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RESUMO DE DIP

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Sociedade internacional
Descrição = descentralizada e horizontal
Existência = multiplicação de fontes normativas
Características:
complexidade = Organizações Internacionais, Organizações Não-Governamentais, empresas transnacionais e até mesmo indivíduos.
ligação entre os Estados que encontra fundamento na vontade de cada um deles. 
s/ vínculo espontâneo que os liga; 
é a necessidade de cooperação que os une em torno de objetivos comuns. 
Comunidade Internacional
a referência que se faz é à existência de laços espontâneos que ligam os Estados em torno de objetivos em comum.
Em uma comunidade internacional, o comprometimento entre os seus membros é profundo e sua origem é natural. 
A sociedade internacional é descentralizada, predominando a coordenação e a horizontalidade das relações internacionais. 
CONCEITO DE DIP
O DIP serve pra regular Estados internacionais.
A expressão direito Internacional somente surgiu em 1780, criada por Jeremy Bentham, em oposição ao conceito de Direito Nacional. Dentro desse conceito, estaria o Direito Internacional Público, que envolve as relações interestatais. 
O direito internacional público, no momento atual, já dispõe sim de meios efetivos de sanção. Ex.: intervenções armadas autorizadas pelo Conselho da Segurança da ONU e as retaliações comerciais autorizadas pela OMC
não existe um Poder Legislativo e um Poder Judiciário com jurisdição compulsória sobre os Estados = direito internacional é desprovido de caráter jurídico. 
No Direito Internacional = existem as cortes que atuam para a solução de conflitos entre os Estados = Corte Internacional de Justiça. 
- Quanto à criminalização supranacional de determinadas condutas = com a criação do TPI = Corte de caráter permanente = destinado à punição de pessoas que pratiquem, em período de paz ou de guerra, qualquer crime contra indivíduos.
ORGANIZAÇÕES E TRATADOS INTERNACIONAIS
O DIP NUMA ERA DE TRANSFORMAÇÕES MUNDIAIS
O Direito Internacional Público tem no mundo globalizado atual. O estreitamento dos laços entre os Estados é consequência da difusão das tecnologias. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
- jus gentium (“direito das gentes”).
A origem do Direito Internacional Público está ligada ao surgimento da noção de soberania nacional, a partir do fim da Guerra dos 30 anos no século XVII e da assinatura do Tratado de Vestfália. (1648)
- O Tratado de Versalhes veio em 1919 para reafirmar a possibilidade de uma norma internacional ter força sobre nações soberanas.
Após a Segunda Guerra, surgiu a Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, responsável pela promoção do desenvolvimento desse ramo jurídico e pela sua codificação. 
A partir do século XX, o Direito Internacional, que antes se concentrava no domínio sobre terra e mar, passa a envolver o espaço aéreo.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
AS NORMAS DE DIP
- A criação das normas internacionais, obrigatórias para os Estados, é explicada a partir de duas grandes teorias: o jusnaturalismo e o positivismo. As normas estabelecidas em tratados e acordos definem como os Estados devem atuar. E, sobrevindo conflitos, a atuação de um Tribunal Internacional se torna fundamental na busca do reequilíbrio.
AS FONTES DO DIREITOR INTERNACIONAL PÚBLICO 
! O art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça: A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judiciário das Nações Unidas
Tratados 
Costumes	
Princípios Gerais de Direito
Jurisprudência e Doutrina = fontes secundárias (meios auxiliares)
OUTRAS FONTES DE DIP: 
Atos unilaterais = O princípio do estoppel dá fundamento à obrigatoriedade dos atos unilaterais. Ex.: se um Estado assume unilateralmente um compromisso, este se torna obrigatório e deve ser cumprido de boa fé. 
Decisões das Organizações Internacionais: Conselho de Segurança da ONU
Soft Law - “direito suave” = normas de eficácia jurídica limitada, que não trazem compromissos vinculantes. São de ampla utilização no âmbito do direito internacional do meio ambiente. 
Analogia(caso concreto + norma semelhante) e a equidade(considerações de justiça + caso concreto) = fontes do DIP = formas de integração das regras jurídicas. (doutrina majoritária).
