de tratamento. A água é uma das substâncias mais importantes existentes 
na terra devido a sua utilidade e necessidade humana. Portanto, como não é 
encontrada pura na natureza e sim em matéria prima, a água bruta, é necessário um 
cuidado adequado para consumo. Assim, constitui-se a inserção de uma estação de 
tratamento de água com a finalidade de transformar essa água de consumo impróprio 
em água potável. Todavia, para tratar a água em uma estação de tratamento de 
esgoto (ETA) tem-se diversos aspectos imprescindíveis a serem seguidos cumprindo 
a legislação específica para tornar a água tratada, ou seja, o produto final onde os 
parâmetros físicos e químicos atendam aos padrões de potabilidade da água. O 
estudo de caso visa apresentar o procedimento de uma estação de tratamento de 
água do tipo convencional no qual é seguida de diversas etapas, dentre elas estão 
presentes a coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e distribuição. 
 
Palavras – Chave: Estação de tratamento, Água, Manancial, Potável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
This work aims to present the main types of water treatment employed by public water 
supply services, seeking to synthesize as much as possible all the contents. As for 
treatment, I listed the main elements to be considered together with the main 
chemicals, materials and equipment, the purposes of the treatment and the main 
methods of treatment. Water is one of the most important substances on earth due to 
its usefulness and human need. Therefore, as it is not found pure in nature but in raw 
material, raw water, adequate care is necessary for consumption. Thus, a water 
treatment plant is inserted in order to transform this water of improper consumption 
into drinking water. However, to treat the water in a sewage treatment plant (ETA) there 
are several essential aspects to be followed, complying with the specific legislation to 
make the water treated, that is, the final product where the physical and chemical 
parameters meet the standards of drinking water. The case study aims to present the 
procedure of a water treatment plant of the conventional type in which it is followed by 
several steps, among which are coagulation, flocculation, decantation, filtration, 
disinfection and distribution. 
 
