Buscar

Biografia dos sociologos clássicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Aluno: Inácio Cardoso dos Santos Neto Matrícula: 119130174 Curso: Ciências Econômicas
Disciplina: Introdução às Ciências Sociais Professor: Xangai
Pesquisa referente à: Biografia dos Sociólogos Clássicos (Marx,Durkheim e Weber) 
ÉMILE DURKHEIM:
Biografia:
 Émile Durkheim nasceu em Épinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de abril de 1858. Descendente de família judia, filho e neto de rabinos, desde cedo foi preparado para seguir o mesmo caminho, mas rejeitou sua herança judaica. Estudou no Colégio d’Epinal e no Liceu, em Paris. Interessou-se inicialmente por filosofia e estudou na Escola Normal Superior de Paris. Terminado seus estudos, lecionou em diversos liceus provinciais franceses.
 Entre 1885 e 1886, Durkheim realizou uma viagem de estudo na Alemanha, especializando-se em Sociologia. Dentro da Sociologia educacional filiou-se à corrente denominada Pedagogia Social. Foi fortemente influenciado pelos métodos de psicologia experimental de Wilhelm Wundt.
 Em 1887, Durkheim foi nomeado professor da primeira cadeira de Ciências Sociais, associada à educação, na Universidade de Bordeaux. Em 1896 fundou a revista “L’Année Sociologique”, quando reuniu um eminente grupo de estudiosos. Em 1902, foi convidado para lecionar Sociologia e Pedagogia na Sorbonne, onde permaneceu até sua morte, ocorrida em Novembro de 1917.
Pensamento e obras:
Durkheim herdou o pensamento positivista de Auguste Comte, contudo pretendia superar as limitações desse. Durkheim se preocupa em fornecer os fundamentos da nova ciência, como o objeto de estudo da sociologia. Na sua obra As regras do método sociológico (1895) estabelece a forma metodológica e em que assuntos se deterá a Sociologia. Vindo de Influência positivista, também defende a aplicação da metodologia das ciências da natureza para às ciências sociais. Além disso, defende também a ideia de que o investigador dos fenômenos sociais deve ser neutro, como o físico o faz em seus estudos, sem preconceitos ou prenoções. Nessa obra, ele apresenta observações sobre a aplicação do método sociológico, analisando a necessidade compreender a função e também a causa dos fatos sociais, que deve remeter a outros fatos sociais. Rejeita a ideia de Stuart Mill de pluralidade de causas, defendendo que há somente uma causa para um determinado efeito e também a ideia de que são os fatos sociais que são as causas de outros fatos sociais. 
Durkheim apresenta o objeto de estudo da Sociologia, que seria o fato social, assim ele desvincula essa ciência da Filosofia e da Psicologia. O fato social na ideia Durkheimiana é a realidade experimentada pelo indivíduo, sendo ela preexistente ao próprio indivíduo. O fato social tem três características, a “coerção social” que são as forças que esses fatos sociais têm sobre o indivíduo e o impelem a se adequarem a essa tal realidade, independentemente de sua vontade ou escolha. A segunda característica, é que eles que eles são exteriores aos indivíduos, ou seja, eles não contam com a opinião ou vontade dos indivíduos, ou mesmo a sua adesão consciente a eles, assim sendo, exteriores as vontades individuais daqueles que nascem. A terceira característica é a generalidade, que seria a forma de tomar um fato como sendo social ou não. Seriam somente se esse fato se repete em todos os indivíduos, ou pelo menos na maioria deles, ocorrendo em diferentes sociedades. Para ele, tais fatos são como os objetos do mundo físico e por isso são tão objetivos quanto os fenômenos naturais. Esses fatos tomam exemplo como papeis sociais como pai, filho, cidadão, ou ainda, regras morais e o sistema financeiro em que são inseridos. A não adesão aos fatos pode gerar na frente a coercitividade podendo ser desde “maus olhados” reprovadores, ou até mesmo a prisão.
