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FACULDADE UNINASSAU – LAURO DE FREITAS CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO MARIA ALBERTINA GONÇALVES DOS SANTOS PROCESSO DE ADOÇÃO Lauro de Freitas 2019 MARIA ALBERTINA GONÇALVES DOS SANTOS PROCESSO DE ADOÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso que será apresentado na banca examinadora como requisito final do curso de Direito da Faculdade UNINASSAU campus Lauro de Freitas para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientador (a): Profa. Olivia Quesado Lauro de Freitas 2019 3 RESUMO O presente trabalho versa sobre adoção em seus aspectos legais e sociais, demonstrando sua aplicabilidade na sua figura correta, suas etapas e melhorias durante os anos. A adoção no Direito Civil se encontra dentro do Direito de Família e pode ser vista como filiação civil, seguindo o que estabelece o Código Civil e ECA (Estatuto da criança e do adolescente). É ato jurídico solene pelo qual se estabelece um vínculo de paternidade e filiação entre o(s) adotante(s) e adotado, independentemente de qualquer relação natural ou biológica de ambos. Para uma boa explanação do tema, se fez necessário uma ampla pesquisa a respeito do posicionamento adotado pelos estatutos, doutrinadores e julgadores. Com isso, foi possível identificar a grande problemática presente no tema, bem como os lados positivos que geram a se concluir uma adoção. A adoção é prevista na lei 12.010/09 que trouxe modificações profundas em seus diversos campos para firmar regras que independente do indivíduo que quer adotar, visto se cumprir seus requisitos, e que prevaleça o que a lei impõe. Palavras-chave: Adoção. Direito de Família. Paternidade e Filiação. 1. INTRODUÇÃO A abordagem será sobre Processo de Adoção no Brasil, regras básicas de acordo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cujos artigos preveem o procedimento de adoção, e para que possamos entender melhor é preciso analisar, o instituto de adoção. Com a nova Lei 12.010/2009 que trouxe as inovações, o legislador busca incentivar e agilizar o procedimento de adoção, tornando-o menos burocrático para todos os envolvidos, seja quem pretende adotar ou quem deseja entregar seu filho ou filha à adoção. No Brasil, a adoção de criança e do adolescente é cada vez mais polêmica, pois a maioria dos adotantes em todo o país que pretende adotar, a criança tem que ter o perfil de 0 a 6 anos. Com isso o número de criança com a idade de 6 a 12 e adolescentes torna-se maior devido à baixa procura. Justifica-se o tema explorar a legislação brasileira referente ao Instituto de Adoção, dispor sobre a Legitimidade Adotiva, trazer a evolução histórica do Instituto de Adoção através dos séculos e da evolução do Instituto da Adoção, bem como das penalidades impostas pela lei quando houver crime contra o estado de filiação. A definição expressa bem que a adoção é um ato pelo qual uma pessoa passa a considerar como seu, o filho de outra pessoa. De acordo com o pensamento de Clóvis Bevilacqua (1916), eminente jurista brasileiro, criador do Código Civil de 1916, no seu livro "Em defesa do Projeto de Código Civil", escreveu: 4 "... o instituto da adoção, tinha uma alta função social a desempenhar como instituição de beneficência destinada a satisfazer e desenvolver sentimentos afetivos do mais doce matiz, dando filhos a quem não teve a ventura de gerá- los, e desvelo paternais a quem privado deles pela natureza estaria talvez condenado, sem ela a descer pela escada da miséria, e ao abismo dos vícios e dos crimes”. (Bevilacqua, 1916). E quando o projeto entrou em vigor no Código Civil 1916 o autor confirma: "O que é preciso porém salientar é a ação benéfica social e individualmente falando, que a adoção pode exercer na sua fase atual. Dando filhos a quem não os tem por natureza, desenvolve sentimentos afetivos do mais puro quilate e aumenta na sociedade o capital de afeto e de bondade necessário ao seu aperfeiçoamento moral". A adoção é um processo que prioriza o bem-estar das crianças e dos adolescentes que estão em situação de adoção. Vai além dos interesses dos adultos envolvidos. Diante disso, a infância e a juventude representam o futuro da sociedade, fazendo parte do atual contexto social, mostrando assim, inúmeros problema decorrente dos requisitos preenchidos dos adotantes. Considerando os problemas que incidem a adoção pergunta-se: Com a implantação do processo de adoção como fica os nossos jovens quando atingirem a maior idade? Por que quanto mais velha a criança mais difícil de conseguir lhe um lar? E apesar de priorizar o bem-estar das crianças por que o processo de disponibilização da