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Resumo-Direito Administrativo-Aula 23-Licitacao e Contratos Administrativos-Patricia Carla

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Analista Judiciário TRT/TST 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
Disciplina: Direito Administrativo 
 Professora: Patrícia Carla 
Aula: 23| Data: 17/05/2018 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. Licitação 
2. Contratos Administrativos 
 
1. Licitação 
I. Sistema de Registro de Preço (SRP) 
Artigo 15, II, da Lei 8.666/93 
 
 É um procedimento utilizado para compras frequentes de determinado bem, quando não se sabe a 
quantidade necessária. 
 
Observações: 
 
i) Qualquer cidadão tem legitimidade para impugnar os preços ali registrados (artigo 15, §6º, da Lei 
8.666/93); 
ii) As Modalidades para a elaboração da ata são a Concorrência (artigo 15, §3º, I, da Lei 8666/93), ou Pregão 
(artigo 11, da ei 10.520/02); 
iii) O Decreto 7892/13 regulamenta o SRP em âmbito federal; 
iv) A ata obriga fornecedores, mas não obriga a Administração (artigo 16, do Decreto 7892/13 e artigo 15, 
§4º, da Lei 8666/93); 
v) Prazo de validade da Ata não será superior a 12 meses, incluídas eventuais prorrogações (Artigo 12, do 
Decreto 7892/13); 
vi) Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços devem ser assinados dentro do prazo de 
validade da ata (artigo 12, §4º, do Decreto 7892/13). 
 
 Observação: Estados, Municípios e DF pegam carona entre si (carona é o órgão não participante, que não 
elaborou a ata de registro de preços) e podem pegar carona na ata da União, ao contrário, a União não pode 
aderir à ata gerenciada por Estados, Municípios e DF (Artigo 22, §§8º e 9º, do Decreto 7892/13). 
 
Observação: a licitação pode ser anulada, quando houver ilegalidade; e poderá ser revogada quando legal, 
mas por fato superveniente, por conveniência e oportunidade. 
 
2. Contratos Administrativos 
Lei 8.666/93 
 
I. Conceito 
 
 É o ajuste firmado entre a Administração Pública e o particular de acordo com os termos estipulados pela 
própria Administração Pública e dentro de regras de Direito Público. 
 
 É um contrato de adesão, o particular só vai aderir às regras impostas pela Administração Pública. 
 
 
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Observação: os contratos de Concessão e Permissão de serviços públicos submetem-se a regras próprias – Lei 
8987/95 Concessão, Permissão de Serviços (comum) e a Lei 11.079/04 – Concessão especial – PPP. 
 
II. Características dos Contratos Administrativos 
 
 É consensual, o acordo entre as partes aperfeiçoa o contrato (é diferente do contrato real, que precisa 
entregar o objeto para que se torne perfeito). 
 É comutativo, têm obrigações recíprocas para ambas as partes (a Administração paga, o contratado 
constrói, paga e fornece). É diferente do contrato aleatório, que conta com a álea, risco (exemplo contrato de 
seguro). 
 É de adesão, o particular vai aderir às cláusulas estabelecidas no contrato, não pode modificar as cláusulas 
estabelecidas. 
 O Artigo 62, §1º da Lei 8666/93, estabelece que é parte anexa ao edital de licitação a minuta do futuro 
contrato que vai assinar. Portanto, quando o particular tem acesso ao edital, também conhece parte do futuro 
contrato, já sabe as regras antes de participar da licitação. 
 É formal, escrito assinado datado publicado, formalidade dos contratos administrativos. 
Observação: Pode ser verbal? Artigo 60, parágrafo único, da Lei 8666/93: 
É nulo e de nenhum efeito o contrato celebrado verbalmente com a Administração, salvo o de pequenas 
compras de pronto pagamento no valor de até 4 mil reais (5% do valor do convite) em regime de adiantamento. 
É uma exceção. 
 
III. Cláusulas Exorbitantes 
 
 São prerrogativas da Administração Pública (artigo 58, da Lei 8666/93). 
 
 É diferente das cláusulas necessárias (artigo 55, da Lei 8666/93). As cláusulas necessárias são aquelas que 
necessariamente devem estar no contrato, como o nome das partes, prazo, valor, preço. 
Observação: todo contrato administrativo tem prazo. Contrato administrativo com prazo indeterminado é 
contrato ilegal. 
 
 As cláusulas exorbitantes são aquelas que exorbitam o comum dos contratos. Se estivessem previstas num 
contrato de direito privado seriam chamadas de cláusulas abusivas, pois favorecem uma das partes. 
 Aqui não é abusiva, pois favorece o Interesse Público, por isso são exorbitantes.

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