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TRABALHO JULIETA SAUDE PUBLICA

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MÚLTIPLA EDUCACIONAL
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
POLÍTICAS PÚBLICAS, INCLUSÃO E ASSISTENTE SOCIAL DIREITO E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
JULIETA PEDROGA LAFETA AGUIAR
SAÚDE PÚBLICA
MONTES CLAROS - MG
ABRIL/2019
JULIETA PEDROGA LAFETA AGUIAR
SAÚDE PÚBLICA
Trabalho apresentado ao Curso de pós-graduação como requisito para obtenção do título de Especialista em Educação Especial e Inclusiva.
MONTES CLAROS - MG
ABRIL/2019
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	04
2	DESENVOLVIMENTO	06
3	CONCLUSÃO	08
REFERÊNCIAS	09
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INTRODUÇÃO
A área da saúde, para os profissionais de Serviço Social é vista como um desafio profissional por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas apresentadas como demandas diárias. É necessário que esse profissional conheça as políticas que norteiam a área e as referências específicas como as principais patologias, para compreender o contexto o qual está inserido.
Segundo Martinelli (2007, p.23) o assistente social trabalha com pessoas vulnerabilizadas que pedem um gesto humano: um olhar, um sorriso, uma palavra, uma escuta atenta, um acolhimento, para que possam se fortalecer na sua própria humanidade.
Abordar sobre o profissional de Serviço Social na saúde é necessário, levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação.
O trabalho em saúde, por fazer parte do setor de serviços e ser compreendido como um trabalho que se efetiva no momento do encontro entre trabalhador e usuário, apresenta peculiaridades e o assistente social, inserido nesse processo, se apresenta como profissional que tem uma intervenção de natureza essencialmente política.
Mioto & Nogueira (2006, p. 282) evidenciamos que por estar situado no processo de trabalho coletivo em saúde, o assistente social, pautado na lógica dos direitos e da cidadania, a organização do seu trabalho “abarca os fatores de ordem política, econômica e social que condicionam o direito a ter acesso aos bens e serviços necessários para se garantir a saúde, bem como exige uma consciência sanitária que se traduz em ações operativas na concretização dos direitos.”.
DESENVOLVIMENTO
O papel das novas tecnologias da informação e comunicação junto ao provimento de uma Saúde de qualidade a toda a família
Atualmente as Tecnologias de Informação, representadas principalmente pela Informática, estão definitivamente presentes no cotidiano do mundo civilizado, sendo uma das principais alavancas do progresso da humanidade.
 Apesar de sua situação de terceiro mundo, o Brasil tem acompanhado de perto os países desenvolvidos na evolução do setor de computação e telecomunicação e atualmente seu mercado de informática se constitui num dos mais expressivos do planeta, devendo estar situados entre os cinco maiores do mundo. 
Na área de saúde também a informática tem uma forte inserção. Não há dúvidas de que a informação é fundamental para a democratização da saúde e o aprimoramento da sua gestão, para a descentralização das atividades de saúde, sua coordenação, planejamento e avaliação e viabilização do controle social sobre a utilização dos recursos disponíveis. 
Neste aspecto, o Ministério da Saúde iniciou em 1996 a organização da Rede Nacional de Informações de Saúde (RNIS) com objetivo de integrar e disseminar as informações do Sistema Único de Saúde (SUS) no país. 
Assim, “a RNIS está integrando, através da Internet, todos os municípios brasileiros, facilitando o acesso e o intercâmbio das informações em saúde” com intuito de “contribuir para a melhoria da gestão, do controle social, do planejamento e da pesquisa de gestores, agentes e usuários do Sistema Único de Saúde” (DATASUS, 2003).
Os principais influenciadores e dificuldades da implantação de novas políticas públicas de Saúde.
Lima e D'ascenzi (2013: 109) definem o verbo implementar como “levar algo a cabo, realizar, cumprir, executar”. Assim segundo Lotta (2015), a fase de implementação se relaciona à ocasião em que as políticas que já foram formuladas entram em atuação e são postas em prática.
