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CONFECÇÃO DE PISO DE CONCRETO PARA PÁTIO DE ESTACIONAMENTO

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CARLOS APARECIDO DA SILVA JUNIOR C565EE-0 EC5S12
GABRIEL MARQUES DE SOUZA C5658G-2 EC5S12
JONATHAN RAEL TORRES C6509F-9 EC5R12
LARISSA DA SILVA BUENO C59EHG-2 EC5S12
RANGEL DA SILVA MARQUES C67JDH-7 EC5S12
CONFECÇÃO DE PISO DE CONCRETO PARA PÁTIO DE ESTACIONAMENTO
	
CAMPINAS
2017
CARLOS APARECIDO DA SILVA JUNIOR C565EE-0 EC5S12
GABRIEL MARQUES DE SOUZA C5658G-2 EC5S12
JONATHAN RAEL TORRES C6509F-9 EC5R12
LARISSA DA SILVA BUENO C59EHG-2 EC5S12
RANGEL DA SILVA MARQUES C67JDH-7 EC5S12
CONFECÇÃO DE PISO DE CONCRETO PARA PÁTIO DE ESTACIONAMENTO
Atividade Prática Supervisionada apresentada como exigência para a avali
ação do 5º semestre do curso de 
Engenharia Civil apresentado à Universidade Paulista – UNIP
.
 Orientador: Prof. Drª. Maria Alice Venturini
CAMPINAS
2017
1 INTRODUÇÃO
	A Atividade Prática Supervisionada do Curso de Engenharia Civil tem por objetivo a confecção de piso de concreto para pátio de estacionamento com a aplicação e levantamento de estudos, assim podemos aprimorar nossos conhecimentos. Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo construtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão com a melhor opção para área escolhida.
	O projeto realizado foi seguido conforme orientações disponibilizadas para construção, e assim, o piso que foi construído baseou-se em dados científicos e físicos conforme aulas de Topografia e Gerenciamentos de Obras do curso, com o intuito de apresentar a melhor opção rentável e aplicabilidade dos materiais na área de construção do mesmo.
	Este projeto trará benefícios econômicos e social, pois a área de estacionamento onde será aplicado o piso é de grande movimentação e com isso necessita de rampas de acesso para deficientes e vagas especificas conforme legislação, cobertura especial e drenagem para evitar alagamentos na área e atolamentos de veículos, será possível demarcar as áreas de cada veículo, trazendo assim conforto e tranquilidade aos usuários. Com está satisfação da sociedade veremos que o objetivo foi concretizado.
	
1.1 Objetivo Geral
Realizar um estudo de pavimentação com uso de concreto em um estacionamento.
1.2 Objetivos Específicos
Para alcançar o objetivo geral são traçados os objetivos específicos:
Buscar e levantar conhecimentos bibliográficos de fontes confiáveis e de autores relacionadas a área de estudo do projeto.
Realizar os estudos de matérias primas, objetos e demais ferramentas para estudo e aplicação no canteiro.
Estudar os componentes de cada material, ingredientes, aplicabilidade e durabilidade na obra.
Levantar as informações com visita na área de estudo para elaboração do projeto.
Realizar os cálculos e estudos Planialtimétrico.
Realizar o memorial descritivo para elaboração de todo o processo da construção.
1.3 Metodologia
Pesquisa Bibliográfica.
Anotações das aulas das matérias de Topografia e Matérias Naturais e Artificiais do curso de Engenharia Civil.
Anotações da matéria de Gerenciamento de Obras Civis do Curso de Engenharia Civil para os processos de início e conclusão do levantamento do piso.
Utilização do aplicativo Google Earth e TrackMaker para determinar uma área de 800 a 1000 metros. Após a escolha da área realizou os cálculos da mesma através de polígonos.
Utilizarão equipamentos fotográficos para coleta de imagens da área a aplicação de estudo.
Utilizarão equipamentos de medições para medir a área do terreno, como trenas. E após realização de cálculo da área.
Será realizado o memorial descritivo conforme orientado na aula de Materiais Naturais e Artificiais do curso de Engenharia Civil, através de sites e materiais didáticos disponibilizados na aula.
Pesquisas e orçamentos realizados conforme preço praticado na região de Campinas.
