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* * * Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre AVALIAÇÃO E INTERVENÇÕES NAS VIAS ÁEREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL Enfª Letícia Guerra Pós-Graduanda em Obstetrícia Pós-Graduanda em Urgência e Emergência e UTI Escola de Formação Técnica Josefa Gomes - EFOTEJ Paulo Afonso – BA 2019 * * * ASPECTOS ANATÔMICOS E FUNCIONAIS As vias aéreas têm como função principal conduzir o ar entre o meio ambiente e os pulmões (alvéolos pulmonares), proporcionando a entrada de ar filtrado, aquecido e rico em oxigênio, assim como a saída de ar rico em dióxido de carbono do aparelho respiratório, participando assim do processo da respiração. * * * ASPECTOS ANATÔMICOS E FUNCIONAIS Dividem-se em vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores: Vias Aéreas Superiores: Cavidade nasal (nariz); Cavidade oral (boca); Faringe * * * ASPECTOS ANATÔMICOS E FUNCIONAIS 2. Vias Aéreas Inferiores: Laringe. Traquéia; Brônquios/bronquíolos; Pulmões/alvéolos pulmonares. * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Conceito: Entende-se por obstrução de vias aéreas toda situação que impeça total ou parcialmente o trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares. * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS O atendimento pré-hospitalar da vítima de trauma tem por objetivo, após rápida verificação do mecanismo de trauma e das condições de segurança no local, prestar suporte básico e avançado de vida, iniciando-se com controle de hemorragias (X) e avaliação de vias aéreas (A). * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Esse processo denominado avaliação primária ou “X ABCDE” prioriza após o controle de hemorragias a abordagem das vias aéreas que, se estiverem comprometidas, de imediato afetam as funções vitais – respiração (B) e circulação (C). * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS A vítima de trauma pode ter as vias aéreas comprometidas direta ou indiretamente por mecanismos distintos, sendo os principais os enumerados a seguir: Inconsciência Trauma Direto Sobre Vias Aéreas Queimaduras em Vias Aéreas Corpo Estranho em Vias Aéreas * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Inconsciência: Provoca o relaxamento da língua que se projeta contra a orofaringe (fundo da garganta) da vítima em decúbito dorsal, impedindo a passagem de ar das vias aéreas superiores para as inferiores. * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Trauma Direto Sobre Vias Aéreas: Causa sangramento em seu interior, compressão externa por edema e/ou hematomas e fraturas da árvore laringotraqueobrônquica, e/ou broncoaspiração de dentes fraturados. * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Queimaduras em Vias Aéreas: Queimaduras em vias aéreas podem produzir inflamação e edema de glote e de vias aéreas inferiores. * * * OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS Corpo Estranho em Vias Aéreas: Fragmentos de próteses dentárias, alimentos, balas, chicletes e pequenos objetos podem causar obstrução de vias aéreas em diferentes níveis. * * * OVACE (Obstrução de vias aéreas por corpo estranho) Causas de OVACE em Adultos: A obstrução por corpos estranhos pode ser causa de perda de consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de corpos estranhos obstruírem vias aéreas em pessoas conscientes ocorre mais freqüentemente durante as refeições, sendo a carne a causa mais comum. Outras causas de obstrução: próteses dentárias deslocadas, fragmentos dentários, chicletes e balas. * * * OVACE (Obstrução de vias aéreas por corpo estranho) Causas de OVACE em crianças: A principal causas de obstrução de vias aéreas é a aspiração de leite regurgitado ou de pequenos objetos. Outras causas freqüentes são alimentos (balas, chicletes, etc.) e causas infecciosas (epiglotite). * * * RECONHECIMENTO O reconhecimento precoce da obstrução de vias aéreas é indispensável para o sucesso no atendimento. O socorrista deve estar atento, pois a obstrução de vias aéreas e consequente parada respiratória rapidamente evolui para parada cardiopulmonar. A obstrução das vias aéreas pode ser parcial (leve) ou total (grave). * * * RECONHECIMENTO Parcial (LEVE): A vítima pode ser capaz de manter boa troca gasosa, caso em que poderá tossir fortemente, apesar dos sibilos entre as tossidas. * * * RECONHECIMENTO Total (GRAVE): A vítima fica incapaz de falar ou tossir. Pode demonstrar sinais de asfixia, agarrando o pescoço, apresentando cianose e esforço respiratório exagerado. O movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável. * * * RECONHECIMENTO “Vitima inconsciente” Suspeitar de parada cardiopulmonar por infarto, acidente vascular ou hipóxia secundária à obstrução de via aérea. Ele será avaliado pensando-se em parada cardiopulmonar, deixando para fazer o manejo de desobstrução de vias aéreas apenas se o fato se evidenciar. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Os métodos de desobstrução de vias aéreas dividem-se em dois tipos, conforme a natureza da obstrução: obstrução por líquido (rolamento de 90º e aspiração) ou obstrução por sólido (remoção manual e manobras de desobstrução). * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Obstrução por Líquido: Rolamento de 90º - Esta manobra consiste em lateralizar a vítima em monobloco, trazendo-a do decúbito dorsal para o lateral, com o intuito de remover secreções e sangue das vias aéreas superiores. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Obstrução por Sólido: Remoção Manual - A técnica de remoção manual consiste em abrir a boca da vítima utilizando a manobra de tração da mandíbula ou a de elevação do mento e retirar o corpo estranho com o indicador “em gancho”, deslocar e retirar o corpo estranho. Em recém-nato e lactente, utilizar o dedo mínimo em virtude das dimensões reduzidas das vias aéreas. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Manobras de Desobstrução de Vias Aéreas em Adultos: São manobras realizadas manualmente para desobstruir vias aéreas de sólidos que lhe ficarem entalados. Para vítimas inconscientes deve ser aplicada a manobra de ressuscitação cardiopulmonar, pois as compressões torácicas forçam a expelição do corpo estranho e mantém a circulação sangüínea, aproveitando o oxigênio ainda presente no ar dos pulmões. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS “Vítima consciente” Compressão Abdominal - Também chamada manobra de Heimlich, consiste numa série de quatro compressões sobre a região superior do abdômen, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Vítima em pé ou sentada: 1) Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdômen; 2) Segurar o punho da sua outra mão e aplicar compressão contra o abdômen, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical no sentido superior (tórax), por quatro vezes; 3) Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e posicionar uma entre as pernas da vítima, para evitar-lhe a queda caso fique inconsciente. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Vítima deitada: 1) Posicionar a vítima em decúbito dorsal; 2) Ajoelhar-se ao lado da vítima, ou a cavaleiro sobre ela no nível de suas coxas, com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo; 3) Posicionar a palma da mão (região tenar) sobre o abdômen da vítima, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical, mantendo as mãos sobrepostas; 4) Aplicar quatro compressões abdominais no sentido do tórax. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Compressão Torácica - A compressão torácica é utilizada quando a compressão abdominal é inviável ou contra-indicada, como nos casos de obesidade com circunferência abdominal muito larga e gestação próxima do termo. Consciente em uma série de quatro compressões torácicas sobre o terço inferior do esterno, logo acima do apêndice xifóide. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Vítima em pé ou sentada: 1) Posicionar-seatrás da vítima, abraçando-a em torno do tórax; 2) Segurar o punho da sua outra mão e aplicar compressão contra o esterno, acima do apêndice xifóide, por quatro vezes; 3) Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e posicionar uma entre as per- nas da vítima, para evitar-lhe a queda caso fique inconsciente. * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Vítima deitada: 1) Posicionar a vítima em decúbito dorsal; 2) Ajoelhar-se ao lado da vítima; 3) Aplicar quatro compressões torácicas como na manobra de ressuscitação cardiopulmonar - RCP; * * * DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS Manobras de Desobstrução de Vias Aéreas em Crianças - A remoção manual de material que provoque obstrução sem ser visualizado não é recomendada. Para crianças maiores de um ano, aplicar a manobra de Heimlich, de forma semelhante à do adulto; nos lactentes, uma combinação de palmada nas costas (face da criança voltada para baixo) e compressões torácicas (face voltada para cima), sempre apoiando a vítima no seu antebraço; mantenha-o com a cabeça mais baixa que o tronco, próximo a seu corpo. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Métodos de Controle de Vias Aéreas Os métodos de controle de vias aéreas são de três tipos: manual, mecânico e cirúrgico, sendo que o método mecânico se subdivide em básicos, avançados e alternativos. A causa mais comum de obstrução de vias aéreas é a inconsciência de qualquer natureza e, na grande maioria dos casos, os métodos manuais conseguem promover e manter a permeabilidade das vias aéreas. * * * Métodos de Controle de Vias Aéreas Métodos Manuais: Manobra de Tração de Mandíbula (Jaw-Thrust) – Essa técnica tem como vantagem o fato de não mobilizar a coluna cervical, visto que promove a desobstrução das vias aéreas por projetar a mandíbula anteriormente, deslocando também a língua. * * * Métodos de Controle de Vias Aéreas Executar da seguinte forma: 1) Apoiar a região tenar da mão sobre a região zigomática da vítima, bilateralmente, estando posicionado na sua "cabeceira"; 2) Colocar a ponta dos dedos indicador e médio atrás do ângulo da mandíbula, bilateralmente, exercendo força suficiente para deslocá-Ia anteriormente; 3) Apoiar os polegares na região mentoniana, imediatamente abaixo do lábio inferior, e promover a abertura da boca. * * * Métodos de Controle de Vias Aéreas Manobra de Inclinação da Cabeça e Elevação do Mento (Chin Lift) – Essa técnica tem como vantagens ser tecnicamente mais fácil de executar se comparada à manobra de tração de mandíbula e o socorrista, mesmo sozinho, consegue manter a manobra sem perder o controle cervical. * * * Métodos de Controle de Vias Aéreas Executar da seguinte forma: 1) Manter o controle cervical com uma das mãos posicionada sobre a região frontal da vítima; 2) Posicionar o polegar da outra mão no queixo e o indicador na face inferior do corpo da mandíbula; 3) Pinçar e tracionar anteriormente a mandíbula, promovendo movimento discreto de extensão da cabeça, o sufi- ciente para liberar as vias aéreas. * * *
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