FUNDAMENTOS DO DIP
a doutrina voluntarista (subjetivista) = defende que o fundamento do direito internacional = direito das gentes → é a vontade dos Estados e das organizações internacionais/ a ordem jurídica internacional é obrigatória porque os Estados e as organizações internacionais manifestaram livremente seu consentimento em a ela se submeter.
O voluntarismo = “teoria da vontade coletiva” e a “teoria do consentimento”.
doutrina objetivista = princípios e normas superiores à vontade dos Estados. 
→ valores e normas que são superiores ao ordenamento jurídico estatal e que se impõem aos Estados independentemente da sua vontade.
“pacta sunt servanda” = Convenção de Viena de 1969
!O fundamento do direito internacional possui elementos objetivistas e voluntaristas. 
- O direito internacional é obrigatório porque é baseado em normas em relação às quais os Estados manifestaram livremente o seu consentimento em obrigar-se.
! A vontade estatal não poderá violar as normas jus cogens, que se impõem sobre toda a sociedade internacional. 
!	O consentimento perceptivo da corrente objetivista significa que regras fundadas que decorrem da razão humana e a sociedade, delas não poderia prescindir. 
! O princípio pacta sunt servanda, segundo o qual o que foi pactuado deve ser cumprido, externaliza um modelo de norma fundada no consentimento perceptivo jamais no consentimento creativo .
TEORIA DO DIP
CLASSIFICAÇÃO DAS TEORIAS
A tese monista e a tese dualista
O monismo com primazia do direito interno e o monismo com primazia do direito internacional
Prática interna e prática internacional
Os sistemas de vigência do Direito Internacional na ordem interna – estudo comparado.
O MONISMO COM PRIMAZIA DO DIREITO INTERNO E O MONISMO COM PRIMAZIA DO DIREITO INTERNACIONAL
A TESE DUALISTA
PRÁTICA INTERNA E PRÁTICA INTERNACIONAL
OS SISTEMAS DE VIGÊNCIA DO DIREITO INTERNACIONAL NA ORDEM INTERNA – ESTUDO COMPARADO.
TEORIAS DO DIP X DIREITO INTERNO
MONISTA - Hegel / Kelsen
RADICAL – norma interna contraria ao DIP Prevalece a interna
b) INTERNACIONALISTA – Norma interna x DIP Prevalece DIP art. 27 Convenção de Viena = conexão com Dir. Interno, mas mantendo a distinção !!
c) MITIGADA / DIALOGADA – Moderna = conflito Dir. Interno x DIP
Prevalece a relacionada c/ DH → Princ. Dignidade Humana “Pro homine”
2ª) DUALISTA (s/ costumes)
RADICAL – Independência entre DIP x Norma Interna
Necessidade de 1 Lei Nacional p/ incorporar a Lei Internacional no sistema interno.
b)MODERADA - Recepção DIP no ordenamento interno SEM edição de Lei Nacional
Ex.: Art. 84 CF, Inc. IV, VIII 
A RELEVÂNCIA DO DIREITO INTERNACIONAL NA ORDEM JURÍDICA BRASILEIRA
Para a teoria dualista, o direito internacional e o direito interno são sistemas independentes e distintos. Uma norma de direito interno não se condiciona à norma internacional.
A teoria monista se caracteriza pela unicidade da ordem jurídica interna e da internacional. Esta teoria se dividiu em duas correntes. Uma se caracteriza pela primazia do direito internacional sobre o direito interno; e a outra pela primazia do direito interno sobre o direito internacional.
O direito internacional público se diferencia do direito internacional privado. O primeiro, conceituado anteriormente, é o conjunto de normas que regulam as relações externas (questões militares, econômicas e políticas dos Estados). O segundo se baseia na resolução de conflitos entre normas (principalmente envolvendo interesses privados).
AS NORMAS INTERNACIONAIS E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ANÁLISE DO ART. 5º,PAR. 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados,
ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
OBS: TEORIA DA SUPRALEGALIDADE
EC 45! Art. 5º § 3º da CF 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
BRASIL ADOTA !!
