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Gabriel Bagarolo Petronilho 1 TXVIII- MEDICINA FAG ➝ Introdução ● A fisiologia renal, que será resumida aqui nessa apostila, estuda basicamente o comportamento dos rins e a sua relação com os líquidos corporais de acordo com suas variações. ● Unidade funcional do rim = néfron. ➝ Líquidos Corporais ● Há uma necessidade do corpo em manter o volume e a composição dos líquidos corporais relativamente constante para que a homeostase ocorra. ● Portanto, a entrada e saída de líquidos deve ser equilibrada. ➝ Ganho versus Perda de Água ● Entrada de água - ela pode acontecer por meio de duas fontes principais: (1) Ingerida por meio de líquidos ou na dieta em forma de alimentos, somando um total de 2.1L/dia e (2) sendo sintetizada pelo próprio metabolismo corporal através da oxidação de carboidratos, somando mais 200mL/dia. Lembro que sempre poderá ocorrer variações anatômicas entres as pessoas e, também, devemos considerar variações de clima, hábito e atividades físicas. ● Saída de água - temos diferentes maneiras de perder água. São elas: (1) perda insensível de água, aquela que não é possível fazer um cálculo preciso porque acontecem através da difusão de água através da pele - além da sudorese, portanto mesmo pessoas sem glândulas sudoríparas a possuem -, evaporação no trato respiratório, levando a uma perda total de 700-900mL/dia em condições normais. Essa perda - insensível - possui esse nome pelo fato da pessoa eliminar água de uma forma inconsciente e sem percepção. (2) perda de água nas fezes, normalmente em uma pessoa saudável se faz em torno de 100mL/dia. Esse número pode aumentar para até vários litros se acontecer uma diarréia, demonstrando o porque uma diarréia grave pode ser uma ameaçando a homeostase e, consequentemente, à vida. (3) perda de água pelos rins, é a via em que o corpo excreta água através da urina. Existem diversos mecanismos que controlam essa perda de água do organismo e, de fato, se caracteriza como o meio mais importante pelo qual o corpo mantém essa relação perda-ganho, além do balanço de eletrólitos. Em média, perdemos 1.500mL/dia de água na urina, porém, como dito anteriormente, podemos variar desde uma urina muito concentrada, excretando um total de apenas 500mL/dia de água em uma pessoa desidratada, ou ainda eliminarmos cerca de 2.000mL/dia de água em uma pessoa hiperidratada. ➝ Compartimentos de Líquidos Corporais ● O líquido corporal está distribuído, principalmente, em 2 grandes compartimentos: o líquido extracelular - dividido em líquido intersticial e plasma sanguíneo (intravascular) - e o líquido intracelular. ● Ainda, apenas para conhecimento, temos um compartimento bem menor chamado, líquido transcelular, o qual abrange os líquidos dos espaços sinoviais, peritoniais, pericárdicos, intraoculares e o LCR. ● Compartimento de Líquido Intracelular ➝ abrange os líquidos presentes no interior das células, portanto, esse líquido tem um valor de 28 L a 42 L, constituindo cerca de 40% do peso corporal de uma pessoa, considerando a média de peso 70Kg. Apesar do líquido intracelular possui diferenças de uma célula para outra, as concentrações dessas substâncias são muito semelhantes. ● Compartimento de Líquido Extracelular ➝ é o compartimento que abrange todos os líquidos que estão ‘por fora’ da célula. Juntos, esses líquidos constituem cerca de 20%, cerca de 14L, do peso corporal, de uma pessoa ‘média’ considerada de 70Kg. Esse compartimento é, ainda, subdivido em compartimento de líquido intersticial que se aproxima de 3/4 do principal, ou seja 11L e em compartimento de líquido plasmático, completando o outro 1/4 restante, sendo 3L. Gabriel Bagarolo Petronilho 2 TXVIII- MEDICINA FAG ● Obs.: o plasma é parte não celular do sangue e possui constante trocas com o líquido intersticial através de poros. Portanto, os líquidos extracelulares (plasma e intersticial) estão sempre em contato, fazendo com que eles tenham aproximadamente a mesma composição, exceto pelas proteínas em alta concentração no plasma. ● Não podemos esquecer de considerar o volume total de água presente em nosso organismo para que possamos comparar seu valor