criança é tão demorado? Para responder estas questões o tema requer como objetivo geral mostrar seus conceitos e finalidades no novo processo de adoção, compreender como a adoção será benéfica tanto para o adotando como também para o adotante, verificando os requisitos mínimos para o deferimento da adoção, uma vez atendidos a serem alcançados. Quanto aos objetivos específicos: esclarecer o que é necessário para se conceder a adoção; definir os efeitos pessoais e patrimoniais da adoção; apresentar a situação de crianças na faixa etária de sete anos para cima apresentam menor chance de ter uma família; demonstrar se há morosidade nos processos da Vara da Infância e Juventude. Demonstrar a implantação do novo processo de adoção como fica os nossos jovens quando atingirem a maior idade Por isso, a nova Lei 2.010/02 com suas inovações trouxe um novo dispositivo para a tentativa de finalizar a burocracia no procedimento de adoção, Parte da hipótese que o instituto da criança e do adolescente vive num sistema infrutífero, mesmo com a implantação desse instituto ainda existe uma grande demora na 5 aplicação do caráter retributivo da adoção para dar a uma criança ou adolescente uma família. Portanto, vale ressaltar, que as mudanças significativas no âmbito de direito de família foi o progresso de ter a igualdade entre os filhos não havendo a discriminação entre o filho adotado e o filho biológico, tendo assim os direitos igualados aos demais passando a ter a filiação. Sobretudo, porque a Nova lei de Adoção estipulou novos procedimentos para melhorias do processo de ação, visando que o Estatuto da Criança e Adolescente- ECA, sustenta como princípio da proteção integral à criança e ao adolescente. Dessa forma, para confirmar as noções aqui expostas sobre adoção brasileira, e mostrar a evolução do direito de família, foi necessário utilizar o método de pesquisa qualitativa e bibliografia sobre os dados retirados Conselho Nacional de Justiça-CNJ, no ECA, na nova lei de adoção, na norma infraconstitucional, além de autores conhecedores do tema aqui relatado. O método foi uma abordagem qualitativa e documental e por intermédio de fontes bibliográficas, jurisprudenciais e das atualizações legislativas, buscou-se analisar de modo geral as inovações legais sobre o instituto da adoção, dentre elas a recente Lei nº 13.509/2017. Portanto, vale ressaltar, que é relevante explanar em se tratando de adoção, que o sistema brasileiro apresenta um dos ordenamentos mais completos. Adotar é possível desde o Império. Em 1916, com o primeiro Código Civil brasileiro, os artifícios para o processo foram organizados. A frente, a Constituição Federal de 1988 trouxe diversos avanços aos direitos dos adotados e adotantes, como por exemplo: a não distinção entre filhos biológicos ou adotados (BRASIL, 1988). 6 2. BREVE HISTÓRICO DA ADOÇÃO Antes do Código Civil Brasileiro 2002, a adoção era regidapelo direito romano, como subsidiário do pátrio BEVILACQUA (1923) diz que: "a adoção antes do Código Civil, encontrava em nossas leis simples referências mantendo o instituto; não lhe davam organização completa. Os autores corriam ao direito romano para preencher as lacunas do direito pátrio. Criando a adoção a condição de filho não podia ser revogada por testamento. Além disso a adoção não era um ato puramente particular, nela intervinha a autoridade pública para completar pela confirmação do juiz como determinava a lei de 22 de setembro de 1828, art. 1.º". Como também LEME (1963) diz que: "no direito anterior, deviam as cartas de legitimação e de adoção ser homologadas judicialmente. A "Ord", Livro I, Título III, n.º 1, dava essas atribuições aos Desembargadores do Paço; mas a lei de 22 de setembro de 1828, extinguindo os Tribunais dos Desembargadores do Paço, e da Consciência e Ordens, passou essas atribuições para os juízes de primeira instância, como se vê no parágrafo 1.º "verbis": "Aos juízes de primeira instância, procedendo as necessárias informações, audiência dos interessados havendo-os conforme o disposto no Regimento dos Des. do Paço, e mais leis existentes com recurso para a relação do Distrito, compete: conceder cartas de Legitimação a filhos legítimos e confirmar as adoções". O Brasil teve introduzida a adoção através das Ordenações Filipinas e da promulgação em 1828 de uma lei que tratava do assunto com características do direito português. O processo para a adoção era judicializado, devendo ser realizada audiência para a expedição da carta de recebimento do filho. Assim Gonçalves aponta que: “No Brasil, o direito pré-codificado, embora não tivesse sistematizado o instituto da adoção, fazia-lhe, no entanto, especialmente as Ordenações Filipinas, numerosas referências, permitindo, assim, a sua utilização. A falta de regulamentação obrigava, porém os juízes a suprir a lacuna com o direito romano, interpretado e modificado pelo uso moderno” (2012, p. 379). Porque não havia um ordenamento específico, de modo que se fazia uma junção de normas, buscando-se um referencial possível de ser utilizado. Assim como, o Decreto n.