Em sua obra Da divisão do social do trabalho (1893) traz elementos de influência biológica para explicar a “solidariedade orgânica” e a “solidariedade mecânica”, sendo a segunda, presente nas sociedades pré-capitalistas e a primeira, característica da sociedade capitalista. As sociedades baseadas na solidariedade mecânica são mantidas coesas pelo consenso moral, já as sociedades baseadas na solidariedade orgânica se fundamentam num sistema de troca baseado na divisão do trabalho social. Ainda nessa obra é tratada a ideia de “Consciência coletiva” que seria a forma dos padrões morais e leis que estão vigentes na sociedade, ela revelaria “o tipo psíquico da sociedade”, ou seja, demonstraria as ideias dessa sociedade com relação aos mais variados comportamentos. Durkheim observou que nas sociedades onde se havia a solidariedade mecânica (Pré-capitalistas) a consciência coletiva exercia toda a sua força, ao passo que nas sociedades de solidariedade orgânica, o poder da consciência coletiva se afrouxava e já não era tão forte. Ele também distingue dois tipos de sanções, as repressivas, que estão ligadas a uma forte consciência coletiva e ordem moral e as sanções restitutivas, ligadas ao processo de restauração da situação anterior ao rompimento com a lei. Durkheim busca comprovar empiricamente a transição da solidariedade mecânica para orgânica mediante a análise do desenvolvimento dos sistemas de leis, a transição da lei repressiva para a lei restitutiva, exemplificada no direito civil e comercial.
Em Educação e Sociologia retoma a tese de que a natureza humana é dual, por um lado individual e egoísta, por outro, é um ser social. Também observa que a educação é uma forma de socialização onde os indivíduos são preparados para viver em sociedade (Especialmente nas que estão inseridos) tornando-se um ser social. Ele percebe que no processo de educação existe a função de formação do cidadão, do ser social em geral (chamada homogeneizadora) e a função de formação para uma determinada classe social, categoria profissional, etc. (chamada diferenciadora). A ideia de dualidade se choca com ideias de um homem integral defendidas, por exemplo,por Immanuel Kant e John Stuart Mill.
Na obra O suicídio(1897) ele analisa as várias formas de suicídio existentes e lança mão de dados estatísticos para demonstrar sua tese que relaciona suicídio e sociedade, demonstrando que esse fenômeno está ligado à sociedade moderna e a certos grupos sociais (Os jovens tendem mais ao suicídio do que os mais velhos; os solteiros mais que os casados; os protestantes mais que os católicos)Ele identifica que na sociedade capitalista, fundamentada na solidariedade orgânica e com laços frouxos entre indivíduo e comunidade e marcada pelo individualismo moral, proporciona uma situação favorável ao suicídio, principalmente em certos grupos sociais, os com laços familiares menos fortes e concepções mais individualistas.Desenvolve nessa obra a ideia de Anomia para explicar uma das principais formas de suicídio, sendo elas o suicídio egoísta que está ligado à expansão do individualismo moral, se aproximando do egoísmo, e o suicídio anômico, que está ligado à transição da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica, onde a consciência coletiva se enfraquece, mas que tende a se fortalecer com a remoralização da sociedade. Nas sociedades pré-capitalistas, fundadas na solidariedade mecânica, predomina o suicídio altruísta, como também em sociedades que o suicídio aparece como obrigatório (como exemplo na esposa que deve se matar após a morte do marido). Durkheim utilizou nesse trabalho toda a metodologia que havia defendido. Para ele, a prova que o suicídio depende de leis sociais e não da subjetividade do sujeito estava na regularidade com que variavam as taxas de suicídio de acordo com as alternâncias das condições históricas.Como exemplo, verificou que as taxas de suicídio aumentavam em sociedades em que havia aceitação profunda de uma fé religiosa que prometesse vida após a morte.
Em As formas elementares da vida religiosa (1912) se dedica ao estudo das representações coletivas, tomando o totemismo como a forma mais simples de religião para demonstrar que tais representações são expressõesda vida social, e são fatos sociais possuidores de objetividade, externalidade, coercitividade e generalidade, como é próprio a todos os fatos sociais.
