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Apostila 2

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MÍDIAS DIGITAIS
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
GRADUAÇÃO COMUNICAÇÃO SOCIAL
APOSTILA 2 – 2019.2
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A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
No fim do segundo milênio da Era cristã, vários acontecimentos de importância histórica transformaram o cenário social da vida humana.
Uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado.
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A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Economias por todo o mundo passaram a manter interdependência global, apresentando uma nova forma de relação entre a economia, o Estado e a sociedade .
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A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
O capitalismo passa por um processo de profunda reestruturação caracterizado por maior flexibilidade de gerenciamento; descentralização das empresas e sua organização em redes tanto internamente quanto em suas relações com outras empresas.
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A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Em consequência dessa revisão geral, ainda em curso, do sistema capitalista, testemunhamos a integração global dos mercados financeiros, como exemplo, podemos citar: o desenvolvimento da região do Pacífico Asiático como o novo centro industrial global dominante.
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A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Segue-se uma divisão fundamental entre o instrumentalismo universal abstrato e as identidades particularistas historicamente enraizadas. 
“Nossas sociedades estão cada vez mais estruturadas em uma oposição bipolar entre a REDE e o SER”.		(Problematizar)
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A REDE E O SER
Fonte : Scmidt Eric; Cohen Jared. A nova era digital. Como será o futuro das pessoas, das nações e dos negócios. Rio de janeiro: Intríndeca, 2013.
E, num nível mais básico, cidadãos de qualquer parte poderão comparar a si mesmos e seu modo de vida com o restante do mundo. Práticas consideradas bárbaras ou retrógradas parecerão ainda mais agressivas quando vistas nesse contexto. 
(exemplos)
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GLOBAL E LOCAL
Fonte : Lima;Pretto;Ferreira. Mídias digitais: convergência tecnológica e inclusão social 
Local e global tendem a se misturar; os espaços e os tempos, ao se modificar, transformam a nossa percepção do próprio planeta.
Vivemos hoje em uma sociedade atravessada pela velocidade. Tudo, ao mesmo tempo, aqui e agora!
				(Debate consequências)
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A REDE E O SER
Fonte : Material Didático
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A REDE E O SER
Fonte : Material Didático
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UM POUCO DE HISTÓRIA - LINHA DO TEMPO
 
	
Fonte : CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. v.1. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
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No modo agrário de desenvolvimento, a fonte do incremento de excedente resulta dos aumentos quantitativos da mão-de-obra e dos recursos naturais (em particular a terra) no processo produtivo, bem como da adoção natural desses recursos.
A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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No modo de desenvolvimento industrial, a principal fonte de produtividade reside na introdução de novas fontes de energia e na capacidade de descentralização do uso da energia ao longo dos processos produtivo e de circulação.
A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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No novo modo informacional de desenvolvimento, a fonte de produtividade acha-se na tecnologia de geração de conhecimentos, de processamento da informação e de comunicação de símbolos. 
A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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O MODO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL X INFORMACIONAL 
Fonte : CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. v.1. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
 visa o desenvolvimento tecnológico para a acumulação de conhecimentos e maiores níveis de complexidade do processamento da informação. 
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LIÇÕES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Segundo os historiadores, houve pelo menos duas REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS:
A primeira começou pouco antes dos últimos trinta anos do século XVIII, caracterizada por novas tecnologias como a máquina a vapor, a fiadeira e, de forma mais geral, a substituição das ferramentas manuais pelas máquinas.
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LIÇÕES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Primeira Revolução Industrial teve como ponto central a invenção do motor a vapor em 1769. 
As máquinas a vapor passaram a substituir o trabalho humano com mais velocidade e desempenho, conduzindo os meios de produção e dando origem às primeiras indústrias.
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LIÇÕES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
A segunda Revolução Industrial, aproximadamente cem anos depois, destacou-se pelo desenvolvimento da eletricidade, do motor de combustão interna, de produtos químicos, da fundição eficiente do aço e pelo início das tecnologias de comunicação, com a difusão do telégrafo e a invenção do telefone.
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LIÇÕES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A segunda Revolução Industrial, a partir da metade do século XIX, teve a eletricidade como inovação, afetando os meios de produção e criando meios de comunicação à distância.
