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2019 - CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTERDISCIPLINAR - MATERIAL ALUNO

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Material Específico para a disciplina de Ciências Contábeis Interdisciplinar
Material Específico para a disciplina de Ciências Contábeis Interdisciplinar
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO PARA A DISCIPLINA 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTERDISCIPLINAR
MATERIAL DO ALUNO
São Paulo / 2019
SUMÁRIO
	Questão 1 – Contabilidade Comercial.
	Questão 2 – Contabilidade Comercial.
	Questão 3 – Contabilidade Comercial.
Questão 4 – Contabilidade Comercial.
	Questão 5 – Contabilidade Tributária.
	Questão 6 – Contabilidade Tributária.
	Questão 7 – Planejamento Contábil e Tributário.
	Questão 8 – Planejamento Contábil e Tributário.
	Questão 9 – Planejamento Contábil e Tributário.
Questão 10 – Planejamento Contábil e Tributário.
Questão 11 – Planejamento Contábil e Tributário.
Questão 12 – Planejamento Contábil e Tributário.
Questão 13 – Contabilidade Intermediária.
Questão 14 – Contabilidade Intermediária
Questão 15 – Contabilidade Intermediária.
Questão 16 – Contabilidade Intermediária.
Questão 17 – Contabilidade Intermediária.
Questão 18 – Contabilidade Intermediária.
Questão 19 – Contabilidade Intermediária.
Questão 20 – Contabilidade Empresarial.
Questão 21 – Contabilidade Empresarial.
Questão 22 – Contabilidade Empresarial.
Questão 23 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 24 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 25 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 26 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 27 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 28 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 29 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 30 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 31 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 32 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
Questão 33 – Custos e Preços e Contabilidade de Custos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
�
Autoras
Christiane Mazur Doi
Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestre em Ciências - Tecnologia Nuclear, Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com Aperfeiçoamento em Tópicos de Estatística. Professora titular da Universidade Paulista.
Cristiane Nagai
Mestre em Controladoria e Contabilidade, Contadora e Advogada. Professora adjunta da Universidade Paulista.
Maria José Teixeira
Mestre em Ciências Contábeis e Financeira e Contadora. Professora adjunta e coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista.
�
Questão 1.�
A empresa Importadora Itália tem controle de estoque permanente pelo método do custo médio. No Balanço Patrimonial de 31/12/2010, o estoque final era de R$48.000,00 e, em 31/12/2011, o estoque final era de R$25.000,00.
Em 2011, a empresa efetuou compras de R$600.000,00, e o frete sobre as compras foi de R$12.000,00. Ainda em 2011, o frete sobre as vendas foi de R$45.000,00. As vendas do ano de 2011 totalizaram R$1.000.000,00. Em 2011, as devoluções de vendas totalizaram R$20.000,00. O Imposto de Importação sobre as compras foi de R$57.000,00. As demais Despesas Operacionais totalizaram R$211.000,00. 
Nessa situação, a Importadora Itália teve
Lucro bruto de R$288.000,00.
Lucro operacional de R$32.000,00
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) do período de R$635.000,00.
É correto o que se afirma em
	I, apenas.
	III, apenas.
	I e II, apenas.
	II e III, apenas.
	I, II, III.
Introdução teórica
Estoques
Conforme dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) - Estoques, item 6,
estoques são ativos:
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;
(b) em processo de produção para vendas; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.
Em outras palavras, estoques são bens destinados à venda ou à fabricação de produtos, relacionados com os objetivos e as atividades da entidade. 
Tratando-se de empresa comercial, os estoques são representados pelas mercadorias adquiridas de terceiros, denominados fornecedores, que serão revendidas aos clientes. Já na empresa industrial, os estoques são representados pelas matérias-primas (utilizadas no processo de produção), pelos produtos em processo (aqueles que se encontram em fase de transformação) e pelos produtos acabados (ativos fabricados pela entidade e que estão prontos para serem vendidos aos clientes).
Os estoques são registrados contabilmente ao seu custo de aquisição ou de transformação. O custo de aquisição de um estoque compreende o preço de compra do fornecedor acrescido de todos os demais gastos relacionados para deixar o ativo, nesse caso, o estoque, em condições de revenda, excluídos os impostos recuperáveis. 
Assim, no caso de mercadorias adquiridas para revenda, além do preço de compra, ao custo de aquisição do estoque devem ser adicionados, por exemplo, custos de seguro, de frete e de instalação. 
Conforme dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) - Estoques, item 10,
o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. 
Sistemas de avaliação dos estoques
O controle dos estoques pode ser realizado por dois sistemas: inventário periódico e inventário permanente.
O inventário periódico geralmente é utilizado pelas empresas que não mantêm controle contínuo dos estoques que lhes permita apurar, a cada venda, o custo das mercadorias vendidas. Assim, para apurar tal custo das mercadorias vendidas (CMV), é utilizada a fórmula:
CMV = Estoque inicial + Compras líquidas - Estoque Final
O inventário permanente é aquele mantido pela companhia que controla continuamente seu estoque. Desse modo, ele apura o custo das mercadorias vendidas imediatamente após cada venda realizada. 
Os métodos de valorização dos estoques são: (a) custo específico, (b) Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (PEPS) e (c) Custo Médio Ponderado ou Média Ponderada Móvel. 
Há também o método Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS). Apesar de não ser aceito pela legislação fiscal, ele é útil no que se refere ao fornecimento de informações gerenciais.
O método do custo específico é, geralmente, aplicado aos produtos produzidos por encomenda de cliente, ou seja, aos produtos produzidos e segregados para projetos específicos. O PEPS, por sua vez, pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos.
No custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. De forma geral, as sociedades no Brasil empregam o método do custo médio ponderado (ALMEIDA, 2014). 
2. Indicações bibliográficas
ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2014.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1): Estoques. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).pdf>. Acesso em 12 ago. 2014.
�
Questão 2.�
No quadro a seguir, estão demonstradas operações com mercadorias de determinada empresa.
	Data
	Descrição
	Quantidade
	Valor unitário
	2/4/2015
	Compras
	60
	R$1,50
	7/4/2015
	Compras
	90
	R$1,80
	25/4/2015
	Vendas
	?
	?
Após o inventário físico, realizado em 30/4/2015, verificou-se não ter havido quebra ou perda na movimentação. Observou-se que o saldo final correspondia a 20% do saldo de compras e que o preço unitário de venda do produtohavia sido de R$2,00. A empresa utilizou, para a avaliação de estoque, o critério denominado Custo Médio. Nessa situação, o saldo da conta Estoque e o Custo da Mercadoria Vendida (CMV), em 30/4/2015, são, respectivamente, de
A. R$50,40 e R$162,00.
B. R$50,40 e R$201,60.
C. R$90,00 e R$50,40.
D. R$162,00 e R$90,00.
E. R$162,00 e R$201,60.
1. Introdução teórica
1.1. Aspectos gerais dos estoques
Conforme ensinam Santos et al (2015), as normas relativas aos estoques constam no pronunciamento técnico CPC 16 (R1), que, além de estabelecer o tratamento contábil para os estoques, orienta sobre a determinação do valor de seu custo e seu subsequente reconhecimento como despesa no resultado do período.
Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, produtos acabados e produtos em processo de produção pela empresa. Também incluem matérias-primas e materiais que aguardam utilização no processo de produção.
O valor de custo do estoque deve considerar o preço de compra, os impostos de importação e demais tributos não recuperáveis, os custos de transporte, o seguro, o manuseio e outros gastos necessários para deixar o estoque em condições de uso ou de revenda.
No que se refere à mensuração dos estoques, o item 9 do CPC 16 (R1) determina que os estoques devem ser avaliados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, o menor dos dois.
Considera-se valor realizável líquido o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, deduzidos os custos estimados para a sua conclusão e os gastos estimados necessários para se concretizar a venda.
1.2. Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) representa a soma dos gastos incorridos para comprar, armazenar e comercializar determinada mercadoria até que ela seja vendida e se transforme em receita para a empresa.
	 Todas as vendas têm custos. A mercadoria adquirida por uma loja comercial provoca gastos que se transformam em custos no momento do reconhecimento da receita.
	A apuração do CMV está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nos estoques por vendas realizadas no período. O CMV é, portanto, composto pelos valores de todas as saídas do estoque.
1.3. Controle dos estoques
Existem dois sistemas para controlar contabilmente o valor dos estoques: o inventário periódico e o inventário permanente.
No inventário periódico, a empresa não controla o custo dos seus estoques a cada compra ou venda. No momento em que se deseja conhecer o resultado com mercadorias, utiliza-se a equação do custo das mercadorias vendidas (CMV).
No inventário permanente, há controle contínuo das entradas e das saídas de mercadorias (em quantidade e valores), de modo que a posição dos estoques e o custo das mercadorias vendidas estejam sempre atualizados e disponíveis.
O controle contínuo dos estoques pode ser feito por diversos critérios, sendo que os principais e mais frequentemente utilizados são os que seguem.
Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) ou first in, first out (FIFO).
Último a entrar, primeiro a sair (UEPS) ou last in, first out (LIFO).
Custo médio ponderado.
Custo específico ou identificado.
Nos termos do item 25 do CPC 16 (R1), o custo dos estoques, que não pode ser valorado pelo critério do custo específico ou identificado, deve ser atribuído pelo uso do PEPS ou pelo uso do custo médio ponderado.
O critério PEPS pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar, e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos.
Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período.
Pelo fato de, no método UEPS, os estoques ficarem subavaliados e, consequentemente, o lucro tributável ficar reduzido, tanto a legislação fiscal quanto o CPC 16 (R1) não permitem que os estoques sejam avaliados por esse método.
Indicações bibliográficas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1): Estoques. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).pdf>. Acesso em 03 mar. 2016.
SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. São Paulo: Atlas, 2015.
�
Questão 3.
A Cia. Arte Medieval é uma loja de móveis especializada na venda de móveis de estilo gótico. Essa empresa utiliza o sistema de Inventário Permanente para avaliar seus estoques. No mês de fevereiro de 2014, a empresa vendeu 30 mesas estilo gótico e as compras foram realizadas conforme mostrado a seguir.
	Data
	Unidades
	Preço Unitário
	Preço Total
	20.01.2014
	20
	R$300,00
	R$6.000,00
	18.02.2014
	20
	R$400,00
	R$8.000,00
Sabendo-se que o Custo das Mercadorias Vendidas, ao final de fevereiro de 2014, foi de R$11.000,00, o método de controle de estoque adotado pela empresa é
Média Ponderada Móvel.
PEPS.
Preço Específico.
Preço de Reposição.
UEPS.
�
Questão 4.
A empresa Comercial Pereira Ltda. iniciou suas atividades em 01/12/2013. Em 31/12/2013, data do primeiro balanço, apresentou a movimentação mostrada a seguir em relação à mercadoria que revende.
	Data
	Natureza da Operação
	Valor Total
	08/12/2013
	Compra de 30 unidades
	R$2.400,00
	16/12/2013
	Venda de 5 unidades
	R$500,00
	23/12/2013
	Compra de 40 unidades
	R$3.600,00
	31/12/2013
	Venda de 20 unidades
	R$2.200,00
De acordo com as informações dadas, o valor do estoque final, avaliado pelo PEPS, será de
	R$3.300,00.
	R$4.050,00.
	R$4.000,00.
	R$3.600,00.
	R$2.000,00.
�
Questão 5.
A Cia. Cristal, sociedade empresária que atua no segmento comercial, realizou, em determinado período, as operações que seguem.
Vendas no valor de R$900.000,00, incidindo ICMS à alíquota de 18%.
Compra de mercadorias para revenda no valor de R$700.000,00, incidindo sobre esse valor ICMS à alíquota de 18% e IPI à alíquota de 10%.
No início do referido período, a empresa não apresenta qualquer saldo de impostos a recolher ou a recuperar. Considerando exclusivamente as operações mencionadas, é correto afirmar que a empresa apurou, ao final desse período, 
ICMS a recuperar, no valor de R$36.000,00.
IIPI a recuperar, no valor de R$70.000,00.
ICMS a pagar, no valor de R$36.000,00.
IPI a pagar, no valor de R$90.000,00.
ICMS a pagar, no valor de R$162.000,00.
�
Questão 6.
A Cia. Industrial, fabricante de ferramentas, ao vender seus produtos para a Cia. Comercial, emitiu nota fiscal de venda com o conteúdo mostrado a seguir.
	200 martelos, tamanho grande, a R$20,00 cada um
	R$4.000,00
	Despesas com transporte até a loja do comprador
	R$100,00
	IPI
	R$410,00
	Total da Nota Fiscal
	R$4.510,00
	ICMS 
	R$738,00
Assinale a alternativa que indica o lançamento contábil no qual a Cia. Comercial, ao adquirir essas mercadorias para revenda a prazo, deverá fazer o registro da compra.
D = Estoque de Mercadorias			3.772,00
D = ICMS a Recuperar				 738,00
C = Fornecedores					4.510,00
D = Estoque					4.510,00
C = Fornecedores					4.510,00
D = Estoque de Mercadorias			3.262,00
D = ICMS a Recuperar				 738,00
D = IPI a Recuperar				 410,00
D = Despesas de Fretes				 100,00
C – Fornecedores					4.510,00
D = Estoque de Mercadorias			3.362,00
D = ICMS a Recuperar				 738,00
D = IPI a Recuperar				 410,00
C = Fornecedores					4.510,00
D = Estoque de Mercadorias			3.672,00
D = ICMS a Recuperar				 738,00
D = Despesas de Fretes				 100,00
C = Fornecedores					4.510,00
�
Questão 7.�
Uma empresa deseja subtrair o valor dos juros sobre o capital próprio da base de cálculo daProvisão para o Imposto de Renda e para a Contribuição Social. A empresa apresentou Patrimônio Líquido de acordo com os dados abaixo.
