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A INFLUÊNCIA DOS POVOS NA FORMAÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA DAS AMÉRICAS.
FACETAM
CURSO DE INTEGRALIZAÇÃO TEOLÓGICO
Disciplina – Antropologia Cultural
Prof. Pr. Ailton Bezerra
A Influência dos Povos na Formação da Cultura Brasileira.
Pesquisa.
por:
Gilson Silva Monteiro
Reg. 10363011-7
Duque de Caxias, julho de 2014.
Gilson Silva Monteiro
Aluno do Curso de Integralização Teológico da FACETAM
Reg. 10363011-7
A Influência dos Povos na Formação da Cultura Brasileira
Pesquisa apresentada a FACETAM
como requisito parcial
para a obtenção da integralização do título de bacharel em Teologia.
Duque de Caxias, julho de 2014.
SUMÁRIO.
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 04
1 – A INFLUÊNCIA PORTUGUESA.............................................................................. 05
2 – A INFLUÊNCIA INDÍGENA..................................................................................... 07
3 – A INFLUÊNCIA AFRICANA.................................................................................... 09
4 – A INFLUÊNCIA DOS IMIGRANTES...................................................................... 10
 4.1 – Os Franceses....................................................................................................... 10
 4.2 – Os Judeus............................................................................................................ 10
 4.3 – Os Gregos............................................................................................................ 10
 4.4 – Os Espanhóis....................................................................................................... 11
 4.5 – Os Árabes............................................................................................................ 11
 4.6 – Os Indianos......................................................................................................... 11
 4.7 – Os Ingleses.......................................................................................................... 11
 4.8 – Os Holandeses..................................................................................................... 12
 4.9 – Os Coreanos........................................................................................................ 12
 4.10 – Os Alemães........................................................................................................ 12
 4.11 – Os Italianos....................................................................................................... 12
 4.12 – Os Americanos.................................................................................................. 13
 4.13 – Os Chineses....................................................................................................... 13
 4.14 – Os Sírios............................................................................................................ 13
 4.15 – Os Japoneses..................................................................................................... 13
CONCLUSÃO.................................................................................................................... 14
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 15
INTRODUÇÃO
 A cultura pode ser definida como um complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições artísticas e intelectuais transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade. Ou seja, é o conjunto formado pela linguagem, crença, hábitos, pensamentos e arte de um povo, que no caso do Brasil é um dos mais plurais do mundo.
 Durante os séculos de colonização, o território brasileiro foi palco de uma fusão primordial entre as culturas dos indígenas, dos europeus, especialmente portugueses e dos escravos trazidos da África. Foi nesse período que se deu o início da formação cultural brasileira que, mais tarde, também recebeu influências da imigração de europeus não portugueses e povos de outras culturas, como árabes e asiáticos. Países como a França, a Inglaterra e os Estados Unidas, grandes centros culturais do planeta, não ficaram de fora desse contexto e também exportaram seus hábitos e produtos para o Brasil, formando assim uma sociedade altamente miscigenada.
 Tudo o que se vê hoje culturalmente nas regiões brasileiras é resultado da reunião das crenças de todos esses povos que, direta ou indiretamente, transmitiram suas características culturais e formaram o que hoje é o Brasil: um conglomerado de povos, culturas, crenças, cores e movimentos. Por mais que esses povos tenham sido marcados no passado pelas contradições do conflito e da convivência, atualmente o Brasil constitui uma nação de traços singulares, de convivência pacífica e baseada no respeito e na coletividade.
1 – A INFLUÊNCIA PORTUGUESA:
 Colonizadores do território brasileiro por 322 anos, de todos os povos que chegaram ao País, os portugueses foram os que mais exerceram influência na formação da cultura brasileira. Durante todo o período de colonização cidadãos português foram transportados para as terras sul-americanas, influenciando não só a sociedade que viria a se formar, como também as culturas dos povos que já existiam. O evento que mais trouxe implicações políticas, econômicas e culturais para o Brasil foi à mudança da corte de D. João VI para o Brasil, em 1808. A partir daí a imigração portuguesa foi constante e perdurou até meados do século XX.
 A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por todos os habitantes do País. Difundida principalmente pelos padres jesuítas, o português era no início da colonização considerado língua geral na colônia, ao lado do tupi. Com a proibição do tupi em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole, o português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Das línguas indígenas, ele herdou as palavras ligadas à flora e à fauna (abacaxi, mandioca, caju, tatu, piranha), bem como nomes próprios e geográficos.
 Outro importante legado português foi a religião católica, crença de grande parte da população brasileira. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, deixou no Brasil as tradições do calendário religioso, suas festas e procissões, tornando-se a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. Atualmente, o Brasil é considerado o maior país do mundo em número de católicos nominais. De acordo com o IBGE 73,8% da população brasileira declara-se católica.