Keywords: Treatment plant, Water, Source, Potable 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 7 
3. OBJETIVO ............................................................................................................ 7 
4. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 8 
2.1. HISTÓRICO ETA RIBEIRÃO PRETO ........................................................................ 8 
2.2. CAPITAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ..................................................................... 8 
2.3. AQUÍFERO GUARANI ........................................................................................... 13 
2.4. DESPERDÍCIO DE ÁGUA ...................................................................................... 13 
5. ETAPAS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ................................ 14 
3.1. CAPITAÇÃO DE ÁGUA SUPERFICIAL ...................................................................... 14 
3.2. ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA ................................................................................... 15 
3.3. TRATAMENTO DE ÁGUA ...................................................................................... 15 
3.3. CONCEITOS BÁSICOS ......................................................................................... 15 
3.4. ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO – PARÂMETROS ................................................. 16 
3.5. TRATAMENTO CONVENCIONAL DA ÁGUA .............................................................. 16 
3.6. COAGULAÇÃO .................................................................................................... 17 
3.7. FLOCULAÇÃO ..................................................................................................... 18 
3.8. DECANTAÇÃO OU SEDIMENTAÇÃO ....................................................................... 21 
Decantação ......................................................................................................... 22 
Sedimentação Gravitacional ............................................................................... 23 
3.9. FILTRAÇÃO ........................................................................................................ 24 
3.10. DESINFECÇÃO ................................................................................................. 26 
3.11. FLUORETAÇÃO................................................................................................. 26 
6. CONTROLES DE PROCESSO .......................................................................... 27 
4.1. CONTROLE ANALÍTICO ........................................................................................ 27 
4.2. CONTROLE OPERACIONAL .................................................................................. 27 
4.3. QUÍMICA PARA O TRATAMENTO DA ÁGUA ............................................................. 28 
4.4. ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS ................................................ 29 
4.5. PARÂMETROS FÍSICOS ....................................................................................... 29 
4.6. PARÂMETROS QUÍMICOS .................................................................................... 30 
4.7. PARÂMETROS BACTERIOLÓGICOS ....................................................................... 32 
4.8. DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ..................................................................................... 33 
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 33 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................. 34 
6 
1. INTRODUÇÃO 
O curso de engenharia civil tem por premissa básica a formação de 
engenheiros que após a conclusão do curso dentre outras atribuições serão 
responsáveis por projetos de construções sejam estes residenciais ou industriais, 
dentre estes projetos destacam-se as Etas – Estações de Tratamento de Água. Sob 
este aspecto o presente trabalho tem por objetivo principal um primeiro contato do 
futuro engenheiro com o funcionamento básico de uma Eta - Estação deTratamento 
de Água. A principio o objetivo do trabalho era fazer uma visita tecnica em um estação 
de tratamento de água, porem vivemos em tempos de pandemia onde as visitas foram 
temporariamente suspensas. Com base nas exigências técnicas do trabalho foi 
elaborado o presente estudo de caso contendo as etapas do tratamento de água da 
cidade de Ribeirão Preto, e interior do estado de São Paulo. A definição técnica de 
Eta - Estação de Tratamento de Água é o local onde a água captada de qualquer 
manancial, seja ele superficial ou subterrâneo, passa por um processo de purificação 
ficando em condições ideais para o consumo humano. 
A água é um dos principais recursos naturais presentes no planeta, sendo o 
elemento primordial para a subsistência de todas as espécies existentes no meio 
ambiente terrestre, além de ser um recurso amplamente utilizado nas indústrias. 
Considerando que, nas palavras de walterler alves de souza: 
“De toda a água na natureza, 97,4% é salgada (oceanos) e o restante, 
2,6% é representado pelos rios, lagos e fontes subterrâneas, ou seja, a 
superfície do planeta é de 510.000.000 km², e as águas correspondem a 
70,8% desta superfície totalizando 361.000.000 km², no entanto, a maior 
parte desse percentual não tem um aproveitamento direto, pois formam as 
geleiras e lençóis profundos, onde a captação se torna economicamente 
inviável. Desse percentual aproveitável, cerca de 0,3%, a maior parte, está 
poluída ou não oferece condições para consumo.” (2007, p. 9-10). 
Desta forma, a sociedade busca incessantemente por alternativas que visem o 
tratamento para que águas impróprias ao consumo humano se tornem potáveis, 
através de, sendo necessárias diversas atitudes proativas, de todos os membros da 
sociedade civil. 
Entre as formas mais utilizadas, posteriormente ao processo preventivo visando 
à preservação dos mananciais, o processo de tratamento e purificação é aforma mais 
utilizada em escala global, para obter água para o consumo. Assim, necessário se 
faz conhecer de todos os procedimentos que são adotados para que uma água 
imprópria, que após passar por processos físicos químicos, se torne potável. 
7 
2. JUSTIFICATIVA 
O presente trabalho tem como objetivo expôr os futuros engenheiros à um 
primeiro contato com os procedimentos de tratamento de água, pois este processo é 
de suma importância para os seres humanos. O corpo humano é composto de cerca 
de 70% de água e caso fiquemos mais de 36 horas sem consumir água as 
consequências podem ser fatais, como também podem ser fatais as consequências 
do consumo de água contaminada. Estima-se que no Brasil cerca de 60% das 
internações hospitalares estejam relacionadas às deficiências do saneamento básico, 
que geram outras conseqüências de impacto extremamente negativo na qualidade e 
na expectativa da vida da população, havendo estudos que indicam que cerca de 90% 
dessas doenças se devem à ausência de água em quantidade satisfatória ou à sua 
qualidade imprópria para o consumo. Dentre as doenças provocadas pelo consumo 
de água contaminada podemos citar, as febres tifóides e paratifoide, disenterias 
bacilar e amebiana, cólera, esquistossomíase, hepatite infecciosa, giardíase e 
criptosporidiose. Outras doenças, denominadas de origem hídrica, incluem as cáries 
dentárias (falta de flúor), excesso de flúor (fluorose) saturnismo (decorrente do 
chumbo) e metahemoglobinemia (teor elevado de nitratos). Além de problemas 
operacionais, a escolha inadequada da tecnologia adotada no projeto da estação de 
tratamento de água e funcionários sem qualificação acabam por acarretar sérios 
prejuízos à qualidade da água produzida e em consequência trazem sérios problemas 
para a população local. 
3. OBJETIVO 
Apresentar um estudo de caso da ETA – (Estação de Tratamento de Água) do 
município de residência do estudante, relatando todos os procedimentos necessario 
para que a água fique potável e propria para o consumo. No caso a residencia do 
estudante fica no municipio de Ribeirão preto do estado de São Paulo. O presente 
estudo de caso está localizado na Rua Amador Bueno, N° 22, à extração é realizada 
por água subterrânea por meio de bombas submercias e o manancial de captação é 
o aquífero Guarani que se estende em sete estados e alguns países. O intuito deste 
trabalho e mostrar as etapas do tratamento de aguá potável ate chegar nos 
estabelecimentos, infrmando os dois tipos de captação (subterrânea e superficial). No 
caso da extração realizada superficialmente por meio de bombas de sucção citarei a 
8 
Comasa que está localizada em Santa Rita do Passa Quatro interior do estado de São 
Paulo. 
4. DESENVOLVIMENTO 
2.1. Histórico ETA Ribeirão Preto 
Criado em 1969, o Daerp - Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto 
é uma autarquia que administra com exclusividade os serviços de abastecimento de 
água e o afastamento e coleta de esgotos, atendendo a uma população superior a 
700 mil habitantes. 
2.2. Capitação de Água Subterrânea 
Atualmente, o abastecimento é feito exclusivamente por água subterrânea, 
retirada de 118 poços profundos com capacidade de produção de 14,84 mil metros 
cúbicos por hora, suficiente para atender à aproximadamente 203,4 mil ligações de 
água. O Daerp também possui 117 reservatórios, com capacidade de reservação de 
146 mil metros cúbicos. Outros cinco reservatórios, para armazenar 6,8 mil metros 
cúbicos estão sendo construídos e serão entregues até dezembro de 2020. 
Para atender à demanda da cidade, o Daerp tem uma rede de distribuição de 
água de 2.350 quilômetros. Ribeirão Preto é uma cidade privilegiada em relação ao 
saneamento básico: 99,19% da população é servida de água encanada. Toda a água 
consumida e distribuída pelo Daerp vem de um imenso reservatório de águas 
subterrâneas chamado aquífero Guarani, que se estende por sete estados brasileiros, 
Argentina, Uruguai e Paraguai. 
Imagem 1 – Reservatório Aquífero Guarani 
Fonte: Google imagens, 2020 
9 
Imagem 2 – Lagoa formada pelo Aquífero Guarani 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Imagem 3 – Lagoas vista de cima na zona leste de Ribeirão Preto 
Fonte: Google imagens, 2020 
10 
Para retirá-la de profundidades de mais de 200 metros, são perfurados poços 
tubulares profundos, conhecidos como poços artesianos. A extração é feita por 
bombas submersas. Ribeirão Preto tem 118 poços tubulares profundos em 
funcionamento. 
 
Imagem 4 – Bomba de extração 
Fonte: Site DAERP, 2020 
 
 
Imagem 5 – Bomba de extração 
Fonte: Site DAERP, 2020 
 
11 
Eles são responsáveis pela captação de 14,84 mil metros cúbicos (14,84 
milhões de litros) de água por hora. A cidade ate o final do ano de 2020 tera 122 
reservatórios, com capacidade para reservar 152,8 mil metros cúbicos de água. 
Devido à sua origem de poços profundos, a água de Ribeirão Preto requer 
somente à adição de cloro, que é realizada logo após a sua retirada dos poços. A 
fluoretação (adição de flúor) também é feita nesta fase. O flúor na água de 
abastecimento reduz em cerca de 60% à incidência de cáries dentárias, sendo o meio 
mais eficiente e econômico para a sua prevenção. 
 
Imagem 6 – Reservatório de armazenamento de água 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Parte da água clorada e fluoretada é conduzida por tubulações aos 
reservatórios, de onde é distribuída para as redes de abastecimento até chegar às 
residências, passando pelo hidrômetro, que é o aparelho que mede o consumo de 
água. Outra parte é distribuída diretamente dos poços para a rede, em marcha. Mas 
á ETA já iniciou à implantação de um projeto de setorização para que toda a água 
produzida vá para os reservatórios, para ser distribuída por gravidade. Neste segundo 
semestre de 2020 começa á implantação de 65 quilômetros de adutoras e de 250 
válvulas de fechamento de setor. 
12 
No laboratório amostras de água coletadas diariamente em diversos pontos da 
cidade passam por análisesBacteriológicas e Físico-Químicas, visando a controlar a 
sua qualidade e potabilidade. 
 