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ERA INDUSTRIAL 
Fonte Lúcia Santaella. Substratos da Cibercultura.
Para Santaella, a era industrial legou-nos o conceito de produção em massa, e com ele, economias que empregam operários uniformizados e métodos repetitivos na fabricação de um produto num determinado espaço de tempo.
(vídeo Chaplin)
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FORDISMO
Fonte David Harvey – Condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural.7ª edição.Edições Loyola, São Paulo, SP. 1989.
A data inicial simbólica do Fordismo deve por certo ser 1914, quando Henry Ford introduziu seu dia de oito horas e cinco dólares como recompensa para os trabalhadores da linha automática de montagem de carros.
 
O geógrafo britânico David Harvey é um dos principais intelectuais marxistas hoje e está entre os vinte cientistas sociais mais citados em todo o mundo. Atualmente é professor na City University of New York e esteve no Brasil recentemente para o lançamento de seu livro O Enigma do Capital e as Crises do Capitalismo.
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FORDISMO
Fonte David Harvey – Condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural.7ª edição.Edições Loyola, São Paulo, SP. 1989.
Ford também fez pouco mais do que racionalizar velhas tecnologias e uma detalhada divisão do trabalho preexistente, embora ao fazer o trabalho chegar ao trabalhador numa posição fixa, ele tenha conseguido dramáticos ganhos de produtividade.  
 
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FORDISMO
Fonte David Harvey – Condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural.7ª edição.Edições Loyola, São Paulo, SP. 1989.
 
O que havia de especial em Ford era a sua visão, seu reconhecimento explícito de que produção de massa significava consumo de massa, um novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova política de controle e gerência do trabalho.
 
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TOYOTISMO
O Toyotismo, também conhecido como acumulação flexível, é um modelo de produção industrial desenvolvido no Japão, destruído após a segunda Guerra Mundial, teve como ideia central, produzir apenas o que era necessário, reduzindo os estoques, produzindo em pequenos lotes com total foco na qualidade, a diversificação tomou conta do antigo modelo de padronização – fordismo.
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TOYOTISMO
 Este novo modelo, alinhado as condições que o país se encontrava, buscava a recuperação econômica e instituiu alguns princípios que promoveram o seu sucesso. Além dos mencionados anteriormente, pode-se citar também: o controle da matéria prima, o controle do desperdício, o sistema de mão de obra qualificada e multifuncional, a meritocracia, a terceirização, o trabalho em equipe – liderado por um líder, o conceito “Just in time” – produzir somente o necessário, na quantidade necessária e no tempo necessário. Pesquisas de mercado também eram realizadas para acompanhar as demandas do mercado.*
TOYOTISMO
Fonte: Thomás Frieden.
Nesta direção, vale ressaltar que de acordo com Frieden (2008) A acumulação flexível é grifada pelo confronto direto com a rigidez estabelecida pelo modelo industrial fordismo. Ainda para este autor, este sistema de produção favorece a inovação, que, indubitavelmente, pode ser considerada uma vantagem competitiva para o negócio, visto as exigências que despontam num universo em constante transformação. 
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FORDISMO
Fonte Material Didático
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O CONTEXTO SOCIAL E A DINÂMICA DA TRANSFORMAÇÃO TECNOLÓGICA
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
“EM MEADOS DA DÉCADA DE 70, OS ESTADOS UNIDOS E O MUNDO CAPITALISTA FORAM SACUDIDOS POR UMA GRANDE CRISE ECONÔMICA, EXEMPLIFICADA ( MAS NÃO CAUSADA) PELA CRISE DO PETRÓLEO, EM 1973-74. ESSA MOTIVOU UMA REESTRUTURAÇÃO DRÁSTICA DO SISTEMA CAPITALISTA EM ESCALA GLOBAL E, SEM DÚVIDA, INDUZIU UM NOVO MODELO DE ACUMULAÇÃO EM DESCONTINUIDADE HISTÓRICA COM O CAPITALISMO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL”. 