com os outros compartimentos, portanto: volume total de água é cerca de 42L correspondendo a 60% do peso corporal de uma pessoa de 70Kg. ➝ Volume Sanguíneo ● O sangue é o líquido corpóreo que tem como sua composição tanto o líquido extracelular (líquido do plasma) e o líquido intracelular ( presente dentro das hemácias). Porém, é estudado/considerado separadamente por conter sua própria câmara, o sistema cardiovascular. ● No adulto é em torno de 7% do peso corpóreo (≅ 5L), sendo que 60% do sangue é plasma e 40% hemácias - percentual podendo variar em função de peso, idade e sexo. ● Hematócrito ➝ fração do sangue representada pelas hemácias (volume total das hemácias) determinada pela centrifugação do sangue em um tubo para hematócrito. Nos homens, o hematócrito normalmente medido é cerca de 40% e em mulheres, em torno de 36% devido ao ciclo menstrual. ● Obs.: Quadros graves de anemia o hematócrito pode cair em até 10%, o que pré-dispõe à pessoa ao risco de vida. Já em quadros de policitemia, excesso de hematócritos, esse valor pode chegar a 65%. ➝ Composição dos Líquidos Extracelulares e Intracelulares ● Plasma versus Líquido Intersticial ➝ são separados apenas por uma membrana capilar altamente permeável a íons, tornando suas composições similares. Porém, não há passagem de proteínas plasmáticas, em grande quantidade, sendo a diferença entre os dois, a alta concentração delas no plasma. O efeito Donnan faz com quem a concentração de íons positivos (cátions) seja maior ( em torno de 2%) no plasma do que no líquido intersticial. Porém, por razões práticas, as concentrações dos íons no líquido intersticial e no plasma são consideradas iguais. Além disso, na figura abaixo podemos notar que o LEC, incluindo plasma e interstício, contém grande quantidade de íons sódio e cloreto, quantidade razoável de íons bicarbonato e pequena quantidade de potássio, cálcio, magnésio, fosfato e ácidos orgânicos. ● Líquido Intracelular ➝ são separados por uma membrana altamente permeável à água, mas não a grande maioria de eletrólitos existentes no organismos transformando seu ‘deslocamento’ dependente de transporte ativo. O LIC contém pequena quantidade de íons sódio e cloreto e quantidades ainda menores de cálcio, quando comparado com o LEC. Entretanto, ele possui grande quantidade de íons potássio e fosfato e, também, considerável quantidade de magnésio e sulfato. Por fim, as células possuem cerca de 4 vezes mais proteínas do que no plasma. Gabriel Bagarolo Petronilho 3 TXVIII- MEDICINA FAG Valores referentes à uma pessoa com peso corporal de 70Kg Unidade: (mOsm/L H₂O) Plasma Interstício Intracelular Na⁺ 142 139 14 K⁺ 4,2 4,0 140 HCO₃⁻ 24 28,3 10 Ca⁺ 1,3 1,2 0 Obs.: Professor comentou que é necessário saber os valores da tabela acima, pelo menos. Composição Iônica Intracelular e Extracelular Composição Não Iônica do Plasma ➝ Mediçãos dos Volumes Líquidos ● O volume líquido do diferentes compartimentos do corpo pode ser medido através de uma substância indicadora. Quando o indicador dispersar-se igualmente pelo compartimento, pode- se utilizar o princípio Indicador-diluição. ● Princípio Indicador-Diluição ➝ se baseia no princípio de conservação das massas. Isso significa que, a massa total da substância, após a dispersão no compartimento líquido, será a mesma massa total injetada inicialmente. ●Analisando a imagem: Então, pelo princípio Indicador-diluição, a massa total da substância(as bolinhas mais escuras) no compartimento B - M= Volume B x Concentração B - será igual a massa da substância (bolinhas escuras) injetada inicialmente - M= Volume A x Concentração A. ● Então, organizando as equções, podemos calcular o volume desconhecido do compartimento B ➝ ●O que precisa para o cálculo? (1) Quantidade total do indicador injetado (massa) - numerador; (2) Concentração do líquido na câmara após a substância ter se dispersado - denominador; ●Quando pode ser usado? (1)Quando o indicador se dispersa igualmente (2) Quando o indicador só se dispersa pelo compartimento que deseja-se calcular o volume (3) Quando o indicador não é metabolizado Gabriel Bagarolo Petronilho 4 TXVIII- MEDICINA FAG V (B ) = V (A) . [A] [B ] ➝ Determinação