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História do Brasil ATO ADICIONAL DE 1834 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivos ....................................................................................................................................... 2 1. Ato Adicional de 1834 ............................................................................................................... 2 1.1. Revogação da Emenda em 1837 ........................................................................................... 3 Exercícios ...................................................................................................................................... 4 Gabarito ........................................................................................................................................ 5 Resumo ......................................................................................................................................... 6 2 Introdução Nesta aula vamos estudar o que foi o Ato Adicional na Constituição de 1824, que ficou conhecido como Ato Adicional de 1834 e o que suas mudanças promoviam e porque foi revogada em 1837. Para entendermos o Ato Adicional de 1834 iremos contextualizar o período em que o mesmo foi aprovado, as condições geradas enquanto esteve em vigor e os fatos que levaram a sua revogação em 1837. Para tal iniciaremos compreendendo o que significava o ato, sua influência na política aplicada durante a Regência Una de Diogo Feijó e os desdobramentos políticos e sociais. Objetivos • Analisar o Ato Adicional de 1834; • Identificar as mudanças que o Ato Adicional ocasionou no governo • Compreender os motivos de sua revogação em 1837. 1. Ato Adicional de 1834 O ato adicional de 1834 alterou o texto constitucional de 1824, e conciliou a garantia da unidade nacional e a autonomia desejada pelas elites as províncias. Tal ato implementou as seguintes alterações na estrutura administrativa: a criação das chamadas Assembleias legislativas provinciais, a manutenção da suspensão do poder moderador e a substituição da regência trina por uma regência una. FIQUE ATENTO! A Guarda Nacional criada durante a Regência Trina, foi uma força paramilitar constituída basicamente por membros da elite brasileira, tinha como principal função garantir a segurança das propriedades e reprimir todo e qualquer movimento visto como uma ameaça a estabilidade da nação. Criou as bases de um fenômeno político e social que, ficará conhecido na época como Mandonismo Local, que posteriormente se estabeleceu como Coronelismo. 3 A criação das Assembleias legislativas provinciais deu continuidade ao processe de descentralização do poder legislativo e judiciário, afinal deu mais autonomia ao poder local das províncias para legislar acerca de tributos e instruções públicas, além de conceder mais poderes aos juízes de paz. O Ato Adicional também mantinha a suspensão do Poder Moderador, feito ainda durante a Regência provisória, o que pode ser considerado uma grande “vitória” para as ideias liberais de descentralização. Por fim a substituição da Regência Trina pela Regência Una, concretizou a ascensão política dos liberais, afinal o grupo conseguiu eleger seu representante como regente em 1835, o Padre Diogo Feijó. Durante o governo de Feijó representou a introdução de práticas mais próximas da república do que de uma monarquia, pois estabeleceu que o país seria governado por um só individuo, eleito pelo voto direto e secreto e com mandato estabelecido de 4 anos, esse período ficará conhecido como a “experiência republicana”. As reformas instauradas pelo ato adicional de 1834 não agradou a todos, nesse cenário de constante divergência e interesses políticos, Feijó encontrou uma forte oposição ao seu governo. Nesse contexto ocorre uma reorganização das forças políticas, que fez surgir dois novos grupos oriundos dos grupos já existentes, os regressistas e os progressistas. Os regressistas unificaram a oposição, e passaram a defender cada vez mais incisivamente um governo forte e centralizado, enquanto os progressistas saiam em defesa de mais reformas de caráter liberal. Para além das disputas políticas institucionais, o período será marcado por inúmeras revoltas de cunho separatista em praticamente todas as regiões do país, o descontentamento com os rumos que vinham sendo tomados pelo governo foi a principal motivação para os movimentos. O Brasil vivia um clima de guerra, não uma guerra com um inimigo externo, mas uma intensa disputa entre o governo central e o governo das províncias, que eram intensificadas pelas disputas entre progressistas e regressistas. A estagnação econômica, associada a instabilidade política colocava o país em uma condição de empobrecimento e miséria, gerando um clima cada vez mais difícil para a continuidade do governo de Feijó. 