É visível uma preocupação, por parte de Durkheim, com a questão moral numa sociedade organizada na solidariedade orgânica. Cursos dados por ele em Sorbonne e em Bordéus (depois escritos e publicados) são exemplos dessas preocupações. As mudanças sociais foram profundas e rápidas dazendo com que a moral passasse a ser obsoleta, não aparecendo uma nova moral para a substituir, criando assim o que ele chamou de “Estado de anomia.” 
Durkheim apresentou uma grande contribuição para a consolidação da Sociologia como ciência. Ele delimitou o campo de estudo da Sociologia (O fato social), apresentou a metodologia para tal, produziu diversas obras visando colocar em prática suas teses. Também buscou levar a Sociologia para o nível intelectual, para isso ele realizou um conjunto de atividades visando institucionalizar a ciência social. Entre elas pode se citar a sua nomeiação para professor na Universidade de Bordéus, a abertura da revista “Bibliotèque de Sociologie Contemporaine”, como também seus agrupamento com outros pesquisadores que o ajudarão em diversos trabalhos, resenhas e artigos e por último, o fato de se tornar o “Cátedra de Sociologia” da Sorbonne. Assim ele cumpriu fundamental papel na consolidação da Sociologia.
MAX WEBER: 
Biografia:
 Max Weber (1864-1920) Nasceu na cidade de Erfurt (Alemanha), numa família de burgueses liberais. Desenvolveu estudos de direito, filosofia, história e sociologia, constantemente interrompidos por uma doença que o acompanhou por toda a vida. Iniciou a carreira de professor em Berlim e, em 1895, Foi catedrático na universidade de Heidelbeg. Esteve em contato com intelectuais de sua época tais como Simmel Sombart, Tönies e Georg Lukács. Na política, defendeu ardorosamente seus pontos de vista liberais e parlamentaristas e participou da comissão redatora da Constituição da República de Weimar. Sua maior influência nos ramos especializados da sociologia foi no estudo das religiões, estabelecendo relações entre formações políticas e crenças religiosas. Suas principais obras foram: Artigos reunidos de teoria da ciência: economia e sociedade e A ética protestante e o espírito do capitalismo.
Pensamento e obras:
Grande responsável pelo surgimento da sociologia na Alemanha, também tinha o interesse de fazer da sociologia uma ciência, para isso buscou construir o objeto de estudo próprio da ciência social, como também se dedicou a elaborar os métodos de análise dessa disciplina. Diferentemente de Durkheim, defendeu a necessidade de uma metodologia própria das ciências humanas que fosse diferente da utilizada para as ciências da natureza. Na Alemanha as ciências se derivaram imediatamente da filosofia.
 É importante falarmos sobre a influência de algumas ideias sobre o pensamento de Weber, como as do filósofo Immanuel Kant. Para esse filósofo, as ciências da natureza diferenciam-se das ciências humanas, que por sua vez é autônoma (pois o estudo da ciência do homem remete a um objeto que possui liberdade), diferentemente do estudo da natureza que é heteronômio. Essa ideia marca uma diferença entre ciências naturais e humanas, tanto no seu objeto de estudo como em sua metodologia (Pensamento conflitante com a ideia positivista de Comte e Durkheim). Além de Kant, o pensamento de Weber recebeu influência dos filósofos historicistas como W.Dilthey, Windelband e Rickert, que também fizeram distinção tanto no método como no objeto de estudo das ciências humanas e naturais. Tendo os métodos para as ciências nomotéticas (Ou naturais) o chamado método generalizante e para as ciências ideográficas, ou da cultura, o método individualizante. Embora tenha recebido a influência desses homens, Weber também teve suas diferenças em relação as concepções apresentadas por eles. Concordando sim com a distinção entre as duas áreas das ciências, onde as ciências naturais buscam leis, explicações e as do homem buscam compreensão dos fenômenos singulares, que para isso, propôs um método próprio para as ciências humanas ao qual denominou de “método compreensivo”.