1.4 Justificativa
	A realização da pavimentação de concreto é importante para conhecimento no curso de Engenharia Civil, pois o gerenciamento da obra proporciona uma grande área de estudo, desde o planejamento de mão de obra, materiais utilizados na construção, orçamentos e estudo topográfico da área do estacionamento. Por isto a escolha deste local é importante, pois o mesmo está sem piso e tem acesso diário de veículos, com este planejamento será possível a escolha de qual será o material aplicado e os prazos de construção.
	A importância deste projeto trará benefícios aos estudantes e se estenderá a toda comunidade e habitantes que a frequentam, pois trará uma estética melhor ao local, melhorará a drenagem da área, evitando assim poças de agua e lama, será possível implantar sinalização e melhorar a acessibilidade ao local por deficientes.
	Com os estudos será possível escolher a melhor opção de concretagem e a mais rentável, neste caso o cimento mais os aglomerados trará um maior benefício, pois este material é de fácil manuseio e de maior durabilidade, e sendo também o mais econômico, pois não necessitará a utilização de muitos equipamentos e mão de obra. E com os estudos da área será possível verificar a quantidade necessária de material a ser utilizado, não trazendo desperdícios e falta de materiais, trazendo maior rentabilidade na conclusão do projeto.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Drenagem Urbana
A Drenagem é o processo para escoamento do excesso de água nas áreas rurais e urbanas, sendo ela o ponto principal desse estudo, onde há um alto índice de habitação. Essas medidas são tomadas para diminuir os riscos e prejuízos causados pelas enchentes e inundações provocadas pela alteração topográfica das áreas, de acordo com Tucci (2013, pág. 45) “Estes eventos podem ocorrer devido ao comportamento natural dos rios ou ampliados pelo efeito de alteração produzida pelo homem na urbanização pela impermeabilização das superfícies e a canalização dos rios”	
 As águas decorrentes da chuva, são coletadas pelos condutos subterrâneos, tubulações e calhas, sendo lançadas em lugares com fluxos naturais da água, como oceanos, lados e solos permeáveis, para que ocorra o reaproveitamento das mesmas. Vale lembrar que o percurso desse escoamento deve ser o menor possível, e de preferência com colaboração da gravidade. Porém podem ser projetados maneiras de bombeamento para que o fluxo ocorra normalmente.
 Como pode-se observar na Figura 1, com toda a mudança topográfica resultante da habitação e povoamento das áreas urbanas, os lagos e rios perdem a capacidade de escoamento natural, onde sendo uma área com tendência para a chuva, pode provocar sérias inundações e enchentes. 
FIGURA 1 - Nível da água em relação a área urbana.
 Fonte: http://aengenharianosensina.blogspot.com.br, 2013.
O processo hidrológico tem alto impacto em países subdesenvolvidos pois as drenagens são feitas de formas insustentáveis. As pesquisas apontam que:
Por seu caráter técnico, um plano diretor de drenagem urbana deve ser elaborado por equipes técnicas competentes, que dominem os ferramentais tecnológicos adequados a cada caso. (...) Entre as estratégias que podem ser utilizadas para conferir-lhe peso político, pode-se atribuir força de lei ao planejamento, constituir fundos financeiros para garantir a estabilidade do fluxo de recursos e obter apoio da sociedade por meio de campanhas de comunicação social bem conduzidas (CARDOSO, 2013, pág 5).
A drenagem urbana tem um caráter urgente e pede medidas rápidas. De acordo com Tucci (2003), os países mais desenvolvidos observaram que o custo de canalização e condutos eram muito altos, logo abandonaram esse tipo de medida, e os países pobres adotaram essas medidas, fazendo com que o retorno fosse extremamente pequeno, perdendo dinheiro e aumentandoo prejuízo. 	
 Para controlar esse tipo de custo e continuar com os processos de controle, foram adotados tipos mais modernos e sustentáveis, segundo Tucci (2003): 
Na fonte: escoamento que ocorre no lote;
Na microdrenagem: áreas em nível de loteamento;
Na macrodrenagem: sistemas coletores de microdrenagem.
Na fonte as medidas usadas são para controlar a vazão máxima, escoando para solos permeáveis e recuperar a capacidade de infiltração nas bacias. Sendo medidas que diminuem os impactos poluentes. Pode-se observar na Figura 2, como esse fluxo é subdividido. 
