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TCC sped fiscal

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9
32
ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA
Faculdade Anhanguera de Taubaté
Curso de Ciências Contábeis
Hugo Ferreira Silva Junior
Yago Silvio Soares
 
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Taubaté
2015
i
10
i
Hugo Ferreira Silva Junior
Yago Silvio Soares
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Monografia apresentada, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis, na Faculdade Anhanguera de Taubaté, sob a orientação do professor Esp. José Dimas de Paulo.
Taubaté
2015
Hugo Ferreira Silva e Yago Silvio Soares
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera de Taubaté.
Aprovado em dia de mês de ano.
________________________________
Prof. Clodoaldo Prudente
Faculdade Anhanguera de Taubaté
Orientador 
________________________________
Prof. Ma.Aparecida Rejane Palhares Lemes.
Faculdade Anhanguera de Taubaté
Coordenadora do Curso Ciências Contábeis
Taubaté
2015
Este trabalho é dedicado a minha família e minha noiva, que sempre acreditaram na minha capacidade.
AGRADECIMENTOS
Principalmente a Deus por ser tão bondoso e misericordioso.
A minha noiva, pelo empenho e por ser tão prestativa.
Aos pais, pela confiança.
Aos amigos, por conseguir me aturar.
Aos professores, pelo conhecimento e dedicação.
A todos que, direta ou indiretamente contribuíram, para a realização deste trabalho.
Agradeço a Deus por me daí forças a concluir este Projeto.
A minha família, por estar junto comigo em todos os momentos bons e difíceis.
Ao meu pai e avô que sempre me deram apoio nas minhas escolhas e sempre me motivou a buscar novos desafios.
 
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam. Rm.8:28.” 
Apóstolo Paulo.
“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Salmos 23:4”
RESUMO
SILVA, Hugo Ferreira, SOARES, Yago Silvio. SPED: Sistema Público de Escrituração Digital. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharel em Ciências Contábeis - Faculdade Anhanguera de Taubaté Unidade 1. Taubaté, 2013.
Com um mundo cada dia mais globalizado, e grandes avanços e inovações tecnológicas, cria-se um novo cenário na Contabilidade. Este trabalho compreende abordar o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, demonstrando sua implantação, assim como vantagens e benefícios. Além disso estendeu-se o estudo à suas ramificações ou subprojetos como: Escrituração Contábil Digital (ECD); Escrituração Fiscal Digital (EFD); Nota Fiscal Eletrônica (NF-e); Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT), Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e), Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico (E-Lalur) e Central de Balanços. O objetivo do estudo é informar ao contador a sua importância e seu papel nesse novo cenário, podendo acompanhas as mudanças que vem ocorrendo, se atualizar e tomar conhecimento das que virão. Para o levantamento de dados, foi realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa, descritiva quanto aos objetivos e métodos dedutivos, através de pesquisas em livros, sites, legislação e artigos relacionados ao tema. Conclui-se que o SPED, impacta a Contabilidade e diversas áreas de tecnologia contábil e como alguns benefícios têm a rapidez no acesso a informações, aperfeiçoamento do combate à sonegação, redução de papel.
 
Palavras-chave: SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, subprojetos.
LISTA DE SIGLAS
ABNT		Associação Brasileira de Normas e Técnicas
AESA		Anhanguera Educacional S.A.
TCC		Trabalho de Conclusão de Curso
RFB		Receita Federal de Brasil
SPED		Sistema Público de Escrituração Digital
NF-e		Nota Fiscal Eletrônica
PAC		Programa de Aceleração do Crescimento
PMATA		Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira
ENAT		Encontro Nacional de Administradores Tributários
ECD		Escrituração Contábil Digital
EFD		Escrituração Fiscal Digital
NFS-e		Nota Fiscal de Serviços Eletrônica
CT-e		Conhecimento de Transporte Eletrônico
FCONT		Controle Fiscal e Contábil de Transição
E-Lalur	Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico
IN		Instrução Normativa
DCTF		Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais
DIPJ		Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica
PVA		Programa Validador e Assinador
ENCAT		Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais
Abrasf		Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais
RPS		Recibo Provisório de Serviços
CNPJ		Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
ISS		Imposto Sobre Serviços
PIS		Programa de Integração Social
Pasep		Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
Cofins		Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
PFN		Procuradoria da Fazenda Nacional
PER/DComp	Programa Gerador do Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação
PGE		Programa Gerador de Escrituração
SUMÁRIO	
AGRADECIMENTOS	ii
RESUMO	ii
LISTA DE SIGLAS	ii
Introdução	2
Capítulo 1 - Revisão de Literatura	2
1.1 História	2
2.1 SPED	2
2.1.1 Objetivos	2
2.1.2 Escrituração Contábil Digital	2
2.1.2.1 Obrigadas a adotar o SPED Contábil	2
2.1.3 Conhecimento de Transporte Eletrônico	2
