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Aula 06 Direito Administrativo p/ Polícia Civil-PA (Delegado) - Com videoaulas Professor: Daniel Mesquita 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita AULA 06: provimento, vacância, remoção, e redistribuição; SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO À AULA 06 1 2. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 2 2.1 ESTABILIDADE, ESTÁGIO PROBATÓRIO E PERDA DO CARGO 4 2.2 ESTÁGIO PROBATÓRIO 9 2.3 FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 13 2.4 VACÂNCIA 38 2.5 REMOÇÃO 39 2.6 REDISTRIBUIÇÃO 42 3. RESUMO DA AULA 43 4. QUESTÕES 48 1. REFERÊNCIAS 51 1. � ��� ? ? Bem vindos à nossa aula 06, sobre o Direito Administrativo para o concurso do PCPA- Delegado. Nesta aula abordaremos a matéria ³8 Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado do Pará (Lei nº 5.810/94): provimento, vacância, remoção, e redistribuição;´� 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Essa aula foi inteiramente atualizada e bombada de informações relevantes para a sua prova! Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera da prova! Chega de papo, vamos a luta! 2. �� À �����ï A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão instituir, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da Administração Pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Veja o art. 39 da CF: Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime para determinada ordem política. Esse dispositivo foi alterado pela EC 19/98, para afirmar que não era obrigatório o regime jurídico único, passando a admitir diversos regimes jurídicos distintos para os servidores de um mesmo ente público (União, Estados e Municípios). Com isso, a definição do regime dependia da previsão da lei de criação de cada um dos cargos. Importante ressaltar que essa escolha de regime só era permitida às pessoas jurídicas de direito público, devendo os servidores das Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita pessoas jurídicas de direito privado submeter-se ao regime da CLT necessariamente. Contudo, o Supremo Tribunal Federal, no dia 2 de agosto de 2007, concedeu medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até decisão final da ação, a eficácia da nova redação do dispositivo para manter a redação original da Constituição, conforme transcrito acima. Assim, atualmente, a possibilidade de regime múltiplo, de escolha de regime jurídico distinto para cargos na mesma pessoa jurídica, também já não é mais possível, ao menos por enquanto. Os atos praticados com fundamento em leis eventualmente editadas no período compreendido entre a promulgação da EC 19/98 e a declaração de inconstitucionalidade pelo STF devem ser considerados válidos, até o julgamento definitivo da ADIN, pois o Supremo Tribunal decidiu com efeitos ex nunc, ou seja, a decisão de inconstitucionalidade proferida pelo STF não anula os atos embasados por leis editadas anteriormente com fundamento na redação do art. 39, dada pela EC 19/98. O regime jurídico único e geral dos servidores civis no âmbito da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado do Pará é regulado pela Lei n. 5.810/94��GHQRPLQDGD�³(VWDWXWR� dos Servidores Públicos Civis do Pará´. Vamos entrar, a partir de agora, fundo na Lei n. 5.810/94. LEMBRETE IMPORTANTE!!! Em relação ao regime estatutário, não se esqueça que o STF já reconheceu não existir direito adquirido à manutenção do regime jurídico, ou seja, ressalvadas as pertinentes disposições constitucionais impeditivas, o Estado pode alterar, por edição de uma lei, o regime jurídico de seus servidores, inclusive suprimindo benefícios e vantagens. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2.1 Estabilidade, estágio probatório e perda do cargo A estabilidade tem como finalidade principal assegurar aos ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo uma expectativa de permanência no serviço público, desde que adequadamente cumpridas suas atribuições. Consiste em uma garantia constitucional de permanência no serviço público (e não no cargo). Efetividade x Estabilidade x Vitaliciedade: Como orienta a própria jurisprudência do STF, não há que se confundir efetividade com estabilidade. Aquela é atributo do cargo e não do servidor público, referindo-se à forma de provimento dependente de concurso público; trata-se de uma das condições para que o servidor adquira a estabilidade. Já a estabilidade (atributo do servidor) é aderência, integração no serviço público, depois de preenchidas determinadas condições fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de tempo. O servidor estável pode ser desligado do cargo por meio de processo administrativo em que assegurado o contraditório, por decisão judicial, por avaliação periódica de desempenho ou por excesso de despesa com pessoal (RE 167.635, STF ± Segunda Turma, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ: 07.02.97). Ainda, a vitaliciedade não se confunde com os institutos mencionados, sendo uma garantia de permanência no serviço público mais segura do que a estabilidade, já que o agente público só pode ser desinvestido por processo judicial transitado em julgado. É assegurada a alguns agentes públicos selecionados em razão da 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita natureza o cargo que ocupam, como, por exemplo, os Magistrados, Membros do MP, Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas. 1) Segundo entendimento sedimentado na Súmula nº 11 do STF, a vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o funcionário em disponibilidade, com todos os vencimentos. 2) Além disso, a Súmula nº 36 do STF estabelece que o servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade. 3) 6~PXOD�Q����GR�67)��³'HVPHPEUDPHQWR�GH�VHUYHQWLD�GH�MXVWLoD�QmR�YLROD�R�SULQFtSLR�GH�YLWDOLFLHGDGH�GR�VHUYHQWXiULR�´ Você sabia que existem duas modalidades de estabilidade no serviço público? Não!? Então preste atenção nelas: a) a prevista no art. 41 da CF, cuja condição primordial para sua aquisição é a nomeação em caráter efetivo por meio de concurso público; b) a prevista no art. 19 do ADCT, que é um favor concedido àquele servidor titular de cargo ou emprego admitido sem concurso público há pelo menos cinco anos continuados antes da promulgação da Constituição, não se admitindo o cômputo do tempo prestado em entes diferentes (OBS: não se aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão). (VVH�p�R�IDPRVR�³WUHP�GD�DOHJULD´���� Porém, vamos ater nossos estudos na primeira modalidade, já que a segunda é uma situação anômala. A redação original do art. 41 da Constituição Federal previa que eram estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público. Assim, abrangia os 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita servidores da Administração Pública direta, autárquica e fundacional, pessoas jurídicas de direito público, independentemente de serem eles titulares de cargo público ou emprego público. Porém, não abrangia os empregados de entes governamentais de direito privado. Isso não vale mais!!! Por isso risquei as expressões acima! Com o advento da EC nº 19, de 04.06.1998, o referido dispositivo foi alterado e passou a abranger somente os servidores titulares de cargo público, ou seja, dessa data em diante, os empregados públicos, mesmo que admitidos por meio de concurso, não têm mais direito à estabilidade. Portanto, Somente os servidores titulares de cargos de provimento efetivo nomeados em virtude de concurso público podem adquirir estabilidade. O exercício de cargos em comissão não gera direito a estabilidade. Além disso, a partir da EC nº 19/1998, a estabilidade passou a ser conferida somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos apenas. E como ficou a situação de quem tinha dois anos completos na data da promulgação da EC 19/98 ou os que tinham emprego público e não cargo, professor? O art. 28 da EC nº 19/98 assegurou aos servidores, nesse caso, titulares de cargo e emprego públicos, em estágio probatório na data de sua edição, o direito de adquirir a estabilidade com somente dois anos de exercício, conforme garantia a redação original do art. 41 da CF. Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além da prévia aprovação em concurso público. A partir da EC nº 19/1998, passou a ser condição para a aquisição da estabilidade a aprovação do servidor em uma avaliação especial 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita de desempenho feita por comissão instituída para esse fim (art. 42, §4º, CF). OBS: o STJ já teve oportunidade de decidir que é pressuposto dessa avaliação especial de desempenho o efetivo exercício do cargo, não se computando períodos de afastamento. Essa avaliação tem como objetivo exaltar a eficiência dos servidores públicos, devendo observar as regras previstas na lei de cada carreira. Importante lembrar também que, conforme orientação do STJ, a falta de norma regulamentadora não pode impedir o servidor de adquirir o seu direito. A partir do acréscimo desse §4º ao art. 41, CF, pela EC nº 19/98, podemos afirmar que não existe mais no Brasil a possibilidade de aquisição de estabilidade por mero decurso de prazo, como anteriormente era a regra. A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade: 1. concurso público; 2. cargo público de provimento efetivo; 3. três anos de efetivo exercício; 4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica- se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 1. sentença judicial transitada em julgado; 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2. processo administrativo, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa; 3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica, na forma de lei complementar, assegurados também o contraditório e a ampla defesa; 4. excesso de despesa com pessoal. A dispensa por excesso de despesa com pessoal pode ser feita indiscriminadamente? Não! Somente se as medidas de redução, em pelo menos 20%, das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e de exoneração dos servidores não estáveis não forem suficientes para assegurar a adequação das despesas aos limites fixados na lei complementar poderá, então, o servidor estável perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Nesse caso, conceder-se-á ao servidor exonerado uma indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço e torna-se obrigatória a extinção do cargo por ele ocupado, vedando-se a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos. Em todas as hipóteses de extinção do vínculo com a Administração, o ato deve ser cuidadosamente motivado e observado o devido processo legal, já que atinge diretamente a órbita do servidor, devendo ele ter direito a contraditório e ampla defesa. Caso contrário, a 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita dispensa representará ato arbitrário, ilegal, devendo ser objeto de anulação. 2.2 Estágio probatório O estágio probatório (em algumas carreiras, denominado estágio confirmatório) e a estabilidade são institutos jurídicos distintos. A estabilidade é um direito constitucional para quem possui cargo público efetivo e será adquirida após três anos de efetivo exercício. A aprovação no estágio probatório é um dos requisitos para aquisição da estabilidade, não se confundindo os institutos. No estágio probatório são realizadas avaliações periódicas para avaliar se o servidor se adaptou ao serviço público ou não. Nessas avaliações, serão analisadas sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: 1) assiduidade; 2) disciplina; 3) capacidade de iniciativa; 4) produtividade; 5) responsabilidade. O Superior Tribunal de Justiça (MS 12.523) sedimentou o entendimento de que o período do estágio probatório deve ser o mesmo da estabilidade,ou seja, 3 (três) 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita anos. Apesar de serem institutos diferentes, buscam o mesmo objeto, devendo, portanto, ter o mesmo tratamento. Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores expostos acima. Se o servidor for reprovado no estágio probatório (ou experimental), caberá exoneração de ofício, desde que assegurado ao interessado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado pelo STF (AI 623854). Para os servidores públicos que estão durante o período de prova, durante o estágio probatório, a dispensa deve ser motivada e observado sempre o devido processo administrativo, respeitados o contraditório e a ampla defesa, sob pena de nulidade do ato. CUIDADO!!! E se o servidor não aprovado no estágio probatório for estável??? Ele será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. Se esse cargo encontrar-se provido, o servidor será aproveitado em outro. Conforme entendimento do STF, a simples circunstância do servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período superior a 30 dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas (RE 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 226966/RS, STF-Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento: 11.11.2008, DJe: 157, 21.08.2009). Vale lembrar, ainda, que, com base na Súmula nº 22 do STF, o estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo. Antes de ir para as questões, leia com atenção os seguintes dispositivos da Lei n. 5.810/94, relativos ao estágio probatório: 6HomR�9�-�'R�(VWiJLR�3UREDWyULR $UW������$R�HQWUDU�HP�H[HUFtFLR��R�VHUYLGRU�QRPHDGR�SDUD�R�FDUJR�GH� SURYLPHQWR�HIHWLYR�ILFDUi�VXMHLWR�D�HVWiJLR�SUREDWyULR�SRU�SHUtRGR�GH�WUrV� DQRV��GXUDQWH�RV�TXDLV�D�VXD�DSWLGmR�H�FDSDFLGDGH�VHUmR�REMHWR�GH�DYDOLDomR� SDUD�R�GHVHPSHQKR�GR�FDUJR��REVHUYDGRV�RV�VHJXLQWHV�IDWRUHV���15� ,�-�DVVLGXLGDGH� ,,�-�GLVFLSOLQD� ,,,�-�FDSDFLGDGH�GH�LQLFLDWLYD� ,9�-�SURGXWLYLGDGH� 9�-�UHVSRQVDELOLGDGH� ���4XDWUR�PHVHV�DQWHV�GR�ILQGR�SHUtRGR�GR�HVWiJLR�SUREDWyULR��VHUi� VXEPHWLGD�j�KRPRORJDomR�GD�DXWRULGDGH�FRPSHWHQWH�D�DYDOLDomR�GR� GHVHPSHQKR�GR�VHUYLGRU��UHDOL]DGD�GH�DFRUGR�FRP�R TXH�GLVSXVHU�D�OHL�RX�UHJXODPHQWR�GR�VLVWHPD�GH�FDUUHLUD��VHP�SUHMXt]R�GD� FRQWLQXLGDGH�GH�DSXUDomR�GRV�IDWRUHV�HQXPHUDGRV�QRV�LQFLVRV�,�D�9�GHVWH� DUWLJR� ���2�VHUYLGRU�QmR�DSURYDGR�QR�HVWiJLR�SUREDWyULR�VHUi�H[RQHUDGR�� REVHUYDGR�R�GHYLGR�SURFHVVR�OHJDO� ���2�GLVSRVWR�QR�³FDSXW´�GHVWH�DUWLJR�QmR�VH�DSOLFD�DRV�VHUYLGRUHV�TXH�Mi� WHQKDP�HQWUDGR�HP�H[HUFtFLR�QD�GDWD�GH�SXEOLFDomR�GHVWD�/HL��TXH�VH� VXMHLWDP�DR�UHJLPH�DQWHULRU��15� $UW������2�WpUPLQR�GR�HVWiJLR�SUREDWyULR�LPSRUWD�QR�UHFRQKHFLPHQWR�GD� HVWDELOLGDGH�GH�RItFLR� $UW������2�VHUYLGRU�HVWiYHO�DSURYDGR�HP�RXWUR�FRQFXUVR�S~EOLFR�ILFD�VXMHLWR�D� HVWiJLR�SUREDWyULR�QR�QRYR�FDUJR� 3DUiJUDIR�~QLFR��)LFDUi�GLVSHQVDGR�GR�HVWiJLR�SUREDWyULR�R�VHUYLGRU�TXH�WLYHU� H[HUFLGR�R�PHVPR�FDUJR�S~EOLFR�HP�TXH�Mi�WHQKD�VLGR�DYDOLDGR���15� 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1. (VUNESP-2014-TJ-PA-Auxiliar Judiciário) Estabelece o Regime Jurídico Único (Lei n.