º 181 de 1890 que instituiu o casamento civil no ordenamento brasileiro, dando ensejo ao Livro do Direito de Família no Código Civil de 1916, o qual passou a disciplinar sistematicamente acerca da adoção, porém não havia, por parte do legislador, uma preocupação relativa aos interesses do adotando, preconizando-se a conveniência ao adotante. 7 Outros dispositivos que tratavam do instituto foram surgindo ao longo do tempo, a Lei n.º 3.133/57 onde houve uma alteração na redação de alguns dos artigos 368 a 379 do Código 1916 trouxe menor rigidez aos requisitos para a adoção quando diminuiu a idade do adotante para 30 anos e também exigido que ficasse comprovada a estabilidade conjugal por no mínimo 5 anos. Já em 1965 a Lei n.º 4.655 introduziu a denominação da legitimação adotiva, pela qual era possível a adoção de menores até sete anos de idade que tivessem destituído o pátrio poder dos seus pais biológicos e que mantivessem uma relação com os pais adotivos por pelo menos 03 anos, considerado como período de adaptação. Sobre a Legitimidade adotiva e adoção Chaves (1966) comenta: "a legitimidade adotiva é a forma mais avançada de integração de crianças abandonadas ou expostas, em lares substitutos. Somente a legitimação adotiva veio resolver o problema dos menores abandonados, que não podiam ser incorporados definitivamente como filhos pela família que os desejasse adotar, a não ser pelo meio fraudulento e criminoso de fazer declarar como filhos legítimos atribuindo-lhes falsa qualidade e ainda dando margem a futura anulação do registro por parte dos verdadeiros pais que tinham antes abandonado os filhos, criando para estes uma situação social e moral inteiramente injustificável." Pelo exposto, entende-se que a legitimação adotiva veio melhorar a situação da criança que não podiam ser integrados como filhos dos adotantes. E de acordo com os comentários de Chaves, sobre a Lei n.º 4.655/65, restam imperfeições ainda, porém, as vantagens sobrepujam as deficiências. E em 1979 a Lei n.º 6.697 implementou o Código de Menores, o qual substituiu a legitimação adotiva pela adoção plena, passando o ordenamento jurídico a contemplar três espécies de adoção, sendo a adoção simples; a adoção plena; e a adoção do Código Civil destinada à adoção de pessoas de qualquer idade. (SILVA,2009, p. 44) Algumas mudanças ocorreram quando nova interpretação ao que seria considerada a família brasileira, dando prioridade ao bem estar e reconhecendo as famílias formadas por afetividade, até os dias atuais, a doutrina da proteção integral inserida a partir da Constituição Federal de 1988, a qual determina que: 8 “ART. 227 (...) é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca- las a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. E ainda, com a criação e a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a partir da Lei n.º 8.069 de 1990 a adoção passou a ter uma nova normatização, determinando a adoção plena para os menores de 18 anos e restringindo a adoção simples unicamente aos maiores, como bem aponta Venosa: “(...) na adoção no Estatuto da Criança e do Adolescente não se pode considerar somente a existência de simples bilateralidade na manifestação de vontade, porque o Estado participa necessária e ativamente do ato, exigindo-se uma sentença judicial, tal como faz também o Código Civil de 2002. Sem está, não haverá adoção. A adoção moderna, da qual nossa legislação não foge à regra, é direcionada primordialmente para os menores de 18 anos, não estando mais circunscrita a mero ajuste de vontades, mas subordinada à inafastável intervenção do Estado. Desse modo, na adoção estatutária há ato jurídico com marcante interesse público que afasta a noção contratual. Ademais, a ação de adoção é ação de estado, de caráter constitutivo, conferindo a posição de filho ao adotado”. (2011, p. 278) Finalmente com a instituição da Lei n.