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Dr. Estevão Tavares de Figueiredo - Semiologia 
Letícia Oliveira Rocha Nogueira 
05/11 Exame físico de abdome 
EXAME FÍSICO DE ABDOME  
 
1. REGIÕES DO ABDOME  
➔ Divide em ​quatro quadrantes  
➔ Nove região  
➔ Andares (superior e inferior) 
➔ Baixo ventre (hipogástrio e imediações) 
➔ Hemiabdome (direito e esquerdo) 
➔ Regiões lombares 
 
2. INSPEÇÃO  
➔ Forma e volume: 
- Atípico ou normal (simétrico e levemente abaulado) ​Fisiológico  
- Globoso ou protuberante (obesidade, obstrução intestinal Globoso de um                 
hora para outra​, tumores) - ​tumor de Wilms (ocorre em criança) 
- Ventre de batráquio (ascite em fase de regressão) 
- Pendular ou ptótico (flacidez puerperal) - pós operatório, pós cesárea                   
abdômen tende a cair 
- Avental (obesidade importante) ​ou pós cirurgia bariátrica, dobra-se na crista                   
ilíaca 
- Escavado (emagrecidos, neoplasias do TGI) 
➔ Cicatriz umbilical:  
- Hérnia - ​Aparência exuberante 
- Gestação - ​Pode ficar protuberante também  
- Onfalites -​ comum em crianças 
➔ Hemorragia retroperitoneal​: pancreatite aguda ​hemorragia retroperitonea​l,           
gravidez ectópica rota 
- Sinal de Cullen​: equimose periumbilical 
- Sinal de Gray-Turner​: equimose de flancos 
OBS: aparência de pele esfoliada, região muito avermelhada. 
➔ Abaulamentos ou retrações localizadas,​ cicatrizes  
➔ Veias superficiais (circulação colateral)​Ex: Cava superior, inferior, porta  
➔ Cicatrizes​: 
- Flancos direito e esquerdo       
(colecistectomia e colectomia) 
- (Fossa ilíaca direita e esquerda) ​- FID e               
FIE (apendicectomia e herniorrafia) 
- Hipogástrio e linha média (histerectomia         
e laparotomia) 
- Lombar (nefrectomia) 
 
➔ Movimentos: 
 
 
- Respiratórios​: toracoabdominal ou torácico 
- Pulsações​: aorta abdominal ou grandes tumores - ​todo tumor para crescer                     
tem que ser vascularizado 
- Peristálticos visíveis​: ondas peristálticas (obstrução pilórica e intest. grosso). 
- ​Peristaltismo de luta: torção do intestino, isquemia. EX: volvo de sigmóide. 
Qualquer cirurgia abdominal prévia já possui um pré disposição a obter                     
peristaltismo  
 
3. PALPAÇÃO 
➔ Avaliar o estado da parede abdominal - se está tensa ou não. 
➔ Explorar a sensibilidade (provocando ou exacerbando uma dor) 
➔ Reconhecer as condições anatômicas das vísceras abdominais 
➔ Tipos​: superficial, profunda, do fígado, do baço e manobras especiais 
 
4. PALPAÇÃO SUPERFICIAL  
➔ Referência ​Pontos dolorosos​: gástrico​(próximo       
ao apêndice xifóide, cístico- ​linha hemiclavicular direita             
ou biliar, apendicular, esplênico- ​homólogo ao do             
fígado na linha hemiclavicular esquerda​ e ureterais. 
➔ Sinal de Murphy (colecistite) 
➔ Sinal de Rovsing (apendicite) 
➔ Sinal de Blumberg (apendicite no ponto de             
McBurney) 
➔ Teste do psoas 
➔ Teste do obturador 
➔ Resistência da parede abdominal (contratura         
(cócegas)​ involuntária x voluntária) 
➔ Abdome em tábua - ​Perfuração gástrica  
➔ Diástase dos músculos retos - ​Ficam distantes um do                 
outro 
➔ Hérnias (inguinal, femoral ou crural, escrotal,           
umbilical, incisional...) 
➔ Pulsações​ (observadas em pessoas magras) 
OBS: Manobra de Valsalva - assoprar a mão para ver                   
possível hérnia.  
 
