Buscar

Manejo e condição corporal em ruminantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 70 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Manejo e condição corporal em ruminantes 
 
 
 
2 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
ÍNDICE 
 
 
1 Introdução........................................................................................................... 6 
1.1 Importância da condição corporal em ruminantes .......................................... 7 
1.2 Qual o significado de condição corporal? ....................................................... 7 
1.3 O ciclo produtivo e a condição corporal .......................................................... 8 
2 Condição corporal em pequenos ruminantes ............................................... 12 
2.1 O ciclo de produção e o escore recomendado.............................................. 12 
2.2 O ciclo de produção e o escore recomendado.............................................. 14 
2.3 O Flushing..................................................................................................... 20 
3 Manejo e condição corporal em vacas leiteiras ............................................ 24 
3.1 O balanço de energia em vacas leiteiras ...................................................... 24 
3.2 O Período seco ............................................................................................. 26 
3.3 O início da lactação ...................................................................................... 27 
3.4 Alterações metabólicas e funções reprodutivas............................................ 28 
3.5 O período de serviço..................................................................................... 29 
3.6 O método de avaliação da condição corporal ............................................... 30 
3.7 Literatura....................................................................................................... 33 
4 Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras........................... 36 
4.1 O sistema de escore de condição corporal na prática .................................. 36 
4.2 Avaliação de vacas com escore de condição corporal inferior a 3................ 40 
4.3 Avaliação de vacas com escore de condição corporal acima de 3 ............... 44 
4.4 Esquemas explicativos para avaliar o ECC .................................................. 46 
5 Manejo e condição corporal em vacas de corte ............................................ 50 
5.1 Introdução..................................................................................................... 50 
5.2 O ciclo de produção ...................................................................................... 50 
5.3 Fatores que afetam as exigências de vacas de corte ................................... 52 
5.4 Condição corporal da vaca ........................................................................... 53 
5.5 A orientação dos resultados de pesquisa ..................................................... 57 
5.6 Literatura....................................................................................................... 60 
6 Avaliação visual da condição corporal em vacas de .................................... 63 
6.1 A avaliação da condição corporal em gado de corte .................................... 63 
6.2 A condução do processo de avaliação ao longo do ano............................... 69 
Manejo e condição corporal em ruminantes 
 
 
 
3 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Estágio do ciclo de produção ......................................................................8 
Figura 2 - Prioridade de nutrientes no corpo ...............................................................9 
Figura 3 - Como avaliar o ECC..................................................................................10 
Figura 4 - Prática de manejo com uso da mão. .........................................................12 
Figura 5 - Condição 1 (Emaciado). ............................................................................15 
Figura 6 - Condição 2 (Magra)...................................................................................16 
Figura 7 - Condição 3 (Média). ..................................................................................17 
Figura 8 - Condição 4 (Gorda)...................................................................................17 
Figura 9 - Escore 3. ...................................................................................................18 
Figura 10 - Escore 1. .................................................................................................19 
Figura 11 - Escore 5. .................................................................................................19 
Figura 12 - Escore 2. .................................................................................................20 
Figura 13 - Escore 4. .................................................................................................20 
Figura 14 - Exigências energéticas, consumo de energia, balanço energético, 
variação no ECC e fertilidade em vacas leiteiras ao longo do ciclo de produção......25 
Figura 15 - Restrição de energia na dieta e modulação da função reprodutiva em 
vacas. ........................................................................................................................29 
Figura 16 - Áreas específicas de avaliação. ..............................................................36 
Figura 17 - Demais áreas específicas de avaliação. .................................................37 
Figura 18 - Formação de V pelo ângulo formado entre as extremidades dos ossos.37 
Figura 19 - Destaque para a formação do V pelo ângulo formado entre as 
extremidades dos ossos. ...........................................................................................38 
Figura 20 - Formação de U pelo ângulo formado entre as extremidades dos ossos.38 
Figura 21 - Destaque para a formação do U pelo ângulo formado entre as 
extremidades dos ossos. ...........................................................................................39 
Figura 22 - Vaca angular V........................................................................................39 
Figura 23 - Vaca arredondada U. ..............................................................................40 
Figura 24 - Tuberosidade ilíaca arredondada ECC=3. ..............................................40 
Figura 25 - Tuberosidade ilíaca angular ECC≤2,75...................................................41 
Figura 26 - Tuberosidade isquiática arredondada ECC<2,75....................................41 
Figura 27 - Ísquio angular ECC<2,75. .......................................................................42 
Figura 28 - Avaliação da cobertura de gordura. ........................................................42 
Figura 29 - Avaliação da cobertura de gordura. ........................................................43 
Figura 30 - Avaliação da visibilidade dos processos transversos..............................43 
Figura 31 - Avaliação da visibilidade dos processos transversos..............................44 
Figura 32 - Visibilidade dos ligamentos. ....................................................................45 
Figura 33 - Visibilidade dos ligamentos. ....................................................................45 
Figura 34 - Visibilidade dos ligamentos. ....................................................................46 
Figura 35 - Esquema do corte transversal.................................................................47Figura 36 - Resumo dos 5 pontos auxiliadores ao escore. Edmonson ET AL. (1989).
...................................................................................................................................48 
Figura 37 - Exigência de energia da vaca. ................................................................51 
Figura 38 - Exigência de energia da vaca. ................................................................53 
Figura 39 - Sistema de produção de gado de corte...................................................56 
Manejo e condição corporal em ruminantes 
 
 
 
4 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
Figura 40 - Efeito dos dias para o parto na produção de alimentos necessários para 
atingir o ganho diário desejado para uma vaca com 500kg de peso vivo saindo de 
ECC4 para ECC5. Adaptado de Buskirket Al. (1992).Ganho diário desejado (kg/dia).
...................................................................................................................................59 
Figura 41 - O que olhar? Onde olhar?. ......................................................................63 
Figura 42 - Vaca emaciada........................................................................................64 
Figura 43 - Vaca muito magra. ..................................................................................64 
Figura 44 - Vaca magra. ............................................................................................65 
Figura 45 - Vaca magra para condição moderada. ...................................................66 
Figura 46 - Vaca em condição moderada..................................................................66 
Figura 47 - Vaca em condição boa............................................................................67 
Figura 48 - Vaca em condição muito boa. .................................................................68 
Figura 49 - Vaca obesa. ............................................................................................68 
Figura 50 - Vaca muito obesa....................................................................................69 
Manejo e condição corporal em ruminantes 
 
 
 
5 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Escore ideal para cada fase do ciclo produtivo de ovelhas e cabras. ......13 
Tabela 2 - Concentração de gordura, proteína e energia no vazio de ovinos em 
diferentes escores de condição corporal. ..................................................................15 
Tabela 3 - Período de flushing necessário em função do ECC. ................................21 
Tabela 4 - Energia líquida de lactação perdida ou depositada, para vacas em 
diferentes ECC e com diferentes pesos, quando perdem ou ganham peso..............28 
Tabela 5 - Relação entre perda de ECC nas primeiras 5 semanas após o parto e 
reprodução. ...............................................................................................................30 
Tabela 6 - Recomendações do escore corporal para cada estágio da lactação 
(Pennsylvania State University). ................................................................................31 
Tabela 7 - Composição do peso corporal vazio (PCVz), PCVz em relação ao ECC 3, 
e EL de lactação depositada ou perdida, para cada kg de ganho ou perda de peso.
...................................................................................................................................32 
Tabela 8 - Prioridades no uso da energia pela vaca de corte....................................50 
Tabela 9 - Condição corporal da vaca. ......................................................................54 
Tabela 10 - Composição corporal do PCVz à diferentes escores corporais..............55 
Tabela 11 - Reservas de energia para vacas com diferentes tamanhos e condições 
corporais....................................................................................................................57 
Tabela 12 - Padrão para avaliação de escore corporal em vacas de corte. ..............57 
Tabela 13 - Escore de condição corporal e taxa de gestação. ..................................58 
Tabela 14 - Efeito do ECC no parto sobre o intervalo pós parto. ..............................58 
Tabela 15 - Efeito da alteração do ECC pós-parto sobre a taxa de prenhes.............59 
Tabela 16 - Efeito do ECC durante a estação de reprodução sobre a taxa de 
prenhes......................................................................................................................70 
 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Introdução 
 