º 12.010/09 (Lei Nacional da Adoção) todas as adoções passaram a ter regimento único pelo ECA, respeitando algumas ressalvas quanto à adoção de adultos. E em razão das constantes transformações ocorridas com o instituto ao longo das décadas, foi-se ajustando a legislação ao que melhor proveito ao adotando, passando-se a ser considerada, a adoção, um meio bastante seguro de colocação em famílias substitutas. É comprovado a importância dada, tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência, da necessidade da existência do instituto da adoção como forma de constituir, o indivíduo, dignidade humana e respeito. (SILVA FILHO, 2009 p.41). Por isso, sempre buscou-se a fazer a reflexão da importância que a celeridade processual tem nos processos de adoção, bem como é uma questão fundamental e necessária para atender as pessoas que buscam perante a justiça seu direito previsto no ordenamento jurídico. 9 3. DA ADOÇÃO Desde a Constituição de 1988, a adoção no Brasil é vista como uma medida protetiva à criança e ao adolescente e a função da adoção, atualmente não é a de dar uma criança a uma família, mas uma família para uma criança, assegurando-lhe saúde, educação, afeto, enfim, uma vida digna. Na maioria das vezes, o instituto da adoção é utilizado como meio para pessoas incapazes de terem filhos biológicos poderem desempenhar o papel da maternidadee paternidade, constituindo-se a adoção. Diniz (2007, p. 409) Outrossim, adotar é muito mais do que criar e educar uma criança que não possui o mesmo sangue, ou a mesma carga genética, é antes de tudo uma questão de valores, uma filosofia de vida. DIAS (2009, p. 315). É o ato legal e definitivo de tornar filho, alguém que foi concebido por outras pessoas. De acordo com o art 39 e seguintes do ECA adoção tem por principal objetivo, agregar de forma total o adotado à família do adotante e, como consequência, ocorre o afastamento em definitivo da família consanguínea, de maneira irrevogável. De acordo com Maria Helena Diniz conceitua a adoção: Adoção vem a ser o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranha (DINIZ, 2011, p. 546). A partir daí, a preocupação do adotante é fazer com que a criança ou o adolescente esqueça por completo a sua condição de estranho e passe a ser tido como filho legítimo. Atualmente, a habilitação prévia para adotar deve observar algumas exigências, e não pode mais ser feita como era em alguns lugares do país, através de colocação do nome dos pretendentes em um livro, sem qualquer procedimento específico. Por fim, é importante salientar que, não obstante as alterações ocorridas, subsistem algumas vedações para a adoção, (DIAS, 2006, p. 384) já prevista na Lei, a saber: 1) Proibição de adoção por procuração 2) Estágio de convivência entre o adotado e o adotando 3) Irrevogabilidade de perfilhação 4) Restrição a adoção de ascendentes e irmãos do adotando 10 5) Critérios para expedição de mandado e registro no termo de nascimento do adotado. Com o advento da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ocorreu novo aspecto ao instituto da família “de forma a prestigiar a dignidade humana, personalizando as relações entre seus componentes e afastando-se do modelo patriarcal que vigorou por muito tempo.” (SILVA FILHO, 2009, p. 43). Reduziu os poderes do homem como chefe da sociedade conjugal ampliando os direitos da esposa e dos filhos, Como na visão de Galdino Augusto Coelho Bordallo: Com a nova sistemática constitucional, houve mudança mais do que significativa com referência à hipótese de colocação dos filhos no seio da família. No sistema anterior à Constituição Federal de 1988, os filhos pertenciam às famílias, sem que tivessem qualquer direito, pois, na hierarquia familiar, ficavam em plano inferior. Na nova sistemática, com a consagração do Princípio da Igualdade trazido para a família, combinado com o Princípio Fundamental da Dignidade Humana (art. 1º, III, da Constituição Federal), a família se torna instituição democrática, deixando de ser encarada sob o prisma patrimonial e passando a receber enfoque social, o que se denomina despatrimonialização da família. Isso faz com que os filhos passem a ser tratados como membros participativos da família, tornando-se titulares de direitos. O filho passa a ser o centro de atenção da família. (BORDALLO, 2010, p. 203). Dessa forma, a criança e ao adolescente deixam, portanto, de ser objetos para serem sujeitos de direitos, gozando dos mesmos direitos fundamentais das pessoas adultas com prioridade em relação aos direitos destas exposto no ECA que consagrou inúmeros mecanismos de defesa, criando procedimentos informais, estatuiu deveres à sociedade e ao Estado, a fim de expor o seu caráter assistencial e protetor. 3.1. LEGITIMIDADE ADOTIVA O Código de Menores substituiu a legitimação adotiva pela adoção plena, esta aproximadamente com as mesmas características daquela. Com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, todas as adoções passaram-se a se chamar adoção plena. O ECA, em seu artigo 41, atribui ao adotado o status de filho, e assim dispõe: “A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direito e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais”. O procedimento é sempre judicial, vedada a iniciativa por procuração. 