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Caso concreto DIREITO CIVIL III

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CASO 01
Diante da teoria geral dos contratos e o diálogo existente entre as fontes jurídicas, aborde, fundamentadamente, a realidade dos contratos de plano de saúde, apresentando sua natureza jurídica e elementos característicos.
R: O contrato de plano de saúde, é uma prestação de serviço intimamente ligado ao estatuto consumerista. Deve cumprir sua função social, concretizando princípios constitucionais, como a dignidade da p essoa humana, da solidariedade e da justiça social.A natureza jurídica do contrato de plano de saúde, descrita no art. 1º da Lei 9.656/98 tem sua atividade direcionada para o atend imento do “mau futuro”, ou seja, trat a-se de con trato de longa duração, voltado a utilização no momento em que o beneficiário necessitar de atenção a sua saúde
CASO 02
(FGV/OAB 2010.2/Adaptada) Durante dez anos,empregados de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram,gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a fabricante recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competente entendeu que havia responsabilidade précontratual da fabricante. Explique o que significa a responsabilidade précontratual, fundamentando se a decisão do tribunal foi acertada.
R: A responsabilidade pré- contratual surgiu a partir da relação do princípio da boa-fé, ou seja,quando uma das partes cria legítimas expectativas de que o contrato será formalizado, causando prejuízos matérias ou moral pelo arrependimento injustificado de contratar. Art.422 do CC e art.187 do CC. Abuso de direitos.
CASO 03
(FGV ? OAB ? 2012.3 ? Adaptada) Em 12.09.12, Sílvio adquiriu de Maurício, por contrato particular de compra e venda, um automóvel, ano 2011, por R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais). Vinte dias após a celebração do negócio, Sílvio tomou conhecimento que o veículo apresentava avarias na suspensão dianteira, tornando seu uso impróprio pela ausência de segurança. Considerando que o vício apontado existia ao tempo da contratação, de acordo com a hipótese acima e as regras de direito civil, o que poderá Silvio requerer de Maurício?
R: Poderá, Sílvio entrar com uma ação edilícia, ação redibitória pedido o valor que foi pago mas as despesas, também pedido perdas e danos se ele trabalhava com o veículo. E se Sílvio resolver ficar com o bem poderá entrar com uma ação estimatoria pedido o abatimento do preço, pois estar dentro do prazo de 30 dias da contratação.
CASO 04
(27º Concurso Promotor de Justiça/MPDFT/Adaptada) Considere a hipótese em que foi firmado um contrato de empréstimofinanciamento entre instituição bancária e pessoa física, no qual foi inserida cláusula pela qual o devedor autorizava o desconto do débito das prestações do financiamento por consignação em folha de pagamento ou em sua conta bancária. Após o pagamento de algumas parcelas mensais, o devedor constata que não tem condições financeiras para continuar a cumprir as obrigações contratuais, porque o valor da prestação tornou-se insuportável, correspondendo a quase 80% do valor líquido de seus rendimentos. Nessa situação, como o devedor deverá proceder?
R: O contrato até nasceu justo, mas o comprador não tever condições de manter às prestações que estavam exorbitante, acima dos seus rendimentos..o comprador poderá pedir a intervenção do Estado para a teoria da onerosidade excessiva que seria, uma revisão judicial dos contratos de compra e venda.
CASO 05
(Defensoria Pública/MS/VUNESP/2012/Adaptada) João comprou um automóvel, com reserva de domínio, com uma entrada e pagamento de 24 prestações. Desempregado, deixou de efetuar o pagamento da última parcela, quando foi interpelado judicialmente pelo vendedor, para constituí-lo em mora e ser possível a execução da cláusula de reserva de domínio, resolvendo o contrato. Com base nesta situação, poderá o vendedor ver o contrato resolvido?
R: Pelo adimplemento substancial do contrato, não é possível a busca e apreensão do veículo, mas, apenas, a exigência do pagamento da parcela restante.
CASO 06
Marina é proprietária de uma casa no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e Paulo é proprietário de um apartamento avaliado em R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Com a intenção de realizarem a troca destes bens, Marina e Paulo acordam a permuta, contudo,Marina deverá realizar uma complementação no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), haja vista a divergência de valores entre os bens a serem permutados. O fato da contraprestação do bem a ser trocado ser ofertada parcialmente em dinheiro desnatura a permuta?
R: Só desnaturaria a permuta se o valor da contraprestação fosse superior ao bem permutado.
CASO 07
(FGV/OAB 2010.3/Adaptada) Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento particular, certa quantia em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, caso ele venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, por sua vez, aceita formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se com Leila, conforme estipulado. No dia seguinte ao casamento, ao procurar sua tia para receber a quantia estabelecida, Fernando deflagra uma discussão com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. Considerando o regime legal da doação e a situação narrada, como Sônia deve proceder?
R: Independentemente da ofenda que Fernando fez a sua tia, por Fernan do ter se casado com Leila, cumprindo a parte que lhe cabia, Sônia dever á pagar a Fernando a quantia em dinheiro.
