RELATÓRIO BONUTI

Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
CAMPUS DE BARRETOS
Licenciatura em Ciências Biológicas
Sophia Palma Fornari
 Relatório de atividade prática: Necropsia em aves
Relatório de atividade prática apresentado ao professor Marcos Roberto Bonuti como instrumento de avaliação na disciplina Histologia e Biologia do Desenvolvimento do curso de Ciências Biológicas do IFSP/Barretos.
Barretos – SP 
Setembro -- 2019
1. INTRODUÇÃO
A prática da necropsia consiste em um conjunto de procedimentos, organizado e hierarquizado, utilizado para examinar um cadáver na busca de informações que esclareçam as alterações que o levaram a morte (Fischer e Brito,1980). Portanto, nossa aula prática de necropsia foi realizada para observamos os sistemas e a histologia da ave. 
Principais características sobre as aves:
São animais vertebrados (presença de coluna vertebral segmentada);
 - São bípedes (se movimentam na posição vertical, usando as extremidades inferiores para assentar no solo);
 - São ovíparos (embrião se desenvolve dentro de um ovo, em ambiente externo e sem ligação com a mãe);
 - São homeotérmicos (a temperatura corporal é mantida constante, mesmo com variação da temperatura do meio ambiente);
 - Possuem o corpo coberto por penas;
 - Possuem asas (grande parte das aves consegue voar com estas asas);
 - Possuem bico (usado para pegar alimentos, quebrar, furar e até transportar);
 - Possuem ossos pneumáticos (com presença de ar na parte interna, são ocos). 
- As aves não possuem a capacidade de urinar, pois não possuem bexiga para armazenar a urina. Quando consomem líquidos, principalmente água, estes vão para o intestino (local da absorção). As impurezas se transformam em urato, que saem junto com as fezes.
2. OBJETIVOS
Os objetivos gerais da aula prática foi mostrar para os alunos como se faz um procedimento de necropsia em aves, especificamente em uma galinha. 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar as características do animal antes da necropsia 
Examinar os sistemas do animal
Aprofundar os conhecimentos sobre histologia 
3. METODOLOGIA
A aula prática foi realizada no laboratório interdisciplinar do IFSP Câmpus Barretos - unidade agrícola no dia 09 de setembro de 2019, onde foi ministrada pelo Professor Bonuti com o auxílio dos alunos.
O professor utilizou uma galinha que foi doada por uma aluna. Para realizar a eutanásia, o professor cortou o pescoço da galinha utilizando Bisturi, logo após a morte, o professor forrou a bancada e fez a limpeza da galinha retirando a maioria do sangue. Em todo momento o professor e o aluno escolhido para auxiliar estavam utilizando luvas. Após esses procedimentos, o professor Bonuti começou a fazer a necropsia explicando todos os processos.
 
4. RESULTADOS
Antes da eutanásia foram feitas algumas observações:
A Mucosa estava com a pele vermelha, e a mucosa do olho possuía arborização dos vasos sanguíneos (isto significa que a ave não estava anêmica).
 Bico seco sem secreção, portanto a ave era saudável. O bico é uma adaptação da ave para apreensão de alimento e defesa
Tecido epitelial vermelho (saudável).
Esôfago das aves, tem como função dilatar para o alimento descer e para facilitar está decida, o esôfago possui muco. 
Pescoço - A traqueia possui consistência, pois tem cartilagem hialina, já o esôfago não tem essa consistência, pode ser comparado com uma “tripa”
 Não houve troca de penas, então estavam desgastadas e quebradas, e não possuía piolho 
Parte posterior - glândula uropigiana onde ocorre a secreção de óleo; professor retirou amostra do óleo (óleo pastoso) 
A ave era fêmea, portanto possui os órgãos reprodutores internamente e por conta da adaptação para o voo, desenvolveu apenas o ovário esquerdo (ovário direito é atrofiado), e é sem bexiga urinária também para adaptação do voo 
Sistema pulmonar — estático, sem capacidade de distensão. Possui os sacos aéreos que serve como reservatório de ar e facilitar o voo, os sacos se filtram nos tecidos ossos dando origem aos ossos pneumáticos. 
Cabeça, tórax e abdômen - sem diafragma (cavidade toracoabdminal), altamente eficiente no sistema respiratório, pois a galinha tem em média a temperatura em 41 graus. 