	Capital social
	R$60.000,00
	Reserva legal
	R$5.000,00
	Reserva estatutária
	R$10.000,00
	Reserva de capital
	R$15.000,00
	Total
	R$90.000,00
Considerando a TJLP (taxa de juros de longo prazo) igual a 10% e o Lucro do Exercício no valor de R$15.000,00, qual é o valor dos Juros sobre Capital Próprio a ser subtraído da base de cálculo da Provisão do Imposto de Renda e da Contribuição Social?
	R$6.000,00.
	R$7.500,00.
	R$9.000,00.
	R$12.500,00.
	R$15.000,00.
1. Introdução teórica
Juros sobre capital próprio
Ao investir capital em uma empresa, os acionistas/quotistas podem ser remunerados por determinada taxa de juros, visando a compensar o que ganhariam se tivessem aplicado em alternativa disponível no mercado. Uma das maneiras de remunerá-los é por meio do denominado juros sobre capital próprio (JCP), no caso de empresas tributadas com base no lucro real.
Segundo Andrade et al (2013), os JCP são calculados mediante aplicação da taxa de juros de longo prazo (TJLP) sobre os valores das contas do patrimônio líquido, exceto o ajuste de avaliação patrimonial.
O art. 9º, da Lei N° 9.249/95, determina que a pessoa jurídica pode deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da TJLP.
No entanto, os juros remuneratórios do patrimônio líquido passíveis de dedução para efeitos de determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social limitam-se ao maior entre os seguintes valores: (i) 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da dedução desses juros; ou (ii) 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados e da reserva de lucros, sem computar o resultado do período em curso.
Além de as empresas terem benefício fiscal ao pagarem os JCP aos seus acionistas/quotistas, pelo fato de esses juros serem considerados despesa antes do lucro, esses acionistas também têm vantagens. Apesar de os JCP recebidos sofrerem retenção de 15% de imposto de renda na fonte ao final, podem gerar economia de até 12,5% no imposto de renda da pessoa física, sócia da empresa, que teria seus rendimentos tributados à alíquota de 27,5% caso recebesse pro labore ou remuneração por serviços prestados.
2. Indicações bibliográficas
ANDRADE, E. S. M. de; LINS, L. dos S.; BORGES, V. L. Contabilidade tributária: um enfoque prático nas áreas federal, estadual e municipal. São Paulo: Atlas, 2013.
BRASIL. Lei N° 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9249.htm>. Acesso em 16 mar. 2015.
�
Questão 8.� 
O contador da empresa ZEN efetuou o encerramento do período pelo lucro real e obteve a base de cálculo do imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) com as informações a seguir.
Receitas no valor de R$50.100,00.
Despesas no valor de R$41.900,00.
Lucro contábil antes das adições, exclusões e compensações de prejuízos: R$8.200,00.
Multa por infração no valor de R$1.800,00.
Brindes para clientes no valor de R$2.000,00.
Prejuízo fiscal de períodos anteriores a compensar no valor de R$4.200,00.
Compensação de prejuízo fiscal limitada a 30% sobre o lucro real apurado no período.
Na situação descrita acima, o valor do lucro real do período é igual a
R$3.800,00.
R$4.200,00.
R$5.600,00.
R$7.800,00.
R$8.400,00.
1. Introdução teórica
Lucro presumido x lucro real
Todas as pessoas jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou transnacionais, são contribuintes do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), à exceção das pessoas jurídicas imunes, isentas ou cuja atividade não sofre incidência de tais tributos.
As empresas podem optar pelos regimes de tributação com base no lucro real, com base no lucro presumido ou pelo SIMPLES NACIONAL (exclusivo para microempresas e para empresas de pequeno porte). Há casos em que as empresas são obrigadas a usar o lucro real.
As empresas tributadas pelo lucro real devem aplicar a alíquota de 15% para o IRPJ (mais o adicional de 10%, no caso da base de cálculo do IRPJ ultrapassar R$20.000,00 por mês, R$60.000,00 por trimestre ou R$240.000,00 por ano) e de 9% para a CSLL.
As empresas tributadas pelo lucro presumido têm como base de cálculo do IRPJ e da CSLL a aplicação de um percentual definido pela legislação vigente sobre a receita bruta de venda de mercadorias, produtos ou serviços. O conceito de receita bruta compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia como, por exemplo, comissões auferidas na venda de bens ou serviços por conta de terceiros. Não devem ser consideradas, na receita bruta, as vendas canceladas e as devolvidas, os descontos incondicionais concedidos, o IPI incidente sobre as vendas e o ICMS devido pelo contribuinte substituto no regime de substituição tributária. 
Não compõem a base de cálculo do lucro presumido os rendimentos de aplicações financeiras não resgatadas, os lucros ou dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, o resultado positivo da equivalência patrimonial e as reversões de provisões que não geram ingresso de receita.
O lucro real, de acordo com o art. 258 do RIR/2018, é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais. Em outras palavras, o lucro contábil, também conhecido como resultado societário, é ajustado com as deduções permitidas ou adições exigidas pelas normas tributárias. 
Conforme explicam Andrade et al (2013), o que se julgar imprescindível para a atividade operacional da empresa será considerado despesa dedutível e os gastos desnecessários para a realização da atividade-fim da empresa serão considerados indedutíveis. Esclarecem os mesmos autores que todas as despesas da companhia, independentemente da sua dedutibilidade, serão apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); porém aquelas consideradas indedutíveis serão oferecidas à tributação, assim como suas reversões serão excluídas da base de cálculo do lucro real. Esses ajustes, definidos como adições (despesas indedutíveis) e exclusões (reversões ou receitas não tributáveis), são apurados e controlados no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).
As principais adições ao lucro líquido do período, determinadas pela legislação do imposto de renda, são: alimentação de sócios, acionistas e administradores; multas por infrações fiscais; brindes; provisões (exceto as de férias e 13º salário); e ajustes decorrentes do Regime Tributário de Transição (RTT), entre outras.
As principais exclusões do lucro líquido do período, determinadas pela legislação do imposto de renda, são: lucros ou dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição; reversão de provisões não dedutíveis; e ajustes de RTT, entre outras. 
Adicionalmente, o lucro real pode ter redução de 30% do seu valor, a título de compensação do prejuízo fiscal. Para que essa compensação possa ser feita, a redução mencionada não pode ultrapassar o prejuízo fiscal e a pessoa jurídica deve manter os livros e os documentos exigidos pela legislação fiscal que comprovem o prejuízo fiscal.
Observação. Cabe lembrar que o conceito de receita bruta foi alterado pelo art. 2º da Lei Nº 12.973/2014,que modificou o art. 12 do Decreto-Lei Nº 1.598/1977.
Assim, a partir de 2014 (por opção do contribuinte) ou a partir de 2015 (obrigatoriamente), a receita bruta compreende (Decreto-Lei Nº 1.598/1977):
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia;
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III.
2. Indicações bibliográficas
ANDRADE, E. S. M. de; LINS, L. dos S.; BORGES, V. L. Contabilidade tributária: um enfoque prático nas áreas federal, estadual e municipal. São Paulo: Atlas, 2013.
BRASIL. Decreto N° 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em 16 mar. 2015. 
