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CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS MÓDULO 1

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CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES 
FOTOVOLTAICOS PARA PROFISSIONAIS 
 
MÓDULO 1 
 
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS PARA PROFISSIONAIS 
 
MÓDULO 1. Introdução aos Sistema Solares (TOTAL:5Horas) 
 
1.1. Apresentação dos objetivos do curso, reforçando o caracter pratico e introdutório nesta 
área, assim como breve revisão de conceitos de eletricidade básica. 
 
1.2. Geometria solar. 
 
1.3. Cálculo de Ângulos e posicionamento de estruturas 
 
1.3.1 Fundamentos teóricos básicos. 
 
1.3.2 Apresentação de Acessórios. 
 
1.3.3 Materiais e Técnicas de tratamento. 
 
1.4. Sombreamentos 
 
1.5. Sistemas Solares Fotovoltaicos 
 
 1.5.1 Efeito Fotovoltaico. Introdução e princípio de funcionamento. 
 
 1.5.2 A Célula Fotovoltaica - Características, tipos e métodos de fabrico 
 
 1.5.3 Principais componentes dos sistemas fotovoltaicos 
1.1 - OBJECTIVOS: 
 
Esse curso visa dotar os profissionais de 
engenharia de uma visão muito pratica deste 
tipo de sistemas, dotando-os de metodologias 
simples para resolução de alguns dos seus 
problemas enquanto técnicos na área, fazendo 
cálculos rápidos, resolvendo exemplos 
práticos, e possibilitando o contacto direto 
com materiais e equipamentos 
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INTRODUÇÃO 
 
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A radiação solar não chega unicamente 
sob a forma de luz visível. Recebemos 
também radiação não visível para o olho 
humano. 
A gama de radiações visíveis para os 
nossos olhos abrange valores de 
comprimentos de onda entre 0,38 e 0,78 
μm (1 μm = 1 micrómetro ou micra = 1 x 
10-6 m). 
1.2 – GEOMETRIA SOLAR 
 
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A energia produzida pelo Sol transmite-se no espaço em forma de radiação 
eletromagnética. Esta radiação é um conjunto continuo de ondas de diversos 
comprimentos de onda, dos quais a luz visível é apenas uma pequena parte. 
A figura que se segue mostra a distribuição da radiação solar extraterrestre e 
denomina-se de “espectro da radiação”. A distribuição da radiação no espectro 
solar, em função do comprimento de onda, esta representada na tabela. 
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DADOS IMPORTANTES 
Diâmetro aproximado da Terra : 12.800km 
 
Diâmetro aproximado do Sol : 1.392.000km (aprox. 110 vezes o Diâmetro da Terra) 
 
Distancia aproximada da Terra ao Sol : 149.600.000km 
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MASSA DE AR 
Quando a radiação solar atravessa a atmosfera sofre diversas alterações, devido a 
vários fatores, como por exemplo: 
 
– Vapor de agua; 
– Ar; 
– Partículas em suspensão; 
– Sujidade; 
– etc. 
 
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MASSA DE AR 
A massa de ar é uma porção individualizada do ar atmosférico que possui nas suas 
características e propriedades as condições gerais do tempo dos locais onde se 
formam. O deslocamento da massa de ar é provocado pela diferença de pressão e 
temperatura entre as diversas áreas da superfície. 
 
A massa de ar tem efeitos na radiação solar. O angulo de incidência dos raios solares 
através da atmosfera terrestre faz com que estes possuam um percurso com maior 
ou menor massa de ar atravessada, mudando esta com a declinação da Terra em 
relação ao Sol. 
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O nível de radiação anual em todo o nosso planeta, que resulta de registos 
realizados com o auxilio dos instrumentos descritos e guardados ao longo 
dos anos, é mostrado na figura. 
De notar que do mais claro para o mais escuro, representa a subida do nível 
de radiação solar nesses locais: 
 
 
1.3 – CALCULOS DE ANGULOS E POSICIONAMENTOS DE ESTRUTURAS 
 
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O conceito de Latitude torna-se importantíssimo para o inicio ao estudo desta 
matéria (Angulo do “Raio” normal à superfície no ponto em estudo e a linha 
do equador) 
Em apenas uma hora o Sol oferece-nos a quantidade de energia necessária 
consumida pela humanidade. Durante um ano, cerca de 5 × 1020 J e, mais 
fantástico ainda: em 40 horas libera a energia equivalente às reservas 
estimadas de petróleo existentes na Terra. É meritório fazer uma pequena 
pergunta: 
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Em apenas uma hora o Sol oferece-nos a quantidade de energia necessária 
consumida pela humanidade. Durante um ano, cerca de 5 × 1020 J e, mais 
fantástico ainda: em 40 horas libera a energia equivalente às reservas 
estimadas de petróleo existentes na Terra. É meritório fazer uma pequena 
pergunta: 
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Porque desperdiçamos tanto? 
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A tecnologia fotovoltaica vem sem qualquer duvida marcar aqui o seu 
espaço…recorrendo ao uso das suas tecnologias, e boas técnicas de arte, 
maximizando o potencial solar disponível… 
Falando em regras de arte, porque é então tão importante a perpendicularidade 
dos raios solares na superfície exposta? Justificação recorrendo a Cálculo 
Pmod = Gsolar . ηmodulo . ηtemperatura . sin(α) 
 
sendo: 
Pmod – Potencia Mod PV (Wp) 
ηmodulo - Rendimento Mod PV (%) 
η temperatura Perdas temperatura (%) 
α - Angulo de Incidência da radiação na superfície Mod PV 
 
α 
Mod PV 
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Justificação recorrendo a Senso Comum 
 
Ver exemplo lanterna 
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Duas das variações de interesse e que traduzem a dependência temporal da 
irradiação solar, são: 
 
 
 - Angulo de declinação Solar; 
 
 - Angulo Horário; 
 
\ 
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Ao longo da sua trajetória em torno do sol, o planeta terra tem quatro posições 
características, respeitantes a dois solstícios, de verão e inverno, e dois 
equinócios, os de primavera e outono. Estas posições representam as quatro 
estações do ano. 
 