º 5.810/94) que, para fins de aprovação no estágio probatório, serão observados os seguintes fatores: a) obediência, atenção, capacidade de iniciativa, resultado da atividade do servidor. b) assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. c) urbanidade, presteza, inteligência, iniciativa e produtividade. d) senso ético, absenteísmo, civismo, assiduidade e produtividade. e) meticulosidade, subordinação, bom comportamento, adaptação e responsabilidade. $�OHL�GL]�TXH DR�HQWUDU�HP�H[HUFtFLR��R�VHUYLGRU�QRPHDGR�SDUD�R� FDUJR� GH� SURYLPHQWR� HIHWLYR� ILFDUi� VXMHLWR� D� HVWiJLR� SUREDWyULR� SRU� SHUtRGR�GH�WUrV�DQRV��GXUDQWH�RV�TXDLV�D�VXD�DSWLGmR�H�FDSDFLGDGH�VHUmR� REMHWR� GH� DYDOLDomR� SDUD� R� GHVHPSHQKR� GR� FDUJR�� REVHUYDGRV� RV� VHJXLQWHV�IDWRUHV�� x $VVLGXLGDGH� x 'LVFLSOLQD� x &DSDFLGDGH�GH�LQLFLDWLYD� x 3URGXWLYLGDGH� x 5HVSRQVDELOLGDGH� Gabarito: Letra ³B´. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2.3 Formas de provimento dos cargos públicos Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido o cargo público, com a designação de seu titular; é atribuir um cargo a uma determinada pessoa. Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou de provimento em comissão. E como será feito o provimento do cargo público?? Mediante ato da autoridade competente de cada Poder. São várias as formas de provimento, veremos todas as previstas na Lei n. 5.810/94. Mas, saiba desde já que a forma originária de provimento é a nomeação. Assim, nunca perca de vista essa relação: PROVIMENTO ± NOMEAÇÃO! Depois que você é nomeado para um cargo público é que você vai ser investido nesse cargo e essa investidura se dá com a posse. INVESTIDURA ± POSSE! Não esqueça e não confunda!!! Com a nomeação tem-se o provimento e com a posse faz-se a investidura!!! Sobre a nomeação quero destacar a repercussão geral sobre o direito à nomeação de candidato aprovado fora do número de vagas. Veja o posicionamento do STF Recurso Extraordinário (RE) 837311: 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ³2�VXUJLPHQWR�GH�QRYDV�YDJDV�RX�D�DEHUWXUD�GH�QRYR�FRQFXUVR� para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: 1 ± Quando a aprovaçãoocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; 2 ± Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; 3 ± Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração QRV�WHUPRV�DFLPD�´ Sobre esse julgado você precisa saber que: O candidato dentro do prazo de validade do concurso tem direito a nomeação, mas só se ocorrer preterição arbitrária e imotivada por parte da Administração. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 16 da Lei n° Lei n. 5.810/94). A posse é o ato de investidura em cargo público ou função gratificada. A Lei n° 5.810/94 afirma que são requisitos básicos para a investidura em cargo público: x ser brasileiro, nos termos da Constituição; x ter completado 18 (dezoito) anos; x estar em pleno exercício dos direitos políticos; x ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará; x possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo; x declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do acúmulo de cargos. (NR) x a quitação com as obrigações eleitorais e militares; x não haver sofrido sanção impeditiva do exercício de cargo público. O rol descrito acima não exaustivo, já que as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos, desde que estabelecidos em lei. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Com a leitura atenta desses requisitos básicos, você pode me fazer duas perguntas: E o exame psicotécnico, não é requisito, professor? E os estrangeiros, podem ser servidores públicos? A primeira pergunta tem sua resposta na Súmula nº 686 do STF, segundo a qual, só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Assim, se não houver previsão legal de que para entrar naquele cargo será necessário realizar o psicotécnico, o órgão não poderá incluir esse exame dentre as fases do concurso. Com relação ao estrangeiro, em regra, ele não pode ocupar cargos públicos. A lei só ressalva a situação do professor, técnico ou cientista nas universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais. Ainda com relação ao provimento, não podemos nos esquecer da situação dos portadores de deficiências. Quanto a eles, o art. 37, VIII, da Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para essas pessoas e definirá os critérios de sua admissão. A Lei nº 5.810/94 prevê esse percentual da seguinte forma, em seu art. 15: Art. 15. A administração proporcionará aos portadores de deficiência, condições para a participação em concurso de provas ou de provas e títulos. Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrever-se em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, às quais serão reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas oferecidas no concurso. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos portadores de necessidades especiais. Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Aqui você já deve ir se preparando, meu amigo, não para o concurso, mas para saber o que você deverá fazer depois que for aprovado! Depois de sua nomeação, publicada no diário oficial, você terá 30 dias para tomar posse, contados da publicação do ato de provimento no Diário Oficial do Estado. Descumprido esse prazo, a sua nomeação será tornada sem efeito. Se você quiser, você poderá passar uma procuração específica para alguém fazer isso por você (mas você não vai perder esse gostinho, não é?) No ato da posse, você deverá apresentar: a) Declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio; e O objetivo dessa declaração é acompanhar sua evolução patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar improbidade administrativa. b) Declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. Isso para evitar acumulações ilegais. Além disso, antes de tomar posse você deverá se submeter a uma inspeção médica oficial. Você só vai ser empossado se for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Depois da nomeação e da sua posse, você vai entrar em exercício. No exercício, você vai, efetivamente, meter a mão na massa! 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita O prazo para você entrar em exercício será de 15 dias, contados da data da posse. E se você descumprir esse prazo? Meu amigo, aí você fará a maior ca.... de sua vida! Pois o servidor que não cumpre o prazo para entrar em exercício é exonerado do cargo (ou tornada sem efeito a designação para a função de confiança). O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais quinze dias, em existindo necessidade comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração. Estando o servidor impedido em razão de férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será contado do término do impedimento. Temos a seguinte sequência para o provimento em cargo efetivo: Não vá para a prova sem ler com ATENÇÃO MÁXIMA os seguintes dispositivos da Lei nº 5.810/94: $UW������3RVVH�p�R�DWR�GH�LQYHVWLGXUD�HP�FDUJR�S~EOLFR�RX�IXQomR�JUDWLILFDGD� 3DUiJUDIR�~QLFR��1mR�KDYHUi�SRVVH�QRV�FDVRV�GH�SURPRomR�H�UHLQWHJUDomR� $UW������6mR�UHTXLVLWRV�FXPXODWLYRV�SDUD�D�SRVVH�HP�FDUJR�S~EOLFR� ,�-�VHU�EUDVLOHLUR��QRV�WHUPRV�GD�&RQVWLWXLomR� ,,�-�WHU�FRPSOHWDGR�����GH]RLWR��DQRV� Concurso ± nomeação ± 30 dias para posse ± posse ± 15 dias para exercício ± exercício. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ,,,�-�HVWDU�HP�SOHQR�H[HUFtFLR�GRV�GLUHLWRV�SROtWLFRV� ,9�-�VHU�MXOJDGR�DSWR�HP�LQVSHomR�GH�VD~GH�UHDOL]DGD�HP�yUJmR�PpGLFR�RILFLDO� GR�(VWDGR�GR�3DUi� 9�-�SRVVXLU�D�HVFRODULGDGH�H[LJLGD�SDUD�R�H[HUFtFLR�GR�FDUJR� 9,�-�GHFODUDU�H[SUHVVDPHQWH�R�H[HUFtFLR�RX�QmR�GH�FDUJR��HPSUHJR�RX�IXQomR�S~EOLFD�QRV�yUJmRV�H�HQWLGDGHV�GD�$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD�(VWDGXDO��)HGHUDO�RX� 0XQLFLSDO��SDUD�ILQV�GH�YHULILFDomR�GR�DF~PXOR�GH�FDUJRV���15� 9,,�-�D�TXLWDomR�FRP�DV�REULJDo}HV�HOHLWRUDLV�H�PLOLWDUHV� 9,,,�-�QmR�KDYHU�VRIULGR�VDQomR�LPSHGLWLYD�GR�H[HUFtFLR�GH�FDUJR�S~EOLFR� $UW������$�FRPSDWLELOLGDGH�GDV�SHVVRDV�SRUWDGRUDV�GH�GHILFLrQFLD��GH�TXH�WUDWD� R�DUW������SDUiJUDIR�~QLFR��VHUi�GHFODUDGD�SRU�MXQWD�HVSHFLDO��FRQVWLWXtGD�SRU� PpGLFRV�HVSHFLDOL]DGRV�QD�iUHD�GD�GHILFLrQFLD�GLDJQRVWLFDGD� 3DUiJUDIR�~QLFR��&DVR�R�FDQGLGDWR�VHMD�FRQVLGHUDGR�LQDSWR�SDUD�R�H[HUFtFLR�GR� FDUJR��SHUGH�R�GLUHLWR�j�QRPHDomR���15� $UW������6mR�FRPSHWHQWHV�SDUD�GDU�SRVVH� ,�-�1R�3RGHU�([HFXWLYR� D��R�*RYHUQDGRU��DRV�QRPHDGRV�SDUD�FDUJRV�GH�'LUHomR�RX�$VVHVVRUDPHQWR� TXH�OKH�VHMDP�GLUHWDPHQWH�VXERUGLQDGRV� E��RV�6HFUHWiULRV�GH�(VWDGR�H�GLULJHQWHV�GH�$XWDUTXLDV�H�)XQGDo}HV��RX�D� TXHP�VHMD�GHOHJDGD�FRPSHWrQFLD��DRV�QRPHDGRV�SDUD�RV�UHVSHFWLYRV�yUJmRV�� LQFOXVLYH��FROHJLDGRV� ,,�-�1R�3RGHU�/HJLVODWLYR��QR�3RGHU�-XGLFLiULR��QR�0LQLVWpULR�3~EOLFR�H�QRV� 7ULEXQDLV�GH�&RQWDV��FRQIRUPH�GLVSXVHU�D�OHJLVODomR�HVSHFtILFD�GH�FDGD�3RGHU� RX�yUJmR� $UW������2�DWR�GH�SRVVH�VHUi�WUDQVFULWR�HP�OLYUR�HVSHFLDO��DVVLQDGR�SHOD� DXWRULGDGH�FRPSHWHQWH�H�SHOR�VHUYLGRU�HPSRVVDGR� 3DUiJUDIR�~QLFR��(P�FDVRV�HVSHFLDLV��D�FULWpULR�GD�DXWRULGDGH�FRPSHWHQWH��D� SRVVH�SRGHUi�VHU�WRPDGD�SRU�SURFXUDomR�HVSHFtILFD� $UW������$�DXWRULGDGH�TXH�GHU�SRVVH�YHULILFDUi��VRE�SHQD�GH�UHVSRQVDELOLGDGH�� VH�IRUDP�REVHUYDGRV�RV�UHTXLVLWRV�OHJDLV�SDUD�D�LQYHVWLGXUD�QR�FDUJR�RX� IXQomR� $UW������$�SRVVH�RFRUUHUi�QR�SUD]R�GH�����WULQWD��GLDV��FRQWDGRV�GD�SXEOLFDomR� GR�DWR�GH�SURYLPHQWR�QR�'LiULR�2ILFLDO�GR�(VWDGR� 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ���2�SUD]R�SDUD�D�SRVVH�SRGHUi�VHU�SURUURJDGR�SRU�PDLV�TXLQ]H�GLDV��HP� H[LVWLQGR�QHFHVVLGDGH�FRPSURYDGD�SDUD�R�SUHHQFKLPHQWR�GRV�UHTXLVLWRV�SDUD� SRVVH��FRQIRUPH�MXt]R�GD�$GPLQLVWUDomR���15� ���2�SUD]R�GR�VHUYLGRU�HP�IpULDV��OLFHQoD��RX�DIDVWDGR�SRU�TXDOTXHU�RXWUR� PRWLYR�OHJDO��VHUi�FRQWDGR�GR�WpUPLQR�GR�LPSHGLPHQWR� ���6H�D�SRVVH�QmR�VH�FRQFUHWL]DU�GHQWUR�GR�SUD]R��R�DWR�GH�SURYLPHQWR�VHUi� WRUQDGR�VHP�HIHLWR� ���1R�DWR�GD�SRVVH��R�VHUYLGRU�DSUHVHQWDUi�GHFODUDomR�GH�EHQV�H�YDORUHV� TXH�FRQVWLWXDP�VHX�SDWULP{QLR��H�GHFODUDomR�TXDQWR�DR�H[HUFtFLR��RX�QmR��GH� RXWUR�FDUJR��HPSUHJR�RX�IXQomR�S~EOLFD� $UW����-$��$R�LQWHUHVVDGR�p�SHUPLWLGD�D�UHQ~QFLD�GD�SRVVH��QR�SUD]R�OHJDO�� VHQGR-OKH�JDUDQWLGD�D�~OWLPD�FRORFDomR�GHQWUH�RV�FODVVLILFDGRV�QR� FRUUHVSRQGHQWH�FRQFXUVR�S~EOLFR���15� 6HomR�,9�-�'R�([HUFtFLR $UW������([HUFtFLR�p�R�HIHWLYR�GHVHPSHQKR�GDV�DWULEXLo}HV�H�UHVSRQVDELOLGDGH� GR�FDUJR� $UW������&RPSHWH�DR�WLWXODU�GR�yUJmR�SDUD�RQGH�IRU�QRPHDGR�R�VHUYLGRU��GDU- OKH�R�H[HUFtFLR� $UW������2�H[HUFtFLR�GR�FDUJR�WHUi�LQtFLR�GHQWUR�GR�SUD]R�GH�TXLQ]H�GLDV�� FRQWDGRV���15� ,�-�GD�GDWD�GD�SRVVH��QR�FDVR�GH�QRPHDomR� ,,�-�GD�GDWD�GD�SXEOLFDomR�RILFLDO�GR�DWR��QRV�GHPDLV�FDVRV� ���2V�SUD]RV�SRGHUmR�VHU�SURUURJDGRV�SRU�PDLV�TXLQ]H�GLDV��HP�H[LVWLQGR� QHFHVVLGDGH�FRPSURYDGD�SDUD�R�SUHHQFKLPHQWR�GRV�UHTXLVLWRV�SDUD�SRVVH�� FRQIRUPH�MXt]R�GD�$GPLQLVWUDomR���15� ���6HUi�H[RQHUDGR�R�VHUYLGRU�HPSRVVDGR�TXH�QmR�HQWUDU�HP�H[HUFtFLR�QRV� SUD]RV�SUHYLVWRV�QHVWH�DUWLJR� $UW������2�VHUYLGRU�SRGHUi�DXVHQWDU-VH�GR�(VWDGR��SDUD�HVWXGR��RX�PLVVmR�GH� TXDOTXHU�QDWXUH]D��FRP�RX�VHP�YHQFLPHQWR��PHGLDQWH�SUpYLD�DXWRUL]DomR�RX� GHVLJQDomR�GR�WLWXODU�GR�yUJmR�HP�TXH�VHUYLU� $UW������2�VHUYLGRU�DXWRUL]DGR�D�DIDVWDU-VH�SDUD�HVWXGR�HP�iUHD�GR�LQWHUHVVH� GR�VHUYLoR�S~EOLFR��IRUD�GR�(VWDGR�GR�3DUi��FRP�{QXV�SDUD�RV�FRIUHV�GR� (VWDGR��GHYHUi��VHTHQWHPHQWH��SUHVWDU�VHUYLoR��SRU�LJXDO�SHUtRGR��DR�(VWDGR� $UW������2�DIDVWDPHQWR�GR�VHUYLGRU�SDUD�SDUWLFLSDomR�HP�FRQJUHVVRV�H�RXWURV� 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita HYHQWRV�FXOWXUDLV��HVSRUWLYRV��WpFQLFRV�H�FLHQWtILFRV�VHUi�HVWDEHOHFLGR�HP� UHJXODPHQWR� $UW������2�VHUYLGRU�SUHVR�HP�IODJUDQWH��SURQXQFLDGR�SRU�FULPH�FRPXP�� GHQXQFLDGR�SRU�FULPH�DGPLQLVWUDWLYR��RX�FRQGHQDGR�SRU�FULPH�LQDILDQoiYHO�� VHUi�DIDVWDGR�GR�H[HUFtFLR�GR�FDUJR��DWp�VHQWHQoD�ILQDO�WUDQVLWDGD�HP�MXOJDGR� ���'XUDQWH�R�DIDVWDPHQWR��R�VHUYLGRU�SHUFHEHUi�GRLV�WHUoRV�GD� UHPXQHUDomR��H[FOXtGDV�DV�YDQWDJHQV�GHYLGDV�HP�UD]mR�GR�HIHWLYR�H[HUFtFLR� GR�FDUJR��WHQGR�GLUHLWR�j�GLIHUHQoD��VH�DEVROYLGR���15� ���(P�FDVR�GH�FRQGHQDomR�FULPLQDO��WUDQVLWDGD�HP�MXOJDGR��QmR� GHWHUPLQDQWH�GD�GHPLVVmR��FRQWLQXDUi�R�VHUYLGRU�DIDVWDGR�DWp�R�FXPSULPHQWR� WRWDO�GD�SHQD��FRP�GLUHLWR�D�XP�WHUoR�GR�YHQFLPHQWR�RX�UHPXQHUDomR�� H[FOXtGDV�DV�YDQWDJHQV�GHYLGDV�HP�UD]mR�GR�HIHWLYR�H[HUFtFLR�GR�FDUJR���15� $UW������$R�VHUYLGRU�GD�DGPLQLVWUDomR�GLUHWD��GDV�$XWDUTXLDV�H�GDV�)XQGDo}HV� 3~EOLFDV�RX�GRV�3RGHUHV�/HJLVODWLYR�H�-XGLFLiULR��GR�0LQLVWpULR�3~EOLFR�H�GRV� 7ULEXQDLV�GH�&RQWDV��GLSORPDGR�SDUD�R�H[HUFtFLR�GH�PDQGDWR�HOHWLYR�IHGHUDO�� HVWDGXDO�RX�PXQLFLSDO��DSOLFD-VH�R�GLVSRVWR�QR�7tWXOR�,,,��&DStWXOR�9��6HomR� 9,,��GHVWD�OHL� $UW������2�VHUYLGRU�QR�H[HUFtFLR�GH�FDUJR�GH�SURYLPHQWR�HIHWLYR��PHGLDQWH�D� VXD� FRQFRUGkQFLD� SRGHUi� VHU� FRORFDGR� j� GLVSRVLomR� GH� TXDOTXHU� yUJmR� GD� DGPLQLVWUDomR�GLUHWD� RX� LQGLUHWD�� GD�8QLmR�� GR�(VWDGR�� GR�'LVWULWR� )HGHUDO� H� GRV� 0XQLFtSLRV�� FRP� RX� VHP� {QXV� SDUD� R� (VWDGR� GR� 3DUi�� GHVGH� TXH� REVHUYDGD�D�UHFLSURFLGDGH�� 2. (VUNESP-2014- TJ-PA-Analista Judiciário) A respeito da posse, prevê o Regime Jurídico Único (Lei n.º 5.810/94) que a) a posse ocorrerá no prazo de 10 (dez) dias, contados da publicação do ato de provimento no Diário Oficial do Estado. b) o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituam seu patrimônio até 30 (trinta) dias após a posse. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita c) a quitação com as obrigações eleitorais e militares é um dos requisitos para a posse em cargo público. d) se a posse não se concretizar dentro do prazo, o ato de provimento ficará suspenso por até, no máximo, 5 (cinco) anos. e) a posse deve ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, não tendo o interessado direito à renúncia da posse. A Lei n° 5.810/94 afirma que são requisitos básicos para a investidura em cargo público: x ser brasileiro, nos termos da Constituição; x ter completado 18 (dezoito) anos; x estar em pleno exercício dos direitos políticos; x ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará; x possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo; x declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do acúmulo de cargos. (NR) x a quitação com as obrigações eleitorais e militares; x não haver sofrido sanção impeditiva do exercício de cargo público. Gabarito: Letra ³c´. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook:Daniel Mesquita Aprofundando no estudo do provimento, devemos estudar ainda que ele pode ser originário ou derivado. 1. Provimento ORIGINÁRIO (também denominado autônomo): preenchimento de classe inicial de cargo não decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a administração. Para os cargos efetivos, depende sempre de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos. A única forma de provimento originário é a nomeação. 