Esse método compreensivo Weberiano tem como ponto principal a construção de tipos ideais que seria a produção de tipologias que ele criou através da noção de “tipo ideal”. Esse tipo ideal é uma forma de análise que seria um conceito previamente construído pelo sociólogo e testado, e com ele, o observador pode fazer aproximações e contrastes (comparações). Isso permite sintetizar o que é essencial na diversidade das manifestações de vida social, possibilitando a identificação de exemplares em diferentes tempos e lugares. Esse tipo ideal é subjetivo ao investigador e por isso, não consegue chegar a exprimir a verdade autêntica e objetiva (aproximação do pensamento epistemológico de Kant). Na sua obra As causas sociais do declínio da cultura antiga ele procura entender o tipo do proprietário de terra romano identificando afastamentos e proximidades, comparando-o a outros tipos de outras sociedades e tempos. 
Um ponto em comum que Weber mantém com o positivismo clássico é a defesa da neutralidade axiológica, ou seja, no que se refere a questões de valor. Para Weber, o sociólogo deve ser neutro no momento da análise, sem defender reformas sociais ou indicando qual o melhor modelo de sociedade (Algo impossível para o pensamento marxista, uma vez que este promove a crítica do sistema vigente e busca a reformulação dele). Assim o trabalho do sociólogo não deve incluir avaliar a sociedade, e sim pesquisá-la de forma neutra sem tomar partido.
Weber definiu o objeto de estudo da sociologia como sendo a ação social. Segundo ele, nem toda ação que ocorre na sociedade é uma ação social. A ação social é aquela que o individuo atribui um sentido à sua ação que está voltado para ação dos outros. Um homem fazendo uma serenata para uma mulher, é um exemplo de ação social, uma vez que o sentido dele está voltado para um outro, a mulher. Se um ciclista colide de forma intencional com outro ciclista, isso também é uma ação social. As ações sociais segundo Weber podem ser unilaterais ou bilaterais. Ela se configura como unilateral quando somente um sujeito atribui um sentido à outra pessoa e ela é bilateral quando a outra pessoa também executa uma ação social com sentido voltado ao primeiro agente. Uma boa exemplificação disso seria o amor não correspondido sendo unilateral e o correspondido como bilateral. Quando se ocorre uma ação social bilateral, que é por necessidade recíproca, temos aí uma relação social. Weber também elabora uma tipologia da ação social identificando quatro tipos de ação social. A ação social afetiva, que se orienta pela afetividade que pode ser expressa no amor, no ódio, na amizade, etc. A ação social tradicional que se orienta pela tradição, pelos costumes. A ação social racional com relação a valores se orienta por valores utilizando meios racionais. E por fim a ação social racional com relação a fins se orienta pela racionalidade, tanto nos meios quanto nos fins. Ao cientista compete captar o sentido produzido pelos diversos agentes em todas as consequências. As conexões entre motivos e ações sociais revelam as diversas instâncias da ação social (Políticas, econômicas ou religiosas). O cientista pode descobrir essas conexões entre as várias etapas em que se decompõe a ação social. Pela frequência com que determinadas ações sociais aparecem, o cientista pode conceber as tendências gerais que levam os indivíduos, em dada sociedade, a agir de determinado modo.
A sua principal obra, A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904), apresenta a importância que ele fornece à ação social racional. Partindo da ideia de que o catolicismocom sua condenação da usura, seu “comunitarismo”, entre outras características, opunha-se ao desenvolvimento do capitalismo. Por outro lado, Weber encontrou nas práticas de grupos de protestantes um conjunto racional e ético que acabavam por gerar o acumulo do capital. O protestantismo era movido por pensamentos condenatórios a luxúria, mas que davam grande valoração ao trabalho pela ideia de ser entendido como um tipo de vocação ao qual Deus destinava os seus servos, assim esses valores de ascetismo e individualismo eram fortes incentivos para o desenvolvimento de atividades capitalistas e a acumulação de capital. Assim, a ética protestante, era uma ação racional com relação a valores, abriu um caminho para a racionalização, o racionalismo de tipo ocidental (uma ação social racional com relação a fins).Importante lembrar que por meio dessa obra se demonstra um contraste com a explicação da formação do capitalismo proposta por Marx, ao qual usa o materialismo histórico. Weber aqui observa que devido a um sistema de cosmovisão, em algumas determinadas sociedades onde essa cosmovisão estava atuante, influenciou os participantes desse estilo de vida, de uma forma não consciente, a formação do capitalismo.
