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* * Permeabilidade e Capilaridade nos Solos Salvador 10/04/2015 ÁREA1 - FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL Disciplina: Mecânica dos Solos Prof. Engº : Landson Soares * * Noções Básicas A água ocupa a maior parte dos vazios do solo. E quando é submetida a diferenças de potenciais, ela se desloca no seu interior. As leis que regem os fenômenos de fluxo de água em solos são aplicadas nas mais diversas situações da engenharia como: No cálculo das vazões, na estimativa da quantidade de água que se infiltra numa escavação ou a perda de água do reservatório da barragem. * * Noções Básicas Na análise de recalques, porque, freqüentemente, recalque está relacionado com diminuição do índice de vazios, que ocorre pela expulsão de água destes vazios e; Nos estudos de estabilidade geral da massa de solo, porque a tensão efetiva (que comanda a resistência do solo) depende da pressão neutra, que por sua vez, depende das tensões provocadas pela percolação da água. * * Noções Básicas Possibilidades da água de infiltração produzir erosão, e conseqüentemente, o araste de material sólido no interior do maciço “ piping”. O estudo dos fenômenos de fluxo de água em solos é realizado apoiando-se em três conceitos básicos: Conservação da energia (Bernoulli), Permeabilidade dos solos (Lei de Darcy) e Conservação de massa. * * Permeabilidade É a capacidade que tem o solo de permitir o escoamento de água através de seus vazios, sendo a grandeza da permeabilidade expressa pelo coeficiente de permeabilidade do solo, k. * * Lei de Darcy (1856) Onde: vp = velocidade real de percolação ou velocidade com que a água passa através do solo; kp = coeficiente de percolação; Em 1856 Darcy investigou o fluxo de água através de filtros de areia com a finalidade de purificá-la, assim como mostra o experimento abaixo: * * Lei de Darcy (1856) Onde: i = gradiente hidráulico; Δh = diferença de carga (perda de carga por percolação no comprimento L); L = comprimento de solo na direção do escoamento. * * Coeficiente de Permeabilidade Define-se o coeficiente de permeabilidade k como sendo a velocidade média aparente “v” de escoamento da água através da área total (sólidos + vazios) da seção transversal do solo, sob um gradiente unitário (i = 1). AV = área de vazios; v = velocidade aparente de escoamento; A = área da seção transversal da amostra de solo; k = coeficiente de permeabilidade. * * Coeficiente de Permeabilidade Fazendo as seguintes proporções: Admitindo a proporcionalidade entre as áreas e os volumes, temos que: A descarga total “V” será: * * Coeficiente de Permeabilidade Através das suas observações Darcy chegou a conclusão que a experiência seguia a equação: Para fluxo horizontal, por exemplo, a equação da vazão pode ser escrita como: A Lei de Darcy foi estabelecida sob certas condições: Fluxo isotérmico, laminar (hipótese de Navier) e permanente; Fluido incompressível, homogêneo e de viscosidade invariável com a pressão; Meio poroso homogêneo, que não reage com o fluido. * * Coeficiente de Permeabilidade Observações: - Na prática, é mais conveniente trabalhar com a área total ‘A’ da seção transversal do que com a área média dos vazios; - A velocidade real de escoamento “vp” é maior que “v”, pois a área de vazios ‘Av’ é menor que ‘A’. INTERVALOS DE VARIAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE Considera-se impermeável o solo com k = 1,3 x 10-8 cm/s. * * Determinação do Coeficiente de Permeabilidade * * Determinação do Coeficiente de Permeabilidade ENSAIOS DE LABORATÓRIO * * Determinação do Coeficiente de Permeabilidade ENSAIOS DE LABORATÓRIO * * Determinação do Coeficiente de Permeabilidade * * Determinação do Coeficiente de Permeabilidade * * Determinação do Coeficiente de Permeabilidade Q = vazão necessária para manter o NA cte; hC = carga hidráulica; F = fator que depende da geometria do tubo; * * Influência da Temperatura no valor do Coeficiente de Permeabilidade Quanto maior a temperatura, mais facilmente a água escoa entre os vazios do solo, devido à diminuição da viscosidade da água, de forma que ficou estabelecido que os valores de ‘k’ são sempre referidos à temperatura de 20ºC, através da seguinte relação: * * Influência da Temperatura no valor do Coeficiente de Permeabilidade * * Influência dos espaços vazios no Coeficiente de Permeabilidade Quanto mais fofo, mais permeável será o solo. Uma relação importante entre o coeficiente de permeabilidade e o índice de vazios é a seguinte: Essa relação (Equação de Taylor) correlaciona duas situações de índices de vazios e coeficientes de permeabilidade de forma que, conhecendo o k para um certo e, pode-se calcular o k para um outro valor de e. * * Resultados de ensaios de permeabilidade em solos residuais. * * Influência no Coeficiente de Permeabilidade Composição mineralógica - A predominância de alguns tipos de minerais na constituição dos solos tem grande influência na permeabilidade. Por