Imagem 7 – Laboratório DAERP 
Fonte: Site DAERP, 2020 
 
O Daerp segue à risca as normas e o padrão de potabilidade estabelecidos 
pelo Ministério da Saúde e o resultado é água de excelente qualidade para o consumo 
da população. 
Tabela 1 – Relatório Controle de Qualidade 2019 
Fonte: Site DAERP, 2020 
13 
2.3. Aquífero Guarani 
A zona Leste de Ribeirão é uma área de recarga do Aquífero Guarani, 
considerado hoje o maior manancial de água doce entre fronteiras do mundo 70% 
dele está no Brasil e o restante divide-se entre Argentina, Paraguai e Uruguai. 
O manancial é responsável 100% pelo abastecimento de água dos 666 mil 
ribeirão-pretanos. Por dia, o Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão 
Preto) capta 260 milhões de litros de água do Aquífero são 3 mil litros por segundo. A 
zona Leste de Ribeirão é uma área de afloramento do aquífero, ou seja, abaixo do 
solo já está a rocha onde a água se infiltra e é aproveitada. 
Estudo técnico que serviu de base para o Plano Municipal de Saneamento 
Básico conclui que, se a infraestrutura de captação e de distribuição de água se 
mantiver como está hoje, Ribeirão conseguirá abastecer a população utilizando o 
Aquífero Guarani até 2035. 
Inquérito do Ministério Público descobriu que o Aquífero Guarani já teve um 
rebaixamento de 70 metros e que a exploração do manancial hoje é quatro vezes 
maior que a recarga. O Ministério Público ajuizou, em junho de 2015, uma ação 
exigindo da prefeitura intervenções na Lagoa do Saibro, área de recarga do Aquífero 
Guarani. A liminar foi acatada e o poder público tomou providências, como 
desassoreamento e instalação de um decantador para evitar o depósito de detritos na 
lagoa. Antes disso, em 2014, a promotoria obteve na Justiça uma liminar para a 
prefeitura retirar os aguapés da lagoa – plantas aquáticas matavam os peixes por falta 
de oxigenação. No mesmo ano, a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de 
Conduta) proibiu a pesca no local, o intuito é que o local não seja urbanizado. 
Em fevereiro de 2017, a Justiça obrigou o governo do Estado a proteger uma 
área de recarga do Aquífero em seis cidades da região, determinando que fosse criada 
uma APA (Área de Proteção Ambiental) abrangendo Cajuru, Cássia dos Coqueiros, 
Santa Cruz da Esperança, Altinópolis, Serra Azul e Santo Antônio da Alegria. O Estado 
recorreu da decisão, mas o recurso ainda não foi apreciado pelo Tribunal de Justiça. 
2.4. Desperdício de Água 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o consumo diário de 
água para atender às necessidades básicas do cidadão seja de 110 litros. 256 litros é 
a média de consumo diário atual do ribeirão-pretano mais que o dobro do 
14 
recomendado, 37% é o que se perde do total de água captada por causa de 
vazamentos em redes ou reservatórios. 
5. ETAPAS DO PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA 
Tratamento de Água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que 
são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, 
ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra 
de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças. 
3.1. Capitação de água superficial 
Nesse caso a empresa selecionada foi a COMASA (Companhia Águas de 
Santa Rita empresa que realiza os serviços de saneamento básico (Água e Esgoto) 
na cidade de Santa Rita do Passa Quatro interior de São Paulo e entre vários outras. 
Atualmente a COMASA é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 
10.600 unidades através do fornecimento de Água. O contrato de concessão, que foi 
assinado em 2016, visa atender à população de aproximadamente 28 mil habitantes 
com abastecimento de água, coleta e tratamento do esgoto. 
A captação de água da Estação de tratamento de água é realizada na represa 
Passa Quatro que é abastecida por duas bacias, a do rio Passa Quatro e a do rio são 
Valentim. 
Imagem 8 – Represa de Passa Quatro 
Fonte: Google imagens, 2020 
15 
3.2. Adução de Água bruta 
Antes de definir “adução de água bruta”, cabe definir “adutoras”, isto é, 
canalizações dos sistemas de abastecimento de água destinadas a conduzir água 
entre as diversas unidades do sistema. Então, “adução de água bruta” o conjunto de 
canalizações e equipamentos destinados a conduzir água desde o ponto de captação 
até a unidade de tratamento. 
3.3. Tratamento de Água 
Conjunto de processos físicos e químicos destinados a transformar água bruta, 
in natura, em água potável, adequando-a ao consumo humano e atendendo aos 
padrões legais de potabilidade. Nesta cidade, o (SAMAE) Serviço Autônomo Municipal 
de Água e Esgoto, utiliza em suas Estações de Tratamento de Água (ETA’s), o 
tratamento do Tipo Convencional, que é comumente aplicado ao tratamento de águas 
de captações superficiais, geralmente turvas e/ou coloridas. Este tipo de tratamento é 
subdividido nas seguintes etapas: coagulação, floculação, decantação, filtração, 
desinfecção e fluoretação. 
3.3. Conceitos Básicos 
➢ Água Bruta é a água in natura retirada de rio, lago, lençol subterrâneo 
ou outro manancial, possuindo, cada uma, determinada qualidade. 
➢ Água Tratada é a água que, após a captação, sofre transformações 
através dos processos de tratamento, vindo a se adequar aos usos a 
que está prevista. 
➢ Água Potável é a água adequada ao consumo humano, e que, portanto, 
pode ser ingerida com segurança pela população. Para isto, deve 
apresentar características físicas, químicas, biológicas e organolépticas 
em conformidade com a legislação específica (Padrões de Potabilidade). 
Não se deve confundir água potável com água pura ou mesmo com água limpa. 
Água pura, isto é, sem nenhuma substância dissolvida, só pode ser “fabricada” em 
laboratório através de processos de destilação. Já na água potável são permitidos, 
sendo até necessária, a presença de algumas substâncias químicas dissolvidas (sais 
minerais, por exemplo), só que em 
concentrações limitadas, obedecendo sempre à legislação. Por sua vez, a água 
que chamamos de limpa, por sua aparência cristalina, não pode, por si só, ser 
16 
considerada potável, uma vez que dentro dela podem existir muitos microorganismos, 
invisíveis a olho nu, que podem causar doenças. 
3.4. Água para Consumo Humano – Parâmetros 
A água pode ser representada através de diversos parâmetros, que traduzem 
suas principais características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são 
utilizados na definição de distintos Padrões, que fixam diferentes valores para, por 
exemplo, águas de abastecimento, águas para balneabilidade, águas residuárias, 
entre outras. No caso de água para o consumo humano, os parâmetros físicos, 
químicos e biológicos devem seguir um padrão predeterminado chamado de Padrão 
de Potabilidade, definido pela Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. 
3.5. Tratamento Convencional da Água 
O tratamento de Água denominado de Convencional é normalmente aplicado 
às águas que possuem partículas finamente divididas em suspensão e partículas 
coloidais e que necessitam de tratamento químico capaz de propiciar sua deposição, 
com um baixo período de detenção. O tratamento convencional é subdividido nas 
seguintes etapas, que se sucedem hidraulicamente: 
Imagem 9 - Esquema de um sistema de tratamento convencional 
Fonte: Google imagens, 2020 
17 
3.6. Coagulação 
A primeira etapa do tratamento da água consiste em um processo chamado de 
coagulação, momento em que a água captada, denominada água bruta, recebe 
aditivos químico, estes que variam conforme a necessidade e o estado em que a água 
se encontra, porém, são utilizados dois principais agentes coagulantes, entre eles o 
Sulfato de Alumínio. 
O fato se explica: 
“Perante a incapacidade de remoção satisfatória das impurezas 
presentes nas águas destinadas ao abastecimento humano pelasedimentação simples, o tratamento convencional em ETA’s utiliza 
substâncias coagulantes, que reagem com a alcalinidade do meio, seja ela 
natural ou adicionada, formando polímeros com valor de carga superficial 
positiva (hidróxidos). Estes atraem as cargas negativas dos colóides em 
suspensão formando partículas de maior tamanho, denominadas flocos e que 
apresentam velocidade de sedimentação superior” (MACEDO, 2007). 
 
