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Professora: Maura Brugnerotto. Matriz curricular: Saúde do Adulto Acadêmicos: Daiana Furlanetto, Eduardo Augusto Pilla, Elisandra Balbinot, Iassana Furlanetto, Silvana Bordignon e Tailine Cristina de Lucca. UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE –SC TUBERCULOSE - TRATAMENTO São Miguel do Oeste - 2013 TUBERCULOSE - TRATAMENTO UNOESC 2 O que é? Doença infecciosa causada pelo Bacilo de Koch, cientificamente denominado Mycobacterium tuberculosis, transmitida através do ar. Ela geralmente afeta os pulmões mas pode afetar outros órgãos e tecidos do corpo, sendo neste caso chamada de tuberculose extra-pulmonar. O QUE É? 3 O que é? No Brasil o tratamento foi padronizado pelo Ministério da Saúde. VIA ORAL: Rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etionamida e etambulto; VIA INTRAMUSCULAR: Estreptomicina. TRATAMENTO 4 O que é? ESQUEMA I: Para o tratamento de todos os casos de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, exceto a meningoencefálica. Nos dois primeiros meses: Rifampicina + pirazinamida + isoniazida; Nos quatro meses seguintes: Rifampicina + isoniazida. Obs.: Doses ajustadas de acordo com o peso. TRATAMENTO 5 O que é? ESQUEMA IR: Tratamento das reicidivas ao abandono do esquema I. Nos dois primeiros meses: Rifampicina + pirazinamida + isoniazida + etambutol; Nos quatro meses seguintes: Rifampicina + isoniazida + etambutol. Obs.: Doses ajustadas de acordo com o peso. TRATAMENTO 6 O que é? ESQUEMA II: Para o tratamento da meningoencefalite com outras formas associadas. Nos dois primeiros meses: Rifampicina + pirazinamida + isoniazida + prednisona (1 a 2 mg/kg/dia); Nos sete meses seguintes: Rifampicina + isoniazida. Obs.: Doses ajustadas de acordo com o peso. TRATAMENTO 7 O que é? ESQUEMA III: Este é um esquema de reserva para falha do tratamento anterior em paciente sintomático e/ou com baciloscopia positiva. Nos três primeiros meses: estreptomicina + etionamida + etambutol + pirazinamida; Nos nove meses seguintes: etambutol + etionamida. Obs.: Doses ajustadas de acordo com o peso do paciente. Eventualmente pode estar indicada fluorquinolona no esquema de reserva. TRATAMENTO 8 O que é? RIFAMPICINA:Tratamento de tuberculose, tratamento de outras micobacterioses, eliminação do menigococo de carreadores assintomáticos, profilaxia dos contactantes de infecção por Haemophillus influenzae tipo B, tratamento em associação em infecção estafilocócica. CONTRAINDICAÇÕES: Uso concomitante de amprenavir, ritonavir e saquinavir. POSOLOGIA: Tuberculose: Adultos: dose diária de 10mg/kg, 1x/dia, máx 600mg. Dose 2x/semana: 10mg/kg/dose (máx 600mg/dose). MODO DE ADMINISTRAÇÃO: V.O. > administrar sem a presença de alimentos, 1 hora antes ou 2 horas após as refeições. Em pacientes com dificuldade de deglutição ou com sintomas gastrintestinais, a cápsula pode ser aberta e misturada em papa de frutas ou gelatina. VIA SONDA > Administrar a suspensão oral ou a preparação extemporânea a partir da cápsula via sonda. LACTAÇÃO: Não recomendado. MEDICAMENTOS UTILIZADOS 9 O que é? ISONIAZIDA:Tratamento de primeira linha e quimioprofilaxia da tuberculose e nas formas resistentes, tratamento de outras micobacterioses. CONTRAINDICAÇÕES: Doença hepática aguda. POSOLOGIA: Adultos: dose diária de 5mg/kg, 1x/dia, dose máxima 300mg. Dose 2x/semana: 15mg/kg/dose (máx 900mg/dose). MODO DE ADMINISTRAÇÃO: V.O. > administrar com o estômago vazio, 1 hora antes ou 2 horas após as refeições, com água. VIA SONDA > O comprimido de isoniazida pode ser triturado e dissolvido em volume de água adequado para administração via sonda. Pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos de isoniazida. Não há relatos de administração do comprimido combindo via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral. LACTAÇÃO: Compatível. MEDICAMENTOS UTILIZADOS 10 O que é? PIRAZINAMIDA: Usada no esquema de primeira(fundamental) ou segunda linha na infecção por M. tuberculosis. Inativo contra outra micobactérias. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade a qualquer componente, insuficiência hepática grave, portadores de insuficiência hepática e porfiria. POSOLOGIA: Adultos: 20-35mg/kg, dose única diária, com dose máxima 2g/dia. Regimes com observação direta utilizam 50mg/kg/dia com dose máxima de 4 a 2 vezes por semana. MODO DE ADMINISTRAÇÃO: V.O. > alimentos e antiácidos causam pouco impacto na absorção de pirazinamida, podendo ser usada com estes. VIA SONDA > O comprimido pode ser triturado e dissolvido em volume de água adequado para administração via sonda. Pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral. LACTAÇÃO: Não há dados de segurança disponíveis, usar com cuidado, Monitorando enzimas hepáticas e ocorrência de icterícia do lactente. MEDICAMENTOS UTILIZADOS 11 O que é? ETIONAMIDA: Tratamento da tuberculose nas formas resistentes ou em pacientes intolerantes aos esquemas iniciais, tratamento de outras micobacterioses. CONTRAINDICAÇÕES: IH grave, gestação, hipersensibilidade a qualquer componente. POSOLOGIA: Adultos: 500-1000mg/kg, dividido em 1-3 vezes/dia, podendo-se iniciar com doses menores e aumentar progressivamente até a dose desejada para facilitar a tolerância. MODO DE ADMINISTRAÇÃO: V.O. > o medicamento pode ser administrado com alimentos a fim de minimizar os efeitos gastrintestinais. LACTAÇÃO: Usar com precaução. MEDICAMENTOS UTILIZADOS 12 O que é? ETAMBUTOL: Tratamento da tuberculose como primeira linha e nas formas resistentes, tratamento de outras micobacterioses. CONTRAINDICAÇÕES: Neurite óptica, pacientes incapazes de relatarem alterações visuais. POSOLOGIA: Adultos: 15mg/kg, 1x/dia, com dose máxima 2,5g/dia. MODO DE ADMINISTRAÇÃO: V.O. > o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. O comprimido combinado deve ser administrado, preferencialmente, em jejum. VIA SONDA > O comprimido pode ser triturado e dissolvido em 10-20ml de água para administração via sonda (uso imediato). LACTAÇÃO: Usar. MEDICAMENTOS UTILIZADOS 13 O que é? ESTREPTOMICINA: Tratamento da tuberculose ativa e outras infecções por micobactérias, tularemia, brucelose, endocardite por Enterococcus sp. ou Streptococcus sp. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade a estreptomicina ou qualquer componente, gestação, distúrbios auditivos, miastenia. POSOLOGIA: Adultos: 15mg/kg/dia, 1x/dia, não exceder 1g/dia, ou n25-30 mg/kg/dia, 2 vezes por semana, supervisionado, não excedendo 1,5g/dia. MODO DE ADMINISTRAÇÃO: VIA ENDOVENOSA: Não pode ser administrado em bolus; administrar em infusão de 30-60min, diluindo-se a dose em 100ml de SF 0,9; VIA INTRAMUSCULAR: Injetar profundamente em músculo grande, não exceder concentração de 500mg/ml. A via IM é a preferencial; em caso de paciente com escassa massa muscular, administrar por via Endovenosa. LACTAÇÃO: Seguro na lactação. MEDICAMENTOS UTILIZADOS 14 O que é? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, Elvino. Medicamentos de A a Z: 2012/2013. 1ª ed. – Porto Alegre:Artmed, 2012. COURA, José Rodrigues. Síntese das doenças infecciosas e parasitárias. – Porto Alegre: Guanabara Koogan, 2008. CHAVES, Loide Corina. Medicamentos: cálculos de dosagens e vias de administração – Barueri – SP: Manole, 2013. 15
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