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Sociologia
Rogério Bastos Vieira e Renato Mocelin
Curitiba – 2021
EXTENSIVO
SEMIEXTENSIVO
Extensivo e Semiextensivo
DIRETOR-PRESIDENTE
Daniel Gonçalves Manaia Moreira
DIRETOR EDITORIAL 
Joseph Razouk Junior
GERENTE EDITORIAL 
Júlio Röcker Neto
GERENTE DE PRODUÇÃO EDITORIAL 
Cláudio Espósito Godoy
COORDENAÇÃO EDITORIAL 
Jeferson Freitas
COORDENAÇÃO DE ARTE 
Elvira Fogaça Cilka
COORDENAÇÃO DE ICONOGRAFIA 
Susan R. de Oliveira Mileski 
AUTORIA
Rogério Bastos Vieira e Renato Mocelin
REVISÃO
Cornélio Bzuneck, Ricardo Venícius Trotta Telles e 
Selma Aparecida Mottin Cavasso 
EDIÇÃO DE ARTE
Tatiane Esmanhotto Kaminski
PROJETO GRÁFICO
YAN Comunicação
EDITORAÇÃO
Fábio Rocha, Flávia Vianna, Gilson Aldir Roehrig Junior, 
Hilton Thiago Preisni, Kely Copruchinski Bressan, 
Maria Alice Gomes de Castro e Rosemara Buzetti 
PESQUISA ICONOGRÁFICA
Lenon de Oliveira Araújo, Juliana de Cassia Câmara e 
Junior Guilherme Madalosso
IMAGENS DE ABERTURA
©Shutterstock/Rido/Africa Studio/Valentyna Chukhlyebova/Johan 
ENGENHARIA DE PRODUTO
Solange Szabelski Druszcz
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Angela Giordani / CRB 9-1262 / Curitiba, PR, Brasil)
V658 Vieira, Rogério Bastos.
Sistema Positivo de Ensino : extensivo e terceirão : semiextensivo : 
sociologia / Rogério Bastos Vieira e Renato Mocelin – Curitiba : PSD 
Educação, 2021.
124 p. : il.
ISBN 978-65-5051-435-8
 
1. Educação. 2. Ensino médio. 3. Sociologia – Estudo e ensino. 
I. Mocelin, Renato. II. Título.
 
CDD 370
© 2020 PSD Educação S.A.
Todos os direitos reservados à PSD Educação S.A.
PRODUÇÃO 
PSD Educação S.A.
Avenida Nossa Senhora Aparecida, 174 - Seminário
80440-000 – Curitiba – PR
Tel.: (41) 3312-3500
Site: www.sistemapositivo.com.br
CONTATO
editora.spe@positivo.com.br
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
GRÁFICA E EDITORA POSIGRAF LTDA.
Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC 
81310-000 – Curitiba – PR
Tel.: (41) 3212-5451
E-mail: posigraf@positivo.com.br
2021 
Sumário
Aula 01 A origem da Sociologia .................................................................................................................................................................................... 1
Aula 02 Fundamentos do pensamento sociológico ................................................................................................................................................. 12
Aula 03 Fundamentos do pensamento sociológico II.............................................................................................................................................. 22
Aula 04 Relações: sociedade e natureza...................................................................................................................................................................... 30
Aula 05 Trabalho e sociedade ........................................................................................................................................................................................ 40
Aula 06 Estrutura e estratificação social ...................................................................................................................................................................... 51
Aula 07 Movimentos sociais ........................................................................................................................................................................................... 61
Aula 08 Movimentos sociais e cidadania no Brasil ................................................................................................................................................... 69
Aula 09 Cultura e sociedade ........................................................................................................................................................................................... 78
Aula 10 A indústria cultural ............................................................................................................................................................................................ 88
Aula 11 Indivíduo, identidade, socialização e orientação sexual .......................................................................................................................... 97
Aula 12 O Estado Moderno e a nova ordem mundial ..............................................................................................................................................106
Aula 13 A Sociologia no Brasil........................................................................................................................................................................................115
Sociologia 
5
A origem da Sociologia
Aula 
1
Sociologia
Conceito
A Sociologia é a ciência que estuda os aspectos do 
comportamento social, ou seja, como se dão as inter- 
-relações humanas nos mais diversos agrupamentos 
sociais. Eva Maria Lakatos conceitua Sociologia como 
o “estudo científico das relações sociais, das formas de 
associação, destacando-se os caracteres gerais comuns 
a todas as classes de fenômenos sociais, fenômenos que 
se produzem nas relações de grupos entre seres huma-
nos.” Ou seja, a Sociologia é a ciência que se ocupa do 
estudo dos seres humanos em sociedade, seus modos de 
organização e inter-relações, em toda sua diversidade.
Como exemplos de estudos de interesse sociológico, 
podemos destacar: a formação e desintegração de gru-
pos; a divisão das sociedades em camadas; a mobilidade 
de indivíduos e grupos nas camadas sociais; processos 
de competição e cooperação; as relações e estrutura 
familiares; a criminalidade; a sexualidade – enfim, inú-
meros podem ser os temas de estudo da Sociologia. Por 
esse motivo, as teorias e métodos sociológicos podem 
ser um importante instrumento para se compreender 
melhor a vida humana em grupos sociais. 
“A Sociologia é uma disciplina que se 
preocupa sobretudo, com a modernidade – com 
o caráter e a dinâmica das sociedades modernas 
e industrializadas [...]. Entre todas as ciências 
sociais, a sociologia estabelece uma relação 
mais direta com as questões que dizem respeito 
à nossa vida cotidiana – o desenvolvimento do 
urbanismo moderno, crime e punição, gênero, 
família, religião e poder social e econômico.” 
(GIDDENS, Anthony. Em defesa da Sociologia. São Paulo: Unesp, 
2001, p. 11).
É importante destacar que a Sociologia é uma ciên-
cia em permanente transformação, porque a sociedade, 
que é o seu objeto de estudo, também está em cons-
tante mudança. Em síntese, a Sociologia é a crítica do 
tempo presente. 
Origem e precursores do 
pensamento sociológico
O pensamento sociológico é tão antigo quanto a 
Filosofia e, portanto, anterior ao nascimento da Sociologia 
como área independente do conhecimento. O filósofo 
chinês Confúcio já se preocupava com as relações sociais, 
como o papel da família para o desenvolvimento da 
sociedade. Platão, por sua vez, foi o primeiro filósofo 
ocidental a tentar estudar sistematicamente a sociedade 
e assim como Aristóteles, concebeu-a como uma estrutura 
baseada na divisão do trabalho e na desigualdade social. 
Para Aristóteles, a família constituía o núcleo social de 
base e a “natureza” já traria em si os elementos definidores 
da organização social: para ele, tanto era natural o ser 
humano se organizar em sociedade como eram “naturais” 
a escravidão dos seres considerados “inferiores” e a 
submissão da mulher (cuja natureza seria de subordinação) 
ao homem (cuja natureza seria de dominação). 
 Aristóteles
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6 Extensivo Semiextensivo
Obviamente, durante toda a história da humanidade 
diversas outras formas de se organizar a vida em socie-
dade surgiram sem que, entretanto, viessem a incitar 
a constituição de um campo independente de estudo. 
Persistiu, contudo, no campo filosófico, em grande parte 
graças à hegemonia conquistada pela Igreja Católica 
durante a Idade Média,o pensamento que justifica 
os arranjos sociais como consequências “naturais” da 
desigual condição humana – a todos seria dado, divina-
mente, o lugar “merecido” na estrutura social. 
Pelo menos até o Renascimento, o pensamento 
ocidental permaneceu submetido à teologia cristã, for-
temente influenciada pela filosofia naturalista de Platão 
e Aristóteles, para quem a sociedade é uma consequên-
cia natural do instinto humano, sempre obedecendo 
à ordem e a hierarquia de quem detenha o poder de 
governar a família ou a cidade-estado. 
Coube aos filósofos Contratualistas – Thomas Hobbes, 
John Locke e Jean Jacques Rousseau, cada qual 
desenvolvendo sua própria teoria quanto ao surgimento 
da vida em sociedade, – a negação do impulso 
associativo natural. Para esses filósofos, a sociedade não 
resulta de um instinto natural, mas, ao contrário, é algo 
absolutamente artificial. O pressuposto comum a todos 
os Contratualistas é a negação do impulso associativo 
natural e a noção de que só a vontade humana é capaz 
de inaugurar a vida social, ou seja, por uma espécie de 
“contrato social” todos consentem em aceitar certas 
limitações e legitimar uma estrutura social determinada. 
Para Rousseau, o problema fundamental para o qual o 
“contrato social” trouxe a solução era não perecer:
“suponho os seres humanos tendo chegado ao 
ponto em que os obstáculos prejudiciais a sua con-
servação no estado de natureza predominam, por 
sua resistência, sobre as forças que cada indivíduo 
pode usar para manter-se nesse estado. Então, esse 
estado primitivo não pode mais persistir, e o gêne-
ro humano iria perecer se não mudasse a maneira 
de ser (...) encontrar uma forma de associação que 
defenda e proteja de toda a força comum a pessoa 
e os bens de cada associado, e pela qual cada um, 
unindo-se a todos, obedeça somente a si mesmo, e 
permaneça tão livre como antes.” 
(JJ ROUSSEAU, Do contrato social. (1762). EM: Michel Lallement, 
p. 60) 
Antes de Rousseau, o nobre francês Charles de Mon-
tesquieu já havia se debruçado sobre várias questões so-
ciológicas, sendo considerado por muitos autores como 
precursor da Sociologia. Para Montesquieu, como para 
outros autores antes dele, a organização social segue 
uma lógica ordenada. Porém, essa lógica não é divina, 
mas mundana: para compreendê-la, não se pode apelar 
à fé ou à moral, mas proceder à análise sócio-histórica 
das causas que levam ao estabelecimento de hábitos, 
costumes, usos, crenças e leis. 
Importante destacar que as mudanças geradas pelos 
movimentos revolucionários ocorridos na Europa nos 
séculos XVIII e XIX (Revolução Francesa e Revolução 
Industrial) é que provocaram o interesse dos cientistas 
sociais em compreender estas transformações. A Socio-
logia consiste, então, em uma reflexão sobre a sociedade 
capitalista e industrial e surge como uma ciência para 
compreender os novos problemas sociais decorrentes 
desse processo histórico. 