2.1.4 Nota Fiscal Eletrônica	2
2.1.5 FCont	2
2.1.6 Nota Fiscal de Serviços Eletrônica	2
2.1.6.1 Recibo provisório de serviços (RPS)	2
2.1.6.2 Geração de NFS-e	2
2.1.7 EFD-Contribuições	2
2.1.7.1 Programa Validador e Assinador	2
2.1.7.2 Apresentação do arquivo	2
2.1.8 E-Lalur	2
2.1.9 Central de Balanços	2
Capítulo 2 – Considerações Finais	2
Referências Bibliográficas	2
	
Introdução
Com o progresso da globalização e a geração de informações cada vez mais rápidas, o Brasil percebe a necessidade de se tornar mais competitivo no cenário econômico mundial. O avanço da Contabilidade está diretamente ligado ao avanço na economia mundial. Para que o país não ficasse de fora da globalização, surge o SPED. O Sistema Público de Escrituração Digital foi instituído através do Decreto n° 6.022, de 22 de janeiro de 2007, para um avanço na informatização do fisco com os contribuintes. De modo geral uma maior modernização, pois o sistema anterior era manualmente precário e de fácil manipulação. Com a implantação do SPED, fica para trás o modelo arcaico, onde existia grande utilização de papel, passando, agora, a gerar arquivos digitais e informações trocadas em tempo real. É de suma importância que o profissional contábil busque constante atualização nesse momento de transformação. Esse novo modelo se torna um choque para os profissionais acomodados que achavam que o ambiente nunca mudaria. Atualmente com o novo modelo do Sistema Público de Escrituração Digital e as Notas Fiscais Eletrônicas todos emitidos através do site da Receita Federal o governo adquiriu um controle total de todo ao tramites entre as empresas, pois no ato da emissão das notas fiscais eletrônicas todos os arquivos eletrônicos são gerados. 
A partir da Escrituração Fiscal Digital, Escrituração Contábil Digital e da NF-E houve uma maior integralização entre o governo federal, estadual e municipal.
O SPED é composto por subprojetos: Escrituração Contábil Digital (ECD); Escrituração Fiscal Digital (EFD); Nota Fiscal Eletrônica (NF-e); Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e); Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT), Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e), Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico (E-Lalur) e Central de Balanços.
O trabalho possui como objetivo a forma de cumprimento das obrigações acessórias realizadas pelos contribuintes, substituindo a emissão de livros, documentos contábeis e fiscais em papel por documentos eletrônicos, cuja autoria, integridade e validade jurídica são reconhecidapelo uso do certificado digital, ações.
Conforme Receita Federal do Brasil (RFB) o SPED tem como objetivo especifico, entre outros:
- Promover à integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais.
- Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores.
- Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso as informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
A escolha pelo SPED justiça pela intenção de um melhor atendimento, com pouca burocracia e maior eficácia na fiscalização e racionalização de custos, com a integração, padronização e uniformização.
Capítulo 1 - Revisão de Literatura
1.1 História
De acordo Sasso, Rosa e Barbosa apud Marion (2002, p.128), “o objetivo principal da Contabilidade é o de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobres suas tendências futuras.”
Em 2004, foi realizado o I ENAT - Encontro Nacional de Administradores Tributários, reunindo o Secretário da Receita Federal, os Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, e o representante das Secretarias de Finanças dos Municípios das Capitais. O objetivo do encontro era encontrar soluções que tivessem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações; racionalização de custos e da carga de trabalho operacional no atendimento; maior eficácia da fiscalização; maior possibilidade de realização de ações fiscais coordenadas e integradas; maior possibilidade de intercâmbio de informações fiscais entre as diversas esferas governamentais; cruzamento de informações em larga escala com dados padronizados e uniformização de procedimentos.
No ano de 2005, foi realizado o II ENAT, onde assinou o Protocolo ENAT 02/2005, que visa a criação e implantação do SPED e da NF-e.
O SPED, no âmbito da Receita Federal, faz parte do Projeto de Modernização da Administração Tributária e Aduaneira (PMATA) que consiste na implantação de novos processos apoiados por sistemas de informação integrados, tecnologia da informação e infra-estrutura logística adequados.
Instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, o Governo anuncia que o Sistema Público de Escrituração Digital passaria a fazer parte do PAC, que visa promover o avanço econômico brasileiro, o aumento de emprego e a melhoria das condições de vida da população.
2.1 SPED
Na ótica de Faria, Finatelli, Geron e Romeiro apud Britto (2008, p. 1):
está sendo iniciada uma nova era regida pela tecnologia da informação, que fará parte do cotidiano dos empresários, de advogados, contadores e demais profissionais: rotinas de transmissão de dados com assinatura digital, manipulação de arquivos eletrônicos etc. Diante disso,surgiu o SPED.