FIGURA 2 - Divisão da bacia envolvida no sistema.
 Fonte: http://blogdaengenharia.com, 2015.
Já a microdrenagem é estruturada pelo desenho das ruas tais como a Figura 3 mostra, com o auxílios das sarjetas e bocas de lobo, as águas coletadas vão para bacias onde serão reaproveitadas e tratadas. A maior dificuldade é a poluição das ruas, que impedem a canalização e contribuem ainda mais com as enchentes. 
 FIGURA 3 - Estrutura de microdrenagem
 Fonte: http://wwwo.metalica.com.br, 2016.
 A macrodrenagem corresponde ao sistema de rede de drenagem natural, pois sua canalização é depositada em rios e córregos, coletadas por obras de canalização, barragens e outras.	
 Com base nas pesquisas sobre drenagem urbana vale a pena ressaltar que ela é de suma importância no funcionamento das áreas urbanas, onde pela sua estrutura e povoamento, acaba sendo prejudicada com ausência de áreas verdes, solos permeáveis, e canais onde poderiam ser captadas as chuvas e reaproveitadas. Com os projetos de controle e canalização, as enchentes e inundações são diminuídas consideravelmente prejudicando menos a população (PHILIPPI, 2010).
2.2 Concreto
 A história do cimento é bem antiga e começa pelos egípcios que usavam gesso impuro calcinado, já os gregos e romanos usavam o calcário calcinado, um pouco depois aprenderam a misturar cal e água, areia e pedra fragmentada, tijolos ou telhas em cacos, assim se formava o primeiro concreto da história. A denominação do cimento pozolânico é dado devido à cidade de Pozzoli próximo ao vulcão, e era feito a partir da sílica ativa e a alumina das cinzas que reagia com o cal. Algumas estruturas romanos, em que a alvenaria e pedra era justamente com a argamassa e se formava grandes estruturas, tais como o Coliseu em Roma, e ponte Du Gard, próximas de Nîmes e estruturas de concreto como o Panteon em Roma, que resistem até hoje, firme e resistentes. (NEVILLE, 1997).
Seguiu-se o desenvolvimento de outros cimentos hidráulicos, como o “cimento romano” obtido por James Parker calcinando nódulos de calcário argiloso, culminando com a patente do “cimento Portland” registrada em 1824 por John Aspdin, um pedreicalcário extraído em dorset - é usado no mundo todo até hoje para designar um cimento obtido pela mistura em proporções apropriadas materiais calcários e argilosos, os outros materiais contendo sílica, alumina e óxido de ferro aquecida até a temperatura de clínquerização, moendo-se o clínquer resultante (NEVILLE, 1997, pág.24).	
O processo de fabricação do cimento Portland é basicamente formado em moer a matéria prima, mistura-la nas medidas adequadas e queimar essa mistura em um grande forno rotativo em até uma temperatura de cerca de 1450°C. De acordo com Neville (1997, pág 25) “Nessa temperatura o material sofre uma fusão incipiente formando pelotas. O clínquer é resfriado e moído até um pó bem fino com a adição de um pouco de gesso, resultando o cimento Portland”.
 Em 1845 Isac C. Johnson descobriu que a queima dos materiais, para se produzir o cimento deveria ser feita até que se obtivesse uma semi verificação e que todos os materiais tivessem uma proporção exata. Mas foi no ano 1848 que o primeiro ensaio de construção foi assinado e assim, considerado o embrião do concreto armado. Joseph Louis Lambot foi responsável pela construção de uma pequena embarcação de recreio, que após sete anos foi exposta na Universal de Paris, patenteando com o nome de Ferciment (SILVA, 1995).	
 Basicamente a partir daí que o concreto passou a ser amplamente difundido, muitas obras recorreram ao uso do concreto armado como meio próprio de expressão arquitetônica, destacando a igreja St. Jean Évangeliste, de montmartre, os irmãos Perret, são considerados os iniciadores da arquitetura moderna fazendo uso do concreto e o utilizando-o em colunas de edifício, o primeiro feito em 1898 dado o nome Casino Municipal de Saint Malo e um tempo depois em 1902 um prédio da Rua Franklin, em Paris que utilizava em sua estrutura aparentemente igual a do edifício (SILVA, 1995).	