O coagulante deve ser aplicado em local de regime turbulento para poder 
garantir uma mistura homogênea do policloreto de alumínio a água bruta e garantir 
uma boa floculação e decantação. Na ETA, este processo se dá em uma calha para 
que o sulfato seja distribuído de forma uniforme na calha utilizada para mistura do 
coagulante a água. 
 
Imagem 10 – Calha Parshal em operação com o misturador rápido 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Considerando a utilização de tal etapa, tem-se que o objetivo é poder propiciar 
um ambiente em que as reações na etapa seguinte, se deem de forma a facilitar a 
floculação dos sedimentos encontrados na água bruta e coagulados com aos agentes. 
Além do Sulfato de Alumínio - Al2(SO4)3, podem ser acrescentados diversos agentes 
18 
coagulantes, que são determinados conforme o pH da água, conforme a tabela a 
seguir: 
Tabela 2 – Agentes Coagulantes 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Assim, o agente coagulante será determinado conforme o nível de acidez ou 
alcalinidade encontrado na água, inclusive, se observa a utilização simultânea de 
químicos, tais como o Aluminato de Sódio - NaAlO2 e o Sulfato de Alumínio - 
Al2(SO4)3, quando o pH da água bruta se encontrar entre os níveis 6,0 e 8,5, sendo 
relativo conforme o estado no momento da captação, conforme leciona Walterler Alves 
de Souza: 
“O emprego do coagulante sulfato de alumínio, é função do pH, da 
alcalinidade, da turbidez e da quantidade de sólidos presente na água a ser 
tratada; levando em conta as características das águas superficiais do Brasil, 
as dosagens do referido coagulante se situam entre 5 e 50mg/L ou ppm, 
porém podem chegar a valores superiores a 50mg/L, por ocasião do 
inverno”.(2007, p.65) 
 
Sendo realizado tal processo, inicia-se floculação. 
3.7. Floculação 
Após a coagulação, a água é direcionada ao floculador, onde é adicionado um 
polímero, utilizado para auxiliar o processo da floculação. Sendo um composto 
químico auxilia os flocos a aumentarem sua massa e volume. Considerando o estado 
da água a ser tratada e que se encontra no floculador, se escolhe qual polímero deverá 
ser utilizado da característica química da água, escolhe-se que polímero será 
utilizado, variando entre o catiônico, aniônico ou neutro, ressaltando que em algumas 
águas, não é necessário a adição dos referidos polímeros. 
19 
Segundo Walterler Alves de Souza: 
[...] “consistindo no agrupamento das partículas eletricamente 
desestabilizadas que são os coágulos, de modo a formar outras maiores, 
denominadas flocos que poderão ser removidas posteriormente por 
decantação, por flutuação e por filtração. Para que aconteça a floculação, a 
água deve ser agitada de modo muito mais suave do que na mistura dos 
reagentes, com o emprego da energia hidráulica ou mecânica.” (2007, p. 72-
73) 
 
Imagem 11 – local para passagem lenta da água 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Há diversos tipos de floculadores, que atendem as mais variadas 
necessidades, mas possuindo padrões determinados para sua construção, sendo eles 
os floculadores mecânicos e floculadores hidráulicos de chicanas. 
A floculação realizada por meios mecânicos consiste em galerias com pás e 
hélices, dependendo do tipo de floculador, acionadas por motores na sua parte 
superior, são responsáveis por levemente agitar a água, favorecendo o ambiente para 
que os flocos se aglomerem e fiquem maiores, para destiná-los à decantação. A 
seguir, segue exemplos de um floculador mecânico de eixo horizontal tipo com 
palhetas e um mecânico de eixo vertical com pás. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Imagem 12 – Floculador mecânico de eixo horizontal tipo com palhetas 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Imagem 13 – Floculador mecânico de eixo vertical com pás 
Fonte: Google Imagens, 2020 
 