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ANGULO DE DECLINAÇÃO SOLAR 
 
Ângulo feito entre o plano vertical que passa pelo equador solar e terrestre, que 
varia entre os 23,5 graus positivos e os 23,5 graus negativos, de acordo com o dia 
do ano. Este ângulo pode ser calculado recorrendo á seguinte expressão: 
 
 
 
 
Sendo n= 1,2,3….365 dias ano (Dia Juliano) 
 
 
 
 
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Assim, como exemplo para o dia de 28 de Abril teremos: n= 118 
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E para o dia de hoje, 18 de Outubro teremos: n= 322 
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E para o dia de hoje, 18 de Novembro teremos: n= 322 
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS PARA PROFISSIONAISANGULO HORÁRIO 
 
O ângulo horário, por seu turno, é o ângulo formado entre o meridiano 
local e o meridiano celeste, que contem o sol. É medido a partir do plano 
do equador, variando de 0 graus, no meridiano local, a 360 graus. No 
entanto, o mais comum, é ser medido em horas, 0 às 24 horas, passando a 
designar-se por tempo solar. Adota-se, normalmente, um ângulo de zero 
graus ao meio dia solar, sendo que a contagem começa de este, com sinal 
negativo, acabando para oeste com sinal positivo. 
 
 
 
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Sendo H o angulo horário, representando o nº de graus que a terra deverá girar até 
chegar ao meio dia do seu meridiano local e o angulo entre a tangente à terra no local 
onde nos encontramos e o raio de sol (ou seja, simplificando, entre a superfície da terra 
no local onde nos encontramos e o raio de sol). 
 
H= 15º (graus que a terra gira por hora) x nº de horas em falta até ao meio dia solar. 
 
 
 
 
ANGULO SOLAR 
 
O ângulo solar pode então ser representado pelo respetivo tempo solar de 
acordo com as equações apresentadas. 
 
 
 
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Através de carta solar 
ANGULO SOLAR 
 
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Em Fortaleza consideramos o meio dia solar aproximadamente às 11:30h locais 
http://www.sunearthtools.com/dp/tools/pos_sun.php?lang=pt#txtSun_4 
ANGULO SOLAR - EXERCICIO PARA DIA 28 DE ABRIL 10:00h 
 
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ANGULO SOLAR 
 
Assim, e tendo como exemplo do dia, 28/04 às 10h da manhã em Fortaleza 
(LAT: 3.72º S) , consideramos: 
 
 
 
ANGULO DE INCLINAÇÃO DO MODULO SOLAR 
 
De acordo com os ângulos de declinação solar e horário do exercício anterior, no 
dia em causa à hora indicada o meu painel solar deverá teoricamente, com o plano 
horizontal, ter a inclinação de: 
 90º - 60.34º = 29.66º 
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ANGULO DE INCLINAÇÃO DO MODULO SOLAR 
 
Calculemos então para o dia de hoje, à mesma hora: 
 
-ANGULO DE DECLINAÇÃO SOLAR 
 
 
-ANGULO SOLAR 
 
 
 
 
- ANGULO HORARIO 
 
H= 15º (graus que a terra gira por hora) x nº de horas em falta até ao meio dia solar 
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ANGULO SOLAR 
 
Assim, e tendo como exemplo do dia de hoje 18/11 às 10h da manhã em Fortaleza 
(LAT: 3.72º S) , consideramos meio dia solar às 11:15h (ver carta solar): 
 
 
 
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Apresentamos em seguida duas formas simples e expeditas de 
calculo deste angulo, em sistemas fixos: 
Formula resumida para sistema fixos Tabela resumo de inclinações 
Se Latitude > 7º 
Se Latitude < 7º 
Este angulo nunca deverá ser inferior a 10º por motivos de manutenção. As 
águas pluviais ajudarão na limpeza evitando acumulação de resíduos sólidos. 
ANGULO DE INCLINAÇÃO DO MODULO SOLAR EM SISTEMAS FIXOS 
 
Como exemplo calculemos para as cidades de: 
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FORTALEZA (LAT:3º SUL) 
Tabela resumo de inclinações 
LISBOA (LAT: 38º NORTE) 
Formula resumida para sistema fixos 
Tabela resumo de inclinações 
Formula resumida para sistema fixos 
1.4 – SOMBREAMENTOS 
 
Os efeitos dos sombreamentos estão diretamente relacionados com os seguintes 
fatores: 
– A distancia mínima entre fileiras de módulos FV. Os próprios módulos poderão 
provocar sombreamentos uns nos outros; 
– Perdas por orientação e inclinação; 
– Perdas por sombreamentos provocados por objetos alheios 
 
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De forma a melhor resolver 
esta questão, deverão ter-se 
em consideração os cálculos 
apresentados: 
Sendo: 
 
d – distancia entre objeto que faz sombra e o modulo solar; 
h – altura do objeto que faz sombra; 
 β - ângulo a que corresponde a altura mínima do Sol a 21 de junho; 
α – ângulo de inclinação dos módulos solares 
 
Desta forma, considerando que irei instalar um modulo FV do tipo 
apresentado, em Fortaleza, a distancia entre linhas de módulos será calculada 
da seguinte forma: 
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1º - Calculo da altura do objeto que 
provoca sombra: 
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2º - Calculo (dentro das 6 HSP) do ângulo solar β a que corresponde a altura mínima do 
Sol a 21 de junho (Hemisfério Sul, sendo para 21 de dezembro no Hemisfério Norte) . 
Assim consideramos: 
NOTA: 
 
21 de junho é o 172º dia do ano 
 
21 de dezembro é o 356º dia do ano 
NOTA: Não esquecer, H trata-se do angulo 
horário, representando o nº de graus que a 
terra deverá girar até chegar ao meio dia do 
seu meridiano local. 
 
http://www.sunearthtools.com/dp/tools/pos_sun.php?lang=pt#txtSun_4 
 
H= 15º x nº de horas em falta até ao meio 
dia solar. Neste caso consideramos a 
situação de perto de final das horas de sol 
a pico 
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3º - Calculo do sombreamento: 
NOTA: esta distancia deverá ser considerada a mínima, no entanto estudada caso a caso. 
Não esquecer que em determinadas situações ou zonas poderão e deverão ser deixados 
corredores para acesso de manutenção, onde pelo menos deverá haver espaço para acesso de 
uma UP (Unidade Pessoa). 
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3º - Calculo do sombreamento em Autocad: 
1.5 – SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS 
 
1.5.1 - EFEITO FOTOVOLTAICO. INTRODUÇÃO E PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO 
 
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RESUMINDO, PODEREMOS AFIRMAR QUE EFEITO FOTOVOLTAICO É A 
PRODUÇÃO DIRECTA DE ENERGIA ELETRICA ATRAVÉS DA ENERGIA DA 
LUZ. 
 