Para Costa, Soares e Ribeiro apud Duarte (2008, p. 8):
Na Era do Conhecimento, o SPED veio para desenvolver uma nova visão da escrituração contábil e a relação entre o fisco e o contribuinte [...] é um conjunto de ações das autoridades fiscais brasileiras no sentido de obter informações sobre todas as operações das empresas em formato eletrônico, ou seja, a vigilância em tempo real por parte do fisco.
De acordo com o Decreto 7.979, de 2013, art. 2º, SPED define-se da seguinte forma: 
O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.
Conforme a Receita Federal do Brasil:
O SPED consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.
Para Sasso, Rosa e Barbosa apud Nasajon e Santos (2010, p.5) “O SPED é um avanço tecnológico que pouco a pouco atingirá quase todas as empresas do país e cujas exigências e procedimentos afetam significativamente a operação dessas organizações. Ainda conforme Sasso et al(2011, p.4) “[...]o SPED é uma solução tecnológica fornecida pela Receita Federal que oficializa os arquivos digitais gerados pelas escriturações fiscais e contábeis dentro de um formato específico e padronizado.”
Segundo Faria, Finatelli, Geron e Romeiro apud Castro (2010), além da redução de custos, os contribuintes não precisarão mais lançar todas as informações contidas nas notas fiscais emitidas e recebidas pela empresa manualmente, esses lançamentos serão feitos eletronicamente por meio da obtenção dos dados contidos nos arquivos das Notas Fiscais Eletrônicas.
Na visão Sasso, Rosa e Barbosa apud Azevedo e Mariano (2011, p. 87) “o Projeto SPED trará mudanças significativas no processo de emissão e gestão das informações fiscais, trazendo benefícios para os contribuintes e as administrações tributárias.”
Os três principais projetos que fazem parte do SPED são a Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Fiscal Digital (EFD) e a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). O SPED também é composto por: Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), Conhecimento de Transporte Eletrônico ( CT-e), Controle Fiscal e Contábil de Transição (FCONT), Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico (E-Lalur) e Central de Balanços Brasileira (em fase inicial de desenvolvimento).(RFB, 2009).
Na ótica de Sasso, Rosa e Barbosa ( 2011, p.3):
O progresso provocado pelo SPED nos processos de elaboração e entrega das declarações fiscais, contábeis e econômico-financeiras, gera informações sobre o patrimônio da empresa e essas são importantíssimas para o processo de gestão das empresas.
2.1.1 Objetivos
De acordo com a Receita Federal do Brasil (2009), o SPED tem como objetivos:
Promover a integração dos fiscos mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais.
Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores.
Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
O SPED propicia os seguintes benefícios (RFB, 2009):
Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel;
Eliminação do papel;
Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas;
Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);
Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias;
Rapidez no acesso às informações;
Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;
Redução de custos administrativos;
Melhoria da qualidade da informação;
Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
Disponibilidade de cópias autênticas e válidas daescrituração para usos distintos e concomitantes;
Redução do “Custo Brasil;
Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel.
2.1.2 Escrituração Contábil Digital
Para Young (2009, p.21) 
A Escrituração Contábil Digital, integrante do SPED, e por isso também conhecida como SPED Contábil, foi instituída pela Receita Federal do Brasil, por intermédio da Normativa 787, de 19.11.2007, e será utilizada para fins fiscais e previdenciários [...].
A Escrituração Contábil Digital (ECD) substituirá aos poucos a atual sistemática de prestação de informações ao fisco e compreenderá a versão digital dos seguintes livros :
I - livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III- livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.
A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gera um arquivo digital no formato especificado no anexo único à Instrução Normativa RFB nº 787/07 .Devido às peculiaridades das diversas legislações que tratam da matéria, este arquivo pode ser tratado pelos sinônimos:
- Livro Diário Digital;
- Escrituração Contábil Digital – ECD;
- Escrituração Contábil em forma eletrônica.
Este arquivo é submetido ao Programa Validador e Assinador – PVA fornecido pelo SPED. Por meio do PVA do SPED Contábil, execute os seguintes passos:
- Validação do arquivo contendo a escrituração.
- Assinatura digital do livro pela(s) pessoa(s) que têm poderes para assinar, de acordo com os registros da Junta Comercial e pelo Contabilista.
- Geração e assinatura de requerimento para autenticação dirigido à Junta Comercial de sua jurisdição. Para geração do requerimento é indispensável, exceto para a Junta Comercial de Minas Gerais, informar a identificação do documento de arrecadação do preço da autenticação. 
Verifique na Junta Comercial de sua Jurisdição como obter a identificação. Assinados a escrituração e o requerimento, faça a transmissão para o Sped. Concluída a transmissão, será fornecido um recibo. Imprima-o, pois ele contém informações importantes para a prática de atos posteriores.
Ao receber a ECD, o SPED extrai um resumo (requerimento, Termo de Abertura e Termo de Encerramento) e o disponibiliza para a Junta Comercial competente. 