11 3.2. CARACTERISTICAS DA ADOÇÃO A adoção tem como características ser ato personalíssimo, excepcional, irrevogável, incaducável, plena e só pode ser constituída por sentença judicial. Personalíssimo diz respeito à própria pessoa em si do adotante e adotado Excepcional - a adoção foge à regra, devido a necessidade de proteção e amparo ao adotado. A regra é que a pessoa esteja vinculada a sua família consanguínea e primária. Irrevogável, à qual se deve recorrer apenas em último estágio, ou seja, somente se dará quando esgotado todos os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa. Não poderá rediscutir ou anular a mesma, salvo vícios existentes. Conforme redigido no artigo 47, § 7° do ECA, a adoção constituída por sentença constitutiva, terá por irrevogável. Incaducabilidade - com a morte dos pais adotivos o adotado restabelece novamente o poder familiar com a sua família biológica ou família de origem. No que tange a característica plena do instituto da adoção, entende-se que o adotado tem os mesmos direitos e deveres dos filhos biológicos, inclusive sucessórios. 12 4. PROCESSO DE ADOÇÃO O processo de adoção no Brasil envolve diversas regras inclusive os requisitos estabelecidos nos artigos do ECA-Estatuto da Criança e Adolescente, pois a adoção de crianças no Brasil segue uma rigorosa cartilha para assegurar que esses menores serão bem cuidados por suas novas famílias porque a decisão de adotar precisa ser muito bem pensada pelas famílias que desejam encarar o processo. É preciso cuidar das expectativas em relação à criança que se deseja adotar, são os mais procurados as crianças ou bebês de até três anos, brancos e sem problemas de saúde. Porém, há quatro famílias interessadas para cada criança sem lar, no entanto elas ainda permanecem na fila, devido, primeiramente, é a incompatibilidade de perfis — maioria dos adultos buscam filhos que possuam até 5 anos e a faixa etária da maioria das crianças que vivem em instituições de acolhimento está entre 6 a 17 anos de idade. Outro fator é a estrutura precária do poder público: não existem juízes, psicólogos e assistentes sociais suficientes para arcar com essa gigantesca demanda. 4.1. REQUISITOS PARA ADOTAR UMA CRIANÇA Segundo CNJ-Conselho Nacional de Justiça, segue os requisitos para o processo de adoção: Ter mais de 18 anos de idade O adotante deve ser ao menos 16 anos mais velho do que a criança ou o adolescente O menor a ser adotado pode ter, no máximo, 18 anos de idade Consentimento dos pais ou dos representantes legais de quem se deseja adotar (art. 1621) Processo judicial (art. 1623) 4.1.1. Dar entrada no pedido de adoção Para entrar com o pedido é necessário ter a decisão de adotar, é necessário ir a Vara de Infância e Juventude da cidade do adotante e apresentar os seguintes documentos: carteira de identidade (RG), CPF, certidão de casamento ou nascimento, comprovante de residência, comprovante de rendimentos, atestado ou declaração médica de sanidade física e mental, certidão cível e certidão criminal. 13 Após colhidos todos os dados do pretendente à adoção, uma petição com finalidade de dar início ao processo de inscrição para adoção será protocolada no juízo competente. O ponto determinante para o juiz que julgará o processo de adoção é se o processo trará para a criança oportunidades de desenvolvimento físico, psicológico, educacional e social. SegundoCNJ-Conselho Nacional de Justiça, a adoção não depende da concordância dos pais biológicos quando esses forem desconhecidos ou tiverem sido destituídos da guarda da criança ou do adolescente. Para que os pais biológicos não tenham mais a guarda da criança, há a necessidade de comprovação de que eles não zelaram pelos direitos, saúde e bem-estar do pequeno. Geralmente, isso consta no processo de adoção. (CNJ 2017). 