Na Altura do pescoço encontra-se o timbo que faz parte do sistema imunológico, mas a ave não apresentará, pois é adulta
Baço internamente e glândulas secais também faz parte do sistema imunológico 
O epitélio recobrindo as patas estava sem sarna 
Como a ave foi criada solta na natureza, o tecido muscular peitoral era bem desenvolvido. 
O externo das aves sofreu modificações anatômicas para comportar as extensões dos músculos peitorais, nas aves o osso externo chama-se quilha 
Desposiçao da cloaca 
Quilha, ponta do externo e os dois ossos pubianos (dedos na vertical acima de 3 dedos impostora — abaixo fora de postora, tendência do abdômen ficar duro e contrair) 
Articulação em sincronia por conta ligamentos entre as articulações
Articulação verdadeira (diartrose ou sinovial), possibilita movimento e não tem desgate do osso, pois o que está encobrindo as extremidades dos ossos é cartilagem
Após a eutanásia foram feitas algumas observações:
Fizemos a Incisão de pele e depois cortamos os grandes vasos sanguíneos. 
Começando pela boca, onde conseguimos observar a traqueia e esôfago. 
Observações: o que é voltado para região da cabeça se denomina região cranial e o que é voltado para calda, região caudal. 
Região caudal do esôfago sofre saculaçao que é o papo, que serve para amolece o alimento, umidificando-o; depois do papo, o alimento desemboca no estômago químico (pró ventrículo - antes da moela). 
Gordura é tecido adiposo (amarelo).
Musculatura se ligando ao osso, tendão - tecido conjuntivo. 
Massa muscular: quando se se puxa uma parte é feixe muscular, mais uma parte é fibra muscular e por último é miofibrila. 
O que envolve externamente todo conjunto do músculo é o epimísio 
Desarticulação coxo femoral - temos cabeça do fêmur 
Nervo ciático inflamado pode aumentar de 3 á 4x o diâmetro, isto pode se dar por conta da doença de Marek, que é uma enfermidade neoplásica causada por um vírus. 
Nervo é branco, consequentemente o nervo está normal.
Parte ventral da musculatura — órgãos vitais (coração, fígado, vesícula biliar, baço, moela), esses órgãos ficam na parte ventral por conta da proteção. 
A ave estava botando, lado esquerdo, ovário esquerdo com ovos em formação; óvulo com muita irrigação; O óvulo se desprende do ovário, encaminhado internamente no útero depois vai direto para a cloaca. 
Mucosa interna calcificada. 
Dorsal — pulmões mais cranial e rins mais caudal. 
Coração pequeno.
Pulmões sem capacidade de distensão.
Observamos os sistema reprodutor, digestório e urinário 
Podemos ver o fundo do secco
Fígado na porção inicial, vemos a vesícula biliar (produção de bile, que serve para emulsificar a gordura) 
Alça duodenal se localiza o pâncreas 
Glandulas do pró ventrículo (estômago químico)
Estômago mecânico (moela) tem a musculatura muito desenvolvida; como a galinha foi criada em um sistema extensivo solto, provavelmente possui pedregulhos para triturar o alimento e também a musculatura interna é coberta por carapaça que é uma membrana queratinizada que é membrana colinea (proteção) 
Sistema digestório - epiplon desce a saculação mesentérica (vasos sanguíneos ). 
Examinamos o intestino delgado e o intestino grosso (ceco, cólon e reto) 
No Intestino grosso, encontramos um verme menor, e um outro parasita maior na localização errática ( é de intestino delgado e veio parar no ceco) 
Verme menor — sem perigo para às aves 
Intestino delgado - quimo = digestão e absorção, diferença de conteúdo para o intestino grosso; alimento digerido 
Em granjas de produção, eles pegam aves por amostragem para fazer eutanásia, para ver se tem doença para tratar todas as aves
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/NILVAKAZUESAKOMURA/roteiro_exame_clnico_e_necropsi-a_2013.pdfhttps://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/necropsia-em-avicultura/20080924-160408-3592
https://m.todabiologia.com/zoologia/aves.htm
http://www.ufrgs.br/cdpa/images/documentos/manual_de_necropsia.pdf