Verifique na Junta Comercial de sua jurisdição como fazer o pagamento do preço para autenticação. Recebido o pagamento, a Junta Comercial analisará o requerimento e o Livro Digital.
A análise poderá gerar três situações, todas elas com o termo próprio:
a) Autenticação do livro;
b) Indeferimento; 
c) Sob exigência.
Para que um livro colocado sob exigência pela Junta Comercial possa ser autenticado, depois de sanada a irregularidade, ele deve ser reenviado ao Sped. Não há necessidade de novo pagamento do preço da autenticação. Deve ser gerado o requerimento específico para substituição de livros não autenticados e colocados sob exigência.
Para verificar o andamento dos trabalhos, utilize a funcionalidade “Consulta Situação” do PVA. Os termos lavrados pela Junta Comercial, inclusive o de Autenticação, serão transmitidos automaticamente à empresa durante a consulta.
O PVA tem ainda as funcionalidades de visualização da escrituração e de geração recuperação de backup.
Autenticada a escrituração, adote as medidas necessárias para evitar a deterioração, extravio ou destruição do livro digital. Ele é composto por dois arquivos principais: o do livro digital e o de autenticação (extensão aut). Faça, também, cópia do arquivo do requerimento (extensão rqr) e do recibo de entrega (extensão rec). Todos os arquivos têm o mesmo nome, variando apenas a extensão.
2.1.2.1 Obrigadas a adotar o SPED Contábil
Conforme art. 3º da IN 787/07, alterado pela IN RFB 926/09, ficam obrigadas a adotar a ECD, nos termos de art. 2º do Decreto 6.022, de 2007:
I - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008, as sociedades empresárias sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.
II - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, as demais sociedades empresárias sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.
Portanto, a partir do ano-calendário 2009, estão obrigadas ao SPED Contábil todas as sociedades empresárias tributadas pelo lucro real. Para as outras sociedades empresárias a ECD é facultativa. As sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas desta obrigação.
As regras de obrigatoriedade não levam em consideração se a sociedade empresária teve ou não movimento no período. Sem movimento não quer dizer sem fato contábil. Normalmente ocorrem eventos como depreciação, incidência de tributos, pagamento de aluguel, pagamento do contador, pagamento de luz, custo com o cumprimento de obrigações acessórias (como apresentação de DCTF e DIPJ), entre outras.
2.1.3 Conhecimento de Transporte Eletrônico
O Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) é o novo modelo de documento fiscal eletrônico, instituído pelo AJUSTE SINIEF 09/07, de 25/10/2007, que poderá ser utilizado para substituir um dos seguintes documentos fiscais:
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8;
Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9;
Conhecimento Aéreo, modelo 10;
Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11;
Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27;
Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas.
O CT-e também poderá ser utilizado como documento fiscal eletrônico no transporte dutoviário e, futuramente, nos transportes Multimodais.
Podemos conceituar o CT-e como um documento de existência exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma prestação de serviços de transportes, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte.
O Projeto Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) está sendo desenvolvido, de forma integrada, pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, a partir da assinatura do Protocolo ENAT 03/2006, de 10/11/2006, que atribui ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (ENCAT) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto CT-e.
2.1.4 Nota Fiscal Eletrônica
Na ótica de Sasso, Rosa e Barbosa (2011, p.6)
Entende-se que a Nota Fiscal Eletrônica - NF-e – é um documento eletrônico, de existência apenas digital, que documenta, para fins fiscais, operações de circulação de mercadorias ou de prestação de serviços. Sua implantação, em setembro de 2006, foi o primeiro passo do Fisco para integrar as informações tributárias e desde o início proporcionou ao contribuinte uma redução nos custos de impressão e armazenagem destes documentos. Ao emitir uma NF-e o contribuinte está assinando o documento digitalmente e informando as unidades fiscais envolvidas sobre a transação realizada, isso pode ocasionar maior rigor no cumprimento das obrigações acessórias por parte dos contribuintes, também emite em papel comum a DANFE – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica para acobertar o trânsito da mercadoria e cuja validade está vinculada à existência da NF-e que deve ser verificada através de consulta da chave de acesso, por parte do destinatário e outros interessados, no site da Secretaria de Fazenda do estado emissor e/ou no Portal da Nota Fiscal Eletrônica.
A integração e a cooperação entre Administrações Tributárias têm sido temas muito debatidos em países federativos, especialmente naqueles que, como o Brasil, possui forte grau de descentralização fiscal.
Atualmente, as AdministraçõesTributárias despendem grandes somas de recursos para captar, tratar, armazenar e disponibilizar informações sobre a emissão de notas fiscais dos contribuintes. Os volumes de transações efetuadas e os montantes de recursos movimentados crescem num ritmo intenso e, na mesma proporção, aumentam os custos inerentes à necessidade do Estado de detectar e prevenir a evasão tributária.
