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Aula Gerenciamento de resíduos biológicos 2017

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Gerenciamento de resíduos biológicos
Profa Eloisa
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS
 Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS
Obedecer a critérios técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras orientações contidas na RDC 306 da ANVISA.
RDC 306/04 - ANVISA
..\material de apoio\RDC_306_ANVISA.pdf
Geradores de Resíduos em Serviços de Saúde (RSS)
Atendimento à saúde humana e animal;
Laboratórios analíticos de produtos para saúde;
Necrotérios, funerárias, serviços relacionados a embalsamento, serviço de medicina legal;
Drogarias, farmácias, e de manipulação, distribuidora de produtos farmacêuticos, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem;
Estabelecimento de ensino e pesquisa na área de saúde, centros de zoonoses, distribuidores de produtos para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento.
RDC ANVISA n 306/04 e a Resolução CONAMA n 358/2005
Geradores de RSS
Acompanhamento do local de geração até a sua disposição final, sendo aplicável também aos resíduos de laboratório. 
Etapas:
 Caracterização, segregação, acondicionamento, tratamento, armazenamento, transporte e disposição final, concomitantemente, ao uso de equipamentos de proteção, conscientização e treinamento do pessoal para o manuseio seguro do ponto de vista de saúde pública e meio ambiente;
Gerador de RSS é considerado responsável por todas as etapas do gerenciamento, mesmo quando contrata os serviços de transporte, tratamento e disposição final dos seus resíduos, tornando-se co-responsável em caso de acidente.
Classificação dos Resíduos do Serviço de Saúde, segundo a resolução RDC 306/2004, ANVISA
Grupo A - Infectantes
 Este grupo engloba os resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos.
Grupo B - Químicos
Medicamentos , saneantes, desinfetantes, desinfestantes, substâncias para revelação de filmes usados em Raio X, resíduos contendo metais pesados, reagentes para laboratório, kits para laboratório em geral,kits para biologia molecular e outros resíduos contaminados com substâncias químicas perigosas.
Grupo C - Radioativos
Quaisquer materiais resultantes de atividades exercidas pelos laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção específicos na norma CNEN-NE 6.02-Licenciamento de Instalações Radiativas, e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista, são considerados rejeitos radioativos e devem obedecer às exigências definidas pela CNEN. 
Grupo D - Comum
Resíduos que não apresentam risco biológico, químicos ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Grupo E - Perfurocortantes
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas, todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório e outros similares.
Manejo
O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados. 
Deve focar os aspectos intra e extra-estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final.
Segregação
Deve ser implantada no local de geração do resíduo, separando as frações infecciosas e perigosas das não-infecciosas e não-perigosas, o que permite a reutilização, recuperação ou reciclagem de alguns resíduos.
Correto destino final do resíduo.
Minimização dos riscos:
redução do volume total ou da toxicidade do resíduo gerado, antes de submetê-lo a tratamento ou descartá-lo. 
Segregação na Origem
As vantagens de praticar a segregação na origem são:
O redução dos riscos para a saúde e o ambiente, impedindo que os resíduos potencialmente infectantes ou especiais, que geralmente são frações pequenas, contaminem os outros resíduos gerados no hospital;
O diminuição de gastos, já que apenas terá tratamento especial uma fração e não todos;
O aumento da eficácia da reciclagem.
Acondicionamento dos resíduos
Os resíduos segregados devem ser propriamente acondicionados para o armazenamento temporário até o tratamento, transporte ou disposição final. 
 Associação Brasileira de Normas Técnicas — ABNT, na NBR-12.807
É o ato de embalar os resíduos de serviço de saúde — RSS,em recipientes, para protegê-los de risco e facilitar o seu transporte, devendo ser executado no momento da sua geração, no seu local de origem ou próximo, e com a correta identificação.
Transporte Interno
Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. 
Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.
Armazenamento temporário
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. 
Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
Armazenamento temporário
A área destinada à guarda dos carros de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas, laváveis e resistentes ao processo de descontaminação utilizado. O piso deve, ainda, ser resistente ao tráfego dos carros coletores. 
Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “Sala de Resíduos”.
Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível, serem submetidos a outro método de conservação.
O armazenamento de resíduos químicos deve atender à NBR 12235 da ABNT.
Tratamento dos resíduos
Com o objetivo de reduzir os riscos e facilitar a sua disposição final, os resíduos podem ser submetidos a processos, técnicas ou métodos de tratamento que alterem seu caráter ou sua composição, considerando a manipulação e custo.
Estes procedimentos podem ocorrer no próprio local de geração ou externamente, sendo aplicáveis tanto aos resíduos químicos como aos infectantes.
30
Tratamento dos resíduos
A esterilização consiste no uso de procedimentos físicos ou químicos para destruir todas as formas de vida microbiana, incluindo o elevado número de esporos bacterianos altamente resistentes. 
Mais rigoroso – probabilidade de um microrganismo sobreviver é de um em um milhão.
Garantia de “esterilidade”
Tratamento de resíduos Esterilização
Tratamento dos resíduos
A desinfecção elimina todos os microrganismos reconhecidamente patogênicos, mas não todas as formas microbianas (príons e esporos bacterianos) em objetos inanimados.Processo menos letal que a esterilização.
Tratamento dos resíduos
A seleção do método de tratamento ou descontaminação depende de algumas variáveis:
a) Natureza do item a ser descontaminado.
Quanto mais áspera a superfície, maior o tempo de contato requerido;
b) Número de microrganismos presente. 
O número de microrganismos determina o tempo necessário para que a descontaminação ocorra;
c) Resistência dos microrganismos.
 príons, esporos bacterianos, microbactérias, vírus hidrofílicos, fungos, bactérias vegetativas e vírus lipofílicos
Mais resistente
Menos resistente
Tratamento de resíduos
d) Tipo e concentração do descontaminante a ser utilizado.
Ex: álcool = A concentração ótima varia entre 70% e 90%
e) Presença de matéria orgânica. 
Sangue e derivados, outros fluidos biológicos e fezes contêm quantidade significativa de proteínas que se podem ligar, inativar ou retardar a ação de alguns desinfetantes
Ex: na presença de proteínas, maior concentração do desinfetante e maior tempo de contato são necessários para obter a descontaminação total. 
f) Duração da exposição e temperatura. 
Quanto maior o tempo de contato entre o resíduo infectante e o processo de descontaminação adotado, maior a eficiência.
Autoclave (esterilização por calor úmido)
Autoclavação
A descontaminação ocorre pela exposição do resíduo infectante a alta temperatura e alta pressão. 
Se o tempo de contato for suficiente, inativará a maioria dos microrganismos. 
Para os esporos bacterianos, a temperatura mínima é de 121 o C.
O tempo de contato teórico é de 20 minutos a 121 o C ou de cinco minutos acima de 134 o C.
Autoclave
 Os recipientes devem apresentar boa permeabilidade aos vapores e ser dispostos de modo a permitir a livre circulação dos vapores. 
Indicadores biológicos, como os esporos do Bacilus subtilis ou Bacillus stearothermophilus, podem ser utilizados para avaliar a eficiência da descontaminação.
 Inapropriado para o tratamento de peças anatômicas e de carcaças de animais.
Estufa de esterilização (calor seco)
O equipamento utilizado é o Forno de Pasteur, usualmente conhecido como estufa. 
A esterilização é gerada através do aquecimento e irradiação do calor, que é menos penetrante e uniforme que o calor úmido. Desta forma requer um tempo de exposição mais prolongado e maiores temperaturas, sendo inadequado para tecidos, plásticos, borrachas e papel. 
Este processo é mais indicado para vidros, metais, pós (talco), ceras e líquidos não aquosos (vaselina, parafina e bases de pomadas).
Desinfecção Química
A desinfecção química é mais adequada para o tratamento de resíduos líquidos, como o sangue, urina e efluentes hospitalares. 
A escolha inicial do desinfetante químico depende da resistência do microrganismo.