O nascimento da Sociologia moderna, como ciência 
independente, ocorreu somente no século XIX, por obra 
do filósofo positivista Auguste Comte (1798-1857). Em 
1838, Comte definiu as bases da Sociologia, como uma 
nova ciência dedicada ao estudo da sociedade através 
da unificação da história, psicologia e economia. Con-
siderado também o primeiro filósofo da ciência, Comte 
notou a interdependência, entre teoria e observação 
para o conhecimento científico.
Campos da Sociologia
Como ciência que busca compreender o homem em 
sociedade, ou os grupos sociais, os campos da Sociologia 
são tão diversificados como a própria atividade humana. 
Campos tradicionais incluem:
 • Organização e estratificação social. Exemplos: caracte-
rísticas da sociedade de classes no Brasil, sociedades 
de castas na Índia, mobilidade social. 
 • Religião. Exemplos: a religião como forma de contro-
le social, as mudanças sociais trazidas pela Reforma 
Protestante. 
 • Sexualidade e questões de gênero. 
 • Família. Exemplos: a evolução e função da instituição 
Família, as formas de relações maritais, a organização 
familiar no contexto social.
 Auguste Comte
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Aula 1
7Sociologia 
Esses campos são progressivamente ampliados pelo 
reconhecimento de que as estruturas sociais afetam 
todas as áreas de atividade humana, de maneira que 
o leque de possibilidades do estudo sociológico pode 
envolver áreas tão diversas como:
 • Saúde: as instituições de saúde; os aspectos econô-
micos e sociais dos sistemas públicos e privados; os 
fenômenos humanos e sociais que afetam a saúde; 
as relações de poder entre profissionais e pacientes; 
a saúde de grupos específicos. 
 • Educação: o estudo da escola como instituição social; 
as relações escola-sociedade; a escola como agente 
de controle social e de socialização; 
 • Trabalho: as relações entre indivíduos e grupos orga-
nizados para a produção com finalidade econômica; 
os papéis dos profissionais; as relações de poder 
entre empregados e empregadores; a motivação 
para o trabalho, o papel da indústria no sistema de 
estratificação social.
Enfim, esses são apenas alguns dos exemplos dos 
campos da Sociologia, que estuda o homo socius em 
todos os seus aspectos. Esses estudos ajudam não ape-
nas a compreender as relações que se desenvolvem em 
diferentes estruturas de organização social, mas podem 
ser utilizados também para criar políticas públicas e de 
proteção social.
Testes
Assimilação
01.01. (UNESP – SP) – A elaboração e a realização do pro-
jeto de pesquisa em Ciências Sociais, particularmente na 
Sociologia,
a) é o mais barato e mais prático meio de se conhecer a 
realidade social.
b) é o meio mais eficaz e científico de se conhecer a reali-
dade social.
c) é o meio mais adequado para se reconhecer o outro.
d) é o melhor meio para se conhecer e controlar grupos 
sociais antagônicos.
e) é o melhor e mais caro processo de constituição de me-
canismos sociais de segregação social.
01.02. Os primeiros sociólogos procuravam entender o estado 
de organização da sociedade em formação, sendo o século 
XVIII muito importante para o surgimento dessa ciência pro-
funda e complexa, a qual é estudada e analisada até os dias 
de hoje. Todas as transformações que ocorreram na época 
trouxeram consigo problemas para a vida em comunidade, 
daí surge a Sociologia e seus pesquisadores para esclarece-
rem e organizarem as mudanças ocorridas no meio social, 
juntamente com os processos que interligam os indivíduos 
em grupos, associações e instituições. O termo Sociologia foi 
criado por Auguste Comte, em 1838, que pretendia unificar a 
Psicologia, a Economia e a História, levando em consideração 
que todos esses assuntos giram em torno do homem e seu 
comportamento. Mas os fundamentos sociológicos só foram 
institucionalizados com Karl Marx, Émile Durkheim e Max 
Weber, pensadores também renomados e que se tornaram a 
base teórica para o estudo das Ciências Sociais.
O surgimento da Sociologia foi propiciado pela necessidade de:
a) manter a interpretação mágica da realidade como patri-
mônio de um restrito círculo sacerdotal.
b) manter uma estrutura de pensamento mítica para a 
explicação do mundo.
c) condicionar o indivíduo, através dos rituais, a agir e pensar 
conforme os ensinamentos transmitidos pelos deuses.
d) considerar os fenômenos sociais como propriedade 
exclusiva de forças transcendentais.
e) observar, medir e comprovar as regras que tornassem 
possível, através da razão, prever os fenômenos sociais.
01.03. (UNICENTRO – PR) – 
Considerando-se as grandes mudanças que 
ocorreram na história da humanidade, aquelas 
que aconteceram no século XVIII – e que se 
estenderam no século XIX – só foram superadas 
pelas grandes transformações do final do século 
XX. As mudanças provocadas pela revolução 
científico-tecnológica, que denominamos Revolu-
ção Industrial, marcaram profundamente a 
organização social, alterando-a por completo, 
criando novas formas de organização e causando 
modificaçõesculturais duradouras, que perduram 
até os dias atuais.
(DIAS, 2004, p. 15).
Sobre o surgimento da Sociologia e as mudanças ocorridas 
na modernidade, é correto afirmar:
a) O aparecimento das fábricas e o seu desenvolvimento 
levou ao crescimento das cidades rurais.
b) A intensificação da economia agrária em larga escala nas 
metrópoles gerou o êxodo para o campo.
c) A agricultura familiar desse período foi o objeto de estudo 
que fez surgir as ciências sociais.
d) O aumento do trabalho humano nas fábricas ocasionou 
a diminuição da divisão do trabalho.
e) A antiga forma de ver o mundo não podia mais solucionar 
os novos problemas sociais.
8 Extensivo Semiextensivo
01.04. Analise o texto.
A Sociologia é a Ciência dos problemas sociais 
que emergem com a chegada do século XVIII. Que 
tem um marco econômico e outro político e social”
TELES, Mª Luiza. Sociologia para Jovens. Petrópolis – RJ,Ed. Vozes: 2002.
Sobre os aspectos que determinaram o surgimento da So-
ciologia, é correto afirmar:
a) É somente com a Revolução Francesa que a sociedade 
europeia passa a ter a consolidação do poder nobiliár-
quico e o surgimento da Sociologia.
b) O Renascimento Comercial e Urbano, assim como a 
ascensão das monarquias absolutistas, determinou o 
surgimento das Ciências Sociais.
c) Com as Revoluções Burguesas e a Revolução Industrial, 
a Europa passa por grandes transformações sociais, 
políticas e econômicas que determinam o surgimento 
da Sociologia.
d) É a partir da desagregação feudal e da consequente 
consolidação do trabalho servil que a Sociologia passa a 
ter seus fundamentos estabelecidos.
e) A partir da consolidação do modo de produção feudal, a 
Sociologia passa a ter todos os fundamentos necessários 
para se organizar sistematicamente como ciência.
01.05. Sobre o surgimento da Sociologia, podemos afirmar 
que
I. a consolidação do sistema capitalista na Europa no século 
XIX forneceu os elementos que serviram de base para o 
surgimento da Sociologia como ciência particular.
II. o homem passou a ser visto, do ponto de vista socioló-
gico, a partir de sua inserção na sociedade e nos grupos 
sociais que a constituem.
III. aquilo que a Sociologia estuda constitui-se historicamen-
te como o conjunto de relacionamentos que os homens 
estabelecem entre si na vida em sociedade.
IV. interessa para a Sociologia não indivíduos isolados, mas 
inter-relacionados com os diferentes grupos sociais dos 
quais fazem parte, como a escola, a família, as classes 
sociais etc.
a) II e III estão corretas.
b) Todas as afirmativas estão corretas.
c) I e IV estão corretas.
d) I, III e IV estão corretas.
e) II, III e IV estão corretas.
01.06. O primeiro desafio das ciências em geral, e da Sociolo-
gia em particular, é o de superar o senso comum, fugindo das 
aparências da realidade social. Quando associado ao senso 
comum, o conhecimento pode ser prisioneiro de algumas 
armadilhas, como a de naturalizar questões e problemas que 
nada têm de naturais, ou tomar as impressões particulares 
como verdades universalmente válidas.
Senso comum e conhecimento científico diferenciam-se, 
porque
a) o senso comum é subjetivo e particular, pois se baseia em 
opiniões, enquanto a ciência procura se constituir como 
um conhecimento objetivo e universal.
b) o senso comum se esforça para validar um conhecimento 
baseado nos testes experimentais, e o conhecimento 
sociológico é conceitual e abstrato.
c) o senso comum tem sua validade nas demonstrações 
gerais, e, o conhecimento sociológico, nas teorizações 
particulares.
d) o senso comum é metódico e sistemático, e o conheci-
mento sociológico é assistemático.
01.07. (UNIOESTE – PR) – Segundo Zygmunt Bauman, a 
Sociologia é constituída por um conjunto considerável de 
conhecimentos acumulados ao longo da história. Pode-se 
dizer que a sua identidade se forma na distinção com o 
chamado senso comum. Considerando que a Sociologia 
estabelece diferenças com o senso comum e estabelece 
uma fronteira entre o pensamento formal e o senso comum, 
é correto afirmar que
a) a Sociologia se distingue do senso comum por fazer 
afirmações corroboradas por evidências não verificáveis, 
baseadas em ideias não previstas e não testadas.
b) o pensar sociologicamente caracteriza-se pela descrença 
na ciência e pouca fidedignidade de seus argumentos. O 
senso comum, ao contrário, evita explicações imediatas 
ao conservar o rigor científico dos fenômenos sociais.
c) pensar sociologicamente é não ultrapassar o nível de 
nossas preocupações diárias e expressões cotidianas, 
enquanto o senso comum preocupa-se com a 
historicidade dos fenômenos sociais.
d) o pensamento sociológico se distingue do senso comum 
na explicação de alguns eventos e circunstâncias, ou seja, 
enquanto o senso comum se preocupa em analisar e 
cruzar diversos conhecimentos, a Sociologia se preocupa 
apenas com as visões particulares do mundo.
e) um dos papéis centrais desempenhados pela Sociologia 
é a desnaturalização das concepções ou explicações dos 
fenômenos sociais, conservando o rigor original exigido 
no campo científico.