 
7 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
1 Introdução 
 
1.1 Importância da condição corporal em ruminantes 
 
Técnicos e produtores rurais envolvidos com a produção de ruminantes estão 
inseridos num universo complexo, que contempla inúmeras inter-relações entre a 
vida do reino animal e do reino vegetal, além, obviamente, do ambiente físico em 
que estes reinos estão inseridos. A produção animal é decorrente da existência de 
vários sistemas que interagem e, assim, o conhecimento destes sistemas é uma 
exigência primária para aqueles que pretendem tomar decisões sobre como interferir 
de forma racional, buscando sempre a melhor alternativa. É importante destacar, 
que muitos problemas apresentam apenas uma solução, mas na maior parte das 
vezes os problemas que enfrentamos na pecuária podem ter várias soluções. E 
quando falamos em sistemas pecuários, é importante não se esquecer que o animal 
é apenas parte do todo. É fundamental não perder de vista, o papel do homem, das 
plantas, neste caso, as forrageiras, do ambiente com todos os seus elementos, além 
de todas as práticas adotadas, ou seja, o manejo. Dentre estas práticas de manejo 
destacamos o manejo alimentar e o manejo sanitário, que vão se combinar de forma 
a permitir ao animal bem alimentado e sadio, a expressão de toda sua herança 
genética. Nosso tema neste curso será “Condição Corporal e Eficiência Reprodutiva 
e Produtiva”, e desta forma, nosso principal alvo são as matrizes, ou seja, os 
animais que vão manter nossos rebanhos de pé. 
 
1.2 Qual o significado de condição corporal? 
 
Em sistemas pecuários onde a fêmea é o sustentáculo para obtermos a máxima 
eficiência, é fundamental termos em mente que a condição orgânica das mesmas 
deve ser mantida sempre próxima do desejável para cada fase do ciclo produtivo. 
Para vacas de corte, de leite, ovelhas ou cabras, o plano nutricional é que vai ditar 
os limites da produção. E neste sentido aparece a importância daquilo que 
denominamos de condição corporal. A condição corporal é uma ferramenta de 
manejo, através da qual podemos corrigir deficiências decorrentes do plano 
nutricional. A condição corporal é obtida através da realização de avaliações destes 
animais em épocas estratégicas do ciclo produtivo, no sentido de permitirmos que as 
prioridades de demanda de nutrientes sejam atendidas a contento. Estas avaliações 
seguem determinados sistemas, nos quais se adota vários escores, procedimentos e 
fichas de acompanhamento, sendo feitas visualmente em bovinos e pela avaliação 
visual e manual em ovinos e caprinos. As matrizes têm exigências para diferentes 
funções durante um ciclo de produção, ou seja,exigências para manutenção, 
gestação e lactação, sendo que, em qualquer fase do ciclo produtivo devem atender 
mais de uma função, pois as exigências de manutenção são constantes. Além disso, 
nas primeiras gestações todas as matrizes têm exigências de crescimento, pois 
ainda não atingiram o peso à maturidade, que em vacas normalmente ocorre no 
quarto parto. Assim, se a demanda de nutrientes e o fornecimento de nutrientes não 
forem casados, podemos ter uma condição orgânica abaixo ou acima do desejável, 
sendo que, o primeiro caso é o de maior ocorrência. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Introdução 
 
 
8 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
1.3 O ciclo produtivo e a condição corporal 
 
As matrizes apresentam grande variação no escore de condição corporal nas 
diferentes fases do ciclo produtivo (Figura 1) , sendo que após o parto observa-se a 
maior perda de escore, ou seja, mobilização de reservas. Como já dito 
anteriormente, a avaliação da condição corporal através de escores é uma 
ferramenta de manejo e, portanto, deve ser utilizada de forma constante e como 
rotina pelos produtores e técnicos. Estas avaliações, principalmente em bovinos, são 
subjetivas, mas, no entanto, são bastante acuradas, e para o sucesso das mesmas 
é importante o treino do avaliador. Apesar de serem subjetivas, com a aplicação 
correta das avaliações e aplicação das correções necessárias quanto à nutrição, 
com certeza aumentaremos de forma significativa a eficiência do uso dos recursos 
alimentares da fazenda, bem como daqueles adquiridos fora, e isto se traduzirá em 
aumentos no desempenho reprodutivo de nossos rebanhos de bovinos, ovinos e 
caprinos. 
 
 
Figura 1 - Estágio do ciclo de produção 
 
Através dos processos fisiológicos que ocorrem em cada fase do ciclo de produção 
das matrizes, o organismo determina quais as prioridades para atender as diferentes 
funções, e a partir disto, define a partição biológica e o uso dos nutrientes 
absorvidos através do trato digestório. Esta prioridade tem em um extremo as 
exigências para manutenção como função primordial, e no outro, o acúmulo de 
reservas corporais, como de baixa prioridade (Figura 2). 
 
Como dito anteriormente, a avaliação de condição corporal através da aplicação de 
escores deve ser feita de forma consistente, periódica, e seguindo a metodologia 
recomendada, pois os procedimentos para cada espécie são universalmente 
aceitos. 
Manejo e condição corporal em ruminantes Introdução 
 
 
9 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
 
Figura 2 - Prioridade de nutrientes no corpo 
 
A avaliação do escore de condição corporal deve levar em conta a observação de 
diferentes pontos do corpo animal e deve ser aplicada a todos os animais da mesma 
forma. Pontos importantes a serem observados são os processos transversos 
(Figura 3) e espinhosos, a gordura de cobertura, os espaços intercostais, a região do 
ombro, a inserção da cauda, a região do vazio, da garupa e do peito. 
 
Durante a avaliação deve-se considerar que alguns fatos podem nos levar a cometer 
erros, e entre estes destacamos o enchimento do trato digestório, a gestação, a 
quantidade de pelo ou lã e a quantidade de músculo. 
 
Após a introdução no assunto, na próxima aula teremos uma ampla abordagem da 
avaliação de escore de condição corporal em gado de corte. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Introdução 
 
 
10 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 3 - Como avaliar o ECC 
 
 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
12 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
2 Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
A avaliação do escore de condição corporal em ovinos e caprinos é uma prática de 
manejo em que se usa a avaliação visual e as mãos (Figura 4), para determinar o 
grau de deposição de gordura e músculo na região do dorso-lombo dos animais. O 
escore deve ser dado usando as mãos para evitar erros que podem ocorrer em 
função de um excesso do enchimento do trato digestório ou de lã, que podem 
distorcer a verdadeira condição. 
 
Em ovinos, o peso corporal é tido como uma medida indireta e pouco sensível para 
se avaliar o estado nutricional. Nessa espécie, os aspectos de presença ou não de 
lã, diferentes raças, estado e gestações simples, duplas ou triplas, limitam o uso do 
peso para estimar o estado nutricional. Por outro lado, inúmeros trabalhos têm 
sugerido a avaliação do escore de condição corporal (ECC) como um método 
preciso e prático do nível nutricional de um rebanho (DUCKER & BOYD,1977; 
GUNN et al., 1984). 
 
 
Figura 4 - Prática de manejo com uso da mão. 
 
A avaliação do escore de condição corporal é uma prática que busca estimar a 
composição corporal do animal em termos de percentual de gordura e de proteína. 
O método de avaliação do ECC em ovinos foi desenvolvido na Inglaterra por 
RUSSEL et al. (1969) e baseia-se na palpação da região dorsal e lombar da coluna 
vertebral, verificando a quantidade de gordura e músculo encontrada no ângulo 
formado pelos processos espinhosos e transversos. Em ovinos e caprinos a 
pontuação de escore vai de 1 a 5, sendo que o ECC igual a 1 representa um animal 
caquético, ou seja, muito magro, e o ECC igual a 5 um animal obeso.Tanto as 
extremidades dos processos transversos como as extremidades dos processos 
espinhosos das vértebras são usados na avaliação, e nos permitem dizer qual a 
condição de cada animal. Ovelhas e cabras não devem se apresentar magras, nem 
gordas, mas, não podemos nos esquecer que em determinados períodos do ciclo 
produtivo o escore pode ser mais baixo e, em outros, mais alto. 
2.1 O ciclo de produção e o escore recomendado 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
13 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
A Tabela 1 mostra quais são os escores de condição corporal ideais para cada fase 
do ciclo produtivo de ovelhas e cabras, para sistema de avaliação com escore 
variando em 5 pontos. Observa-se que a fase na qual o ECC deve estar mais alto é 
aquela que precede a parição. E na fase de desmama pode atingir 2 sem maiores 
problemas, pois haverá tempo para recuperação dos animais. 
 