 No mercado existem diferentes tipos de concretos e cada um deles com uma finalidade própria. O concreto é um material geralmente utilizado na construção civil por possuir propriedades que o tornam mais viável em relação aos outros materiais, como por exemplo o aço. Ele também possui algumas outras vantagens que o difere desses demais materiais, como resistência à água, diversas possibilidades de formas e tamanhos por elementos estruturais feitos através do mesmo, e o baixo custo, podendo ser fabricado no próprio local da obra. O cimento Portland (mistura de água, agregado graúdo e miúdo) se tornou o mais comum na área de engenharia civil.	
 Atualmente devido ao aumento da complexidade das estruturas que tem sido feitas, a exigência é cada vez maior da qualidade dos concretos, para que possa atender assim todos os requisitos para que o resultado final do projeto tenha qualidade e a segurança que toda obra necessita (NIVILLEM; BROOKS, 2013).	
Concreto Armado: Possui barras de aço em seu interior, sendo que a utilização dessas barras se dá ao fato da deficiência do concreto em relação a resistência à tração, pois o seu forte é o esforço de compressão. É utilizado na maioria das construções e o responsável pelos cálculos desse material no projeto é o calculista, que pode projetar a utilização do concreto de forma a aumentar sua resistência, e ao mesmo tempo a diminuição do volume, melhorando assim o custo-benefício. (CLIMACO, 2008) (FIGURA 4).
 FIGURA 4 - Concreto armado.
Fonte: http://www.profemilson.com.br/, 2009.
Concreto convencional: No uso deste tipo de concreto é necessário o uso do vibrador para que o adensamento seja realizado de forma correta, pela baixa trabalhabilidade e sua consistência seca. É o tipo mais utilizado de concreto nas construções, porém é importante salientar que não se deve utilizar bombas para o lançamento desse tipo de concreto e sim utilizar o auxilio de carrinho de mão, gericas, gruas ou outros meio de transporte manual. Sua resistência varia de 5,0 mPa, a partir de 10,0 até 40,0 mPa e seu abatimento (Slump) varia 40 a 70 mm (NIVELLEM; BROOKS, 2013).
Concreto Rolado: É utilizado em pavimentações urbanas, servindo de sub-base para pavimentos e barragens de grande porte. Seu baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade, permitem a compactação através de rolos compressores, mas seu acabamento não e tão bom quanto aos concretos utilizados em pisos industriais ou pavimentação de pistas de aeroportos e rodovias, sendo essa a razão do mesmo ser utilizado apenas como como sub-base (NIVELLEM; BROOKS, 2013) (FIGURA 5).
 FIGURA 5 - Concreto rolado.
 Fonte: http://www.profemilson.com.br, 2009.
Concreto de Alto Desempenho (CAD): É um concreto projetado para ser mais durável e resistente que o convencional. As misturas para esse tipo de concreto são compostas pelos mesmos materiais que a de concretos convencionais, porém as proporções são projetadas ou planejadas para fornecerem uma melhor resistência e durabilidade, a fim de atender não apenas os requisitos estruturais, mas também os ambientais. Podemos considerar esse tipo de concreto o que possui um conjunto de características que o tornam superior ao convencional para determinados fins, como exemplo: Adensamento sem segregação, permeabilidade,calor de hidratação e resistência nas primeiras idades (NIVELLEM; BROOKS, 2013).
2.2.1 Materiais Básicos Componentes do Concreto
	
 Para confecção do pátio de estacionamento será usado o concreto como matéria prima principal, o mesmo será a base desta construção. Para elaboração de determinados tipos de concreto os materiais específicos que devem ser usados são variados conforme sua finalidade, assim garantindo maior durabilidade e sua segurança.
	Conforme Bauer (1994), o concreto é um material obtido pela composição de cimento, agregados e água, podendo conter aditivos que também influenciam o seu desempenho. A proporção de seus componentes (dosagem ou traço) deve atender ás condições requeridas de resistência, trabalhabilidade e durabilidade. A resistência fornece normalmente uma indicação geral de sua qualidade por estar diretamente relacionada com a estrutura da pasta de cimento endurecida. 
Na produção do concreto utilizam-se aditivos com a função de melhorar o seu desempenho, sendo os mais comuns os plastificantes, que torna o concreto mais maleável, facilitando o trabalho. Os aditivos aceleradores e retardadores de pega permitem regular o período de manuseio do concreto, ou seja, o seu endurecimento. Há aditivos que também são usados com agentes redutores de água (Cal), impermeabilizantes, incorporadores de ar, expansores e ligantes. (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2013). 