	 Somente os casos dos Tratados de DH, promulgados pelo Presidente da República após os trânmites normais!
JUS COJENS - conjunto de normas do DIP
	*Importância do jus cogens
	A expressão "jus cogens" (lei coercitiva ou imperativa, em latim) serve para designar, no campo do Direito Internacional, uma norma peremptória geral que tenha o poder de obrigar os diversos estados e organizações internacionais, devido à importância que sua matéria contém, sendo esta impossível de se anular. Tal norma, portanto, regula de modo decisivo o espaço jurídico internacional.Assim, caso uma determinada lei entre em conflito com uma gravada pela adoção do jus cogens, será desconsiderada em relação a esta última.
	 ACEITAÇÃO DO JUS COGENS - Convenção de Viena sobre direito dos tratados - Art. 23, Tratado de Viena.
	
	 VIOLAÇÃO DO JUS COJENS 
A restauração da ordem jurídica violada 
cessação do ilícito, se este é continuado; apresentar garantias de 
não-repetição, se as circunstâncias o requererem.
(2) a reparação do dano
A reparação ocorre basicamente de três formas: restituição, compensação e satisfação.
Os atos internacionais são institutos pertencentes ao Direito Internacional Público = normas positivas, costumes, princípios, tratados internacionais e outros elementos jurídicos que tenham por objetivos regulares o relacionamento entre países.
Os tratados, que são atos multilaterais ou bilaterais
Convenções são multilaterais ou bilaterais provenientes de conferencias internacionais. EX.: Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas; 
Ajuste complementar, normalizam a execução de outros atos internacionais; 
Memorandos de entendimento, indicam princípios gerais EX.: planos políticos, econômicos, cultural, cientifico e educacional; 
Protocolo: bilaterais/multilaterais- alteram ou modificam outros atos internacionais; 
Acordos bilaterais ou multilaterais = conduta política, econômica, comercial, cultural, cientifica e técnica.
SUJEITOS/ ATORES DO DIREITO INTERNACIONAL
CONCEITO : São sujeitos do Direito Internacional as entidades ou pessoas às quais as normas internacionais, direta e imediatamente, atribuem direitos ou impõem obrigações. Destinatários da norma de DIP.
ESTADOS 
COLETIVIDADES INTERESTATAIS/ ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 
COLETIVIDADES NÃO-ESTATAIS 
INDIVÍDUOS - (humanidade = conjunto de indivíduos)
ATORES INTERNACIONAIS Relações Internacionais
SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL	 Direito Internacional Público
OBS: Todo sujeito de direito internacional é ator internacional, mas nem todos atores internacionais são sujeitos de direito!!
ATORES TRANSNACIONAIS
COLETIVIDADES NÃOESTATAIS
A Santa Sé
a Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano, ambos com personalidades jurídicas próprias; a primeira tem natureza religiosa e o segundo tem natureza política.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Com sede em Genebra, Suíça 
Conhecida inicialmente como Comitê Internacional, tinha como função ajudar aos militares feridos. Converteu-se em Comitê Internacional da Cruz Vermelha no ano de 1876. O Comitê tem em mãos um mandato concedido pela sociedade internacional que permite proteger o Direito Internacional Humanitário, ou seja, o grupo de leis que protegem o homem em períodos de conflito bélico
Territórios sob mandato e tutela internacional
Empresas transnacionais
Organizações Internacionais
O indivíduo como sujeito internacional 
PRINCIPAIS ATORES TRANSNACIONAIS
1)O ESTADO 
Conceito: pessoa internacional; 
“O Estado, personalidade originária de direito internacional público, ostenta três elementos conjugados: uma base territorial, uma comunidade humana estabelecida sobre essa área, e uma forma de governo não subordinado a qualquer autoridade exterior” (Rezek)
a)Elementos constitutivos: Povo, Território e Governo Soberano = (Nação)
b)Surgimento do Estado : Estabelecimento /ocupação ; Conquista
c)Formação do Estado = Século XVI
i)Fundação direta. estabelecimento permanente/população em um determinado território sem “proprietário”, com a instituição de um governo permanente e organizado. Em Desuso. Ex: Libéria
ii)Emancipação:  associa-se ligeiramente ao exercício do direito à autodeterminação dos povos/detrimento de uma nação específica. 