 
Tabela 1 - Escore ideal para cada fase do ciclo produtivo de ovelhas e cabras. 
 
O escore de condição corporal é usado para monitorar a ovelha e a cabra nas 
diferentes fases de produção ao longo do ano, e é utilizada para definir quais 
animais necessitam de maior atenção quanto ao manejo nutricional. 
 
A avaliação da condição corporal das ovelhas e das cabras do rebanho deve ser 
feita em pelo menos três períodos críticos durante o ano, ou seja, 4-6 semanas 
antes do parto, no desmame, e 4-6 semanas antes da época de reprodução. Estas 
avaliações permitirão detectar problemas e solucioná-los a tempo. É importante 
frisar que os produtores devem manter os registros da avaliação para que possam 
acompanhar o que ocorre com cada indivíduo. 
 
Ovelhas e cabras quandomagras não ovulam e quando ovulam, não produzem o 
número de óvulos desejado. Assim, é importante avaliar a possibilidade de se utilizar 
o flushing, ou seja, o fornecimento de uma quantidade adicional de ração, 2-3 
semanas antes do início da estação de reprodução, o que permitirá a recuperação 
do escore de condição corporal para níveis desejados. 
 
Após a parição, o escore de condição corporal das ovelhas e das cabras se tornará 
crítico, e o melhor escore de condição corporal deve ocorrer nesta ocasião (parição), 
pois estes animais estão entrando no período de maior demanda de nutrientes, ou 
seja, a lactação. No caso de ovelhas e cabras que parem mais de uma cria, a 
ingestão voluntária de matéria seca é insuficiente para atender as exigências de 
energia no pico de produção de leite. Assim, é normal que as ovelhas e as cabras 
percam peso de forma mais significativa nas primeiras seis semanas após o parto, 
pois as reservas de gordura corporal são usadas para atender a demanda de 
energia para a produção de leite. Ovelhas e cabras que parem magras produzirão 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
14 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
crias mais leves, menor quantidade de colostro e menor quantidade de leite, e este 
fato levará à maior mortalidade da prole e menor peso ao desmame. 
 
O escore de condição corporal deve ser avaliado com cuidado no período de 
desmame, e tal fato decorre de que muitas ovelhas e cabras têm mais de uma cria e 
produzem quantidades elevadas de leite, o que pode levar a um escore muito baixo. 
Assim, será necessário um plano de suplementação adequado para correção desta 
situação em cada grupo. Na prática, a maioria dos criadores não consegue colocar 
½ escore de condição corporal nas cabras durante o período seco. O que leva à 
necessidade de recuperar a condição corporal das ovelhas e cabras ainda durante o 
período de lactação. É importante destacar que ovelhas e cabras de primeira parição 
necessitam de maior atenção e maiores cuidados. 
 
É importante destacar que nenhuma ovelha ou cabra estará em escore de condição 
corporal abaixo do recomendado sem uma boa razão. Algumas razões para isto são: 
1) alta produção de leite, e estas são suas melhores ovelhas, cuide delas; 2) carga 
parasitária excessiva, o que exige um plano de utilização de vermífugos; 3) baixo 
mérito genético da ovelha, que deverá ser descartada; 4) problemas na dentição, 
que muitas vezes é ignorado pelo produtor; 5) a idade da ovelha, e neste caso 
normalmente os maiores problemas são com os animais mais jovens e os mais 
velhos; 6) doenças. 
 
DUCKER & BOYD (1977) observaram que ao mesmo peso corporal, ovelhas de 
tamanho pequeno e alto ECC tiveram maior taxa de ovulação do que ovelhas 
grandes com baixo ECC. Por outro lado, GUNN et al. (1984) encontraram pouca 
influência do estado nutricional na taxa de ovulação, durante o período de 
encarneiramento, quando o ECC média das ovelhas foi de 2,5, sugerindo, assim, ser 
esse o escore crítico mínimo para se obter taxas de ovulação aceitáveis. 
 
Da mesma forma como ocorre com a ovulação, a taxa de concepção parece ser 
maior nas ovelhas com moderado ECC quando comparadas com ovelhas com baixo 
ECC, no entanto, a diferença não é significativa quando o ECC médio das ovelhas é 
superior a 2,5 (GUNN et al., 1991). No mesmo trabalho, foi verificado que ovelhas 
com ECC < 2,5 no encarneiramento e mantidas com baixa oferta alimentar foram 
incapazes de manifestar sua capacidade reprodutiva, mostrando uma baixa taxa de 
natalidade. 
 
2.2 O ciclo de produção e o escore recomendado 
 
O escore de condição corporal é usado para monitorar a ovelha e a cabra nas 
diferentes fases de produção ao longo do ano, e é utilizada para definir quais 
animais necessitam de maior atenção quanto ao manejo nutricional. 
 
A avaliação da condição corporal das ovelhas e das cabras do rebanho deve ser 
feita em Na Tabela 2 encontramos a concentração de gordura, proteína e energia no 
corpo vazio de ovinos em diferentes escores de condição corporal. Estes dados 
foram obtidos pelos autores Sanson et al. (1993) e Cannas et al. (2004) e publicados 
no NRC (2007). Observa-se que a concentração de proteína no corpo vazio sofre 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
15 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
pouca alteração, mas a de gordura e conseqüentemente a de energia, são afetadas 
de maneira expressiva com as mudanças do escore de condição corporal. 
 
 
Tabela 2 - Concentração de gordura, proteína e energia no vazio de ovinos em diferentes 
escores de condição corporal. 
 
Em seguida vamos descrever como fazer a avaliação em ovinos e caprinos. A 
abordagem será para cada escore. 
 
Escore 1 
 
Os processos espinhosos são proeminentes e agudos ao toque, e muitas vezes com 
os espaços intervertebrais visíveis. Na região lombar os processos transversos são 
agudos ao toque e podemos passar os dedos através dos espaços entre os 
mesmos. A região do músculo do olho do lombo é desprovida de cobertura de 
gordura. 
 
 
Figura 5 - Condição 1 (Emaciado). 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
16 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Escore 2 
 
Os processos espinhosos são proeminentes e agudos ao toque, e muitas vezes com 
os espaços intervertebrais visíveis. Na região lombar os processos transversos são 
um pouco menos agudos ao toque e podemos passar os dedos através dos espaços 
entre os mesmos se aplicarmos alguma pressão. A região do músculo do olho do 
lombo apresenta pouca cobertura de gordura. 
 
 
Figura 6 - Condição 2 (Magra). 
 
 
Escore 3 
 
Os processos espinhosos se apresentam mais lisos e arredondados e podemos 
sentir suas extremidades apenas colocando pressão durante o toque. Na região 
lombar os processos transversos são lisos e bem cobertos, e apenas colocando 
bastante pressão é possível sentir as extremidades dos mesmos. A região do 
músculo do olho do lombo apresenta mais ampla e maior cobertura de gordura. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
17 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 7 - Condição 3 (Média). 
 
Escore 4 
 
Os processos espinhosos podem ser sentidos apenas com forte pressão. Os 
processos transversos não podem ser sentidos. A região do músculo do olho do 
lombo apresenta ampla e grande cobertura de gordura. 
 
 
Figura 8 - Condição 4 (Gorda). 
 
Escore 5 
 
Os processos espinhosos não são detectados. Há uma depressão de gordura onde 
normalmente sentimos as extremidades dos processos espinhosos. Os processos 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
18 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
transversos não podem ser sentidos. A região do músculo do olho do lombo 
apresenta ampla e excessiva cobertura de gordura. 
 
