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1- Direito Economicov- jose luiz

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06/08/2019
1
Direito Econômico
CURSO: DIREITO
Bibliografia Base
 BERCOVICI, G. Constituição econômica e desenvolvimento:
uma leitura a partir da constituição de 1988. São Paulo: Malheiros,
2005.
 GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na constituição de
1988. 13ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
 PETTER, Lafayete Josué. Direito econômico. 3ª ed. São Paulo: 
Verbo Jurídico, 2008.
Prof. José Luís G. Hernandes
Prof. José Luís - UNIP
1
Direito Econômico
CURSO: DIREITO
Bibliografia Complementar
 AGUILLAR, Fernando H. F. Direito econômico: do direito nacional ao
direito supranacional. São Paulo: Atlas, 2006.
 BAGNOLI, Vicente. Direito e poder econômico. Rio de Janeiro: Campus,
2008.
 FONSECA, J. B. L. Da. Direito econômico. São Paulo, Forense, 2004.
 MASSO, Fabiano del. Direito econômico. Rio de Janeiro: Campus, 2007.
 NUSDEO, Fábio. Curso de economia: introdução ao direito econômico. 5ª
ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
 SOUZA, Washington P. A. Teoria da constituição econômica. Belo 
Horizonte: Del Rey, 2002. 
Prof. José Luís G. Hernandes
Prof. José Luís - UNIP
2
Prof. José Luís - UNIP 3
Objetivos a serem atingidos.
OBJETIVOS GERAIS
 Desenvolver conteúdos relacionados ao setor privado e 
responsabilização, tendo como enfoque o impacto da 
globalização no mercado e nas relações privadas abrangidas, 
promovendo novas demandas jurídicas oriundas do comércio 
internacional, do desenvolvimento da informática, da 
contratação eletrônica por meio da Internet. 
Prof. José Luís - UNIP 4
Objetivos a serem atingidos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Preparar para utilização de conteúdos relacionados ao eixo temático, 
garantindo a ideia de um perfil profissiográfico contextualizado 
regionalmente. 
Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no 
perfil do egresso, quais sejam:
•Leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos 
ou normativos, com a devida utilização das normas técnico-jurídicas;
•Interpretação e aplicação do Direito;
•Pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de 
outras fontes do Direito;
•Adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas 
ou judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos;
•Correta utilização da terminologia jurídica ou da Ciência do Direito;
•Utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de persuasão e de 
reflexão crítica;
•Julgamento e tomada de decisões;
Domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação 
do Direito.
06/08/2019
2
5
Conteúdo Programático:
1. O Surgimento do Direito Econômico.
 1.1. Direito Econômico e Economia.
 1.2. Conceito de Direito Econômico.
 1.3. Intervenção direta e indireta.
 1.4. Princípio da subsidiariedade e empresas estatais.
 1.5. Privatização ou desestatização.
 1.5.1. Venda de ativos e as golden shares na defesa do
interesse estatal.
 1.6. Evolução Histórica do Direito Econômico (do estado liberal
ao neoliberal).
 1.7. Serviço público e intervenção no domínio econômico.Prof. José Luís - UNIP
6
Conteúdo Programático:
2. Ordem Jurídica e Econômica.
2.1. Princípios Constitucionais da Ordem
Econômica.
3. Teoria do Pleno Emprego.
4. Redução das Desigualdades Regionais e
Sociais.
Prof. José Luís - UNIP
7
Conteúdo Programático:
5. Princípios Gerais da Atividade Econômica.
 5.1. Soberania Nacional.
 5.2. Propriedade Privada.
 5.3. Função Social da Propriedade.
 5.4. Princípio da Livre Concorrência.
 5.5. Princípio a um ambiente sustentável.
 5.5.1. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938, de 1981)
 5.6. Ordem urbanística.
 5.6.1. O Estatuto da Cidade e seus institutos e a intervenção estatal.
 5.6.2. União, estados e municípios e Agenda 21.
Prof. José Luís - UNIP
8
Conteúdo Programático:
6. O Papel do Estado na Ordem Econômica.
6.1. O Abuso do Poder Econômico: O Poder
Repressor do Estado.
7. Defesa da Concorrência.
7.1. Princípios básicos do Sistema Brasileiro de 
Defesa da Concorrência (Lei nº 12.529, de 
2011).1. Origem, conceitos fundamentais, 
problemas e temas relevantes da economia. 
Prof. José Luís - UNIP
06/08/2019
3
1- O surgimento do Direito Econômico
Atribui-se o aparecimento do Direito 
Econômico à I Guerra Mundial, em razão 
da descoberta da importância da produção 
econômica para a eficiência das tropas nos 
campos de batalha. Tal fato impulsionou a 
regulamentação das atividades econômicas 
(Comparato, 1977, p. 1). 
Prof. José Luís - UNIP 9
1- O surgimento do Direito Econômico
Assim, fenômenos econômicos como 
a atividade monetária, 
a atividade de concessão de crédito, 
a atividade laboral, 
entre outras, 
passaram a ser objeto de regras jurídicas. 
Prof. José Luís - UNIP 10
1- O surgimento do Direito Econômico
A partir de então, a atividade econômica 
passou a sofrer algumas interferências 
jurídicas que visam a dirigi-la a alguns fins 
determinados. 
Dessa forma, certo cuidado deve ser exigido 
para que não se confunda o advento do 
Direito Econômico com uma nova forma de 
socialismo. 
Prof. José Luís - UNIP
11
1- O surgimento do Direito Econômico
O nível de intervenção do Estado no domínio 
econômico é de graus diferenciados, assim, 
o fato de existirem regras ou mesmo planos 
de desenvolvimento não é suficiente para 
caracterizar a economia de comando, 
portanto, a planificação passou a ser um 
recurso utilizado, em menor grau, pelas 
economias não socialistas. 
Prof. José Luís -
UNIP 12
06/08/2019
4
1- O surgimento do Direito Econômico
Para exemplificar, no Brasil já tivemos 
diversos planos de natureza econômica, 
como informa Fábio Konder Comparato 
(1977, p. 7):
“Em nosso país, os primeiros esboços 
de uma programação nacional da economia 
remontam ao plano SALTE (Saúde, 
Alimentação, Transportes e Energia), 
elaborado durante o governo do Mal. Dutra.
Prof. José Luís - UNIP 13
1- O surgimento do Direito Econômico
e ao chamado “Programa de Metas” do 
governo Juscelino Kubistchek. Mas ambos 
constituíam simples exposições de objetivos, 
sem a previsão dos instrumentos adequados, 
e sem a criação das instituições 
encarregadas de utilizar tais instrumentos.”
Prof. José Luís - UNIP 14
1- O surgimento do Direito Econômico
Da mesma maneira, oportunas as palavras 
de Affonso Insuela Pereira, que dispõe (1974, 
p. 43-44):
“Se é verdade inconteste que findado o 
conflito, o homem não abandona as técnicas 
produtivas que o esforço da luta lhe exigiu, 
adaptando-as como técnicas produtivas de 
paz, verdade também é que no campo social, 
finda a guerra, igualmente muitas 
modificações se fizeram presentes. 
Prof. José Luís - UNIP 15
1- O surgimento do Direito Econômico
Assim é que, não obstante os princípios de 
ordem econômica e social já tivessem 
anteriormente sido inseridos como preceitos 
constitucionais nas Cartas Magnas do Estado 
Soviético (1917) 
Prof. José Luís - UNIP 16
06/08/2019
5
1- O surgimento do Direito Econômico
e no México no “Apartado 123” da 
Constituição mexicana, é na Constituição do 
liberal Estado Alemão de 1919 que aparecem 
com mais vigor,
e a partir de então se universalizam tais 
princípios, pois vieram a merecer guarida nas 
cartas constitucionais de quase todos os 
Estados, inclusive no Brasil, onde foram 
inseridos em todos os diplomas 
constitucionais que se seguiram.”
Prof. José Luís - UNIP 17
1.1 Direito Econômico e Economia
O direito econômico surge como uma 
recente disciplina acadêmica nos cursos 
de graduação em Direito.Compõem uma disciplina que possui a 
particularidade de cuidar, sobretudo, da 
intervenção do Estado no domínio 
econômico.
Prof. José Luís - UNIP 18
1.1 Direito Econômico e Economia
ou seja, os parâmetros normativos criados 
pelo Estado de Direito no delineamento das 
práticas econômicas, seja:
-instituindo políticas específicas, 
-coibindo condutas, 
-prevendo as formas de fiscalização, 
regulação e participação do Estado na 
atividade econômica.
