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Microbiota intestinal: cada vez mais importante As bactérias do intestino se tornaram um alvo de estudo extremamente relevante para o conhecimento e tratamento de determinadas doenças O termo microbiota intestinal refere-se à população de micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos, que habita todo o trato gastrointestinal, e tem como funções manter a integridade da mucosa e controlar a proliferação de bactérias patogênicas – isto é, consideradas perigosas. Acredita-se que a nossa microbiota contenha trilhões de micro-organismos, com pelo menos 100 espécies diferentes de bactérias conhecidas, acumulando milhões de genes – 150 vezes mais do que os genes humanos. Não à toa, ela chega a pesar até 2 quilos. Seu perfil é influenciado por múltiplos fatores e é definido por volta dos 2 anos de idade. A mãe é a primeira fonte de micro-organismos das crianças. Para ter ideia, bebês de parto normal entram em contato com bactérias mais rápido do que aqueles que nasceram via cesárea. Isso porque o parto vaginal proporciona um contato direto com a microbiota fecal materna. Em contrapartida, na cesárea a fonte inicial de contaminação é o meio ambiente, retardando, assim, o estabelecimento da microbiota. A colonização completa do trato gastrointestinal infantil é de extrema importância para a saúde da criança e, posteriormente, para o adulto. Dentre suas inúmeras funções, podemos destacar: Controle da proliferação de bactérias patogênicas presentes no trato intestinal Estímulo do sistema imunológico Regulação da absorção de nutrientes Participação na produção de vitaminas e enzimas, como vitamina K e biotina Produção de componentes necessários para a renovação celular Embora o padrão da microbiota seja estabelecido até os 2 anos, mais para frente ele pode ser impactado por certos fatores. Por exemplo: indivíduos com o hábito de consumir uma quantidade elevada de alimentos industrializados (carboidratos refinados, açúcares simples e gorduras saturadas) têm maior predisposição para a disbiose, que é uma alteração na composição desses micro-organismos. Consequentemente, há maior suscetibilidade a problemas como colite ulcerativa, doença de Crohn, etc. Aliás, a nossa alimentação diária apresenta mais influência sobre a constituição da microbiota quando comparada aos fatores genéticos (57% vs. 12%). Portanto, cuidar do que comemos não é apenas uma prática que deve ser adotada quando se deseja perder peso. Ela é fundamental para a saúde da sua microbiota, que representa, como a ciência vem mostrando, a sua identidade individual. TEXTO II Flora Intestinal A microbiota intestinal, comumente chamada de Flora Intestinal é o grupo de bactérias que vivem no intestino, auxiliando em vários processos, como a digestão de alimentos e monitorando o desenvolvimento de microorganismos que causam doenças. A flora intestinal é dividida em dois tipos: Permanente e Transitória. A Permanente é ligada as células da mucosa do intestino. Possuem vários microorganismos fixos que se proliferam com agilidade e estão bem adequados ao organismo. A Transitória não está ligada na mucosa. É oriunda da seção superior do trato digestivo e varia conforme meio ambiente e alimentação. Cuidar bem da flora intestinal é fundamental para manter a saúde do organismo e prevenir problemas que possam causar patologias futuras. Existe uma diversidade enorme de bactérias espalhadas no sistema digestivo, utilizando o corpo humano como hospedeiro, sendo a maioria encontrada no cólon, que é a parte mais longa do intestino grosso. Para manter a flora intestinal equilibrada, o consumo de alimentos probióticos é de fundamental importância para deixar o organismo em ótimo funcionamento. São responsáveis por diversas atividades benéficas, como: Previnem diversas infecções causadas por microorganismos como: bactérias patológicas, leveduras e fungos, equilibrando o pH da flora intestinal. Combatem infecções devido à produção de antibióticos naturais, que são absorvidos pelo sangue. Melhoram o processo de digestão, contribuindo para produção de enzimas responsáveis pela degradação de nutrientes complexos, ajudando em uma melhor absorção dos mesmos; Reduzem as diarréias, a obstinação e os gases intestinais Eliminam diversas toxinas; Melhoram o aspecto da pele, deixando-a com aparência mais saudável; Estimulam o sistema imunológico; Normalizam a produção de vitaminas do complexo B e K no intestino; Reduz a absorção de moléculas de colesterol. Os probióticos mais populares pertencem às espécies de bactérias como Lactobacillus rhamnosus, a Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium bifidum e Bifidobacterium longum. Esses microorganismos possuem um ciclo de vida reduzido, portanto deve-se mantê-los sob refrigeração. Quando ingeridos, se instalam no intestino juntando-se à flora já existente, contribuindo na absorção dos nutrientes. São encontrados em alimentos como iogurte, leites fermentados ou sob a forma de pó ou cápsulas. O hábito de ingerir alimentos saudáveis e equilibrados ao organismo é essencial para atingir o bem-estar e contribuir para uma longevidade saudável. Desequilíbrio da Flora Intestinal A alimentação é um fator primordial para manter o equilíbrio da flora intestinal. Se não houver um hábito de mastigar bem os alimentos, eles chegarão mal digeridos no intestino, causando problemas como: Menor absorção dos nutrientes, uma vez que o organismo absorve partículas simples e menores. O alimento mal digerido acarreta em uma maior multiplicação de bactérias ruins, devido à fermentação que é causada por estes alimentos mastigados de forma incorreta, disputando espaço com as bactérias benéficas. Ingerir líquidos durante as refeições também prejudica o bom funcionamento do intestino. O líquido ingerido altera o ph do sistema digestivo e dissolve o ácido clorídrico do estômago contribuindo para que as bactérias maléficas se proliferem.