Em rebanhos bem manejados mais de 90% dos animais devem apresentar escore 
entre 2 e 4. Para facilitar o manejo é recomendado atribuir escores intermediários,como 2,5. Os escores intermediários são úteis e importantes quando a condição do 
animal não é muito clara. A exatidão é difícil, e podemos afirmar que se errarmos ao 
atribuir os escore como 3 ao invés de 3,5 não temos grandes problemas, mas se 
atribuirmos escores errados como 2 ao invés de 3,5 o problema será grande. 
 
 No site http://www2.luresext.edu/goats/research/bcs.html podemos observar 
algumas orientações práticas sobre a avaliação do escore de condição de caprinos. 
O escore de condição corporal também é importante para avaliarmos animais que 
estão sendo criados para o abate. O grau de acabamento do animal que está 
relacionado com a carcaça que será obtida após o abate está diretamente 
relacionado ao ECC do animal vivo. Tanto na indústria de ovinos como na de 
caprinos, o ECC 3 (Figura 9) é o mais desejável, pois serão obtidas carcaças bem 
terminadas mas sem excesso de gordura. Animais com ECC igual a 1 (Figura 10) 
não estão terminados, e o desenvolvimento muscular é precário. Animais com ECC 
igual a 5 (Figura 11) têm excessiva gordura depositada. O escore 5 é encontrado 
com mais facilidade em ovinos e raramente visto em caprinos. Podemos observar 
ainda os ECC 2 (Figura 12) e 4 (Figura 13). 
 
 
Figura 9 - Escore 3. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
19 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 10 - Escore 1. 
 
 
Figura 11 - Escore 5. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
20 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 12 - Escore 2. 
 
 
Figura 13 - Escore 4. 
 
2.3 O Flushing 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
21 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
Muitas vezes, quando as matrizes não atingem o ECC ideal antes da parição, será 
necessária a intervenção do homem de forma a assegurar a rápida recuperação da 
condição corporal. Tal necessidade decorre da necessidade de termos as ovelhas e 
as cabras ciclando normalmente, e atingindo alta percentagem de concepção, o que 
será possível apenas com a condição corporal ideal para a fase de reprodução. 
Dessa forma, o objetivo é aumentar a ingestão de nutrientes e melhorar a condição 
corporal antes e durante o período de reprodução, e o manejo nutricional adotado é 
chamado de flushing. O objetivo desta prática é aumentar a taxa de ovulação e, 
conseqüentemente, a taxa de concepção. 
 
A resposta à prática do flushing é influenciada por: 
 
• Idade da ovelha (ovelhas mais velhas respondem mais); 
• Raça (raças mais prolíficas são mais responsivas); 
• Condição corporal (ovelhas mais magras respondem mais); 
• Etapa da estação de reprodução (maiores respostas são observadas no início 
e final da estação). 
 
O flushing tem uma resposta muito positiva quando aplicado às ovelhas com ECC 
entre 2 e 2,5 no sentido de elevar para 3 a 3,5. Ovelhas num plano nutricional 
crescente têm melhores taxas de ovulação. Normalmente uma pastagem de boa 
qualidade pode colocar 1 escore de condição corporal num período de 6 semanas. 
 
A Tabela 3 mostra o tempo em semanas para que ovelhas em diferentes ECC 
possam atingir o escore ideal para o período de reprodução. 
 
 
Tabela 3 - Período de flushing necessário em função do ECC. 
 
Para ovelhas que já se encontram em boa condição corporal, a atenção em relação 
à alimentação deve se iniciar 2 semanas antes da estação de reprodução e durar 
pelo menos de 2 a 4 semanas durante a estação. A razão para continuar este plano 
de nutrição após a cobertura é diminuir as perdas por morte embrionária. A 
alimentação adicional assegura que os óvulos fertilizados, agora ovos, tenham 
maiores chances de aderir à parede do útero, e não sejam reabsorvidos por falta de 
energia à ovelha ou cabra. Após a estação de reprodução a suplementação será 
desnecessária, a partir daqui mantenha níveis moderados de alimentação. 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em pequenos ruminantes 
 
 
22 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
É importante destacar, que no início da lactação as ovelhas e cabras não comem o 
suficiente para suportar a elevada produção de leite e, assim, mobilizam 
naturalmente as reservas corporais, perdendo peso de forma acentuada, o que leva 
à queda drástica no ECC. 
 
Ao encerrar mais este capítulo sobre a importância do escore de condição corporal 
em animais ruminantes, neste caso, em ovinos e caprinos, queremos destacar que 
muitas vezes podemos produzir mais eficientemente com adoção de práticas 
simples e muito eficientes, como é o caso desta avaliação corporal. A adoção 
freqüente e criteriosa desta avaliação dará a técnicos e produtores condições de 
ajustar o plano nutricional do rebanho, a atividade mais rentável e o sistema de 
produção sustentável. 
 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
24 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
3 Manejo e condição corporal em vacas leiteiras 
 
3.1 O balanço de energia em vacas leiteiras 
 
As taxas de concepção em vacas leiteiras são baixas e têm diminuído por diversas 
décadas. As pesquisas com vacas leiteiras têm demonstrado que a condição 
corporal influencia a produtividade, a reprodução, a saúde e a longevidade das 
vacas. 
 
A condição corporal é resultado do balanço de energia no organismo da vaca, o qual 
é obtido pela diferença entre a energia consumida (Eco) pelo animal e a energia que 
o animal necessita para atender suas exigências diárias para as diferentes funções. 
As funções que devem ser contabilizadas para determinação destas exigências são: 
manutenção (Em), crescimento (Ec), recuperação de peso (Erp), produção de leite 
(Epl), e crescimento fetal (Ecf). Por exemplo, se uma vaca adulta estiver no período 
seco, seu balanço de energia será obtido assim: BE = Eco – (Em + Ecf). As 
exigências de energia para crescimento da glândula mamária não são incluídas em 
face dos poucos dados existentes, mas existe, e pode ser superior a 3 Mcal ELl/dia. 
 
Se o BE é negativo (BNE), ou seja, a ingestão de energia é menor que as 
exigências, as vacas utilizam os depósitos de gordura do organismo como fonte de 
energia em complementação ao fornecido pela dieta e perdem peso. Se o BE é 
positivo (BPE), ou seja, o consumo de energia é maior que as exigências, as vacas 
armazenam o excesso de energia consumida através da dieta, na forma de gordura 
e ganham peso. Em média as exigências de energia para manutenção de uma vaca 
adulta são de aproximadamente 10 Mcal de ELl/dia, e a manutenção mais o 
crescimento, no caso de uma novilha, antes do primeiro parto, são de 
aproximadamente 12 Mcal ELl/dia. Exigências adicionais para crescimento do feto e 
tecidos anexos são de aproximadamente 2,9; 3,4 e 3,7 Mcal de ELl/ dia nos dias 60º, 
21º e 1º antes da parição. É recomendado que vacas em transição tenham um 
consumo adicional de concentrado durante as 3 últimas semanas de gestação para 
atender a demanda do crescimento fetal. 
 
Quando falamos em balanço de energia algumas considerações são importantes,e 
se explorarmos a Figura 14 pode-se entender bem: 
 
a) O pico de produção de leite ocorre por volta de 8 semanas, e as vacas ainda 
estão em balanço negativo; 
b) A maioria das vacas entra em balanço negativo de energia após a parição e 
este fato é uma adaptação normal no ciclo reprodutivo em mamíferos; 
c) O balanço se torna negativo porque a ingestão de energia através da dieta é 
menor que a exigência de energia para atender a produção de leite e a 
manutenção da vaca; 
d) Até aproximadamente 4 semanas aumenta o balanço negativo; 
e) Após 4 semanas o balanço negativo vai diminuindo e com bom manejo o 
balanço se torna positivo após 8 semanas, mas em geral isto acontece após 
12 semanas, ou seja, após 80 dias de parição; 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
25 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
f) O escore de condição corporal cai até aproximadamente 50 dias em lactação 
e após este período volta a subir; 
g) A fertilidade da vaca começa melhorar após 50 dias e atinge o ápice quando 
inicia o balanço positivo, ou seja, após 8 – 12 semanas. 
 
 
Figura 14 - Exigências energéticas, consumo de energia, balanço energético, variação no ECC 
e fertilidade em vacas leiteiras ao longo do ciclo de produção. 
 