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Questão 9.� 
A empresa SILVA optou pelo lucro presumido e manteve a escrituração contábil regular, em vez de elaborar apenas o livro caixa. No final do período, poderá efetuar a distribuição de lucros aos sócios ou acionistas.
Nesse sentido, para fins fiscais, o cálculo da distribuição de lucros deve utilizar
o lucro apurado pela escrituração contábil regular, de acordo com as práticas contábeis vigentes.
o valor correspondente ao lucro presumido, diminuído de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica.
o lucro presumido, deduzidos os impostos federais: imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).
a diferença entre a parcela do lucro presumido e o lucro contábil apurado efetivamente, sendo que o resultado poderá ser distribuído sem incidência de imposto de renda na fonte.
o lucro presumido, deduzidos os impostos federais: Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
1. Introdução teórica
Distribuição de lucros no lucro presumido
De acordo com o art. 10 da Lei N° 9.249/95, matriz legal do art. 725 do RIR/2018, os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, não estão sujeitos à incidência do imposto de renda e não integram a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica domiciliada no país.
Posteriormente, a distribuição de lucros ou dividendos foi regulamentada pela Instrução Normativa (IN) SRF Nº 93/97. De acordo com o art. 48 dessa instrução, não estão sujeitos ao imposto de renda os lucros e os dividendos pagos ou creditados aos sócios, aos acionistas ou ao titular de empresa individual.
Os itens I e II do art. 48, parágrafo 2º, da referida instrução dispõem o que segue.
Art. 48. Não estão sujeitos ao imposto de renda os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios, acionistas ou titular de empresa individual.
§ 2º No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá ser distribuído, sem incidência de imposto:
I - o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica;
II - a parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item I, desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado.
 
Observa-se que, de acordo com o art. 48, parágrafo 2º da IN SRF Nº 93/97, a pessoa jurídica poderá distribuir lucros ou dividendos, sem incidência do imposto de renda, até o limite do lucro contábil efetivo, desde que demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que o lucro contábil efetivo é maior do que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do lucro presumido.
2. Indicações bibliográficas
BRASIL. Instrução Normativa SRF Nº 93 de 24 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas a partir do ano-calendário de 1997. Disponível em <http://www.portaltributario.com.br/legislacao/insrf93.htm>. Acesso em 30 jun. 2015.
BRASIL. Lei Nº 9.249 de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9249.htm>. Acesso em 24 mar. 2015.
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Questão 10.�
Uma empresa optou pelo desconto do imposto de renda com base no lucro presumido no primeiro trimestre de 2015. Da escrituração contábil, foram extraídas as informações a seguir.
	Receita Bruta de Vendas de Mercadorias
	R$500.000,00
	Receita Bruta de Serviços
	R$100.000,00
	Juros Ativos
	R$10.000,00
	Juros Passivos
	R$20.000,00
Sabendo-se que os índices utilizados para o cálculo do lucro presumido são de 8% sobre a venda de mercadorias e de 32% sobre a prestação de serviços, o valor da base de cálculo do lucro presumido é de
R$102.000,00.
R$92.000,00.
R$82.000,00.
R$72.000,00.
R$62.000,00.
Introdução teórica
1.1. Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a ela equiparadas, domiciliadas no país. Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado, com adicional de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro que exceder R$20.000,00/mês (RECEITA FEDERAL, 2016).
 Lucro real
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Decreto N° 9.580, de 22 de novembro de 2018, denominado Regulamento do Imposto de Renda (RIR/2018).
As adições referem-se às despesas contabilizadas pela empresa, mas que não são consideradas dedutíveis na determinação do lucro real pelo RIR/2018, a exemplo das multas por infrações fiscais.
As exclusões são valores que a lei permite subtrair da base de cálculo do tributo, como, por exemplo, os dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas avaliadas pelo custo de aquisição.
As compensações, por sua vez, referem-se ao prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitado a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e os documentos exigidos pela legislação fiscal.
De acordo com o Art. 257 do RIR/2018, estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:
I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso I) ;
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades abertas de previdência complementar (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso II ; Lei nº 10.194, de 2001, art. 1º, caput, inciso I ; Lei Complementar nº 109, de 2001, art. 4º ; e Lei nº 12.715,de 2012, art. 70) ;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso III) ;
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou à redução do imposto sobre a renda (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso IV) ;
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma estabelecida no art. 219 �� HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm" \l "art14" (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso V) ;
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços ( factoring ) (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso VI) ;
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (Lei nº 9.718, de 1998, art. 14, caput, inciso VII) ;
VIII - que tenham sido constituídas como sociedades de propósito específico, formadas por microempresas e empresas de pequeno porte, observado o disposto no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006 ( Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 56, § 2º, inciso IV ); e
IX - que emitam ações nos termos estabelecidos no art. 16 da nº Lei 13.043, de 2014 ( Lei nº 13.043, de 2014, art. 16, § 2º )
§ 1º As pessoas jurídicas não enquadradas no disposto no caput poderão apurar os seus resultados tributáveis com base nas disposições deste Título.
§ 2º As pessoas jurídicas de que tratam os incisos I, III, IV e V do caput poderão optar, durante o período em que submetidas ao Programa de Recuperação Fiscal - Refis, pelo regime de tributação com base no lucro presumido, observado o disposto no art. 523 �� HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9964.htm" \l "art4" (Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, art. 4º) 
 Lucro presumido
Segundo Fabretti (2015), o lucro presumido é um conceito tributário que tem a finalidade de facilitar o pagamento do IRPJ, sem a necessidade de se recorrer à complexa apuração do lucro real. Assim, as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real poderão optar pela apuração do imposto trimestral com base no lucro presumido.
A base de cálculo do IRPJ no lucro presumido é apurada por meio da aplicação de um percentual definido pela legislação vigente sobre a receita bruta auferida. Esse percentual varia de acordo com a atividade exercida pela empresa. Diferentes receitas devem ser segregadas de modo que os percentuais sejam aplicados conforme a natureza de cada uma.
Por exemplo, sobre as vendas de mercadorias ou produtos, exceto revenda de combustíveis, a empresa deve aplicar o percentual de 8%; sobre os serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, a empresa deve aplicar o percentual de 32%.
De acordo com o Art. 592 do RIR/2018, os percentuais a serem aplicados sobre as atividades geradoras da receita são os constantes no quadro 1.
Quadro 1. Atividades geradoras de receita.
	Atividade
	Percentuais aplicáveis sobre a Receita
	Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
	1,6%
	Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Transporte de carga.
Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda e a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda.
Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;
Venda de mercadorias (exceto revenda de combustíveis para consumo).
Outras atividades não mencionada nos itens anteriores (exceto prestação de serviços).
Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização.
	8%
	Transporte (exceto de cargas).
Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00.(Item 4.3)
	16%
	Serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada.
Intermediação de negócios.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais.
Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte.
Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada nos itens anteriores.
	32%
 
5.2. Percentuais de presunção para CSLL
	Atividade
	Percentuais Aplicáveis sobre a Receita
	Receita bruta definida pelo art. 26, auferida na atividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos. 
Prestação de Serviços de transporte e serviços hospitalares.