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Fonte David Harvey – Condição pós-moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural.7ª edição.Edições Loyola, São Paulo, SP. 1989.
Vale destacar que para Harvey vem ocorrendo uma mudança abissal nas práticas culturais, bem como político-econômicas, desde mais ou menos 1972. Essa mudança abissal está vinculada à emergência de novas maneiras dominantes pelas quais experimentamos o tempo e o espaço. 
A profunda recessão de 1973, exacerbada pelo choque do petróleo, evidentemente retirou o mundo capitalista do sufocante torpor da estagnação da produção de bens e a alta inflação de preços e pôs em movimento um conjunto de processos que solaparam o compromisso Fordista. 
CONTEXTO SOCIAL - REESTRUTURAÇÃO ECONÔMICA E REAJUSTAMENTO SOCIAL E POLÍTICO
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CONTEXTO SOCIAL - CRISE E MUDANÇA
Fonte : Jeffry A. Frieden. Capitalismo Global. História econômica e política do século XX.Zahar
Em consequência, as décadas de 70 e 80 foram um conturbado período de reestruturação econômica e de reajustamento social e político.
Esses sistemas de produção flexível permitiam uma aceleração do ritmo da inovação do produto, ao lado da exploração de nichos de mercado altamente especializados. 
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O CONTEXTO SOCIAL E A DINÂMICA DA TRANSFORMAÇÃO TECNOLÓGICA
Cabe enfatizar que o forte impulso tecnológico dos anos 60 promovido pelo setor militar preparou a tecnologia norte-americana para o grande avanço. Podemos dizer, sem exagero, que a Revolução da Tecnologia da Informação concentrou-se nos Estados Unidos e, até certo ponto, na Califórnia nos anos 70, baseando–se nos progressos alcançados nas duas décadas anteriores e sob influência de vários fatores institucionais, econômicos e culturais.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Pela primeira vez na história, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo.
				(Problematizar)	
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A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O que caracteriza a atual Revolução Tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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A REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Computadores, sistemas de comunicação, decodificação e programação genética são todos amplificadores e extensões da mente humana. 
	
	A integração crescente entre mentes e máquinas está alterando fundamentalmente o modo pelo qual nascemos, vivemos, aprendemos, trabalhamos, produzimos, consumimos, sonhamos, lutamos ou morremos. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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O DIVISOR TECNOLÓGICO DOS ANOS 70
SEGUNDO MANUEL CASTELLS
“Esse sistema tecnológico, que estamos totalmente imersos surgiu nos anos 70. Devido à importância de contextos históricos específicos das trajetórias tecnológicas e do modo particular de interação entre a tecnologia e a sociedade, convém recordarmos algumas datas associadas a descobertas básicas nas tecnologias da informação”. [...] 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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O DIVISOR TECNOLÓGICO DOS ANOS 70
SEGUNDO MANUEL CASTELLS
[...] Essas tecnologias representam um salto qualitativo na difusão maciça da tecnologia em aplicações comerciais e civis, devido a sua acessibilidade e custo cada vez menor, com qualidade cada vez maior”.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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O DIVISOR TECNOLÓGICO DOS ANOS 70
SEGUNDO MANUEL CASTELLS
EXEMPLOS:
INÍCIO DÉCADA DE 70  PRODUÇÃO EM ESCALA INDUSTRIAL DA 			FIBRA ÓTICA
1971  	INVENÇÃO DO MICROPROCESSADOR
1973  	DESENVOLVIDA A MATRIZ DE MUITAS TECNOLOGIAS 	DE 	SOFTWARE PARA OS PCs DOS ANOS 90
1973 / 1974  CRISE PETRÓLEO
1974 	INVENÇÃO DO TCP/IP – O PROTOCOLO DE INTERCONEXÃO 	EM REDE QUE INTRODUZIU A TECNOLOGIA DE “ABERTURA”, 	PERMITINDO A CONEXÃO DE DIFERENTES TIPOS DE REDE
1975 	 INVENÇÃO DO MICROCOMPUTADOR
1977  O PRIMEIRO PRODUTO COMERCIAL DE SUCESSO, O APPLE II, FOI 	INTRODUZIDO NO MERCADO – ABRIL . POR VOLTA DESTA 	MESMA ÉPOCA A MICROSOFT COMEÇA A PRODUZIR SISTEMAS 	OPERACIONAIS PARA MICROCOMPUTADORES [... ].