Os efeitos do Balanço Negativo de Energia (BNE): 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
26 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
a) A influência da nutrição na fertilidade é multifatorial e pode ocorrer em 
diversos estágios do ciclo reprodutivo. Um suprimento inadequado de 
nutrientes normalmente produz: 
 
• Atraso no estro/ovulação após o parto; 
• Baixa taxa de gestação no início da lactação; 
• E atraso na puberdade em novilhas. 
 
b) De forma mais específica, a nutrição afeta: 
 
• A concentração de progesterona é menor em vacas com BNE, o que está 
associado com a queda no desempenho reprodutivo; 
• Em relação ao crescimento folicular é constatado que vacas em BNE 
apresentam folículos grandes e poucos folículos ovulam; 
• Em relação à função do corpo lúteo observa-se que vacas em BNE têm 
menor concentração de hormônio luteinizante e redução da resposta ao LH; 
• Piora a qualidade do ovócito. 
 
c) Vacas em BNE têm um aumento significativo de: 
 
• Metrite; 
• Cistos no ovário; 
• Mastite; 
• Laminite. 
 
d) Vacas em alto BNE apresentam: 
 
• Alta concentração de ácidos graxos não esterificados no sangue (> 600 
µmol/L); 
• Aumento da concentração de beta hidroxibutirato, com concentração > que 
0,9 mmol/L; 
• Queda significativa da concentração sangüínea de IGF-1. 
 
3.2 O Período seco 
 
A pesquisa com gado leiteiro já tem claro que a partição de nutrientes e os 
metabólitos circulantes no plasma são alterados drasticamente após a parição e 
durante o primeiro mês de lactação. Vacas em início de lactação apresentam 
balanço negativo de energia, mas é importante destacar que a intensidade e a 
duração deste balanço dependem da condição corporal da vaca no parto, da 
alimentação pós-parto e da produção de leite. 
 
O plano nutricional e o manejo alimentar incorretos antes do parto podem causar 
vários efeitos deletérios na vaca após o parto, incluindo doenças metabólicas, 
infertilidade e queda na produção de leite. Algumas semanas antes do parto, devido 
uma redução de 30-35% na ingestão de matéria seca pela vaca, o balanço de 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
27 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
energia diminui, e após o parto, as vacas permanecem em balanço negativo por pelo 
menos 5-7 semanas, ou seja, 35 a 42 dias. 
 
O escore de condição corporal abaixo do recomendado no período seco antes do 
parto está associado com ovários inativos e um maior período para voltar ao ciclo 
estral normal. Vacas com baixo ECC no período entre 7 e 10 semanas (50 a 70 dias) 
pós-parto levam um longo tempo para conceber. 
 
Por outro lado, vacas com excesso de condição corporal no período seco, ou seja, 
gordas, quando parem também apresentam problemas, pois têm menor ingestão de 
matéria seca após o parto, maior mobilização de tecido adiposo e maior incidência 
de doenças metabólicas e infecciosas, o que produzirá um impacto negativo sobre o 
desempenho reprodutivo das vacas. Uma causa comum para o excesso de condição 
corporal são os prolongados períodos secos ou o excesso de alimentação neste 
período. 
 
3.3 O início da lactação 
 
A intensidade e a duração da mobilização de tecido adiposo e em última instância, o 
balanço de energia até o primeiro serviço, dependem de uma complexa interação 
entre o suprimento de energia pós-parto e o mérito genético da vaca, independente 
do escore de condição corporal no parto, o que pode explicar parcialmente os 
resultados controversos descritos em diferentes pesquisas. 
 
Vários fatores estão envolvidos na duração do balanço negativo de energia após o 
parto. Em vacas de primeira cria (primíparas), a idade e a condição corporal antes 
do parto são importantes. Em vacas mais velhas, com alto potencial de produção de 
leite, um adequado escore de condição corporal no início do período de serviço é 
essencial, e isto é afetado pelo potencial genético da vaca em mobilizar tecido e 
atingir uma alta produção no pico da lactação. 
 
Se as vacas entrarem no período de serviço em severo balanço negativo de energia, 
será muito difícil remediar a situação durante a lactação, e o processo de 
recuperação levará algumas semanas. As alterações metabólicas associadas com a 
mobilização de tecido após o parto podem provocar danos aos ovócitos de forma 
direta ou por alterações no ambiente folicular. O manejo nutricional da vaca no 
período pré-parto é, portanto, crucial para prevenir doenças metabólicas e 
dificuldade no parto. 
 
É importante destacar, que é muito mais difícil manejar as vacas de alto mérito 
genético. Assim, é fundamental a avaliação de cada rebanho, no sentido de definir 
as estratégias mais adequadas para atender a demanda de nutrientes imposta pela 
genética, mantendo a saúde e a fertilidade das vacas. 
 
O balanço negativo de energia mais severo ocorre no período de 1 a 2 semanas 
após o parto, e a literatura mostra que em 90% dos casos, as vacas atingem 
balanço positivo apenas 60 dias após o parto, com um período médio de 45 dias. Os 
dados da Tabela 4 mostram o total de EL de lactação perdida ou depositada, 
quando vacas de diferentes pesos e ECC perdem ou ganham um ECC, 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
28 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
respectivamente. A literatura mostra também que a correlação entre o número de 
dias para atingir o pico e o balanço positivo é baixa, indicando que outros fatores 
além da energia contribuem para a variabilidade na extensão do tempo para a vaca 
atingir o balanço positivo. 
 
 
Tabela 4 - Energia líquida de lactação perdida ou depositada, para vacas em diferentes ECC e 
com diferentes pesos, quando perdem ou ganham peso. 
 
Dados de literatura indicam que há uma forte correlação entre a densidade 
energética da dieta e balanço positivo, maior do que pico de produção.Estes dados 
provêm evidência de que a ingestão de energia pode ser o fator mais importante 
afetando o retorno ao balanço positivo do que a produção de leite, porque a ingestão 
de energia líquida de lactação é uma função da IMS e da concentração de ELl da 
dieta. 
 
3.4 Alterações metabólicas e funções reprodutivas 
 
Alterações adaptativas no eixo GH-IGF reduzem a concentração de IGF-I na 
circulação (Figura 15). Este parece ser um mediador chave dos efeitos do balanço 
de energia na função reprodutiva, aumentando o tempo para o primeiro serviço, 
ovulação e reduzindo as taxas de concepção, possivelmente através de ações no 
ambiente do oviduto e do útero. Concentrações elevadas de uréia no plasma no 
início do período de serviço também estão associadas com redução da fertilidade, 
mas, remanesce incerto se este é um fato direto ou outro sintoma do balanço de 
energia. 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
29 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 15 - Restrição de energia na dieta e modulação da função reprodutiva em vacas. 
 
A melhoria no balanço de energia das vacas no início da lactação resultará numa 
melhoria do desempenho reprodutivo. No entanto, uma melhoria no balanço de 
energia nesta fase é muito difícil de ser atingido, e a modificação da dieta no sentido 
de aumentar a concentração de energia parece não resultar em mudanças 
significativas. As pesquisas mostram que mudanças no manejo das vacas podem ter 
maior influência sobre o balanço energético. Alguns estudos mais recentes têm 
mostrado que a redução do período seco pode ser uma estratégia viável para 
favorecer a obtenção de um balanço energético mais favorável. Esta prática pode 
melhorar a ingestão de matéria seca durante o período de transição. Nesta situação, 
parte da melhoria no balanço energético pode ser contabilizada como perda para a 
produção de leite na lactação seguinte, mas, esta perda na produção de leite pode 
ser minimizada pela maior duração da lactação anterior. Contudo, ainda não está 
comprovado se o balanço energético mais favorável em período seco mais curto é o 
responsável pela melhoria no desempenho reprodutivo. 
 
