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Texto 3E - Desemprego e subemprego, Brasil - junho 2019

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https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/07/31/desemprego-fica-em-12percent-em-junho.ghtml 
Documento publicado em 31/07/2019 
 
Desemprego cai para 12% em junho (2019); trabalho 
com carteira assinada tem 1ª alta expressiva em 
cinco anos 
Mas população subocupada (que gostaria de trabalhar mais horas) bateu 
recorde, atingindo 7,4 milhões de pessoas. 
 
Por Daniel Silveira e Laura Naime 
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12% no trimestre encerrado em junho, 
atingindo 12,8 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira 
(31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
É a terceira queda na comparação com o mês anterior, e representa recuo também 
em relação ao primeiro trimestre do ano, quando ficou em 12,7%, e em relação ao 
mesmo período de 2018, quando a taxa foi de 12,4%. 
 
Evolução da taxa de desemprego 
Índice no trimestre móvel, em % 
 
 
Segundo o IBGE, o número total de desempregados (12,8 milhões) representa uma 
queda de 4,6% em relação ao primeiro trimestre do ano. Na comparação com o 
mês anterior, quando o número total de desempregados atingiu 12,984 milhões, 
também houve queda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução do número de desempregados 
Em número de desocupados no trimestre móvel 
 
 
População ocupada cresce 
A população ocupada cresceu, e atingiu 93,3 milhões de pessoas – alta de 1,6% 
frente ao trimestre anterior, e de 2,6% ante o mesmo período de 2018. 
De acordo com o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, a indústria foi a principal 
responsável pelo aumento na ocupação. Na comparação com março, aumentou em 
2,7% o número de trabalhadores neste segmento. Em relação a junho do ano 
passado, a alta foi de 1%. 
“Parte expressiva da carteira de trabalho assinada está na indústria, que é um dos 
setores mais organizados e com maior nível de formalização”, destacou o 
pesquisador. 
O gerente da pesquisa chamou de “inédito” o aumento de 2,6% da população 
ocupada na comparação com o primeiro trimestre. 
“É um movimento bastante expressivo. Para se ter ideia, o crescimento da 
população foi de apenas 1%. Este é um movimento inédito e mostra que o mercado 
de trabalho está com força na geração de postos de trabalho”, disse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocupação no Brasil por posição 
Em milhões de pessoas 
 
 
 
Carteira assinada tem primeira alta expressiva em cinco anos 
Azeredo destacou, também, o aumento da carteira de trabalho assinada. “Essa foi a 
primeira vez nos últimos cinco anos que ela subiu de forma expressiva na 
comparação trimestral”. 
“Esse crescimento não se deu de forma espalhada pelo país, mas concentrado 
principalmente em São Paulo e, também, em Minas Gerais”, adiantou. Os dados 
regionalizados do mercado de trabalho serão divulgados pelo IBGE no dia 15 de 
agosto. 
Azeredo ressaltou ser positivo que São Paulo se destaque na geração de empregos. 
“São Paulo funciona como efeito farol, indicando o que a gente vai ver lá na frente”. 
Questionado se os dados apontam para uma virada na crise do mercado de 
trabalho brasileiro, Azeredo se mostrou cauteloso, mas otimista. 
“Eu acredito que a gente deu um primeiro passo importante [para a recuperação]. 
Depois de 5 anos, a carteira de trabalho volta a subir e eu destaco que ela, 
principalmente para a população de baixa renda, vira um passaporte para crédito, 
um documento de cidadania”, enfatizou. 
Ao ser perguntado o que falta para o mercado de trabalho efetivamente apresentar 
uma virada, com caminho consistente de recuperação, Azeredo afirmou que não 
basta o crescimento da população ocupada, mas a melhoria dos postos de trabalho 
em si 
“Você tem ainda um contingente bastante expressivo de população subutilizada. 
São 28 milhões de pessoas, ou seja, um quarto da população da força de trabalho 
no Brasil está subutilizada. falar em virada com a subutilização nesse patamar de 
recorde é minimizar o problema que a gente tem no Brasil hoje”, enfatizou. 
Falta trabalho para 28,4 milhões 
O Brasil encerrou o semestre com uma taxa de subutilização da força de trabalho 
em 24,8%. Isso significa que falta trabalho para 28,4 milhões de brasileiros – um 
leve recuo frente à taxa de 25% registrada no trimestre encerrado em maio. Na 
comparação com junho do ano passado, no entanto, essa população aumentou em 
3,4%, o que corresponde a 923 mil trabalhadores subutilizados a mais. 
São considerados subutilizados os trabalhadores que estão desempregados, os que 
trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais, os que 
não estão desempregados, mas não poderiam aceitar uma vaga no mercado, e 
aqueles que desistiram de procurar por emprego, chamados de desalentados. 
 
