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ANOTAÇÕES INSTALAÇÕES PREDIAIS

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Instalações Hidráulicas
As instalações hidráulicas compreendem não apenas a rede de captação e abastecimento de água, mas abrangem também as tubulações de gás, coleta de esgoto e águas pluviais. Ou seja, quando falamos de um sistema de instalação hidráulica, devemos levar em consideração que existem vários outros subsistemas que o constituem, como: instalações de água fria, instalações de água quente, instalações de esgoto sanitário, instalações de água pluvial e combate a incêndio.
Água Fria
As instalações de água fria são constituídas de um conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos com uso destinado ao abastecimento de água da edificação, em quantidade suficiente para suprir a demanda e, claro, mantendo os padrões de qualidade da água fornecida.
A ABNT NBR 5626:1998 é a norma que estabelece as recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria, partindo do princípio de bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água, no caso de instalação de água potável.
Materiais e Procedimentos Construtivos
Com relação aos materiais utilizados nas instalações prediais de água fria, geralmente utiliza-se as tubulações constituídas de PVC (Policloreto de Vinila), já que o material não é corrosivo, podendo variar, no entanto, de acordo com o tipo de vedação ou sistema construtivo utilizado. O mesmo também vale para os procedimentos construtivos.
Alvenaria
No processo de instalação de água fria para paredes de alvenaria, podemos prever a utilização de shafts. Entretanto, como as paredes de blocos cerâmicos em geral não possuem função estrutural, apenas de vedação, é comum o embutimento destas tubulações na parede. 
Nesse caso, é feito uma delimitação do local onde estas tubulações passarão, para que estas sejam instaladas durante a execução da parede. Os locais são marcados, furados e os tubos são, finalmente, embutidos.
Parede Seca
No processo de instalação de água fria em paredes de gesso acartonado, geralmente utiliza-se o PVC como material constituinte das tubulações. Os componentes são semelhantes aos utilizados em instalações de alvenaria: tubos e conexões soldáveis produzidos na cor marrom, conexões com bucha de latão, conexões espaciais para gesso acartonado, produzidas na cor azul.
Os projetos de instalações deste tipo de instalação não mudam substancialmente em edificações que utilizam a parede seca como elemento do sistema construtivo, esse quadro, inclusive, casa perfeitamente com o conceito de shafts horizontais.
No processo de execução, o projeto deverá prever a furação dos montantes para a passagem das tubulações. A demarcação dos furos é uma etapa importante e deve ser executada com atenção, pois a furação deverá ser cuidadosamente alinhada a fim de permitir a passagem das tubulações rígidas sem torções ou desvios.
Outro ponto importante e que demanda cuidado é a fixação das tubulações e acessórios nos montantes a fim de que sejam evitadas possíveis vibrações e, como consequência, ruídos.
As saídas de água fria nos pontos de parede devem ser completadas com o auxílio de um flange. Estas conexões especiais em gesso acartonado executam-se da seguinte forma: com uma serra-copo de 40 mm acoplada a uma furadeira executa-se um furo na placa de gesso destinada a ser a saída. Após a introdução do flange no orifício, este será fixado com o auxílio de parafusos auto-atarrachantes, que devem corresponder à espessura da placa mais o flange da conexão, aumentando 1 cm para estrutura metálica e 2 cm para estrutura de madeira.
Alvenaria Estrutural
Paredes de alvenaria estrutural não possuem apenas a função de vedação, mas também uma finalidade bem mais complexa, já que a mesma funciona como parte integrante da estrutura de uma edificação. Por este motivo, as instalações hidráulicas, de modo geral, requerem atenção, uma vez que qualquer vazamento ou infiltração futura, pode causar um dano a este elemento.
De acordo com a ABNT NBR 15961-1: 2011 (Alvenaria Estrutural: Blocos de concreto), "Não são permitidos condutores de fluídos embutidos em paredes estruturais, exceto quando a instalação e a manutenção não exigirem cortes". Ou seja, em função dos riscos de comprometimento da função estrutural desta parede, é recomendável que o embutimento de tubulações seja evitado. O ideal é prever shafts que conseguem retirar, quando não a totalidade, a maioria das instalações hidrosanitárias das paredes. O boxe do banheiro, por exemplo, é um local conveniente para instalação destes shafts, assim como é importante a proximidade da cozinha com o banheiro e área de serviço, para a execução do menor número possível destes dutos. As tubulações verticais de maior diâmetro devem passar pelo shaft, enquanto que as horizontais e de menor diâmetro podem passar pelo teto ou junto ao piso, podendo ainda ser embutidas na laje ou no contrapiso.