 
 
1.5.2 - A CÉLULA FOTOVOLTAICA 
CARACTERISTICAS, TIPOS E METODOS DE FABRICO 
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Como já descrito no capitulo anterior, a célula fotovoltaica é 
a responsável, pelo efeito fotovoltaico. O próprio termo já 
sugere o funcionamento desses dispositivos: "foto" 
significa "luz" e "voltaica" quer dizer "energia". O efeito 
fotovoltaico foi descrito pela primeira vez pelo físico francês 
Alexandre-Edmond Becquerel, em 1839. 
 
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Basicamente, trata-se da criação de uma tensão elétrica pela 
exposição dessas células sensíveis à luz. 
 
As células fotovoltaicas são feitas de materiais 
semicondutores, mais comumente o silício cristalino. Apesar 
das vantagens do uso da energia renovável, a adoção da 
energia solar para o abastecimento de cidades inteiras é 
inviável na maioria dos casos. 
 
Cada célula solar com 10 x 10 cm produz cerca de 0,5 Volt de 
tensão e 2,4 Ampére de corrente com luz solar total. Istocorresponde a cerca de 1,2 Watt de rendimento. 
 
 
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Esta corrente unidirecional é constante para uma dada radiação incidente. A junção 
p-n funciona como um díodo que é atravessado por uma corrente interna 
unidirecional ID, que depende da tensão V aos terminais da célula. 
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Modelo matemático da célula fotovoltaica 
A fonte de corrente IS representa a 
corrente elétrica gerada pelo feixe de 
radiação luminosa, constituído por 
fotões, ao atingir a superfície ativa da 
célula (efeito fotovoltaico). 
O rendimento da célula, a Potencia máxima, a área 
da célula e a radiação incidente sobre a mesma 
relacionam-se da seguinte forma: 
 
 
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Sendo: 
η - rendimento da célula; 
Pmax - Potencia máxima (W) , 
A - área da célula (m2) 
G - radiação incidente (W/m2) 
 
 
Fator de Forma – Quociente entre a potência de ponta e o 
produto VCA – Tensão em circuito aberto Icc – Corrente de 
curto circuito. 
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Sendo: 
FF – Fator de forma; 
Pmax - Potencia máxima (W) , 
VCA – Tensão em circuito aberto (V) 
Icc – Corrente de curto circuito (A) 
 
 
As células em uso comercial apresentam um fator de forma 
entre 0,7 e 0,85. Naturalmente que será desejável trabalhar 
com células em que o fator de forma seja o maior possível. 
Os painéis que usam o silício, por exemplo, têm níveis de eficiência na faixa dos 
10% a 20% e altos custos de produção. Menos comuns, os painéis fabricados a 
partir o composto sintético arsenieto de gálio são mais eficientes, mas ainda 
mais caros devido à raridade do material. Atualmente, os módulos fotovoltaicos 
de silício apresentam uma vida útil de 25 anos. Um dos desafios que se coloca é 
o de encontrar novos acessórios e equipamentos que ponham esta fasquia bem 
acima e com um grau de eficiência bastante elevado. 
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O processo de fabrico das células 
e módulos fotovoltaicos está 
representado nas seguintes 
figuras e de acordo com vídeo 
apresentado mais à frente. 
CELULAS DE SILICIO CRISTALINO (1ª Geração) 
 
Esta ainda é a geração tecnológica que domina o mercado. 
Hoje, 90% dos fotogeradores instalados no mundo são feitos 
à base de silício cristalino. Dentro destes, o silício 
monocristalino é o mais antigo, e ainda o que domina o 
mercado. Tipicamente, apresenta eficiências entre os 15% e 
os 18%, e é utilizado em todo o tipo de aplicações terrestres 
de média e elevada potência. O silício multicristalino (ou 
policristalino) é uma alternativa um pouco mais barata, mas 
também menor performance. Neste momento, no mercado, 
existem três tipos de células, conforme o método de 
fabricação: 
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– Células de silício monocristalino: Estas células obtém-
se a partir de barras cilíndricas de silício Monocristalino 
produzidas em fornos especiais. As células são obtidas 
por corte das barras em forma de pastilhas quadradas 
finas (0,4-0,5 mm de espessura). A sua eficiência na 
conversão de luz solar em eletricidade situa-se na ordem 
dos 15 a 18 %. 
– Células de silício policristalino: Estas células são 
produzidas a partir de blocos de silício obtidos por 
fusão de bocados de silício puro em moldes especiais. 
Uma vez nos moldes, o silício arrefece lentamente e 
solidifica-se. Neste processo, os átomos não se 
organizam num único cristal. Forma-se uma estrutura 
policristalina com superfícies de separação entre os 
cristais. 
A sua eficiência na conversão da luz solar em 
eletricidade e ligeiramente inferior às monocristalinas 
situando-se entre os 12 a 16%. Máxima absorção de 
energia em comprimentos de onda de 500 nm. 
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CELULAS DE PELICULA FINA (2ª Geração) 
 
A segunda geração de células vem responder a uma necessidade 
de redução do consumo de silício, muito oneroso por requerer 
elevadas temperaturas na produção e um grau de pureza muito 
alto. A película fina tem também a vantagem de ser muito menos 
pesada, permitindo aplicações integradas em fachadas de 
edifícios. A principal tecnologia é a do silício amorfo, muito 
usada na eletrónica profissional e em relógios ou calculadoras. 
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Embora apresente eficiências muito mais baixas do que as de primeira geração, da 
ordem dos 5% a 7%, o seu fabrico é mais barato, e funciona com uma gama de 
luminosidade mais alargada. As células de Diseleneto de Cobre e Índio (CIS) são 
mais eficientes e igualmente baratas, mas contêm Cádmio, um material perigoso e 
interdito pela UE. Há ainda a tecnologia de Telurieto de Cádmio (CdTe) 
CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES (3ª Geração) 
 