de Volume em Compartimentos Específicos ● Água Total do Corpo ➝ água radioativa (trítio) ou a água pesada (deutério) podem ser utilizada como substância indicadora no princípio indicador-diluição para medição da água de todos os compartimentos do corpo. Antipirina, substância altamente lipossolúvel, também pode ser usada. ● Líquido Extracelular ➝ medida de volume do plasma e líquido intersticial. Utiliza-se substância que se dispersa no plasma, porém, não é permeável pelas membranas. A mais comum é o sódio radioativo, mas, podem ser também, cloreto radioativo, inulina, etc. ● Volume Intracelular ➝ não pode ser medido diretamente. Portanto, depende de um cálculo. ●Volume do Plasma ➝ a substância deve permanecer no sistema vascular e não permear os capilares. Mais comumente utiliza-se albumina sérica com iodo radioativo (¹²⁵I- albumina) ou até mesmo corantes que coram as proteínas plasmáticas. ● Líquido Intersticial ➝ não pode ser medido diretamente. Depende de cálculo. ●Volume Sanguíneo ➝ se o volume plasmático já foi mensurado através do método descrito acima, sabendo-se o valor do hematócrito (parte do sangue composta por células) é possível calcular pela seguinte fórmula: Outra maneira é a injeção de hemácias marcadas com material radioativo, como Cromo, na circulação. ➝ Troca de Líqudios e Equilíbrio Osmótico entre Líquidos Intra e Extracelulares ●Pacientes frequentemente apresentam problemas na regulação da composição adequada em um ou mais compartimentos do corpo. ● As quantidades de LEC distribuídas entre o plasma e o espaço intersticial é regulada pelo equilíbrio hidrostático e coloidosmótico. ● Já a distribuição dos líquidos entre compartimentos intra e extracelular é determinada pelo efeito osmótico de solutos menores, principalmente, sódio e cloreto. Isso acontece porque as membranas são muito permeáveis à água e pouco permeável a íons menores que a água. ➝ Princípio Básico de Osmose e Pressão Osmótica ● Osmose: Devido à semi-permeabilidade das membranas celulares, sempre que existir uma maior concentração de soluto de um lado da membrana celular a água se difundirá pela membrana em direção ao lado de maior concentração de soluto, esse processo efetivo de movimento da água causado por sua diferença de concentração é denominado osmose. ● A intensidade da difusão da água é conhecida como intensidade da osmose. ● Pressão Osmótica: é quantidade de pressão, exercida por solutos, necessária para que haja a interrupção do movimento de osmose realizado pela água, . ➝ Osmolalidade e Osmolaridade ● Primeiro devemos relembrar as unidades de medidas chamadas de osmol e mol. ● Osmol: para expressar a concentração da solução em termos do número de partículas, utilizamos a unidade osmol no lugar da grama. Desse modo, 1 osmol é o peso de 1 molécula grama de soluto. ● Mol: 1 mol = 6,02x10²³ partículas e 1 Osmol = 1 mol. ● Osmolalidade: a concentração osmolar de uma solução é chamada de osmolalidade quando a essa é expressa em osmóis por quilograma de água. Gabriel Bagarolo Petronilho 5 TXVIII- MEDICINA FAG V = Água Total do Corpo - Volume Extracelular V = Volume Extracelular - Volume do Plasma VSangueTota l = VPla sma 1 − Hematocr i to Ex.: 180g de glicose ➝ 1 molécula de glicose ➝ 1 osmol de glicose; Levando em consideração que a glicose não se dissocia em íons. Caso se dissocie: 1 molécula de XY ➝ 2 osmóis ● Osmolaridade: quando a concentração osmolar de uma solução é expressa em osmóis por litro de solução. ● Na maioria dos casos, é mais fácil expressar a quantidade de líquido corporal em Litros. Portanto, utilizamos, clinicamente, a maior parte dos cálculos baseados em osmolaridade. ➝ Cálculo da Osmolaridade e Pressão Osmótica ●Utiliza-se a lei de van’t Hoff. C ➝ Concentração do Soluto R ➝ Constante T ➝ Temperatura em K (273K + T da solução) Vamos calcular a pressão osmótica de uma solução de soro fisiológico a 0,9% NaCl: ● Devemos considerar que a membrana celular é impermeável ao soluto; (1) Solução de Cloreto de Sódio a 0,9% significa que existe 0,9 gramas de NaCl a cada 100 mililitros de solução, ou 9g/L. (2) Dado: Peso molecular de NaCl = 58,5 g/mol; Então, dividimos a concentração do soluto (9g/L) pelo peso molecular (58,5g/mol). Obtemos como resultado, 0,154 mol/L. (3) Considerando que o NaCl é capaz de dissociar-se em Na⁺ e Cl⁻ sabemos que cada molécula equivale a 2 osmóis. Portanto, a osmolaridade da solução é 0,154 x 2 , que nos dá 0,308 Osm/L ou 308 mOsm/L. O valor encontrado da osmolaridade encontrado é bem próxima ao do sangue. (4) Para término do cálculo da pressão osmótica real, devemos transformar a unidade de mOsmóis por L para mmHg. Portanto, temos como dado que 1 mOsm/L = 19,3 mmHg. Então, calculando ( 308 mOsm/L x 19,3 mmHg) temos 5.944 mmHg como pressão osmótica. ➝ Soluções Isotônicas, Hipotônicas e Hipertônicas e seus Efeitos ● Isotônicas: são soluções que possuem a osmolaridade do soluto impermeante próximo de 282 mOsm/L. Isso significa que a concentração de água no LIC e LEC são iguais e i soluto não pode sair ou entrar na célula, fazendo com que seu volume não sofra alterações. Ex.: soluções de NaCl a 0,9% e glicose a 5%. ● Hipotônicas: são soluções que possuem a osmolaridade do soluto impermeante < 282 mOsm/L e a água se difundirá di LEC para a célula fazendo com que haja um inchaço da mesma (célula túrgida). Isso acontecerá até que o meio intracelular torne-se isotônico ao extracelular. Caso o inchamento ultrapasse a capacidade de distensão da membrana, a mesma se rompe. Ex.: Solução de NaCl menor que 0,9% são hipotônicas. ● Hipertônicas: são soluções que possuem concentração maior de solutos impermeantes do que o líquido intracelular. Dessa forma a água sairá da célula para que dilua o LEC e concentre o LIC, fazendo com que a célula murche (célula plasmolisada) até atingir a isotônia com o LEC. Ex.: Soluções de NaCl maiores que 0,9%. Gabriel Bagarolo Petronilho 6 TXVIII- MEDICINA FAG Portanto: ➝ Osmolalidade: osmóis por Kg de água; ➝ Osmolaridade: osmóis por L de água; P(Osm.) = C . R .T Obs.: Devemos lembrar que esse cálculo é somente aproximado e que possuímos fatores de correção, chamados de coeficientes osmóticos, para que ele se torne ‘mais real’. Porém, na maioria das vezes são ignorados ao determinar pressão osmótica e a osmolaridade de soluções fisiológicas. Para corrigir: multiplica-se a osmolaridade pelo coeficiente osmótico (fator de correção) e continua o cálculo. 308 x 0,93 = 286 mOsm/L ➝ 286 x 19,3 = 5.528mmHg Osmolaridades Plasma Interstício Intracelular Total mOsm/L 299,8- 301 300 301 Corrigida 282 281 281 Obs.: Soluções isotônicas são importantes no contexto clínico, já que podem ser infundidas no sangue sem que haja prejuízo ao equilíbrio osmótico entre os líquidos corporaise o volume de suas células. ➝ Velocidade do Estabelecimento do Equilíbrio Osmótico entre LIC e LEC ● A transferência de água através da membrana ocorre muito rápido. Qualquer diferença de osmolaridade entre esses dois compartimentos (LIC E LEC) é, geralmente, corrigida em segundou ou minutos. ● Porém, o movimento da água rapidamente através da membrana não significa que o equilíbrio completa seja atingido nesse curto período. Devido ao fato de que, geralmente, o líquido entra no corpo pelo tubo digestivo e deve ser transportado pelo sangue para todos os tecidos antes de começar atingir o equilíbrio osmótico. ● Esse processo leva cerca de 30 min para que seja alcançado todo o equilíbrio osmótico em todo o corpo depois de se ingerir água. ➝ Fatores que Causam Alteração nos Volumes de LEC e LIC ● Ingestão ou retenção renal de água ● Desidratação ● Infusão intravenosa de soluções ● Perda de quantidades anormais de líquidos pelo TGI 1 ● Perda de quantidades anormais de líquido por suor ou rins ➝ Efeito da Adição de Solução Salina ao LEC (Fator Externo) ● Solução Salina Isotônica ➝ a osmolaridade do líquido extracelular não se alterará; portanto, não haverá osmose. Somente haverá o aumento do volume do líquido extracelular, já que o líquido infundido permanecerá no espaço extracelular. ● Solução Salina Hipertônica ➝ a osmolaridade extracelular aumentará e haverá osmose de água das células para o compartimento extracelular. Quase todo o cloreto de sódio permanecerá no líquido extracelular. Há aumento no volume extracelular (maior que o inicial), redução do volume intracelular e aumento na osmolaridade dos dois compartimentos. ● Solução Salina Hipotônica ➝ a osmolaridade do líquido extracelular diminui e parte da água extracelular se difunde para as células até que ambos os compartimentos atinjam a mesma osmolaridade. Ambos os volumes aumentam, embora o volume intracelular aumente em maior grau. ➝ Cálculo do Deslocamento de Líquido e Osmolaridade na Infusão de Solução Salina Hipertônica (3%) ● Solução: 2L Solução Salina Hipertônica NaCl 3,0% ● Paciente: Normal, 70 Kg Passos 1º ➝ Calcular as condições iniciais: volume, concentração e total de miliosmóis em cada compartimento. 