01.08. (UFU – MG) – Sobre o surgimento da Sociologia e 
suas proposições acerca da explicação do mundo social, 
pode-se afirmar que:
a) a Sociologia é uma manifestação do pensamento mo-
derno e uma forma de conhecimento do mundo social, 
cujas explicações são fundadas nas descobertas das 
ciências naturais e físicas, por pressupor uma unidade 
entre sociedade e natureza e rejeitar o uso de leis gerais 
no conhecimento.
b) os pensadores fundadores da Sociologia concentraram 
seus esforços em interesses políticos e, portanto, práticos, 
Aula 1
9Sociologia 
face aos objetivos de contribuir para as transformações 
sociais e para a consolidação de uma nova ordem social 
diversa das sociedades feudal e capitalista.
c) a desagregação da sociedade feudal e a consolidação 
da sociedade capitalista, com o consequente processo 
de industrialização e urbanização em países da Europa, 
contribuíram para o surgimento da Sociologia como 
forma de conhecimento das sociedades em extinção.
d) a Sociologia surgiu no século XIX, vinculada à sociedade 
moderna, no contexto das transformações econômicas e 
sociais e no bojo das mudanças nas formas de pensamen-
to, influenciadas pelas revoluções burguesas do século, 
bem como pelos ideais iluministas.
01.09. Quanto ao contexto de surgimento da Sociologia, é 
correto afirmar que 
a) ela surge logo após o fim da Segunda Grande Guerra 
como empreendimento científico que buscava compre-
ender aquele fenômeno e encontrar soluções para os 
resultados de tal flagelo. 
b) ela é resultado dos estudos de investigadores norte-ame-
ricanos empenhados em compreender os processos de 
industrialização e urbanização iniciado na década de 1930.
c) ela surge concomitantemente à filosofia na Antiguidade 
que teve como pensadores paradigmáticos Platão e 
Aristóteles. 
d) emerge na modernidade, na virada do século XIX para 
o XX, buscando produzir explicações e compreender o 
conjunto de transformações sociais ocorridas no ocidente 
naquele momento.
e) é simultânea ao período da Reforma Protestante sendo 
fruto das reflexões de Lutero e Calvino, podendo ser 
considerada a ciência fundada por eles para criticar o 
catolicismo.
01.10. (UFU – MG) – A preocupação com os problemas 
sociais existe desde quando o homem é homem. A busca 
de soluções para estes problemas também. Mas, no entan-
to, o pensamento sociológico está diretamente ligado às 
consequências da Revolução Industrial. Neste sentido, o 
que distingue o pensamento sociológico dos pensamentos 
sociais anteriores?
a) A transição do pensamento medieval para a criação de 
uma filosofia da problemática social com os iluministas 
no século XVIII.
b) A criação de uma técnica filosófica que prima pela 
valorização do indivíduo no todo social, ao mesmo 
tempo que prima apenas pelas relações do homem 
com a sociedade.
c) A possibilidade da sistematização, da elaboração de um 
método de análise e a definiçãode um objeto de pesquisa.
d) A formação de uma elite de pensadores ligados ao pro-
cesso de industrialização, que com técnicas matemáticas 
definiu a sociedade a partir de seus indivíduos.
Aprofundamento
01.11. (UNIOESTE – PR) – No que diz respeito às relações 
entre Sociologia e mudanças sociais, pode-se dizer:
a) A Sociologia é uma ciência que visa apreender cada so-
ciedade em um dado momento sem poder explicar suas 
transformações, que são objeto da História.
b) A Sociologia só e capaz de explicar as transformações 
derivadas das lutas entre as classes.
c) Os estudos aos quais a Sociologia se dedica fundamen-
tam-se no princípio de que mudanças e transformações 
só podem ocorrer quando os vários segmentos ou estratos 
de uma sociedade se unem para promover ou viabilizar 
tais mudanças.
d) A questão das mudanças sociais é um tema que se 
tornou objeto de reflexão sociológica a partir do 
que se convencionou chamar “era pós-industrial” e 
globalização.
e) A Sociologia busca captar os fenômenos produzidos 
pelas ações de atores sociais que visam defender seus 
interesses e os fatos associados às reações e resistências 
àquelas ações.
01.12. (UEL – PR) – A Sociologia é uma ciência moderna que 
surge e se desenvolve juntamente com o avanço do capita-
lismo. Nesse sentido, reflete suas principais transformações 
e procura desvendar os dilemas sociais por ele produzidos. 
Sobre a emergência da Sociologia, considere as afirmativas 
a seguir.
I. A Sociologia tem como principal referência a explica-
ção teológica sobre os problemas sociais decorrentes 
da industrialização, tais como a pobreza, a desigualda-
de social e a concentração populacional nos centros 
urbanos.
II. A Sociologia é produto da Revolução Industrial, sen-
do chamada de “ciência da crise”, por refletir sobre a 
transformação de formas tradicionais de existência 
social e as mudanças decorrentes da urbanização e da 
industrialização.
III. A emergência da Sociologia só pode ser compreendida 
se for observada sua correspondência com o cienti-
ficismo europeu e com a crença no poder da razão 
e da observação, enquanto recursos de produção do 
conhecimento.
IV. A Sociologia surge como uma tentativa de romper com 
as técnicas e métodos das ciências naturais, na análise 
dos problemas sociais decorrentes das reminiscências 
do modo de produção feudal.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
10 Extensivo Semiextensivo
01.13. Selecione as afirmativas que Indicam o contexto 
histórico, social e filosófico que possibilitou a gênese da 
Sociologia.
I. A Sociologia é um produto das revoluções francesa e 
industrial e foi uma resposta as novas situações colocadas 
por estas revoluções.
II. O pensamento filosófico dos séculos XVII e XVIII con-
tribuiu para popularizar os avanços científicos, sendo a 
teologia a forma norteadora desse pensamento.
III. A formação de uma sociedade, que se industrializava e 
urbanizava em ritmo crescente, propiciou o fortalecimen-
to da servidão e da família patriarcal.
Assinale a alternativa correta.
a) apenas I e II
c) apenas II e III
b) todas I, II e III
d) apenas I
01.14. Percebe-se que as transformações ocorridas nas 
sociedades ocidentais permitiram a formação de relações 
sociais complexas. Nesse sentido, a Sociologia surgiu com 
o objetivo de compreender essas relações, explicando suas 
origens e consequências. Sobre o surgimento da Sociologia 
e das mudanças históricas ocorridas nos séculos XVIII e XIX, 
assinale a alternativa correta. 
a) A grande mecanização das fábricas nas cidades possibi-
litou o desenvolvimento econômico da população rural 
por meio do aumento de empregos. 
b) A divisão social do trabalho foi minimizada com as novas 
tecnologias introduzidas pelas revoluções do século XVIII.
c) A Sociologia foi uma resposta intelectual aos problemas 
sociais, que surgiram com a Revolução Industrial. 
d) O controle teológico da sociedade foi possível com o 
emprego sistemático da razão e do livre exame da realidade. 
e) As atividades rurais do período histórico, tratado no texto, 
foram o objeto de estudo que deu origem à Sociologia 
como ciência.
01.15. Acreditava-se nos primórdios da Sociologia, como 
aliás com relação às Ciências Sociais de uma maneira geral, 
ser possível atingir a mesma neutralidade e objetividade 
que se imaginava poder atingir nas ciências naturais. Por 
isso essa nova ciência da sociedade recebeu inicialmente 
o nome de Física Social e só posteriormente passou a ser 
denominada de Sociologia. Entre as alternativas abaixo, a 
única que não expressa uma perspectiva desse momento 
inicial da Sociologia é: 
a) Os métodos das Ciências Naturais poderiam e deveriam 
ser aplicados aos estudos sobre a sociedade. 
b) Havia a necessidade de desenvolver técnicas racionais 
para controlar os conflitos criados pelas sucessivas crises 
do século XIX. 
c) A única fonte legítima da Ciência seria a experiência 
externa. O testemunho da consciência e as experiências 
subjetivas, como fonte de observação científica, não 
tinham valor.
d) Acreditava-se que seria necessário compreender e contro-
lar racionalmente a natureza com o objetivo de encontrar 
mecanismos capazes de promover a preservação do meio 
ambiente, pois já se previa que os danos ambientais cau-
sados pela aplicação da tecnologia na esfera da produção 
podem causar sérias consequências às gerações futuras. 
e) O fundamento inicial da Sociologia era o método positivo, 
alicerçado em um conjunto hierarquizado de ciências. Na 
larga base dessas ciências encontrava-se a Matemática e, 
em seu vértice, a Sociologia.
01.16. Leia o texto a seguir: 
Enquanto resposta intelectual à “crise social” 
de seu tempo, os primeiros sociólogos irão revalo-
rizar determinadas instituições que, segundo eles, 
desempenham papéis fundamentais na integração 
e na coesão da vida social. A jovem ciência assu-
mia como tarefa intelectual repensar o problema 
da ordem social, enfatizando a importância de 
instituições como a autoridade, a família, a hierar-
quia social e destacando a sua importância teórica 
para o estudo da sociedade.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 30. 
Com base nele, o surgimento da Sociologia foi motivado 
pelas transformações das relações sociais ocorridas na so-
ciedade europeia, nos séculos XVIII e XIX, contribuindo para 
a) o aumento da desorganização social estabelecida pela 
Revolução Industrial. 
b) a organização de vários movimentos sociais controlados 
por pensadores como Saint-Simon e Comte. 
c) a elaboração de um conceito de Sociologia incluindo 
os fenômenos mentais como tema de reflexão e inves-
tigação. 
d) a criação da corrente positivista, que propôs uma trans-
formação da sociedade com base na reforma intelectual 
plena do ser humano.
e) o surgimento de uma “física social” preocupada com a 
construção de uma teoria social, separada das ideias de 
ordem e desenvolvimento como chave para o conheci-
mento da realidade.
