INDUSTRIA 4 0 PARTE LINDA

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Os clientes não querem mais tudo igual. E, no final das contas, não é só uma questão de querer. O que de fato faz diferença em termos de desempenho, conforto e até mesmo durabilidade.
Acho que todos lembramos da 1a Revolução Industrial, a revolução inglesa que introduziu a máquina à vapor. Foi a grande expansão do império inglês, com a mecanização e um salto de produtividade.
A 2a Revolução Industrial é a revolução do Fordismo, a eletrificação, a produção em série. Já dizia Henry Ford: “Você pode ter um Ford de qualquer cor, desde que seja preto!”
A 3a Revolução Industrial, que não é reconhecida por todos, é a da automação. A revolução do silício e a eletrônica transformaram a indústria.
Já a 4a Revolução Industrial é a que está por vir, com grande suporte da onda de digitalização que estamos vivendo atualmente.
É importante ressaltar, não é mais automático, é autônomo.
São diversos componentes que fazem parte da Indústria 4.0 como pode ser visto na figura a seguir da PWC. Sendo uma combinação de diversas tecnologias estabelecidas e emergentes.
Um dos principais aspectos é a construção do Cyber Physical Space, que é o local de interação do mundo real com o virtual. De fato, trata-se de uma interação bi-lateral, onde o real manda dados para o virtual e o virtual manda decisões. Ou vice-versa. Ou do jeito que você quiser. Sim, um dos pilares da Indústria 4.0 é a flexibilidade.
Uma das habilidades importante para atuar é o conhecimento de programação, onde o Python tem se despontado como a tecnologia padrão. A Enacom tem um curso sobre o assunto que pode ser conhecido aqui.
A coleta de dados está cada vez mais intensa, tendo origem em dispositivos móveis, plataformas de IoT (do inglês Internet of Things), tecnologias de localização, e sensores inteligentes. Estas tecnologias, conectadas à nuvem (cloud computing), possibilitam a análise e processamento massivo dos dados (Big data Analytics).  De fato, está cada vez mais fácil coletar dados do mundo real, pois temos sensores espalhados em todos os cantos, com as mais diversas funcionalidades.
As interfaces homem-máquina (human machine interfaces) também são fundamentais. Espera-se cada vez mais interação entre os dois. Um exemplo da dimensão da mudança já está sendo sentida, como em roupas robóticas, que permitem as pessoas realizarem trabalhos que não fariam antes, como carregar grandes quantidades de peso.
A realidade virtual (augmented reality) nos possibilita visualizar informações dos mundo digital no mundo real. Por exemplo, podemos olhar para uma máquina e “ver” a temperatura que ela está, o nível de confiabilidade dos dispositivos.
Outro grande pilar, talvez o menos digital, é a impressão 3D. De maneira aditiva, novos objetos podem ser criados. Imaginem o cenário, uma única fábrica de roupas na sua região. Você compra da marca A, ela manda a roupa para”imprimir” na fábrica, que nem é dela. E a marca B também pode mandar! Cada uma com seu conceito, seu corte, seus materiais!
Finalmente, não menos importante, a segurança de detecção de fraude (fraud detection) vão ganhar em dimensões, por tudo que já está sendo tido.
Douglas Vieira é o CEO da Enacom , empresa com 9 anos de resultados práticos para a indústria utilizando inteligência computacional e otimização. Tem pós doutorado em computação pelo Imperial College London e graduação, doutorado e pós-doutorado em engenharia elétrica pela UFMG. Foi pesquisador assistente na University of Oxford, e tem a honraria do CNPq em produtividade em pesquisa. Nerd. Realista de manhã e otimista o resto do dia…
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