Já no que se refere aos floculadores hidráulicos, podemos destacar dois mais 
utilizados, que são chamados de chicanas, sendo uma galeria composta por divisórias 
horizontais ou verticais, apresentado aberturas em diferentes níveis a cada divisória. 
Conquanto as chicanas de fluxo vertical possuam divisórias com aberturas nos 
níveis superiores e inferiores efetuando o movimento sinuoso no plano vertical, as 
chicanas de fluxo horizontal possuem divisórias com aberturas laterais, permitindo que 
a água realize movimentos sinuosos no plano horizontal. Conforme as representações 
a seguir. 
21 
Imagem 14 – Chicanas horizontais e verticais 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Concluída a floculação da água durante o referido processo com adição de 
polímeros, esta é canalizada aos tanques de decantação. 
3.8. Decantação ou Sedimentação 
Essas etapas promovem a remoção dos flocos formados. Todo o líquido 
anteriormente floculado, passa para outro tanque onde poderá correr dois processos, 
tanto a decantação ou sedimentação quanto a flotação, tais técnicas visam separar 
os sedimentos sólidos da água que está sendo tratada, variando o método conforme 
o estado em que se encontra. 
Há uma pequena diferença entre sedimentação e decantação, conforme Miguel 
A. Medeiros (2016): 
A sedimentação é o processo no qual há separação de fases pela 
ação da gravidade, quando a concentração das partículas na mistura é 
superior a 40% V/V (porcentagem volúmica). A precipitação do material por 
sedimentação é rápida. A sedimentação pode ocorrer em sistemas líquidos + 
sólidos e gás + sólido. 
A decantação é o processo no qual há separação de fases pela ação 
da gravidade, quando a concentração das partículas é inferior a 40% v/v. A 
precipitação do material por decantação é mais lenta que a precipitação que 
ocorre na sedimentação. A decantação ocorre geralmente em meio líquido, 
podendo ser aplicada em sistema líquido + líquido e líquido + sólido.” 
22 
Decantação 
É o fenômeno pelo qual os flocos do coagulante, que já agregaram a si as 
impurezas, começam o processo de sedimentação e consequente clarificação da 
água. Esse fenômeno ocorre porque os flocos, que são mais pesados do que a água 
e devido à baixa velocidade da mesma na grande área do decantador, afundam pela 
ação gravitacional, ficando depositados no fundo do tanque, deixando a água 
superficial mais clara, ao longo do fluxo, e apta a seguir escoando para a próxima 
etapa. 
Segundo Miguel A. Medeiros (2016), a decantação: 
“é um método de separação de misturas, que consiste em esperar 
que os componentes de uma mistura se separem espontaneamente, pela 
ação da gravidade. Este método se aplica a misturas de sólido + líquido e 
líquido + líquido. A decantação é um processo de sedimentação mais lenta, 
que envolve partículas finamente particuladas ou líquidos com miscibilidades 
distintas.” 
 
Durante a decantação, efetuada em tanques de decantação, a água que fora 
floculada, terá seus flocos expandidos, fazendo com que os sólidos aglomerados 
adquiram massa, que posteriormente se direcionarão ao fundo do reservatório pela 
ação da gravidade, para depois serem removidos. 
 
Imagem 15 – Decantador 
Fonte: Geocities.ws, 2020 
 
 
 
23 
Sedimentação Gravitacional 
A sedimentação gravitacional é definida, segundo Seckler, Sidney (2017, p. 
115), como sendo “Processo físico no qual as partículas coloidais são removidas da 
fase líquida por meio de processos de sedimentação gravitacional.” Na sedimentação 
gravitacional, são observados quatros métodos principais de sedimentação, entre 
eles: 
I. Sedimentação discreta, as partículas não possuem aglomeração 
mantendo a velocidade de sedimentação constante; 
Imagem 16– Caixa de areia, suspenção com baixo teor de sólidos 
Fonte: Profa. Margarita mª. Dueñas Orozco, (http://www.cid.unir.br 2020) 
 
II. Sedimentação floculenta, há ocorrência de floculação das partículas, 
consequentemente o seu aumento de massa e velocidade de 
sedimentação; 
Imagem 17 – Decantadores primários – Flocos químicos no tto. Físico-químico 
Fonte: Profa. Margarita mª. Dueñas Orozco, (http://www.cid.unir.br 2020) 
 
III. Sedimentação zonal, há grande acúmulo de material sólido, propiciando 
a formação de um manto, tendo as partículas uma posição fixa, tendendo 
http://www.cid.unir.br/
http://www.cid.unir.br/
24 
a ter uma sedimentação uniforme de toda a camada de lodo decorrente 
do acúmulo de material. 
Imagem 18 – Decantadores secundários 
Fonte: Profa. Margarita mª. Dueñas Orozco, (http://www.cid.unir.br 2020) 
 
IV. Sedimentação por compressão: as partículas floculadas estabelecem 
pontos de contato entre si, possibilitando a transmissão de forças 
mecânicas, assim, as camadas de lodo que estão mais inferiores, tendem 
a ser compridas pela força da gravidade aliado ao peso das partículas 
superiores. 
Imagem – 18 Fundo de decantadores secundários – adensadores por gravidade 
Fonte: Profa. Margarita mª. Dueñas Orozco, (http://www.cid.unir.br 2020) 
 
No fim dos processos, tanto os de decantação quanto os de sedimentação, 
processo escolhido conforme a necessidade física do tratamento, a água, que 
anteriormente era turva em decorrência dos sólidos presentes, passa a apresentar 
pouca matéria residual, seguindo as etapas seguintes do tratamento. 
3.9. Filtração 
No momento em que a água que está sendo tratada, chega aos filtros, ela está 
nas últimas etapas do tratamento, sendo um dos mais importantes. Conforme leciona 
Sidney Seckler: 
http://www.cid.unir.br/
http://www.cid.unir.br/
25 
"O processo de filtração é o último processo unitário cuja função é 
garantir a remoção de partículas coloidais presentes na fase líquida, daí 
residem sua grande importância no processo de tratamento de águas de 
abastecimento. Justifica-se a necessidade do processo de filtração como 
parte constitutiva em estações de tratamento de água uma vez que, por 
melhor que seja a operação das unidades de sedimentação gravitacional ou 
flotação por ar dissolvido, estas não são capazes de garantir a remoção de 
100% das partículas coloidais presentes na fase líquida. Dessa maneira, 
todas as partículas que não forem removidas nas etapas de sedimentação ou 
flotação deverão ser removidas no processo de filtração." (2017, p. 199) 
 