Nesse cenário, encontram-se, entre outras, as células orgânicas, 
as células solares sensibilizadas por corante, também 
conhecidas por seu nome em inglês, dye-sensitized solar cell 
(DSSC) e as células solares baseadas em pontos quânticos 
(quantum dots). As células orgânicas são formadas pela junção 
de duas camadas principais, onde ocorre o efeito fotovoltaico. 
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Uma tem a função de doar elétrons e normalmente se utiliza polímeros conjugados, 
como o poli(3-hexiltiofeno), também conhecido como P3HT, a outra camada é 
aceptora de elétrons, e normalmente utiliza-se fulerenos, como o éster metílico do 
ácido -fenil-C61-butírico, o PCBM. É ainda importante referir uma outra, já bastante 
usada, mas apenas em situações muito específicas: o Arsénio de Gálio (GaAs) 
apresenta rendimentos que podem chegar a 25%, mas tem custos de produção 
muito elevados, que só permitem hoje o seu uso em satélites ou sistemas de 
concentradores (CSP). 
CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES (3ª Geração - PEROSKVITA) 
 
Este tipo de células não é ainda tão eficiente quanto a célula solar mais eficiente do 
mundo, mas apresenta outras vantagens, que a tornam numa tecnologia de futuro a 
considerar sériamente. Estre outras vantagens, apresenta: 
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- construída sobre substratos plásticos, o que lhes dá flexibilidade e um bom nível de 
transparência - com a grande vantagem de que são totalmente de estado sólido, ao 
contrario das células solares orgânicas - tipo DSC desta geração 
- arquitetura mais simples desta célula solar significa que ela pode ser produzida em 
larga escala a um custo baixo, já que o processo de deposição química usado na sua 
fabricação é compatível com as técnicas usadas pela indústria 
- as perovskitas não servem apenas para coletar a luz, desempenham também o 
papel de portadoras das cargas coletadas, o que permitiu eliminar a parte 
"molhada" das células solares sensibilizadas por corante - justamente o elo frágil 
dessa tecnologia 
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- Nestas tecnologia de última geração, a perovskita é simplesmente prensada 
entre os eletrodos de elétrons (cargas negativas) e de lacunas (cargas positivas), 
a mesma configuração utilizada nas células solares planares convencionais 
- Baixa espessura - cercade 300 nanômetros, contra 150 micrômetros das células 
de silício - o que lhes dá flexibilidade e transparência 
CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES (3ª Geração - PEROSKVITA) 
 
- Taxa de conversão na ordem de 15% 
CONCEITOS DE NOVAS CÉLULAS SOLARES 
 
 
Tecnologias de concentradores solares: usam 
um concentrador ótico para focalizar a radiação 
solar em uma pequena célula de alta eficiência. 
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“A Sharp atingiu a maior taxa de eficiência de conversão solar do mundo, de 
44,4%, usando um concentrador de células solares compostas de tripla junção. 
Essas células são usadas em um sistema concentrador baseado em lente, que 
foca a luz solar sobre as células para gerar eletricidade. 
Células solares compostas geralmente obtêm uma alta eficiência de conversão 
quando utilizam camadas de foto absorção feitas a partir de compostos de 
vários elementos, como o índio e o gálio. 
Os concentradores de células solares de tripla junção da empresa usam uma 
tecnologia por meio de uma pilha de fotoabsorção de três camadas, cuja 
extremidade inferior é feita de InGaAs (arsenieto de gálio índio). 
Para alcançar uma eficiência de conversão concentrada de 44,4%, a Sharp 
ampliou a superfície de células concentradoras eficazes para garantir a 
uniformidade da largura na interface do concentrador de células e eletródios 
conectados.” retirado Jornal GGN 
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RESUMINDO: 
 
As células de 1ª geração, baseadas em silício 
cristalino, têm alto custo de produção e 
instalação, já as de 2ª geração, têm um baixo 
custo, porém a eficiência dessas células ainda 
não alcançou um patamar satisfatório que possa 
torná-las viáveis na substituição das células de 
silício cristalino. Além disso, muitas células de 2ª 
geração são compostas de materiais tóxicos ou 
raros. As células de 3ª geração compreendem as 
tecnologias emergentes e ainda não encontradas 
no mercado. Atualmente, essas células 
representam a possibilidade de associar 
eficiência e baixo custo. 
MÉTODOS DE FABRICO DE CELULAS DE SILICIO 
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PRINCIPAIS PARAMETROS DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA: 
 
– Corrente de curto-circuito (ICC para U = 0): É o valor da corrente máxima 
que uma célula pode entregar a uma carga sob determinadas condições de 
radiação e temperatura correspondentes a um valor de tensão nula e, 
consequentemente, potencia nula; 
 
– Tensão de circuito aberto (UOC com I = 0): É o máximo valor de tensão que 
uma célula pode entregar a uma carga sob determinadas condições de 
radiação e de temperatura, correspondentes a uma circulação de corrente 
com valor nulo e, consequentemente, potencia nula; 
 
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– Potência pico (PMPP): É o valor máximo de potencia que se pode entregar a uma 
carga e corresponde ao ponto da curva no qual o produto V x I e máximo; 
 
– Corrente à máxima potência (IMPP): E o valor da corrente que é entregue a uma 
carga à máxima potencia, sob determinadas condições de radiação e de 
temperatura. É utilizada como corrente nominal do mesmo. 
 
– Tensão a máxima potência (UMPP): É o valor da tensão que é entregue à carga à 
máxima potencia, sob determinadas condições de radiação e temperatura. É 
utilizada como tensão nominal do mesmo. 
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Fatores como a intensidade da radiação solar incidente e temperatura ambiente 
influenciam diretamente o desempenho de uma célula fotovoltaica, o que facilmente 
se consegue observar através da sua característica I-V. 
A corrente de curto-circuito aumenta de forma aproximadamente linear com o 
aumento da radiação incidente, ao passo que o valor de tensão de circuito aberto 
pouco varia com a variação da radiação, sendo esta habitualmente desprezada nos 
cálculos. 
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A temperatura é um parâmetro importante uma vez que, estando as células 
expostas aos raios solares, o seu aquecimento e avultado. Alem disso, uma parte 
da incidência solar absorvida não é convertida em energia elétrica, mas sim 
dissipada sob a forma de calor. 
Esta e a razão pela qual a temperatura de uma célula é sempre mais elevada em 
relação a temperatura ambiente. Num sistema com módulos ligados em serie e 
perante baixas temperaturas, o aumento de tensão num modulo poderá 
ultrapassar a tensão máxima permitida pelos dispositivos a jusante. No Verão, 
devido ao aumento de temperatura, pode-se verificar uma diminuição na potencia 
produzida de 35 %, sendo que para evitar este fenómeno, os módulos devem ser 
capazes de dissipar o excesso de calor para o exterior. 
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1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS 
 
- MÓDULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS 
 
- INVERSOR 
 
- BANCO DE BATERIAS 
 
- REGULADOR 
 
 
 
 
 
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- MODULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS 
 
Um módulo ou painel fotovoltaico consiste num número de células solares 
ligadas eletricamente, normalmente em série, podendo também ser ligadas em 
paralelo, encapsuladas e montadas numa estrutura. Esta associação de células 
solares, tanto em série como em paralelo, deve-se ao facto da sua potência 
máxima não exceder normalmente os 2 W, o que se torna manifestamente 
insuficiente para a maioria das aplicações. 
 