O conjunto da obra de Weber mostra o processo de racionalização/burocratização do mundo ocidental sendo esse um tema básico e fundamental para ele, perpassando em todas as suas obras, uma vez que ele buscava compreender a raiz do racionalismo ocidental e utiliza o método comparativo, comparando as religiões, as formas de burocracia, desde a cultura antiga até a cultura ocidental. Weber também utilizou a sua metodologia de pesquisa em outros campos o que lhe possibilitou a proclamação de diversas outras obras. Um dos seus estudos mais influentes é o trabalho sobre a burocracia. Weber apresenta o tipo ideal de burocracia, determinando suas características, texto que se tornou um clássico da sociologia da burocracia. Também realizou ensaios sobre as religiões orientais, bem como fez estudo sobre os letrados chineses. Além disso, discutiu temas como a cidade, classes sociais e status, entre outros temas. Em todos esses estudos se vê a preocupação com o processo de racionalização do Ocidente.
Assim como Durkheim, Weber não somente se deteve em tornar a sociologia em uma ciência como também se dedicou a lhe fornecer as bases institucionais. Os acontecimentos que levaram a isso foram entre outros: o seu posto de cátedra de Economia Política em Friburgo; A fundação da revista Arquivos para a Ciência Social e Política Social. Que teve como ajuda Werner Sombart e Ergard Jaffe; Em 1910, juntamente com F. Tönnies e Georg Simmel, a Sociedade Alemã de sociologia; Em 1918 assume a Cadeira de Sociologia em Viena criada especialmente para ele. Weber ainda foi influencia para pensadores importantes posteriores como Karl Mannheim, George Simmel e Georg Lukács.Além disso, a obra de Weber tem valor histórico para a consolidação da sociologia científica e exerceu notável influência dessa ciência. Weber é tomado como referência obrigatória em algumas sociologias especiais, tal como a sociologia da burocracia, a sociologia da religião e a sociologia política.
KARL MARX:
Biografia:
Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito e Economia.
Karl Heinrich Marx nasceu em Trier, Renânia, província ao sul da Prússia, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Guilherme III. Em 1835, depois de concluir seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, Karl ingressou no curso de Direito da Universidade de Bonn onde participou das lutas políticas estudantis.
No final de 1836, Karl Marx se transferiu para a Universidade de Berlim para estudar Filosofia. Nessa época, se propagavam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha. Mudou-se em 1842 para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de ideias e publicações por toda a vida. Expulso da França em 1845 foi para Bruxelas, onde participou da recém-fundada Liga dos Comunistas. Em 1848 escreveu com Engels O manifesto do Partido Comunista, obra fundadora do “marxismo” como movimento político e social a favor do proletariado. Em 1848, Marx se Muda para Londres, onde se dedicou a um grandioso estudo crítico da economia política. Foi um dos fundadores da Associação Internacional dos Operários ou Primeira Internacional. Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual. Suas principais obras foram: A ideologia alemã, Miséria da filosofia, Para a crítica da economia política, A luta de classes em França, O capital (O primeiro volume, os outros organizados por Engels, com base nas anotações de Marx).
Pensamento e obras: 
Ao contrário de Durkheim e Weber, Marx não tinha a pretensão de criar uma ciência particular. Do contrário, em várias oportunidades, realizou diversas críticas às ciências particulares, por causa da parcialidade que apresentavam. Nunca procurou um vínculo institucional nem fazer da sua profissão o seu modo de vida, tal como fizeram Weber Durkheim. Além disso, em sua obra que elabora uma teoria do capitalismo, aborda um conjunto de temáticas, que por sua vez acabaram por ser consideradas como econômica, política, sociológica, etc. Assim, Marx se tornou um clássico da sociologia sem nunca ser sociólogo e nunca ter se intitulado assim. Como também é considerado clássico da Filosofia, da Economia e da Historiografia, sem também ser nenhum desses ao qual foi citado.