4 2. Revogação da Emenda em 1837 Diante de tamanha oposição política e social o Regente Feijó renuncia ao cargo em 1837, fato que representou o fim da descentralização e da “experiência republicana”, pondo fim também aos “avanços liberais” do período. Para substituir a Feijó, foi eleito Araújo Lima, representante da ala regressista/conservador, e oficializou o fim do período progressista/liberal do período regencial. Em 1840 é decretado a Lei de Interpretação do Ato Adicional, que limitava novamente a autonomia das províncias, fortalecendo e centralizando novamente o poder central. Tal acontecimento não, pois fim aos movimentos de caráter separatista, e tampouco trouxe a estabilidade política desejada para o governo, e como desdobramentos desse cenário de uma quase eterna disputa política surgiram entre os liberais a ideia de antecipar a maioridade de Pedro de Alcântara. O fato é que o período regencial aproximava-se do seu fim, os grupos políticos se mostraram incapazes de gerir um governo estável e dar um rumo para o país, diante dessas prerrogativas o período regencial tem o seu fim oficialmente com o golpe da maioridade, que antecipou a coroação de D. Pedro II que pensava-se ser o único caminho para acalmar os ânimos e trazer a estabilidade política ao país. Exercícios 1. (FUVEST) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado, quanto no período regencial... a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder. b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a independência. c) disseminaram-se as ideias republicanas até a constituição de um partido político. d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial. e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade nacional. 2. (FAAP) A Guarda Nacional foi organizada: 5 a) Durante a regência uma de Araújo Lima para conter os movimentos separatistas. b) Ainda na regência trina e fortaleceu o poder paramilitar local e garantir a segurança nacional. c) Por Feijó durante a regência una para reprimir os avanços conservadores. d) Para garantir a redução da maioridade de D. Pedro II. e) Exclusivamente reprimir os movimentos separatistas do período. 3. (CESGRANRIO) O período regencial brasileiro (1831/1840) foi marcado por revoltas em quase todas as províncias do Império, em meio às lutas políticas entre os membrosda classe dominante. Uma das tentativas de superação desses conflitos foi a aprovação, pelo Parlamento, do Ato Adicional de 1834, que se caracterizava por: a) substituir a Regência Una pela Regência Trina. b) fortalecer o Legislativo e o Judiciário. c) conceder menor autonomia às Províncias. d) extinguir os Conselhos Provinciais. e) estimular o desenvolvimento econômico regional. Gabarito 1. e). Nestes dois contextos da História do Brasil, tivemos algumas tentativas muito significativas com tentativas de separação de algumas províncias abalando assim a ordem nacional. 2. b). A Guarda Nacional foi criada para dar poderes aos Coronéis assim surgindo o Coronelismo. 3. b). Quer dizer que com O Ato Adicional de 1834 suspendia o Poder Moderador e dava mais poder ao Legislativo e ao Judiciário. 6 Resumo Estudamos nesta aula o que foi o Ato Adicional de 1834, o contexto político de avanços de práticas liberais, que garantiu mais autonomia as províncias. Analisamos também as disputas políticas ocorridas em decorrência dessa denominada “experiência republicana” no período imperial brasileiro. A formação dos grupos dos regressistas e progressistas e os desdobramentos dos embates políticos ideológicos que colocaram o país em estado de guerra, devido aos inúmeros movimentos separatistas que contestavam não apenas os caminhos políticos que o governo vinha tomando, como também as condições miseráveis que grande parte da população se encontrava. Por fim compreendemos o percurso de instabilidade política que levou ao golpe da maioridade e, pois fim ao período das regências e inaugurou o segundo reinado no Brasil. 7 Referências bibliográficas Andrade, Manuel Correia de Oliveira. Movimentos populares no Nordeste no período regencial. Recife: Fundação Joaquim Nabuco,1989 (Série Memória da República). Basile, Marcello. O laboratório da nação: a era regencial (1831-1840). In: Keila Grinberg e Ricardo Salles.O Brasil Imperial, volume II: 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização, 2009. FAZOLI FILHO, Arnaldo. O Período Regencial. São Paulo: Ática, 1981. (Princípios).
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