4.1.2. Etapas do processo Conforme o ECA-Estatuto da Criança e Adolescente, nos artigos 165 e 166ss aponta as etapas, que são: Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) De acordo com a CNA (Cadastro Nacional De Adoção), o pedido seja aprovado, o nome do candidato a adotante passará a constar no banco de cadastros local e nacional. Nessa etapa, o pretendente precisará fazer um curso de dois meses de preparação psicossocial e jurídica. Pois, o perfil da criança a ser adotada é apresentado na entrevista técnica. É durante esse processo em que o pretendente deverá escolher a faixa etária, sexo e outras características como condição da saúde do pequeno e se ele tem irmãos. Eunice Ferreira Granato detalha em sua obra o início do processo: O início do processo se dá, portanto, através de petição inicial, formulada por advogado, ou nos termos do art. 166 do Estatuto, por exceção, poderá ser formulada diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, se os pais forem falecidos ou se tiverem sido destituídos ou suspenso do pátrio poder, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituída. (GRANATO, 2013, p.103) E no caso de reprovação, o adotante tem direito de saber por que motivos teve seu pedido recusado. Alguns dos motivos comuns são o estilo de vida incompatível 14 com a adoção de um bebê ou de uma criança ou razões apontadas no teste psicoemocional. E com aprovação, o adotante poderá ter um convívio com a criança mediante monitoramento da Justiça. A pessoa poderá visitar com regularidade o abrigo e levar o pequeno para alguns passeios, de forma a favorecer a aproximação. Caso o relacionamento seja positivo e a criança demonstre que nutre afeto e deseja morar com os pais adotivos, a ação de adoção é ajuizada. Orientações do CNA (Cadastro Nacional De Adoção). Feito o cadastro, a entrega dos documentos do adotante com seu atestado de sanidade, suas regularidades civis, seus antecedentes criminais, a petição inicial, serão ouvidas as partes, o menor se for o caso, o Ministério Público e o juiz da vara da infância e da juventude processara o estágio de convivência de no mínimo trinta dias, com a ajuda e o monitoramento da assistência social que avaliará a relação entre a família substituta com a criança. (GRANATO, 2013). Porém, a adoção no Brasil ainda é vista como um processo burocrático e lento, a Vara da Infância e da Juventude atribui isso que a demora não está no processo em si, mas sim relacionada ao perfil escolhido pelos pretendentes, tanto o processo de habilitação dos candidatos, quanto o de adoção. O procedimento é feito de forma sigilosa, por envolver questões bem particulares e da infância, com sua competência de processar e julgar feita pela Vara da infância e juventude, obedecendo ao rito ordinário do código de processo civil. (GRANATO, 2013, p.102). Ocorre porque o pretendente delimita durante o processo de habilitação, qual perfil deseja adotar ao determinar o sexo, raça, cor, idade, se aceita ou não grupos de irmãos e crianças com problemas de saúde. Assim, quanto mais se aumenta a abrangência do perfil, menor é o tempo de espera. Com a lei 12.010/09, também chamada de Nova lei da Adoção, o prazo de conclusão do processo de adoção deve ser de 120 dias conforme art. 46 parágrafo 1º da lei mencionada, prorrogáveis por igual período. Antes da Lei 13. 509/17, não havia a previsão para a conclusão do processo de adoção, o que gerava grande insegurança às famílias. Diante do exposto, Wilson Donizeti Liberati menciona a importância do estágio de convivência em sua obra: O laudo social representa, na prática, o alicerce da sentença judicial. Nem o juiz nem o promotor de justiça têm condições de fazer o acompanhamento do 15 estágio de convivência. Esse mister, embora não vinculante legalmente ao convencimento do magistrado e do membro do Ministério Público, é documento de que estes não podem prescindir para manifestar sua decisão e parecer. Para verificar a relação de convívio entre o futuro pai adotivo e a crianças técnicos deverão “conviver” com eles, acompanhar todas as intercorrências de comportamento e, por fim, avaliar o resultado daquele período. São os técnicos sociais que verificarão a possibilidade ou não da permanência da criança ou adolescente na família substituta, fornecendo opinião adequada sobre suas condições para assumir os deveres paternais em relação a criança. Na verdade, perseguem as recomendações dos arts 28 e 32 do Estatuto, que são o parâmetro de seu trabalho social. E necessário, portanto, que o técnico social, que trabalha com a adoção, seja pessoa preparada cultural e psicologicamente, pois o sucesso da colocação da criança na família substituta dependera, em grande parte, de seu desempenho. (LIBERAT, apud GRANATO, 2013, p.108 e 109) Por isso, viu-se a necessidade estágio de convivência. 