Assim, o projeto justifica-se pela necessidade de investimento público voltado para integração do processo de controle fiscal, possibilitando:
Melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;
Redução de custos e entraves burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tributárias e o pagamento de impostos e contribuições;
Fortalecimento do controle e da fiscalização.
O projeto possibilitará os seguintes benefícios e vantagens às partes envolvidas:
Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;
Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito;
Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;
Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Receita Federal e demais Secretarias de Fazendas Estaduais;
Fortalecimento da integração entre os fiscos, facilitando a fiscalização realizada pelas Administrações Tributárias devido ao compartilhamento das informações das NF-e;
Rapidez no acesso às informações;
Eliminação do papel;
Aumento da produtividade da auditoria através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
Possibilidade do cruzamento eletrônico de informações.
2.1.5 FCont
Conforme disciplina a Instrução Normativa RFB nº 949/09, O FCONT é uma escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.
Em termos práticos, no Programa Validador e Assinador da entrada de dados do FCont devem ser informados os lançamentos que:
efetuados na escrituração comercial, não devam ser considerados para fins de apuração do resultado com base na legislação vigente em 31.12.2007. Ou seja, os lançamentos que existem na escrituração comercial, mas que devem ser expurgados para remover os reflexos das alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escrituração contábil, para apuração do lucro líquido do exercício definido no art. 191 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
não efetuados na escrituração comercial, mas que devam ser incluídos para fins de apuração do resultado com base na legislação vigente em 31.12.2007.
A empresa deverá apresentar os lançamentos da contabilidade societária que foram efetuados utilizando os novos critérios introduzidos pela Lei 11.638/07 e pelos artigos 37 e 38 da Lei 11.941/09;
Em relação a estes mesmos lançamentos contábeis, a empresa deverá efetuar os lançamentos utilizando os métodos e critérios contábeis aplicáveis à legislação tributária;
As diferenças apuradas entre as duas metodologias comporão ajuste específico a ser efetuado no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).
Para estas operações, a empresa apresentará arquivo digital em leiaute semelhante da Escrituração Contábil Digital. Este arquivo constituirá parte da entrada de dados da escrituração de controle fiscal contábil de transição - FCONT. A outra parte é a própria escrituração comercial da empresa.
Esta escrituração deverá ser criada a partir de programa de programa gerador a ser disponibilizado pela RFB. O programa gerador de escrituração possibilitará:
Criar ou importar o arquivo com o leiaute do FCONT definido em legislação;
Validar do conteúdo da escrituração e indicar dos erros e advertências;
Editar via digitação os registros criados ou importados;
Geração do arquivo FCONT para assinatura e transmissão ao SPED;
Assinar do arquivo gerado por certificado digital;
Comandar a transmissão do arquivo ao SPED.
2.1.6 Nota Fiscal de Serviços Eletrônica
O Projeto Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) está sendo desenvolvido de forma integrada, pela Receita Federal do Brasil (RFB) e Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf), atendendo o Protocolo de Cooperação ENAT nº 02, de 7 de dezembro de 2007, que atribuiu a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do Projeto da NFS-e.
A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) é um documento de existência digital, gerado e armazenado eletronicamente em Ambiente Nacional pela RFB, pela prefeitura ou por outra entidade conveniada, para documentar as operações de prestação de serviços.
Esse projeto visa o benefício das administrações tributárias padronizando e melhorando a qualidade das informações, racionalizando os custos e gerando maior eficácia, bem como o aumento da competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias (redução do custo-Brasil), em especial a dispensa da emissão e guarda de documentos em papel.
A geração da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e é feita, automaticamente, por meio de serviços informatizados, disponibilizados aos contribuintes. Para que sua geração seja efetuada, dados que a compõem serão informados, analisados, processados, validados e, se corretos, gerarão o documento. A responsabilidade pelo cumprimento da obrigação acessória de emissão da NFS-e e pelo correto fornecimento dos dados à secretaria, para a geração da mesma, é do contribuinte.
2.1.6.1 Recibo provisório de serviços (RPS)
A NFS-e será gerada através dos serviços informatizados disponibilizados pela respectiva secretaria municipal de finanças.
No intuito de prover uma solução de contingência para o contribuinte, foi criado o Recibo Provisório de Serviços (RPS), que é um documento de posse e responsabilidade do contribuinte, que deverá ser gerado manualmente ou por alguma aplicação local, possuindo uma numeração sequencial crescente e devendo ser convertido em NFS-e no prazo estipulado pela legislação tributária municipal.
Este documento atende, também, àqueles contribuintes que, porventura, não dispõem de infraestrutura de conectividade com a secretaria em tempo integral, podendo gerar os documentos e enviá-los, em lote, para processamento e geração das respectivas NFS-e.
Para que os RPS possam fazer parte de um lote a ser enviado para geração das NFS-e correspondentes, é necessário que o contribuinte possua uma aplicação instalada em seus computadores, seja ela fornecida pela secretaria ou desenvolvida particularmente, seguindo as especificações disponibilizadas por essa.