As substâncias mais utilizadas como desinfetantes são os aldeídos, compostos à base de cloro, sais de amônio e compostos fenólicos.
O uso de equipamentos de proteção individual (jaleco, luvas e óculos) é requerido durante a manipulação destas substâncias.
Mecanismo de ação de alguns desinfetantes e esterilizantes
Álcoois
Mais empregados – etanol e isopropanol a 70%
Desnaturação de proteínas
Coagulam ou precipitam proteínas no soro, pus e outros materiais biológicos, que podem proteger os microrganismos do contato direto com o álcool
Inibição da produção de metabólitos essenciais à divisão celular
Formaldeídos e glutaraldeídos
Alteração dos ácidos nucléicos e da síntese proteína
Compostos liberadores de cloro ativo
Combinação com proteínas de membrana celuar; formação de compostos tóxicos; inibição de reações enzimáticas (????)
Compostos quaternários de amônio
Inativação de enzimas responsáveis pelos processos de produção de energia, desnaturação de proteínas celulares essenciais e ruptura de membrana celular
Mecanismo de ação de alguns desinfetantes e esterilizantes
Peróxido de Hidrogênio 
Produção de radicais hidroxila – incapacidade de sobrevivência microbiana
Ácido Peracético
Desnaturação de enzimas e proteínas; aumenta a permeabilidade da parede celular
Radiação
Radiações gama (por exemplo, 60 Co) podem ser utilizadas na descontaminação dos materiais sensíveis ao calor. 
A eficácia deste tratamento depende da penetração dos itens tratados pelos raios gama e, portanto, da densidade da substância a ser tratada, bem como, da potência da fonte de irradiação.
Radiação
As microondas são bastante utilizadas na descontaminação de resíduos biológicos em muitos países. 
A maioria dos microrganismos é destruída pela ação das microondas à freqüência de 2.450MHz e comprimento de onda de 12,24nm.
Radiação
A radiação ultravioleta (UV), tem um poder de penetração limitado, sendo eficaz na redução da contaminação do ar e de superfície
Incineração
A incineração é um processo de oxidação a elevada temperatura que reduz resíduo orgânico e combustível a inorgânicos, com significativa redução do peso e volume. 
É um processo selecionado para tratar resíduos que não podem ser reciclados ou reutilizados ou disposto nos aterros sanitários, como as carcaças de animais e resíduos de material anatômico.
Tratamento dos resíduos
Tratamento dos resíduos
Tratamento dos resíduos
Tratamento de Resíduos
Tratamento de resíduos
Armazenamento Externo
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
Coleta e Transporte externos
Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.
A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.
Disposição Final
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97
Aterro sanitário
Liberação na rede de esgoto 
Liberação para a atmosfera
Disposição final
Os resíduos pertencentes ao grupo A (resíduos biológicos) deverão ser encaminhados para disposição final em vala séptica ou em célula especial de aterro sanitário, devidamente licenciado em órgão ambiental competente.
Resíduos não-infectantes e substâncias químicas inócuas — as que não apresentam características de inflamabilidade, corrosividade,reatividade, toxicidade e patogenicidade, e não estão listadas como perigosas — podem ser dispostos como lixo comum ou na via hídrica.
Disposição final
Os resíduos do grupo B (natureza química) só podem ser encaminhados para aterro sanitário de resíduos urbanos (resíduos comuns), se o seu produto final for liberado por órgão ambiental competente. 
Os resíduos de serviços de saúde classificados como do grupo D (resíduos comuns) devem ser encaminhados para aterro sanitário de resíduos urbanos (resíduos comuns), devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente.
Referência Bibliográfica
Cap 7 e 8 - MASTROENI MF. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2ª edição, Editora Ateneu, 2005.
Cap 4 - HIRATA MH ; MANCINI FILHO J. Manual de biosseguranca. Editora: Manole, 2002 
..\material de apoio\manual_gerenciamento_residuos.pdf
..\material de apoio\Manual Biosseguranca 1.pdf

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