exemplo, argilas moles que são constituídas, predominantemente, de argilo-minerais (caulinitas, ilitas e montmorilonitas) possuem um valor de “k” muito baixo, que varia de 10-7 a 10-8 cm/s. Já nos solos arenosos, cascalhentos sem finos, que são constituídos, principalmente, de minerais silicosos (quartzo) o valor de “k” é da ordem de 1,0 a 0,01cm/s. Estrutura - É o arranjo das partículas. Nas argilas existem as estruturas isoladas e em grupo que atuam forças de natureza capilar e molecular, que dependem da forma das partículas. Nas areias o arranjo estrutural é mais simplificado, constituindo-se por canalículos, interconectados onde a água flui mais facilmente; * * Influência no Coeficiente de Permeabilidade Fluído - O tipo de fluído que se encontra nos poros. Nos solos, em geral, o fluído é a água com ou sem gases (ar) dissolvidos. Macro-estrutura - Principalmente em solos que guardam as características do material de origem (rocha mãe) como diaclases, fraturas, juntas, estratificações. Estes solos constituem o horizonte C dos perfis de solo, também denominados de solos saprolíticos. * * Permeabilidade em Terrenos Estratificados Na direção horizontal, todos os estratos estão sujeitos ao mesmo gradiente hidráulico. * * Permeabilidade em Terrenos Estratificados 2) FLUXO PERPENDICULAR À ESTRATIFICAÇÃO * * Exemplo 1 Para o terreno abaixo, determinar os coeficientes de permeabilidade na direção horizontal e vertical. * * Capilaridade Ascensão da água acima do nível freático do terreno, através dos espaços intersticiais do solo, em um movimento contrário à gravidade. TEORIA DO TUBO CAPILAR Ts da água a 20°C = 0,073 Nm/m² * * Capilaridade * * Importância dos Fenômenos Capilares Na construção de pavimentos rodoviários: se o terreno de fundação de um pavimento é constituído por um solo siltoso e o nível freático está pouco profundo, para evitar a ascensão capilar da água é necessário substituir o material siltoso por outro com menor potencial de capilaridade; A contração dos solos: quando toda a superfície de um solo está submersa em água, não há força capilar, pois α = 90º. Porém, a medida que a água vai sendo evaporada, vão se formando meniscos, surgindo forças capilares que aproximam as partículas. Coesão aparente da areia úmida: se for seca ou saturada a areia, a coesão se desfaz. Os meniscos se desfazem quando o movimento entre os grãos aumenta e as deformações são muito grandes. Sifonamento capilar: observado em barragens, o sifonamento capilar consiste na percolação da água sobre o núcleo impermeável da barragem. * * Exercício 2 Calcular o valor do coeficiente de permeabilidade de uma argila compactada, medido no aparato indicado abaixo, sabendo que A = 100 cm2, a = 1 cm2 e t = 6 horas e 30 minutos. * * Exercício 3 Calcularo valor do coeficiente de permeabilidade de uma areia, medido num sistema como o abaixo indicado, sabendo que: a) diâmetro da amostra = 6 cm; b) tempo decorrido = 135 s; c) Volume = 364 cm3; * * Exercício 4 Calcule a permeabilidade do solo cujos dados do ensaio foram: Leitura inicial da carga hidráulica = 0,80m; Leitura final da carga hidráulica = 0,30m; Tempo de ensaio = 1,0 hora e 50 minutos;Tubo de leitura do ensaio, d = 0,5cm; Corpo de prova: d = 1,50cm, altura = 6,0 cm. Este resultado é compatível com que tipo de solo?. Justifique. * * Exercício 5 Que volume de água passa em 5 min pelo tubo cilíndrico de diâmetro igual a 2 cm que contem uma amostra de silte arenoso cujo coeficiente de permeabilidade é 6.10-6 cm/s? * * Exercício 6 Uma areia bem graduada de grãos angulares tem um índice de vazios máximo de 0,83 e um índice de vazios mínimo de 0,51. Prever teoricamente a relação entre os coeficientes de permeabilidade desta areia nos estados de máxima e mínima compacidade. * * Exercício 7 Em um ensaio em permeâmetro de carga constante, a diferença entre os níveis de entrada e saída d’água é igual a 15cm. Verifica-se que, em 3min, uma amostra cilíndrica com 15cm de altura e 5cm de diâmetro deixa passar 196cm3 de água. Qual o coeficiente de permeabilidade do material? * * Exercício 8 Num permeâmetro de carga variável, a altura inicial de carga era 111 cm a após decorridos 25 min. chegou a 109,5 cm. Determinar o coeficiente de permeabilidade do solo, sabendo que o corpo de prova tinha altura de 12,5 cm e diâmetro de 5 cm e a área do tubo de carga era de 1,474 cm2. * * Exercício 9 Num terreno arenoso foram realizados ensaios de bombeamento cujos valores médios são indicados abaixo. Sabendo que o regime permanente é obtido com uma bomba de vazão 60 l/min, calcular a permeabilidade da areia. * * Exercício 10 Para o terreno abaixo, determine o coeficiente de permeabilidade vertical equivalente. * * Exercício 11 Num permeâmetro de carga constante (ΔH = 100cm) recolheu-se um volume de 10 cm3 em 6 min. O corpo de prova tinha comprimento de 12 cm e diâmetro de 5 cm. Determinar o coeficiente de permeabilidade do solo. *
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