 Além da língua e da religião, vários folguedos populares como o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa os seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, e muitas das lendas e jogos infantis como as cantigas de roda. Duas das festas mais importantes do Brasil, o carnaval e a festa junina, também chegaram ao Brasil por influência dos portugueses.
 A culinária brasileira também recebeu algumas interferências dos colonizadores. Muitos dos pratos típicos do País, por exemplo, é o resultado da adaptação dos pratos portugueses às condições da colônia. Um deles é a feijoada brasileira, que foi um resultado da adaptação dos cozidos portugueses. A cachaça, que foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa, e alguns pratos portugueses como as bacalhoadas também se incorporaram aos hábitos brasileiros.
 Nas artes, a cultura dos portugueses foi responsável pela introdução dos grandesmovimentos artísticos europeus como o renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo. Com isso a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes em geral no Brasil colônia eram muito baseadas na arte portuguesa. Essa referência pode ser vista nos escritos do Padre Antônio Vieira, na decoração de talha dourada e nas pinturas de muitas igrejas coloniais. As intervenções portuguesas seguiram após a Independência, tanto na arte popular como na arte erudita. E muito do que o Brasil é hoje, tem forte apelo à cultura dos colonos misturada com as culturas dos demais povos que habitaram o País.
2 – A INFLUÊNCIA INDÍGENA:
 Primeiros habitantes do território brasileiro, os índios se dividem em diversos povos de hábitos, costumes e línguas diferentes. Cada tribo possui sua cultura, religião, crenças e conhecimentos específicos. Os Ianomâmis, por exemplo, falam quatro línguas, já os Carajás falam apenas uma. Os Guaranis manifestam sua cultura em trabalhos em cerâmica e em rituais religiosos, enquanto os Tupis acreditam ser dominados por um ser supremo designado Monan. A diversidade cultural presente entre as culturas indígenas brasileiras é proporcional a existente hoje em todo o Brasil.
 Apesar de a colonização europeia ter praticamente destruído a população indígena não só fisicamente, através de guerras e escravidão, como também culturalmente, pela ação de catequese e intensa miscigenação com outras etnias, a cultura e os conhecimentos desse povo acabaram por influenciar parcialmente a língua, a culinária, o folclore e o uso de objetos, como as redes de descanso, no Brasil. Porém, as consequências da colonização foram tamanhas que, atualmente, apenas algumas nações indígenas ainda existem e conseguem manter parte da sua cultura original.
 Durante a colonização, a cultura e os conhecimentos indígenas foram determinantes; tanto que o principal destaque nesse período foi a influência indígena na chamada língua geral, uma língua derivada do Tupi-Guarani com termos da língua portuguesa que serviu de língua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII, principalmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica. Atualmente, o português brasileiro guarda inúmeros termos de origem indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. Dentre eles estão os nomes na designação de animais e plantas nativas como o jaguar, a capivara e o ipê, e a presença muito frequente na toponímia por todo o território.
 Também recebeu forte influência indígena o folclore das regiões do interior do Brasil, com os seres fantásticos como o curupira, o saci-pererê, o boitatá e a iara. Na culinária, a herança indígena está na mandioca, na erva-mate, no açaí, na jabuticaba, nos inúmeros pescados e em pratos típicos como o pirão. Apesar de esses legados terem uma boa representatividade no País, a influência indígena se faz mais forte em certas regiões brasileiras como o Norte do Brasil, em que os grupos conseguiram se manter mais distantes da primeira ação colonizadora.
 A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas. O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas.
 A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).
 Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outras, para curar alguma enfermidade.
 A influência cultural indígena na sociedade brasileira também está presente no nosso idioma; várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” que dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que já foi. O Rio Tietê em São Paulo também é um nome indígena que significa “rio verdadeiro”).
 
3 – A INFLUÊNCIA AFRICANA:
 A cultura africana é extremamente diversificada e suas características retratam tanto a história do povo quanto a do continente – considerado o território habitado a mais tempo na Terra. Isso acontece porque os habitantes da África evoluíram em um ambiente cheio de contrastes e com várias dimensões. Culturalmente eles diferem muito entre si, falam um vasto número de línguas, praticam diferentes religiões, vivem em habitações diversificadas e se envolvem em inúmeras atividades econômicas. Tribos, grupos étnicos e sociais formam essa população de costumes, tradições, línguas e religiões específicas.
 No Brasil, a cultura africana chegou através do tráfico negreiro que trouxe para o País povos da África na condição de escravos. Formados principalmente por bantos, nagôs, jejes, hauçás e malês, os africanos tiveram sua cultura repreendida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, chegavam a ser batizados com nomes portugueses e obrigados a se converterem ao catolicismo. Mesmo assim foram eles que ajudaram a dar origem às religiões afro-brasileiras, difundidas atualmente em diversas regiões do País. As mais praticadas no Brasil são o candomblé e a umbanda.