Prof. José Luís - UNIP 19 Prof. José Luís - UNIP 20
06/08/2019
6
1.1 Direito Econômico e Economia
Conhecer o direito econômico envolve, 
inicialmente, a preocupação com a 
compreensão do que seja atividade 
econômica, principalmente, o seu modo de 
acontecer, para que as normas jurídicas não 
interfiram nas regras naturais da ciência 
econômica. 
Prof. José Luís - UNIP 21
1.1 Direito Econômico e Economia
Não é inútil ponderar que o desenvolvimento 
histórico das técnicas de produção de bens e 
serviços não interfere na identificação da 
principal característica da atividade 
econômica, qual seja, 
A satisfação das necessidades humanas. 
Prof. José Luís - UNIP 22
1.1 Direito Econômico e Economia
Ainda que as maneiras de produção sejam 
constantemente modificadas em razão da 
evolução da técnica, a atividade econômica 
não deixou de ser a ação humana para o 
seu sustento, o que envolve também a 
escolha de quais bens serão adquiridos, já 
que nem todas as necessidades serão 
satisfeitas. 
Prof. José Luís - UNIP 23
1.1 Direito Econômico e Economia
O sujeito que dialeticamente produz e 
consome bens é intitulado agente 
econômico. 
Dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de 
ideias que levam a outras ideias
Prof. José Luís - UNIP 24
06/08/2019
7
1.1 Direito Econômico e Economia
O consumo faz parte do cotidiano de 
qualquer pessoa, a produção, não. 
“A definição de ‘escassez’ aplica-se 
indistintamente a uma fábrica, a um concerto 
de violino ou ao envio de missionários para 
um trabalho de catequese. 
Prof. José Luís - UNIP 25
1.1 Direito Econômico e Economia
A importância da regulação da atividade 
econômica advém da necessidade de 
algumas vezes interferir nas escolhas 
econômicas para que o bem comum seja 
alcançado, e não apenas a satisfação de um 
determinado agente econômico em 
detrimento dos demais. 
Prof. José Luís - UNIP 27
1.1 Direito Econômico e Economia
A escolha deve ser livre, mas a complexidade 
atual das relações econômicas, se não 
coordenadas, poderá resultar em um 
aproveitamento ineficiente dos recursos 
disponíveis para a produção e, 
consequentemente, para uma mais completa 
satisfação de necessidades.
Prof. José Luís - UNIP 28
1.1 Direito Econômico e Economia
A atividade econômica corresponde a todo 
ato de produção e consumo de bens e 
serviços, cuja finalidade é a satisfação das 
ilimitadas necessidades humanas. 
Prof. José Luís - UNIP 29
06/08/2019
8
1.1 Direito Econômico e Economia
Em razão da impossibilidade de satisfação 
de todas as necessidades, bem como da 
produção de todos os bens, os agentes 
econômicos que participam da atividade 
econômica devem decidir o que produzir e o 
que consumir, e tal decisão poderá ser livre, 
sendo os próprios agentes econômicos 
(mercado) os principais controladores da 
oferta de produtos e da sua demanda, ou 
coordenada por algum ente que centralize 
todas ou somente parte das decisões 
econômicas a serem tomadas. 
Prof. José Luís - UNIP 30
1.1 Direito Econômico e Economia
A própria decisão dos limites dessa 
coordenação constitui uma decisão 
econômica importante para que se mantenha 
o equilíbrio das satisfações humanas.
Prof. José Luís - UNIP 31
1.1 Direito Econômico e Economia
A noção de relação de interdependência 
entre o Direito e a Economia auxilia a 
compreensão de um conjunto de normas cujo 
objeto é a atividade econômica. 
Entretanto, esse entrelaçar ocorre apenas 
quando se quer, de alguma maneira, interferir 
no fenômeno econômico.
Prof. José Luís - UNIP 32
1.2 Conceito de Direito Econômico
A atividade econômica se desenvolve como 
um corolário da sua própria existência, 
enquanto a atividade jurídica demanda certa 
organização de centros de poder dos quais 
emanam preceitos a serem observados. 
Assim, nem todos os atos realizados na 
exploração da atividade econômica 
despertam o interesse do Direito. A ordem 
econômica é que delimitará por onde o 
Direito espalhará os seus tentáculos na 
regulação da administração da escassez.Prof. José Luís - UNIP 33
06/08/2019
9
1.2 Conceito de Direito Econômico
A interferência do raciocínio jurídico nos 
modelos econômicos deve ser realizada de 
forma contida, pois em diversas 
oportunidades as regras jurídicas não serão 
eficientes para determinar a conduta 
econômica, pois esta não pode, em alguns 
casos, contrariar a sua própria natureza de 
funcionamento. 
Prof. José Luís - UNIP 34
1.2 Conceito de Direito Econômico
A economia possui os seus próprios 
princípios ordenadores e, quando esses 
forem incompatíveis com as normas 
jurídicas, o Direito não os determinará.
Prof. José Luís - UNIP 35
1.2 Conceito de Direito Econômico
Affonso Insuela Pereira (1974, p. 16):
“Os fenômenos econômicos são ou podem ser disciplinados 
pelo Direito; mas, a verdade é que essa correção é relativa 
porque as leis às quais a natureza obedece são 
indubitavelmente mais rígidas do que as leis sociais. Sua 
disciplina e sua adaptação aos interesses sociais são 
extraordinariamente mais difíceis do que a das leis sociais, 
porém, essas modificações se fazem em base extremamente 
mais sólida para a ação do Direito. E é justamente ao 
estabelecer normas para os fenômenos econômicos que o 
homem corre maior perigo, pois são, na maior parte das vezes, 
frágeis, instáveis e qualquer ação do homem menos avisado 
poderá deitar por terra todos os seus princípios.”
Prof. José Luís - UNIP 36
1.2 Conceito de Direito Econômico
O direito não impera, senão 
momentaneamente, na disciplina de fatos 
que dependem exclusivamente dos próprios 
fatores de mercado, como, por exemplo, a 
formação da taxa de juros ou de câmbio. 
Prof. José Luís - UNIP 37
06/08/2019
10
1.2 Conceito de Direito Econômico
Uma norma jurídica criada para estipular a 
taxa de juros que determinado mercado 
deveria observar somente produzirá efeitos 
se for estabelecida tal conduta por um prazo 
determinado, sendo que quanto mais longo 
for o tempo, menores serão as chances de 
gerar algum tipo de eficácia jurídica. 
Prof. José Luís - UNIP 38
1.2 Conceito de Direito Econômico
O que ocorre é que a taxa de juros depende 
de situações econômicas para se determinar 
e, ainda que o legislador resolva especificar o 
preço do dinheiro, as próprias regras naturais 
de mercado é que o determinarão. O que 
acabamos de descrever influencia 
diretamente na fixação do objeto do direito 
econômico.
Prof. José Luís - UNIP 39
1.2 Conceito de Direito Econômico
O direito econômico é caracterizado por seu 
objeto, que é, em síntese, o estudo das
formas de intervenção do Estado na 
atividade econômica. 
Prof. José Luís - UNIP 40
1.2 Conceito de Direito Econômico
Entretanto, tal objeto deve ser esclarecido de 
forma pormenorizada, uma vez que a 
determinação do que seria objeto 
econômico é tarefa dificílima. 
Da mesma maneira, uma das principais 
dificuldades no reconhecimento do direito 
econômico consiste no fato de seu objeto se 
confundir com o objeto do direito empresarialna maioria das vezes. 
Prof. José Luís - UNIP 41
06/08/2019
11
1.2 Conceito de Direito Econômico
Assim, pondera-se que, em grande parte, as 
normas de direito econômico são dirigidas 
aos sujeitos que desenvolvem atividade 
empresária, mas nem sempre isso é 
verdade, pois a atividade econômica pode 
ser realizada por sujeitos não empresários 
que estarão sujeitos ao cumprimento de 
normas de direito econômico, mas não as 
normas empresariais.
Prof. José Luís - UNIP 42
1.2 Conceito de Direito Econômico
A atividade empresarial é, por definição, 
atividade econômica. Todavia, nem todo 
agente econômico é considerado e tratado 
juridicamente como empresário.
Prof. José Luís - UNIP 43
1.2 Conceito de Direito Econômico
No Direito, o sujeito que exerce direitos é 
intitulado pessoa. 
Na Economia, o sujeito que desenvolve 
atividade econômica, seja produzindo ou 
consumindo apenas, é chamado de agente 
econômico ou unidade econômica de 
dispêndio.
Prof. José Luís - UNIP 44
1.2 Conceito de Direito Econômico
Definir o Direito Econômico como o conjunto 
de regras ordenadoras da economia em 
sua dinâmica de produção, circulação, 
distribuição e consumo aumenta por 
demais o seu objeto, de maneira que todas 
as formas de conduta humana estariam 
incluídas nos limites do Direito Econômico. 