A dosagem ou traço de concreto segundos (RIBEIRO; PINTO E STARLING, 2013, pg. 61), é a determinação da mistura mais econômica de um concreto, com características de atender às condições de serviço, utilizando os materiais disponíveis. Segundo a NBR 12655, há dois tipos de dosagem: a dosagem empírica e a dosagem experimental.
Os aglomerantes são bases importantes para produção do concreto e conforme definidos por Hagemann (2011) são usados para fixar outros materiais entre si. Geralmente são materiais em forma de pó, também chamados de pulverulentos que, misturados com a água, formam uma pasta capaz de endurecer por simples secagem ou devido à ocorrência de reações químicas. Existem alguns termos para definir a mistura de um aglomerante com materiais específicos, Entre os mais conhecidos são a pasta (mistura de aglomerante + água), argamassa (mistura de aglomerante + agregado miúdo + água) e concreto (aglomerante + agregado miúdo + agregado graúdo + água), conforme Figura 6:
 FIGURA 6 - Normas de preparação.
 Fonte: www.redimix.com.br/noticias, 2016.
	A produção do concreto pode ser realizada de forma manual, mas indicada para obras de pequeno porte, não podendo realizar o preparo do concreto de uma só vez, devido ao tempo de traço. Outro modo mais eficiente é a mecânica feita através de betoneiras devida sua capacidade ser maior e onde o tempo de produção pode variar. Para o transporte do concreto, a distância entre os locais é um ponto de análise, pois a distância não pode ser muito longe da produção e de onde será usado o concreto, caso contrário o cimento começa a reagir com o processo de pega, danificando suas propriedades de durabilidade e resistência (NEVILLEM; BROOKS, 2013).
A produção de concreto tende se obter uma mistura homogênea, caso isto não ocorra, acarreta danos a durabilidade e resistência do concreto. Nesta mistura, a pasta de cimento adicionada deve se envolver nos grãos de areia (FIGURA 7) e brita (FIGURA 8):
FIGURA 7 - Areia para Concreto.		 FIGURA 8 - Brita para Concreto.
 Fonte: www.grupomartinslara.com.br, 2015. 	 Fonte: www.minerasul.com.br/produtos, 2016.
2.2.2 Propriedades do Concreto Fresco
O concreto é considerado como fresco até o momento que tem início a pega do aglomerante e após o fim desse processo o material é considerado concreto endurecido. O concreto fresco tem como propriedades fundamentais a consistência que depende da quantidade de água adicionada ao concreto, e a coesão que refrete sobre a capacidade do concreto em manter sua homogeneidade durante o processo de adensamento. A combinação dessas características é denominada trabalhabilidade (NEVILLE, 2016).	
 Trabalhabilidade é a propriedade do concreto que depende de diversos fatores sendo internos e externos, como a consistência, a granulometria, tipos de misturas que pode ser manual ou mecânica, tipos de transportes que seriam calhas ou bombas, entre outros fatores. Existem vários métodos utilizados na trabalhabilidade sendo todos se baseando a uma deformação pré-estabelecida. (NEVILLE, 2016). O método mais conhecido, que mede a consistência do concreto, é denominado ensaio de abatimento do tronco de cone (FIGURA 9) Slump Test.
 FIGURA 9 - Ensaio de Abatimento de tronco de cone.
 Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br, 2013.
2.2.2.1 Propriedades do Concreto Endurecido
O concreto endurecido deve apresentar resistência mecânica e durabilidade compatível com as condições do projeto e ao meio ambiente no qual a estrutura fica exposta. Pra obter a resistência especificada no projeto estrutural como vemos na Figura, devem ser considerados para a dosagem do concreto a especificação da relação da água e do cimento, levando em conta os cuidados com o recebimento, transporte, lançamentos, adensamento e cura (NEVILLE, 2016).
 FIGURA 10 - Ensaio de resistência a compressão.
 Fonte: http://www.brascontec.com.br, 2015.