3.5 O período de serviço 
 
Condição entre parição e primeira inseminação: 
 
• O ECC na primeira inseminação deve estar entre 2 e 2,5; 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
30 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
• Vacas muito magras tendem a ter longos períodos entre o parto e a retomada 
da atividade ovariana, e assim, aumenta o período entre parto e concepção; 
• Vacas muito magras apresentam picos reduzidos de LH; 
• A condição corporal deve ser estável ou estar em processo de melhora 
durante o período de inseminação; 
• Mudanças na condição corporal geralmente são mais críticas do que o ECC 
em si mesmo; 
• As mudanças no ECC durante as primeiras 10 semanas de lactação é uma 
referência para avaliar a fertilidade do rebanho; 
• A perda de mais de 1 ponto no escore (ou mais de 10% do peso vivo) no 
início da lactação está associado com fertilidade reduzida, baixas taxas de 
gestação e uma alta incidência de doenças metabólicas (Tabela 5); 
• Vacas que continuam perdendo ECC ou peso (> 1%/semana) no período da 
inseminação têm reduzida taxa de prenhes; 
• O efeito da perda de ECC sobre a fertilidade parece ter maior impacto em 
vacas mais velhas, multíparas, quando comparado à novilhas de primeira 
lactação. 
 
 
Tabela 5 - Relação entre perda de ECC nas primeiras 5 semanas após o parto e reprodução. 
 
O impacto do balanço energético nos parâmetros reprodutivos é sempre mais crítico 
em sistemas de produção à pasto, quando a oferta de forragem é restrita, e os 
padrões de parição devem coincidir com a disponibilidade de forragem para manter 
a sustentabilidade da fazenda. As tentativas para reduzir o BNE normalmente 
envolvem aumento na concentração de energia da dieta através do aumento do 
concentrado ou da adoção de suplementação lipídica. No entanto, a eficiência 
destas estratégias é freqüentemente inconsistente e esta associada com acidose e 
redução na IMS. 
 
3.6 O método de avaliação da condição corporal 
 
A literatura descreve vários métodos para avaliar o escore de condição corporal de 
vacas leiteiras, mas a escala visual de 5 pontos com incrementos de 0,25 é a mais 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
31 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
usada. Na Tabela 6 são mostrados os ECC ideais para cada fase do ciclo produtivo 
das vacas, e na Tabela 7 pode-se ver a composição corporal das vacas nos 
diferentes ECC. Além disso, na Tabela 4 são mostrados o peso corporal vazio em 
diferentes ECC em relação ao ECC 3, bem como a quantidade de EL de lactação 
perdida ou exigida para cada kg ganho ou perdido, respectivamente. Atualmente há 
um substancial interesse em usar o escore de condição corporal inclusive em 
avaliações para programas de melhoramento animal. 
 
Manejo da Condição Corporal: 
 
• Não permita perda de ECC durante o período seco; 
• Evite super condicionamento. Vaca leiteira não pode ser gorda; 
• Monitore a condição corporal de vacas secas; 
• Maximize a ingestão de MS de vacas próximas do parto e vacas recém 
paridas para diminuir o balanço energético negativo. 
 
Melhorando o ECC após o pico de produção até final da lactação: 
 
• Esta é a fase de maior eficiência de uso da energia pelas vacas; 
• 5 a 10% das vacas talvez não respondam e 5 a 10% das vacas talvez 
ganhem mais que o desejado; 
• Monitorar o ECC das vacas em lactação para identificar vacas magras e 
gordas o mais cedo possível e fazer ajustes. 
 
 
Tabela 6 - Recomendações do escore corporal para cada estágio da lactação (Pennsylvania 
State University). 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
32 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Tabela 7 - Composição do peso corporal vazio (PCVz), PCVz em relação ao ECC 3, e EL de 
lactação depositada ou perdida, para cada kg de ganho ou perda de peso. 
 
Vamos considerar aspectos da nutrição em cada fase do ciclo: 
 
No parto: 
 
1) Afeta o desempenho da vaca em toda a lactação; 
2) Devemos ter vacas paridas com adequada, mas não excessiva reserva de 
gordura corporal; 
3) Se muito magra: produção de leite no pico será baixa e o retorno ao cio será 
tardio; 
4) Se muito gorda: ocorrência de doenças metabólicas. 
 
Do início da lactação até o pico de produção: 
 
1) Perda de peso auxilia na manutenção da produção de leite; 
2) Perda de peso acima da desejado atrasa retorno ao cio; 
3) Maximizar a ingestão de dietas ricas em energia; 
4) Minimizar o balanço negativo de energia e a perda de condição corporal; 
5) Dieta com proteína suficiente para suportar altas produções, principalmente 
suprimento de proteína metabolizável. 
 
No meio da lactação: 
 
1) Proporcionar ganho de condição corporal para máxima produção de leite; 
2) Evitar ganho de peso excessivo. 
 
No final da lactação: 
 
1) Atingir o escore desejado; 
2) Evitar excesso de condição corporal. 
 
No período seco: 
 
Manejo e condiçãocorporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
33 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
1) Preparar a vaca para a próxima lactação; 
2) Manter a condição corporal adquirida evitando perda de peso principalmente 
em vacas que estão acima do desejado; 
3) Evitar ganho de peso acima do desejado. 
 
As avaliações do ECC devem ser realizadas periodicamente ao parto, 30 dias após 
o parto, na primeira inseminação, 60 dias antes da secagem e no período seco. 
 
3.7 Literatura 
 
Britt, J.H. Impacts of early postpartum metabolism on follicular development and 
fertility. In: Proceedings of the Annual American Association of Bovine 
Practitioners Convention, p.39–43, 1992. 
 
Butler, W.R., Smith, R.D. Interrelationships Between Energy Balance and Postpartum 
Reproductive Function in Dairy Cattle. Journal of Dairy Science, 72:767-783, 
1989. 
 
Garnsworthy, P.C. The effect of energy reserves at calving on performance of dairy 
cows. In: Garnsworthy PC, editor. Nutrition, lactation in the dairy cow. 1988. p. 
157–70. 
 
Holtenius, K., Agenas, S., Delavaud, C., Chilliard, Y. Effects of feeding intensity 
during the dry period. 2. Metabolic and hormonal responses. Journal of Dairy 
Science, 883–91, 2003. 
 
Markusfeld, O., Galon, N., Ezra, E. Body condition score, health, yield and fertility in 
dairy cows. The Veterinary Record, 141:67–72, 1997. 
 
National Research Council. Nutrient Requirements of Dairy Cattle. 7th Revision 
Edition. National Academy Science, Washington, DC, 2001. 
 
Pryce, J.E., Coffey, M.P., Simm, G. The relationship between body condition score 
and reproductive performance. Journal of Dairy Science, 84:1508–1515, 2001. 
 
Rukkwamsuk, T., Kruip, T.A., Wensing, T. Relationship between over-feeding and 
over-conditioning in the dry period and the problems of high producing dairy cows 
during the post-parturient period. The Veterinary Quarterly, 21:71–78, 1999. 
 
Wathes, D.C., Bourne, N., Cheng, Z., Taylor, V.J., Mann, G.E., Coffey, M.P. Multiple 
correlation analyses of metabolic and endocrine profiles with fertility in primiparous 
and multiparous cows. Journal of Dairy Science, 90:1310–1325, 2007. 
 
Wathes, D.C., Fenwick, M., Cheng, Z., Bourne, N., Llewellyn, S., Morris, D.G., 
Kenny, D., Murphy, J., Fitzpatrick, R. Influence of negative energy balance on 
cyclicity and fertility in the high producing dairy cow. Theriogenology, 68S, S232–
S241, 2007. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Condição corporal em gado leiteiro 
 
 
34 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
Westwood, C.T., Lean, I.J., Garvin, J.K. Factors influencing fertility of Holstein dairy 
cows: a multivariate analysis. Journal of Dairy Science, 85:3225–37, 2002. 
 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
36 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
4 Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
4.1 O sistema de escore de condição corporal na prática 
 
O sistema ensina a avaliação através da análise de áreas específicas do dorso, do 
lombo e da pelve. A avaliação dos ílios, dos ísquios, dos processos transversos 
(costelas curtas), do ligamento sacral, do ligamento da cauda, da inserção da cauda 
e da coxa é fundamental para dar o ECC para uma determinada vaca. 
 
Os escores variam de 1 a 5 com incrementos de 0,25. 
 
O sistema é mais acurado para escores entre 2,5 e 4 . 
 
 
Figura 16 - Áreas específicas de avaliação. 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
37 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 17 - Demais áreas específicas de avaliação. 
 