Prof. José Luís - UNIP 45
06/08/2019
12
1.2 Conceito de Direito Econômico
A confusão geralmente realizada com o 
objeto dos outros ramos do Direito ocorre em 
razão de uma característica comum que é o 
conteúdo econômico. 
Prof. José Luís - UNIP 46
1.2 Conceito de Direito Econômico
Como observa Washington Albino de Souza 
(1994, p. 59-60):
“Uma primeira diferença, entretanto, há de 
ser salientada. É que o Direito Econômico 
versa obrigatoriamente sobre atos e fatos 
econômicos enquanto que o mesmo não 
acontece com todos os demais ramos da 
ciência jurídica. Mesmo assim, por vezes, é 
feita uma certa confusão. 
Prof. José Luís - UNIP 47
1.2 Conceito de Direito Econômico
Trata-se de algumas disciplinas, 
especialmente o Direito Trabalhista e o 
Direito Comercial. 
O primeiro, se ocupa do ‘trabalho’, um ‘fator’ 
de produção, de natureza cultural econômica. 
O Direito Comercial tem por objeto o fato 
econômico ‘troca’ e os elementos 
econômicos que decorrem do seu conceito, 
como o mercado, o preço e assim por diante. 
Prof. José Luís - UNIP 48
1.2 Conceito de Direito Econômico
Em uma definição única e preliminar 
consideramos o Direito Econômico como a 
reunião das normas que regulam a 
estrutura (Ordem Econômica) e as 
relações entre os agentes econômicos na 
realização da atividade econômica. 
Prof. José Luís - UNIP 51
06/08/2019
13
1.2 Conceito de Direito Econômico
Na doutrina, nos aproximamos muito de 
Affonso Insuela Pereira (1974, p. 66-67), que 
conceitua o Direito Econômico como:
“O complexo de normas que regulam a ação 
do Estado sobre as estruturas do sistema 
econômico e as relações entre os agentes da 
economia.”
Prof. José Luís - UNIP 52
1.2 Conceito de Direito Econômico
Uma outra definição completa de Direito 
Econômico é a proposta por Washington 
Peluso Albino de Souza (1994, p. 23), nos 
termos:
“Direito Econômico é o ramo do Direito que tem por 
objeto a regulamentação da política econômica e por 
sujeito o agente que dela participe. Como tal, é um 
conjunto de normas de conteúdo econômico que 
assegura a defesa e harmonia dos interesses 
individuais e coletivos, de acordo com a ideologia 
adotada na ordem jurídica. Para tanto, utiliza-se do 
‘princípio da economicidade’.”
Prof. José Luís - UNIP 53
1.3 Intervenção direta e indireta
O Estado pode atuar no domínio econômico 
desenvolvendo ele próprio a atividade 
econômica, o que acontece com os serviços 
públicos ou outras atividades as quais os 
imperativos da segurança nacional ou do 
interesse coletivo determinem a realização 
de atividade econômica diretamente pelo 
Estado.
Prof. José Luís - UNIP 54
1.3 Intervenção direta e indireta
A participação direta do Estado no 
desenvolvimento da atividade econômica 
pode se dar em regime de competição com 
a iniciativa privada ou em regime de 
monopólio e, por fim, em parceria com a 
iniciativa privada.
Por outro lado, quando o Estado não 
desenvolve diretamente a atividade 
econômica, mas regula, fiscaliza, incentiva, 
normatiza e planeja, a atuação é indireta.
Prof. José Luís - UNIP 55
06/08/2019
14
1.3 Intervenção direta e indireta
A participação direta do Estado no 
desenvolvimento da atividade econômica 
pode se dar em: 
regime de competição com a iniciativa 
privada ou (Caixa Econômica)
em regime de monopólio e, por fim,
(Portobras)
em parceria com a iniciativa privada.
(Petrobrás)
Prof. José Luís - UNIP 56
1.3 Intervenção direta e indireta
Por outro lado, quando o Estado não 
desenvolve diretamente a atividade 
econômica, mas 
regula, 
fiscaliza, 
incentiva, 
normatiza e 
planeja, 
a atuação é indireta.
Prof. José Luís - UNIP 57
1.3 Intervenção direta e indireta
Prof. José Luís - UNIP 58
Intervenção direta ou participação
 A análise literal do dispositivo constitucional 
que trata da participação direta do Estado 
no domínio econômico é necessária para 
que não se cometam erros de 
interpretação. Vejamos o caput e o 
parágrafo primeiro do artigo 173:
Prof. José Luís - UNIP 59
06/08/2019
15
Intervenção direta ou participação
(...)
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definido em lei.
§ 1.º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 
sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, 
trabalhistas e tributárias;
III – a licitação e a contratação de obras, serviços, compras e 
alienações, observados os princípios da administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração 
e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade 
dos administradores. Prof. José Luís - UNIP 60
Intervenção direta ou participação
(...)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não 
poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado 
e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação 
dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento
arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes 
da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-
a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados 
contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular. 
Prof. José Luís - UNIP 61
Constituição 1988
 Dispõe o art. 173 da Constituição Federal 
que a participação do Estado na 
exploração da atividade econômica é 
situação de exceção, sendo possível 
apenas em razão dos imperativos da 
segurança nacional ou de relevante 
interesse coletivo. 
Prof. José Luís - UNIP 62
Constituição 1988 Em uma primeira leitura, e sem fazer a 
indagação sobre o que configura 
imperativos da segurança nacional e 
relevante interesse coletivo, parece que a 
participação do Estado realizando 
ativamente como agente econômico a 
satisfação de necessidades é excepcional. 
Prof. José Luís - UNIP 63
06/08/2019
16
Constituição 1988
 Em nosso entender a participação do 
Estado no domínio econômico é 
excepcional, mas a decisão de participar ou 
não está sempre nas mãos do próprio 
Estado, que justificará na criação das 
empresas estatais o que é segurança 
nacional e relevante interesse coletivo e 
assim, podendo participar segundo seus 
próprios e institucionais interesses. 
Prof. José Luís - UNIP 64
Constituição 1988
 Na doutrina alguns autores como Lúcia 
Valle Figueiredo (2006, p. 126) não 
qualificam os conceitos como vagos, nos 
termos:
“Trazemos à colação o argumento de que o 
conceito de relevante interesse público não é 
conceito vazio, despido de significado.
Claro está que existe conteúdo, e, diríamos, 
conteúdo preenchido pelas prioridades que, 
ao longo do texto constitucional, foram 
alinhavadas.
Prof. José Luís - UNIP 65
Constituição 1988
Portanto, não se suponha, que a expressão 
consagrada no texto constitucional, quer 
referente à segurança nacional, quer ao 
relevante interesse coletivo, possa ser um 
‘abre-te sésamo’ para o Estado, como, aliás, 
tem sido, indevidamente.”
Prof. José Luís - UNIP 66
Constituição 1988
Em conclusão, o Estado regula a sua forma 
de intervenção direta na atividade econômica 
cautelosamente, o que transparece, por 
exemplo, no tratamento de direito privado 
dado às empresas criadas pelo Estado. 
Assim, a economia de mercado é preservada 
sem a sua deletéria pureza.
O Estado poderá participar do 
desenvolvimento direto de atividade 
econômica por intermédio das conhecidas 
empresas estatais, que são as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista.
Prof. José Luís - UNIP 67
06/08/2019
17
Intervenção indireta
 As determinações constitucionais ao 
Estado regulador serão estudadas de 
forma pormenorizada mais à frente. 
Entretanto, aqui cabe o estudo preliminar 
dos mandamentos constitucionais a serem 
exercidos pelo Estado como agente 
normativo e regulador da atividade 
econômica, que encarta as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, 
sendo este determinante para o setor 
público e indicativo para o setor privado 
(caput do art. 174 da CF). Dessa forma, 
assim determina a Constituição Federal:
Prof. José Luís - UNIP 68
Constituição 1988
 a lei estabelecerá as diretrizes e bases do 
planejamento do desenvolvimento nacional 
equilibrado, o qual incorporará e 
compatibilizará os planos nacionais e 
regionais de desenvolvimento (§ 1.º, art. 
174);
 a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e 
outras formas de associativismo (§ 2.º, art. 
174);
 o Estado favorecerá a organização da 
atividade garimpeira em cooperativas, 
levando em conta a proteção do meio 
ambiente e a promoção econômico-social 
dos garimpeiros (§ 3.º, art. 174);Prof. José Luís - UNIP 69
Constituição 1988
 as cooperativas a que se refere o parágrafo 
anterior terão prioridade na autorização ou 
concessão para pesquisa e lavra dos 
recursos e jazidas de minerais garimpáveis, 
nas áreas onde estejam atuando, e 
naquelas fixadas de acordo com o art. 21, 
XXV, na forma da lei (§ 4.º, art. 174).