 
 
Taxa composta de subutilização - segundo trimestre de cada ano 
Percentual de trabalhadores que estão desempregados, trabalhando menos de 40 horas 
semanais, ou desistiram de procurar emprego. 
 
 
População subocupada é recorde 
A população subocupada, no entanto, bateu recorde, segundo o IBGE: 7,4 milhões 
de pessoas trabalhavam menos de 40 horas por semana, mas gostariam de 
trabalhar mais. Em janeiro, eram 6,8 milhões nessa situação. 
Crescimento de trabalhadores domésticos 
O número de trabalhadores domésticos cresceu em 146 mil do primeiro para o 
segundo trimestre, alcançando 6,254 milhões de pessoas – 1,779 milhão delas sem 
carteira assinada. Segundo Azeredo, esse aumento está relacionado a um efeito 
sazonal, já que comparado com um trimestre de férias, quando tende haver menor 
demanda pelos serviços domésticos. 
"Você tem que considerar que a desocupação ainda é muito grande e que o 
trabalho doméstico é a saída para muita gente, sobretudo para as mulheres. Além 
disso, observamos aumento de trabalhadores no mercado, inclusive com carteira 
assinada, o que pode ter aumentado a demanda por estes serviços". 
8,3 milhões poderiam trabalhar, mas não trabalham 
Segundo o IBGE, 8,3 milhões de pessoas poderiam trabalhar, mas não trabalham 
(força de trabalho potencial): o grupo inclui 4,9 milhões de desalentados (que 
desistiram de procurar emprego; em janeiro eram 4,7 milhões) e outras 3,4 
milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por 
algum motivo, como os que deixam o emprego para cuidar os filhos. 
Os dados mostram que o percentual de pessoas desalentadas em relação à força de 
trabalho ficou em 4,4% – repetindo o recorde da série histórica. Com isso, são 4,9 
milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego. 
 
Trabalho por conta própria também é recorde 
Os dados mostram que o trabalho por conta própria também bateu o recorde da 
série histórica do IBGE, iniciada em 2012: no trimestre encerrado em junho, 24,1 
milhões de pessoas estavam nessa situação. 
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada, excluídos os 
trabalhadores domésticos, cresceu 0,9% na comparação com o trimestre encerrado 
em março e 1,4% em relação a junho do ano passado – respectivamente, 294 mil e 
450 mil. 
Porém, o número de trabalhadores sem carteira assinada, também excluídos os 
domésticos, subiu mais e chegou a 11,5 milhões – a alta foi de 3,4% em relação a 
março e de 5,2% na comparação com junho de 2018, o que corresponde a um 
contingente, respectivamente, de 376 mil e 565 mil pessoas. 
Rendimento médio em queda 
De acordo com a pesquisa, o rendimento médio real caiu 1,3% na comparação com 
o trimestre anterior, chegando a R$ 2.290 em junho – em janeiro, ele era de R$ 
2.321. Segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, essa queda se deve, 
sobretudo, ao aumento da informalidade, cuja remuneração tende a ser mais baixa. 
“Isso não significa que o salário caiu, mas que tem mais gente ganhando menos. 
Você tem agora um movimentode crescimento do trabalho informal, o que puxa 
para baixo o rendimento médio. Em momentos de crise, quando há por exemplo 
dispensa muito grande dos canteiros de obra, você tem a falsa de impressão de que 
a renda aumentou, mas é porque se tirou do mercado aqueles trabalhadores com 
salários mais baixos”, explicou o pesquisador. 
Azeredo ressaltou que isso é comprovado quando se analisa a massa de rendimento real 
(o total de rendimentos pagos no país), que chegou a R$ 208,4 bilhões em junho, o que 
corresponde a uma estabilidade em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com 
junho do ano passado, houve alta de 2,4%, o que representa um acréscimo de R$ 4,8 
bilhões. 
 
 
 
 
	Desemprego cai para 12% em junho (2019); trabalho com carteira assinada tem 1ª alta expressiva em cinco anos
	Mas população subocupada (que gostaria de trabalhar mais horas) bateu recorde, atingindo 7,4 milhões de pessoas.
	População ocupada cresce
	Carteira assinada tem primeira alta expressiva em cinco anos
	Falta trabalho para 28,4 milhões
	População subocupada é recorde
	Crescimento de trabalhadores domésticos
	8,3 milhões poderiam trabalhar, mas não trabalham
	Trabalho por conta própria também é recorde
	Rendimento médio em queda

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