2º ➝ Calcular o total de miliosmóis adicionado ao LEC. Ter 2L de uma solução salina de NaCl a 3,0%, significa ter 3,0g/100mL ou 30g/L. Sabendo que TGI ➝ Trato Gastrointestinal 1 Gabriel Bagarolo Petronilho 7 TXVIII- MEDICINA FAG Qual o volume dos líquidos extra e intra e suas osmolaridades após equilíbrio osmótico atingido? Lembrete: 20% do peso corporal ➝ LEC 40% do peso corporal ➝ LIC Cond. Iniciais Volume (L) Concentraçã o (mOsm/L) Total (mOsm) LEC 14 280 3.920 LIC 28 280 7.840 Total de Líquido 42 280 11.760 o peso molecular do Nacl é 58,5g/Mol então, dividimos o a concentração de soluto na solução (30g) pelo seu peso molecular (58,5g/Mol). Obtemos então o resulto de: 0,5128mol de NaCl por litro de solução. Já que temos 2 L de solução multiplicamos o valor encontrado por 2 ➝ 1,0256 mol de NaCl. Considerando que o NaCl em solução se dissocia em Na⁺ e Cl⁻, devemos multiplicar a quantidade de mol na solução de 2L (1,0256) por 2 ➝ 2,051mol ou osmóis. Transformando para miliosmóis (𝗑 1000) temos, 2.051 miliosmóis. 3º ➝ Calcular o efeito instantâneo de se adicionar 2.051 miliosmóis de NaCl em volume de 2L no LEC. Não ocorrerá nenhuma alteração de concentração ou volume no LIC, e não haverá equilíbrio osmótico. Porém, o LEC terá adicional de 2.051 miliosmóis no soluto total, somando 5.791 miliosmóis. Como o LEC terá, agora, 16L de volume, podemos calcular a concentração nova dele da seguinte maneira: Divide-se a quantidade de miliosmóis (5.971) pelo volume (16L), obtendo um total de concentração aumentada para 373 mOsm/L. 4º ➝ Agora calcularemos os volumes e as concentrações que ocorreriam após ser atingido o equilíbrio osmótico depois de minutos (30min). Nessa situação, as concentrações seriam iguais no LEC e LIC. Então, podem ser calculadas pela divisão total de miliosmóis do corpo (13.811) pelo volume total (44L). A concentração no equilíbrio, então, seria de 313,9. Esse valor significa que todos os compartimentos de líquidos corporais possuirão essa mesma concentração após equilíbrio osmótico. Agora, calcula-se então os novos volumes dos compartimentos. O volume do fluido intracelular é calculado dividindo o total de mOsm (7.840) pela concentração (313,9 mOsm/L), resultando em 24,98L. A mesma coisa para calcular o volume do LEC, dividi-se o total de mOsm (5.971) pela concentração (313,9 mOsm/L), resultando 19,02L. Lembrando que esse cálculos utilizando como base a hipótese de que o cloreto de sódio adicionado não sofreu movimento para dentro das células e está no compartimento do LEC. Conclusão ➝ Podemos, então, perceber que a adição de uma Solução Salina Hipertônica (3,0%) causa o aumento de mais de 5L no volume do líquido extracelular e diminuição de mais de 3L no volume do líquido intracelular. Esse método pode ser aplicado para praticamente qualquer problema clínico de regulação no volume dos líquidos. ➝ Infusão de Soro Glicosado a 5% ●Uma solução de glicose a 5% é quase isosmótica e pode ser infundida por via intravenosa sem provocar o inchamento das hemácias. ● A glicose em solução é rapidamente transportada para as células e metabolizada. ● Após a metabolização da glicose, o excesso de água que ainda permanece, em condições normais, os rins excretam na forma de urina muito diluída. ● O resultado final, portanto, é a adição de apenas nutrientes no corpo. ● A infusão de soro glicosado a 5% reduz a osmolaridade do LEC e ajuda a corrigir o aumento na osmolaridade do LEC associada a desidratação. Gabriel Bagarolo Petronilho 8 TXVIII- MEDICINA FAG Efeito Instant. Volume (L) Concentraçã o (mOsm/L) Total (mOsm) LEC 16 373 5.971 LIC 28 280 7.840 Total de Líquido 44 Sem Equilíbrio 13.811 Após Equilíbrio Volume (L) Concentraçã o (mOsm/L) Total (mOsm) LEC 19,0 313,9 5.791 LIC 24,98 313,9 7.840 Total de Líquido 44,0 313,9 13.811 Além da glicose utilizada como solução isotônica, também temos, soluções de aminoácidos e soluções de gordura homogeneizada, utilizadas em menor escala para administração com objetivo nutricional. ➝ Hiponatremia e Hipernatremia ● São anormalidades clínicas da regulação do volume de líquidos corpóreos. ● Para avaliar o status do paciente utiliza-se a a concentração de sódio no plasma. ● A concentração de sódio no plasma é indicador razoável da osmolaridade do plasma sob várias condições, levando em consideração que o sódio e seus ânions associados contabilizam mais de 90% do soluto do LEC. ● A concentração de sódio no plasma reduzida (alguns mEq abaixo de 142 mEq/L) caracteriza Hiponatremia. ● A concentração de sódio no plasma aumentada (algumas mEq/L acima de 142 mEq/ L) caracteriza Hipernatremia. ➝ Causas da Hiponatremia ● A redução da concentração plasmática de sódio ou adição excessiva de água ao LEC são causas de hiponatremia. ● Perda de Sódio ➝ Hiponatremia- desidratação: perda de de cloreto de sódio e redução do volume do líquido extracelular. Pode acontecer por conta de diarréia e vômito, uso excessivo de diuréticos e doença de Adisson. ● Excesso de Água ➝ Hiponatremia- hiperidratação: retenção de água que dilui o sódio do LEC. Pode acontecer por retenção de água, propriamente dita, ou por secreção excessiva de ADH. ➝ Consequências da Hiponatremia: EDEMA ● Variações rápidas de volume celular, podem apresentar efeitos intensos nos tecidose na função dos órgãos, especialmente no cérebro. ● A redução de sódio plasmático pode causar edemas em células cerebrais. Os sintomas ocasionado são: dor de cabeça, náusea, letargia e desorientação. ● O cérebro não pode aumentar seu volume acima de 10% sem que seja forçado o pescoço (herniação) que pode causar lesão cerebral permanente e até a morte. ● Hiponatremia é a causa mais comum de distúrbios eletrolíticas e acontece em 15% a 25% dos pacientes. ➝ Causas da Hipernatremia ● O aumento de sódio plasmático e, consequente, aumento da osmolaridade pode ser ocasionado pela perda de água do LEC ou excesso de sódio compartimento do líquido extracelular. ● Perda de Água ➝ Hipernatremia - desidratação: Falta de ADH (diabetes insípidos ‘central’) que faz com que a urina seja muito diluída, ocasionando desidratação e aumento da concentração de cloreto de sódio no LEC e suor, menir ganho que a perda de água pelo corpo. ● Excesso de Sódio ➝ Hipernatremia - hiperidratação: secreção excessiva de aldosterona que fará retenção de sódio e causará discreto grau de hipernatremia e hiperidatração. Nesse caso, a hipernatremia não é tão grave por que a aldosterona também estimula a secreção de ADH e faz com que os rins absorvam grandes quantidades de água. ➝ Consequência da Hipernatremia: MURCHAMENTO CELULAR ● Sintomas graves de hipernatremia somente aparecerão a partir do aumento da concentração de sódio para valores acima de 158-160 mEq/L. ● Menos comum do que a hiponatremia, pois ela causa sede intensa e estimula secreção de hormônio antidiurético para proteger contra esses grandes aumentos de sódio. ● Pode ocorrer a forma grave em pacientes com lesões hipotalâmicas (sentido de sede comprometido), crianças com não acesso imediato de água, idosos com estado mental alterado ou pacientes com diabetes insípidos. ● Deve ser corrigida lentamente com administração de cloreto de sódio hipo- osmótico ou solução de dextrose. ➝ Edema ● Refere-se à presença de excesso de líquido nos tecidos corpóreos. ● Comumente ocorre no compartimento do líquido extracelular, porém, pode envolver o líquido intracelular. ● Há 2 tipos: Edema extracelular e edema intracelular. ➝ Edema Intracelular ● Condições propensas a causar edema: (1) Hiponatremia, (2) Depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos e (3) Falta de nutrição adequada para as células. ● Quando o fluxo sanguíneo para um tecido é reduzido, a distribuição de O₂ (má perfusão) e Gabriel Bagarolo Petronilho 9 