 
1.5.3 –PRINCIPAIS COMPONENTES DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS 
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O número de células num módulo é determinado pelas necessidades da carga a 
alimentar, sendo que normalmente são utilizadas de 30 a 36 células de silício 
cristalino ligadas em série, dependendo do local onde os sistemas serão 
instalados. 
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Por sua vez, os módulos também podem ser 
associados em série e paralelo como acontece nas 
células, formando assim um gerador fotovoltaico. 
Assim sendo e como é de esperar, a associação de 
módulos em série irá ter influência sobre o nível de 
tensão que o sistema irá ter, ou seja, se se pretender 
ter uma tensão superior para o sistema deverão ser 
associadas uma maior quantidade de módulos em 
série. No entanto, se o objetivo for aumentar a 
corrente elétrica, deveremos associar uma maior 
quantidade de células em paralelo. 
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PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE MODULOS FOTOVOTAICOS 
 
Na construção dos módulos, é necessário dotá-los 
de características que lhes permitam resistir às 
condições ambientais adversas a que vão estar 
submetidos. Neste sentido, a fim de garantir a 
proteção contra a ação de esforços mecânicos, dos 
agentes atmosféricos e da humidade, as células são 
normalmente embebidas numa película de etileno 
acetato de vinilo (EVA). Trata-se de um materialflexível, translúcido e não refletor da radiação solar, 
que tem ainda a particularidade de assegurar o 
isolamento elétrico entre as células. 
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Para a estabilização mecânica da estrutura, o acabamento é executado com aros 
de alumínio (leves e resistentes) e uma placa de vidro. A figura representa 
esquematicamente os componentes e materiais normalmente utilizados na 
construção de módulos fotovoltaicos. 
 
 
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CAIXAS DE CONEXÃO 
 
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PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE MODULOS FOTOVOTAICOS - SILICIO AMORFO 
 
Para produção de filmes finos de silício amorfo hidrogenado, faz-se a deposição de 
silano (SiH4) via descarga induzida por radiofrequência ou por deposição de vapor 
químico induzida por plasma. Para fazer um filme dopado do tipo n, basta utilizar 
atmosfera de SiH4 contendo 1% de Hidreto de fosforo (PH3), e para obter um filme 
do tipo p utiliza-se atmosfera de SiH4 com 1% de Diborano (B2H6). As células de 
silício amorfo tem sua estrutura do tipo p-i-n. Elas são formadas por três camadas 
sobrepostas de silício amorfo, a primeira é um filme dopado do tipo p, em seguida, 
tem um filme de silício intrínseco, ou seja, puro, e por fim, tem um filme dopado do 
tipo n. A condução da corrente produzida é feita por uma folha de alumínio na parte 
posterior da célula e por um óxido condutor transparente (TCO) na parte frontal da 
célula, normalmente Dióxido de estanho (SnO2). A proteção desse conjunto na 
parte frontal é feita com vidro transparente, já na parte posterior o próprio alumínio 
exerce essa função. A eficiência dessas células chega a 12,5% em laboratório, 
porém em larga escala, elas possuem eficiência entre 6 a 9%.16-20 
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FILME SOLAR…O QUE É E COMO PODE SER APLICADO… 
 
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FILME SOLAR…O QUE É E COMO PODE SER APLICADO… 
 
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CARACTERISTICAS DOS MODULOS FOTOVOTAICOS 
 
As características (parâmetros elétricos, térmicos ou mecânicos) dos módulos 
fotovoltaicos são medidas (nas condições de referência, STC - Standard Test 
Conditions) pelos fabricantes e disponibilizadas na forma de fichas técnicas 
específicas. No entanto, em contexto de utilização real, as condições de 
referência muito raramente ocorrem. Na verdade, mesmo que um módulo 
fotovoltaico opere num cenário que eventualmente se caracterize por uma 
temperatura do ar igual a 25ºC, a temperatura do módulo será superior. 
 
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CARACTERISTICAS DOS MODULOS FOTOVOTAICOS 
 
STC= Standard-Test-Conditions (condições de teste standard). Para poder 
comparar os rendimentos de diferentes módulos, recorre-se às mesmas 
condições de teste. Radiação 1000W/m²; Temperatura 25 Graus Celsius e AM 
1,5 (AM=Air Mass; esta indicação quantifica a espessura da camada de ar. No 
equador a massa de ar é de AM=1 e na Europa cerca de 1,5). A sensibilidade 
das células solares altera-se segundo a composição da luz espectral. 
 
- Intensidade da radiação solar incidente na superfície = 1000 W/m2; 
- Temperatura do ar = 25ºC; 
- Massa de Ar = 1,5; 
 
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CARACTERISTICAS DOS MODULOS FOTOVOTAICOS 
 
 
Relativamente às características Elétricas consideram-se as já referidas para as 
células fotovoltaicas, nomeadamente: 
 
 
– Potência pico (PMPP) 
 
– Tensão a máxima potência (UMPP) 
 
– Corrente a máxima potência (IMPP) 
 
– Tensão de circuito aberto (UOC) 
 
– Corrente de circuito fechado (ISC) 
 
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WORKSHOP 1 
ENGº LUIS MOTA RODRIGUES 
 
ANTIGO RESPONSAVEL PRODUÇÃO DA FÁBRICA DE MODULOS SOLARES 
FOTOVOLTAICOS MFS EM MOURA - PORTUGAL 
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ENSAIOS REALIZADOS: 
 
- CURVA IV 
Obtida a partir de um Simulador Solar Classe AAA, 
capaz de traçar as curvas de resposta em potência 
e fazer a caracterização de todos os parâmetros 
relevantes de qualquer módulo fotovoltaico, para 
uma gama de temperaturas que vai dos -10 aos 
+70°C. 
 
- RESPOSTA ESPECTRAL 
Conseguida em Simulador Solar Classe AAA, 
dotado de um conjunto de filtros que permitem 
fazer a caracterização da resposta espectral dos 
400 aos 1.100nm. 
 