01.17. (UEM – PR) – Sobre as condições de surgimento do 
pensamento sociológico, assinale o que for correto. 
01) O desenvolvimento de um pensamento científico so-
bre a sociedade surge em fins do século XVIII, na Euro-
pa, como resposta às questões sociais que surgiram em 
decorrência dos processos de revolução burguesa.
02) Uma das principais ambições da Sociologia, em seus 
primórdios, foi criar uma concepção teológica da histó-
ria humana, encontrando argumentos lógicos e racio-
nais que comprovassem os efeitos da ação divina sobre 
a vida social. 
04) O encontro com as populações ameríndias, os relatos 
que os viajantes europeus fizeram sobre a América e os 
conflitos originários desse encontro foram elementos 
Aula 1
11Sociologia 
01.01. b
01.02. e
01.03. e
01.04. c
01.05. b
01.06. a
01.07. e
01.08. d
01.09. d
01.10. c
01.11. e
01.12. b
01.13. d
01.14. c
01.15. d
01.16. d
01.17. 29 (01 + 04 + 08 + 16)
01.18. 20 (04 + 16)
01.19. O período históricodo nascimento da 
Sociologia corresponde ao período 
subsequente às revoluções burguesas 
e de consolidação do capitalismo. Nes-
se período, de grande euforia a respeito 
dos métodos científicos, a Sociologia 
nasce como o modelo científico mais 
adequado para analisar a constituição e 
os problemas da sociedade europeia da 
época. O aluno poderá citar a Revolução 
Industrial Inglesa e a Revolução Fran-
cesa e o que significou cada uma de-
las. Ou seja, a Revolução Industrial que 
modificou a organização da produção 
econômica e a Revolução Francesa que 
mudou as relações entre os indivíduos e 
o poder do Estado. 
Gabarito
centrais para o desenvolvimento de um pensamento 
específico sobre o “outro”, o não europeu, que se tornou 
posteriormente alguns dos fundamentos da antropolo-
gia social. 
08) O fenômeno da desigualdade social, discutido na 
Sociologia por meio do conceito de estratificação 
social, é um tema presente no pensamento clássico 
e permanece como um dos principais problemas 
que desafiam as concepções contemporâneas das 
ciências sociais. 
16) Marx jamais reivindicou o reconhecimento como 
sociólogo. No entanto, seus escritos, produzidos em 
meados do século XIX, tornaram-se textos centrais 
dos pensamentos político e social elaborados pela 
Sociologia nos séculos XX e XXI.
01.18. (UEM – PR) – 
Para o sociólogo francês Pierre Bourdieu 
(1930-2002), os agentes sociais estão inseridos 
na estrutura da sociedade, ocupando posições 
hierárquicas que dependem, em grande parte, 
das características culturais, sociais e comporta-
mentais de cada indivíduo. Por isso, cada agente 
formula estratégias para se inserir na sociedade e 
para a manutenção de sua posição na hierarquia 
social que contribuem tanto para a conservação 
da estrutura social como para a sua transforma-
ção. Para Bourdieu, “pode-se genericamente ve-
rificar que quanto mais as pessoas ocupam uma 
posição favorecida na estrutura, mais elas tendem 
a conservar ao mesmo tempo a estrutura e a sua 
posição, nos limites, no entanto, de suas disposi-
ções (isto é, de sua trajetória social, de sua origem 
social) que são mais ou menos apropriadas à sua 
posição.” 
(BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo 
científico. São Paulo: UNESP, 2004, p. 29).
Considerando o trecho citado e os estudos sociológicos sobre 
indivíduo e sociedade, assinale o que for correto. 
01) O pensamento sociológico ensina que as relações so-
ciais são diferentes das relações políticas, pois na socie-
dade não há disputas e nem conflitos. 
02) A Sociologia se dedica ao estudo das estruturas sociais, 
e não ao dos indivíduos, porque entende que as 
pessoas não atuam com racionalidade. 
04) De acordo com Bourdieu, no trecho citado, as pessoas 
agem orientadas por disposições de classe e pela posi-
ção que ocupam na estrutura social.
08) Ao estudar as relações sociais, Bourdieu afirma que o 
esforço e a dedicação individual são a medida do su-
cesso pessoal que alguém pode ter em sua vida. 
16) As relações entre as trajetórias individuais e as estrutu-
ras sociais permitem à Sociologia estudar as mudanças 
e as permanências na ordem social.
Desafio
01.19. (UFPR) – A Sociologia surge no final do século XIX 
para dar conta, em certa medida, das transformações que 
ocorreram na sociedade, principalmente na França e na 
Inglaterra, a partir do século XVIII. Que transformações foram 
essas e quais as suas principais características?
 
12 Extensivo Semiextensivo
Fundamentos do pensamento 
sociológico
Sociologia
Aula 2
Considerado “o pai do Positivis-
mo”, Auguste Comte (Montpellier, 
França, 1798-1857) empreendeu 
grandes esforços em aplicar às rela-
ções sociais as leis das ciências exatas 
e biológicas (incluindo o evolucionis-
mo darwiniano), direcionando méto-
dos e conceitos com o fim de tornar 
o mais objetivo e científico possível o 
conhecimento da Sociologia. 
Para Comte, as sociedades 
tendem a passar por três estágios: 
o teológico, em que se atribuem 
ao sobrenatural ou às divindades as 
explicações aos fenômenos desco-
nhecidos; o metafísico, no qual o ser 
humano explica as coisas através de 
fenômenos naturais; e o positivo ou 
científico, que tem exclusivamente 
na ciência a fonte do conhecimento. 
O lema “Ordem e Progresso” resume 
as duas “leis fundamentais” do 
pensamento sociológico de Comte: 
pela lei da estática, a sociedade 
desorganizada tende ao caos; com 
a organização, há a “dinâmica social”, 
que é a possibilidade de evolução, 
de progresso social. 
Embora todos os países 
europeus economicamente desen-
volvidos tenham conhecido o Posi-
tivismo, foi na França em primeiro 
lugar, e depois na Inglaterra, com 
Herbert Spencer e seu pensamento 
organicista-evolucionista, que essa 
escola predominou. Nesses países 
– França e Inglaterra – houve um 
grande desenvolvimento industrial 
e urbano a partir dos séculos XVII e 
XVIII, o que impulsionou os avanços 
nas ciências. Isso fez com que as 
escolas sociológicas da França e 
Inglaterra tivessem seus métodos 
e princípios largamente influencia-
dos pelo Positivismo. 
Já a expansão econômica da Alemanha ocorreu tardiamente, no século 
XIX, durante o capitalismo concorrencial e sob a influência da sistematização 
de outras ciências humanas: a História e a Antropologia. 
É interessante ter sempre em mente o contraste entre a perspectiva 
positivista mais arraigada na França e Inglaterra, e a idealista Alemã, pois 
ela o ajudará a compreender melhor os pensamentos dos sociólogos Émile 
Durkheim e Max Weber:
Para o positivismo: a História é vista como um processo universal 
de evolução da humanidade – essa visão tende a uma anulação dos 
processos históricos particulares e a uma “universalidade”, decor-
rente da crença de que o cientista pode perceber estágios comuns 
a todas as sociedades, que evolutivamente passariam por estágios 
similares. 
Já o pensamento alemão se volta ao estudo da diversidade – da 
identificação das especificidades, da valorização dos aspectos históricos 
particulares de cada formação social, ou seja, há uma ênfase na Histó-
ria e no estudo das diferenças culturais. 
Émile Durkheim (1858-1917)
Um dos primeiros grandes teó-
ricos da Sociologia, Émile Durkheim 
nasceu em 1858, em Épinal, França. 
De uma família judaica, estudou 
Filosofia, tornando-se professor na 
província. Em 1893, publicou a tese 
“Da divisão do trabalho social”. Fez 
estágio na Alemanha, período no 
qual escreveu dois artigos sobre 
a filosofia e a ciência positiva da 
moral alemã. Em 1887, tornou-se o 
encarregado de cursos de ciência 
social e pedagogia na Universidade 
de Bordeaux. 
Durkheim participou ativamente 
na questão do ensino civil na França e 
defendeu a igualdade de todos dian-
te da lei, o respeito aos direitos civis 
e as liberdades políticas. Defendeu a 
criação de uma moral secular e definiu a sociedade segundo o modelo de 
um organismo dotado de consciência coletiva. Estudou também as for-
mas de solidariedade social, a história da Sociologia, os sistemas educativos 
e a evolução da família. 
 Émile Durkheim
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Durkheim). A consciência coletiva consiste, portanto, na 
soma de crenças e sentimentos da média dos membros 
da comunidade, envolvendo a mentalidade e a morali-
dade do indivíduo. 
Nas sociedades pré-capitalistas a consciência coleti-
va se sobrepõe à individual; há segundo Durkheim uma 
solidariedade mecânica. O poder de coerção social, 
baseada na consciência coletiva é severa e repressiva. 
Não há tolerância aos diferentes, às particularidades ou 
a qualquer originalidade. 
Já a solidariedade orgânica:
“é aquela típica das sociedades capitalistas, em 
que, pela acelerada divisão do trabalho social, os 
indivíduos se tornavam interdependentes. Essa 
interdependência garante a união social, em lu-
gar dos costumes, das tradições ou das relações 
sociais estreitas, como ocorre nas sociedades con-
temporâneas. Nas sociedades capitalistas, a cons-
ciência coletivase afrouxa, ao mesmo tempo em 
que os indivíduos tornam-se mutuamente depen-
dentes, cada qual se especializa numa atividade 
e tende a desenvolver maior autonomia pessoal.”
(COSTA, Cristina. Sociologia: uma introdução à ciência da sociedade. 
São Paulo: Moderna, 2006, p. 87).
Nas sociedades simples a coesão é garantida pela 
obediência a um conjunto de princípios. Os que violam 
tais princípios são punidos. Já nas sociedades complexas 
a solidariedade é necessária devido à desigualdade. 
Enquanto nas sociedades pré-industriais o rompimento 
das regras afeta a coletividade, nas sociedades capita-
listas o não cumprimento das normas afeta as pessoas 
separadamente. A punição será dirigida para a devolu-
ção àquele que foi prejudicado. 