TXVIII- MEDICINA FAG ● [Sódio] normal = 142mEq/L ● < 142 mEq/L ➝ Hiponatremia ● > 142 mEq/L ➝ Hipernatremia de nutrientes reduz também. Isso faz com que as bombas iônicas (Na⁺/K⁺ ATPase) da membrana celular diminuam suas atividades, tornando menos ativas. Com isso, os íons sódio que normalmente entram para o interior da célula não são bombeados para fora e se acumulam no meio intracelular. Causando osmose para a célula. ● O aumento de volume intracelular pode ser de 2 - 3 vezes o tamanho normal. Quando há esse aumento, é geralmente prelúdio da morte do tecido. ● O edema intracelular também pode ocorrer por conta de processos inflamatórios. Pois, esses, fazem com que a permeabilidade da membrana aumente e a quantidade sódio e íons que se difundem aumente. ➝ Edema Extracelular ● Causado pelo acúmulo excessivo de líquido nos espaços extracelulares. ● Possuem 2 causas: (1) Vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais através de capilares e (2) Falha do sistema linfático em retornar líquido do interstício para o sangue (linfedema). ● O fator mais comum dos dois é a filtração excessiva do líquido capilar, ou seja, aumento da permeabilidade capilar. ➝ Intensidade de Filtração Capilar (F) ➝ Coeficiente de filtração capilar (produto da permeabilidade pela superfície capilar); ➝ Pressão hidrostática dos capilares; ➝ Pressão hidrostática do LIC; ➝ Pressão coloidosmótica capilar do plasma ➝ Pressão coloidosmótica do LIC; ● Pela equação, podemos perceber que o aumento de qualquer uma das variáveis pode aumentar a velocidade da filtração capilar: Aumento do coeficiente de filtração capilar, elevação da pressão hidrostática capilar e redução da pressão coloidosmótica do plasma. ➝ Edema Linfático/Linfedema ● Bloqueio Linfático. ● Ocorre quando a função dos vasos linfáticos é comprometida e há o bloqueio ou perda dos vasos linfáticos, causando um edema. ● Há o acúmulo de líquido e proteínas plasmáticas no interstício. ● O aumento da concentração de proteínas eleva a pressão coloidosmótica do líquido intersticial e atrai ainda mais líquido dos capilares, piorando o linfedema. ● O bloqueio do sistema linfático pode acontecer devido uma grave infecção com acometimento dos linfonodos. Por exemplo, uma filariose. ● O linfedema, ainda, pode acontecer devido a certos tipos de câncer e/ou cirurgias em que os vasos linfáticos foram obstruídos ou completamente removidos. Ex.: Mastectomia completa. ➝ Edema Ocasionado por Insuficiência Cardíaca ● Mais grave e mais comum causa de edema ● O coração é ‘fraco’ e bombeia de forma insuficiente o sangue, o que aumenta a pressão venosa (retorno) e pressão do capilar, causando aumento da filtração capilar. ● Pressão arterial cai. ● Diminuição da filtração do líquido e da excreção de sal e água pelos rins, aumentando edema. Kf PC Pif πc πif Gabriel Bagarolo Petronilho 10 TXVIII- MEDICINA FAG F = Kf × (Pc − Pif − πc + πif ) ➝ Edema Causado pela Insuficiência Renal ● Grande parte de água e cloreto de sódio é retido no líquido extracelular. ● Aumento de volume do líquido intersticial (edema extracelular). ● Hipertensão devido ao aumento do volume sanguíneo. ● Glomerulonefrite aguda ➝ pode causar insuficiência renal. ➝ Edema Ocasionado por Hiponatremia (Redução de Proteínas Plasmáticas) ● Ocorre a produção insuficiente ou vazamento de proteínas plasmáticas para o interstício. ● A redução das proteínas provocam a diminuição da pressão coloidosmótica do plasma. ● Aumento da filtração capilar e, consequente, edema capilar. ● Doenças renais com perda de proteínas pela urina são as causas principais. São chamadas de síndromes nefróticas. ● Doença com a insuficiente produção de proteínas mais comum é a cirrose hepática. ➝ Fatores de Segurança que Previnem Edema - (1) Baixa Complacência do Interstício - (2) Capacidade do Fluxo Linfático de Aumentar de 10-50 vezes o normal - (3) Diluição das Proteínas do Líquido Intersticial quando a filtração capilar aumenta, reduzindo a pressão coloidosmótica do líquido intersticial ➝ Dinâmica Intersticial ● Baixo Complacência do Interstício: a pressão hidrostática do LIC é um pouco menor do que a atmosférica, sendo negativa. Cerca de -3mmHg. Isso faz com