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- ELECTROLUMINESCENCIA 
Obtida a partir de câmaras de grande resolução, que 
pode ir até aos 1.024x1.024, e elevada sensibilidade, 
que atinge os 80% aos 750 nm. 
 
 
 
-CORROSÃO SALINACâmara capaz de assegurar os ensaios de corrosão 
salina e corrosão cíclica. 
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- CARGAS MECANICAS 
 
Simulação em laboratório de cargas de vento e de 
neve que podem ir muito além dos 5.400 Pa exigidos 
nas normas de certificação de produto 
 
 
 
 
 
- CICLOS TÉRMICOS 
 
Câmaras Climáticas de grande dimensão e de elevado 
rendimento, permitem a realização de ensaios 
configuráveis de ciclos térmicos, numa gama de 
temperaturas que pode ir dos -45 aos 150 °C. 
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- ENVELHECIMENTO PRECOCE UV 
 
Câmara de conceção própria e verificada através de 
espectrómetro calibrado, assegura a acumulação de 
energia equivalente a vários anos de exposição 
natural em poucos dias de simulação de esforço. 
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-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61215 
(Critérios de Qualidade dos Módulos Cristalinos) 
 
-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61646 
(Critérios de Qualidade dos Módulos Filme Fino) 
 
-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61730 
(Teste de Segurança) 
 
-Qualificação de acordo com a norma IEC EN 62108 
(certifica o projeto global do modulo – características 
elétricas, mecânicas e térmicas) 
 
- Qualificação de acordo com a norma IEC EN 61701 
(Resistência à Salinidade) 
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WORKSHOP 2 
ENGº LUIS PACHECO 
 
LABORATORIO DE CERTIFICAÇÃO DE 
MODULOS SOLARES FOTOVOLTAICOS 
LÓGICA E.M. EM MOURA - PORTUGAL 
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ASSOCIAÇÃO DE MODULOS EM SÉRIE 
 
Com a associação de módulos em serie podemos ter valores de tensão mais 
elevados, mas a corrente mantem o seu valor. 
Quando ligamos vários módulos em serie, devemos ter o cuidado de analisar a 
datasheet do fabricante, de forma a verificar qual o valor de tensão máximo 
permitido para este tipo de associação (dado pelo fabricante). De salientar que 
normalmente são colocados nos módulos díodos de desvio ou by-pass para 
prevenir eventuais avarias nos módulos, evitando que os sistemas FV bloqueiem. 
De referir ainda que nas instalações de “On grid” 
são associados módulos em serie de forma a 
garantir a tensão de arranque do inversor. 
 
 
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Analisando a figura em cima verifica-se: 
 
UT = U1+U2+U3+…+UN = n x U =….(V) 
IT = I1 = I2 = I3…= IN = …(A) 
PT = P1+P2+P3…+PN=…(W) 
PT = UT x IT = …(W) 
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ASSOCIAÇÃO DE MODULOS EM PARALELO 
 
Com este tipo de associação de módulos, o valor da tensão mantem-se e o valor da 
corrente aumenta quanto maior for a associação de módulos FV. 
 
Analisando a figura em cima verifica-se: 
 
UT = U1 = U2 = U3 =…UN = ...(V) 
IT = I1+I2+I3+…= IN = …(A) 
PT = P1+P2+P3…+PN=…(W) 
PT = UT x IT = …(W) 
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O número de módulos que irão ser ligados em série e em paralelo vai depender 
da potência desejada para o sistema a projetar, da quantidade de energia elétrica 
a ser consumida e da insolação do local. No entanto, essa associação requer 
alguns cuidados, no que concerne á proteção do sistema. Para evitar danos 
causados pelo sobreaquecimento das células sombreadas, usam-se os 
chamados díodos de bloqueio (bypass) e os díodos de passo (fileira). 
Os díodos de passo são instalados paralelamente aos módulos, quando estão 
ligados em série, criando um caminho alternativo para a corrente produzida 
pelas unidades que não estão defeituosas ou sob o efeito de sombra. Evita-se 
assim que todo o conjunto saia de serviço, possibilitando que o painel continue 
a produzir e fornecer energia elétrica, embora em menor quantidade. 
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Por sua vez, os díodos de bloqueio são instalados em série com cada célula ou 
módulo evitando problemas de curto circuitos, tensões diferentes entre 
elementos associados em paralelo e mesmo correntes inversas, provocadas 
quando o módulo passa a receber mais corrente do que a que realmente 
consegue produzir. 
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- INVERSORES 
 
Os inversores são indispensáveis em qualquer 
sistema fotovoltaico, pois são eles que fazem a 
interligação dos painéis com a rede elétrica 
principal, ou com o banco de acumuladores 
(baterias) no caso de sistemas isolados com o 
quadro de cargas, obtendo a onda de tensão com 
as características desejadas, nomeadamente 
frequência, forma da onda e conteúdos 
harmónicos. 
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Os inversores são então responsáveis por um conjunto de funções de grande 
importância para o sistema fotovoltaico: 
 
-Adequar a energia produzida e disponibilizada pelos módulos 
fotovoltaicos, com características contínuas, aos padrões da rede 
que fornecem energia em corrente alternada. 
-Rastreamento do ponto de máxima potência (MPPT – Maximum 
Power Point Tracking), através do controle da corrente e da 
tensão. Este sistema faz ajustes que permite aos módulos 
fotovoltaicos operarem constantemente no ponto ótimo. 
- Relatório de Status, onde o inversor deverá apresentar no painel 
de informação com parâmetros do sistema, como tensão, corrente 
e potência em CA e CC, energia CA acumulada entregue á rede, 
frequência e parâmetros meteorológicos como o nível de 
irradiância no gerador e sua temperatura de funcionamento. 
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Quando se escolhe um inversor, é importante ter em conta o local onde vão ser 
instalados e a condição de operação dos equipamentos, pois o fator de 
dimensionamento e as próprias características dos inversores têm de estar 
perfeitamente em sintonia. Algumas das características intrínsecas aos 
inversores e a ter em linha de conta são: 
- Eficiência ; 
 
-Segurança; 
 
-Qualidade da energia produzida; 
 
-Compatibilidade com o arranjo fotovoltaico; 
 
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TIPOS DE INVERSORES 
Inversores de Onda Quadrada 
 