 Porém, a contribuição dos africanos na cultura brasileira não se limitou à religião. Dança, música, culinária e idioma receberam influências que prevalecem no Brasil até os dias de hoje. Na culinária regional, por exemplo, a herança africana é evidente, principalmente na Bahia. O dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite de dendê, foi introduzido na região pelos os escravos e é hoje utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé. Já o idioma brasileiro ganhou novas palavras como batuque, moleque, benze, macumba e catinga.
 A música também foi muito favorecida pela cultura africana que contribuiu com os ritmos que são à base de boa parte da música popular brasileira. Um exemplo disso é o gênero musical lundu, que juntamente com outros gêneros deu origem à base rítmica do maxixe, samba, choro e bossa nova. Além da contribuição rítmica, também foram trazidos alguns instrumentos musicais como o berimbau, o afoxé e o agogô, todos de origem africana. O mais conhecido deles no Brasil é o berimbau, instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira. No folclore são de origem africana as danças de cateretê, jongo e o samba, e os instrumentos musicais são o atabaque, a cuíca e a marimba.
4 – A INFLUÊNCIA DOS IMIGRANTES:
 4.1 – Os Franceses:
 Os franceses procuraram fixar-se no Brasil por pelo menos três séculos. Tentativas de fundação da França Antártica e da França Equinocial implicaram em contato e miscigenação com os primeiros habitantes, fazendo com que a influência étnica e cultural dos franceses permanecesse em boa parte do País e deixasse marcas muito fortes na aparência, educação, gastronomia, artes, vocabulário e estética do nosso povo.
 4.2 – Os Judeus:
 Com o tratado de aliança firmado entre o Brasil e a Inglaterra em 1810 (tratado assinado quando a Inquisição Portuguesa foi desativada) permitiu oficialmente a vinda de imigrantes não católicos. Em 1920, os judeus já compunham uma colônia de imigrantes significativa, aumentando ainda mais com a ascensão do nazismo na Alemanha no inicio dos anos 30.Estima-se em, aproximadamente, 200 mil judeus no Brasil; em São Paulo e, graças ao nível de educação desses imigrantes, ocupam hoje postos importantes na esfera governamental, empresarial, acadêmica e cultural. As maiores influências judaicas que tivemos são: o conformismo com o destino, o saudosismo messiânico e o “pão-durismo” do mineiro.
 4.3 – Os Gregos:
 A presença grega no Brasil data de 1880; todavia, a colônia, que hoje conta com mais de 10 mil representantes, teve seu momento de maior trânsito para este País após a Segunda Grande Guerra. O fluxo de imigração grega se manteve até o final da década em virtude da guerra civil de 1949 que opunha direitistas e comunistas.
 Impossível negar a influência cultural dos gregos em todo o ocidente, cultura que a colônia busca preservar no Instituto Ateniense de São Paulo. O bairro de maior concentração grega é Brás-Pari que, por volta de 1870, era um lugarejo formado por três grandes chácaras, uma delas, com lagos e vegetação exuberante, era conhecida como Bom Retiro. Os gregos que se fixaram em São Paulo muito contribuíram para o desenvolvimento da indústria têxtil.
 4.4 – Os Espanhóis:
 A presença espanhola em terras brasileiras é muito antiga, sendo um de seus representantes de grande importância para a História de São Paulo, o jesuíta José de Anchieta que em 1554 contribuiu para a fundação da cidade. O período de união de Portugal e Espanha entre 1580 e 1640 trouxe para o Brasil famílias que se tornariam “quatrocentonas”. Entre as levas de imigrantes há aqueles que vieram entre o final do século XIX e 1930, para a lavoura do café, outras ondas se sucederam entre 1950 e 1964, principalmente como mão-de-obra especializada para a indústria nascente e a siderurgia.
 4.5 – Os Árabes:
 Seus costumes ao Brasil indiretamente, através da cultura luso-espanhola, herdeira do legado islâmico, pois a Península Ibérica foi dominada pelos mouros durante quase 700 anos; e diretamente pela transferência, da África para o nosso País, de escravos islamizados. Contribuíram com o uso do cachimbo nos rituais de candomblé, na reclusão da mulher no período colonial, nas lendas, como a “Moura Torta”, nas parlendas, contos acumulativos, folguedos e na veneração do cavalo pelo gaúcho.
 4.6 – Os Indianos:
 Os imigrantes indianos são basicamente de três tipos: os tratadores que acompanharam o gado importado; executivos de empresas de alta tecnologia e prestadores de serviços. A colônia indiana na cidade de São Paulo é estimada em menos de mil pessoas, e concentra-se na região do bairro do Paraíso. A maioria das esmeraldas retiradas dos garimpos brasileiros destina-se a comerciantes que vêm da Índia. Para os indianos, as esmeraldas são pedras sagradas.