Prof. José Luís - UNIP 70
Constituição 1988
 É muito difícil ser criterioso para configurar 
o grau de inferência do Estado no domínio 
econômico. Afinal, uma série de hipóteses 
de participação e de controle é utilizada 
cotidianamente pelo Estado na condução 
da atividade econômica própria e de 
empreendedores particulares. Mas a 
classificação que aponta o Estado como 
regulador e normatizador da atividade 
econômica considera a modalidade de 
intervenção como indireta.
Prof. José Luís - UNIP 71
06/08/2019
18
Prof. José Luís - UNIP 72
Atuação Indireta
 A fiscalização estatal funciona como uma 
forma de acompanhamento do 
desenvolvimento de atividade econômica 
por intermédio dos agentes econômicos 
para que se constate se algumas das 
bases fixadas na Constituição, o que se fez 
por intermédio da estipulação de princípios, 
estão sendo relegadas. De forma objetiva, 
fiscalizar significa observar o cumprimento 
das regras e princípios impostos.
Prof. José Luís - UNIP 73
Atuação Indireta
 Os incentivos estatais ao contrário da 
fiscalização não funcionam no 
acompanhamento do mercado, mas como 
indicador da direção que devem tomar os 
agentes econômicos, sempre que o Estado 
entender por bem que a concessão de 
algum benefício, vantagem ou estímulo 
sejam necessários para desenvolver 
determinada atividade e cujo benefício seja 
público e não particular apenas, assim 
deve fazer (incentivar).
Prof. José Luís - UNIP 74
Atuação Indireta
 O planejamento funciona como um 
método de desenvolvimento de qualquer 
atividade econômica de forma eficiente. 
Portanto, não cabe apenas ao agente 
econômico privado a preocupação com o 
desenvolvimento da produção, consumo, 
tecnologia etc. O Estado também deve 
organizar a atividade econômica que 
realiza direta ou indiretamente para 
alcançar os fins propostos na ordem 
econômica.
Prof. José Luís - UNIP 75
06/08/2019
19
1.4 - Princípio da subsidiariedade e 
empresas estatais.
O Estado de alguma maneira sempre 
interveio na atividade econômica, seja 
quando ele próprio funcionou como agente 
econômico ou mediante mecanismos de 
incentivo, planejamento, fiscalização, 
regulação, normatização. 
Prof. José Luís - UNIP 76
1.4 - Princípio da subsidiariedade e empresas 
estatais.
As justificativas para a participação do 
Estado de uma forma ou de outra no domínio 
econômico devem compreender a 
capacidade técnica para desenvolver a 
atividade, o interesse público devidamente 
cumprido, o interesse econômico diretamente 
vinculado à atividade, entre outros. 
Prof. José Luís - UNIP 77
1.4 - Princípio da subsidiariedade e empresas 
estatais.
A atividade econômica na atualidade é 
realizada sempre sob alguma maneira de 
atuação do Estado.
De forma conclusiva, sobre o Estado 
brasileiro e a sua atuação na atividade 
econômica, nos termos do que prevê a 
ordem econômica constitucional, segundo 
Gilberto Bercovici (2011, p. 271-272) temos 
que:
Prof. José Luís - UNIP 78
1.4 - Princípio da subsidiariedade e empresas 
estatais.
“Não há na Constituição nenhum dispositivo 
que estabeleça que o Estado só pode atuar 
na esfera econômica em caso de 
desinteresse ou ineficiência da iniciativa 
privada, o chamado ‘princípio da 
subsidiariedade’. Pelo contrário, o texto 
constitucional deixa claro que a economia 
não é o terreno natural e exclusivo da 
iniciativa privada.(...) Não existe, no sistema 
capitalista, nenhuma incompatibilidade entre 
a economia de mercado e a atuação 
econômica estatal, pelo contrário.”
Prof. José Luís - UNIP 79
06/08/2019
20
1.4 - Princípio da subsidiariedade e empresas 
estatais.
Empresa Pública
As empresas públicas têm a sua definição dada pelo 
inciso II, do art. 5.º, do Decreto-lei 200, nos seguintes 
termos:
II – Empresa Pública – a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo da União, 
criado por lei para a exploração de atividade 
econômica que o Governo seja levado a exercer por 
força de contingência ou de conveniência 
administrativa podendorevestir-se de qualquer das 
formas admitidas em direito. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei 900, de 1969)
Prof. José Luís - UNIP 80
1.4 - Princípio da subsidiariedade e empresas 
estatais.
As sociedades de economia mista têm a sua 
definição dada pelo inciso III, do artigo 5.º do 
Decreto-lei 200, nos seguintes termos:
III – Sociedade de Economia Mista – a entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
criada por lei para a exploração de atividade 
econômica, sob a forma de sociedade anônima, 
cujas ações com direito a voto pertençam em sua 
maioria à União ou a entidade da Administração 
Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei 900, de 
1969)
Prof. José Luís - UNIP 81
1.5 Privatização ou desestatização
Anos 60 e 70 século XX, no Brasil ocorreu 
uma grande estatização (o Estado passa a 
ser proprietário ou maior acionista de 
empresas) da economia, com a criação de 
diversas empresas estatais:
 Eletrobrás (Energia Elétrica)
 Siderbrás (Siderurgia)
 Embratel (Comunicações)
 Telebrás (Telefonia)
Prof. José Luís - UNIP 82
1.5 Privatização ou desestatização
À partir da década de 80 começa o que se 
chama de Privatizações.
(Termo introduzido pela revista The Economist durante a década de 30 
sobre a política econômica adotada pela Alemanha Nazista)
Desestatização – o processo de venda de 
uma empresa ou instituição do setor público, 
que integra o patrimônio do Estado, para o 
setor privado, geralmente por leilões 
públicos.
Prof. José Luís - UNIP 83
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1.5 Privatização ou desestatização
Surge legislação para organizar a 
privatização Decreto n. 91.991 de 28/11/85.
Acontece a reprivatização de 38 empresas 
que haviam sido absorvidas pelo Estado 
principalmente em função de dificuldades 
financeiras.
Eletrosiderúrgica Brasileira (SIBRA)
Aracruz Celulose 
Caraíbas Metais
Prof. José Luís - UNIP 84
1.5 Privatização ou desestatização
Lei 8031/90 – Programa Nacional de 
Desestatização (PND) revogada pela Lei 
9491/97 –
As empresas públicas federais encarregadas 
da prestação de serviços públicos foram 
expressamente incluídas entre suscetíveis de 
privatização (art. 7º).
Prof. José Luís - UNIP 85
1.5 Privatização ou desestatização
Ressalvada a detenção pela União das 
chamadas Golden shares (ações de classe 
especial do capital social de empresas 
privatizadas, que lhe confiram poder de veto 
em determinadas matérias (art. 8) e art. 17 §
7º leis da S. A. (6404/76).
Além destas empresas foram incluidas 
siderúrgicas, fertilizantes e petroquímicas.
Usiminas (1991), Petroflex, CST e Fosfértil.
Prof. José Luís - UNIP 86
1.5 Privatização ou desestatização
No período de 1995/1996 foram privatizadas 
19 empresas.
Cia Vale do Rio Doce
Telebrás 
Eletrobrás
Prof. José Luís - UNIP 87
06/08/2019
22
1.5.1 Venda de ativos e as golden
shares na defesa do interesse estatal.
Golden Share
Em certos casos, de extrema importância 
não só política como também econômica, era 
necessária uma intervenção direta e não 
apenas fiscalizatória nas empresas.
Prof. José Luís - UNIP 88
1.5.1 Venda de ativos e as golden
shares na defesa do interesse estatal.
Seguindo o Direito Internacional, buscou-se a 
utilização de Ações de Classe Especial, 
conhecidas internacionalmente como Golden 
Shares, ou Ações de Ouro.
Prof. José Luís - UNIP 89
1.5.1 Venda de ativos e as golden
shares na defesa do interesse estatal.
A definição de termo Golden Shares do 
Direito Empresarial Brasileiro pode ser 
encontrada no artigo 17, § 7º da Lei das S.A. 
e basicamente é tratada como Ação de 
Classe Especial detida pelo poder público, 
principalmente utilizadas quando do 
desfazimento do controle acionário de 
empresa com participação estatal, de forma a 
manter-se o controle desta empresa sem 
necessariamente haver titularidade de mais 
de 50% das ações.
Prof. José Luís - UNIP 90
1.6 Evolução Histórica do Direito Econômico 
(do estado liberal ao neoliberal). 