Rua (2014: 89) sublinha que esta fase é um procedimento de vários estágios que abrange distintas decisões para o cumprimento de uma decisão fundamental, antecipadamente definida em um conjunto de ferramentas legais. Portanto conforme a autora, a implementação abarca o conjunto dos acontecimentos e atividades que ocorrem depois à “definição das diretrizes de uma política, que incluem tanto o esforço para administrá-la, como seus substantivos impactos sobre pessoas e eventos”.
A implementação de uma política, concebe uma ação pelo qual as decisões se acomodam à realidade, se ajustam a área de aplicação, se registram nas rotinas dos agentes que a implementam (FLEXOR e LEITE, 2006).
A implementação acontece na etapa da ação de políticas públicas em que as determinações de política pública se manifestam em ações. Ela é avaliada como uma das fases mais complexas “e críticas no processo de políticas para os gestores públicos – a fase em que qualquer deficiência na concepção das políticas ou quaisquer vulnerabilidades relacionadas ao ambiente externo se tornarão visíveis.
No panorama atual das políticas públicas, as definições e conceituações apresentam-se bastante diversas, mas é possível afirmar que falar de política pública é falar de Estado, de pacto social, de interesses e também de poder, envolvendo recursos, atores, arenas, ideias e negociações (VIANA; BAPTISTA, 2009). 
É nesse ponto de análise, no qual reside a relação entre os diversos sentidos de política pública com a percepção que se tem do Estado (SERAFIM; DIAS, 2012), que se reconhece a política pública como um objeto sobre o qual se lança um olhar que permite refletir sobre os diferentes interesses, cultura, poder e disputas (LACLAU apud LOPEZ; MOREIRA, 2013).
Seria simples pensar que toda política de saúde visa melhorar as condições sanitárias da população. No entanto, existem outros interesses que implicam nos rumos e no formato dessas políticas, uma vez que a sua construção perpassa pelos interesses envolvidos no âmbito do poder (COHN, 2009). É dentro desse entendimento que a análise de políticas públicas se mostra um campo complexo e dinâmico, exigindo grande conhecimento para que se possa entender e explicar o que fazem os governos, como e por que o fazem (LABRA, 1999).
A avaliação em saúde é processo complexo, que demanda ações em diferentes níveis: sobre os princípios do sistema (nível macro); sobre as modalidades de organização da oferta de cuidados (nível meso); e sobre as decisões clínicas (nível micro) (BROUSSELLE et al., 2011). 
Contudo, os atributos selecionados para a avaliação nessa esfera geralmente são relacionados a aspectos individualizados de serviços: disponibilidade e distribuição social dos recursos; efeito das ações; custos e produtividade; adequação do conhecimento técnico e científico vigente; processos de implantação; e características relacionais entre os agentes das ações (usuário-profissional, gestor-profissional e profissional-profissional) (Silva, 2010). Mesmo o aspecto relacional citado, quando presente, prioriza relações intersubjetivas estabelecidas nos processos de trabalho, grosso modo, englobando alguns dispositivos em detrimento da compreensão dos efeitos da articulação entre diferentes serviços.
Acreditamos que as redes de atenção impõem um novo desafio às análises de sistemas de saúde, sendo necessário operacionalizá-las adequadamente em práticas de avaliação e investigação se pretendemos, de modo rigoroso, compreender os processos gestados nas redes e reconhecer evidências de seus efeitos, inclusive nos princípios do sistema e nas práticas de cuidado.
Como desafios, podemos elencar aqueles referentes aos problemas de implementação, implantação, financiamento egestão do SUS, fator este que, para ser compreendido, exige uma análise mais detalhada, fazendo-se necessário um resgate do processo de construção do sistema de saúde. Também se menciona a dificuldade de alguns gestores na promoção da integração entre estados, municípios e as redes assistenciais estatais com os serviços de abrangência nacional, isso tem levado a problemas no acesso aos serviços e ao comprometimento da universalidade e integralidade (VASCONCELOS, 2005). 