Os filtros são tanques compostos por camadas de seis eixos (pedras), areia, e 
carvão antracito. Na filtração, o restante dos flocos que não foram removidos na etapa 
de decantação ou sedimentação, será retirado. A seguir segue um exemplo de tanque 
de filtração: 
Imagem 19 – Tipo Granular (Filtros de leito fixo) 
Fonte: Profa. Margarita mª. Dueñas Orozco, (http://www.cid.unir.br 2020) 
 
Essa etapa é importante não só para remover a turbidez da água, mas nela 
também inicia a remoção de microrganismos patogênicos. A filtração é uma barreira 
sanitária do tratamento, pois não se pode garantir uma adequada segurança da água 
com relação à presença de patogênicos, se ela não passar pelo filtro. 
Após a filtração a água seguirá para o tanque de contato onde ocorrerão as 
etapas finais do tratamento. 
 
 
http://www.cid.unir.br/
26 
3.10. Desinfecção 
A desinfecção é um processo onde se tem por objetivo a remoção ou destruição 
(inativação) de microrganismos patogênicos presentes na água capazes de causar 
várias doenças. A destruição desses microrganismos é realizada mediante a 
destruição da estrutura celular, pela interferência no metabolismo como inativação de 
enzimas, pela interferência na biossíntese e no crescimento celular, através da adição 
de produtos químicos denominados agentes desinfetantes. 
Com relação à os vários produtos químicos agentes desinfetantes disponíveis 
atualmente no mercado, os mais conhecidos e utilizados são os produtos à base de 
cloro, tais como o cloro gasoso (Cl2(g)), o hipoclorito de sódio (NaClO(l)) solução 
aquosa e o hipoclorito de cálcio (Ca(ClO)2(g)) sólido. Outros agentes desinfetantes 
disponíveis, porém, menos conhecidos e utilizados são dióxido de cloro (gás 
dissolvido em água – ClO2(g)), o ozônio gás (O3(g)) e a radiação ultravioleta (UV). 
A grande vantagem da utilização dos produtos químicos à base de cloro como 
agentes desinfetantes é que os mesmos, quando adicionados à água, apresentam 
concentrações residuais de cloro que permanecem na água até esta chegar à casa 
do consumidor final garantindo, desta forma, o padrão microbiológico da mesma. Isto 
não acontece com o ozônio e com a radiação ultra violeta, por exemplo. Outras 
vantagens que podem ser mencionadas é que os produtos à base de cloro são 
adquiridos prontos para utilização sob a forma líquida (através de soluções aquosas), 
sólida (através de pastilhas) e/ou gasosa (confinados em cilindros), além de 
apresentarem relação custo/benefício adequada. 
3.11. Fluoretação 
Adicionalmente à desinfecção da água, tem-se ainda a etapa denominada 
fluoretação, sendo uma exigência do Ministério da Saúde. Sabe-se que o flúor, em 
pequenas quantidades, é benéfico à saúde humana, principalmente em crianças, 
promovendo o endurecimento da matriz mineral dos dentes e esqueleto e tem se 
mostrado como o agente químico mais eficiente na prevenção da cárie dentária, daí 
sua adição nos sistemas de abastecimentos públicos de água ser uma prática muito 
difundida e obrigatória. 
A fluoretação tem por objetivo básico a redução de incidência de cárie dentária, 
através da adição de produtos químicos à base de flúor à água. Alguns dos produtos 
27 
químicos usados para este fim são o fluossilicato de sódio (sal sólido) e o ácido 
fluossilícico (solução líquida). 
6. CONTROLES DE PROCESSO 
Para que os processos de cada etapa do Tratamento Convencional ocorram de 
forma adequada se faz necessário o acompanhamento através do que chamamos de 
Controles de Processo. Descrevemos, abaixo, as duas principais formas de controle: 
4.1. Controle Analítico 
A realização de análises físico-químicas, durante as várias etapas do 
tratamento, possibilita o acompanhamento da eficiência do mesmo e determina a 
necessidade, ou não, da implementação de medidas preventivas e/ou corretivas. 
Além disto, serve para monitorar os principais parâmetros relativos à 
potabilidade da água. Para cada etapa, distintas análises são feitas, a saber: 
• Água Bruta: normalmente, são realizadas as seguintes análises: 
temperatura, cor, turbidez, pH, odor, alcalinidade, matéria orgânica, 
oxigênio dissolvido, dióxido de carbono, ferro, manganês e dureza. Esta 
bateria de análises é realizada a cada turno de trabalho e tem como 
objetivo monitorar a qualidade da água bruta que chega à ETA e detectar 
alterações na mesma. 
• Água Coagulada: analisa-se pH, alcalinidade, cor, turbidez e alumínio. 
• Água Decantada: cor, turbidez, pH, alcalinidade. 
• Água Tratada: na água tratada são analisados os mesmos parâmetros 
avaliados na água bruta. Além disto, a cada duas horas, são efetuadas 
análises de pH, turbidez, cor, flúor, cloro residual livre e alumínio 
residual. Diariamente, análise bacteriológica. 
4.2. Controle Operacional 
O controle operacional compreende todas as ações necessárias ao bom 
andamento do processo de tratamento da água. A seguir estão elencadas as 
principais atividades relativas à operação de estações de tratamento de água: 
➢ Medição da vazão de água bruta; 
➢ Ajustes e conferências nas dosagens dos produtos químicos utilizados 
no tratamento; 
➢ Preparo de soluções dos produtos químicos utilizados no tratamento; 
28 
➢ Lavagem de filtros; 
➢ Medição dos níveis dos reservatórios de água tratada; 
➢ Registro de consumo de produtos químicos, e verificação periódica do 
funcionamentode bombas, válvulas, dosadores e demais equipamentos 
existentes nas estações de tratamento de água. 
4.3. Química para o Tratamento da Água 
A água é conhecida como solvente universal porque quase todas as 
substâncias conhecidas podem ser dissolvidas pela água, em maior ou menor grau 
de dissolução. Sendo assim, a água é capaz de dissolver sólidos, líquidos e gases. 
Alguns compostos orgânicos (formados principalmente de carbono) também se 
dissolvem em água, tais como o açúcar e o álcool, mas a maior parte destes é 
insolúvel em água. Ex: compostos de petróleo. 
A propriedade da água descrita acima, isto é, a grande capacidade de dissolver 
as mais diversas substâncias, confere às águas superficiais e 14 subterrâneas 
características diversas, que dependem das características geológicas e do uso do 
solo que as rodeia. Daí a importância da preservação das bacias hidrográficas, pois é 
sabido que águas brutas provenientes de bacias preservadas (manutenção da 
vegetação nativa, gerenciamento do uso e ocupação do solo), são de boa qualidade 
e podem ser potabilizadas através do tratamento convencional. 
O tratamento convencional remove partículas em suspensão, microorganismos 
e partículas coloidais, cuja presença na água se deve principalmente aos efeitos de 
erosão do solo, causada pelos agentes naturais (chuvas, ventos) ou pela ação do 
homem. A remoção destas partículas se dá através dos processos de coagulação, 
floculação e decantação, já descritos. 
As reações químicas envolvidas no tratamento se processam, principalmente, 
na etapa de coagulação. Ocorre a reação do sulfato de alumínio com a água, 
formando várias espécies químicas. Ex: Al (H2O)6+3, Al13(OH)34+5, Al16(OH)15+3, 
Al (OH)3. 
Estas, por terem cargas positivas, são adsorvidas pelas partículas coloidais, 
que apresentam cargas negativas, acarretando a neutralização dos colóides e 
possibilitando a formação dos flocos. Também existe a reação das espécies citadas 
acima com a alcalinidade de água, formando o hidróxido de alumínio, sólido insolúvel 
e precipitável. 
29 
4.4. Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas 
As análises realizadas na água bruta visam a determinação das características 
físicas, químicas e biológicas da mesma, monitorando sua qualidade. As análises 
realizadas na água tratada visam a avaliação da eficiência do tratamento e os 
parâmetros de potabilidade exigidos. A seguir serão elencadas as principais análises 
realizadas nas águas bruta e tratada. 
4.5. Parâmetros Físicos 
Turbidez: a turbidez da água se deve à existência de partículas em suspensão, 
de diferentes tamanhos e natureza química. Ex.: argila, compostos de origem vegetal, 
microorganismos. A turbidez é medida em equipamentos chamados turbidímetros, e 
a unidade de medida é o UNT (unidade nefelométrica de turbidez). A turbidez das 
águas brutas varia bastante, desde valores menores que dez, em lagos, até milhares 
de unidades em rios bastante poluídos. A água tratada deve apresentar turbidez 
menor que 1,0 UNT, para que o processo de desinfecção seja eficiente e para 
atendimento do padrão de potabilidade vigente. 
 