Ex.:Treze Colônias Britânicas (precursoras dos Estados Unidos da América), declararam sua independência, rejeitando a autoridade do Reino Unido.
iii) Separação ou desmembramento – Parte da população forma outro país
Ex.: República de Nova Granada (atual Colômbia), Equador e Venezuela
iv) Fusão - quando dois ou mais Estados se reúnem e formam um terceiro. 
Ex.: Zanzibar e Tangânica, em 1964 , dando origem a Tanzânia.
d)Reconhecimento de Estado : 
Discricionário; 
Unilateral; 
Irrevogável; 
Tácito ; 
Expresso; 
Individual; 
Coletivo; 
Convenção
e)Reconhecimento de Governo : 
efetividade, controle da máquina do Estado e obediência civil; 
cumprimento das obrigações internacionais do Estado; 
surgimento do novo governo/ regras DIP (impedir o reconhecimento de um governo imposto por intervenção estrangeira).
TEORIAS MAJORITÁRIAS RELATIVAS AO RECONHECIMENTO DE GOVERNO:
1)Doutrina Tobar. MRE do Equador, Carlos Tobar (1853-1920), em 1907, a forma de evitar golpes de Estado no continente americano seria a comunidade internacional se recusar a reconhecer os governos golpistas como legítimos. 
2) Doutrina Estrada. Em 1930, o MRE do México, Genaro Estrada (1887-1937),  se um Estado não concorda com determinado governo, basta simplesmente não manter relações diplomáticas. Recepcionada na América Latina. 
f)Imunidade de jurisdição dos Estados: 
VISÃO CLÁSSICA 
IMUNIDADE ABSOLUTA. 
O Estado estrangeiro goza de imunidade total e absoluta, somente podendo ser julgado por outro Estado caso renuncie a imunidade. O Judiciário local deve declarar-se incompetente. Foi superada (no Brasil, até a década 80). 
VISÃO MODERNA
ATOS DE IMPÉRIO → HÁ IMUNIDADE ESTATAL. São os atos que o Estado pratica no exercício de sua soberania. ATOS DE GESTÃO 
→ NÃO HÁ IMUNIDADE ESTATAL. 
São os atos que o Estado pratica como se fosse um particular. Não têm relação direta com sua soberania. Ex.: aquisição de bens, atos de natureza comercial, civil ou trabalhista, que envolvam responsabilidade civil.
EXTINÇÃO E SUCESSÃO Do ESTADO
Estado surge quando falta um dos elementos constitutivos
EXTINÇÃO TOTAL = perde sua personalidade jurídica internacional. Islândia, conduzida por um plebiscito que resultou favorável à separação formal da Dinamarca, em 1944. ex.:Congo pela Bélgica em 1908
EXTINÇÃO PARCIAL = anexação, desmembramento e fusão. Áustria, da Hungria e Tchecoslováquia, que se originaram a partir do desmembramento, em 1918 Iêmen, a partir da união do Iêmen do Norte e do Iêmen do Sul pelo acordo de Saana, de 22 de abril de 1990
Incorporação - Louisiana, Texas e Alaska pelos Estados Unidos da América, em 1803, 1845 e 1867
Anexação total - Coréia ao Japão em 1910
Anexação parcial - Louisiana, Texas e Alaska pelos Estados Unidos da América, em 1803, 1845 e 1867
SUCESSÃO = quando um Estado é extinto + tratado = Novo Estado → deverá dar continuidade a esse tratado x haverá a extinção dele.
A Convenção de Viena não trata sobre o tema !
Teoria da Tábula Rasa
poderá haver a ruptura entre direitos e obrigações do Estado sucessor e sucedido. (Autodeterminação dos povos: direito reconhecido aos povos de determinar seu status político e perseguir objetivos de desenvolvimento econômico, social e cultural. 
Tratados devem ser extintos quando houver sucessão
deles.