Durkheim percebeu que as mudanças econômicas 
estavam produzindo um profundo desequilíbrio exacer-
bando-se o individualismo com as pessoas só pensando 
nelas. Para o sociólogo francês ocorre uma anomia 
moral, pois os interesses individuais sobrepujam os 
interesses coletivos. 
Como os seres humanos são naturalmente egoístas é 
a vida em sociedade que os obriga a respeitar os interes-
ses das demais pessoas. Para que o bem-estar coletivo 
seja garantido há necessidade de regras morais.
“O mercado, adverte Durkheim, precisa de 
uma ética que deverá ser mais forte do que a pura 
lógica econômica. Deixado sem freio, sem regra, 
sem norma, o mercado não tem limite. Tudo se 
vende e tudo se compra, se houver quem compre. 
O papel de regulador da ética do mercado deveria 
ser desempenhado, nos sugere Durkheim, pelas 
corporações profissionais. Diferentemente dos 
Aula 2
13Sociologia 13
Fato social
É social todo fato que é geral, que é experimentado 
pelo indivíduo como uma realidade independente e 
preexistente. São três as características básicas do fato 
social: “coerção social”, “educação” e “generalidade”.
A “coerção social” consiste na força que os fatos exer-
cem sobre os indivíduos levando-os a conformarem-se 
com as regras da sociedade. As sanções podem ser 
legais ou espontâneas. Há na sociedade regras formais 
e informais. 
A “educação” tanto a formal quanto a informal exerce 
uma força enorme sobre o indivíduo independentemen-
te da sua vontade. Ao nascer, a pessoa já encontra regras 
sociais, costumes e leis que constituem mecanismos de 
forte coerção social. 
A característica da “generalidade” consiste em que 
todo fato social é geral, ou seja, se repete em todos os 
indivíduos ou na maioria deles, por isso os acontecimen-
tos manifestam sua natureza coletiva. 
Os fatos sociais devem ser estudados como “coisas” 
(desvinculadas de concepções filosóficas, biológicas e 
psicológicas) de forma objetiva sem que suas concep-
ções morais, políticas e ideológicas venham a influenciar 
a sua análise. O pesquisador deve ater-se àqueles acon-
tecimentos gerais e repetitivos. Para explicá-los, deve 
procurar a causa e a função que desempenha.
Na obra Suicídio (1897), Durkheim demonstra que 
tal fato social ocorre em todas as sociedades com certa 
regularidade. Sendo assim, o suicídio depende de leis 
sociais e não da vontade do suicida. Já as taxas variam 
de acordo com os contextos históricos. 
“Cada sociedade está predisposta a fornecer 
um contingente determinado de mortes voluntá-
rias. Essa predisposição pode, portanto, constituir 
o objeto de um estudo especial que compete à 
Sociologia.”
Émile Durkheim. Le Suicide. 1897.
Mutações do mundo social 
Para Durkheim, a sociedade é um organismo vivo, no 
qual cada instituição e cada indivíduo cumprem papéis 
determinados e existem em função do todo. Na sua obra 
“A divisão do trabalho social” enunciou dois princípios: 
consciência coletiva e solidariedade mecânica e orgânica. 
Há duas consciências, a coletiva e a individual, 
“uma, que temos em comum com todo o nosso grupo, 
que, por conseguinte, não é nós mesmos, mas a socie-
dade que vive em nós; a outra , que só representa a 
nós mesmos naquilo que temos de pessoal e distinto, 
naquilo que faz de cada um nós um indivíduo.”(Émile 
14 Extensivo Semiextensivo
sindicatos, nos quais se reúnem patrões de um 
lado e empregados do outro, as corporações uni-
ficariam as diferentes categorias interessadas no 
processo de produção. Nelas, conviveriam tanto 
os “dirigentes” quanto os “executores”, ou seja, 
tanto o dono da fábrica quanto Carlitos [refere-se 
aos trabalhadores] e seus companheiros.”
Helena Bomeny e outras. Tempos modernos, tempos de Sociologia. 
São Paulo: Editora do Brasil, 2016, p. 82. 
Max Weber (1864-1920)
Natural de Erfurt, Ale-
manha, filho de burgueses 
liberais, Max Weber foi um 
dos principais expoentes 
da sociologia Alemã e 
seu maior sistematizador. 
Estudou Direito, Filosofia, 
História e Sociologia. 
Iniciou sua carreira como 
professor em Berlim e 
em 1895 tornou-se cate-
drático em Heidelberg. 
Participou da comissão 
redatora da Constituição 
da República de Weimar. Suas principais obras foram: 
A ética protestante e o espírito do capitalismo (1905) e 
Economia e sociedade (1922, publicação póstuma).
Weber coloca o indivíduo no centro do estudo da 
Sociologia: para ele, os indivíduos – os sujeitos da rela-
ção social – agem em sociedade com um objetivo, uma 
justificativa subjetivamente elaborada. A esse “agir” 
social, Weber denominou “ação social”, ou seja, uma 
“ação com sentido”. 
Para Weber, cada sujeito age levado por um motivo, 
que pode ter por base a tradição (como sempre agiu e 
deve agir o membro do grupo social), a ação racional 
(valoração racional-objetiva, que o sujeito empreende 
em relação a sua conduta), ou ação movida pela emoti-
vidade. Nesse sentido podemos identificar nos estudos 
de Weber quatro tipos de ação social: ação tradicional, 
ação afetiva, ação racional com relação a fins e ação 
racional com relação a valores.
Verifica-se aqui o valor da especificidade no seu 
pensamento: a conduta humana dotada de sentido – ou 
a “ação social” – é o objeto de estudo da Sociologia. 
Logo, o sociólogo, para compreender a sociedade, deve 
penetrar na subjetividade da conduta humana em suas 
relações sociais: a tarefa do cientista é descobrir os 
possíveis sentidos da ação humana.
O que dá o sentido de “social” à ação humana é a 
interdependência entre os indivíduos: cada indivíduo 
 Max Weber
age de acordo com seus motivos, gerando efeitos sobre 
a realidade. Entre múltiplos indivíduos, várias conexões 
se estabelecem – pela frequência e modo como as ações 
sociais se estabelecem o cientista pode compreender e 
conceder tendências gerais de comportamento de certa 
sociedade.
Para Max Weber, o cientista é também um “ator 
social”, e como tal age guiado por seus próprios motivos, 
orientado por suas pré-noções em relação à realidade 
que deverá estudar. Logo, muito embora acredite que 
o cientista deva primar pelo máximo de objetividade 
possível na análise dos acontecimentos, Weber rejeita a 
possibilidade de imparcialidade ou neutralidade total do 
cientista, como propunha Durkheim. Rejeita, também, 
o evolucionismo, em favor de uma análise histórica das 
sociedades. 
Afasta-o ainda do cientificismo positivista o fato 
de acreditar que, por mais quantificáveis que possam 
ser os fenômenos sociais, sua análise envolve sempre 
um esforço de interpretação, de subjetividade e com-
preensão. 
O tipo ideal
Para analisar os fatos sociais, Weber desenvolveu um 
instrumento científico de análise sociológica que des-
creve modelos puros, a que chamou de “tipo ideal (no 
sentido de revelar uma ideia, uma imagem mental)”, que 
serve de base para a comparação de tipos existentes. A 
melhor forma de compreender o tipo ideal é a partir dos 
estudos sobre as cidades, empreendido por Weber: atra-
vés da classificação e comparação entre diversos tipos 
de cidades, Weber elencou características e elementos 
essenciais a esta estrutura, criando o “tipo ideal” de 
cidade, que não corresponde à realidade, mas retém 
aspectos dela. Ele fez o mesmo para estabelecer tipos 
ideais de democracia, de capitalismoe de organização 
burocrática. 
Com base nessas crenças e método, Weber analisou 
os livros sagrados para compreender a relação entre 
religião e economia. 
A ética protestante e o espírito 
do capitalismo
Em sua obra mais conhecida “A ética protestante 
e o espírito do capitalismo” Weber relacionou o papel 
do protestantismo à formação do capitalismo. Partin-
do de dados estatísticos, demonstrou que os adeptos 
da Reforma Protestante se tornaram melhores 
sucedidos economicamente. Nessa obra, o sociólogo 
alemão procurou expor as relações entre religião e 
sociedade procurando desvendar as particularidades 
do capitalismo. 
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15Sociologia 
 Capa do livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo”
Quais as razões que tornaram os protestantes 
homens de negócios, trabalhadores qualificados e em-
presários bem-sucedidos? 
Para Weber, a disciplina, a poupança, a austeridade, a 
valorização do trabalho e o compromisso com o cumpri-
mento do dever seriam os fatores que contribuíram para 
o sucesso econômico dos indivíduos que optaram pelas 
religiões reformadas. Formou-se uma nova mentalidade 
que veio ao encontro do modo de produção que estava 
se desenvolvendo no início da Idade Moderna. 
Para o protestante o trabalho não é castigo. Ser 
bem-sucedido naquilo que faz é uma forma de glorificar 
a Deus. Não dilapidar aquilo que ganha renunciando 
aos prazeres mundanos propicia o acúmulo de capitais, 
os quais serão investidos em atividades produtivas. 
Enquanto o católico tinha uma mentalidade “feudal”, 
o protestante tem um conjunto de costumes e hábitos 
que se encaixam no modo de produção que surgia 
concomitante com a Reforma levada a cabo por Lutero 
e Calvino. 
“Uma leitura apressada de “A ética” consisti-
ria em atribuir a Weber uma tese idealista, con-
traponto implícito à concepção materialista da
história: a tese de um capitalismo, filho da moral 
protestante. É verdade que, contra as leituras mar-
xistas, Weber se esforça claramente para mostrar 
que as ideias podem desempenhar um papel motor 
na história e vir a ser forças sociais eficazes. Mas na 
realidade a sua posição é mais matizada. Seu intui-
to não consiste em negar a força de elementos ma-
teriais, econômicos, técnicos..., que contribuíram 
para a expansão do capitalismo. Weber contenta-
-se em isolar um fator cultural e sublinhar a sua 
eficácia própria. O ascetismo não foi, portanto, em 
seu ponto de vista, mais que um fator permissivo 
entre todos aqueles que atuaram em favor do de-
senvolvimento do capitalismo. Uma implantado, 
este sistema socioeconômico foi ganhando terreno 
independentemente da ética puritana...”