 4.7 – Os Ingleses:
 Sua influência é devida às invasões no período colonial, assim como o comércio com o Brasil. Os ingleses nos legaram alguns termos como o “Bond” que de título da dívida pública passou a designar veículo de tração animal e elétrica; trouxeram também o futebol, esporte preferido pela população.
 4.8 – Os Holandeses:
 Sua influência é devido às invasões no período colonial. Os holandeses deixaram sua influência na literatura de cordel, nas blasfêmias no folclore do açúcar, em elementos de confeitaria e laticínios. Por duas vezes os holandeses tentaram fixar residência no Brasil, na Bahia (1624 a 1625) e em Pernambuco (1630 a 1654). Fundaram fortificações, cidades, museus, centros de ciência e arte, a ponto de causar sentimentos de que seriam melhores colonizadores que os portugueses. Miscigenaram-se com índios, mamelucos, mulatos e negros; influenciaram no verde dos olhos de parte dos nordestinos que vivem hoje em São Paulo. Mas a maior contribuição da colônia holandesa é no cultivo das flores. Foram eles que criaram a Holambra, um centro de cultivo, que se tornou cidade em 31 de dezembro de 1991, cujo nome soma Holanda, América e Brasil.
 4.9 – Os Coreanos:
 Herdeiros da habilidade e concentração, fundamentais no Tae Kwon do (caminho dos pés e mãos); além de trabalhadores obstinados, logo ganharam espaço no ramo da confecção e no comércio de produtos importados.
 4.10 – Os Alemães:
 Vieram com D. Leopoldina quando se casou com D. Pedro I, formando a primeira colônia germânica na região fluminense. O ano de 1828 trouxe mais 560 imigrantes, destes, pelo menos 94 famílias foram encaminhadas para a “Freguesia de Santo Amaro”. No ano de 1837, Santo Amaro era o único município a produzir batatas, cultura esta típica do imigrante alemão.
 4.11 – Os Italianos:
 Também aportou no Brasil por razões históricas, com o casamento de D. Pedro II com a napolitana Tereza Cristina. Vieram para substituir a mão-de-obra escrava, que estava desaparecendo devido às leis para a abolição da escravatura. As principais influências italianas são: as festas de igreja, comilança de Natal, presépios, massas como macarronada e pizzas, vinhos gaúchos, figas, capelinhas e cruzeiros à beira das estradas, procissões.
 4.12 – Os Americanos:
 A influência americana não foi espontânea como a dos povos que aqui vieram habitar, ela foi planejada e, devido à intensa propaganda através dos meios de comunicação, que atingem as mais longínquas regiões brasileiras, esta influência aparece não somente na música da juventude e no linguajar, como também na alimentação, através dos sanduíches, principalmente hambúrgueres e cachorros-quentes e da Coca-Cola. O “jeans” é atualmente usado por todas as camadas da sociedade, inclusive pelos trabalhadores rurais e habitantes das cidades do interior.
 4.13 – Os Chineses:
 Vindos para o Brasil, trouxeram os conhecimentos mais antigos do mundo; influenciaram o desenvolvimento da medicina e a arte de produzir fogos de artifício.
 4.14 – Os Sírios:
 Os sírios influenciaram em alimentos, como o quibe, a esfia, o tabule, iogurte; assim como a esperteza nos negócios.
 4.15 – Os Japoneses:
 Trouxeram recentemente várias contribuições, que vêm sendo introduzidas na cultura popular. Os nipônicos nos legaram o folclore das flores, dos frutos, da morte, e ainda o “sushi” e “sachimi”, pratos muito apreciados hoje em dia, além das artes marciais.
CONCLUSÃO
 A cultura brasileira pode se afirmar que é um conjunto de todas as culturas mundiais, ou seja, em todas as áreas de nossa sociedade podemos observar as influências que cada povo deixou registrado na história de nosso país.
 Os fatos fundamentais que levaram a essa miscigenação cultural foram: a colonização pelos portugueses, a escravidão dos negros, as invasões estrangeiras, as imigrações de povos europeus e asiáticos, e o legado deixado pelos índios (primeiros habitantes).
 Com isso o nosso país abraçou todas as culturas, e, hoje, pensamos, andamos, cremos, estudamos e construímos mediante ao legado deixado por todos os povos que constituem a cultura desse país-continente chamado BRASIL.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSI, Alfredo; Cultura Brasileira: Temas e Situações; São Paulo: Editora Ática, 2002.
Available from World Wide Web 
<URL:http://www.sppert.com.br/Brasil/Cultura/A_formação_cultural_no_Brasil/>
acessado em: 14 de julho de 2014.

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