2. Provimento DERIVADO: preenchimento de cargo decorrente de vínculo anterior entre o servidor e a administração. Nesse caso, não há concurso público ou nomeação. As formas de provimento derivado são: promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução (cada uma delas será abordada abaixo). Conforme leciona Fernanda Marinela, esse provimento pode ser: a) Vertical: atribuição de um novo cargo a um servidor, dentro da mesma carreira, mas que representa uma progressão funcional, uma ascensão em sua vida profissional. Atualmente, a única forma de provimento derivado vertical é a promoção, já que a ascensão (também chamada de transposição ou acesso) foi revogada, pois permitia o provimento do servidor público para um cargo de uma carreira diferente da sua, sem prévia aprovação em concurso público. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita b) Horizontal: ocorre a mudança de cargo que não caracteriza progressão, crescimento profissional. Atualmente, a única forma de provimento derivado horizontal é a readaptação, já que a transferência (passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder) foi revogada. c) Por reingresso: garante o retorno do servidor por meio de reintegração, recondução, reversão e aproveitamento. O provimento ainda pode ser classificado, quanto à sua durabilidade, em efetivo, vitalício e em comissão. 1. Provimento EFETIVO: faz-se em cargo público, mediante nomeação por concurso público, assegurando ao servidor, após 3 anos de exercício, o direito de permanência no cargo (estabilidade), do qual só pode ser destituído por sentença judicial, por processo administrativo em que seja assegurada ampla defesa ou por procedimento de avaliação periódica de desempenho, também assegurado o direito de ampla defesa. 2. Provimento VITALÍCIO: faz-se em cargo público, mediante nomeação, assegurando ao funcionário o direito à permanência no cargo, do qual só pode ser destituído por sentença judicial transitada em julgado. OBS: somente é possível com relação a cargos que a Constituição Federal define como de provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedade constitui exceção à regra geral da estabilidade. Na CF/88, são vitalícios os cargos dos membros da Magistratura, do Tribunal de Contas e do Ministério Público. 3. Provimento EM COMISSÃO: faz-se mediante nomeação para cargo público, independentemente de concurso e em caráter 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita transitório. Somente é possível com relação aos cargos que a lei declara de provimento em comissão. Nesse ponto, importante a análise da Súmula nº 685 do STF: As formas de provimento, ou seja, preenchimento, ocupação, não inclui a ascensão, hoje com vedação constitucional e reiteradas decisões do STF, como acabamos de ver. Veja, nesse sentido, a atual redação do art. 5º da Lei nº 5.810/94: $UW����2V�FDUJRV�S~EOLFRV�VHUmR�SURYLGRV�SRU� ,�-�QRPHDomR� ,,�-�SURPRomR� ,,,�-�UHLQWHJUDomR� ,9�-�WUDQVIHUrQFLD� 9�-�UHYHUVmR� 9,�-�DSURYHLWDPHQWR� 9,,�-�UHDGDSWDomR� VIII - recondução. Hoje fala-se também na inconstitucionalidade da transposição (alteração de denominação do cargo para equiparar a outro cargo de categoria superior), por essa mesma razão. STF Súmula nº 685 É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Nos termos da jurisprudência do STF, é possível ao servidor estável aprovado para outro cargo, dentro do período de estágio probatório, optar pelo retorno ao antigo cargo, se assim desejar. Também quero registrar que a transferência, que consistia na passagem do agente estável de cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo Poder, de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse público, foi declarada inconstitucional. Inconstitucionalidade: investidura em cargo por meio de transferência de servidores "Em síntese, aduz o requerente que os dispositivos impugnados são inconstitucionais, por violarem o princípio do concurso público (...). (...). (...) as normas impugnadas autorizam a transposição de servidores do Sistema Financeiro BANDERN e do Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte S.A - BDRN para órgãos ou entidades da Administração Direta, autárquica e fundacional do mesmo Estado (...). 3. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido da inconstitucionalidade das normas que permitem a investidura em cargos ou empregos públicos diversos daqueles para os quais se prestou concurso. (...) 5. Vale ressaltar que os dispositivos impugnados não se enquadram na exceção à regra do concurso público, visto que não tratam de provimento de cargos em comissão, nem 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita contratação por tempo determinado para suprir necessidade temporária de excepcional interesse público. 6. Portanto, a transferência de servidores para cargos diferentes daqueles nos quais ingressaram através de concurso público, demonstra clara afronta ao postulado constitucional do concurso público." (ADI 3552, Relator Ministro Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgamento em 17.3.2016, DJe de 14.4.2016) Veja alguns tipos de provimento. Analisaremos cada um deles: x Nomeação: É a forma exclusiva de provimento originário. Podendo ser em caráter de comissão, tornando dispensável o concurso público. Ou pode ser por precedido de concurso, onde terá caráter efetivo. Com relação ao concurso, você deve se lembrar de que ele terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período, e não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. No que tange ao momento em que será praticada, a nomeaçãoé um ato discricionário, porque cabe ao Administrador escolher o melhor momento, desde que respeitados o prazo de validade do concurso e a ordem de classificação dos candidatos. x Promoção: Refere-se ao progresso do servidor, ingressando numa posição mais elevada que a 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita anteriormente ocupada, dentro da mesma carreira, superior, mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de 2 (dois) anos de efetivo exercício. Para ter esse direito, o servidor deverá preencher requisitos previstos em lei para cada carreira, podendo ter como base critérios de antiguidade ou merecimento. Como podemos ver, pressupõe a existência de cargos escalonados em carreira. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor. ATENÇÃO!!! Alguns estatutos de servidores fazem distinção entre promoção e progressão. Em regra, ocorre promoção quando o servidor muda de um cargo para outro, com conseqüente mudança de classe. Por outro lado, na progressão, ele mantém-se no mesmo cargo, tendo uma mudança somente de padrão, com conseqüente acréscimo nos vencimentos. A EC nº 19/98 introduziu uma nova exigência como requisito para a promoção (art. 39, §2º, da CF): a participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de governo. Porém, em razão das dificuldades da Administração Pública, prevalece a orientação para que essa regra só passe a ser aplicada depois que as escolas estiverem à disposição dos servidores, seja pela sua criação ou por meio da celebração de convênios com instituições especializadas. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Veja o que a Lei nº 5.810/94 diz: Art. 37 Parágrafo único. No critério de merecimento será obedecido o que dispuser a lei do sistema de carreira, considerando-se, em especial, na avaliação do desempenho, os cursos de capacitação profissional realizados, e assegurada, no processo, a plena participação das entidades de classe dos servidores. x Readaptação: Ocorre na situação em que o servidor ocupa cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade, necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitação. Ou seja, é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, não acarretará diminuição ou aumento da remuneração. Cuidado!!! Se a limitação gerar uma incapacidade para o serviço público, o servidor deverá ser aposentado e não readaptado. Mas é direito do servidor renovar pedido de readaptação, art. 56 § 3º. É instituto que se destina apenas aos servidores efetivos, não se estendendo aos ocupantes de função comissionada, sem vínculo com a Administração Pública Federal (AgRg no REsp 749852/DF, STJ-Sexta Turma, Rel. Min. Paulo Gallotti, julgamento: 09.02.2006, DJ 27.03.2006). 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Vale lembrar da Súmula nº 566 do STF: ³(QTXDQWR� SHQGHQWH�� R� SHGLGR� GH� UHDGDSWDomR� IXQGDGR� HP� desvio funcional não gera direitos para o servidor, UHODWLYDPHQWH�DR�FDUJR�SOHLWHDGR´� Para decorar, grave essa imagem: fonte: www.trabalhosescolares.net Agora, leia a lei: $UW������5HDGDSWDomR�p�D�IRUPD�GH�SURYLPHQWR��HP�FDUJR�PDLV�FRPSDWtYHO�� SHOR�VHUYLGRU�TXH�WHQKD�VRIULGR�OLPLWDomR��HP�VXD�FDSDFLGDGH�ItVLFD�RX�PHQWDO�� YHULILFDGD�HP�LQVSHomR�PpGLFD�RILFLDO� ���$�UHDGDSWDomR�H[-RIILFLR�RX�D�SHGLGR��VHUi�HIHWLYDGD�HP�FDUJR�YDJR��GH� DWULEXLo}HV�DILQV��UHVSHLWDGD�D�KDELOLWDomR�H[LJLGD� ���$�UHDGDSWDomR�QmR�DFDUUHWDUi�GLPLQXLomR�RX�DXPHQWR�GD�UHPXQHUDomR� ���5HVVDOYDGD�D�LQFDSDFLGDGH�GHILQLWLYD�SDUD�R�VHUYLoR�S~EOLFR��TXDQGR�VHUi� DSRVHQWDGR��p�GLUHLWR�GR�VHUYLGRU�UHQRYDU�SHGLGR�GH�UHDGDSWDomR� x Reintegração: Quando o servidor estável é demitido e é comprovado que a sua demissão não foi válida (seja por decisão judicial ou administrativa), retornando a sua atividade, com ressarcimento de todas as vantagens que possuía anteriormente. Caso o cargo que ocupava o reintegrado tenha sofrido alguma transformação, o seu retorno deve ocorrer para o cargo resultante da transformação. Na hipótese de o cargo 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita ter sido extinto quando do retorno, o servidor ficará em disponibilidade. Se o cargo já estiver provido, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade (perceba que o privilégio é para aquele que está sendo reintegrado!). Perceba que se trata de situação em que o servidor havia sido demitido, ou seja, aplicou-se a penalidade de demissão após instauração de processo administrativo disciplinar, e não exonerado. Daí, posteriormente, a demissão foi declarada inválida. ³Consoante entendimento do STJ, a anulação do ato de demissão do servidor, com a respectiva reintegração, tem como conseqüência lógica a recomposição integral dos direitos do servidor demitido, em respeito ao princípio da restitutio in integrum. A declaração de nulidade do ato de demissão deve operar efeitos ex tunc, ou seja, deve restabelecer exatamente o status quo ante, de modo a preservar todos os direitos do indivíduo atingido pela LOHJDOLGDGH´� �$J5J�QR�$J��������6&��67--Sexta Turma, Rel.ª Min.ª Jane Silva, julgamento 26.08.09, DJe: 15.09.2008). O marco inicial para contagem dos efeitos patrimoniais é a data de publicação do ato impugnado (MS 13193/DF, STJ-Terceira Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento: 25.03.2009, DJe: 07.04.2009). Compete à Justiça Federal processar e julgar o pedido de reintegração em cargo público federal, ainda que o servidor tenha sido dispensado antes da instituição do regime jurídico único (Súmula nº 173 do STJ). 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Para se lembrar do que é a reintegração, grave essa imagem: Fonte: maxresdefault.jpg Agora, leia a lei: $UW������5HLQWHJUDomR�p�R�UHLQJUHVVR�GR�VHUYLGRU�QD�DGPLQLVWUDomR�S~EOLFD��HP� GHFRUUrQFLD�GH�GHFLVmR�DGPLQLVWUDWLYD�GHILQLWLYD�RX�VHQWHQoD�MXGLFLDO�WUDQVLWDGD�HP�MXOJDGR��FRP�UHVVDUFLPHQWR�GH�SUHMXt]RV�UHVXOWDQWHV�GR� DIDVWDPHQWR� ���$�UHLQWHJUDomR�VHUi�IHLWD�QR�FDUJR�DQWHULRUPHQWH�RFXSDGR�H��VH�HVWH� KRXYHU�VLGR�WUDQVIRUPDGR��QR�FDUJR�UHVXOWDQWH� ���(QFRQWUDQGR-VH�UHJXODUPHQWH�SURYLGR�R�FDUJR��R�VHX�RFXSDQWH�VHUi� GHVORFDGR�SDUD�FDUJR�HTXLYDOHQWH��RX��VH�RFXSDYD�RXWUR�FDUJR��D�HVWH�VHUi� UHFRQGX]LGR��VHP�GLUHLWR�j�LQGHQL]DomR� ���6H�R�FDUJR�KRXYHU�VLGR�H[WLQWR��D�UHLQWHJUDomR�GDU-VH-i�HP�FDUJR� HTXLYDOHQWH��UHVSHLWDGD�D�KDELOLWDomR�SURILVVLRQDO��RX��QmR�VHQGR�SRVVtYHO�� ILFDUi�R�UHLQWHJUDGR�HP�GLVSRQLELOLGDGH�QR�FDUJR�TXH�H[HUFLD� x Aproveitamento: Quando o servidor estável retorna a sua atividade e recebe os seus vencimentos conforme o seu cargo anterior que por algum motivo foi considerado extinto, ou de atribuição inapropriada. Garante ao servidor estável a possibilidade de retornar à atividade quando em disponibilidade e surgir uma vaga. Importante lembrar que disponibilidade é o ato pelo qual o Poder Público transfere para a inatividade remunerada, com pagamento de vencimentos integrais do cargo (Súmula nº 358 do STF), servidor estável cujo cargo venha a ser extinto, 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita declarada a sua desnecessidade ou, ainda, ocupado em decorrência de reintegração, sem que o desalojado pudesse ser reconduzido. Saiba que o aproveitamento é obrigatório, o que garante que o servidor não ficará indefinidamente em disponibilidade. Entretanto, à falta de lei, funcionário em disponibilidade não pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica subordinado ao critério de conveniência da administração. Além disso, o aproveitamento deve ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, que é de 15 dias, salvo doença comprovada por junta médica oficial. Aqui uma imagem interessante: Fonte: indicae.blogspot.com ACOORRDDAA SERVIDOR! VOCÊ ESTAVA EM DISPONIBILIDADE, AGORA FOI APROVEITADO!! VAI TRABALHAR!!!! Agora, leia a lei: 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita &DStWXOR�9,,�-�'R�$SURYHLWDPHQWR $UW������2�DSURYHLWDPHQWR�p�R�UHLQJUHVVR��QR�VHUYLoR�S~EOLFR��GR�VHUYLGRU�HP� GLVSRQLELOLGDGH��HP�FDUJR�GH�QDWXUH]D�H�SDGUmR�GH�YHQFLPHQWR� FRUUHVSRQGHQWH�DR�TXH�RFXSDYD� $UW������2�DSURYHLWDPHQWR�VHUi�REULJDWyULR�TXDQGR� ,�-�UHVWDEHOHFLGR�R�FDUJR�GH�FXMD�H[WLQomR�GHFRUUHX�D�GLVSRQLELOLGDGH� ,,�-�GHYD�VHU�SURYLGR�FDUJR�DQWHULRUPHQWH�GHFODUDGR�GHVQHFHVViULR� $UW������6HUi�WRUQDGR�VHP�HIHLWR�R�DSURYHLWDPHQWR�H�FDVVDGD�D� GLVSRQLELOLGDGH�GH�VHUYLGRU�TXH��DSURYHLWDGR��QmR�WRPDU�SRVVH�H�QmR�HQWUDU� HP�H[HUFtFLR�GHQWUR�GR�SUD]R�OHJDO� x Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria (os motivos que justificavam a aposentadoria podem nunca ter existido e por erro ter sido concedido o benefício ou podem ter desaparecido por simples superação do servidor). É também o retorno à atividade do servidor estável, aposentado voluntariamente, que tenha requerido a reversão. Cuidado!!! Essa forma de reingresso não pode ser aplicada quando o servidor já tiver completado 75 anos, em razão da aposentadoria compulsória. Veja a imagem: fonte: marcioantoniassi.wordpress.com Agora, leia a lei: 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita &DStWXOR�9,�-�'D�5HYHUVmR $UW������5HYHUVmR�p�R�UHWRUQR�j�DWLYLGDGH�GH�VHUYLGRU�DSRVHQWDGR�SRU� LQYDOLGH]��TXDQGR��SRU�MXQWD�PpGLFD�RILFLDO��IRUHP�GHFODUDGRV�LQVXEVLVWHQWHV� RV�PRWLYRV�GD�DSRVHQWDGRULD� ���$�UHYHUVmR��H[-RIILFLR�RX�D�SHGLGR��GDU-VH-i�QR�PHVPR�FDUJR�RX�QR�FDUJR� UHVXOWDQWH�GH�VXD�WUDQVIRUPDomR� ���$�UHYHUVmR��D�SHGLGR��GHSHQGHUi�GD�H[LVWrQFLD�GH�FDUJR�YDJR� ���1mR�SRGHUi�UHYHUWHU�R�DSRVHQWDGR�TXH�Mi�WLYHU�DOFDQoDGR�R�OLPLWH�GD� LGDGH�SDUD�DSRVHQWDGRULD�FRPSXOVyULD� $UW������6HUi�WRUQDGD�VHP�HIHLWR�D�UHYHUVmR�H[-RIILFLR��H�FDVVDGD�D� DSRVHQWDGRULD�GR�VHUYLGRU�TXH�QmR�WRPDU�SRVVH�H�HQWUDU�QR�H[HUFtFLR�GR� FDUJR� x Recondução: A lei define de forma bem clara: Art. 57. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o que dispõe a presente lei nos casos de disponibilidade e aproveitamento. O servidor reconduzido em razão da reintegração do anterior ocupante do cargo não tem direito à indenização. Estando o dito cargo de origem ocupado, o servidor poderá ocupar um outro cargo equivalente que existir vago ou, em último caso, ficar em disponibilidade. 1) É reconhecida a possibilidade de recondução ao cargo de origem nas hipótese em que o servidor estável não tem mais interesse no novo cargo ocupado. Assim, desistindo do novo cargo durante o estágio probatório, poderá pedir a recondução e retornar ao cargo de origem. Esse pedido 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita deve ser apresentado antes da conclusão do estágio probatório do novo carho, porque enquanto ele não for confirmado, não estará extinta a situação anterior (MS 24543/DF, STF-Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento: 21.08.2003, DJ: 12.09.2003 e MS 8339/DF, STJ-Terceira Seção, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgamento: 11.09.2002, DJ: 16.12.2002). 2) Os institutos da vacância e da recondução têm por finalidade garantir ao servidor público federal sua permanência na esfera do serviço público, sem, com isso, tolher o inalienável direito de buscar sua evolução profissional. Por isso, sob pena de afronta ao princípio da isonomia, deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, da Lei nº 8.112/90 ser estendida às hipóteses em que o servidor público pleiteia a declaração de vacância para ocupar emprego público federal, garantindo-lhe, por conseguinte, se necessário, sua recondução ao cargo de origem (Resp 817061/RJ, STJ-Quinta Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento: 29.05.2008, DJ: 04.08.2008). 3. (VUNESP-2014 TJ-PA-Auxiliar Judiciário) O reingresso do servidor na administração pública, em decorrência de decisão administrativa definitiva ou sentença judicial transitada em julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquitawww.estrategiaconcursos.com.br 37 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita afastamento, é denominado, pelo Regime Jurídico Único (Lei n.º 5.810/94), como a) reversão. b) aproveitamento. c) desvinculação. d) reintegração. e) readaptação. É exatamente o que diz o art. 40 da Lei 5.810/94: Reintegração é o reingresso do servidor na administração pública, em decorrência de decisão administrativa definitiva ou sentença judicial transitada em julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento. Gabarito: Letra ³d´. 4. (VUNESP- 2014 -TJ-PA-Auxiliar Judiciário) A promoção por merecimento, no âmbito da Lei n.º 5.810/94, dar-se-á pela progressão à referência imediatamente superior, mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de a) 3 (três) anos de efetivo exercício. b) 4 (quatro) anos de efetivo exercício c) 6 (seis) meses de efetivo exercício. d) 1 (um) ano de efetivo exercício. e) 2 (dois) anos de efetivo exercício. A lei diz que a promoção por merecimento dar-se-á pela progressão à referência imediatamente superior, mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de 2 (dois) anos de efetivo exercício, art. 37. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Gabarito: Letra ³e´. 2.4 Vacância 'H�DFRUGR�FRP�D�YLVmR�'L�3LHWUR�³e�R�IDWR�DGPLQLVWUDWLYR-funcional que indica que determinado cargo público não está provido, ou em RXWUDV�SDODYUDV�HVWi�VHP�WLWXODU�´ O servidor, por não ocupar mais o seu cargo, torna-o vago, colocando a disposição de outra pessoa. Exemplos de vacância seria a exoneração, a demissão, a promoção (considerando, por óbvio, o cargo anteriormente ocupado), readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo não passível de acumulação e o falecimento. 1) Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o servidor e a administração se dá SEM caráter punitivo. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício. Será de ofício em 2 casos: a) Não satisfeitas as condições do estágio probatório; b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entra em exercício no prazo legal (em regra, 15 dias). No caso de cargo em comissão ou função de confiança, a exoneração/dispensa dar-se-á a juízo da autoridade competente (é a chamada exoneração ad nutum, já que independe de qualquer motivação) ou a pedido do próprio servidor. 2) Demissão: forma de penalidade disciplinar, aplicável nas situações previstas no art. 190 da Lei nº 5.810/94. Quando a conduta motivadora do agente importar em lesão aos cofres públicos, aplicação irregular de dinheiro público, 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita corrupção ou improbidade administrativa, a demissão será seguida da indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. 3) Promoção: vista anteriormente como uma das formas de provimento derivado vertical, segundo a Lei 5.810/94, obedecerá os critérios de antiguidade e merecimento, alternadamente. A promoção por antigüidade dar-se-á pela progressão à referência imediatamente superior, observado o interstício de 2 (dois) anos de efetivo exercício. Já a promoção por merecimento dar-se-á pela progressão à referência imediatamente superior, mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de 2 (dois) anos de efetivo exercício. 4) Readaptação: vista anteriormente como uma das formas de provimento derivado por reingresso; o servidor readaptado passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor que preencha os requisitos de capacidade física ou mental. 5) Aposentadoria: ocorre quando o servidor passa para a inatividade, configurando um direito do servidor, desde que preenchidos os requisitos específicos para cada caso. Modalidades: voluntária; compulsória; por invalidez permanente; e especial. 2.5 Remoção A remoção é um instituto utilizado pela Administração para a movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita para outro cargo de igual denominação e forma de provimento, no mesmo Poder e no mesmo órgão em que é lotado Nesse instituto o servidor permanece com o seu cargo, outro cargo de igual denominação, porém é deslocado para praticar os atos de sua função em outra unidade do mesmo quadro, podendo ser em local distinto ou não. A remoção poderá ser de ofício ou a pedido. Quando de ofício, a Administração Pública, com ou sem consentimento do servidor, remove o servidor tendo em vista o seu próprio interesse. É ato discricionário da Administração Pública, atribuindo-se nova lotação ao servidor, considerando-se a necessidade do serviço e a melhor distribuição dos recursos humanos para a eficiente prestação da atividade administrativa, estando respaldada no interesse público. A remoção poderá ser feita: a) De uma para outra unidade administrativa da mesma Secretaria, Autarquia, Fundação ou órgão análogo dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas. b) De um para outro setor, na mesma unidade administrativa. Ou seja, nem sempre a conveniência da Administração Pública é observada, são os casos do art.49 da lei 5.810/94: Art. 49. A remoção é a movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, para outro cargo de igual denominação e forma de provimento, no mesmo Poder e no mesmo órgão em que é lotado. Parágrafo único. A remoção, a pedido ou ex-officio, do servidor estável, poderá ser feita: (NR) I - de uma para outra unidade administrativa da mesma Secretaria, Autarquia, Fundação ou órgão análogo dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas. II - de um para outro setor, na mesma unidade administrativa. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 1) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme em afastar a incidência do art. 226 da Constituição Federal como fundamento para concessão de remoção de servidor público na hipótese em que não se pleiteia a remoção para acompanhar cônjuge, mas sim a lotação inicial de candidato aprovado em concurso público (Ag Reg no RE 475283/CE, STF-Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento: 21/10/2014, DJe: 10/11/2014). 2) O vício consistente na falta de motivação de portaria de remoção ex officio de servidor público pode ser convalidado, de forma excepcional, mediante a exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que forama razão determinante para a prática do ato, ainda que estes tenham sido apresentados apenas nas informações prestadas pela autoridade coatora em mandado de segurança impetrado pelo servidor removido (AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013). 3) O servidor público federal não tem direito de ser removido a pedido, independentemente do interesse da Administração, para acompanhar seu cônjuge, também servidor público, que fora removido em razão de aprovação em concurso de remoção (AgRg no REsp 1.290.031-PE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 20/8/2013). 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 2.6 Redistribuição Ocorre o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo ou função, para o quadro de outro órgão ou entidade do mesmo Poder, sempre no interesse da Administração. A redistribuição será sempre ex- officio. Podemos confirmar esse trecho do artigo 50 da lei 5.810/94: Art. 50. A redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo ou função, para o quadro de outro órgão ou entidade do mesmo Poder, sempre no interesse da Administração. (NR) § 1° A redistribuição será sempre ex-officio, ouvidos os respectivos órgãos ou entidades interessados na movimentação. (NR) § 2° A redistribuição dar-se-á exclusivamente para o ajustamento do quadro de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. (NR) § 3° Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderam ser redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade até seu aproveitamento.(NR) A redistribuição é basicamente para que o serviço público seja prestado de forma adequada, de forma que a necessidade de serviços na Administração seja suprida. Atenção!!! A redistribuição não é forma de provimento e não é obrigatório que servidor ocupante seja estável. Vale lembrar que a redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. Nessa hipótese, caso o servidor não seja redistribuído, esse será colocado em disponibilidade. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 3. ��� A estabilidade tem como finalidade principal assegurar aos ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo uma expectativa de permanência no serviço público, desde que adequadamente cumpridas suas atribuições. Consiste em uma garantia constitucional de permanência no serviço público (e não no cargo). A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade: 5. concurso público; 6. cargo público de provimento efetivo; 7. três anos de efetivo exercício; 8. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica- se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 5. sentença judicial transitada em julgado; 6. processo administrativo, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa; 7. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação periódica, na forma de lei complementar, assegurados também o contraditório e a ampla defesa; 8. excesso de despesa com pessoal. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita Leia com atenção os seguintes dispositivos da Lei n. 5.810/94, relativos ao estágio probatório: 6HomR�9�-�'R�(VWiJLR�3UREDWyULR $UW������$R�HQWUDU�HP�H[HUFtFLR��R�VHUYLGRU�QRPHDGR�SDUD�R�FDUJR�GH� SURYLPHQWR�HIHWLYR�ILFDUi�VXMHLWR�D�HVWiJLR�SUREDWyULR�SRU�SHUtRGR�GH�WUrV� DQRV��GXUDQWH�RV�TXDLV�D�VXD�DSWLGmR�H�FDSDFLGDGH�VHUmR�REMHWR�GH�DYDOLDomR� SDUD�R�GHVHPSHQKR�GR�FDUJR��REVHUYDGRV�RV�VHJXLQWHV�IDWRUHV���15� ,�-�DVVLGXLGDGH� ,,�-�GLVFLSOLQD� ,,,�-�FDSDFLGDGH�GH�LQLFLDWLYD� ,9�-�SURGXWLYLGDGH� 9�-�UHVSRQVDELOLGDGH� ���4XDWUR�PHVHV�DQWHV�GR�ILQGR�SHUtRGR�GR�HVWiJLR�SUREDWyULR��VHUi� VXEPHWLGD�j�KRPRORJDomR�GD�DXWRULGDGH�FRPSHWHQWH�D�DYDOLDomR�GR� GHVHPSHQKR�GR�VHUYLGRU��UHDOL]DGD�GH�DFRUGR�FRP�R TXH�GLVSXVHU�D�OHL�RX�UHJXODPHQWR�GR�VLVWHPD�GH�FDUUHLUD��VHP�SUHMXt]R�GD� FRQWLQXLGDGH�GH�DSXUDomR�GRV�IDWRUHV�HQXPHUDGRV�QRV�LQFLVRV�,�D�9�GHVWH� DUWLJR� ���2�VHUYLGRU�QmR�DSURYDGR�QR�HVWiJLR�SUREDWyULR�VHUi�H[RQHUDGR�� REVHUYDGR�R�GHYLGR�SURFHVVR�OHJDO� ���2�GLVSRVWR�QR�³FDSXW´�GHVWH�DUWLJR�QmR�VH�DSOLFD�DRV�VHUYLGRUHV�TXH�Mi� WHQKDP�HQWUDGR�HP�H[HUFtFLR�QD�GDWD�GH�SXEOLFDomR�GHVWD�/HL��TXH�VH� VXMHLWDP�DR�UHJLPH�DQWHULRU��15� $UW������2�WpUPLQR�GR�HVWiJLR�SUREDWyULR�LPSRUWD�QR�UHFRQKHFLPHQWR�GD� HVWDELOLGDGH�GH�RItFLR� $UW������2�VHUYLGRU�HVWiYHO�DSURYDGR�HP�RXWUR�FRQFXUVR�S~EOLFR�ILFD�VXMHLWR�D� HVWiJLR�SUREDWyULR�QR�QRYR�FDUJR� 3DUiJUDIR�~QLFR��)LFDUi�GLVSHQVDGR�GR�HVWiJLR�SUREDWyULR�R�VHUYLGRU�TXH�WLYHU� H[HUFLGR�R�PHVPR�FDUJR�S~EOLFR�HP�TXH�Mi�WHQKD�VLGR�DYDOLDGR���15� Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido o cargo público, com a designação de seu titular; é atribuir um cargo a uma determinada pessoa. Os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou de provimento em comissão. 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro Direito Administrativo ʹ PCPA - Delegado Teoria e exercícios comentados. Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 06 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 76 Instagram: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 16 da Lei n° Lei n. 5.810/94). A posse é o ato de investidura em cargo público ou função gratificada. A Lei n° 5.810/94 afirma que são requisitos básicos para a investidura em cargo público: x ser brasileiro, nos termos da Constituição; x ter completado 18 (dezoito) anos; x estar em pleno exercício dos direitos políticos; x ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará; x possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo; x declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do acúmulo de cargos. (NR) x a quitação com as obrigações eleitorais e militares; x não haver sofrido sanção impeditiva do exercício de cargo público. As formas de provimento, ou seja, preenchimento, ocupação, não inclui a ascensão, hoje com vedação constitucional e reiteradas decisões do STF, como acabamos de ver. Veja, nesse sentido, a atual redação do art. 5º da Lei nº 5.810/94: $UW����2V�FDUJRV�S~EOLFRV�VHUmR�SURYLGRV�SRU� ,�-�QRPHDomR� ,,�-�SURPRomR� ,,,�-�UHLQWHJUDomR� 17488729234 17488729234 - Fernando Ribeiro
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