	12%
	Prestação de serviços em geral, (exceto hospitalares e transporte).
Intermediação de negócios.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.
Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço público, independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
Coleta de resíduos e o transporte destes até aterros sanitários ou local de descarte.
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais.
Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
	32%
5.3. Empresas exclusivamente prestadoras de serviços
De acordo com os § 10 do art. 215 da Instrução Normativa RFB nº 1.700/17 as pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, na determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ de que trata o caput, o percentual de 16%.
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% de que trata esse subtítulo para o pagamento trimestral do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado trimestre do ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a cada trimestre transcorrido.
A diferença deverá ser paga em quota única até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso quando paga até o prazo previsto, a diferença apurada será recolhida sem acréscimos.
Ao valor resultante da aplicação do percentual sobre a receita bruta, devem ser acrescidos os ganhos de capital e as demais receitas não abrangidas na receita bruta mensal, a exemplo dos:
rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável;
juros sobre o capital próprio pago por outras pessoas jurídicas;ganhos de capital na venda de bens do ativo fixo;
juros calculados pela taxa Selic, inclusive sobre impostos e contribuições pagos indevidamente ou a maior que o devido, a serem restituídos ou compensados.
 
 Lucro arbitrado
A empresa sujeita à tributação com base no lucro real que não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou que deixar de elaborar suas demonstrações financeiras poderá, quando conhecida a receita bruta, efetuar o pagamento do IRPJ com base no lucro arbitrado.
A apuração da base de cálculo do lucro arbitrado apresenta regras semelhantes às aplicadas ao lucro presumido, levando-se em consideração, entretanto, os percentuais do quadro 2.
Quadro 2. Percentual aplicado conforme as atividades geradoras de receita.
	Atividade
	Percentuais aplicáveis sobre a Receita
	Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural.
	1,92%
	Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Transporte de carga.
Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda e a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda.
Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;
Venda de mercadorias (exceto revenda de combustíveis para consumo).
Outras atividades não mencionada nos itens anteriores (exceto prestação de serviços).
Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização.
	9,6%
	Transporte (exceto de cargas).
Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00.(Item 4.3)
	19,2%
	Serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada.
Intermediação de negócios.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais.
Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte.
Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada nos itens anteriores.
Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
	38,4%
	Bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.
	45%
 
4.2. Percentuais aplicáveis para a CSL
	Atividade
	Percentuais aplicáveis sobre a Receita
	Receita bruta definida pelo art. 26, auferida na atividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos. 
Prestação de Serviços de transporte e serviços hospitalares.
	12%
	Prestação de serviços em geral, (exceto hospitalares e transporte).
Intermediação de negócios.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.
Prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço público, independentemente do emprego parcial ou total de materiais.
Coleta de resíduos e o transporte destes até aterros sanitários ou local de descarte.
Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais.
Limpeza e locação de mão de obra, ainda que sejam fornecidos os materiais.
	32%
Conforme o Art. 613 do RIR/2018, para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no período de apuração o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo.
2. Indicações bibliográficas
BRASIL. Secretaria da Receita Federal do Brasil. Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas. Disponível em <http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRPJ>. Acesso em 17 abr. 2016.
______. Decreto Nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/ d3000.htm>. Acesso em 15 abr. 2016.
_______. Lei Nº 12.814, de 16 de maio de 2013. Altera a Legislação Tributária Federal. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/ L12814.htm>. Acesso em 15 abr. 2016.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
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Questão 11. 
A empresa Souza Ltda. é optante pela tributação do imposto de renda pelo lucro presumido, cujos percentuais aplicáveis sobre a receita bruta são de 8% e 32% para revenda de mercadorias e prestação de serviços, respectivamente. No 1º trimestre de 2014, a empresa apresentou os dados a seguir, extraídos de sua contabilidade:
	Receita Bruta: Revenda de mercadorias
	R$1.000.000,00
	 Prestação de serviços em geral
	R$100.000,00
	Rendimento de aplicações financeiras
	R$20.000,00
	Receita de juros
	R$30.000,00
	Ganho de capital na venda de ativo imobilizado
	R$50.000,00
	Imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras
	R$4.000,00
Considerando-se a alíquota normal de 15% mais o adicional de 10%, o valor do imposto de renda a ser recolhido pela empresa, deduzidas as antecipações, referente ao 1º trimestre de 2014, em R$, é igual a
	47.000,00
	31.800,00
	49.000,00
	43.000,00
	30.500,00.
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Questão 12. 
A Cia. Nacional, submetida ao regime de tributação com base no lucro real no ano-calendário de 2014, optou pelo pagamento do imposto em bases trimestrais. O contador, ao calcular o imposto de renda devido no 1º trimestre desse ano, obteve as seguintes informações:
Lucro Líquido do Exercício antes do Imposto de Renda no valor de R$400.000,00;
Provisão para perdas em processos trabalhistas no valor de R$200.000,00;
Multas por infrações no trânsito no valor de R$70.000,00;
Resultado positivo de Equivalência Patrimonial no valor de R$150.000,00;
Prejuízo Fiscal de períodos anteriores a compensar, registrados na parte B do LALUR, no valor de R$170.000,00;
Limite de compensação do prejuízo fiscal: 30% sobre o lucro real do trimestre.
Considerando-se as informações acima, o valor do lucro real apurado no 1º trimestre de 2014 é igual a
	R$520.000,00
	R$364.000,00
	R$350.000,00
	R$374.000,00
	R$230.000,00
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Questão 13.�
No balanço patrimonial, são apresentadascontas redutoras, que servem de informação importante para os usuários e, normalmente, são detalhadas em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis. Quais das seguintes contas são consideradas contas redutoras do ativo circulante?
Provisão de férias.
Depreciação acumulada.
Provisão para contingências.
Perdas estimadas nos estoques.
Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa.
Perdas prováveis na realização de investimentos de Longo Prazo.
É correto apenas o que se afirma em
I, IV e VIII.
I, IV e VI.
II e IV.
IV, V e VI.
II, III e IV
1. Introdução teórica
Estrutura do balanço patrimonial
O balanço patrimonial (BP), além de ser composto pelos elementos de ativo, passivo e patrimônio líquido, apresenta uma estrutura que segrega os ativos e passivos circulantes dos ativos e passivos não circulantes.
No Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, consta o que segue.
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Ainda no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), temos que
o ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
A respeito do passivo, no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), temos o que segue.
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação.
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.
Contas redutoras
Determinadas contas patrimoniais devem ser apresentadas no balanço patrimonial por seus valores de provável realização, isto é, não devem estar com um valor contábil que exceda o quanto a empresa poderia recuperar com seu uso ou sua venda. Ainda que essas contas patrimoniais devam estar em valores de provável realização, não é permitido que simplesmente se assumam tais valores, abandonando seu valor original.
A fim de possibilitar a apresentação de uma informação contábil que se aproxime da realidade econômica e financeira da empresa, existe a figura das contas denominadas redutoras, que podem corrigir tanto os saldos das contas de ativo quanto os saldos das contas de passivo aos valores de provável realização.