Como já vimos:
Atribui-se o aparecimento do Direito Econômico à 
I Guerra Mundial, em razão da descoberta da 
importância da produção econômica para a eficiência 
das tropas nos campos de batalha. Tal fato 
impulsionou a regulamentação das atividades 
econômicas.
Assim, fenômenos econômicos como a atividade 
monetária, a atividade de concessão de crédito, a 
atividade laboral, entre outras, passaram a ser 
objeto de regras jurídicas.
Prof. José Luís - UNIP 91
06/08/2019
23
1.7 Serviço público e intervenção no 
domínio econômico. 
Prestação de serviços públicos
O legislador constitucional tratou da 
prestação de serviços públicos no Título 
específico da ordem econômica e financeira, 
o que faz crer que a distinção, em alguns 
casos, de atividade econômica privada e 
serviço público é extremamente sutil, pois 
ambos são atividades de satisfação de 
necessidades humanas, portanto, 
econômicas.
Prof. José Luís - UNIP 92
1.7 Serviço público e intervenção no domínio 
econômico. 
O art. 175 da Constituição de 1988 assim dispõe:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através de licitação, a prestação 
de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e 
permissionárias de serviços públicos, o caráter 
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem 
como as condições de caducidade, fiscalização e 
rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – obrigação de manter serviço adequado.
Prof. José Luís - UNIP 93
1.7 Serviço público e intervenção no domínio 
econômico. 
Caberá à Administração Pública decidir se prestará 
diretamente o serviço público, se delegará para 
uma empresa estatal, e por último se concederá 
ou permitirá a uma empresa privada a sua 
prestação. 
Como se percebe, as sociedades de economia mista 
e as empresas estatais podem atuar diretamente na 
exploração de atividade econômica sob o regime de 
direito público, quando prestar serviço público ou sob 
regime de direito privado, quando desenvolver 
atividade econômica de domínio privado.
Prof. José Luís - UNIP 94
1.7 Serviço público e intervenção no domínio 
econômico. 
A definição de serviço adequado é dada pelo artigo 
6.º da Lei 8.987/1995, nos termos:
Art. 6.º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de 
serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme 
estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo 
contrato.
§ 1.º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, 
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia 
na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 2.º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do 
equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a 
melhoria e expansão do serviço.
§ 3.º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das 
instalações; e
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da 
coletividade.
Prof. José Luís - UNIP 95
06/08/2019
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2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
O significado preciso de ordem demanda 
uma preocupação determinantemente 
técnica, pois o vocábulo alcança variados 
sentidos. 
O primeiro deles e mais comum induz a 
organização de algo. 
Assim, a atividade jurídica é determinada por 
uma necessária organização, o que parece 
óbvio, pois o Direito tem por finalidadeorganizar da melhor forma a convivência 
social.
Prof. José Luís - UNIP 96
2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
O segundo significado decorre do primeiro e 
implica os instrumentos de se dispõe para 
que se ordene algo. 
Dessa maneira, a atividade social organizada 
pelo Direito depende de instrumentos de 
estímulo e sustentação da ordem. Por fim, a 
noção técnica de ordem induz a 
determinação de certos resultados advindos 
da organização jurídica.
Prof. José Luís - UNIP 97
2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
Portanto, a ordem jurídica consiste na 
criação metódica de princípios e normas de 
natureza geral que regulam a vida em 
sociedade, sempre tendo como parâmetros 
alguns efeitos ou resultados a serem 
alcançados.
Prof. José Luís - UNIP 98
2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
A ordem econômica é uma representação 
estrutural cuja finalidade é organizar a
realização da atividade econômica em 
determinada comunidade. 
Para tal finalidade, a ordem contempla 
alguns princípios que a informam e que 
deverão circunscrever os limites da 
legislação a ser criada. 
Prof. José Luís - UNIP 99
06/08/2019
25
2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
A interpretação de qualquer norma que 
compõe a ordem econômica induzirá a um 
dos vários princípios nela previstos. 
Da mesma maneira, a ordem econômica 
existe devido a seus fins, que nela deverão 
constar expressamente.
Prof. José Luís - UNIP 100
2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
A ordem econômica, na verdade, 
corresponde também à coerência do regime 
de regras criadas para regular determinados 
aspectos da atividade econômica. De forma 
completa e direta.
Prof. José Luís - UNIP 101
2 - Ordem Jurídica e Econômica. 
A atividade econômica organizada, com estrutura, 
princípios e finalidade própria,
expressa nas normas jurídicas a noção mais simples 
e completa de ordem econômica. Dessa forma, a 
ordem econômica formalmente prevista funciona 
como um documento de grande importância para 
todos os que estiverem sob os seus efeitos, que 
poderão conhecer os interesses e as formas de 
organização do Estado diante da atividade 
econômica.
A ordem econômica serve ao Estado e a 
todo o seu povo, mas aquele é o 
responsável pela sua instituição e 
aplicação.
Prof. José Luís - UNIP 102
2.1 - Princípios Constitucionais da 
Ordem Econômica. 
A ordem econômica possui como principal 
documento a Constituição Federal, de 
forma que o seu conteúdo econômico é que 
compõe a Constituição Econômica. Num 
olhar superficial, parece que ordem 
econômica é a mesma coisa que 
Constituição Econômica, mas ambas não se 
confundem, pois a ordem econômica 
compreende outras leis que não apenas
a Constituição Federal.
Prof. José Luís - UNIP 103
06/08/2019
26
2.1 - Princípios Constitucionais da 
Ordem Econômica. 
ORDEM ECONÔMICA NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DE 1988
A Constituição vigente também é resultado 
da ideologia de sua época, de forma a 
instituir o sistema econômico nacional com 
base em uma economia descentralizada, 
portanto, o papel do mercado volta a 
representar importante controle da atividade 
econômica.
Prof. José Luís - UNIP 110 Prof. José Luís - UNIP 111
2.1 - Princípios Constitucionais da Ordem 
Econômica. 
Os fundamentos da ordem econômica – ou 
seja, a base de sustentação do sistema 
econômico – são: a liberdade de 
empreender ou de explorar a atividade 
econômica (livre-iniciativa) e a valorização 
do trabalho humano, que, de certa forma, é 
um limitador da livre-iniciativa, mas que com 
ela deve se relacionar para a construção do 
sistema econômico nacional. A existência 
digna é a principal finalidade da ordem 
econômica e existe, de acordo com o 
regulado pela Constituição, quando o objetivo 
da justiça social é alcançado.
Prof. José Luís - UNIP 112
2.1 - Princípios Constitucionais da Ordem 
Econômica. 
livre-iniciativa
A livre-iniciativa garante a liberdade de 
empreender, o que não induz a possibilidade
de empreender.
valorização do trabalho humano
o Estado cria para si uma obrigação imediata 
de criação de possibilidades de trabalho, pois 
é assim que o valoriza.
Prof. José Luís - UNIP 113
06/08/2019
27
2.1 - Princípios Constitucionais da Ordem 
Econômica. 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na 
valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência 
digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
Prof. José Luís - UNIP 114
2.1 - Princípios Constitucionais da Ordem 
Econômica. 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante 
tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus 
processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de 
pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e 
que tenham sua sede e administração no País. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre 
exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos 
públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Prof. José Luís - UNIP 115
2.1 - Princípios Constitucionais da Ordem 
Econômica. 
OBJETIVOS:
existência digna
A existência digna é medida pela quantidade de 
oportunidades proporcionadas aos indivíduos, sendo 
tratada como um dos fundamentos do próprio Estado 
brasileiro (CF, art. 1.º).
justiça social
O justiçado socialmente é o que possui os mesmos
direitos e oportunidades de usufruir os bens para a 
satisfação de suas necessidades básicas.
Prof. José Luís - UNIP 116
3 - Teoria do Pleno Emprego 
Busca do pleno emprego
Uma das maneiras de valorizar o trabalho humano é 
garantir o pleno emprego, o desemprego configura 
uma das situações de desigualdade sociais mais 
importantes.
O pleno emprego, na verdade, é uma das 
consequências da economia em pleno e eficiente 
funcionamento. 
Prof. José Luís - UNIP 117
06/08/2019
28
3 - Teoria do Pleno Emprego 
O Estado pode operar identificando situações 
econômicas que afetem determinado setor produtivo 
com consequências para o mercado de trabalho. 
Assim, como o Banco Central vende dólares 
americanos de suas reservas para manter a taxa de 
câmbio, o Estado, por intermédio de uma estrutura 
administrativa, deve intervir e criar medidas para 
proporcionar o maior nível de emprego possível. 
Em conclusão, o Estado deve estimular os agentes 
de produção econômica a proporcionar a maior 
quantidade possível de efeitos sociais, e a geração 
de empregos é um deles.