5. ALTERAÇÕES DA LEI 12.010/09 – LEI DA ADOÇÃO O ECA-Estatuto da Criança e Adolescente, está mantido sem mudanças em seus princípios básicos que norteia o princípio da prioridade absoluta e da proteção integral do menor. O ECA teve seis alterações. As novas diretrizes envolvem o aprimoramento do atendimento de crianças ou adolescentes vítimas ou testemunhas de violências. Com o advento da Constituição Federal de 1988, a legislação envolvendo crianças e adolescentes ganhou um enfoque mais protetivo. Todavia, a partir da nova Lei 12.010/09 até pessoas solteiras podem adotar, tanto que sejam mais velhas no mínimo 16 anos do que o adotado e se proponha a passar por uma avaliação da justiça para provar que podem dar educação, um lar e toda a assistência necessária. Com a nova Lei foi criado um cadastro nacional que pretende impedir uma prática comum no país: a adoção direta, em que a pessoa já aparece com a criança pretendida. Ainda, a nova lei cria o art. 101, §2º, do ECA, para um maior controle dos abrigos, agora chamados de acolhimento institucional (um espaço de proteção provisório e excepcional), e deixa claro que a permanência da criança no acolhimento deve ser algo excepcional e breve, são privados da convivência familiar e que se encontram em situação de risco. Outro ponto a esclarecer segundo a Convenção de Haia (1993), é a permissão a adoção internacional com a intermediação de entidades conveniadas, evitando, assim, que ocorra o tráfico ou a venda de crianças, mesmo acobertadas pela Lei e 16 ratificada pela Convenção de Haia para a adoção internacional. As regras para permitir que crianças brasileiras sejam adotadas por estrangeiros ficaram mais rígidas, visando evitar irregularidades no processo, que estão dispostas a adoção internacional no Estatuto da Criança e do Adolescente prevê, nos artigos 51 e 52, a adoção formulada por estrangeiro residente ou domiciliado fora do País. (ECA,2006). No entanto, vale ressaltar a importância das alterações de 54 artigos no ECA aperfeiçoando os trâmites legais da adoção, e, por conseguinte garante mais efetividade quantoao direito das crianças e adolescentes à convivência familiar, e também realçou os princípios norteadores das medidas aplicadas ao adotando, assim como os deveres dos órgãos e autoridades públicas aos quais compete assegurar o efetivo direito. Segundo Gonçalves (2005), o Estatuto da Criança e do Adolescente já é considerada uma Lei de vanguarda, com a Lei 12.010/09 é incontestável que adotar ficou mais fácil devido a inovação legal, contudo a finalidade é reduzir o número de crianças sem famílias, bem como minimizar o seu tempo em abrigos, conforme art. 101 do ECA-Estatuto da Criança do Adolescente. Concluiu GRANATO (2010) que o aparente conflito surgido entre as normas do ECA e as do CC/02 foi resolvido com o reconhecimento de que apenas foram derrogadas as disposições que entre si eram incompatíveis, permanecendo a disciplina da legislação especial naquilo que não contraria a lei civil (GRANATTO, 2010, p. 117-118). O ordenamento jurídico proíbe que o mesmo indivíduo venha ser adotado por duas pessoas, porém, no caso concreto tal adoção será admitida se houver vantagens e benefícios para o adotando. Estatuto da Criança do Adolescente – ECA - dispõem que toda criança tem direito à convivência familiar e comunitária. No entanto esse direito repetidamente é negado, especialmente as crianças e adolescentes negros, maiores de três anos e com problemas de saúde, que aguardam por adoção nos abrigos espalhados pelo país. Todavia, essas crianças, com este perfil acabam sendo esquecidas e consequentemente discriminadas, quebra um processo de adoção, dá-se preferência aos bebês recém-nascidos, com saúde, perfeitos e brancos (CAMARGO, 2006) “ao negar à criança o direito de inserir-se num contexto familiar, estamos promovendo uma interferência determinante em seu processo de constituição e, 17 consequentemente, em seu modo de ser e estar no mundo.” (CAMARGO 2006, p.202). É uma satisfação dar uma família e afeto a uma criança que necessita, independentemente de raça, idade, ou qualquer outro tipo de discriminação. Tentar compreender os sentimentos da criança que foi rejeitada pelos seus defeitos, compartilhar as dores físicas e emocionais e ter o apoio de amigos e familiares. Contudo, é desanimador os dados obtidos junto a Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal: Dados coletados no site da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal relativos ao ano de 2007, atualizados em outubro do mesmo ano, revelam que o perfil dos requerentes cadastrados para a adoção tanto dos residentes do Distrito Federal como fora do Estado, demonstram que a preferência no momento da escolha para adoção é por crianças brancas. À medida que a cor das crianças se aproxima do perfil da população negra, a tendência a escolher essas crianças e adolescentes vai decrescendo, chegando à “frequência” zero exatamente a partir do momento em que a categoria “morena escura” entra no cenário. No Brasil, cerca de 80 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos, pelos cálculos do Instituto de Pesquisa Econômicas e