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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA ____________ DO ESTADO ________________
Autos n° 
Tadeu, já qualificado, nos autos da AÇÃO PENAL que lhe move a JUSTIÇA PÚBLICA, processo em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente à presença de vossa excelência, interpor RECURSO, com fundamento no art. 581, I do Código de Processo Penal.
Requer seja o presente recebido, processado encaminhado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ............
Diante da possibilidade legal de retratação, contida no artigo 589 do CPP, requer que seja feita a retratação por Vossa Excelência, pois a referida decisão tornou a ação proposta inepta, alegando não estar presente na mesma o rol de testemunhas. Conforme a parte final do artigo 41 do CP o rol de testemunha somente se é feito se necessário, não sendo uma exigência de admissibilidade. Logo podemos observar essa inobservância do referido artigo, pedindo assim retração da decisão. 
Nesses termos,
Pede deferimento. 
(Local/data)
(nome e assinatura do advogado/nº da OAB)
RAZÕES DE RECURSO
RECORRENTE: TADEU
RECORRIDO: EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE 
PROCESSO Nº 
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
Em que pese o notório saber jurídico do meritíssimo juiz de primeiro grau, impõe-se a reforma da respeitável sentença pelas razões fáticas e de direito a seguir que passa a expor.
I – DOS FATOS
Tadeu, recorrente neste processo, foi vítima de um roubo cometido por Marta, a mesma o ameaçou simulando estar com uma faca na hora do roubo, ela subtraiu seu relógio que custa R$ 30 mil. O crime não foi presenciado por testemunhas. Após, o inquérito ser finalizado, os autos foram encaminhados para o ministério público, porém, o órgão se manteve inerte. Diante desta situação, Tadeu ofereceu queixa-crime contra Marta a denúncia tinha sido ultrapassada, sendo cabível a ação. O juiz competente, rejeitou a peça alegando que não foi competente, rejeitou a peça, alegando que não foi apresentado rol de testemunhas, considerou inepta. 
II – DO DIREITO
No que diz respeito a ação ajuizada pelo recorrente, o artigo 29 do CPP, traz a possibilidade de ajuizar a ação, quando a mesma não for intentada no prazo legal, no caso referido o Ministério Público não se pronunciou, ficou inerte de qualquer pronuncia, sendo assim, cabível a ação privada ajuizada pelo recorrente. 
 Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Diante dos fatos expostos Excelência, pode se observar que houve um equívoco na respeitável decisão. Foi considerada a ação ajuizada pelo recorrente inepta, pois a mesma não apresentou o rol de testemunhas. Mas o artigo 41 do Código de Processo Penal, em sua parte final diz que o rol de testemunhas é imposto somente se necessário, não tem previsão legal afirmando ser requisito para poder ajuizar tal ação. Sendo a decisão contrária a Lei, devendo então, ser reformada. 
Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
Analisando julgados do tribunal de Goiás, identificamos diversas decisões reafirmando o que o artigo 41 do CPP já traz. Conforme essa abaixo citada: 
STM - CORREIÇÃO PARCIAL CP 00000535320167090009 MS (STM) Jurisprudência • Data de publicação: 03/08/2016 - EMENTA AUSÊNCIA DO ROL DE TESTEMUNHAS. FACULDADE INSTRUTÓRIA. PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE. ARTIGO 400 DO CPP . APLICABILIDADE À JUSTIÇA MILITAR. Resta sanada eventual usurpação da competência do Conselho de Justiça se o Magistrado a quo submete a decisão monocrática que indeferiu a juntada de rol de testemunhas do Parquet ao CPJ-Ex que, à unanimidade, ratifica o decidido. Não cabe ao Magistrado corrigir suposta omissão do rol de testemunhas numerárias sob pena de ofensa ao Princípio da Imparcialidade, decorrente de indevida intervenção judicial capaz de afetar a estabilidade do processo. Ademais, o rol de testemunhas não é requisito essencial para o recebimento da Denúncia, sendo considerada mera faculdade instrutória da Parte. Não apresentado no oferecimento da exordial, advém a preclusão temporal. A decisão do Supremo Tribunal Federal proferida nos autos do Habeas Corpus nº 127900 consolidou que se aplica ao processo penal militar a realização do interrogatório do réu ao final da instrução criminal, conforme preceitua o artigo 400 do CPP . Correição Parcial indeferida por não se vislumbrar qualquer abuso, ato tumultuário, erro ou omissão inescusáveis no processo, devendo, entretanto, ser realizado novo interrogatório dos Réus ao final da instrução criminal, conforme determinado pela Suprema Corte. Unânime.
A doutrina também fala retrata sobre o assunto, em seu livro Guilherme Nucci, grande doutrinador do direito penal, fala que a mesma coisa que já viemos exaltando desde o início dos argumentos. Que o rol de testemunhas somente é devido somente se necessário for. 
“Rol das Testemunha: é facultativo. A obrigatoriedade, que vincula o órgão acusatório, é o oferecimento do rol na denúncia, razão pela qual, não o fazendo, preclui a oportunidade de requerer a produção de prova testemunhal. ” (Nucci, Guilherme de Souza, Código Processo Penal Comentado, 15ª ed. São Paulo: Editora Forense, 2016, pg 142.)
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer que seja reformada a referida decisão, conforme as razões de direitos expostas, mostrando ser possível e devida tal ação. Não sendo a mesma reformada, requer que o recurso seja recebido e dê providências. 
(local/data)
(nome e assinatura do advogado/nº da OAB)

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