A resistência característica do concreto (fck) tem como probabilidade o valor de 5% referente a todas as medidas possíveis da resistência especificada à compressão, estimada pela moldagem e ensaios de corpos de prova cilíndricos aos 28 dias de idade. Já a resistência a tração simples é determinada pela norma (NBR 7222:1994) onde a resistência à tração simples de argamassa e concreto é feita por compressão diametral dos corpos-de-prova cilíndricos, ou através de realização do ensaio de flexão simples.	
 É importante saber que definir o abatimento do concreto não significa que a obra terá o concreto ideal para a execução da estrutura, é preciso passar por laboratório antes de chegar a uma trabalhabilidade para definir a dosagem do concreto, que pode sofrer deformações ao decorrer do tempo devido as condições ambientais, a relação entre a tensão sobre o corpo-de-prova e a variação de volume do concreto (NEVILLE, 2016, pág.285). 
3 Piso de Concreto para Estacionamento	
 Os pisos de concreto são ideais para locais onde exige uma maior resistência em virtude da característica do local, sendo esses pisos de industrias, hipermercados, estacionamentos, etc.
Para esse tipo de piso e qualquer outro, eles devem ser projetados de acordo com os critérios de segurança e aplicados por profissionais de conhecimento técnico e equipamentos adequados. Algumas considerações devem ser feitas, tais como o terreno, características do concreto e todos tipos influencias externas e internas, índices de nivelamento e inclinações do local. (MEDEIROS, 2011).
 Como o piso de concreto é usado para locais que exigem maior resistência, deverá ser levado em consideração os agregados que serão misturados no concreto, pois ele deve ser compatível ao peso das cargas que passarão por ele.	 Na preparação, há vários passos que devem ser observados de perto por especialistas para que não ocorra fissuras que venham a estragar todo o piso, tais como a análise do solo, execução da sub-base, isolamento do lençol plástico, observação na escolha dos materiais que serão misturados no concreto de acordo com a finalidade desse piso, espessuras das placas de concreto, e uma boa analise no acabamento final (BERTOLUCI, 2015).	
 Dentre os pisos de concreto, de acordo com Mehta e Monteiro (1994) entre eles estão:
Pisos de concreto simples: são utilizados para pavimentações de ruas e rodovias, possuindo grande espessura e maior índice de juntas.
Pisos de concreto armado: são instaladas armaduras duplas com capacidade de suportar grandes cargas, possuem espessuras menores e índicede juntas menores também.
Pisos de concreto com fibras metálicas: as fibras metálicas substituem armaduras convencionais e são montadas em telas, sua facilidade é na parte da aplicação, dispensando a armação.
Pisos de concreto com fibras sintéticas: essas fibras substituem as fibras metálicas nos pisos que suportam cargas mais leves, onde não precisa suportar muita carga.
Pisos de concreto protendido: nele utiliza-se concretagem de placas de grandes dimensões, dispensando a necessidade de juntas, gerando uma baixa manutenção, evitando as fissuras e mantendo um custo mais acessível. 
Analisando os tipos, pode-se observar que o piso de concreto armado seria o mais adequado para ser usado em um estacionamento, em razão da alta capacidade de aguentar pesos maiores, diminuição de fissuras, e o tipo de agregados que geram maior resistência para o piso. 
4 NOÇÕES DE TOPOGRAFIA
A Topografia é a ciência que estuda e descreve o relevo de um determinado local, representando graficamente as características dessa área escolhida, podendo assim delimitar propriedades e traçar rotas entre dois pontos representados no mapa. Esse estudo é muito importante para o planejamento de pequenas e grandes construções, com o intuito de evitar, por exemplo, a construção de uma nova rodovia em um local sujeito ao risco de desmoronamento. É importante ressaltar também que a curvatura natural da terra não é tomada como base para esse estudo, o que pode acabar causando uma divergência entre a distância real para a do mapa, como diz Espartel (1987, pág. 30) ‘’A topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre’’.
A Topografia é a base para o início de qualquer obra, ou seja, são necessários que se conheça primeiramente todas as dimensões e condições do terreno onde será realizada determinada obra antes de dar início à mesma, além de levantar informações sobre as variações de cota e até mesmo na localização de elementos inesperados na obra como árvores , lagos , antigas construções etc. Assim, com todos os resultados desse estudo em mãos, é possível determinar onde e como poderá ser realizada a construção ou projeto, e até mesmo prever se serão necessários serviços ou esforços que podem ser evitados, como a terraplanagem (ARANHA, 1979).