OBS.: A Revolução da Tecnologia da Informação propriamente dita nasceu na década de 70, principalmente se nela incluirmos o surgimento e a difusão paralela da engenharia genética mais ou menos nas mesmas datas e locais.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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O DIVISOR TECNOLÓGICO DOS ANOS 70
SEGUNDO MANUEL CASTELLS
CABE RESSALTAR QUE FOI EM 1969 QUE A ARPA – AGÊNCIA DE PROJETOS DE PESQUISA AVANÇADA DO DEPARTAMENTO DE DEFESA NORTE-AMERICANO, CRIOU E DESENVOLVEU A ARPANET - UMA REDE DE COMPUTADORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE . O OBJETIVO DA ARPA ERA CRIAR UM SISTEMA CAPAZ DE LIGAR COMPUTADORES GEOGRAFICAMENTE DISTANTES ENTRE SI. 
A TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELA ARPANET FOI COLOCADA À DISPOSIÇÃO DAS UNIVERSIDADES E CENTROS DE PESQUISAS E FORMOU O EMBRIÃO DA INTERNET. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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A internet foi desenvolvida na década de 1960 do século passado, nos Estados Unidos, por meio da ARPA - Advanced Research Projects Agency. Criada em 1958, pelo Departamento de Defesa Norte-Americano, a ARPA tinha a missão de mobilizar recursos de pesquisa, em particular para o mundo acadêmico, com objetivo de alcançar superioridade tecnológica militar em relação à extinta União Soviética na esteira do lançamento do Sputnik, primeiro satélite artificial da Terra, em 1957, lançado pela União Soviética. 
SATÉLITE SPUTNIK 1
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A REDE E O SER
Fonte : CASTELLS, M. 
A ARPANET entrou em funcionamento em primeiro de setembro
 de 1969, com seus quatro primeiros nós a saber:
1. Universidade da Califórnia em Los Angeles
2. Stanford Research Institute
3. Universidade da Califórnia em Santa Bárbara
4. Universidade de Utah
O DIVISOR TECNOLÓGICO DOS ANOS 70
Em 1971, havia 15 nós, a maioria em centros universitários de pesquisa. 
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Se a primeira Revolução Industrial foi Britânica, a primeira Revolução da Tecnologia da Informação foi Norte-Americana, com tendência Californiana. 
Nos dois casos, cientistas e industriais de outros países tiveram um papel muito importante tanto na descoberta como na difusão das novas tecnologias. [...]
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Para entender as raízes sociais da Revolução da Tecnologia da Informação nos Estados Unidos, além dos mitos que a cercam, segue um breve relato do processo de formação de sua fonte tecnológica mais notável: o Vale do Silício.
Silicon Valley - Vale do Silício- Localizado no Estado da Califórnia, na Baía de São Francisco. Condado de Santa Clara, 48km ao sul de São Francisco, entre Stanford e San Jose.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Foi no Vale do Silício que o circuito integrado, o microprocessador e o microcomputador, entre outras tecnologias importantes, foram desenvolvidos, e é lá que o coração das inovações eletrônicas bate há 40 anos, mantido por aproximadamente 250 mil trabalhadores do setor de tecnologia da informação. 