Água Quente 
 De forma análoga ao que foi citado no item 1.1 para água fria, as instalações de água quente também são normatizadas. A ABNT NBR 7198:1993 (Projeto e execução de instalações prediais de água quente) fixa as exigências técnicas mínimas quanto à higiene, à segurança, à economia e ao conforto dos usuários, pelos quais devem ser projetadas e executadas as instalações de água quente. A norma se aplica as instalações de água quente para uso humano, cuja temperatura seja, no máximo 70°C.
Materiais e Procedimentos Construtivos
Os materiais utilizados nas tubulações de água quente são cobre, aço galvanizado e CPVC, ou alguma combinação destes materiais. Enquanto que o cobre e o ferro possuem custo elevado, o primeiro apresenta vida útil muito longa, enquanto que o segundo nem tanta, se comparado a vida útil da edifcação. O CPVC , um termoplástico semelhante ao PVC, mas com percentual maior de cloro, possui o menor preço dos 3 e vida útil longa, o seu problema está no limite de temperatura que é de 80°.
Quanto aos procedimentos construtivos em paredes de Alvenaria, Alvenaria estrutural e paredes secas, estes ocorrem do mesmo modo que para água fria. A diferença está nos materiais utilizados, sem contar que para água quente os procedimentos devem ser executados por ou sob a supervisão de um rpofissional qualificado de nível superior.
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INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
As instalações sanitárias são todo o conjunto de aparelhos sanitários que tem por função básica coletar e conduzir os despejos provenientes do uso adequado destes aparelhos a um local apropriado.
Materiais e Procedimentos Construtivos
Assim como nas instalações hidráulicas, o material empregado nas instalações sanitárias também é o PVC, por ser um material barato, durável e não corrosivo. Já para a instalação destas tubulações, também há a utilização de shafts, principalmente quando o sistema construtivo emprega paredes secas ou paredes de alvenaria estrutural. Para as paredes de alvenaria convencional, onde utiliza-se blocos cerâmicos, geralmente há o embutimento das tubulações na parede. 
Para o vaso sanitário, as tubulações podem ser embutidas nas lajes ou na camada de regularização (contrapiso). Entretanto, para o emprego em paredes secas, as bacias com saídas horizontais devem empregar um adaptador de saída de esgotamento sanitário, que nada mais é que um componente de PVC rígido com anel de borracha integrado que permite regulagem no posicionamento do vaso, absorvendo dilatações diferenciais entre materiais distintos.
Testes para Liberação do Sistema
As instalações sanitárias devem ser projetadass, executadas, testadas e mantidas de acordo com a ABNT NBR 8160:1999, que estabelece as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos sistemas prediais, de esgoto sanitário, para atenderem às exigências mínimas quanto á higiene, segurança e conforto dos usuários, tendo em vista a qualidade destes sistemas.
Proteção contra incêndio
Edificações de pequeno a grande porte precisam, por lei, contar com sistemas de combate a incêndio predial, Por isso, é fundamental,no projeto de engenharia do local, estarem previstas as instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações.Estas instalações englobam desde hidrantes, mangotinhos e mangueiras até sistemas de sprinklers e são essenciais para combater tanto focos de incêndio quanto chamas já em estágio avançado.
O sistema de sprinklers é amplamente utilizado em edificações e é uma das mais populares instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações devido à sua alta eficácia e poder de combate às chamas. Instalado na tubulação de prédios e indústrias, o sprinkler libera jatos de água apenas sobre o local incendiado, combatendo, assim, o foco do incêndio e minimizando riscos. O material dos sprinklers podem ser de aço carbono, cobre ou CPVC.
Existem acessórios comuns que são de extremaimportância para combater as situações de sinistro, como: a mangueira de combate a incêndio, o esguicho, o mangotinho e as chaves. Em geral, esses equipamentos são alocados dentro da caixa de incêndio, que abriga o hidrante e tudo o que deve ser utilizado com ele no momento de uma emergência.