 
5. PALPAÇÃO PROFUNDA  
➔ Encontro de tumorações: 
- Descrever ​Localização, forma e volume 
- Consistência 
- Mobilidade 
 
- Pulsatilidade 
Rim direito é palpável em magros (cuidado!) 
Bexigoma em idosos - ​quando a bexiga está obstruída (o canal da próstata está                           
fechado) 
6. PALPAÇÃO DO FÍGADO  
➔ Linha hemiclavicular direita, 4º ou 5º EIC, submacicez à macicez 
➔ Manobras de Lemos-Torres e Mathieu - ​examinação do fígado (expiração                   
mão de garra e inspiração palpa-se) 
➔ Pequena hepatomegalia: até dois dedos transversos (reborda costal) 
➔ Hepatomegalia média: 3 ou 4 dedos 
➔ Grande hepatomegalia: mais de 4 dedos 
➔ Notar: espessura, superfície, consistência e sensibilidade 
➔ Hepatomegalia : IC direita, esquistossomose, hepatite, esteatose, linfomas...) 
O fígado dói apenas quando dilata, muitas vezes à dor é na cápsula que o segura  
Dor: cápsula de Glisson (ICC, metástasis hepáticas de alto crescimento) 
 
7. PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR  
➔ Não é identificada pela palpação, exceto em condições patológicas 
➔ Tensão: obstrução do ducto cístico ou do colédoco 
➔ Regra de Courvoisier​: 
- Vesícula biliar palpável, icterícia e tumor de cabeça de pâncreas 
 
8. PALPAÇÃO DO BAÇO  
➔ Posição de Schuster (DLD ​decúbito lateral direito​ modificado) 
➔ Referência: linha hemiclavicular esquerda 
➔ Normalmente não é palpável 
➔ Para que se torne palpável ​—> dobro do tamanho 
➔ Esplenomegalia​: hipertensão portal, mononucleose, anemias hemolíticas,           
leucemias, linfomas, artrite reumatoide, amiloidose… 
➔ Classificação de Boyd​: I a IV 
Tipo I - Baço sob RCE 
Tipo II - Baço logo abaixo RCE 
Tipo III - Baço ao nível da cicatriz umbilical 
Tipo IV - Baço abaixo da cicatriz umbilical 
Hiperesplenismo à pancitopenia 
 
9. PALPAÇÃO DO CECO E DO COLO TRANSVERSO 
➔ Ceco: 
- Pessoas magras 
 
- Processo inflamatório crônicos ou tumores 
➔ Cólon Transverso: 
- Pessoas magras 
- Deslizar ambas as mãos, de cima para baixo e de baixo para cima 
- Região mesogástrica 
➔ Fecaloma  
 
10. PALPAÇÃO DO SIGMÓIDE E DOS RINS  
➔ Sigmóide:  
- Segmento do trato digestivo de mais fácil percepção à palpação 
- Megadolico Sigmóide (Chagas, fecalomas) 
➔ Rins: 
- Magros e mulheres delgadas (polo inferior do direito pode ser palpável) 
- Método bimanual, inspiração, captura do rim 
 
11. MANOBRAS ESPECIAIS  
➔ Palpação bimanual ​Uma mão por cima da outra 
➔ Manobra do rechaço - ​quando o paciente tem ascite (o fígado está                       
aumentado- irá sentir o fígado voltando) 
➔ Descompressão súbita Suspeita de apendicite, vai apertando e solta, se o                     
paciente sentir dor é peritonite (sinal de Blumberg)  
➔ Pesquisa de vascolejo 
➔ Sinal de Gersuny ​Sinal do fecaloma, quando aperta e solta sente-se                     
crepitações.  
 