(LALLEMENT, Michel. História das ideias sociológicas: das origens a 
Max Weber. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 304)
Método compreensivo
Em seus trabalhos, Weber procurou estudar as par-
ticularidades históricas das sociedades desenvolvendo 
suas análises destacando a especificidade das ciências 
humanas demonstrando sua independência em relação 
às ciências exatas e naturais. 
Em Weber encontramos a ideia do indeterminismo 
histórico. 
“Ao contrário de seus predecessores, ele não 
admitia nenhuma lei preexistente que regulasse o 
desenvolvimento da sociedade ou a sucessão de 
tipos de organização social. Isso permitiu que ele 
se aprofundasse no estudo das particularidades, 
procurando entender as formações sociais em 
suas singularidades, especialmente a jovem nação 
alemã que ele via despontar como potência.”
(COSTA, Cristina. Obra citada, p. 102).
Política e Estado
Para Weber o conceito de política é muito amplo 
abrangendo todas as espécies de atividades diretivas 
autônomas. Pode-se falar da política de divisas de um 
banco, política de um sindicato, política educacional e 
tantas outras.
Já o Estado define-se sociologicamente pelo meio 
específico que lhe é próprio: a possibilidade de usar a 
violência física. Grupos ou indivíduos não tem o direito 
de recorrer à violência, a não ser quando o Estado tolere, 
pois apenas este tem o monopólio de usá-la. “Por conse-
guinte, entenderemos por política o conjunto dos esfor-
ços feitos em vista de participar no poder ou influenciar a 
divisão do poder, que entre os Estados, que entre diversos 
grupos dentro de um mesmo Estado.”(Max Weber).
Aula 2
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16 Extensivo Semiextensivo
Testes
Assimilação
02.01. (UNICESUMAR – PR) –
Nosso principal objetivo, com efeito, é esten-
der à conduta humana o racionalismo científi-
co, mostrando que, considerada no passado, ela 
é redutível a relações de causa e efeito que uma 
operação não menos racional pode transformar a 
seguir em regras de ação para o futuro.
(DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 2. ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1999, p. XIII)
A partir do excerto acima, é possível afirmar que a corrente 
teórica à qual se vincula o sociólogo francês Émile Durkheim é
a) o Marxismo.
b) o Positivismo. 
c) o Existencialismo.
d) a Fenomenologia.
e) o Historicismo.
02.02. (UNESP – SP) – Pode-se afirmar que a Sociologia 
contemporânea herdou as contribuições de autores con-
siderados clássicos do pensamento sociológico a partir 
dos quais desenvolveram-se correntes teóricas distintas. 
Foram eles:
a) Émile Durkheim, Theodor Adorno e Max Weber.
b) Karl Marx, Max Weber e Karl Manheim.
c) Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim.
d) Émile Durkheim, Max Weber e Herbert Spencer.
e) Karl Marx, Émile Durkheim e Talcott Parsons.
02.03. (UNICESUMAR – PR) –
Trata-se, na sociedade capitalista, da “elaboração 
de um discurso homogêneo, pretensamente uni-
versal, que, buscando identificar a realidade social 
com o que as classes dominantes pensam sobre ela, 
oculta as contradições existentes e silencia outros 
discursos e representações contrárias”.
(TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio – volume 
único. 2a ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 179.)
O trecho acima corresponde à definição de:
a) Dominação.
b) Cultura. 
c) Ideologia.
d) Linguagem.
e) Poder.
02.04. (UNICESUMAR – PR) - Os conceitos que expressam 
a sociologia compreensiva de Max Weber são:
a) leis gerais, causalidade, normal e patológico, fatos sociais, 
consciência coletiva.
b) determinação, totalidade concreta, lutas de classes, 
dialética, história.
c) sentido, interpretação da ação social, tipo ideal, raciona-
lização, história.
d) fragmentação, formas e conteúdos sociais, interação, 
socialização.
e) definição da situação, papéis sociais, dramaturgia social, 
linguagem.
Aperfeiçoamento
02.05. (UNESP – SP) –
“À medida que se foi estendendo a influência 
da concepção de vida puritana – e isto, natural-
mente, é muito mais importante do que o simples 
fomento da acumulação de capital – ela favore-
ceu o desenvolvimento de uma vida econômica 
racional e burguesa. Era a sua mais importante, e, 
antes de mais nada, a sua única orientação consis-
tente, nisto tendo sido o berço do moderno “ho-
mem econômico”.
(Marx Weber, A Ética protestante e o espírito do capitalismo. 1967:125)
De acordo com o texto, Max Weber está apontando para 
o “desenvolvimento de uma vida econômica racional e 
burguesa” e o desenvolvimento do capitalismo a partir da 
influência da:
a) economia e sociedade.
b) ética protestante.
c) liderança carismática.
d) ética liberal.
e) teoria da ação social.
02.06. (UFFS – SC) – Podemos conceituar a Sociologia 
como a ciência que estuda as relações sociais e as formas 
de associação, considerando as interações que ocorrem na 
vida em sociedade. No entanto, só passou a ser considerada 
ciência quando um determinado autor passou a formular os 
primeiros conceitos e demonstrou que os fatos sociais têm 
características próprias. Qual foi esse autor?
a) Augusto Comte.
b) Karl Marx.
c) Émile Durkheim.
d) Max Weber.
e) Jean Jacques Rousseau.
Aula 2
17Sociologia 
02.07. A Sociologia corresponde a uma ciência da modernidade. Assinale as 
alternativas que estejam relacionadas ao surgimentodessa ciência social.
( ) O homem moderno sente a necessidade de compreender o mundo em que 
vive, dadas às transformações decorrentes da Revolução Industrial.
( ) A modernidade diz respeito, sobretudo, à forma como o homem se relaciona 
com a natureza. A evolução biológica faz com que o homem cada vez mais 
evolua seu pensamento. É por isso que as sociedades indígenas são mais 
atrasadas que as europeias.
( ) A Sociologia, em sua origem, esteve relacionada com o positivismo, que pro-
curou trazer os métodos científicos das ciências naturais para as ciências do 
homem.
( ) A Sociologia nasce de mãos dadas com a Psicologia. Émile Durkheim é o 
grande exemplo de sociólogo que pensa a sociedade a partir das relações 
individuais. Em sua obra principal, O Suicídio, ele argumenta que o egoísmo 
é o principal problema moderno.
a) V – V – F – F
b) V – F – F – F
c) F – F – V – V
d) V – F – V – F
e) F – V – V – V
02.08. (UPE – PE) – A Sociologia nasce no século XIX com o objetivo de combater 
a visão de mundo predominante nesse período, defendendo o estudo da ação 
coletiva e social. Assim, o objeto de estudo da Sociologia é definido como um 
conjunto de relacionamentos, que os homens estabelecem entre si, na vida em 
sociedade, num determinado contexto histórico. Na tirinha a seguir, percebe-se 
um objeto de estudo da Sociologia, que representa o modo de pensar, sentir e 
agir de um grupo social.
Assinale a alternativa que contém a principal característica desse objeto de estudo.
a) Igualdade 
b) Individualismo 
c) Liberdade 
d) Coerção 
e) Solidariedade
02.09. A Sociologia, para Durkheim, deveria ocupar-se do estudo das sociedades 
no intuito de:
a) conhecer a fundo o ser humano e suas diversas facetas perante a sua interação 
com o outro, priorizando sua individualidade.
b) Entender a fundo os processos sociais que formam a realidade social do Homem, 
atentando principalmente aos aspectos gerais, e não aos individuais.
c) Descobrir e tratar todos os males humanos que afligem a sociedade, tendo 
como objetivo a formação de uma raça humana perfeita.
d) A criação de uma seita científica, com o objetivo de construir o verdadeiro 
conhecimento em busca da perfeição humana.
02.10. Como Max Weber conceituou 
a ideia de “ação social”?
a) Uma ação social é toda ação to-
mada de forma coordenada e com 
outros sujeitos.
b) Uma ação social é toda ação voltada 
para a remediação de problemas 
sociais.
c) Uma ação social é toda ação que 
se configura em meio coletivo e 
sempre com um sentido político.
d) Uma ação social é qualquer ação 
realizada por um sujeito em um 
meio social que possua um sentido 
determinado por seu autor.
Aprofundamento
02.11. (UFU – MG) – 
Ao contrário de outros pen-
sadores sociológicos anteriores, 
Weber acreditava que a Socio-
logia deveria se concentrar na 
ação social e não nas estruturas 
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4.ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2005. p. 33. 
De acordo com esta assertiva, Weber 
considera que 
a) as ideias, os valores e as crenças 
têm o poder de ocasionar trans-
formações. 
b) o conflito de classes é o fator mais 
relevante para a mudança social. 
c) as estruturas existem externamen-
te ou independentemente dos 
indivíduos. 
d) os fatores econômicos são os mais 
importantes para as transformações 
sociais.
02.12. (UNICENTRO – PR) – Max 
Weber, um dos fundadores da Socio-
logia, tinha amplo conhecimento em 
muitas áreas afins a essa ciência, tais 
como economia, direito e filosofia. 
Assim, ao analisar o desenvolvimento 
do capitalismo moderno, buscou 
entender a natureza e as causas da 
mudança social. Em sua obra, existem 
dois conceitos fundamentais, ou seja,
a) cultura e tipo Ideal.
b) classe e proletariado.
c) anomia e solidariedade.
d) fato social e burocracia.
e) ação social e racionalidade.
18 Extensivo Semiextensivo
02.13. (UFU – MG) – 
A concepção da Sociologia de Durkheim se ba-
seia em uma teoria do fato social.
Seu objetivo é demonstrar que pode e deve 
existir uma Sociologia objetiva e científica, con-
forme o modelo das outras ciências, tendo por 
objeto o fato social.
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 
1995. p. 336.