Têm a vantagem de ser baratos e de fácil 
construção, apresentam porém alto valor de 
distorção harmónica, normalmente superior a 40%, 
níveis de eficiência baixos, de 60 a 80% e são 
pesados, pois utilizam transformadores de baixa 
potência volumosos. Embora este tipo de 
inversores trabalhem sem problemas com a maioria 
dos aparelhos podem surgir interferências ou 
ruídos nos televisores e sistemas de som 
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Inversores de Onda Sinusoidal 
 
São utilizados um pouco por toda a indústria 
eletrónica, pois apresentam níveis de distorção 
harmónica muito inferiores aos restantes inversores, 
1 a 5%, possuem também eficiência de conversão 
mais elevadas, normalmente entre os 90 e os 95% e 
têm também a vantagem de permitir fazer um 
controlo de frequência e de amplitude mais eficaz. 
No entanto, embora o seu preço o torne inviável para 
muitas aplicações, sistemas como eletrónica 
médica, impressoras LASER, equipamento Hi-Fi ou 
computadores exigem este tipo de alimentação. 
TIPOS DE INVERSORESCURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS PARA PROFISSIONAIS 
 
Relativamente às características Elétricas consideram-se: 
 
Input DC 
 
– Tensão máxima de entrada DC 
 
– Tensão de funcionamento DC 
 
– Corrente a máxima de entrada DC 
 
Output AC 
 
– Tensão nominal de saída AC 
 
– Frequência nominal de saída AC 
 
– Potencia Nominal 
 
– Corrente nominal de saída AC 
 
– Fator de Potencia 
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- REGULADORES 
 
A função do regulador de carga, é a de proteger as baterias de serem 
sobrecarregadas, ou descarregadas profundamente, e assim garantir, que 
toda a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos, é armazenada com 
maior eficácia nas baterias. Os reguladores de carga, utilizam-se 
principalmente em sistemas isolados da rede, compostos por módulos 
fotovoltaicos, ligados a um regulador, que por sua vez está ligado a 
baterias para alimentação. Quando a bateria fica com a carga máxima, o 
regulador de carga desvia a corrente com origem na fonte de energia para 
outra utilização ou simplesmente evita que as baterias continuem a 
carregar. 
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- REGULADORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Tensão nominal 
- Corrente de carga nominal 
- Máxima Tensão de entrada 
- Temperatura ambiente de funcionamento 
-Conexão sistema FV 
-Conexão sistema Baterias 
-Conexão sistema Carga 
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BATERIAS DE ACUMULADORES 
A bateria e um elemento essencial nos sistemas fotovoltaicos, e não só. 
Permitindo o armazenamento de energia elétrica, revela-se importantíssima. Se 
for produzida imensa energia durante o dia, como é que a poderíamos utilizar 
durante a noite? E se depois de vários dias com energia, não armazenada, o 
que se faria nos dias seguintes sem sol? Sem duvida que a bateria é 
muitíssimo importante neste tipo de situações. A um conjunto de acumuladores 
ligados em serie chamamos de bateria de acumuladores. 
 
De seguida e apresentado o símbolo elétrico de uma bateria. 
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O universo das baterias pode ser dividido segundo a tecnologia de construção. 
Para o caso das baterias ácidas existem três tipos de tecnologias: 
 Baterias Fluidas, Baterias Gel e Baterias AGM. 
 
As Fluidas ou “Células Molhadas” são o tipo mais comum dentro das baterias 
ácidas e as mais utilizadas. Neste tipo de baterias o líquido eletrolítico move-se 
livremente nos compartimentos das células, podendo o utilizador adicionar água 
destilada. Dentro deste tipo de baterias também as há seladas, sofrendo apenas 
uma pequena alteração na sua estrutura básica. 
 
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As baterias de Gel contêm um aditivo de sílica que envolve o electrólito. No gel, que 
envolve o electrólito, formam-se micro fendas que permitem as reações e 
recombinações entre a placa positiva e a placa negativa. Estas baterias usam a 
tecnologia VRLA (Valve Regulated Lead Acid Battery), ou seja, são seladas e 
possuem um mecanismo de válvula de regulação que permite o escape dos gases, 
hidrogénio e oxigénio, durante o processo de carga. A tensão de carga, neste tipo 
de baterias, é mais baixa que nos outros tipos de baterias ácidas. 
 
As baterias AGM (Absorved Glass Mat), são o último passo na evolução das 
baterias ácidas. Em vez de usarem gel, as AGM usam fibra de vidro a envolver o 
electrólito, o que contribui para que sejam as mais resistentes aos impactos. Estas 
baterias também utilizam a tecnologia VRLA, fazendo tudo o que as de Gel fazem 
mas melhor . 
 
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Nestes equipamentos a energia elétrica é armazenada sob a forma de energia 
química. Quando se necessita dessa energia armazenada, esta é novamente 
convertida em energia elétrica contínua. Cada bateria é composta por um conjunto 
de células eletroquímicas. A tensão elétrica da bateria é função do número de 
células ligadas em série. 
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TIPOS DE BATERIAS 
 
Existem diversos tipos de baterias utilizando tecnologias e materiais diferentes 
que resultam em equipamentos de tamanhos, pesos, capacidades de 
armazenamento, custos e durabilidades bastante diferentes. Existem as baterias 
automotivas especificamente projetadas para veículos nos quais se desejam 
correntes elevadas e onde ocorrem poucas descargas profundas. Existem as 
baterias próprias para tração, como as utilizadas em veículos elétricos, adequadas 
às descargas profundas características dessa aplicação. As baterias 
estacionárias, usadas como backup em condições de emergência, operam na 
maior parte do tempo em flutuação, fornecendo energia para a carga com 
esporádicos ciclos mais profundos de descarga e carga. Já as baterias 
fotovoltaicas trabalham com ciclos diários de carga e descarga, com esporádicos 
ciclos mais profundos em épocas de chuva. 
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TIPOS DE BATERIAS 
 