O primeiro passo é avaliar o ângulo entre as tuberosidades ou extremidades dos 
ílios e dos ísquios. A partir desta primeira avaliação tomamos a decisão de dividir as 
vacas em dois grupos: As vacas com ECC menor ou igual a 3 e aquelas com ECC 
maior do que 3. 
 
Se o ângulo formado entre as extremidades destes ossos forma um V o ECC da 
vaca será ≤ 3. 
 
 
Figura 18 - Formação de V pelo ângulo formado entre as extremidades dos ossos. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
38 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 19 - Destaque para a formação do V pelo ângulo formado entre as extremidades dos 
ossos. 
 
Se o ângulo formado entre as extremidades destes ossos forma um U o ECC da 
vaca será > 3. 
 
 
Figura 20 - Formação de U pelo ângulo formado entre as extremidades dos ossos. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
39 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 21 - Destaque para a formação do U pelo ângulo formado entre as extremidades dos 
ossos. 
 
Esta decisão poderá ser difícil, especialmente se o ECC for próximo de 3 ou 3,25. 
Se a diferença entre um U e um V não é clara, vá para trás do animal e observe o 
mesmo ângulo. Avalie o ângulo entre as tuberosidades. Vacas com ângulo agudo, 
em V, terão ECC menor ou igual a 3. Vacas com tuberosidades arredondadas e 
cobertas de gordura, em U, terão ECC acima de 3. 
 
Vaca com ângulo em V ≤ 3. 
 
 
Figura 22 - Vaca angular V. 
 
Vaca com ângulo em U > 3. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
40 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 23 - Vaca arredondada U. 
 
4.2 Avaliação de vacas com escore de condição corporal inferior a 3 
 
Na avaliação de vacas com ECC £ 3 podemos refinar nossa avaliação. 
Para refinar a avaliação devemos começar pela tuberosidade ilíaca. 
São elas arredondadas ou angulares? 
 
Vaca com tuberosidade ilíaca arredondada = 3. 
 
 
Figura 24 - Tuberosidade ilíaca arredondada ECC=3. 
 
Vaca com tuberosidade ilíaca angular ≤ 2,75 . 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
41 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 25 - Tuberosidade ilíaca angular ECC≤2,75. 
 
Agora vamos refinar o ECC ≤ 2,75. Neste momento devemos avaliar a tuberosidade 
isquiática e verificar se é arredondada ou angular. 
 
Se as extremidades dos ísquios forem arredondadas então o ECC = 2,75. 
 
 
Figura 26 - Tuberosidade isquiática arredondada ECC<2,75. 
 
Se as extremidades dos ísquios forem angulares então o ECC < 2,75. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
42 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 27 - Ísquio angular ECC<2,75. 
 
Após aavaliação visual das extremidades dos ísquios, devemos avaliar se há 
alguma cobertura de gordura. A pergunta que devemos responder é a seguinte: 
Sentimos cobertura de gordura nos ísquios? 
 
Se houver cobertura de gordura o ECC = 2,5. 
 
 
Figura 28 - Avaliação da cobertura de gordura. 
 
Se não houver cobertura de gordura o ECC < 2,5. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
43 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 29 - Avaliação da cobertura de gordura. 
 
Em seguida, avalie a visibilidade dos processos transversos na região lombar. Para 
definirmos se o escore é < do que 2,5 temos que olhar os processos transversos e 
espinhosos. Verifique a distância da extremidade dos processos transversos no 
sentido da coluna vertebral. Os processos são visíveis até a metade apenas ou até 
¾ de sua extensão? 
 
Se forem visíveis até a metade o ECC = 2,25 . 
 
 
Figura 30 - Avaliação da visibilidade dos processos transversos. 
 
Se forem visíveis até ¾ o ECC = 2. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
44 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 31 - Avaliação da visibilidade dos processos transversos. 
 
Vacas com processos espinhosos agudos, visível espaço intervertebral, costelas 
proeminentes, espaço intercostal visível e profundo, e ílio proeminente o ECC < 2. 
Vacas nestas condições devem ser manejadas da mesma maneira, independente do 
exato escore. 
 
4.3 Avaliação de vacas com escore de condição corporal acima de 3 
 
Vamos agora passar ao refinamento dos ECC maiores que 3, ou seja, vacas em U. 
Inicie a avaliação pela inserção da cauda e pelos ligamentos sacrais. O ligamento 
entre a inserção da cauda e o ísquio é visto? O ligamento sacral localizado entre a 
coluna vertebral e o ílio é visto? A visibilidade destes ligamentos auxiliará na 
definição de ECC destas vacas. Devemos verificar quais ligamentos são vistos. 
 
Se ambos são vistos, ou seja, os ligamentos sacrais e os da inserção da cauda 
então o ECC = 3,25. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
45 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 32 - Visibilidade dos ligamentos. 
 
Os ligamentos sacrais são visíveis, mas os ligamentos da inserção da cauda são 
pouco visíveis e parcialmente cobertos por gordura, então o ECC = 3,5. 
 
 
Figura 33 - Visibilidade dos ligamentos. 
 
Se os ligamentos sacrais são pouco visíveis e os da inserção da cauda não são 
visíveis, então o ECC = 3,75. 
 
Se tanto os ligamentos sacrais como os da inserção da cauda não são visíveis, 
então o ECC ≥ 4. 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
46 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 34 - Visibilidade dos ligamentos. 
 
Para ECC superior a 4 temos algumas orientações. Avalie os ílios, os ísqueos, os 
processos transversos e a coxa. O ECC será mais elevado à medida que estas 
áreas tenham mais cobertura de gordura. 
 
Quando a área entre as extremidades dos ílios e dos ísquios estiver preenchida por 
gordura, mas as pontas dos processos transversos forem visíveis o ECC = 4. 
 
Quando a área entre as extremidades dos ílios e ísquios estiver preenchida por 
gordura e as pontas dos processos transversos forem muito pouco visíveis o ECC = 
4,25. 
 
Quando a área entre as extremidades dos ílios e dos ísquios for preenchida por 
gordura, as pontas dos processos transversos não forem visíveis e as extremidades 
dos ísquios também não, então o ECC = 4,5. 
 
Quando a área entre as extremidades dos ílios e dos ísquios for preenchida por 
gordura, as pontas dos processos transversos não forem visíveis e as extremidades 
dos ílios e dos ísquios também não, então o ECC = 4,75. 
 
Quando a vaca apresentar uma estrutura óssea não visível então o ECC = 5. 
 
4.4 Esquemas explicativos para avaliar o ECC 
 
No primeiro esquema podemos ver num corte transversal a cobertura sobre o 
ângulo formado pelos processos espinhosos e transversos. No ECC = 1 ocorre uma 
grande depressão e não há cobertura. No ECC = 2 ocorre uma depressão menor e 
temos mais cobertura nesta área. No ECC = 3 a concavidade vista anteriormente 
praticamente desaparece e a cobertura é bem mais pronunciada. No ECC = 4 não 
temos mais concavidade, a cobertura é bem pronunciada, e não sentimos mais os 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
47 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
processos espinhosos e transversos, somente com forte pressão. No ECC = 5 
aparece uma convexidade nesta área e nem com forte pressão conseguimos sentir 
os processos espinhosos e transversos. 
 
 
Figura 35 - Esquema do corte transversal. 
 