2.1.6.2 Geração de NFS-e
A NFS-e contém campos que reproduzem as informações enviadas pelo contribuinte e outros que são de responsabilidade do Fisco. Uma vez gerada, a NFS-e não pode mais ser alterada, admitindo-se, unicamente por iniciativa do contribuinte, ser cancelada ou substituída, hipótese esta em que deverá ser mantido o vínculo entre a nota substituída e a nova.
A NFS-e deve conter a identificação dos serviços em conformidade com os itens da Lista de Serviços, anexa à Lei Complementar n°116, de 2003, acrescida daqueles que foram vetados e de um item "9999" para "outros serviços".
É possível descrever vários serviços numa mesma NFS-e, desde que relacionados a um único item da Lista, de mesma alíquota e para o mesmo tomador de serviço. Quando a legislação do município assim exigir, no caso da atividade de construção civil, as NFS-e deverão ser emitidas por obra.
A identificação do prestador de serviços será feita pelo CNPJ, que pode ser conjugado com a Inscrição Municipal, não sendo esta de uso obrigatório.
A informação do CNPJ do tomador do serviço é obrigatória para pessoa jurídica, exceto quando se tratar de tomador do exterior.
A competência de uma NFS-e é o mês da ocorrência do fato gerador.O sistema assumirá automaticamente o Mês/Ano da emissão do RPS ou da NFS-e, o que for inferior, podendo ainda o contribuinte informar uma competência anterior.
A base de cálculo da NFS-e é o Valor Total de Serviços, subtraído do Valor de Deduções previstas em lei.
O Valor do ISS é definido de acordo com a Natureza da Operação, a Opção pelo Simples Nacional, o Regime Especial de Tributação e o ISS Retido, e será sempre calculado, exceto nos seguintes casos:
A Natureza da Operação for Tributação no Município; Exigibilidade suspensa por decisão judicial ou Exigibilidade suspensa por procedimento administrativo e o Regime Especial de Tributação for Microempresa Municipal; Estimativa ou Sociedade de profissionais.
A Natureza da Operação for Tributação fora do Município, nesse caso os campos Alíquota de Serviço e Valor do ISS ficarão abertos para o prestador indicar os valores.
A Natureza da Operação for Imune ou Isenta, nesses casos o ISS será calculado com alíquota zero.
O contribuinte for optante pelo Simples Nacional e não tiver o ISS retido na fonte.
A alíquota do ISS é definida pela legislação municipal. Quando a NFS-e é tributada fora do município em que está sendo emitida, a alíquota será informada pelo contribuinte.
2.1.7 EFD-Contribuições
A EFD - Contribuições trata de arquivo digital instituído no Sistema Publico de Escrituração Digital – SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado na escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou cumulativo, com base no conjunto de documentos e operações representativos das receitas auferidas, bem como dos custos, despesas, encargos e aquisições geradores de créditos da não-cumulatividade.
Com o advento da Lei nº 12.546/2011, arts. 7º e 8º), a EFD-Contribuições passou a contemplar também a escrituração digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, incidente nos setores de serviços e industrias, no auferimento de receitas referentes aos serviços e produtos nela relacionados.
Os documentos e operações da escrituração representativas de receitas auferidas e de aquisições, custos, despesas e encargos incorridos, serão relacionadas no arquivo da EFD-Contribuições em relação a cada estabelecimento da pessoa jurídica. A escrituração das contribuições sociais e dos créditos, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, será efetuada de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica.
O arquivo da EFD-Contribuições deverá ser validado, assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente SPED. Conforme disciplina a Instrução Normativa RFB nº 1.252 de 1 de março de 2012, estão obrigadas à escrituração fiscal digital em referencia:
I - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;
II - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;
III - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983;
IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011;
V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011.
A pessoa jurídica poderá retificar os arquivos originais da EFD- Contribuições até o ultimo dia útil do ano-calendário seguinte ao que se refere a escrituração, sem penalidade. Todavia, a retificação não será validada pela Receita Federal:
- Para reduzir débitos que já tenham sido encaminhados à PFN, que tenham sido objeto de auditoria interna ou de procedimento de fiscalização;
- Para alterar débitos em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal;
- Para alterar créditos já objeto de exame em procedimento de fiscalização ou objeto de análise de PER/DComp.
A partir de sua base de dados, a pessoa jurídica deverá gerar um arquivo digital de acordo com leiaute estabelecido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, informando todos os documentos fiscais e demais operações com repercussão no campo de incidência das contribuições sociais e dos créditos da não-cumulatividade, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, referentes a cada período de apuração das respectivas contribuições. Este arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA EFD-Contribuições) fornecido na página do SPED e da RFB.
