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Prof. Leandro Gobbo * * 1 Revelia Direito Processual Civil II Prof. Leandro Gobbo * * Conceito * alegações de fato formuladas pelo autor. Em regra, desnecessária a fase probatória, pode haver o julgamento antecipado do mérito. Revelia implica vitória do autor? Prof. Leandro Gobbo * * Mitigação à eficácia da revelia * A revelia não produz presunção da veracidade: havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; o litígio versar sobre direitos indisponíveis; a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. Prof. Leandro Gobbo * * Mitigação à eficácia da revelia * A revelia não produz presunção da veracidade, ainda: quando a citação houver sido ficta ou o réu revel estiver preso; quando houver terceiro que ingressou como assistente do revel. Prof. Leandro Gobbo * * Após a revelia * O réu revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Pode produzir provas, se cabíveis (art. 342). Possível revelia na reconvenção? Prof. Leandro Gobbo * * Providências preliminares Direito Processual Civil II * Prof. Leandro Gobbo * * Providências preliminares Após o prazo de resposta do réu, o juiz (prazo: 5 dias, art. 226, I), toma uma das seguintes providências (art. 347): Se houver irregularidade sanável, manda supri-las (prazo: não superior a 30 dias, art. 352); Em caso de revelia com efeitos materiais, profere julgamento antecipado do mérito (art. 355); Em caso de contestação, intima o autor para réplica acerca da defesa indireta, preliminares e documentos (prazo: 15 dias, art. 350). * Prof. Leandro Gobbo * * Réplica do autor Mantém a observância do princípio do contraditório, facultada a produção de prova documental. Após a réplica: Se entender que há irregularidade sanável, manda supri-las (prazo: não superior a 30 dias, art. 352); Se acolhida preliminar insanável, extingue o processo imediatamente. * Prof. Leandro Gobbo * * Intervenção do Ministério Público Se for hipótese de intervenção do Ministério Público (art. 178), juiz determina que tenha vista dos autos. Independe de requerimento das partes. Ministério Público profere parecer no processo após a manifestação das partes. * Prof. Leandro Gobbo * * Outras providências preliminares Citação de litisconsortes necessários; Questões relacionadas a intervenção de terceiros; Inclusive citação dos terceiros e sua manifestação. * Prof. Leandro Gobbo * * Hipóteses de ausência de providências preliminares Não há providências preliminares se: Não houver resposta do réu nem inocorrência dos efeitos da revelia; O réu não produzir defesa indireta; Inexistir irregularidade processual a sanar; e, Não se produzir documento com a contestação. Passa-se ao julgamento conforme o estado do processo. * Prof. Leandro Gobbo * * Julgamento conforme o estado do processo Direito Processual Civil II * Prof. Leandro Gobbo * * Julgamento conforme o estado do processo Ao final das providências preliminares, ou estas não sendo necessárias, tem-se o julgamento conforme o estado do processo. Possíveis decisões de julgamento conforme o estado do processo: Extinção do processo, com ou sem julgamento do mérito (art. 354); Julgamento antecipado do mérito (art. 355), que pode ser parcial (art. 356); Saneamento e organização do processo (art. 357). * Prof. Leandro Gobbo * * Extinção do processo Exemplos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 354): Indeferimento da petição inicial (art. 330); Processo parado durante mais de um ano por negligência das partes; Abandono da causa pelo autor por mais de trinta dias; Ausência dos pressupostos processuais; Perempção, litispendência ou coisa julgada; Existência de compromisso arbitral; Desistência da ação. * Prof. Leandro Gobbo * * Extinção do processo Exemplos de extinção do processo com julgamento do mérito (art. 354): Decadência ou prescrição; Reconhecimento da procedência do pedido; Transação entre as partes; Renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. * Prof. Leandro Gobbo * * Julgamento antecipado Exemplos de julgamento antecipado do mérito (art. 355), sem instrução adicional: Não houver necessidade de produção de outras provas (art. 355, I); O réu for revel e ocorrer os efeitos da revelia (art. 344). Pode ser parcial (art. 356). * Prof. Leandro Gobbo * * Julgamento antecipado Quando não há necessidade de produção de outras provas, levando ao julgamento antecipado (art. 355, I)? Se a questão de fato gira em torno apenas de interpretação de documentos já produzidos pelas partes; Se não há requerimento de provas orais; Se os fatos arrolados pelas partes são incontroversos; Se não houve contestação, o que leva à admissão