DIREITOS DOS ESTADOS
Direito à existência - Que se expressa na faculdade que o Estado tem de poder reger seus interesses internos, proteger seu território (mesmo à força), liberdade de legislar para seus súditos e expressar sua autonomia externa.
Direito à Igualdade - Nas Assembleias Gerais das OIs, os Estados têm o mesmo voto. 
No entanto, há desigualdade na tomada de decisões no Conselho de Segurança da ONU e em outras OIs como o FMI, o BIRD, Banco Mundial e o BID. 
A outra consequência da igualdade é que nenhum Estado pode reclamar o direito de jurisdição sobre outro Estado.
Respeito Mútuo - O Estado é formado pela Nação que, por sua vez, aglomera costumes, tradições, princípios, religião e forma de exteriorização de seus próprios anseios culturais (língua, bandeira, hino, símbolos heráldicos). 
Nenhum Estado e nenhuma pessoa podem violentar esses componentes que exteriorizam os fundamentos do Estado.
Direito de defesa - Desde que injustamente agredido. A defesa que se fundamenta na autoajuda não deve ultrapassar os limites por ela fixados. Ex.: legítima defesa X contra-ataque militar.
DEVERES DOS ESTADOS
Imunidade de jurisdição - privilegiar cargos e funções voltados para o convívio das Nações, de forma que se não houvesse tal imunidade os atos praticados pelos responsáveis ficariam sempre à deriva.
Neutralidade permanente - Dever de não participação em conflitos, com exceção da hipótese de invasão de seu território, como decidiu a Suíça (desde o Congresso de Viena de 1815) e a Áustria (desde 1955, quando se tornou independente).
Não intervenção - A autodeterminação das Nações é um cânone no DIPu e representa o outro lado da moeda que se expressa na não intervenção (diplomática, armada, individual por um só Estado ou coletiva por muitos). A não intervenção está prevista na Carta da OEA (artigo 19) e na Carta da ONU (artigo 2º, nº 7) como dever das Nações.
EXCEÇÕES DE INTERVENÇÃO :
· Motivos humanitários - Quando o Estado em que se intervém adota situações de tamanha violência e discriminação a seus súditos, como na Guerra da Iugoslávia e no Massacre de Ruanda.
· Libertação de nacionais - Medida tradicionalmente tomada pelos Estados mais fortes, em relação a Estados mais fracos.
· Guerra civil - Alguns autores admitem a intervenção em caso de guerra civil, desde que sua finalidade seja para afastar o perigo de alastramento da rebelião.
· Interesses nacionais em país estrangeiro - Esse argumento, bastante controvertido, foi usado nas Américas, durante o período da descolonização e, mesmo após a Carta da ONU, os soviéticos praticaram duas intervenções (Tchecoslováquia e Hungria), para proteger seus interesses.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Decorre de dano causado aos direitos de um particular, Estado ou OIs, pelas OIs e Estados = afronta ao DIP e ocorrência de dano
Não se busca provar a intenção do dano, mas a culpa por negligência, imprudência ou imperícia, 
Ex.: falta de diligência na manutenção da segurança no território de um Estado
→ Responsabilidade objetiva = atividades perigosas. 
Ex.: como transporte de produtos perigosos, danos nucleares e derramamento de óleo. 
→ Condições para a responsabilidade internacional do Estado ou da OI: 
Dano; 
Ilicitude internacional; 
Imputabilidade. 
→ Causas de exclusão de responsabilidade : 
legitima defesa; 
participação da vítima
O Estado não pode ser autor de crime !
A responsabilidade = compensatória por prejuízo, material + moral + (lucro cessante). 
O Estado = posição que se encontrava antes do dano ocorrer.
	O Estado pode conceder proteção diplomática a seus nacionais = algum 	dano causado por Estado estrangeiro. 
Defesa perante um tribunal internacional = “endosso”.
Proteção diplomática DIFERENTE imunidade diplomática (MRE)
aos particulares = pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Nacionalidade - O Estado somente poderá endossara pretensão do seu nacional, tenha ele uma ou mais nacionalidades. Nesse caso, qualquer um dos Estados poderá endossar.