O que as diferencia é a natureza da conta que desejam ajustar: se têm a finalidade de corrigir um saldo de ativo, as contas redutoras terão saldo credor; se têm a finalidade de corrigir um saldo de passivo, as contas redutoras terão saldo devedor.
As contas que reduzem o saldo de um ativo ao seu valor de provável realização são as perdas estimadas.
Tratando-se especificamente de contas de ativo, é necessário consultar o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução do Valor Recuperável de Ativos, cujo objetivo é estabelecer procedimentos que devem ser aplicados pela entidade de modo que ela possa assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por um valor que não exceda seus valores de recuperação. Se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável por seu uso ou sua venda, um ajuste para reconhecimento de perdas por desvalorização deve ser efetuado.
Provisões
Provisões são passivos de prazo ou valor incertos.
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, item 14,
uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
2. Indicações bibliográficas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2005.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014.
__________. Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Disponível em < http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014.
__________. Pronunciamento Técnico CPC 26 – (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2006.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014.
Questão 14.�
Uma sociedade empresarial apresentou os dados a seguir, referentes ao seu Balanço Patrimonial em 31/12/2014.
	Contas
	Saldos em
31/12/2014 (R$)
	Obras de arte
	15.000,00
	Móveis e utensílios
	25.000,00
	Assinaturas e anuidades a apropriar
	1.500,00
	Mercadorias para revenda
	26.000,00
	Bancos c/ movimento
	9.300,00
	Móveis e utensílios – depreciação
	2.500,00
	Duplicatas a receber (para recebimento em 6 meses)
	50.000,00
	Empréstimos para sócios
	7.500,00
	Ajuste a valor presente de duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses)
	22.000,00
	Duplicatas a receber (para recebimento em 14 meses)
	100.000,00
	Direitos autorais
	5.100,00
	Instrumentos financeiros para negociação imediata
	10.000,00
Com base nos dados apresentados, conclui-se que o valor do Ativo Não Circulante em 31/12/2014 foi de
A. R$120.600,00.
B. R$128.100,00.
C. R$138.100,00.
D. R$172.100,00.
E. R$182.100,00.
Introdução teórica
Estrutura do Balanço Patrimonial (BP)
O Balanço Patrimonial (BP) é uma demonstração contábil que evidencia os ativos, os passivos e o patrimônio líquido da entidade.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis –, item 54, o Balanço Patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação, as seguintes contas:
(a) caixa e equivalentes de caixa;
(b) clientes e outros recebíveis;
(c) estoques;
(d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”);
(e) total de ativos classificados como disponíveis para venda (Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração) e ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada;
(f) ativos biológicos dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 29 (alterada pela Revisão CPC 08);
(g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
(h) propriedades para investimento;
(i) imobilizado;
(j) intangível;
(k) contas a pagar comerciais e outras;
(l) provisões;
(m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”);
(n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente, conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro;
(o) impostosdiferidos ativos e passivos, como definido no Pronunciamento Técnico CPC 32;
(p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31;
(q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio líquido;
(r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade. 
Os ativos são recursos controlados pela empresa como resultado de eventos passados e dos quais se espera que fluam benefícios econômicos futuros para a empresa. Em outras palavras, os ativos compreendem os bens e os direitos da empresa.
	A entidade deve apresentar ativos circulantes, ativos não circulantes, passivos circulantes e passivos não circulantes como grupos separados de contas no balanço patrimonial, exceto quando uma apresentação baseada na liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante (CPC 26, item 60).
	O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer um dos seguintes critérios:
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) espera-se que seja mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou
(d) espera-se que seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca e/ou seu uso para liquidação de passivo se encontrem vedados durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
	Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Ainda de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis –, item 67, utiliza-se a expressão “não circulante” para incluir ativos tangíveis, ativos intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo prazo. Não se proíbe o uso de descrições alternativas desde que seu sentido seja claro. 
O ativo não circulante divide-se em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
De acordo com o disposto no Art. 179 da Lei Nº 6.404/76, as contas serão classificadas do modo a seguir.
I - No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou contratadas (Art. 243), diretores, acionistas ou participantes da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. 
III – Em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
IV – No ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens (redação dada pela Lei Nº 11.638 de 2007).
VI – No intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido (incluído pela Lei Nº 11.638 de 2007).
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou no longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
Indicações bibliográficas
BRASIL. Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em 08 set. 2016.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC. Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://static.cpc. mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2008.pdf>. Acesso em 24 fev. 2016.
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Questão 15.�
Uma empresa está atenta às mudanças que estão ocorrendo na contabilidade em razão da internacionalização das suas normas. Assim, objetivando estruturar a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA), a empresa disponibilizou os dados a seguir referentes ao ano de 2014.
	Lucro Antes do Resultado Financeiro
	R$37.800,00
	Despesas com Vendas
	R$75.000,00
	Perdas Derivadas da Conversão de Demonstrações Contábeis de Operações no Exterior
	R$6.000,00
	Custo das Mercadorias Vendidas
	R$337.500,00
	Lucro Líquido do Exercício
	R$24.300,00
	Receita de Vendas de Mercadorias
	R$750.000,00
	Ganhos na Remensuração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
	R$20.000,00
	Tributos sobre os Ganhos na Remensuração de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
	R$6.800,00
	Lucro Bruto
	R$186.300,00
Com base nos dados acima e no que define a NBC TG 26 (R2) acerca da apresentação das Demonstrações Contábeis, faça o que se pede nos itens a seguir.
Explique a finalidade da DRA.
Com base na DRA da empresa, elaborada a partir dos dados fornecidos para o exercício findo em 31/12/2014, determine:
o valor dos outros resultados abrangentes;
o valor do resultado abrangente do período.
Introdução teórica
Aspectos gerais da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) 
A obrigatoriedade da apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) foi instituída pelo Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral – NBC TG 26 (R5), publicada no D.O.U. de 22/12/2017.
De acordo com a referida Norma, Resultado Abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período e que resulta de transações e de eventos não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. Compreende itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na Demonstração do Resultado do Exercícios (DRE) como requerido ou permitido pelas normas, pelas interpretações e pelos comunicados técnicos emitidos pelo CFC.
De acordo com o item 7 da NBC TG 26 (R1), os componentes dos outros resultados abrangentes incluem:
variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver NBC TG 27 – Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 – Ativo Intangível);
ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93A da NBC TG 33 – Benefícios a Empregados;
ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior (ver a NBC TG 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis);
ganhos e perdas resultantes de investimentos em instrumentos patrimoniais designados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 5.7.5 da NBC TG 48 – Instrumentos Financeiros (alterada pela NBC TG 26 (R5));
ganhos e perdas em ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 4.1.2 da NBC TG 48; (incluída pela NBC TG 26 (R5));
parcela efetiva de ganhos e perdas de instrumentos de hedge em operação de hedge de fluxo de caixa e os ganhos e perdas em instrumentos de hedge que protegem investimentos em instrumentos patrimoniais mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, de acordo com o item 5.7.5 da NBC TG 48 (ver Capítulo 6 da NBC TG 48) (alterada pela NBC TG 26 (R5));
para passivos específicos designados como ao valor justo por meio do resultado, o valor da alteração no valor justo que for atribuível a alterações no risco de crédito do passivo (ver item 5.7.7 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5));
alteração no valor temporal de opções quando separar o valor intrínseco e o valor temporal do contratode opção e designar como instrumento de hedge somente as alterações no valor intrínseco (ver Capítulo 6 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5));
alteração no valor dos elementos a termo de contratos a termo ao separar o elemento a termo e o elemento à vista de contrato a termo e designar, como instrumento de hedge, somente as alterações no elemento à vista, e alterações no valor do spread com base na moeda estrangeira de instrumento financeiro ao excluí-lo da designação desse instrumento financeiro como instrumento de hedge (ver Capítulo 6 da NBC TG 48) (incluída pela NBC TG 26 (R5)).