Seu pensamento foi fortemente influenciado pelo filósofo alemão G.W.F.Hegel, sendo por um bom tempo um “hegeliano de esquerda”. Ele foi rompendo progressivamente com a filosofia Hegeliana e passando a ser influenciado por Feuerbach, que posteriormente iniciou uma crítica ao pensamento de Feuerbach sempre reconhecendo sua importância, como também a de Hegel. Para Marx, a questão se dava em que Hegel conseguia ver a historicidade do mundo através de sua dialética do desenvolvimento da razão na história, e Feuerbach percebia a materialidade da história na essência humana, mas Hegel esquecera a materialidade de vista, e Feuerbach, por sua vez, se esquecia da historicidade. Marx se propôs a reunir a materialidade e a historicidade, formando o que veio a ser chamado de materialismo histórico, onde a história é o desenvolvimento das relações sociais concretas.
O método dialético trazido por Marx é uma forma de análise da realidade, e o materialismo histórico, uma teoria da sociedade. Para Marx a experiência é histórica, constituída socialmente sendo impossível assim tratar as relações sociais como “fatos sociais”, como coisas, semelhante a um cientista natural. As relações sociais tem uma formação histórica e a percepção delas é produzida historicamente. Se for realizada a distinção entre a formação histórica da realidade e de sua formação no pensamento, é possível ter acesso à realidade expressá-la tal como é. Assim o método dialético se distingue do objetivismo Durkheimiano e do subjetivismo de Weber. Para Marx, a consciência é “o ser consciente”, e esse só pode ser o indivíduo concreto, real, histórico, envolvido em uma diversidade de relações sociais. Logo, sua consciência é construída socialmente, pelo conjunto de relações sociais que formam sua experiência, seu modo de vida. Assim, a consciência de um indivíduo é a consciência do conjunto das relações sociais vigentes nas quais ele se desenvolve. As formas de consciência não podem ser separadas da época e sociedade nas quais são produzidas, nem dos grupos sociais concretos que a produzem. Além disso, a consciência nãopode, também, ser separada dos valores e interesses humanos. Sendo impossível a neutralidade apregoada por Durkheim e Weber. Contudo é preciso que os valores e interesses migrem para uma visão correta da realidade. Isto está relacionado aos interesses de algumas classes sociais, especialmente das classes dominantes e outras privilegiadas que estão ligadas a ela. Elas possuem o interesse de mascarar ou ocultar a verdade das relações sociais, porque isso revelaria a exploração e a dominação.
 A luta de classes é ideia-chave do materialismo histórico no estudo das sociedades classistas. Marx desenvolveu o materialismo histórico analisando principalmente as sociedades de classes e mais profundamente a sociedade capitalista. Ele reconheceu a existência de diversos modos de produção classistas, a exemplo do escravista, feudal, capitalista, etc. O modo de produção, por sua vez é produzido pelas relações de produção e pelas forças produtivas.As relações de produção são as relações sociais travadas entre os humanos no processo de produção. Ela dá-se pela exploração dos proprietários dos meios de produção em cima dos que só possuem sua força de trabalho. Os donos dos meios de produção extraem deles um mais-trabalho, que é o resultado do excedente do trabalho realizado pelos trabalhadores, uma vez que eles não só trabalham para garantir o necessário a sua própria sobrevivência.Essa relação de exploração é uma relação de classe e produz, necessariamente, uma luta constante e cotidiana entre duas classes sociais envolvidas. Essas lutas são manifestas, por exemplo, com as greves, lutas salariais, lentidão na produção, lutas de trabalhadores, ate chegar às tentativas de revolução. As forças produtivas são os conjuntos de máquinas, ferramentas, instalações, capacidade de trabalho que permitem o processo de produção. Os proprietários não produziram isto, e sim os trabalhadores, que por último se apropriaram disso. O fim dessa história de luta de classes só ocorrerá com a abolição da sociedade de classe e é a sociedade capitalista que cria as pré-condições para tal abolição.