Prof. José Luís - UNIP 118
4 - Redução das Desigualdades 
Regionais e Sociais
O mandamento do princípio é o do desenvolvimento 
equilibrado das regiões brasileiras previsto, inclusive, 
como um dos objetivos fundamentais da República 
(art. 3.º da CF). O legislador parte de uma 
constatação, que é o subdesenvolvimento acentuado 
em algumas regiões brasileiras. 
A própria Constituição Federal possui institutos cuja 
finalidade é a redução das desigualdades sociais, 
como: o modelo cooperativo de federalismo, os 
fundos de participação, o planejamento e a criação 
de regiões administrativas (Gilberto Bercovici,
2005, p. 87).
Prof. José Luís - UNIP 119
4 - Redução das Desigualdades 
Regionais e SociaisO agente econômico privado, se não direcionado por 
políticas públicas que o estimulem a empreender e 
desenvolver regiões específicas, pouco poderá fazer 
para a aplicação do princípio. 
Assim, dirige-se o legislador ao próprio Poder 
Público, que identificará as regiões e criará as 
políticas de desenvolvimento econômico.
Prof. José Luís - UNIP 120
5 - Princípios Gerais da Atividade 
Econômica
Art. 170. 
1- soberania nacional;
2- propriedade privada;
3- função social da propriedade;
4- livre concorrência;
5- ambiente sustentável
5.1- Política Nacional do Meio Ambiente 
6- Ordem Urbanística
6.1- O Estatuto da Cidade
6.2- Agenda 21 – União, estados e 
municípios 
Prof. José Luís - UNIP 121
06/08/2019
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5 - Princípios Gerais da Atividade 
Econômica
5.1- Soberania Nacional
Um dos elementos do Estado para se afirmar como 
tal é a soberania, que significa que as decisões 
tomadas devem representar a vontade absoluta do 
Estado Nacional. 
A possibilidade de soberania econômica na 
atualidade é inatingível, a liberdade de escolha dos 
caminhos a serem trilhados, mesmo nos países de 
maior independência econômica, é impossível.
Prof. José Luís - UNIP 122
5 - Princípios Gerais da Atividade 
Econômica
5.1- Soberania Nacional
Na verdade, hoje, quando se fala em soberania, não se 
deve pensar em uma liberdade irrestrita de decisão, de 
organização, de determinação de seus próprios 
interesses, mas apenas de um certo grau de liberdade 
para decidir diante do cenário constituído naquele 
determinado momento. 
Para comprovar tal condição, basta a verificação dos 
grupos de pressão que motivam a criação de 
determinadas leis, como a lei de proteção dos bens que 
compõem a propriedade intelectual, ou a lei de 
recuperação de empresas e falência, no caso do Brasil. 
Assim, o jogo de interesses e principalmente de poderes 
não faz do Estado um soberano na atividade econômica.
Prof. José Luís - UNIP 123
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.2 - Propriedade privada
A propriedade privada na função de princípio 
da ordem econômica significa o 
reconhecimento dos direitos inerentes ao 
domínio da coisa, objeto da exploração e 
organização dos agentes econômicos. 
De forma objetiva, a propriedade privada 
constitui um dos pressupostos da livre-
iniciativa, qual seja, posso empregar os meus 
bens na realização de atividade econômica e 
da mesma maneira posso me apropriar dos 
resultados dessa exploração.
Prof. José Luís - UNIP 124
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.2 - Propriedade privada
Entretanto, o uso da propriedade deve 
representar a possibilidade de se alcançar os 
objetivos da ordem econômica, o que implica 
certo controle estatal em sua utilização 
econômica.
Prof. José Luís - UNIP 125
06/08/2019
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5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.2 - Propriedade privada
Como ensina Isabel Va (1992, p. 227):
“A Constituição brasileira prevê mecanismos e adota princípios 
que permitem a conciliação de interesses dos que detêm a 
maioria dos bens de produção e dos direitos fundamentais 
assegurados aos trabalhadores e à sociedade, como um todo.
Cabe às medidas de política econômica propor as necessárias 
modificações no regime das propriedades, para que possam 
cumprir, efetivamente, a sua função social de acordo com os 
princípios ideológicos que acolhem a proposta de realização de 
novos direitos econômicos e sociais.”
Prof. José Luís - UNIP 126
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.3 - Função social da propriedade
A autonomia da vontade do proprietário 
sempre conotou uma plena e absoluta 
faculdade sobre os bens de sua propriedade. 
Agora, a relação do indivíduo com a 
propriedade, que antes lhe serviu os 
interesses apenas, passa a agregar também 
o interesse social. 
Prof. José Luís - UNIP 127
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.3 - Função social da propriedade
A função social é uma função limitadora da 
autonomia privada sobre os bens, o choque 
dos interesses pessoais do proprietário com 
os interesses gerais da sociedade limitará os 
direitos daquele. 
Prof. José Luís - UNIP 128
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.4 - Livre concorrência
A ordem econômica prevista na Constituição 
requer um mercado competitivo. Assim, na 
disciplina de proteção do mercado, surge um 
bem jurídico que, praticamente, com ele se 
confunde, qual seja, a concorrência. 
Inclusive, muitas vezes, encontra-se a 
denominação “Direito da Concorrência”, o 
que não é errado, mas pouco técnico, pois na 
legislação de proteção, a concorrência não é 
o único atributo do mercado que se tutela. 
Prof. José Luís - UNIP 129
06/08/2019
31
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.4 - Livre concorrência
A concorrência, porém, é o atributo do 
mercado que ganha maior valor nas 
legislações antitrustes, a ponto de ser, sob 
certos condicionamentos, alçado como um 
bem jurídico individualmente protegido.
O princípio da livre concorrência impõe ao 
Estado abrigar uma ordem econômica
fundada na rivalidade dos entes exploradores 
do mercado. 
Prof. José Luís - UNIP 130
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.4 - Livre concorrência
Segundo esse princípio, o mercado deve ser 
explorado pela maior quantidade de agentes 
possíveis, não que se exijam quantidades 
exorbitantes de agentes, mas o Direito deve 
garantir a entrada e a capacidade de 
concorrer a quem queira explorá-lo. 
Prof. José Luís - UNIP 131
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.4 - Livre concorrência
O mercado sem concorrência geralmente 
produz, entre outros, os seguintes efeitos:
-imposição de preços;
-imposição de produtos;
-despreocupação com os custos de 
produção;
-falta de investimentos em melhora do 
produto.
Prof. José Luís - UNIP 132
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.4 - Livre concorrência
A existência de concorrência, além de 
impulsionar a eficiência do mercado, permite 
ao consumidor a faculdade de comprar aquilo 
que melhor lhe convém, o que não ocorre 
nos mercados concentrados, nos quais resta 
ao consumidor apenas a alternativa de não 
comprar. 
Prof. José Luís - UNIP 133
06/08/2019
32
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.5 - Defesa do meio ambiente
A proteção ao meio ambiente configura um 
dos princípios que bem demonstram a 
técnica legislativa utilizada na redação da 
ordem econômica na Constituição, na sua 
função de equilibrar princípios-liberdade da 
atividade econômica, como a livre-iniciativa e 
princípios-limitação da atividade econômica. 
Prof. José Luís - UNIP 134
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.5 - Defesa do meio ambiente
Entretanto, essa limitação deve ser entendida
de maneira correta, pois a proteção ao meio 
ambiente representa uma das condições 
mais importantes de desenvolvimento social. 
É claro que muitos veem a proteção 
ambiental como um grande entrave à 
atividade econômica, mas tal visão é 
errônea, o longo prazo deve ser percebido 
por quem se proponha a realizar qualquer 
análise econômica. 
Prof. José Luís - UNIP 135
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.5 - Defesa do meio ambiente
Como justifica José Afonso da Silva (1994, p. 9):
“O problema da tutela jurídica do meio 
ambiente se manifesta a partir do momento 
em que sua degradação passa a ameaçar, 
não só o bem-estar, mas a qualidade de vida 
humana, se não a própria sobrevivência do 
ser humano.”
Prof. José Luís - UNIP 136
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.5 - Defesado meio ambiente
Embora a previsão constitucional pareça 
desprovida de efetividade, 
Eros Roberto Grau (1990, p. 255-256), pondera:
“Ainda que isso não chegue a ser surpreendente, é notável o 
fato de ter a sociedade brasileira logrado a obtenção das 
conquistas sociais – que de conquistas sociais verdadeiramente 
se trata – ao menos no nível formal, da Constituição, 
consagrados. Explico-me: embora a crítica da utilização do fato 
trabalho no processo econômico capitalista seja centenária, 
ainda não foi desenvolvida, no campo teórico, de modo 
completo, a crítica da utilização, naquele processo, do fato 
recursos naturais. Daí porque a efetividade, ainda que formal, 
dessas conquistas é proporcionalmente maior do que aquelas 
que se poderia resumir na afirmação da ‘valorização do 
trabalho humano’.”