No segundo esquema , adaptado de Edmonson et al. (1989 ) vemos 5 pontos 
importantes da vaca que nos auxiliam a dar os escores de condição corporal. O 
primeiro ponto mostra a cobertura sobre o ângulo formado pelos processos 
espinhosos e transversos. O segundo ponto mostra a cobertura entre os processos 
espinhosos e as extremidades dos ílios. O terceiro ponto mostra a cobertura entre as 
extremidades dos ílios e dos ísquios. O quarto ponto mostra a inserção da cauda e 
como se apresentam os ligamentos de inserção da cauda. O quinto ponto mostra a 
exposição da vulva. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Avaliação visual da condição corporal em vacas leiteiras 
 
 
48 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Figura 36 - Resumo dos 5 pontos auxiliadores ao escore. Edmonson ET AL. (1989). 
 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
 
50 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
5 Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
5.1 Introdução 
 
A alimentação de vacas de corte, representada basicamente pela pastagem ou 
suplementos, não é apenas o item mais oneroso no sistema de produção como 
também é que mais influencia o desempenho reprodutivo desses animais. Na Tabela 
1 podemos observar como as vacas de corte estabelecem as prioridades em termos 
de utilização da energia disponível através da alimentação, que em nosso caso é 
basicamente dada pela pastagem. É importante destacar que independente daquilo 
que é fornecido através da dieta, as exigências de nutrientes para uma dada função 
produtiva não mudam. As vacas só conseguirão avançar nas prioridades se as 
exigências para a prioridade anterior forem atendidas, e verificamos que para que as 
vacas possam apresentar ciclo estral normalmente e conceber, é necessário que 
ocorra acúmulo de reservas. O estado nutricional ou balanço nutricional de um 
animal, como já abordado anteriormente, é avaliado pelo escore de condição 
corporal, pois o mesmo reflete como as reservas energéticas do corpo estarão 
disponíveis para metabolismo, crescimento,lactação e atividade. 
 
 
Tabela 8 - Prioridades no uso da energia pela vaca de corte. 
 
5.2 O ciclo de produção 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
 
51 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
As exigências nutricionais de vacas de corte não são constantes ao longo do ciclo 
produtivo e, portanto, é fundamental conhecermos como isto ocorre. Uma forma 
muito simples de divisão destas exigências é mostrada a seguir: 
 
Período 1 - Pós-parto 
 
Conforme pode ser observado na Figura 37, este é o período mais crítico do ciclo 
produtivo das vacas em termos de produção e eficiência reprodutiva. Após o parto, 
em um período muito curto, não superior a 90 dias, a vaca deverá estar pronta para 
uma nova gestação. Assim, uma nutrição inadequada nesta fase leva a menor 
produção de leite, menor peso do bezerro ao desmame e menor porcentagem de 
animais apresentando cio. 
 
Período 2 – Lactação e gestação 
 
Esta fase poderá ser atendida com pastagem de boa qualidade, boa oferta de massa 
de forragem e suplementação mineral. Como em vacas de corte o desmame 
normalmente é feito com aproximadamente 210 dias (7 meses), se considerarmos 
uma prenhes com 90 dias após o parto, teremos apenas 120 dias de gestação 
conjuntamente com a lactação, e desta forma as exigências de gestação são 
desconsideradas pelo fato de serem de pequena monta. 
 
 
Figura 37 - Exigência de energia da vaca. 
 
Período 3 - Pós-desmama e meio da gestação 
 
Durante esta fase a vaca não produz mais leite e as exigências para crescimento 
fetal ainda não são elevadas. Portanto, é o período em que se podem utilizar as 
Manejo e condição corporal em ruminantes Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
 
52 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
pastagens de qualidade inferior, além de resíduos da agroindústria. No entanto, as 
vacas não podem perder condição corporal. 
 
Período 4 - Pré-parto 
 
Este período que começa aproximadamente de 90 a 60 dias antes do próximo parto 
é outro período crucial para o desempenho reprodutivo das vacas. Dois terços do 
crescimento fetal ocorrem no terço final da gestação conforme pode ser observado 
na Figura 37. 
 
A nutrição inadequada neste período leva à: 
 
• Bezerros mais leves ao nascer 
• Menor sobrevivência de bezerros 
• Menor produção de leite e crescimento da cria 
• Atraso no reaparecimento do cio após o parto 
 
5.3 Fatores que afetam as exigências de vacas de corte 
 
Tamanho da vaca 
 
O aumento do tamanho da vaca, ou seja, seu peso à maturidade, também eleva as 
exigências nutricionais. É importante destacar que este peso deve sempre ser 
considerado no escore 5. Como regra geral em gado de corte, para cada 50 kg de 
peso adicional no peso à maturidade, ocorre um aumento nas exigências de energia 
líquida para manutenção da ordem de aproximadamente 0,57 Mcal/dia e 0,1% em 
proteína bruta. Verificamos, portanto, que os maiores problemas ocorrerão no 
suprimento de energia. 
 
Produção de Leite 
 
A produção de leite demanda uma quantidade de nutrientes elevada. O pico de 
produção de leite ocorre entre 60 e 80 dias após o parto, antecedendo a fase de 
reprodução, e conforme visto na Tabela 1, a produção de leite tem prioridade 
nutricional sobre a reprodução. 
 
Idade da Vaca 
 
A idade das matrizes é importante, pois animais jovens como fêmeas de 1ª, 2ª e 3ª 
crias podem ainda estar em crescimento, e principalmente após o parto, demandam 
nutrientes para manutenção, lactação e crescimento. E não podemos esquecer que 
as exigências para crescimento ocupam o segundo lugar na lista de prioridades. 
Muitos pecuaristas dizem que a maioria das matrizes vazias são vacas de 3 a 4 
anos, mostrando que houve erro no manejo de novilhas. É muito comum as vacas 
continuarem o crescimento até a quarta parição, e desde que os pesos a cada parto 
estejam dentro dos limites considerados normais para a raça não há nada de 
anormal. O problema é que normalmente isto não é considerado, e estes animais 
são tratados após o primeiro parto, como vacas adultas, mas, no entanto, devem 
receber uma atenção especial em função destas observações. 
Manejo e condição corporal em ruminantes Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
 
53 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Atividade Física 
 
A demanda de nutrientes para atividade física é considerada como exigência de 
manutenção. Algumas características da propriedade contribuem para maior ou 
menor exigência. Entre estas características podemos destacar a topografia do 
terreno, os condicionadores de pastejo, o tamanho dos pastos, a oferta de forragem, 
a qualidade da forragem, entre outros. Em muitas situações a atividade física pode 
representar uma quantidade adicional de 50% em relação às exigências de energia 
para manutenção. 
 
5.4 Condição corporal da vaca 
 
A condição corporal das vacas é mais um dos fatores que afetam as exigências de 
nutrientes, e aqui será abordado separadamente. O ECC é um indicativo do 
percentual de gordura corporal que os animais apresentam. Na Figura 38 vemos os 
locais onde devemos concentrar nossa avaliação visual para obtermos o ECC destas 
vacas, os quais são os mesmos que adotamos para vacas leiteiras. Para avaliar as 
vacas de corte quanto a este parâmetro utilizamos uma graduação que vai de 1 a 9. 
O alvo do manejo adequado é manter as vacas numa condição corporal entre 5 e 6. 
 
 
Figura 38 - Exigência de energia da vaca. 
 
A porcentagem de gordura corporal das vacas nos diferentes estágios do ciclo 
produtivo é um fator determinante para o desempenho reprodutivo e a produtividade 
da fazenda. Na Tabela 9 são mostrados os ECC de 1 a 9, os teores aproximados de 
gordura corporal e a condição corporal que as vacas apresentam em cada escore. 
Estas orientações de aparência da vaca são as que devem ser consideradas ao 
atribuir o ECC. O ganho ou perda de condição corporal envolve mudanças na 
proteína, na água e na gordura corporal, sendo que as maiores modificações 
ocorrem no teor de gordura do corpo, conforme pode ser observado na Tabela 10. A 
Manejo e condição corporal em ruminantes Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
 
54 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
raça, a condição corporal em determinado momento, e a taxa de mudança nesta 
condição afetam o valor energético do ganho ou perda de peso. Na Tabela 10 é 
mostrado a composição corporal nos diferentes escores, bem como o peso corporal 
em jejum (PCJ) em cada escore relativo ao ECC igual a 5. 
 
 
Tabela 9 - Condição corporal da vaca. 
 
Manejo e condição corporal em ruminantes Manejo e condição corporal em vacas de corte 
 
 
55 IEPEC – Instituto de Estudos Pecuários – O portal do agroconhecimento 
 
Tabela 10 - Composição corporal do PCVz à diferentes escores corporais. 
 
A adoção de determinadas práticas na fazenda podem auxiliar no manejo e na 
obtenção de melhores condições para as vacas. Entre estas podemos destacar a 
estação de monta e a divisão do plantel em categorias, ou grupos de manejo. Uma 
sugestão praticável seria dividir nos seguintes grupos: novilhas de reposição, vacas 
magras, vacas adultas

Continue navegando