Em vista do exposto, assinale a alternativa correta.
a) Durkheim demonstrou que o fato social está desconecta-
do dos padrões de comportamento culturais do indivíduo 
em sociedade, e portanto deve ser usado para explicar 
apenas alguns tipos de sociedade.
b) Segundo Durkheim, a primeira regra, e a mais funda-
mental, é considerar os fatos sociais como coisas para 
serem analisadas.
c) O estado normal da sociedade para Durkheim é o estado 
de anomia, quando todos os indivíduos exercem bem os 
fatos sociais.
d) A solidariedade orgânica, para Durkheim, possui pequena 
divisão do trabalho social, como pode ser demonstrada 
pela análise dos fatos sociais da sociedade.
02.14. (UEL – PR) – O positivismo foi uma das grandes 
correntes de pensamento social, destacando-se, entre seus 
principais teóricos, Augusto Comte e Émile Durkheim. Sobre 
a concepção de conhecimento científico, presente no posi-
tivismo do século XIX, é correto afirmar:
a) A busca de leis universais só pode ser empreendida no 
interior das ciências naturais, razão pela qual o conheci-
mento sobre o mundo dos homens não é científico.
b) Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem 
objeto do conhecimento científico, haja vista sua incom-
patibilidade com os princípios gerais de objetividade do 
conhecimento e a neutralidade científica.
c) Apreender a sociedade como um grande organismo, a 
exemplo do que fazia o materialismo histórico, é rejeitado 
como fonte de influência e orientação para as investiga-
ções empreendidas no âmbito das ciências sociais.
d) A ciência social tem como função organizar e racionalizar 
a vida coletiva, o que demanda a necessidade de entender 
suas regras de funcionamento e suas instituições forjadas 
historicamente.
e) O papel do cientista social é intervir na construção do 
objeto, aportando à compreensão da sociedade os valores 
por ele assimilados durante o processo de socialização 
obtido no seio familiar.
02.15. Para Durkheim, os pesquisadores que buscaram 
explicar as causas e o suicídio como casos isolados, não 
chegaram à causa geradora. Para ele, essa causa geradora 
é exterior aos próprios indivíduos. Os três tipos de suicídio 
que Durkheim se propõe a estudar são: o suicídio egoísta, o 
suicídio altruísta e o suicídio anômico.
O suicídio egoísta apresenta-se em indivíduos que:
a) se identificam excessivamente com a sociedade na qual 
estão inseridos e, por isso, afastam-se dela com o suicídio.
b) desenvolvem um estado de desregramento social, de-
corrente do fato de suas atividades estarem desregradas.
c) por se relacionarem com uma instituição religiosa, ape-
gam-se a sua consciência religiosa e acreditam que esse 
ato os aproximará da religião.
d) se desvinculam de seus grupos sociais, não veem mais 
razão de ser na vida.
02.16. (UNIOESTE – PR) – “Solidariedade orgânica” e “solidarie-
dade mecânica” são conceitos propostos pelo sociólogo francês 
Émile Durkheim (1858-1917) para explicar a ‘coesão social’ em 
diferentes tipos de sociedade. De acordo com as teses desse 
estudioso, nas sociedades ocidentais modernas, prevalece a 
‘solidariedade orgânica’, onde os indivíduos se percebem diferen-
tes embora dependentes uns dos outros. A lógica do mercado 
capitalista, entretanto, baseada na competição individualista em 
busca do lucro, pode corromper os vínculos de solidariedade que 
asseguram a coesão social e conduzir a uma situação de ‘anomia’.
De acordo com os postulados de Durkheim, é CORRETO dizer 
que o conceito de “anomia” indica :
a) uma situação na qual aqueles indivíduos portadores de 
um senso moral superior devem se colocar como líderes 
dos grupos dos quais fazem parte.
b) a condição na qual os indivíduos não se identificam como 
membros de um grupo que compartilha as mesmas 
regras e normas e têm dificuldadespara distinguir, por 
exemplo, o certo do errado e o justo do injusto.
c) a necessidade de todos demonstrarem solidariedade com 
os mais necessitados.
d) a solidariedade que as pessoas demonstram quando 
entoam cantos nacionalistas e patrióticos em manifestações 
públicas como os jogos das seleções nacionais de futebol.
02.17. (UEGO) – O objeto de estudo da Sociologia, para 
Durkheim, é o fato social, que deve ser tratado como “coisa” 
e o sociólogo deve afastar suas prenoções e preconceitos. A 
construção durkheimiana do objeto de estudo da Sociologia 
pode ser considerada:
a) kantiana, pois trata da “coisa em si” e realiza a coisificação 
da realidade.
b) dialética, pois reconhece a existência de uma realidade 
exterior ao pesquisador.
c) positivista, pois se fundamenta na busca de objetividade 
e neutralidade.
d) nietzschiana, pois coloca a “vontade de poder” como 
fundamento para a pesquisa.
e) weberiana, pois aborda a ação social racional atribuída 
por um sujeito.
Aula 2
19Sociologia 
02.18. (UEM – PR) – Sobre a Sociologia compreensiva de 
Max Weber, assinale o que for correto.
01) Segundo essa perspectiva sociológica, a ordem social 
impõe-se aos indivíduos como força exterior e coer-
citiva, submetendo, assim, as vontades desses indiví-
duos aos padrões sociais estabelecidos.
02) A ação social é entendida como um comportamento 
dotado de sentido subjetivamente visado e orientado 
para o comportamento de outros atores.
04) O sociólogo tem como tarefa fundamental a identifi-
cação e a compreensão causal dos sentidos e das mo-
tivações que orientam os indivíduos em suas ações 
sociais.
08) O que garante a cientificidade da análise sociológica é 
o recurso à objetividade pura dos fatos.
16) As instituições sociais são definidas como resultados 
de relações sociais estáveis e duráveis, passíveis de se-
rem alteradas a partir de transformações nos sentidos 
atribuídos pelos indivíduos às suas ações.
02.19. (UEL – PR) – Leia o texto a seguir. 
Sentir-se muito angustiado com a ideia de per-
der seu celular ou de ser incapaz de ficar sem ele 
por mais de um dia é a origem da chamada “no-
mofobia”, contração de no mobile phobia, doen-
ça que afeta principalmente os viciados em redes 
sociais que não suportam ficar desconectados. 
Uma parte da população acha que, se não estiver 
conectada, perde alguma coisa. E se perdemos al-
guma coisa, ou se não podemos responder ime-
diatamente, desenvolvemos formas de ansiedade 
ou nervosismo. (Adaptado de: O medo de não ter 
o celular à disposição cria nova fobia.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre socialização e 
instituições sociais, na perspectiva funcionalista de Durkheim, 
assinale a alternativa correta. 
a) A nomofobia reduz a possibilidade de anomia social na 
medida em que aproxima o contato em tempo real dos 
indivíduos, fortalecendo a integração com a vida social. 
b) As interações sociais via tecnologias digitais são uma 
forma de solidariedade mecânica, pois os indivíduos 
uniformizam seus comportamentos. 
c) O que faz de uma rede social virtual uma instituição é o 
fato de exercer um poder coercitivo e ao mesmo tempo 
desejável sobre os indivíduos. 
d) O uso de interações sociais por recursos tecnológicos 
constitui um elemento moral a ser compreendido como 
fato social. 
e) Para a nomofobia ser considerada um fato social, faz-se 
necessário que esteja presente em uma diversidade de 
grupos sociais.
02.20. De acordo com seus estudos sobre os teóricos das 
Ciências Sociais, responda às questões a seguir.
a) O que é “fato social”, segundo o sociólogo Émile Dur-
kheim?
b) Quais são as três características de um “fato social”?
c) Segundo a definição de Émile Durkheim, cite um exemplo 
de um fato social.
d) Cite a principal diferença entre “fato social” de Émile Dur-
kheim e “ação social” de Max Weber.
20 Extensivo Semiextensivo
02.21. (UFU – MG) – 
Em seu estudo sobre o suicídio, Émile Durkheim procurou chamar a atenção para a dimensão socio-
lógica deste fato. Assim, “considerando que o suicídio é um ato da pessoa e que só a ela atinge, tudo indica 
que deva depender exclusivamente de fatores individuais e que sua explicação, por conseguinte, caiba tão 
somente à psicologia. De fato, não é pelo temperamento do suicida, por seu caráter, por seus antecedentes, 
pelos fatores de sua história privada que em geral se explica a sua decisão.[...]”. E complementa: “o 
suicídio varia na razão inversa do grau de integração dos grupos sociais de que faz parte o indivíduo.”
(O Suicídio. Estudo de sociologia. São Paulo:Martins Fontes, 2000.).
a) Explique os tipos de suicídio definidos por Durkheim.
b) Discorra a respeito da relação estabelecida por Durkheim entre os tipos de suicídio e os tipos de solidariedade por ele 
definidos.
 
Aula 2
21Sociologia 
02.01. b
02.02. c
02.03. c
02.04. c
02.05. b
02.06. c
02.07. d
02.08. d
02.09. b
02.10. d
02.11. a
02.12. e
02.13. b
02.14. d
02.15. d
02.16. b
02.17. c
02.18. 22 (02 + 04 + 16)
02.19. d
02.20. a) Segundo Durkheim, os fatos sociais 
são maneiras coletivas de agir e de 
pensar.
b) As características dos fatos sociais 
são: educação, coercitividade e gene-
ralidade.
c) Um fato social pode ser o modo de 
vestir, o modo de cortar o cabelo, 
a língua, a moeda, a religião entre 
outros.
d) Para Émile Durkheim, o fato social era 
exterior ao indivíduo e a ação social 
para Max Weber era interior ao indiví-
duo.
02.21. a) Como citado no fragmento retirado 
do livro do próprio Durkheim – O Sui-
cídio – sua preocupação sociológica 
ao estudar este ato que, a princípio 
possa ter uma conotação individual 
de estrito estudo da área da Psico-
logia, fora de identificar/observar o 
nexo social do suicida com a própria 
sociedade, confirmando, assim, sua 
teoria de que o suicídio seria um fato 
social por excelência por carregar 
as características de generalidade, 
exterioridade e coercitividade. Assim 
o autor estabelece três tipos de sui-
cídio:
• Suicídio altruísta – neste tipo de 
suicídio o indivíduo tira sua própria 
vida por se identificar sobremaneira 
com os interesses da coletividade.
