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Gabarito – AP2 – Brasil III - 2016 Questão I: A UDN, de concepção liberal, fez oposição a coligação PTB/PSD, que venceu as eleições presidenciais após o Estado Novo. Nas eleições presidenciais seguintes, deu continuidade à crítica a esses partidos por meio de uma intensa propaganda, da atuação direta do jornalista e político Carlos Lacerda e do apoio a intervenções para impedir a posse dos candidatos presidenciais vencedores, o que pode ser verificado em 1950 e 1955, diante de Vargas e JK, respectivamente. A UDN esteve envolvida na crise política de 1954, que culminou no suicídio de Vargas, na problemática gerada com a renúncia de Jânio Quadros em 1961 e na intervenção militar de 1964. (Além da indicação de duas ações, as mesmas deverão ser explicadas ao longo da resposta) Questão II: a) Conjuntura Nacional: crise econômica do governo de Jango, caracterizada por uma elevada inflação, o que gerava a insatisfação de vários setores; forte oposição de grupos conservadores da sociedade às Reformas de Base, sobretudo à Reforma Agrária; radicalização política tanto dos grupos de direita quanto dos grupos de esquerda. Conjuntura Internacional: marcada pela Guerra Fria e pelo temor da expansão de movimentos socialistas na América Latina pelos EUA, em função da Revolução Cubana. b) Poderão ser citados: a participação de setores civis apoiando o golpe, tais como os partidários da UDN e do pensamento liberal; o apoio de grupos anticomunistas, que entendiam a conjuntura de 1964 de forma preocupante, com a possibilidade de implantação de um regime de esquerda no Brasil; o apoio de diferentes setores ligados a elite do país, com temor da reforma agrária e de medidas nacionalistas; o apoio de determinados grupos da Igreja Católicas; as grandes manifestações contrárias a Jango, tais como a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade; a atuação de órgãos de propaganda conservadores, como o IPES e o IBAD; a oposição da grande imprensa; o financiamento de propagandas contrárias a Goulart pelo governo dos Estados Unidos; a articulação de setores militares, dando continuidade à trajetória de intervenções militares na política brasileira, iniciada desde o nascimento da República em 1889.
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