A DRA deve, portanto, reconhecer todas as receitas e as despesas que não transitam pela DRE e que são reconhecidas diretamente em contas do patrimônio líquido. 
Para Martins et al (2013), a DRA, pelas normas internacionais, pode ser apresentada como continuidade da DRE, mas, no Brasil, o CPC determinou que seja realizada como um relatório à parte. 
Os itens 10A e 10B da norma afirmam o que segue.
10A. A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes, com a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes apresentados em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas, com o resultado do período apresentado em primeiro lugar seguido pela seção de outros resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a demonstração do resultado como uma demonstração separada. Nesse caso, a demonstração separada do resultado do período precederá imediatamente a demonstração que apresenta o resultado abrangente, que se inicia com o resultado do período (incluído pela NBC TG 26 (R1).
10B. Quando da aprovação desta norma, a legislação societária brasileira requer que seja apresentada a demonstração do resultado do período como uma seção separada (incluído pela NBC TG 26 (R1)).
Ainda de acordo com a NBC TG 26 (R5), item 81A, a demonstração do resultado e a demonstração de outros resultados abrangentes devem apresentar, além das seções da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes,
o total do resultado (do período);
o total de outros resultados abrangentes;
o resultado abrangente do período, sendo o total do resultado e de outros resultados abrangentes.
O item 81B determina que a entidade deve apresentar, além da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes, como alocação da demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes do período, os itens a seguir.
Resultado do período atribuível a: (i) participação de não controladores, e (ii) sócios da controladora.
Resultado abrangente atribuível a (i) participação de não controladores, e (ii) sócios da controladora.
Outra obrigatoriedade, na apresentação da DRA, é a divulgação do efeito tributário relativo a cada componente dos outros resultados abrangentes na própria demonstração do resultado abrangente ou em notas explicativas. 
Como as demais demonstrações contábeis, a DRA tem a finalidade de apresentar informações úteis para apoiar o processo decisório quanto ao desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, sobre o desempenho e sobre os fluxos de caixa da entidade que sejam úteis a um grande número de usuários com a finalidade de ajudá-los em suas avaliações e decisões.
Indicações bibliográficas
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – NBC TG 26 (R5). Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/ detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTG26(R5)&arquivo=NBCTG26(R5).doc>. Acesso em 26 abr. 2018.
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
�
Questão 16. (BIORIO/2010). 
O montante do passivo não circulante representa
	R$265.000,00
	
	
	
	R$85.000,00
R$137.000,00
R$150.000,00 
R$151.000,00
	
�
Questão 17. (BIORIO/2010 – com adaptações). 
Considere os dados a seguir referentes ao balanço patrimonial resumido de uma empresa no final de um determinado ano.
Máquina e Equipamentos - 350,00
Caixa - 100,00
Contas a Pagar - 150,00
Contas a Receber - 300,00
Estoques - 250,00
Empréstimos Bancários a L. Prazo - 300,00
Salários a Pagar - 50,00.
O patrimônio líquido dessa empresa é de
	R$1.000,00.
	R$500,00.
	R$1.500,00.
	R$2.000,00.
	R$3.000,00.
�
Questão 18. (BIORIO/2010). 
Observe a seguir a relação de contas extraídas dos livros contábeis da Cia. Isalu.
O Patrimônio Líquido, de acordo com a Legislação Societária vigente, é de
	R$920.050,00.
	R$36.950,00.
	R$478.500,00.
	R$327.650,00.
	R$46.950,00.
	
�
Questão 19. (FCC/2015 – com adaptações). 
Durante o ano de 2013, uma empresa adquiriu mercadorias para revenda no valor total de R$600.000,00, efetuando o pagamento à vista. No valor total da compra, estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$90.000,00 e tributos não recuperáveis no valor de R$69.000,00. A empresa pagou também o valor total de R$24.000,00 pelo transporte dessas mercadorias até o seu depósito e, nesse valor, estavam incluídos tributos recuperáveis no valor de R$3.000,00. A empresa vendeu todos os produtos pelo valor bruto de R$1.260.000,00, à vista, e os impostos incidentes sobre a venda totalizaram R$189.000,00. Sabendo-se que a empresa não tinha estoques no início de 2013, o lucro bruto apurado em 2013 foi, em reais,
	471.000,00.
	561.000,00.
	540.000,00.
	660.000,00.
	447.000,00.
�
 
Questão 20. Uma das alternativas possíveis para uma entidade captar recursos em instituições financeiras é o desconto de duplicatas. Nesse caso, o banco compra a duplicata da entidade, pagando à vista e descontando encargos financeiros antecipadamente, referentes ao período entre a data do desconto e a data do vencimento da duplicata em questão. Apesar de a entidade vender sua duplicata ao banco, continua com todos os riscos de crédito. Em outras palavras, caso o cliente não pague a duplicata ao banco na data do vencimento, a entidade deverá fazê-lo. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
Pelo fato de o banco descontar os encargos financeiros antecipadamente, não há qualquer apropriação de despesas financeiras a ser feita em relação ao prazo do desconto da duplicata.
O desconto de duplicatas deve ser reconhecido no balanço patrimonial como uma conta redutora do "Contas a receber", visto que, ao vender uma duplicata ao banco, há diminuição em seu saldo.
O registro contábil correto do desconto de duplicatas envolve um débito na conta "Desconto de Duplicatas" e um crédito na conta "Bancos".
De acordo com o CPC 48 - Instrumentos Financeiros, os recursos captados pela empresa junto ao banco devem ser tratados como uma dívida no passivo circulante. Assim, a conta "Duplicatas Descontadas" é uma conta de passivo.
Na hipótese de o cliente pagar na data do vencimento a duplicata (que foi descontada) ao banco, o registro contábil correto é debitar a conta "Banco" e creditar a conta "Contas a Receber".
Obs. O CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração foi revogado a partir de 01/01/2018.
�
Questão 21. (FCC/2015 – com adaptações). 
Durante o ano de 2014, a Cia. 1001 Noites realizou as aplicações financeiras mostradas a seguir.
Em 31/12/2014, a empresa não havia resgatado nenhuma das aplicações financeiras e eram conhecidas as informações abaixo sobre essas aplicações.
A Cia. 1001 Noites evidenciou, no Balanço Patrimonial de 31/12/2014, o seguinte valor total para as aplicações financeiras, em reais, desconsiderando-se os centavos,
	125.500,00.