O topógrafo, profissional que realiza esse levantamento topográfico, é o responsável por colher todos os dados adequadamente e desenvolver a primeira planta (chamada de planta topográfica), onde serão marcados os pontos de referência para execução de cada serviço, locais que deverão passar pelo processo de terraplanagem, fundações, levantamento de paredes, etc. Aconselha-se que esse profissional também acompanhe a execução da obra, vendo se tudo está bem alinhado e posicionado como fora planejado, e identificando se houve deslocamento de estrutura (ARANHA, 1979).
Existem dois tipos tradicionais de métodos utilizados no levantamento topográfico em matas: O método Estático e o Rápido-Estático. O Método Estático, é onde o posicionamento do equipamento é superior a 20 minutos, enquanto no método Rápido-Estático os tempos de origem do equipamento são inferiores a 20 minutos. Nos dois casos é gerado um arquivo que contém dados brutos, os mesmos deverão ser processados a partir dos dados coletados no ponto de origem, que neste caso deverá ter um receptor GNSS coletando as observáveis do outro GNSS o tempo inteiro em que o aparelho estiver sendo utilizado. Esses métodos são mais eficazes para matas abertas, onde não há muita interferência de sinal. Nas matas fechadas podem ocorrer problemas devido a vegetação que alguma vezes acaba por interromper ou causar desvios no sinal do satélite que deverá chegar até o receptor GNSS (ARANHA, 1979).
O Método Stop and GO é mais utilizado em áreas abertas livres de obstáculos, assim ganhando tempo, pois nesse método há uma considerável na coleta de informações. Ele é inicializado deixando em um ponto qualquer e coletando as observáveis num intervalo de tempo entre 5 minutos. No passo seguinte, os demais pontos levantados serão observados num tempo muito mais curto, sendo o recomendado 30 minutos em cada ponto, assim todos os receptores configurado, base e rover numa taxa de gravação por 1 segundo, assim bastando apenas 30 segundos de posicionamento nos outros pontos do levantamento. Vale lembrar que caso haja uma perda de sinal entre os pontos, terá que haver uma nova inicialização de aproximadamente 5 minutos. Nesse método é gerado apenas um arquivo de dados brutos, o qual terá de ser processado a partir dos dados coletados no prefixo de origem (GONÇALVES, 2008).
Um outro método que pode ser também utilizado é o Cinemático. Esse método é indicado para estradas, córregos, limites de talhões etc. Como o Stop and GO, ele terá que ser usado em áreas abertas livres de obstruções. A retirada das informações neste método será feita configurando o receptor para guardar os pontos pelo tempo ou pela distância do trajeto, sendo necessário que o receptor esteja em movimento durante todo o percurso (GONÇALVES, 2008).
Em resumo, para realizar o levantamento topográfico, é necessário determinar primeiramente alguns pontos de referência que situará os elementos do terreno, demarcando assim o ponto inicial aleatório com uma estaca. Essa localização deverá ser marcada por um prego fixado à estaca. E sobre este será colocado o aparelho de medição de distância e ângulos (estação total).
Ao lado de cada estaca será colocada uma haste maior, sendo chamada de testemunha, ajudando na localização dos pontos. Neste caso, será definida por fim como NR0. E os demais irão formar um grande polígono dentro da área e serão denominados em ordem crescente (NR 1, NR 2, etc.) no sentido horário. O centro de estação total deverá ficar sempre no ponto inicial definido, pois a partir deste será determinada a distância até o próximo (BORGES, 2013).
Finalizada as devidas marcações, os topógrafos medem as posições de cada elemento em relação aquela área. E esses dados serão avaliados e incluídos na Planta topográfica que será por fim desenvolvida.
Assim que fixada a estação, e posicionado um prisma no local onde deverá ser marcado o segundo ponto da poligonal, com um sensor infravermelho, o mesmo indicará a distância do primeiro ao segundo ponto e quais ângulos terão. O processo se repete até que o mesmo seja fechado até essa poligonal (BORGES, 2013).