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O Vale do Silício foi transformado em meio de inovações pela convergência de vários fatores, atuando no mesmo local: novos conhecimentos tecnológicos; um grande grupo de engenheiros e cientistas talentosos das principais universidades da área; fundos generosos vindos de um mercado garantido e do Departamento de Defesa; e, nos primeiros estágios, liderança institucional da Universidade de Stanford. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Na verdade, a localização improvável da indústria eletrônica em uma charmosa área semi-rural, ao norte da Califórnia, pode ser atribuída à instalação do parque Industrial de Stanford pelo visionário diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade de Stanford, Frederick Terman, em 1951.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Assim que os conhecimentos se instalaram no Vale do Silício, o dinamismo de sua estrutura industrial e contínua criação de novas empresas transformaram esses lugar no centro mundial da microeletrônica, no início da década de 70. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Enquanto empresas grandes e bem-estabelecidas do leste eram rígidas (e arrogantes) demais para reequipar-se constantemente com base em novas fronteiras tecnológicas, o Vale do Silício continuou produzindo muitas novas empresas e praticando troca de experiência e difusão de conhecimentos por intermédio da rotatividade de profissionais e de cisões parciais.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Em meados dos anos 70, o Vale do Silício havia atraído dezenas de milhares de mentes jovens e brilhantes de todas as partes do mundo, marchando para a agitação da NOVA MECA TECNOLÓGICA EM BUSCA DO TALISMÃ DA INVENÇÃO E DA FORTUNA. Reuniam-se em clubes para trocas de ideias e informações sobre os avanços mais recentes. [...] 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Um desses pontos de encontro era o Home Brew Computer Club, cujos jovens visionários ( inclusive Bill Gates, Steve Jobs e Steve Wozniak) seguiram adiante para criar aproximadamente 22 empresas nos anos seguintes, inclusive a Microsoft, Apple, Comenco e North Star.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Foi no clube, lendo um artigo da Popular Electronics sobre a máquina Altair, de Ed Roberts, que Steve Wozniak se inspirou para projetar o microcomputador Apple I, na sua garagem em Menlo Park, no verão de 1976. Steve Jobs percebeu o potencial e, juntos, eles fundaram a Apple, com um empréstimo no valor de US$ 91 mil de um executivo da Intel, Mike Markkula, que entrou como sócio. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
 Aproximadamente na mesma época, Bill Gates fundou a Microsoft para fornecer sistemas operacionais a microcomputadores, embora tenha estabelecido sua empresa em Seattle, em 1978, para beneficiar-se dos contatos sociais da sua família.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O primeiro computador Altair e o primeiro Apple 
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MODO DE DESENVOLVIMENTO INFORMACIONAL
“... nova meca tecnológica em busca do talismã da invenção e da fortuna”. 						Castells
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A lição fundamental dessas histórias interessantes tem dois aspectos: o desenvolvimento da Revolução da Tecnologia da Informação contribui para a formação dos meios de inovação onde as descobertas e as aplicações interagiam e eram testadas em um repetido processo de tentativa e erro: apreendia-se fazendo. 
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Esses ambientes exigiam ( e na década de 90 ainda exigem, apesar da atuação on-line) concentração espacial de centros de pesquisa, instituições de educação superior, empresas de tecnologia avançada, uma rede auxiliar de fornecedores, provendo bens e serviços e redes de empresas com capital de risco para financiar novos empreendimentos.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Uma vez que um meio esteja consolidado, como o Vale do Silício na década de 70, ele tende a gerar sua própria dinâmica e a atrair conhecimentos, investimentos e talentos de todas as partes do mundo.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
Vídeo André Lemos
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MODELOS, ATORES E LOCAIS DA REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Cabe destacar, que o surgimento da Multimídia em meados da década de 90 criou conexões comerciais e tecnológicas entre as capacidades de projetos para computadores das empresas do Vale do Silício e os estúdios de produção de imagens em Hollywood, logo apelidados de indústria “Siliwood”. 
E em um canto obscuro de São Francisco, artistas, projetistas gráficos e ‘desenvolvedores’ de software reuniam-se na chamada “Sargeta da Multimídia” que ameaça inundar nossos lares com imagens criadas em suas mentes exaltadas.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
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O PARADIGMA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NÃO EVOLUI PARA SEU FECHAMENTO COMO UM SISTEMA, MAS RUMO A ABERTURA COMO UMA REDE DE ACESSO MÚLTIPLOS. É FORTE E IMPOSITIVO EM SUA MATERIALIDADE, MAS ADAPTÁVEL E ABERTO EM SEU DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO. 
ABRANGÊNCIA, COMPLEXIDADE E DISPOSIÇÃO EM FORMA DE REDE SÃO SEUS PRINCIPAIS ATRIBUTOS.
Fonte : CASTELLS, M. - A SOCIEDADE EM REDE
REFLEXÃO

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