Aplicadas (Ipea). Boa parte delas a espera de adoção. Entre os abrigados, segundo o Ipea, mais de 63% são negros (21% deles pretos e 42% pardos). (NUNES, Elizabeth Cezar, 2008, texto digital). Além disso, também rejeitam o passado de abandono ou dificuldade da criança mais velha, o que, na prática, significa recusarem as memórias – tristes e felizes – daquele indivíduo. Sem falar que ainda enxergam nas meninas um sexo “mais fácil” de se lidar. Por isso, com a publicação da Lei nº 13.509/2017 a intenção do legislador foi efetivar a proteção integral da criança e adolescente, protegendo-os de modo mais efetivo nas situações de risco e oportunizando lhes uma convivência familiar, 18 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, este trabalho versa sobre a evolução legal do instituto da adoção, buscando evidenciar os aspectos positivos das inovações legislativas sobre Adoção. A adoção é medida excepcional de colocação da criança e do adolescente no seio de uma família substituta, por sua vez, representa uma possibilidade para pais que não podem ter filhos e que desta maneira tem a possibilidade de exercer este papel, pois ter um filho significa ter disponibilidade de amar e assumir responsabilidades. Por isso, o processo de adoção no Brasil envolve diversas regras, porque o instituto da adoção é de ordem pública, onde cada caso particular dependerá única, pura e exclusivamente de um ato jurídico individual, onde prevalecerá a vontade das partes. Sendo que o mais importante nesse instituto será a relação socioafetiva entre adotante e adotado, para que os mesmos constituam uma verdadeira família. Por isso existem regras para o cumprimento da adoção, foram estabelecidos requisitos, como que todas as pessoas maiores de dezoito anos, independentemente do estado civil, têm capacidade e legitimação para adotar. Para ser promovida a adoção por casal, basta que um deles tenha completado a idade mínima, devendo, porém, ser também demonstrada a estabilidade da família. Existe ainda, outro requisitos da adoção, o estágio de convivência, que consiste num período fixado pelo juiz para a aferição da adaptação do adotando ao novo lar e sua a finalidade do estágio de convivência é comprovar a compatibilidade entre as partes e a probabilidade de um futuro sucesso da adoção, dentre outros requisitos já mencionados anteriormente. Pois, a adoção tem caráter humanitário. Quem busca na adoção uma forma de preencher o vazio e a solidão, ou compensar a sua esterilidade ou a do cônjuge. O Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA foi de suma importância para a concretização dos preceitos constitucionais e que com o advento da Lei 12.010/09, cuja qual promoveu maiores mudanças e avanços normativos, visando maior proteção à criança e ao adolescente. E as mudanças consolidam a valorização social das crianças e dos adolescentes, e a crescente preocupação em regulamentar sua proteção para o seu pleno desenvolvimento. Por isso no ECA onde está regulado o 19 instituto da adoção, possui um caráter social e visa proteger e criança e o Adolescente para assegurar-lhes os direitos fundamentais presentes na Constituição Federal, referentes à pessoa humana, à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade a e à convivência familiar e comunitária. Portanto, o instituto da adoção é o fator afetividade está intimamente ligado a filiação, pois a intensidade das relações que unem pais e filhos, independente da origem genética. Pra reforçar e esclarecer, o CNJ -Conselho Nacional do Ministério Público já aprovou o projeto de criação de um cadastro nacional de adoção, para que os processos se tornem mais eficazes e para facilitar a procura pela criança desejada. Isso representa um avanço na viabilização do processo de adoção, pois permitirá uma interação nacional na concretização do processo de adoção, o que representa para um país, como o Brasil, oportunidades para tantas crianças e adolescentes que permanecem a margem do processo social. Para quem quer adotar existe uma burocracia imensa. O processo de adoção já foi muito lento e demorado, mas hoje com o Estatuto de Criança e do Adolescente e com o pleno funcionamento do Juizado da Criança e da Juventude, tudo ficou mais simples e mais rápido. 20 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS __________. Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br __________ Lei 12.010/09- Lei da Adoção.Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. BEVILACQUA Clovis - Adopção - Soluçõestáticas de Direito (Pareceres). Rio de Janeiro, Correa Bastos, 1923 BORDALLO, Galdino Augusto Coelho. Adoção. 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