CASO 08
(FCC/2016/SEGEP/MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual/Adaptada) Marcelo emprestou gratuitamente a Henrique, para que expusesse em sua galeria de arte, obra assinada por renomado artista plástico. Enquanto a obra estava exposta, a galeria de artes foi atingida por um raio que incendiou o local. Durante o incêndio, Henrique houve por bem salvar as obras de sua propriedade, tendo em vista possuírem valor maior, abandonando a de Marcelo, que se danificou. Assim, qual o contrato celebrado entre Marcelo e Henrique, bem como as consequências da atitude de Henrique.
R: O contrato celebrado entre Marcelo e Henrique é de comodato, que tem comoobjeto bem infungível, perfaz-se coma a sua tradição e Henrique responderá pelo dano, nãopodendo invocar como causa excludente de responsabilidade caso fortuito ou força maior.
CASO 09
(FCC/2018/TRT/2ª REGIÃO/Analista Judiciário/Adaptada) Josué, proprietário de um terreno na cidade de Itaquaquecetuba/SP, firmou contrato de empreitada com o empreiteiro Manoel, envolvendo trabalho e materiais, para construção de um imóvel comercial no local. No curso da obra o arquiteto contratado pelo dono da obra Josué, com a anuência deste, apresenta diversas modificações substanciais, desproporcionais ao projeto originalmente aprovado para o contrato celebrado entre as partes. Neste caso, se Josué exigir que as modificações sejam realizadas pelo empreiteiro Manoel, nos termos estabelecidos pelo Código Civil, que providências poderá este adotar?
R: Manoel poderá suspender a obra ainda que Josué arque com o acréscimo do preço.
CASO 10
(FGV – OAB – 2013.1 – Adaptada) De acordo com o Código Civil, opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em nome deste, praticar atos ou administrar interesses. Daniel outorgou a Heron, por instrumento público, poderes especiais e expressos, por prazo indeterminado, para vender sua casa na Rua da Abolição, em Salvador, Bahia. Ocorre que, três dias depois de lavrada e assinada a procuração, em viagem para um congresso realizado no exterior, Daniel sofre um acidente automobilístico e vem a falecer, quando ainda fora do país. Heron, no mesmo dia da morte de Daniel, ignorando o óbito,vende a casa para Fábio, que a compra, estando ambos de boa-fé. De acordo com a situação narrada, o que acontecerá com este contrato de compra e venda?
R: A compra e venda é valida, em relação aos contratantes.
CASO 11
Mário foi contratado pela Empresa de Bebidas Artesanais Felicidade para realizar a venda de bebidas dentro de determinada zona geográfica previamente estipulada pelas partes. Ocorre que Cristóvão,igualmente contratado pela Empresa, para promover negócios em área de atuação próxima, porém diversa, invadindo a área de atuação de Mário, realizou vendas na parcela geográfica que a este incumbia. Diante desta situação hipotética, como será solucionada a questão da retribuição a ser percebida por Mário quanto aos negócios promovidos em sua área de atuação?
R: Diante do caso exposto, Mario continuará a realizar a venda de bebidas dentro dedeterminada zona geográfica previamente estipulada pelas partes. No entanto, deverá acionar Cristovão para informar a falta cometida, em razão da invasão de áreada atuação
CASO 12
(CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento - Adaptada) José da Silva colocou uma casa de sua propriedade à venda. Antônio Pedro e Paulo Nogueira, corretores autônomos, passando pelo local viram a placa de “vende-se” e procuraram individualmente o dono José da Silva e ofereceram os serviços de intermediação. José Silva concordou, mas não deu exclusividade para nenhum deles, combinando percentual de 4% sobre valor, em caso de venda, como remuneração. Então ambos os corretores colocam os números de seus telefones ao lado da placa “vende-se”. Maria Pia passou pelo local, viu os números de telefones e ligou para Antônio Pedro, agendando visita ao imóvel. Foi ao local, tirou fotos,gostou muito, perguntou preço, fez proposta de compra, mas não fechou o negócio no ato, porque o corretor ficou de conversar com o proprietário. Passados 15 dias, Maria Pia ligou para Antônio Pedro para saber notícia do imóvel, mas não conseguiu o contato com o corretor, pois todas as ligações davam ocupadas ou fora de área. Então, como tinha outro telefone na placa, ligou para Paulo Nogueira, que passou as informações complementares e tirou as dúvidas que Maria Pia tinha, mostrou-lhe a documentação, tudo legal, dispensando nova visita ao imóvel, porque já o conhecia. Então, fechou o negócio de compra e venda, assinou contrato e pagou ao proprietário o valor e entrou na posse do imóvel. A comissão de corretagem foi paga a Paulo Nogueira. Antônio Pedro, posteriormente, viu que a placa “vende-se” foi retirada do local e que havia nova moradora no imóvel. Ela lhe contou o ocorrido e Antônio Pedro entende que tem direito à comissão de corretagem. Antônio Pedro está certo? Fundamente sua resposta.
R: Diante do caso exposto, Antônio Pedro possui direito à comissão de corretagem, mas apenasparcialmente, pelo serviço que prestou na venda do imóvel, sendo o contato inicial naaproximação das partes compradora e vendedor do bem.

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