CONCLUSÃO
É compromisso do assistente social insuflar a ética a cada uma das nossas ações profissionais, a fim de que nos tornemos mais humanos, humanizando nossas práticas, reconhecendo nos usuários os sujeitos de direitos que são, tencionando um contexto de cidadania e de democracia e assumir esse compromisso que só pode ser alcançado por meio de práticas interdisciplinares, traçado em uma perspectiva ética de humanização e qualidade de vida.
É exigido do profissional um continuo processo de conhecimentos através de pesquisas e intervenção profissional competente, vigorosa e crítica, baseada na Política Nacional de Saúde e no Projeto Ético Político do Serviço Social.
É considerado um desafio porque assegurar ao cidadão uma prática humana e humanizadora, na qual o valor humano, a qualidade de vida e a dignidade da morte, no caso dos pacientes fora de possibilidades terapêuticas sejam alicerces construídos e objetivos comuns para toda a equipe.
Compete ao Assistente Social também incentivar a participação dos usuários nos Conselhos de Saúde, plenárias e fóruns, espaços onde se materializa o controle social fundamental para a construção de uma nova ordem societária, mais justa e mais igualitária.
É fundamental planejar suas ações e intervenções baseadas na ética e no compromisso com o usuário. Visando a qualidade dos serviços prestados à população
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROUSSELLE, A. et al. Avaliação: conceitos e métodos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2011
COHN, A. O estudo das políticas de saúde: implicações e fatos. In: CAMPOS, G. W. S. et al. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2009. p. 219-246. 
FLEXOR, Georges and LEITE, Sergio Pereira. Analise de políticas públicas: breves considerações teórico-metodológicas. In: Relatório final da pesquisa “Avaliando a gestão das políticas agrícolas no Brasil: uma ênfase no papel dos policy-makers”. Rio de Janeiro, RJ: CPDA/UFRRJ, 2006. Disponível em: Acesso em: 20 jul. 2018.
LABRA, M.E. Análise de políticas, modos de policy-making e intermediação de interesses: uma revisão. Physis, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, dez. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311999000200008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 mar. 2019. 
LIMA, Luciana Leite and D'ASCENSI, Luciano. Implementação de políticas públicas: Perspectivas analíticas. Revista de Sociologia e Política, vol. 21, nº 48, pp.: 101-110. Curitiba, PR, dez./2013. Disponível em: Acesso em: 24 jul. 2018.
LOTTA, Gabriela Spanghero. Burocracia e implementação de políticas de saúde: os agentes comunitários na Estratégia Saúde da Família. Rio de Janeiro, RJ: Fiocruz, 2015.
MARTINELLI, Maria Lúcia. O Exercício Profissional do Assistente Social na Área da Saúde: algumas reflexões éticas. In: Serviço Social & Saúde Campinas v. 6 n. 6 p. 1−144 março 2019.
MIOTO, R. C. T.; NOGUEIRA, V. M. R. Sistematização, planejamento e avaliação das ações dos Assistentes Sociais no campo da Saúde. In: MOTA, A. E. et al. (Org.). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. São Paulo: Cortez, 2009, p. 273-303.
RUA, Maria das Graças. Políticas públicas. 3ª ed. rev. atua. Florianópolis-SC: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília-DF]: CAPES: UAB, 2014.
SERAFIM, M., DIAS, R. Análise de política: uma revisão da literatura. Cadernos Gestão Social, Salvador, v. 3, n. 1, maio 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.adm.ufba.br/index.php/cgs/article/view/213>. Acesso em: 4 Abril 2019.
SILVA, L. M. V. Conceitos, abordagens e estratégias para a avaliação em saúde. In: HARTZ, Z. M. A.; SILVA, L. M. V. (Org.). Avaliação em saúde: dos modelos teóricos à prática na avaliação de programas e sistemas de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; Salvador: EDUFBA, 2010. p. 15-40.
VASCONCELOS, Ana Maria. Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UERJ, 2005.
VIANA, L. A.; BAPTISTA, T.W.F. Análise de políticas de Saúde. In: GIOVANELLA, L. (Org.). Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Editora Fiocruz, 2009, p. 65-105.

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