INSTALAÇÕES DE GÁS
Materiais e Procedimentos Construtivos
Os itens básicos mais utilizados para instalações prediais de gás são: reguladores de pressão, tubulações, medidores de vazão, conexões e válvulas. Para a tubulação, os materiais mais empregados são cobre rígido e flexível; aço com ou sem costura, pretos ou galvanizados; polietileno; tubulação de aço revestida em polietileno; e tubulações multicamadas.
A tubulação multicamadas apresenta a vantagem de ser flexível e vendida em rolos, evitando o uso de curvas, joelhos e união de barras – as poucas conexões necessárias são executadas por compressão, sem solda. “Este material está sendo empregado em larga escala, pois, devido à facilidade de instalação, diminui custos com mão de obra, chegando a uma redução de 30% no custo global da instalação”, conta o projetista.
A especificação para a execução é determinada pelo projeto, que se inicia pela identificação do tipo de gás que será utilizado. A consulta às concessionárias vai dizer se há disponibilidade de gás natural (GN) para o edifício ou se será utilizado gás liquefeito de petróleo (GLP). Norteado pelas normas técnicas, o projeto determina a pressão de fornecimento e a de utilização dentro do empreendimento, o que permitirá dimensionar as instalações e tubulações. Nessa etapa, são estabelecidos o ponto de conexão com a rede externa ou local para instalação da central de gás; o local para reguladores de pressão e medidores de vazão; e se o sistema de medição será coletivo ou individualizado. 
Os cilindros de GLP devem ser armazenados em área exclusivamente destinada a isso, com ventilação permanente e em local externo. Por meio de tubulação, as unidades são abastecidas com o gás.
As vantagens para o consumidor da instalação de GLP para uso em condomínios são inúmeras, como a cobrança individualizada por meio de conta mensal, facilitando a rotina do dia a dia. Além disso, o fornecimento é ininterrupto: os cilindros são abastecidos frequentemente, garantindo que o gás seja fornecido sem qualquer interrupção.
Cada vez mais prédios optam pelo fornecimento de GLP, que representam economia, segurança e facilidade no consumo. Além disso, o possui alta capilaridade, ou seja, chega à maior parte das residências, inclusive em locais onde o gás natural ainda não chegou.
Além de garantir o cozimento, o GLP também é utilizado em condomínios para o aquecimento de água para o banho, sistemas de ar condicionado, secadoras de roupas, churrasqueiras em varandas gourmet, entre outros equipamentos.
Testes para Liberação do Sistema
 Acompanhado de um bom projeto, que tenha sido executado de acordo com as normas técnicas (ABNT NBR: 15526/13; 13523/08; 15923/11; 13103/13;) e a especificação dos fabricantes, a comprovação da segurança da instalação ainda vai depender de um procedimento obrigatório de ensaio, chamado de estanqueidade dos equipamentos e tubulações. Constituído por duas etapas: A primeira é referente às tubulações, com 1,5 vezes a pressão de trabalho máxima admitida e não menor que 20kpa; A segunda etapa, antes de realizar a ligação do gás, com todos os equipamentos instalados e sob pressão de operação da rede. Assim tudo ocorrendo conforme exigido nas Normas Técnicas, será liberado a utilização do Sistema de Gás.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Materiais e Procedimentos Construtivos
Testes para Liberação do Sistema
PEREIRA, Caio. Resumo sobre a NBR 5626. Escola Engenharia, 2018. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/nbr-5626/. Acesso em: 06 de junho de 2019.
SOUZA, Jorge Luiz A. de. Encanador gasista predial. Campo Grande: Núcleo de Tecnologias do Gás, 2004.
http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/104/artigo287052-1.aspx
file:///C:/Users/Refs/Downloads/19825590.pdf
http://piniweb17.pini.com.br/construcao/noticias/instalacoes-de-pvc-rigido-em-paredes-de-gesso-acartonado-85146-1.aspx (parede secaa)
https://www.linkedin.com/pulse/posso-embutir-instalações-hidráulicas-na-alvenaria-rangel-costa-lage
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/1/projetos-complementares/projeto/8/projetos-complementares.html

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