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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS AULA - 01 PROF. DR. MARCELO AUGUSTO AMANCIO RIBEIRÃO PRETO 2017 DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 2 PREFÁCIO Este material versa sobre aspectos relacionados com os conceitos e informações básicas de Portos e Vias Navegáveis, com ênfase especial ao transporte de cargas pelas vias navegáveis, portos e ancoradouros. O texto foi organizado e apresentado tendo como objetivo principal auxiliar o aluno da disciplina no aprendizado dos conceitos e técnicas elementares relacionados a Portos e Vias Navegáveis, supondo que seja o primeiro contato do aluno com o tema, servindo como uma referência bibliográfica básica e complementar às aulas teóricas. Este texto foi elaborado a partir de conhecimentos gerados e difundidos por intermédio de outras fontes e publicações especializadas, não se pretendendo aprofundar os tópicos além do grau de conhecimento adequado para uma disciplina semestral no nível de graduação. As obras utilizadas para a compilação deste material estão devidamente apresentadas nas referências bibliográficas no final deste material, permitindo ao aluno, consultar as obras dos autores originais na íntegra, quando necessário e para um estudo mais aprofundado de cada tema aqui abordado. Espera-se que através deste material de apoio, que os alunos consigam estabelecer os conceitos sobre vias navegáveis, obras de transporte marítimo e conceitos hidráulicos. Este material será disponibilizado em formato pdf, aos alunos da disciplina Portos e Vias Navegáveis, para que seja livre a impressão individual parcial ou integral do material. Dependendo da abrangência do tema, constam os exercícios propostos no final de cada módulo, como forma de aprendizagem e fixação dos conceitos. Boa leitura, bons estudos! Prof. Dr. Marcelo Augusto Amancio Disciplina: Portos e Vias Navegáveis UNIP – Campus Ribeirão Preto engcivilunip17@gmail.com DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 3 ASPECTOS GERAIS DO TRANSPORTE AQUÁTICO OU AQUAVIÁRIO 1–INTRODUÇÃO O transporte aquático ou aquaviário são responsáveis pelo deslocamento de pessoas e mercadorias pelos mares, oceanos, lagos, rios ou canais em navios, barcos, balsas. Ele é usado principalmente para movimentar mercadorias pesadas e volumosas em longas distâncias ou em viagens turísticas, a título de exemplo, a Figura 01 apresenta até o ano de 2015 o maior navio cruzeiro do mundo. A nível de transporte de passageiros é muito reduzida, pois esta foi substituída pelo transporte aéreo. Existem os barcos especializados, ou seja, cada um transporta um tipo de mercadoria como, por exemplo: Porta-Container, Petroleiros e Metaneiros ou regaseificador (transporta gás natural liquefeito – GNL). As Figuras de 02 a 04 apresentam, respectivamente, os exemplo de cada um destes navios. Figura 01 - Exemplo de Navio Cruzeiro Este navio tem a capacidade de transportar 5475 passageiros com um peso bruto de 227.000 toneladas. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 4 Figura 02 – Exemplo de Navio Porta-Container Este navio é o maior porta-container do mundo, capaz de carregar 18270 contêineres, possui 399 metros de comprimento, 73 metros de altura e um peso de 165.000 toneladas, velocidade máxima 46km/h. Figura 03 – Exemplo de Navio Petroleiro Este navio é o maior petroleiro do mundo, possui 458,40 metros de comprimento, peso carregado de 564.763 toneladas, velocidade máxima de 29km/h. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 5 Figura 04 – Exemplo de Navio Metaneiro O transporte aquático é a maneira mais barata, e geralmente mais lenta, de remeter qualquer mercadoria - particularmente em grandes cargueiros. Esse transporte é preferido para grandes cargas e grandes distâncias, sobretudo intercontinentais, por garantir uma ótima flexibilidade de rotas na maioria do percurso. A navegação de cabotagem, que é feita em rios ou costa marítima, é razoavelmente utilizada no contexto brasileiro. É mais lenta, porém mais barata que o transporte aéreo, rodoviário ou ferroviário na maioria dos casos. São utilizados balsas e pequenos cargueiros. O sucesso dessa navegação depende das condições geográficas da região a ser atendida e do tamanho e condições de navegação da costa marítima visada. A importância desse meio de transporte é tão considerada que o homem chega mesmo a desafiar a natureza, através de umas das maiores obras da Engenharia, que é o caso do canal do Panamá, na América Central, com 82 quilômetros de comprimento corta o país do Panamá e liga o Oceano Atlântico com o Pacífico. Neste local o relevo acidentado deu lugar a uma passagem para navios através de comportas e tanques d'água elevadiços, as Figuras de 05 a 07 apresentam detalhes do canal do Panamá. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 6 Figura 05 – Layout do canal do Panamá Figura 06 – Tanques elevadiços do Canal do Panamá DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 7 Figura 07 – Comporta do Canal do Panamá 1.1 – Divisões dos Meios de Transportes Aquáticos 1.1.1 - Transporte Fluvial ou Hidroviário: São embarcações que navegam em rios, geralmente de pequeno porte, para transportar pessoas e mercadorias. Estas embarcações podem ser barcos à vela ou a motor, utilizados para o transporte de pessoas em distâncias curtas e os barcos simples, utilizados para pesca em rios. - Vantagens e Desvantagens Além disso, é um meio de transporte pouco poluente em relação aos outros (rodoviário, ferroviário, etc.), embora seja limitado, posto que necessita das hidrovias para a navegação. Além disso, geralmente são feitos transporte regional, ou seja, não abrange o país inteiro. De tal modo, antes de ser utilizado, o rio passa por uma avaliação de especialistas que conferem se o local é apropriado para navegação (desde profundidade, relevo, largura, potencial econômico) e construção de uma hidrovia, segundo suas características próprias. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 8 1.1.2 - Transporte Marítimo São embarcações que navegam nos mares e oceanos. São maiores e mais resistentes, pois geralmente percorrem longas distâncias. Nesta categoria encontramos diversos tipos: os navios para viagens longas que transportam principalmente pessoas e são muito utilizados nas viagens de férias, os petroleiros, porta-container (transportam alimentos e mercadorias em geral) os metaneiros e ainda os navios de guerra, que transportam armas, canhões, etc. Ainda nesta categoria estão os iates que geralmente tem a finalidade de passeio e lazer. - Classificação De acordo com o itinerário realizado, o transporte marítimo pode ser: - Cabotagem: também chamado de “Transporte Costeiro”, esse tipo de transporte é doméstico, posto que é realizado somente entre os portos do território nacional. - Internacional: também chamado de “Transporte de Longo Percurso”, o nome já indica que a distância é maior, sendo esse transporte realizado entre portos nacionais e internacionais. - Vantagens e DesvantagensMesmo sendo um transporte lento, o transporte marítimo é muito utilizado para o transporte de cargas, uma vez que suporta grande quantidade e variedades de produtos, por um custo relativamente baixo, em relação a outros meios de transporte, por exemplo, o aéreo. 2 – OBRAS MARÍTIMAS E ESTRUTURAS PORTUÁRIAS Como uma ligação muito importante na cadeia de transportes, os portos têm sido uma porta de entrada e saída de mercadorias e pessoas nas grandes cidades. Os portos, na verdade, servem como uma interface entre o transporte terrestre e marítimo e são utilizados para o armazenamento e distribuição de mercadoria em geral, a granel e contentorizada, bem como para o embarque e desembarque de passageiros, tratando-se também de uma porta para o turismo. Os portos têm contribuído para o desenvolvimento sustentável de toda a indústria mundial, assegurando ligações entre parceiros económicos em todo o mundo. Outro fenómeno interessante é o desenvolvimento criado na zona do porto, contribuindo e muito para o crescimento das regiões envolventes. Em todo o caso é necessário que existam condições para a implantação de um porto numa determinada região. Para além de todos os fatores geográficos e DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 9 económicos, sendo necessário criar estruturas que possam assegurar que o porto seja um bom ponto de abrigo para privilegiar as trocas de bens, embarque e desembarque de mercadorias e passageiros. 2.1 – Tipos de Portos Os portos podem ser classificados, de uma forma geral, quanto á sua natureza, como naturais, seminaturais e artificiais. Podem ainda ser classificados quanto à sua utilização. Todos os tipos de portos serão descritos a seguir 2.1.1 - Portos Naturais Normalmente, são portos em que as obras de melhoramento das condições de abrigo e das condições de acostagem são praticamente inexistentes ou muito reduzidas, pois as condições naturais permitem a acostagem da embarcação sem dificuldades. Frequentemente são portos situados em estuários com canais de acesso permanentes e estáveis, conforme exemplo da Figura 08. Figura 08 – Porto do Rio de Janeiro – Baía de Guanabara 2.1.2 - Portos Seminaturais São assim denominados os portos localizados numa enseada ou protegidos por locais mais elevados em ambos os lados, sendo apenas necessário garantir uma proteção artificial na sua entrada. A exploração destas condições naturais aproxima-se às dos portos naturais, fazendo de locais com estas características dos mais desejáveis a este tipo de exploração, conforme Figura 09. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 10 Figura 09 – Porto de Plymouth, Reino Unido – Quebramar de proteção 2.1.3 - Portos Artificiais São portos em que as obras de acostagem devem ser providas de obras de melhoramento para as condições de abrigo e acessos para as embarcações. Normalmente surgem devido a interesses económicos, são portos protegidos dos efeitos das ondas por quebramares destacados, molhes ou como resultado de dragagens para permitir o acesso, caracterizam-se assim por uma forte intervenção humana na sua concepção, conforme Figura 10. Figura 10 – Porto de Hamburgo, Alemanha 2.1.4 – Portos de Refugio Estas estruturas podem ser utilizadas unicamente para abrigar navios numa tempestade ou servir como porto comercial. No essencial, devem permitir boas condições de amarração ou ancoragem, em segurança e de fácil acesso a partir do mar durante qualquer estado climático e de correntes marítimas, conforme Figura 11. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 11 Figura 11 – Delaware Bay, Estado Unidos 2.1.5 – Portos Militares Um porto militar ou base naval tem como objetivo acomodar navios patrulha, porta-aviões ou fragatas e servir de depósito de armamento e de bens necessários à prestação de serviços militares. Dos mais conhecidos e prestigiados destacam-se: Guantanamo (Cuba), Hampton Roads, Virgina (USA) e Pearl Harbor, Hawaii (USA). 2.1.6 – Portos Comerciais Os portos comerciais são portos dotados de equipamentos necessários à carga e descarga dos navios, garantindo ainda o seu abastecimento de bens essenciais e combustível, sendo servidos por uma vasta rede de infraestruturas viárias e apoio administrativo. Possuem autoridades aduaneiras e de fiscalização e são dotados, muitas vezes, de docas secas para reparação de navios, conforme exemplo da Figura 12. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 12 Figura 12 – Porto de Santos (São Paulo – Brasil) 3 – PANORAMA AQUAVIÁRIO BRASILEIRO A globalização da economia, associada ao aumento da competitividade internacional, está se fazendo presente de maneira incontestável, pressionando e descartando os concorrentes que têm seus custos internos elevados para o transporte e movimentação de matérias-primas e produtos acabados. Neste contexto, o transporte aquaviário constitui-se como fator indutor do desenvolvimento planejado e abrangente, interligando regiões e proporcionando a movimentação, de maneira segura e econômica, de insumos, produtos e pessoas. O Brasil possui mais de 8.500 km de linha costeira, dezessete Estados da Federação compõem essa linha de costa, contando com portos marítimos pelos quais se movimenta a quase totalidade do comércio exterior do país (navegação de longo curso), além da navegação de cabotagem entre os portos nacionais. Aos mais de 60 principais portos comerciais marítimos brasileiros, conforme Figura 13, agregam-se mais de 60 portos fluviais ou terminais hidroviários, apresentado na Figura 14, compondo um conjunto de mais de uma centena de polos multimodais de transporte públicos e privados. Segundo Antaq, entre os maiores portos marítimos brasileiros em 2012, destacaram-se o Complexo de Tubarão (ES) (110 milhões de toneladas anuais DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 13 movimentadas, ou MTPA), o Complexo de Ponta da Madeira (MA) (105 MTPA), Porto de Santos (SP) (91 MTPA), Porto de Itaguaí-Sepetiba (RJ) (57 MTPA), e Tebar de São Sebastião (SP) (51 MTPA). O maior porto fluvial em movimentação de cargas foi o de Manaus. Segundo a mesma fonte, a distribuição por tipos principais de cargas foi de: 61,32% em termos de granéis sólidos (minérios e grãos), 24,03% em termos de granéis líquidos (fundamentalmente hidrocarbonetos, derivados e produtos químicos) e 14,65% em termos de carga geral (de alto valor agregado), sendo 4,99% solta e 9,66% conteinerizada. Figura 13 – Mapeamento dos principais Portos Marítimos Brasileiro DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 14 Figura 14 – Mapeamento dos principais Portos Marítimos Brasileiro Observa-se na Figura acima que o Brasil 13646km de redes fluviais em condições de navegação, número este representativo como sendo uma das maiores redes fluviais do mundo. 4 – MOVIMENTAÇÃO DE CARGA A movimentação de cargas por via marítima envolve etapas que englobam as atividades de recepção e despacho das mercadorias no porto, a entrada e a saída de navios, a operação portuária de movimentação de cargas nas dependências do porto e os serviços complementares aos armadores e aos donos de mercadorias. Neste contexto, diferentes órgãos e entidades atuam em cada etapa e de acordo com a atividade a ser executada. A Figura 15apresenta um diagrama com a sequência de etapas e os intervenientes envolvidos. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 15 Figura 15 – Etapas de movimentação de cargas com a utilização do transporte marítimo A Etapa 1 diz respeito à chegada/saída da carga no porto, que pode ocorrer por meio do transporte rodoviário ou ferroviário. Nessa etapa, o embarcador e/ou o transportador são os responsáveis pela entrega/retirada da carga no porto. A Etapa 2 está relacionada com a movimentação da carga nas dependências do porto. Compete à Administração do Porto, entre outras atribuições previstas na Lei n.º 8.630/93, fiscalizar as operações portuárias, zelando para que os serviços se realizem com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente. As operações de movimentação terrestre, embarque e desembarque de cargas são de responsabilidade dos operadores portuários, cabendo ao OGMO administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do trabalhador portuário-avulso. No âmbito da fiscalização e controle nas dependências do porto, a Antaq atua como entidade reguladora e fiscalizadora das atividades portuárias e de transporte aquaviário. Já o Ibama, entre outras atribuições, atua na fiscalização de importações e exportações de determinados produtos para proteção da qualidade ambiental. Por sua vez, a Anvisa tem como responsabilidades fiscalizar e garantir o cumprimento da legislação sanitária brasileira, bem como do Regulamento Sanitário Internacional. Ademais, todas as mercadorias de origem agropecuária, que entram ou saem dos portos por meio da navegação de longo curso, são submetidas à inspeção do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional – Vigiagro, ligado à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As mercadorias também estão sujeitas à inspeção da Receita Federal, que realiza a fiscalização aduaneira e alfandegária para coibir a prática de contrabando e descaminho. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 16 Em relação à segurança, uma das atribuições da Polícia Federal é atuar como polícia marítima, além de efetuar o controle de imigração. Na Etapa 3 ocorre a atracação/desatracação do navio com o auxílio da praticagem e dos rebocadores. Nessa etapa, o armador, independente de ser ou não proprietário da embarcação, deve promover a equipagem do navio e demais procedimentos, disponibilizando-o apto para navegação. O armador é representado, junto às autoridades portuárias, pelo agente marítimo, que assume o gerenciamento do navio e realiza contatos com empresas transportadoras, terminais de contêineres, operadores portuários, entre outros. A Marinha, por intermédio da Diretoria de Portos e Costas, tem como algumas de suas atribuições contribuir para a segurança do tráfego aquaviário e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos no mar e águas interiores do Brasil. Ressalta-se que as atividades portuárias e os órgãos e entidades atuantes podem variar de acordo com a instalação portuária (porto organizado ou TUP), conforme o tipo de carga movimentada (carga geral, granel líquido ou granel sólido) e segundo o tipo de navegação (longo curso, cabotagem, apoio marítimo ou apoio portuário). 4.1 Navegação de longo curso no Brasil A partir do início da década de 90, a intensificação da abertura econômica brasileira e o fortalecimento do comércio exterior, bem como as mudanças promovidas pela Lei de Modernização dos Portos, contribuíram para o crescimento da movimentação de cargas por meio da navegação de longo curso. Associada às características geográficas e econômicas do Brasil, a navegação de longo curso destaca-se por sua significativa participação na movimentação de cargas no modo marítimo, apesar de ter sofrido uma ligeira queda de um comparativo de janeiro a maior de 2016 e janeiro a maio de 2017, conforme Figura 16. DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 17 Figura 16 – Movimentação de cargas por meio da navegação de longo curso - embarque e desembarque 4.2 – Natureza da Carga no Brasil Por fim, na Figura 17, observa-se que a movimentação de granéis sólidos cresceu 3,36% entre maio de 2016 e maio de 2017. No mesmo período, o crescimento da movimentação de granéis líquidos sofreu uma queda de 1,5% e as cargas por container também sofreu uma queda de 3,33% Figura 16 – Movimentação de cargas por meio da navegação de longo curso – por natureza de carga DISCIPLINA – PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista – Campus Ribeirão Preto Página 18 REFERÊNCIAS BIBLIIOGRÁFICAS ALFREDINI, P. Obras e Gestão de Portos e Costas. São Paulo, Edgard Blucher, 2015. ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, disponível em:< http://portal.antaq.gov.br/> AZEVEDO NETO. J, M et al. Manual de Hidráulica. São Paulo, Edgard Blucher, 2014. BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. Belo Horizonte: UFMG, 2014. MAGALHÃES, P. S. B. Transporte Marítimo: cargas, navios, portos e terminais. São Paulo, Aduaneiras, 2011. SILVA. J. C. S. Portos e Vias Navegáveis. UNIFIA – Departamento de Engenharia Civil, 2013.
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