Esgotamento dos recursos internos – Em litígios envolvendo particulares e Estado estrangeiro, 
é necessário que o particular Esgote todos os recursos internos administrativos e judiciários à sua disposição no Estado estrangeiro. a prática de ilícito por particulares só levará à responsabilidade do Estado quando este falhou em prevenir ou reprimir o ato.
O Estado é responsabilizado, pelos atos praticados por aqueles representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que praticam atos funcionais que podem ser imputados ao Estado, mesmo aqueles realizados com excesso de poder.
RESPONSABILIDADE CIVIL → o Estado estrangeiro NÃO goza de imunidade de jurisdição. 
	Prevalece que, caso um Estado estrangeiro pratique um ato de gestão, ele poderá ser julgado no Brasil (poderá ser réu em um processo de conhecimento).
	Se for condenado, não poderá ter seus bens executados, salvo se renunciar à imunidade de execução.
538 do STJ: ESTADOS ESTRANGEIROS GOZAM DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA E DE INVIOLABILIDADE FÍSICA DO IMÓVEL QUE ABRIGA A MISSÃO CONSULAR. 
O ESTADO ESTRANGEIRO ESTÁ ISENTO DO PAGAMENTO DE IPTU INCIDENTE SOBRE O IMÓVEL QUE ABRIGA MISSÃO CONSULAR NO BRASIL.
	COMPETÊNCIA PARA O EXAME DE LITÍGIO ENVOLVENDO 
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO NO BRASIL = STF
Causas envolvendo Estado estrangeiro ou OI x União, Estado, DF ou Território Justiça Federal (ROC para o STJ) 
Causas envolvendo Estado estrangeiro ou OI x Município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil
Justiça do Trabalho Causas que envolvam relações de trabalho
Artigo 102, I, CF - Supremo Tribunal Federal é originariamente competente para: e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; 
O ESTADO ESTRANGEIRO COMO AUTOR NO JUDICIÁRIO DE OUTRO ESTADO 
não há posição a que um Estado acione o Judiciário de outro Estado.
Afasta todas à imunidade de jurisdição, se submete voluntariamente à jurisdição do 3º Estado 
2)-COLETIVIDADES INTERESTATAIS OU ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
********* personalidade/capacidade jurídica-outorgados pelos Estados/Membros por acordo de criação
I - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) - 26/06/1945 
* Após Segunda Guerra Mundial - 51 países substituindo a Liga das Nações.
Documento de fundação: Carta das Nações Unidas =
Atual: 192 países membros + Vaticano (observador).
Sede: Manhattan, Nova York, e possui extraterritorialidade(Agencias)
Objetivo: desenvolver o direito internacional. Países membros dialogam sobre questões internacionais para criar leis e tratados - acordos firmados para garantir interesses em comum = paz, segurança, preservação ambiental ou desenvolvimento social.
Estrutura: composta por órgãos. 
Assembleia Geral(assembleia deliberativa principal); 
Conselho de Segurança(para decidir determinadas resoluções de paz e segurança); 
Conselho Econômico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação econômica e social internacional e desenvolvimento); 
Conselho de Direitos Humanos (para promover e fiscalizar a proteção dos direitos humanos e propor tratados internacionais sobre esse tema); 
Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a ONU) 
Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal). 
ONU Línguas oficiais: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS ESPECIALIZADAS / INSTITUIÇÕES ESPECIALIZADAS
Organizações e agências das Nações Unidas que funcionam para trabalhar sobre questões específicas. 
Agência Internacional de Energia Atómica
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Banco Mundial 
Organização Mundial da Saúde. 
É por meio dessas agências que a ONU realiza a maior parte de seu trabalho humanitário. 
Exemplos: programas de vacinação em massa (através da OMS); 
prevenção da fome e da desnutrição (através do trabalho
do PAM) ;
proteção dos mais vulneráveis e dos refugiados (por exemplo, o ACNUR).
A Carta das Nações Unidas prevê que cada órgão principal da ONU pode 	estabelecer várias agências especializadas para cumprir suas funções.