Existem baterias especificamente projetadas para sistemas fotovoltaicos que 
levam em conta as características próprias desse tipo de aplicação. As baterias 
mais utilizadas no Brasil em sistemas fotovoltaicos isolados são as de chumbo-
ácido do tipo automotivo, mas modificadas para trabalhar em regime estacionário 
com descargas profundas eventuais. São baterias com uma boa relação custo-
benefício. Deve ser evitado o uso de baterias automotivas comuns, utilizadas em 
veículos, que tem uma vida útil menor quando instaladas em sistemas 
fotovoltaicos. Podem também ser usadas baterias do tipo OPzS ou OPzV e outras 
baterias mais caras de acordo com as características da aplicação. 
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CARACTERISTICAS DE BATERIAS PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS 
Quanto maior é a capacidade da bateria em armazenar energia, maior autonomia 
de funcionamento na ausência de radiação solar tem o sistema. A capacidade das 
baterias determina o número de dias em que determinado sistema pode fornecer 
energia para os equipamentos consumidores, sem a presença do sol. Essa 
capacidade pode ser expressa em Wh ou kWh, mas, a forma mais comum é 
expressá-la em Ah (Ampère-hora). Essa unidade de energia quantifica a corrente 
elétrica que se pode tirar em determinado tempo da bateria, considerando-se 
condições específicas de descarga, temperatura e tensão mínima. 
As baterias mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos são de 12/24 V de tensão 
nominal. Esta é a tensão nominal, já que a tensão realmente presente nos 
terminais da bateria depende de sua condição de carga e do fornecimento ou 
solicitação externa de energia. Normalmente, a bateria está à plena carga em torno 
de 115%, não devendo receber mais corrente e quando atinge 95% as cargas 
devem ser desligadas. Estas providências aumentam a vida útil da bateria. 
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Uma bateria típica utilizada em sistemas fotovoltaicos tem uma capacidade 
nominal de descarga de 220 Ah em 20 horas - referência a 25°C. Isso significa que 
se pode tirar dessa bateria, quando totalmente carregada,11A durante 20 horas. 
Entretanto, à medida que a descarga for mais rápida ou mais lenta do que o 
especificado, a capacidade da bateria será ligeiramente diminuída ou aumentada. 
Não se deve usar normalmente toda a capacidade da bateria, pois, quando a 
profundidade da descarga ultrapassa 50% ou 60% da capacidade total, ocorre uma 
descarga profunda. Esse tipo de descarga reduz a vida útil da bateria e deve ser 
evitada em alguns tipos de baterias. 
 
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS PARA PROFISSIONAIS 
 
As baterias, devido aos seus processos internos, estão permanentemente se 
descarregando, mesmo quando não conectadas a nenhum circuito externo. 
Considerando que a energia solar fotovoltaica é normalmente, gerada em pequena 
escala, deve-se reduzir ao mínimo esta energia perdida internamente. O ideal é 
que esta auto-descarga não ultrapasse 5% ao mês na temperatura de 30ºC. 
Considerando o ciclo diário de carga e descarga das baterias em sistemas 
fotovoltaicos, é importante que estas apresentem níveis de eficiência elevados, ou 
seja, que haja pouca diferença entre a energia retirada de uma bateria e a 
quantidade de energia que se tem que colocar para que ela volte ao mesmo estado 
de carga anterior. 
A vida útil de uma bateria termina quando ela não consegue mais armazenar 80% 
da energia que armazenava quando nova. Isso significa que ela precisa ser 
substituída. É isso é um problema quando se considera que os sistemas 
fotovoltaicos estão situados em locais remotos, distantes de centros de 
manutenção. 
 
 
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A forma como a vida útil da bateria é afetada pela profundidade da descarga está 
ilustrada na Figura. 
 
 
 
CURSO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS PARA PROFISSIONAIS 
 
Considerando que os sistemas fotovoltaicos funcionam em um ciclo diário de 
carga e descarga, em condições algumas vezes adversas de temperatura, é 
importante que as baterias sejam dimensionadas e especificadas criteriosamente, 
colocadas em locais frescos e ventilados e que tenham controladores de carga 
bem ajustados que impeçam descargas profundas ou sobrecargas. 
Podem ser usadas, em sistemas fotovoltaicos, tanto as baterias abertas, que 
necessitam de inspeção periódica do eletrólito e eventual adição de água, como 
as baterias seladas, do tipo “livre de manutenção”, sem necessidade de reposição 
de água. Em aplicações pequenas em locais remotos, sem estrutura de 
manutenção, é recomendável que se use a bateria selada. 
 
 
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Nas baterias de chumbo-acido são definidas quatro importantes tensões na sua 
operação: 
 
– Tensão nominal: O valor de tensão nominal para um elemento ou para a bateria, 
e definido pelo sistema eletroquímico utilizado vezes o numero de unidades 
elementares ligadas em serie, sendo que geralmente esta impresso na carcaça da 
bateria. No caso de um elemento de bateria de chumbo-acido, este valor é de 2,0 V 
e, no caso de uma bateria de 6 elementos, é de 12,0 V. 
 
– Tensão de flutuação: E a tensão que e aplicada ao banco de baterias para evitar 
a Auto descarga. Nas baterias submetidas a tensao de flutuacao correcta circula 
uma corrente chamada de corrente de flutuação, que compensa as perdas devidas 
as reaccoes da auto-descarga. A maioria das baterias de chumbo-acido possui 
uma tensao de flutuacao na ordem de 2,20 a 2,25 V/elemento a uma temperatura 
ambiente de 25 °C. mais relevantes 
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– Tensão de carga: A tensão de carga e a tensão que se aplica nos casos em que 
há um conjunto de baterias interligadas em serie/paralelo (banco de baterias) com 
tensões individuais que diferem. A finalidade da carga e a de nivelar 
individualmente as tensões de cada bateria e também o seu estado 
de carga. 
– Tensão final de descarga: E o menor valor de tensão que é permitido a um 
elemento da bateria chumbo-acido atingir durante uma descarga. Normalmente, o 
valor da tensão final de descarga e de 1,75 V/elemento. Se este valor baixar, existe 
o risco de se danificar a bateria irreversivelmente, devido a sulfatação das placas 
ou a inversão de polaridade das mesmas, podendo-se ate inutiliza-la. 
Como exemplo deixamos uma bateria com as características mais relevantes 
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ALGUMAS MARCAS DE REFERENCIA 
 
http://www.atersa.com 
http://www.sma-portugal.com 
http://www.lorentz.de 
http://www.martifersolar.com 
http://www.bp.com 
http://www.trinasolar.com 
http://www.solarworld.de 
http://us.sunpower.com 
http://www.kyocera.pt 
http://www.sharp-solar.com 
http://www.sharp-solar.com 
http://www.bosch-solarenergy.de 
http://www.parfel.pt 
http://solarbloc.es/pt-pt/ 
https://www.moura.com.br 
 
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OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO 
 
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