Na sua principal Obra, inacabada, O Capital (1867) busca desvendar o segredo da exploração capitalista e encontra-o na forma específica de extração de mais-trabalho na sociedade capitalista. A exploração em sociedades como a feudal ou escravista é mais perceptível, mas no capitalismo a jurisdição e o regime de trabalho assalariado causam uma ilusão que ofuscam essa percepção (Alienação). Nessa mesma obra, procura na mercadoria esse processo de exploração, ele inicia a sua análise questionando o que determina o valor da mercadoria. Chega à conclusão de que o que as mercadorias possuem de comum o fato de serem frutos do trabalho humano. Assim, o valor da mercadoria está diretamente relacionado ao trabalho. Sua conclusão é de que é o tempo de trabalho socialmente necessário para produzir uma mercadoria que determina o seu valor. A gênese da exploração está no fato de que o trabalho morto (acumulado) por si só não gera valor. Assim se o proprietário vende um maquinário, ele não consegue atingir um mesmo valor, se não abaixo, do que aquele que adquiriu o maquinário. Para que ele consiga um valor a mais, um mais-valor ele precisa transformar a matéria-prima em mercadoria e vendê-la até que enfim consiga superar o valor do maquinário adquirido, isso sendo então o lucro. A produção se instala na medida em que os trabalhadores repõe o valor do maquinário, que dantes estava morto, como também colocam sobre Ele um novo valor, uma vez que no processo de produção também é necessário o trabalho humano e este está diretamente ligado com o valor da mercadoria. Ao fim, os capitalistas se apropriam do valor final enquanto que os responsáveis por imputar na mercadoria um novo valor não recebem por isso. A esse processo Marx chamou de mais-valor, denominado usualmente como mais-valia. Marx também analisa o processo histórico de formação do capitalismo, desde a passagem da cooperação para a manufatura até chegar à grande indústria, da acumulação primitiva de capital, realizada através do sistema colonial até a formação do capitalismo concorrencial. Também em O capital ele previra o fim do capitalismo e a associação operária, ou “livre associação dos produtores”, substituindo o capitalismo. Esse tema foi mais desenvolvido em outras obras, antes mesmo de escrever O capital.
No Manifesto Comunista (1848), escrito com a ajuda de Engels, Marx analisa a ação revolucionária burguesa que promovia as precondições para o comunismo e previa que o proletariado iria realizar a revolução e abolir as classes sociais em geral, realizando a emancipação humana. Nessa mesma obra, analisa criticamente as correntes socialistas de sua época e aponta medidas práticas com a realização da revolução proletária, na qual se destaca a estatização dos meios de produção. Essa tese de estatização será substituída pela tese da abolição do Estado e formação do governo dos produtores.Marx concebia que o comunismo não era produto da criação de intelectuais, e sim um movimento real existente na sociedade e esse movimento era perceptível na luta operária. Marx ainda se deteve em escrever sobre outros temas e problemas e a publicar obras nesses temas, tantas que não serão possível citar todas, mas entre elas: A sagrada família, A ideologia alemã, A miséria da filosofia, Crítica da Filosofia do direito de Hegel, Manuscritos econômico-filosóficos, As lutas de classe na França, Etc.
A influência das ideias de Marx foi aumentando e atingindo vários países, tanto na esfera política como em diversas ciências. Influenciou, por exemplo alguns sociólogos importantes do século XX, tal como Karl Mannheim e Robert Michels. Outros pensadores buscaram resgatar a autenticidade do pensamento de Marx chegando de uma forma ou de outra a maior ou menor exatidão e fidedignidade, bem como tentaram as teorias já contidas em Marx para dar respostas à realidade contemporânea, entre eles podemos citar alguns como: Rosa Luxemburgo, Henri Lefebvre,Franz Mehring, Etc. é importante também fazer citação a Escola de Frankfurt que possui ideias das teorias de Marx.Hoje em dia o Marxismo se passa mais como Marxismo-Leninismo por ser o Leninismo a principal interpretação do pensamento de Marx
BIBLIOGRAFIA:
Livros:
VIANA,Nildo. Introdução à Sociologia. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3. ed. ver. e ampl. São Paulo: Moderna, 2005.
Sites:
https://www.ebiografia.com/karl_marx/
https://www.ebiografia.com/emile_durkheim/

Continue navegando