12. MANOBRAS DOLOROSAS 
➔ Sinal de Torres-Homem (abscesso hepático)- ​Percute e dói demais  
➔ Sinal de Murphy (colecistite aguda)​ - palpação do fígado em garra 
➔ Sinal de Blumberg (abdome agudo inflamatório, peritonite) 
➔ Sinal de Rovsing (apendicite aguda) - ​Apêndice fica no ceco, começa a                       
comprimir e distende-se  
➔ Sinal do Psoas (peritonite aguda) - ​Paciente estende a perna e dói à fossa                           
ilíaca  
➔ Sinal de Lapinski (peritonite aguda) - ​modificação do psoas, perna estendida                     
dói na fossa ilíaca** 
Sinal de Lennander: dissociação temperaturas axilar e retal > 1º C 
 
13. PERCUSSÃO 
➔ Timpanismo (espaço de Traube ​onde tem timpanismo​) 
➔ Hipertimpanismo (gastrectasia, vólvulo ​rotação no próprio eixo​,             
pneumoperitônio ​perfuração​ [sinal de Jobert]) 
 
➔ Submaciço (superposição de uma víscera maciça sobre alça intestinal) -                   
sem significado patológico 
➔ Objetivos da percussão: 
- Determinação do limite superior do fígado e área de macicez hepática 
- Pesquisa de ascite 
- Avaliação da sonoridade do abdome (sinal de Jobert) 
- Afecções da renais (punho percussão de Murphy e de Giordano) 
➔ Ascite de grande volume​: mais de 1500 mL 
- Manobra do piparote positiva  
➔ Ascite de moderado volume​: 
- Pesquisa de macicez móvel 
- Pesquisa do semicírculo de Skoda 
- Manobra do rechaço ou Saccadé 
➔ Ascite de pequeno volume​: inferior a 500 mL 
- Ultrassonografiaabdominal 
 
14. AUSCULTA  
➔ Condições normais RHA​(onda de peristaltismo)​ a cada 5 a 10 segundos 
➔ Movimentação de líquidos e gases no TGI ​(o que escutamos) 
➔ Mais intensos —> borborigmos e também alguns classificam o ​meteorismo                   
(exacerbado) 
➔ Ausentes à íleo (silêncio abdominal) - ​pode ser uma obstrução grave 
➔ Sopros (aneurismas, estenoses de artérias e sopro placentário) 
➔ Batimentos fetais (a partir do quinto mês de gestação) 
Realizar antes da percussão e palpação para não encobrir hipoatividade 
 
15. EXAME DA REGIÃO ÂNTERO PERINEAL E TOQUE RETAL  
➔ Não cometer omissão neste momento! Cerca 70% tumores ao toque! 
➔ Maioria das afecções é acessível à propedêutica desarmada ​(não precisa                   
de exame complementar) 
➔ Inspeção anal: 
- Plicomas​(cicatriz de uma fissura antiga) anais, hemorróidas, fissuras,               
condilomas, fístulas e neoplasias 
➔ Toque anorretal: 
- Dedo indicador com luva ou dedeira 
- Tônus, sensibilidade, elasticidade, tumorações, próstata, fecalomas, material 
 
16. ASISTITE 
➔ Líquido na cavidade abdominal 
➔ Causas: hepáticas (cirrose), cardíacas (ICC), renais (síndrome nefrótica),               
inflamatórias (tuberculose), neoplásicas (tumores fígado, ovário...) 
➔ Exame do líquido ascítico​: paracentese 
 
- GASA ​(Gradiente, Albumina, Soro —> Albumina na Ascite) ≥ 1 à hipertensão                       
portal 
- Valores > 250 polimorfonucleares à peritonite bacteriana espontânea 
- GASA < 1 à neoplasias, carcinomatose, tuberculose… 
OBS: A ascite não é uma doença peritoneal. GASA < 1: doenças que                         
acometem o peritônio. Quando tiver a proteína da ascite estiver maior que a                         
do sangue pensamos em doenças peritoneais. 
 
17. HIPERTENSÃO PORTAL - CAUSA E CLASSIFICAÇÃO  
➔ Pré-hepática​: trombose de veia porta 
➔ Intra-hepática pré sinusoidal​: esquistossomose 
➔ Intra-hepática sinusoidal ou pós-sinusoidal​: cirrose hepática 
➔ Pós-hepática​: insuficiência cardíaca, ​síndrome de Budd-Chiari (trombose das               
veias supra-hepáticas). 
 