Poderá também a pessoa jurídica, a partir da versão 2.0.1A do PVA EFD-Contribuições, criar uma escrituração mediante a digitação de todos os dados necessários no próprio PVA, ou seja, sem a necessidade de importar arquivos. Este PVA também permite editar/excluir/adicionar as informações necessárias à escrituração de qualquer operação sujeita a incidência das referidas contribuições.
2.1.7.1 Programa Validador e Assinador
Como pré-requisito para a instalação do PVA EFD-Contribuições é necessária a instalação da máquina virtual do Java. Após a importação ou criação da escrituração, a mesma poderá ser visualizada pelo próprio Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema. Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD-Contribuições, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua restauração.
O programa gerador de escrituração possibilitará:
Importar o arquivo com o leiaute da EFD-Contribuições definido pela RFB;
Criar uma nova escrituração, mediante digitação completa dos dados;
Validar o conteúdo da escrituração e indicar dos erros e avisos;
Editar via digitação os registros criados ou importados;
Emissão de relatórios da escrituração;
Geração do arquivo da EFD-Contribuições para assinatura e transmissão ao SPED;
Assinar do arquivo gerado por certificado digital;
Comandar a transmissão do arquivo ao SPED.
2.1.7.2 Apresentação do arquivo
A periodicidade de apresentação da EFD-Contribuições é mensal, devendo ser transmitido o arquivo, após a sua validação e assinatura digital, até o 10º (décimo) dia útil do segundo mês subsequente ao de referência da escrituração.
2.1.8 E-Lalur
O objetivo do sistema é eliminar a redundância de informações existentes na escrituração contábil, no Lalur e na DIPJ, facilitando o cumprimento da obrigação acessória.
Após baixado pela internet e instalado, o Programa Gerador de Escrituração (PGE) disponibilizará as seguintes funcionalidades (RFB, 2009):
Digitação das adições, exclusões e compensações; importação: de arquivo contendo as adições e exclusões; de informações contábeis oriundas da Escrituração Contábil Digital (ECD); de saldos da parte B do período anterior.
Cálculo dos tributos;
Verificação de pendências;
Assinatura do livro;
Transmissão pela Internet;
visualização.
Ao importar os dados da contabilidade, o e-Lalur os converterá para um padrão bastante parecido com o que hoje se informa na DIPJ nas demonstrações contábeis. Para isto, ele utilizará o "Plano de Contas Referencial" informado anteriormente na escrituração contábil digital - ECD.
Feita a conversão, eventuaisreclassificações ou redistribuições de saldos serão possíveis. O volume destes ajustes dependerá da precisão da indicação do plano de contas referencial na ECD.
Além das demais premissas do SPED, o e-Lalur tem as seguintes:
Rastreabilidade das informações, que respeito manter registros das movimentações que resultem em alterações de saldos que irão compor as demonstrações contábeis baseadas no plano de contas referencial.
Coerência aritmética dos saldos da parte B que é a garantia de que eles estarão matematicamente corretos. Para isto, uma das etapas será a conferência com os saldos do período anterior de e-Lalur já transmitido. A cada conferência de saldo, o sistema obterá, também, um extrato (semelhante a um razão) completo de cada conta controlada na parte B.
A partir de tais elementos o PGE fará um "rascunho" da Demonstração do Lucro Real, da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e dos valores apurados para o IRPJ e a CSLL Caso o contribuinte concorde com os valores apresentados, basta assinar o livro e transmiti-lo pela internet.
É importante ressaltar que o projeto se encontra em elaboração. Participam dos trabalhos, além da Receita Federal do Brasil, o CFC, Fenacon, contribuintes, entidades de classe, enfim, todos os parceiros cuja relação pode ser obtida na página principal do sitio.
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 2.1.9 Central de Balanços
A Central de Balanços brasileira é um projeto integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), em fase inicial de desenvolvimento, que deverá reunir demonstrativos contábeis e uma série de informações econômico-financeiras públicas das empresas envolvidas no projeto.
As informações coletadas serão mantidas em um repositório e publicadas em diversos níveis de agregação. Esses dados serão utilizados para geração de estatísticas, análises nacionais e internacionais (por setor econômico, forma jurídica e porte das empresas), análises de risco creditício e estudos econômicos, contábeis e financeiros, dentre outros usos.
A Central tem como objetivo a captação de dados contábeis e financeiros (notadamente as demonstrações contábeis), a agregação desses dados e a disponibilização à sociedade, em meio magnético, dos dados originais e agregados.
Capítulo 2 – Considerações Finais
A pesquisa teve como caráter descrever sobre a importância de um sistema de integralização de informações dos contribuintes perante o fisco para um maior controle nas suas transações e também o cruzamento de informações relatadas. 