Bandeira figura o emblema oficial das Nações Unidas em branco num fundo azul. 
O emblema consiste numa projeção azimutal equidistante do mapa mundo (menos a Antárctica) centrada no Pólo Norte, rodeada de ramos de oliveira. Os ramos de oliveira são um símbolo de paz e o mapa mundo representa todos os povos do mundo.
Branco e azul são as cores oficiais das Nações Unidas.
Assembleia Geral das Nações Unidas : Nova York.
ASSEMBLEIA GERAL 
é a assembleia deliberativa principal das Nações Unidas. 
Composta por todos os Estados-membros, 
reúne-se em sessão ordinária anual, no âmbito de um presidente eleito entre os países.  
APROVAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL SOBRE QUESTÕES IMPORTANTES: 
é necessária a maioria de dois terços dos presentes e votantes. 
Exemplos de questões importantes incluem: recomendações sobre a paz e segurança, eleição de membros de órgãos, admissão, suspensão e expulsão de membros e questões orçamentais. 
Outras questões são decididas por maioria de votos. Cada país membro tem um voto. 
Sala do Conselho de Segurança - NY
O CONSELHO DE SEGURANÇA 
É o responsável por manter a paz e a segurança entre as nações. 
Tem o poder de tomar decisões vinculativas que os governos-membros acordaram em realizar, nos termos do artigo 25 da Carta.
 As decisões do Conselho = Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
É composto por 15 Estados membros
. sendo cinco membros permanentes — China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos 
. 10 membros temporários. 
Os 5 membros permanentes têm o poder de veto sobre as resoluções do Conselho, mas não processual; 
Um membro permanente pode impedir a adoção, mas não é capaz de bloquear o debate de uma resolução inaceitável por ele. 
Os 10 membros temporários são mantidos em mandatos de 2 anos conforme votado na Assembleia Geral sobre uma base regional. 
A Presidência do Conselho de Segurança é girada em ordem alfabética a cada mês.
Edifício do secretariado  - Nova York, Estados Unidos.
Palácio da Paz (Vredespaleis, em neerlandês), situado na Haia,  Holanda, é conhecido como a "sede do direito internacional" por sediar o Tribunal Internacional de Justiça (que é o principal órgão judicial das Nações Unidas), o Tribunal Permanente de Arbitragem, e a Biblioteca do Palácio da Paz, reconhecida pela vasta bibliografia sobre direito internacional.
O TRIBUNAL INTERNACIONAL DE JUSTIÇA (TIJ)/ HAIA
- Principal órgão judicial da ONU 
- Fundado em 1945 pela Organização das Nações Unidas, 
- Tribunal começou a trabalhar em 1946 como sucessor da Corte Permanente de Justiça Internacional. 
- O Estatuto da Corte Internacional de Justiça: principal documento constitucional, constituindo e regulando o Tribunal de Justiça.
LOCAL: Palácio da Paz, em Haia + a Academia de Direito Internacional de Haia
Sua finalidade: é dirimir litígios entre os Estados. 
Competência: O tribunal ouve: crimes de guerra;
	 A interferência estatal ilegal, 
Casos de limpeza étnica, etc.
TRIBUNAL RELACIONADO = TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL (TPI) - 2002 
. É o primeiro tribunal internacional permanente !
. Competência: crimes mais graves do direito internacional, incluindo os crimes de guerra e genocídio. 
. O TPI funciona independente da ONU → em termos de pessoal e financiamento
. Regimento: Estatuto de Roma
Existe um "acordo de relacionamento" entre o TPI e a ONU determinando como as duas instituições devem se relacionar juridicamente.
1- O que é Responsabilidade Estatal em âmbito internacional, levando-se em conta a possível finalidade punitiva ou não dos Estados? EX.
2- Qual é a importância das Contramedidas na Responsabilidade Internacional? Ex.
3- Quem pode invocar a responsabilidade internacional de um Estado, um indivíduo, um Estado, uma OI? Quais são as hipóteses?EX.
Reunião g7 2019 ajuda internacional fere a soberania do Brasil? Comente os aspectos jurídicos de DI.

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