dos fatos como verdadeiros (art. 344). Casos de desnecessidade da audiência de instrução e julgamento. * Prof. Leandro Gobbo * * Saneamento e organização do processo Direito Processual Civil II * Prof. Leandro Gobbo * * Saneamento e organização do processo Quando não há extinção do processo, bem como não for possível o julgamento antecipado do mérito, passa-se à decisão de saneamento. Pode haver audiência de saneamento em causas complexas (357, § 3º). Reconhece que o processo está em ordem e dá início à fase probatória. * Prof. Leandro Gobbo * * Saneamento e organização do processo A decisão de saneamento e de organização do processo deve: Resolver as questões processuais pendentes; Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos (fixação dos pontos controvertidos); Definir a distribuição do ônus da prova; Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. Prof. Leandro Gobbo * * Audiência de Instrução e Julgamento Direito Processual Civil II * Prof. Leandro Gobbo * * Audiência de Instrução * Ato em que são colhidas as provas orais, especificamente: Peritos e assistentes técnicos, para esclarecimentos (art. 361, I); Depoimento pessoal das partes (art. 361, II); Oitiva das testemunhas (art. 361, III). Prof. Leandro Gobbo * * Características * Publicidade (art. 368, 189): portas abertas, presença de qualquer um que quiser assisti-la. Exceto nos casos de segredo de justiça. Presidido pelo juiz, que deverá: Manter a ordem, retirar quem se comportar de forma inconveniente, inclusive com força policial, se necessário. Registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos e atos praticados. Prof. Leandro Gobbo * * Características * Durante os depoimentos de partes, peritos e testemunhas, não podem os advogados intervir sem autorização do magistrado (art. 361, p.u.). Sempre una e contínua, ainda que dividida em mais de uma sessão (art. 365, p.u.). Pregão obrigatório das partes e de seus procuradores. Solenidade e observação do horário. Prof. Leandro Gobbo * * Atos da audiência * atos horário, a intimação; pregão das partes preparatórios: designação de data e e advogados; atos de tentativa da conciliação das partes; atos de instrução: esclarecimento do perito e assistentes técnicos; depoimentos pessoais; inquirição de testemunhas; acareação de partes e testemunhas; ato de julgamento: debate oral e sentença. Prof. Leandro Gobbo * * Adiamento da audiência * Poderá o juiz determinar o adiamento da audiência (art. 362): convenção das partes (inciso I); ausência, por motivo justificado, de qualquer das pessoas que dela devam necessariamente participar (inciso II); atraso injustificadode seu início em tempo superior a trinta minutos do horário marcado (inciso III). O impedimento de comparecimento deverá ser comprovado até a abertura da audiência. A ausência do juiz impede a abertura da audiência. A parte que der causa ao adiamento ficará responsável pelas despesas acrescidas com a realização da nova audiência (art. 362, § 3º) Prof. Leandro Gobbo * * Instrução e julgamento * A colheita da prova oral na audiência observará a seguinte ordem, preferencialmente (art. 361): 1: o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito (inciso I). 2: em segundo lugar, o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu (inciso II); 3: finalmente, completará a instrução, tomando, sucessivamente, os depoimentos das testemunhas do autor e do réu (inciso III). Prof. Leandro Gobbo * * Instrução e julgamento * Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz (art. 364). Em causas que versem sobre questões complexas, o debate oral poderá ser substituído pela posterior apresentação de memoriais, que serão produzidos em prazos sucessivos de quinze dias, assegurada vista dos autos (art. 364, 2º). Prof. Leandro Gobbo * * Instrução e julgamento * Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, na mesma audiência, o juiz proferirá a sentença, ditando-a ao escrivão. Caso não se julgue em condições de sentenciar imediatamente, poderá fazê-lo no prazo de trinta dias (art. 366) Prof. Leandro Gobbo * * Documentação * Obrigatoriamente, ficarão consignados em ata: as presenças registradas na abertura da audiência; todos os requerimentos formulados durante os trabalhos; as decisões do juiz a respeito dos requerimentos; o debate oral (se houver); a sentença (se proferida imediatamente). Prof. Leandro Gobbo * * Gravação * A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores (art. 367, § 5º). A gravação também pode diretamente por qualquer ser realizada das partes, independentemente de autorização judicial (art. 367, § 6º). *
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