Imagem 20 - Amostras com alta turbidez 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
Cor: na água bruta, a cor normalmente é causada por compostos orgânicos de 
origem vegetal. Alguns destes compostos podem originar, quando submetidos à 
cloração, os chamados trihalometanos, suspeitos de serem agentes cancerígenos. 
Por isto, a água tratada deve apresentar valores de cor inferiores a 15 unidades. A cor 
pode ser dividida em cor real e cor aparente. Nas estações de tratamento 
normalmente mede-se a cor aparente, em equipamentos chamados colorímetros. 
30 
Sabor e Odor: este parâmetro é de difícil avaliação, visto que a análise de 
sabor e odor é bastante subjetiva e depende das habilidades e treinamento dos 
analistas. Na água bruta, a presença de sabor e odor se deve, predominantemente, a 
compostos orgânicos originados pela atividade 16 metabólica de algumas espécies 
de algas. O tratamento convencional não remove completamente estas substâncias, 
sendo necessário, muitas vezes, a utilização de carvão ativado para remoção das 
mesmas. 
Temperatura: a temperatura tem influência em todas as etapas do tratamento, 
e, também, na determinação de alguns parâmetros químicos, tais como pH e 
solubilidade de gases. Daí a importância do monitoramento da mesma nas águas 
bruta e tratada. 
4.6. Parâmetros Químicos 
PH: a medida do pH indica a acidez ou basicidade de uma solução. A escala 
de pH é de 0 a 14. Assim, soluções com pH abaixo de 7 são ditas ácidas e soluções 
com pH acima de 7 são ditas básicas. Os valores de pH nas águas bruta e tratada 
sofrem influência da temperatura e da presença de gases e sólidos dissolvidos. O 
controle do pH nas águas bruta e tratada é importante, pois o mesmo influencia as 
etapas de coagulação e desinfecção. O pH geralmente é medido em equipamentos 
específicos para este fim, através do método potenciométrico. 
Alcalinidade: a alcalinidade é definida como a capacidade da água em 
neutralizar ácidos. Pode ser atribuída à presença de carbonatos e bicarbonatos 
provenientes da ação erosiva da água sobre os solos e rochas. A alcalinidade influi 
no processo de coagulação, pois o sulfato de alumínio utilizado como agente 
coagulante reage com estes compostos originando o hidróxido de alumínio. A 
alcalinidade é medida através de titulação da amostra com ácido padronizado 
(concentração conhecida). 
Dureza: a dureza normalmente é devida à presença dos cátions Ca+2, Mg+2, 
sob a forma de bicarbonatos e carbonatos. Águas com elevada dureza não produzem 
espuma e incrustam tubulações de água quente e caldeiras. As águas subterrâneas 
costumam apresentar maior 17 dureza que as águas superficiais. A dureza é 
determinada através de titulação da amostra com EDTA. 
Cloretos: o íon cloreto presente em águas superficiais pouco poluídas e 
distantes do litoral, normalmente é originário da dissolução de minerais. 
31 
Concentrações elevadas de cloretos interferem na coagulação e conferem sabor 
salino à água. No caso da água tratada, altas concentrações de cloretos aceleram os 
processos de corrosão em tubos metálicos. A determinação dos cloretos se dá por 
titulação da amostra com nitrato de prata. 
Ferro e Manganês: o ferro e o manganês são encontrados mais comumente 
em águas subterrâneas. Contudo, podem ocorrer em águas superficiais (represas), 
associados a bicarbonatos e matéria orgânica. A presença de ferro e manganês na 
água tratada pode ocasionar o surgimento de manchas em roupas e louças e, em 
concentrações altas, conferir à água um sabor amargo adstringente. Estes metais 
normalmente são determinados por colorimetria ou por espectrofotometria de 
absorção atômica. 
Alumínio: o alumínio é um dos elementos mais abundantes na natureza; está 
presente na constituição da crosta terrestre, nos solos, nas plantas e nos tecidos 
animais. Além disto, compostos de alumínio também são bastante utilizados na 
indústria e no tratamento da água (sulfato de alumínio). A análise do alumínio na água 
tratada tem como objetivos o controle da eficiência do tratamento e o monitoramento 
dos níveis deste metal na água, pois o alumínio, em concentrações acima do limite 
estabelecido (0,2 mg/l), pode causar danos à saúde (neurotóxico). 
Fluoretos: águas superficiais dificilmente contêm flúor. Contudo, o mesmo é 
adicionado à água tratada, em concentrações de 0,6 a 0,9 mg/l, por medida de saúde 
pública, para auxiliar na prevenção da cárie dentária. Águas subterrâneas podem 
apresentar teores variados de flúor, dependendo da formação geológica do solo que 
as rodeia. A análise de flúor pode ser realizada através dos métodos colorimétrico e 
potenciométrico. 
Oxigênio Dissolvido: o oxigênio presente na água provém, principalmente, da 
atmosfera e da fotossíntese. Em amostras provenientes de rios e represas, valores 
baixosde oxigênio dissolvido podem indicar contaminação por material orgânico, visto 
que, para decomposição da matéria orgânica, as bactérias aeróbias consomem 
oxigênio. Níveis muito baixos de oxigênio dissolvido podem causar a morte de peixes 
e outros seres aquáticos e o surgimento de odores desagradáveis. A determinação de 
oxigênio dissolvido é realizada através do “método Winkler”. 
Cloro Residual: na maioria das estações de tratamento de água existentes no 
Brasil, o cloro é adicionado à água filtrada com o objetivo de eliminar microorganismos 
32 
patogênicos que possam estar presentes na mesma. Desta forma, este composto 
deve estar sempre presente em amostras de água tratada provenientes da estação 
de tratamento ou da rede distribuidora. O cloro normalmente é analisado através de 
método colorimétrico ou titulométrico. 
Imagem 21 – Laboratório de controle de qualidade da água 
Fonte: Google imagens, 2020 
 