4.1 Equipamentos Topográficos
	Na topografia trabalha-se com medidas (Lineares e angulares) realizadas sobre a superfície da Terra e a partir destas medidas calculam-se coordenadas, áreas, volumes, etc. Além disso, estas grandezas poderão ser representadas de forma gráfica através de mapas ou plantas. Para tanto é necessário um sólido conhecimento sobre instrumentação, técnicas de medição, métodos de cálculo e estimativa de precisão conforme descrito por Kahmen (1988 apud VEIGA, ZANETTI E FAGGION,2012).
	Segundo acervo do Museu de Topografia da UFRGS, elaborado por Chaffe (2011) na origem da Topografia surgiram diversos equipamentos manuais que eram muito utilizados para medição de áreas e terras. Os egípcios foram os inventores da Groma, a qual constava de uma cruz excêntrica, com prumadas em seus extremos, fixadas a uma barra vertical. O instrumento tinha a função de orientar alinhamentos e de marcar ângulos de 90°. Foi utilizado também o Teodolito Astrométrico da segunda metade do século XX, usado em medidas geodésicas de grandes distancias e que levam em consideração a curvatura terrestre. É utilizado na medida de alta precisão de corpos celestes e na determinação da Hora Civil. Este, permite leituras de arcos com precisão de 0,01.
Para medição de distâncias são dois processos, direto e indireto. O processo direto de medição é aquele em que a distância é obtida percorrendo-se o alinhamento a ser medido com um instrumento comparativode medida, denominado de diastímetro, os mais utilizados são as trenas, fitas de aço e corrente de agrimensor. No processo indireto obtemos as distâncias com o auxílio dos cálculos trigonométricos (CORMAC, 2011).
	De acordo com Espartel (1987 apud BRANDALIZE, 2015), apesar da qualidade e da grande variedade de diastímetros disponíveis no mercado, toda medida direta de distância só poderá ser realizada se for feito uso de alguns acessórios especiais:
Piquetes e estacas testemunhas (FIGURA 11): necessários para marcar os extremos do alinhamento a ser medido e a materialização de um ponto topográfico no terreno. Onde o comprimento varia de 15 a 30 cm, sendo que 3 a 5 cm devem permanecer visível após ser cravado no solo. 
 FIGURA 11 - Piquete e Estacas (madeira)
 Fonte: www.uefs.br, 2015.
	A medida eletrônica, de acordo alguns autores, não pode ser considerada um tipo de medida direta, pois não necessita percorrer alinhamento a medir para obter o seu comprimento e nem indireta, pois não envolve a leitura de réguas e cálculos posteriores para obtenção de das distancias. Os principais equipamentos utilizados atualmente na medida eletrônica de distâncias e/ou ângulos são a Trena Eletrônica: dispositivo composto de um emissor/receptor de sinais que podem ser pulsações ultrassônicas ou feixe de luz infravermelho e o Teodolito Eletrônico: possui uma ótica de alto rendimento, mecânica de precisão e altíssima confiabilidade. Kavanagh e Bid (1996, apud BRANDALIZE, 2015). 
5 MEMORIAL DESCRITIVO
Memorial descritivo é um documento que detalha e informa todo o projeto a ser realizado de acordo com a obra, um a um, todos os itens da edificação a ser construída, como materiais, acabamentos, estrutura, instalações, localização da obra, proprietário, conceituação do projeto, normas adotadas para realização de cálculos, objetivo e demais detalhes que podem ser importantes para o entendimento completo do projeto. Tudo de acordo com a Norma de Desempenho (NBR 15.575:2013) com objetivo de contar todo o desenvolvimento do projeto e garantir que a execução seja feita de forma correta.	
 O memorial descritivo serve para relatar em texto o que está representado no projeto, tendo um registro técnico com valor legal quando assinado pelo profissional ou responsável técnico, como outros laudos para regularização de construção existente. Existem tipos de memoriais descritivos como o residencial, comercial, para execução de piscina, de desmembramento, de unificação, residencial para demolição, de tanque séptico e fossa, de muro de arrimo/aterro, entre outros.
 Para elaborar um memorial o verbo tem que estar sempre no passado, pois a edificação já foi construída e para dar inicio a aprovação de um projeto é necessário preencher um requerimento oficial preparado pelo profissional e assinado pelo proprietário para obter o alvará de construção da obra. O mestre de obra, pedreiro, ou qualquer outro profissional devera sempre obedecer ao memorial descritivo que deve ter de acordo com Rendeiro (2016):

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