Através do SPED a tendência é que tudo seja controlado em tempo real, tornando um sistema cada vez melhor, abrangendo todo tipo de empresa desde a menor até a maior, no qual facilitara a fiscalização e diminuirá sonegação de impostos, pois através da emissão da nota fiscal eletrônica tudo estará arquivado no sistema da Receita Federal e será cobrado todos os tipos de impostos possíveis contido na mesma, com este sistema tanto fornecedor como cliente estará sujeito a penalidades contidas em leis.
Sendo uma ferramenta na qual contribuirá com a natureza, pois no cenário anterior os gastos, tempo para conferencias dos papeis, gastos administrativos, despesas com arquivos para a guarda dos documentos, pois tudo que se entregava como obrigações acessórias eram através de papeis tanto do contribuinte quanto do fisco.
A fiscalização em uma empresa terá uma maior eficácia, visto que quando o agente fiscal chegar a sua empresa, a solicitação do mesmo será atendido de forma mais rápida e prática, a avaliação será mais breve e as punições mais claras, pois as informações estão muito objetivas.
Os recursos serão julgados com menos equívocos e a justiça será feita diminuindo muito a probabilidade de erros, evidenciando o erro fiscal e contábil do contribuinte deixando as leis mais claras e acarretando a diminuição do erro.
Entre os maiores destaques estão a nota fiscal eletrônica, nota fiscal eletrônica de serviços, conhecimento de transporte eletrônico, o EFD e o ECD.
A Nota Fiscal Eletrônica se trata de vendas de produtos onde após a emissão da mesma, automaticamente um arquivo eletrônico é gerado no site da Receita Federal e este conhecido como XML que tem o efeito fiscal será obrigatoriamente enviado ao cliente, será impresso apenas uma nota fiscal para o acompanhamento do material em caso de fiscalização no trajeto.
A Nota Fiscal de Serviço Eletrônica tem as mesmas características da nota fiscal eletrônica, mas se trata de um serviço e não um produto.
O Conhecimento de Transporte Eletrônico, também é gerado através do site da Receita Federal, enviando o arquivo eletrônico para o cliente, mas não se trata nem de serviço nem produto e sim de um transporte de materiais, o popular frete.
A Escrituração Contábil Digital se trata das escriturações do livro diário, fiscal em forma eletrônica.
A Escrituração Fiscal Digital se trata da escrituração do PIS PASEP e do COFINS na sua forma digital e enviada em arquivo eletrônico.
Com todos estes benefícios e alguns ainda em implantação eletrônica como o E-Lalur, F-Cont e a Central de Balanços conclui-se que a modernização de todos os sistemas e alguns ainda em desenvolvimento acarretará em uma chance mínima de ocorrer sonegação de impostos, as informações diárias são acompanhadas em tempo real, as consultas de todas as pendências pode ser verificadas nos próprios órgãos do governo por qualquer usuário, o beneficio foi a todos tanto o órgão fiscalizador como o contribuinte pois as informações são claras e não podem ser questionadas se realmente a legislação foi descumprida, o recurso de todas penalidades podem ser descritas de uma forma clara e com a plena consciência do êxito ou da derrota de acordo com o requerimento formulado.
Porém, se os Contabilistas e os profissionais da área não se adequarem as novas formas de fiscalização e buscar se atualizarem às constantes informações, regras, sistemas fiscais diferentes, e mudanças nas formas, datas, legislações que ocorrem todos os dias, poderão se tornar profissionais ultrapassados e sem lugar no mercado de trabalho.
Referências Bibliográficas
	
FARIA, Ana Cristina, FINATELLI, João Ricardo, GERON, Cecília Moraes Santos Taso, ROMEIRO, Maria do Carmo. SPED- Sistema Público de Escrituração Digital: Percepção dos contribuintes em relação os impactos da adoção do SPED. São Caetano do Sul: Universidade Municipal de São Caetano do Sul.
COSTA, Alberto José Duarte,SOARES, Maria Cecília Palácio, SANTOS, Clotilde Lopes, FILHO, Eduardo Jorde Tannus, RIBEIRO, Renata Santana. Sistema Público de Escrituração Digital(SPED): A Nova Tecnologia de Informação da Área Contábil e Fiscal. Presidente Prudente: Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de Toledo”.
YOUNG, Lúcia Helena Briski. SPED Sistema Público de Escrituração Digital. Curitiba: Juruá Editora, 2009.
BRASIL, Decreto nº 7.979, de Abril de 2013. Altera o Decreto no 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que instituiu o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7979.htm#art1 >, Acesso em: 04 de Novembro de 2015 às 22:39
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. SPED- SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL. Disponível em: <http://www1.receita.fazenda.gov.br/sobre-o-projeto/historico.htm > Acesso em: 05 de Novembro de 2015
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. SPED- SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL. Disponível em: <http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/default.htm > Acesso em: 05 de Novembro de 2015
 SASSO, Alexandra, ROSA, Ivana Carla, BARBOSA, Alberto. O SPED e Seus Reflexos na Profissão Contábil. Campo Mourão: FECILCAM,2011.

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