Prof. José Luís - UNIP 137
06/08/2019
33
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.5 - Defesa do meio ambiente
O Estado deve regular a exploração 
econômica tendo a defesa do meio ambiente 
como uma das mais importantes formas de 
desenvolvimento social, principalmente dos 
recursos naturais esgotáveis. 
Afinal de contas, a médio e longo prazos o 
que se fará, por exemplo, com os problemas 
resultantes das alterações climáticas?
Prof. José Luís - UNIP 138
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.5 - Defesa do meio ambiente
O direito ambiental, hoje, faz parte das 
discussões econômicas devido ao chamado 
crescimento sustentável, segundo o qual só 
há desenvolvimento se o resultado da 
produção econômica, principalmente a longo 
prazo, não venha a comprometer a existência 
de recursos naturais necessários e a própria 
possibilidade da raça humana sobreviver nos
próximos tempos. 
Prof. José Luís - UNIP 139
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6 – Ordem Urbanística
No plano do direito material, a Constituição 
Federal de 1988 (com um capítulo específico 
para a política urbana) e a Lei n.º 10.257, de 
10 de julho de 2001 (conhecida como 
Estatuto da Cidade) constituíram marcos 
históricos no tratamento da questão urbana 
no Brasil, criando novos institutos jurídicos
e conformando o direito urbanístico brasileiro 
a partir de novos paradigmas.
Prof. José Luís - UNIP 140
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
Desvelou-se um novo horizonte de 
compreensão, firmado a partir da garantia 
legal do “direito a cidades sustentáveis”, 
percebido, na forma do art. 2º, I, do Estatuto 
da Cidade, como o “direito à terra urbana, à 
moradia, ao saneamento ambiental, à 
infraestrutura urbana, ao transporte e aos 
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, 
para as presentes e futuras gerações”.
Prof. José Luís - UNIP 141
06/08/2019
34
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
“Estatuto da Cidade” é a denominação oficial 
da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, que 
regulamenta o capítulo "Política Urbana" da 
Constituição Federal, detalhando e 
desenvolvendo os artigos 182 e 183.
Seu objetivo é garantir o direito à cidade 
como um dos direitos fundamentais da 
pessoa humana, para que todos tenham 
acesso às oportunidades que a vida urbana 
oferece. 
Prof. José Luís - UNIP 142
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
Como surgiu?
O Estatuto da Cidade foi elaborado levando em conta a 
mudança, do campo para as áreas urbanas, de 80 milhões de 
pessoas entre as décadas de 40 e 80. Os movimentos sociais 
encontram, no Estatuto, variados mecanismos para o 
enfrentamento dos problemas urbanos. As cidades, marcadas 
por uma profunda desigualdade, fruto do crescimento 
desordenado, abrigam, simultaneamente, áreas planejadas, 
dotadas de infraestrutura de serviços que permitem um padrão 
de vida adequado às necessidades do mundo moderno, e 
áreas precárias, desenvolvidas fora do traçado original e 
desprovidas de condições para o atendimento das 
necessidades mais básicas de seus moradores.
Prof. José Luís - UNIP 143
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
Como surgiu?
Esse fenômeno vem provocando o agravamento do quadro de 
exclusão social, tornando mais evidentes a marginalização e a 
violência urbanas, e tem sido motivo de grande apreensão.
Históricas reivindicações populares quanto ao direito de todos 
os cidadãos á cidade se apresentaram com força ao longo da 
elaboração da Constituição Federal de 1988, assumindo 
destacado papel. A inclusão dos artigos 182 e 183, compondo o 
capítulo sobre política urbana, foi uma vitória da ativa 
participação de entidades civis e de movimentos sociais em 
defesa de oportunidades de vida digna para todos.
Prof. José Luís - UNIP 144
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
Como surgiu?
O Estatuto da Cidade surgiu como projeto de lei em 1989, 
proposto pelo então senador Pompeu de Souza (1914 - 1991). 
Entretanto, a transformação do projeto em lei deu-se apenas 
em 2001, mais de 12 anos depois, com a aprovação do 
substitutivo de autoria do então deputado federal Inácio Arruda. 
Sancionado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, 
tornou-se a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. 
Prof. José Luís - UNIP 145
06/08/2019
35
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
O Estatuto afirmou com ênfase que a política 
urbana não pode ser um amontoado de 
intervenções sem rumo. Ela tem uma direção 
global nítida: “ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da 
cidade e da propriedade urbana” (art. 2º, 
caput), de modo a garantir o “direito a 
cidades sustentáveis” (incisos I, V, VIII e X).
Prof. José Luís - UNIP 146
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
A cidade, como espaço onde a vida moderna 
se desenrola, tem suas funções sociais: 
fornecer às pessoas moradia, trabalho, 
saúde, educação, cultura, lazer, transporte, 
etc.
Mas, como o espaço da cidade é parcelado, 
sendo objeto de apropriação, tanto privada 
(terrenos e edificações) como estatal (ruas, 
praças, equipamentos, etc.), suas funções
têm de ser cumpridas pelas partes, isto é, 
pelas propriedades urbanas. 
Prof. José Luís - UNIP 147
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.1- Estatuto da Cidade
A política urbana tem, portanto, a missão de 
viabilizar o pleno desenvolvimento das funções 
sociais do todo (a cidade) e das partes (cada 
propriedade em particular).
Mas como isso será feito? Por meio da 
ordenação. Parte-se da ideia de que sem política 
urbana o crescimento urbano é desordenado e 
distorcido (inciso IV). A política urbana 
apresenta-se, assim, como indispensável para 
implementar a ordem que permitirá o “pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade 
e da propriedade urbana”.
Prof. José Luís - UNIP 148
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
A Agenda 21 pode ser definida como um 
instrumento de planejamento para a 
construção de sociedades sustentáveis, em 
diferentes bases geográficas, que concilia 
métodos de proteção ambiental, justiça social 
e eficiência econômica.
Prof. José Luís - UNIP 149
06/08/2019
36
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de 
planejamento participativo para o 
desenvolvimento sustentável do país, 
resultado de uma vasta consulta à população 
brasileira. Foi coordenado pela Comissão de 
Políticas de Desenvolvimento Sustentável e 
Agenda 21 (CPDS); construído a partir das 
diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à 
sociedade,por fim, em 2002.
Prof. José Luís - UNIP 150
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
A Agenda 21 Local é o processo de 
planejamento participativo de um 
determinado território que envolve a 
implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. 
Composto por governo e sociedade civil, o 
Fórum é responsável pela construção de um 
Plano Local de Desenvolvimento 
Sustentável, que estrutura as prioridades 
locais por meio de projetos e ações de curto, 
médio e longo prazos
Prof. José Luís - UNIP 151
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
No Fórum são também definidos os meios de 
implementação e as responsabilidades do 
governo e dos demais setores da sociedade 
local na implementação, acompanhamento e 
revisão desses projetos e ações.
Prof. José Luís - UNIP 152
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
Em resumo, são estes os principais desafios 
do Programa Agenda 21:
◾Implementar a Agenda 21 Brasileira. Passada a 
etapa da elaboração, a Agenda 21 Brasileira tem 
agora o desafio de fazer com que todas as suas 
diretrizes e ações prioritárias sejam conhecidas, 
entendidas e transmitidas, entre outros, por meio da 
atuação da Comissão de Políticas de 
Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira 
(CPDS);implementação do Sistema da Agenda 21; 
mecanismos de implementação e monitoramento; 
integração das políticas públicas; promoção da 
inclusão das propostas da Agenda 21 Brasileira nos 
Planos das Agendas 21 Locais.
Prof. José Luís - UNIP 153
06/08/2019
37
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
Em resumo, são estes os principais desafios 
do Programa Agenda 21:
◾Orientar para a elaboração e implementação das Agendas 21 
Locais. A Agenda 21 Local é um dos principais instrumentos 
para se conduzir processos de mobilização, troca de 
informações, geração de consensos em torno dos problemas e 
soluções locais e estabelecimento de prioridades para a gestão 
de desde um estado, município, bacia hidrográfica, unidade de 
conservação, até um bairro, uma escola. O processo deve ser 
articulado com outros projetos, programas e atividades do 
governo e sociedade, sendo consolidado, dentre outros, a partir 
do envolvimento dos agentes regionais e locais; análise, 
identificação e promoção de instrumentos financeiros; difusão e 
intercâmbio de experiências; definição de indicadores de 
desempenho.