4.7. Parâmetros Bacteriológicos 
Conforme já foi dito, a água pode ser o veículo de transmissão de muitas 
doenças, seja através da ingestão da mesma (cólera, febre tifóide, disenterias), ou 
pelo simples contato (escabiose, tracoma). As principais doenças associadas à água 
são causadas por bactérias e vírus. Estes Microorganismos não se encontram 
usualmente no ambiente aquático e sua presença é devida à contaminação do mesmo 
por fezes de humanos contaminados. Sendo assim, a possibilidade da existência 
destes microorganismos patogênicos na água é determinada, de forma indireta, pelas 
análises de coliformes totais e Escherichia coli. Estas bactérias existem em grande 
quantidade no intestino humano e são eliminadas pelas fezes, de modo que sua 
ocorrência na água bruta demonstra que a mesma pode ter sido contaminada por 
fezes de humanos infectados. Assim, as bactérias do grupo coliforme são indicadoras 
da possibilidade de contaminação da água por agentes patogênicos. A detecção de 
coliformes totais e Escherichia coli é realizada através da técnica de substrato 
enzimático. 
 
33 
4.8. Distribuição de Água 
Destina-se a conduzir a água tratada, através de tubulações, aos diversos 
pontos de consumo da comunidade. É formada, basicamente, por malhas hidráulicas 
compostas por tubulações de adução, subadução, redes distribuidoras e ramais 
prediais, que juntos disponibilizam a água tratada na entrada do imóvel do 
consumidor. Em muitos casos, essas malhas possuem também grandes reservatórios 
de distribuição, estações de bombeamento para regiões mais elevadas, além de 
outros equipamentos de controle que garantam a continuidade da distribuição. 
7. CONCLUSÃO 
O presente trabalho implicou-se no conhecimento de como se desenvolve os 
procedimentos de uma estação de tratamento de água somados com os principais 
motivos em que é preciso a existência da água tratada, pois as vantagens adquiridas 
com esse recurso são muitas, a começar pela saúde da população, uma vez que água 
não tratada pode ocasionar diversas doenças. Sendo assim, a água potável é um 
benefício que deve ser distribuído a toda a civilização humana. Por conseguinte, ao 
elaborar esse estudo é perceptível que com todos os procedimentos já existentes para 
o tratamento da água ainda há dificuldades relacionadas aos recursos hídricos, visto 
que o crescimento da urbanização é acelerado e isso dificulta o controle mais 
minucioso da qualidade da água. O saneamento é um conjunto de medidas que visa 
a preservação ou modificação das condições do meio ambiente, o serviço de água 
tratada levam a melhoria da qualidade de vida acrescido do âmbito econômico, uma 
vez que a produtividade do indivíduo depende do conjunto de serviço que lhe é 
oferecido, já se tratando da economia refere-se à junção do abastecimento de água 
potável com a valorização do espaço urbano. 
 Produzir água potável não é um procedimento fácil, requer investimento de 
grandes cifras para construir estações de tratamento e comprar os insumos 
necessários para purificá-la. É de vital importância para a saúde pública que a 
comunidade conte com um abastecimento seguro que satisfaça as necessidades 
domésticas tais como o consumo, preparação de alimentos e a higiene pessoal. Para 
alcançar este propósito devem ser cumpridas uma série de normas de qualidade 
(física, química e microbiológica), de tal maneira que a água esteja livre de organismos 
capazes de originar enfermidades e de qualquer mineral ou substância orgânica que 
possa prejudicar a saúde. Contudo, é possível ultimar que o trabalho sobre a estação 
34 
de tratamento de água (ETA), possibilitou um leque de informações de como ocorre 
os processos efetuados para o tratamento água desde quando ela chega como 
matéria bruta, até que sai com a potabilidade adequada para consumo. Portanto, 
como já apresenta nas informações acima, dentre esses processos necessários, faz 
em parte deles a floculação, a decantação e a filtração, onde cada um tem uma função 
especifica para auxiliar no tratamento para tornar a água apropriada para a utilização. 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
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