	124.123,00.
	125.323,00.
	124.300,00.
	120.000,00.
�
Questão 22. (FCC/2015). 
No dia 01/12/2013, a empresa Endividada S.A. obteve um empréstimo do exterior no valor total de US$1.000.000,00 (um milhão de dólares), para ser pago integralmente (principal e juros) em 01/12/2014. Ataxa de juros contratada foi 1% ao mês e as informações sobre as cotações da taxa de câmbio, em várias datas, eram as apresentadas a seguir.
Com base nessas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial da empresa Endividada S.A., em 31/12/2013, referente a este empréstimo foi, em reais,
	2.650.000,00
	2.727.000,00
	2.706.800,00
	2.676.500,00.
	2.929.000,00.
�
 
Questão 23.� 
A empresa Rainha fabrica atualmente três produtos, de acordo com as informações apresentadas no quadro seguir.
	Produto
	Horas/máquinas necessárias para uma unidade de produto
	Margem de contribuição unitária
	Margem de contribuição por horas/máquina
	Branco
	6 horas
	R$36,00
	R$6,00
	Laranja
	4 horas
	R$28,00
	R$7,00
	Verde
	2 horas
	R$20,00
	R$10,00
A capacidade total de horas/máquina necessária e a produção máxima semanal para satisfazer a demanda estão explicitadas no quadro seguinte.
	Produto
	Horas/máquina
	Demanda máxima semanal
	Branco
	900
	150 unidades
	Laranja
	600
	150 unidades
	Verde
	300
	150 unidades
Considerando que a capacidade das máquinas é limitada em 1.752 horas semanais e que o MIX de produção é função da capacidade das máquinas e da demanda de mercado, o MIX que maximiza os resultados, na sequência de classificação dos produtos, é
branco 142 unidades; verde 150 unidades; laranja 150 unidades.
branco 142 unidades; laranja 150 unidades; verde 150 unidades.
laranja 150 unidades; branco 142 unidades; verde 150 unidades.
verde 150 unidades; laranja 150 unidades; branco 142 unidades.
branco 150 unidades; laranja 150 unidades; verde 142 unidades.
1. Introdução teórica
Margem de contribuição e fator limitativo
Em situações em que não existam fatores que limitem a capacidade produtiva da empresa, os produtos que possuem maior margem de contribuição devem ser os incentivados em termos de produção e venda, pois, quanto maior a margem de contribuição, maior a contribuição de cada unidade vendida no pagamento dos custos fixos mensais da empresa. 
No entanto, diversas variáveis, internas ou externas, podem afetar o fluxo operacional da empresa, impondo restrições à produção e à venda de seus produtos. Quando uma restrição afeta o volume de vendas a ser produzido ou vendido, o conceito adequado é avaliar a margem de contribuição de cada produto, de acordo com as restrições encontradas, sem ser de forma isolada.
Em outras palavras, quando há limitações da capacidade produtiva da empresa, a variável que passa a ser importante é a razão entre a margem de contribuição unitária e o fator limitativo da capacidade produtiva (NEVES e VICECONTI, 2003).
2. Indicação bibliográfica
NEVES, S. das; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 7. ed. São Paulo: Frase, 2003. 
�
Questão 24.� 
A Indústria Metalúrgica Sem Fronteiras S.A. fabrica 10.000 unidades mensais de determinada peça cujo custo está discriminado no quadro a seguir.
	Custos
	10.000 peças
	Unitário
	Materiais
	R$50.000,00
	R$5,00
	Mão de obra direta
	R$30.000,00
	R$3,00
	Custos indiretos variáveis
	R$20.000,00
	R$2,00
	Custos fixos
	R$100.000,00
	R$10,00
	Custo Total
	R$200.000,00
	R$20,00
Essa empresa recebe uma proposta de comprar a peça diretamente de um fornecedor por R$11,00 cada; porém, nesse caso, incorreria nos seguintes custos adicionais:
Fretes de R$2,00 por unidade;
Mão de obra indireta adicional para recepção, inspeção e manuseio das peças de R$20.000,00 mensais.
Se parar de fabricar a peça, a empresa não conseguirá eliminar todos os custos atuais relacionados à fabricação do produto, restando, ainda, 40% dos custos fixos.
Caso a empresa deixe de fabricar a peça e passe a comprá-la do fornecedor, seu custo unitário será de:
R$19,00.
R$21,00.
R$23,00.
R$25,00.
R$27,00.
1. Introdução teórica
Comprar versus fabricar
Muitas são as empresas que buscam a terceirização de alguns produtos e de seus componentes com o objetivo de diminuir custos em tarefas que não sejam o negócio fim. Outras metas buscadas com a implantação da terceirização (conhecida também como outsourcing) são os aumentos da produtividade, da capacidade de inovação e da vantagem competitiva, tendo em vista que os maiores esforços e o foco da organização são direcionados aos seus processos-chave.
Decisões como a de terceirizar ou não parte da produção têm como base um modelo de análise de gestão de custos que envolve o levantamento dos custos das alternativas “comprar” ou “fabricar”, a análise acerca dos custos fixos, a utilização da capacidade ociosa e as avaliações dos custos adicionais por adquirir de terceiros e das quantidades envolvidas e da qualidade, do tempo e do fornecedor alternativo.
Nesse sentido, a empresa pode estar diante de um custo unitário de comprar menor do que o de fabricar, o que, aparentemente, seria a melhor solução no intuito de reduzir custos. No entanto, a resposta raramente é tão óbvia, conforme alertam Horngren et al (2004), pois é necessário analisar a diferença do custo futuro esperado entre as alternativas.
2. Indicação bibliográfica
HORNGREN, C. T.; SUNDEM, G. L.; STRATTON, W. O. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
�
Questão 25.�
A Cia. das Camisas pretende elaborar a Demonstração de Resultado do Exercício pelo Método do Custeamento por Absorção e pelo Custeamento Variável. Para isso, irá utilizar as informações a seguir.
	Preço de venda
	R$20,00
	Custos variáveis de produção
	R$6,00
	Custos variáveis comerciais (variam conforme unidades vendidas)
	R$2,00
	Custos fixos
	R$60.000,00 por mês
	Volume mensal de produção
	30.000
	Volume mensal de vendas
	20.000
Diante do exposto, o lucro mensal da Cia. das Camisas pelo Custeamento por Absorção e pelo Custeamento Variável é igual a, respectivamente,
R$200.000,00 e R$180.000,00.
R$216.000,00 e R$236.000,00.
R$240.000,00 e R$180.000,00.
R$240.000,00 e R$220.000,00.
R$344.000,00 e R$234.000,00.
1. Introdução teórica
 
1.1. Métodos de custeio
De acordo com Padoveze (2010), as duas metodologias de apuração do custo dos produtos, custeamento direto/variável e custeamento por absorção, são consideradas clássicas na teoria de contabilidade de custos e foram desenvolvidas com base nos conceitos de custos com comportamentos diferentes em relação à quantidade produzida (custos fixos e custos variáveis).
Por definição, custos fixos são os que permanecem constantes

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