18.HIPERTENSÃO PORTAL - CONSEQUÊNCIAS  
➔ Varizes esofágicas e gástricas 
➔ Esplenomegalia 
➔ Ascite 
➔ Circulação colateral superficial (cabeça de Medusa) 
19. HEMORRAGIA DIGESTIVA - DEFINIÇÕES 
➔ Pela boca (​hematêmese​) ou pelo reto: 
➔ Melena​: sangramento em borra de café (sangue digerido, ao menos 150 mL                       
de sangue) - ​sangue digerido 
➔ Enterorragia​: em maior volume e coloração vermelha 
➔ Hematoquezia​: vermelho-vivo (causas proctológicas geralmente) ​- associado             
à fissuras, hemorróidas 
➔ Somente hemorragias altas —> hematêmese + melena 
➔ Enterorragia na maioria das vezes é baixa 
20. HEMORRAGIA DIGESTIVA - QUANTO AO LOCAL  
➔ Altas​: esôfago superior ao ângulo de Treitz​(ângulo duodeno-jejunal) 
- Cerca 90% —> úlcera péptica (gástrica ou duodenal), LAMGD e varizes                     
esôfago 
➔ Médias​: ângulo de Treitz ao íleo terminal 
- Angiectasias, tumores, doença de Crohn​(dor abdominal em jovem muito                 
negligenciada)​, fístula aorto entérica 
➔ Baixas​: íleo terminal ao canal anal 
- Doença diverticular dos cólons- ​principal causa de hemorragia baixa (DDC),                   
retocolite ulcerativa (RU), pólipos intestinais, câncer de reto e cólon e                     
hemorróidas internas 
21. PERFURAÇÃO DE VÍSCERAS OCA EM PERITÔNIO LIVRE  
➔ Contusões abdominais —> 60% delgado 
 
➔ Rupturas —> jejuno proximal e íleo distal 
➔ Iatrogênica (endoscopia, biópsias, polipectomia, dilatação de esôfago) 
➔ Espontâneas (úlcera péptica, colecistite, DDC e neoplasias) 
➔ Aparecimento de dor e defesa abdominal 
➔ Pneumoperitônio —> ​sinal de Jobert (aparecimento do timpanismo - som                   
submaciço) 
➔ Úlcera péptica perfurada: 
- Antecedentes sugestivos 
- Dor em punhalada em região epigástrica 
- Paciente imobilizado e respiração superficial 
- Generalização da dor ou extensão para FID - ​suco gástrico vai para toda                         
região peritoneal 
- Raramente vômitos 
22. OCLUSÃO INTESTINAL  
➔ Interrupção do trânsito intestinal 
➔ Dor abdominal, vômitos e parada de eliminação de fezes e gases 
➔ Instalação abrupta (vólvulo de sigmóide) ou progressiva - ​doença                 
inflamatória intestinal​ (DII) 
➔ Dor tipo cólica, intermitente (após 24 h pode ficar contínua) 
➔ Vômitos precoces e abundantes (obstrução alta) ou tardios (baixa) 
➔ Vômitos ausentes —> obstrução no cólon 
➔ Vômitos - Biliosos —> fecalóides ​(o paciente pode literalmente vomitar fezes) 
➔ Peristaltismo de luta 
23. ÍLEO PARALÍTICO OU ADINÂMICO  
➔ Semelhante ao da oclusão intestinal 
➔ Dor abdominal, vômitos e parada de eliminação de fezes e gases 
➔ Dor contínua 
➔ Ausculta sem RHA —> silêncio abdominal ​(o intestino parou) 
➔ Causas: irritação peritoneal (traumática, química, isquêmica, potássio -               
baixo) ​OBS: tratar o potássio dependendo. 
➔ Após cirurgia: 48 a 72h sem peristalse ​(jejum até o 3ºdia)  
➔ Se passar de 72 h —> investigar íleo

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