Prof. José Luís - UNIP 154
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21
Em resumo, são estes os principais desafios 
do Programa Agenda 21:
◾Implementar a formação continuada em Agenda 21. Promover 
a educação para a sustentabilidade através da disseminação e 
intercâmbio de informações e experiências por meio de cursos, 
seminários, workshops e de material didático. Esta ação é 
fundamental para que os processos de Agendas 21 Locais 
ganhem um salto de qualidade, através da formulação de bases 
técnicas e políticas para a sua formação; trabalho conjunto com 
interlocutores locais; identificação das atividades, 
necessidades, custos, estratégias de implementação; aplicação 
de metodologias apropriadas, respeitando o estágio em que a 
Agenda 21 Local em questão está.
Prof. José Luís - UNIP 155
5 - Princípios Gerais da Atividade Econômica
5.6.2- Agenda 21 -GLOBAL
A Organização das Nações Unidas – ONU realizou, no Rio de Janeiro, 
em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
o Desenvolvimento (CNUMAD). A CNUMAD é mais conhecida como 
Rio 92, referência à cidade que a abrigou, e também como “Cúpula da 
Terra” por ter mediado acordos entre os Chefes de Estado presentes.
179 países participantes da Rio 92 acordaram e assinaram a Agenda 
21 Global, um programa de ação baseado num documento de 40 
capítulos, que constitui a mais abrangente tentativa já realizada de 
promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, 
denominado “desenvolvimento sustentável”. O termo “Agenda 21” foi 
usado no sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo 
modelo de desenvolvimento para o século XXI. 
A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento 
para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases 
geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social 
e eficiência econômica.
Prof. José Luís - UNIP 156
6 - O papel do Estado na Ordem Econômica
O Estado realiza atividade econômica tanto 
para suprir as suas necessidades de 
existência, quanto para o cumprimento da 
sua própria finalidade de satisfação das 
necessidades do seu povo. Toda a estrutura 
estatal serve, substancialmente, para a sua
atuação em uma das atividades sociais de 
maior relevo, qual seja: a atividade de 
satisfação de necessidades, portanto, 
econômica.
Prof. José Luís - UNIP 157
06/08/2019
38
6 - O papel do Estado na Ordem Econômica
Liberalismo
A expressão liberalismo está sempre 
vinculada com a atividade do Estado no 
domínio econômico e social. A sua 
participação mais intensa, por qualquer uma 
das atividades administrativas (serviço 
público, regulação, exploração direta ou pelo 
poder de polícia), limita a atuação livre dos 
agentes econômicos.
Prof. José Luís - UNIP 163
6 - O papel do Estado na Ordem Econômica
Intervencionismo
O Estado de alguma maneira sempre interveio na 
atividade econômica, seja quando ele próprio 
funcionou como agente econômico ou mediante 
mecanismos de incentivo, planejamento, 
fiscalização, regulação, normatização. As 
justificativas para a participação do Estado de uma 
forma ou de outra no domínio econômico devem 
compreender a capacidade técnica para desenvolver 
a atividade, o interesse público devidamente 
cumprido, o interesse econômico diretamente 
vinculado à atividade, entre outros. A atividade 
econômica na atualidade é realizada sempre sob 
alguma maneira de atuação do Estado.
Prof. José Luís - UNIP 164
6.1 - O Abuso do Poder Econômico
Os agentes econômicos, em razão até 
mesmo do seu sucesso no desenvolvimento 
da atividade econômica, podem adquirir a 
faculdade de poder interferir na conduta de 
outros agentes econômicos. 
Nesse caso, o poder econômico surge 
normalmente sem afetar, em regra, a 
atividade econômica. Mas essa faculdade de 
interferir nas decisões econômicas pode ser 
utilizada para provocar alguns resultados 
maléficos ao mercado, como a eliminação da 
concorrência.
Prof. José Luís - UNIP 165
6.1 - O Abuso do Poder Econômico
O poder econômico é fenômeno normal e 
lícito nas economias modernas. Todos os 
países possuem uma infinidade de empresas 
com grande poder econômico. 
Os problemas jurídicos apenas surgem 
quando esses agentes buscam utilizá-lo de 
forma prejudicial ao mercado.
Prof. José Luís - UNIP 166
06/08/2019
39
6.1 - O Abuso do Poder Econômico
O poder surge de uma condição de 
imposição de vontade frente a outras 
pessoas. 
O poder econômico, em termos iniciais, pode 
ser visualizado na possibilidade de um 
agente econômico poder dispor de decisões 
que influenciam consideravelmente um 
determinado mercado.
Prof. José Luís - UNIP 167
6.1 - O Abuso do Poder Econômico
Dessa forma, o estudo da legislação de 
proteção da concorrência contra o abuso 
do poder econômico inicia com a Lei de 1994 
um novo momento no Direito Econômico 
Nacional, que até então não conhecia 
pragmaticamente a disciplina jurídica da 
concorrência. 
Prof. José Luís - UNIP 168
7 – Defesa da Concorrência
Finalidade da lei contra o abuso de poder 
econômico
Art. 1.º Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro deDefesa da Concorrência – SBDC e dispõe sobre a 
prevenção e a repressão às infrações contra a 
ordem econômica, orientada pelos ditames 
constitucionais de liberdade de iniciativa, livre 
concorrência, função social da propriedade, defesa 
dos consumidores e repressão ao abuso do poder
econômico.
Parágrafo único. A coletividade é a titular dos bens 
jurídicos protegidos por esta Lei.
Prof. José Luís - UNIP 169
7 – Defesa da Concorrência
O art. 1.º da Lei 12.529/2011 cuida da finalidade da 
lei. O texto legal dispõe como finalidades da Lei 
12.529/2011, além da estruturação do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência, a prevenção e 
a repressão às infrações da ordem econômica, 
enumerando a liberdade de iniciativa, a liberdade de 
concorrência, a função social da propriedade, a 
defesa dos consumidores e a repressão ao abuso do 
poder econômico como ditames a serem seguidos, 
atribuindo a titularidade desses bens jurídicos à 
coletividade.
Prof. José Luís - UNIP 170
06/08/2019
40
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
Lei n. 12.529 de 2011.
O art. 1º formaliza o uso do termo “Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência”, e tem 
como objetivo transmitir a ideia de que os 
órgãos que integram o aparelho antitruste 
devem formar um “sistema coeso, com 
mecanismos de articulação institucional bem 
definidos, de maneira que formem um todo 
coerente, e não partes desarticuladas entre 
si”.
Prof. José Luís - UNIP 171
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
As formas de atuação preventiva e 
repressiva do Cade
O Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica atua de três formas principais: 
preventivamente, repressivamente e de 
forma educacional. 
Prof. José Luís - UNIP 172
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
Diante de uma atuação preventiva, o CADE, 
por meio do controle de concentrações, 
analisa as operações que possam ter maior 
impacto no mercado e que possam afetar a 
livre concorrência, concedendo a autorização 
para a realização dessas operações. 
Prof. José Luís - UNIP 173
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
Por outro lado, quando atua em sua forma 
repressiva, o Conselho averigua as práticas 
que visem à dominação de mercados, 
eliminação da concorrência e aumento 
arbitrário dos lucros, instaura os processos, 
decide e aplica as penalidades cabíveis.
Prof. José Luís - UNIP 174
06/08/2019
41
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
A atuação repressiva do CADE, 
especificamente quanto às infrações contra a 
ordem econômica, sofreu poucas 
modificações que surgiram com a nova lei. 
Contudo, no campo das multas, algumas 
modificações importantes foram instituídas.
Prof. José Luís - UNIP 175
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
Em linhas gerais, quanto à atuação repressiva, o 
caput do art. 36 da Lei nº 12.529/11 dispõe que 
qualquer ato, independentemente de sua forma de 
manifestação, será considerado infração contra a 
ordem econômica, desde que vise ou possa produzir 
os efeitos, ainda que não sejam concretizados, de 
“limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a 
livre concorrência ou a livre iniciativa”; “dominar 
mercado relevante de bens ou serviços”; “aumentar 
arbitrariamente os lucros” e “exercer de forma 
abusiva posição dominante”.
Prof. José Luís - UNIP 176
7.1 Princípios Básicos do Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência
De outro modo, o § 3º do mesmo artigo dispõe um 
rol exemplificativo de condutas que podem ser 
caracterizadas como infração à ordem econômica, 
desde que produzam ou possam produzir os efeitos 
anteriormente mencionados. 
Logo, conclui-se que para a caracterização da 
infração basta que qualquer conduta, ainda que não 
esteja no rol do § 3º, produza ou possa produzir a 
dominação de mercado, o aumento arbitrário dos 
lucros, prejudique, de qualquer forma, a livre 
concorrência ou livre iniciativa ou exerça abuso de 
posição dominante.
Prof. José Luís - UNIP 177
FIM
Prof. José Luís
UNIP 178

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