• Suicídio egoísta – neste tipo de 
suicídio o indivíduo tira sua própria 
vida, pois os laços e normas sociais 
perdem sentido para ele, uma vez 
que, estamos inserido sem um 
contexto de uma alta nas cons-
ciências individuais. 
• Suicídio anômico – neste tipo de 
suicídio o indivíduo tira sua própria 
vida, pois a sociedade está enfren-
tando uma conjuntura de crise ou 
ruptura do equilíbrio social. Dur-
kheim ainda cita um quarto tipo 
de suicídio, o fatalista, porém ele 
não chegou a desenvolver uma 
teoria explicativa para tal que o 
pudesse comprovar por meio de 
seus métodos científicos.
b) Em relação aos tipos de suicídios e 
os tipos de solidariedade definidos 
por Durkheim, pode-se considerar 
que o Suicídio altruísta – é mais co-
mum em sociedades que possuem 
a chamada solidariedade mecânica, 
devido à forte consciência coletiva. 
Por conta disso, até no momento de 
se matar, o indivíduo o faz pensando 
no meio social. Desse modo, esse 
tipo de suicídio revela a forte inte-
gração entre o indivíduo e o grupo 
social. Quanto ao suicídio egoísta, 
ele é característico de sociedades 
em que a consciência individual já 
ocupa algum espaço, em função da 
diminuição da consciência coletiva, 
por isso, em casos de solidariedade 
orgânica. Nesse sentido, pode-se 
afirmar que o ato suicida se explica 
não por uma demasiada integração 
social, mas exatamente pela inter-
mitência das relações sociais, ou seja, 
pelo enfraquecimento da integração 
social. No caso do suicídio anômico, 
pode-se perceber uma similaridade 
entre esse tipo e o egoísta, segundo 
Durkheim, ou seja, ambos são mais 
comuns em sociedades de solida-
riedade orgânica. Porém, para dife-
renciá-los sempre teremos que usar 
o critério: aquele que é realizado em 
períodos equilibrados do ponto de 
vista social/moral deverá ser denomi-
nado egoísta,e aquele que decorrer 
da perturbação da ordem coletiva 
caracterizada por circunstâncias nas 
quais as regras perdem sua validade 
e gera o enfraquecimento dos laços 
sociais, será chamado anômico. Por-
tanto, enquanto o suicídio altruísta 
se explica pela integração excessiva 
do indivíduo e a sociedade, os tipos 
egoísta e anômico possuem explica-
ção exatamente no contrário, ou seja, 
na falta de integração social.
Gabarito
22 Extensivo Semiextensivo
Sociologia
Aula 3
Fundamentos 
do pensamento sociológico II
Pensamento 
de Karl Marx
Karl Marx (1818-1883) nasceu em Trier, na Prússia. 
Seus pais eram judeus convertidos ao luteranismo 
(religião na qual Marx foi batizado aos 6 anos de idade, 
embora mais tarde tenha se tornado ateu). Cursou Direito 
e Filosofia nas Universidades de Boon e Berlim, onde 
estudou Hegel, cuja obra foi o “ponto de partida” do pen-
samento marxista: primeiramente um “jovem hegeliano”, 
ele viria posteriormente a rejeitar e criticar a filosofia que 
considerou ser uma idealização da elite política.
Devido a perseguições do governo da Prússia, em 
1843 Marx se mudou para Paris, onde veio a conhecer 
Friedrich Engels, um filósofo e industrial alemão que se 
tornou seu amigo e financiou boa parte de suas obras. 
Marx continuou sendo perseguido na França e, depois 
de uma temporada na Bélgica, fixou residência em Lon-
dres. Com Engels, Marx escreveu em 1847 “O Manifesto 
Comunista”, publicado em 1848. 
“O Manifesto Comunista” é um tratado político 
que faz uma análise: dos modos como se manifestou, 
historicamente, a opressão social; das mudanças tra-
zidas pelas revoluções burguesas, que instauraram 
no poder a burguesia, a nova classe opressora; e das 
consequências da industrialização, que transformou 
o trabalhador em “coisa”. O Manifesto é, além de uma 
crítica ao modo capitalista de produção, que reorga-
nizou as sociedades, um chamado à luta pela defesa 
dos direitos da classe trabalhadora – o proletariado. 
Marx transitou da Filosofia à Economia e o alcance e 
influência de suas teorias são até hoje objeto de estudos 
e controvérsias, muitas resultantes da incompreensão ou 
simplificação reducionista de seus textos. Como ponto 
de partida, é importante ter em mente que Marx rejeitou 
o idealismo burguês, que para ele contrastava com as 
realidades da vida e constituía uma forma de “declinação”. 
Marx escreveu para vários jornais durante a vida, inclusive 
o New York Daily Tribune. Sua obra magna foi “O Capital”, 
dividida em 3 volumes que até hoje serve de base para a 
compreensão da relação entre trabalho e capital.
 Karl Marx
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Socialismo Científico 
Ou marxismo, é o nome dado ao conjunto de ideias, 
elaboradas por Karl Marx e Friedrich Engels, que fornece-
ram a base teórica para se alcançar o que eles consideraram 
ser uma forma mais elevada de organização da sociedade: 
o socialismo. O estudo do marxismo é normalmente 
dividido em três áreas, ou componentes do marxismo, que 
dizem respeito aos campos do conhecimento da filosofia 
(materialismo dialético), história social (materialismo 
histórico) e economia (economia marxista). Essa aula 
fornece uma brevíssima introdução ao marxismo – que é 
uma ciência com sua própria terminologia, fundamentada 
na filosofia do materialismo dialético.
Materialismo dialético
É a filosofia do marxismo e o método sobre o qual 
se fundamenta. Quer saibamos ou não, consciente ou 
inconscientemente, todos têm uma filosofia – uma 
maneira de olhar o mundo. 
Aula 3
23Sociologia 
Para Marx, a classe dominante impõe a filosofia do-
minante, ou seja, o “modo de pensar o mundo” que pre-
domina e é visto como o “correto” ou “natural” é aquele 
que é transmitido a todos os membros da sociedade por 
aqueles que detém o poder – através da imprensa, das 
escolas e universidades, enfim de todas as estruturas 
sociais. Para ele, a manutenção do sistema capitalista 
só é possível porque a classe dominante impõe sua 
filosofia – com sua moralidade, conservadorismo, defesa 
de interesses de poucos como se representassem os da 
sociedade. Filosoficamente, o Idealismo burguês susten-
ta o sistema capitalista, pois apregoa a permanência de 
um Ideal absoluto que precede e rege o mundo material 
e considera as coisas como fixas e imóveis; como um 
complexo de coisas prontas, cuja existência é anterior (a 
priori) e superior ao homem. 
Por outro lado, o materialismo dialético afirma que 
nada é permanente, todas as coisas perecem no tempo 
e a matéria precede a consciência que se tem dela, 
não o inverso: a mente exige um corpo material – os 
materialistas não concebem uma consciência separada 
do cérebro vivo. Para Marx “não é a consciência que 
determina a existência, é a existência que determina 
a consciência”.
Atenção!
Os termos “materialismo” e “idealismo” não devem 
ser compreendidos aqui como em seu uso cotidiano: 
não se deve compreender materialismo no sentido 
de apego ou cobiça material; nem idealismo no sen-
tido de ideais elevados ou virtudes.
Logo, o materialismo filosófico é uma perspectiva 
segundo a qual as ideias são simplesmente um reflexo 
do mundo material. Segundo Engels “todas as ideias 
são tiradas da experiência, são reflexos – verdadeiros ou 
distorcidos – da realidade”. É importante ressaltar que os 
materialistas não negam a existência da mente ou dos pro-
cessos mentais, como consciência, pensamento, vontade, 
apenas negam que a mente e seus processos existam como 
entes distintos. 
Além de materialista, a visão marxista do mundo é 
dialética. Segundo Engels, a dialética “é a ciência das 
leis gerais do movimento e do desenvolvimento da 
natureza, da sociedade e do pensamento humanos”. 
Resumidamente, o materialismo dialético busca 
explicar as leis da evolução e da mudança, vendo o mundo 
não como um Ideal estático, mas como um complexo de 
processos contínuos, que passam por transformações inin-
terruptas de vir à existência e desaparecer. Por isso, Marx 
destaca que há a necessidade de considerarmos a realida-
de socioeconômica de determinada época como um todo 
articulado, na qual aparecem contradições diversas. 
Materialismo histórico
É o método marxista de análise da história, segundo 
o qual, em última instância, toda mudança social pode 
ser explicada em função das mudanças no modo de 
produção. É “materialista” porque considera as condi-
ções materiais de desenvolvimento dos seres humanos 
através da história. 
Marx afirmava que a estrutura econômica da so-
ciedade, constituída de suas relações de produção, é a 
verdadeira base da sociedade, o alicerce sobre o qual 
se ergue a superestrutura jurídica e política e ao qual 
correspondem formas definidas de consciência social. 
Já as relações de produção da sociedade correspondem 
a uma determinada fase do desenvolvimento das suas 
forças produtivas materiais; dessa maneira, “o modo de 
produção da vida material condiciona o processo de 
vida social, política e espiritual em geral”. 
Para Marx, nenhuma atividade humana tem 
existência independente: toda experiência consciente 
é condicionada pelas condições histórico-sociais nas 
quais todo ser humano se desenvolve, dentro de uma 
realidade concreta:
“Os homens fazem a sua própria história, mas 
não a fazem segundo a sua livre vontade, em cir-
cunstâncias escolhidas por eles próprios, mas nas 
circunstâncias imediatamente encontradas, dadas 
e transmitidas pelo passado. A tradição de todas 
as gerações mortas pesa sobre o cérebro dos vivos 
como um pesadelo. E mesmo quando estes pare-
cem ocupados a revolucionar-se, a si e às coisas, 
mesmo a criar algo de ainda não existente, é pre-
cisamente nessas épocas de crise revolucionária 
que esconjuram temerosamente em seu auxílio o 
espírito do passado.”
Karl Marx. O 18 Brumário de Luís Napoleão.
Resumidamente:
 • O fator determinante da história é como os homens 
organizam a sua produção, as relações de produção. 
 • O nível de desenvolvimento das forças produtivas

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