que os tecidos tenham um leve ‘sucção’ e mantenham-se compactos. ● Fluxo Linfático: o aumento da pressão hidrostática intersticial se opõe à filtração capilar. Então, quando a pressão hidrostática do líquido intersticial é negativa, um pequeno aumento do volume do líquido intersticial causa grande elevação na pressão hidrostática do líquido intersticial. Então, antes de grandes quantidades de líquidos se acumularem nos tecidos, o pressão hidrostática intersticial deve aumentar cerca de 3 mmHg, ou seja, de -3 para 0mmHg. Se alterar para positiva há o acúmulo de líquido. ➝ Gel Intersticial e Acúmulo de Líquido ● Filamentos de proteoglicanos e fibras colágenas agem no espaço intersticial formando uma ‘malha’, são espaçadores intercelulares.● Isso faz com que haja um espaçamento entre as células e esse espaço seja preenchido por um ‘gel’ formado pelos mesmo. O gel impede a mobilização abrupta de líquidos. ● O gel faz com que nutrientes e íons não se difundam de imediato através das membranas células e possam ser trocados com os capilares adjacentes. ● Além disso, ele ainda impede do líquido fluir facilmente pelo tecido, ou seja, torna a complacência do tecido muito baixa em condições normais (pressão intersticial negativa) impedindo formação de edema. ● Porém, em pressões intersticiais positivas há o aumento da complacência do tecido e ocorre acúmulos, em grande quantidade, de líquido livre, formando os edemas. ● Quando há o fluxo livre de líquido, o edema é conhecido como edema depressível. Ou seja, se pressionarmos com o dedo o local do edema o líquido será empurrado para fora da área e ao retirar ele voltará para área aos poucos. ● Edema não depressível acontece de maneira contrário ao descrito acima. Pode ocorrer por Gabriel Bagarolo Petronilho 11 TXVIII- MEDICINA FAG inchaço celular ou líquido coagulado no interstício. ➝ Fatores que Previnem o Edema ● Aumento do Fluxo Linfático ➝ a função do sistema linfático é retornar para a circulação o líquido e as proteínas filtradas dos capilares para o interstício. Quando há a ocorrência de um edema o fluxo linfático pode aumentar de 10-50 vezes o seu fluxo, evitando com que a pressão intersticial eleve para valores positivos. O fator de segurança calculado por esse aumento de fluxo gira em torno de 7mmHg. ● Pressão Negativa Intersticial ➝ como já explicado anteriormente, ela compensa um aumento de até 3mmHg na pressão do líquido intersticial. ● Lavagem das Proteínas do Líquido Intersticial ➝ quando o líquido filtrado para o interstício aumenta, a pressão intersticial também se eleva. Com isso, o aumento do fluxo linfático (como explicando no item acima) faz com que haja uma diminuição de concentração de proteínas no interstício, já que os vasos linfático são mais permeáveis a elas do que os capilares. Isso faz com que as proteínas sejam ‘lavadas’ do interstício e há uma queda na força efetiva de filtração capilar (jogar líquido para dentro do interstício) pela diminuição da pressão coloidosmótica intersticial evitando o acúmulo de líquido. Esse efeito de fator de seguração foi calculado em torno de 7mmHg. ➝ Espaços Potenciais para Acúmulo de Líquidos ● Cavidade Pleural ● Cavidade Peritonial ● Cavidade Pericárdica ● Espaços Articulares (sinoviais) ● Acontecem porque a maioria todos têm superfícies em que quase tocam uma na outra, com apenas uma camada de líquido separando- as, e as superfícies deslizam uma sobre as outras. ● A membrana de superfície do espaço potencial geralmente não oferece resistência significativa à passagem de eletrólitos, líquidos, ou até mesmo proteínas. ● As proteínas se acumulam nos espaços potenciais. ● Quando há edema no tecido subcutâneo adjacente ao espaço em potencial, o líquido do edema, geralmente, também se acumula no espaço em potencial e chama-se efusão. ● A cavidade abdominal é propensa a acumulo de líquidos de efusão. Nessa caso, a efusão é chamada de ascite. ➝ Anatomia Renal Gabriel Bagarolo Petronilho 12 TXVIII- MEDICINA FAG Soma Total dos Fatores de Segurança: 17mmHg ➝ Estrutura Renal ➝ Suprimento Sanguíneo ● O fluxo sanguíneo para os dois rins corresponde normalmente a 20-22% do débito cardíaco , ou seja, 1.100mL/Min. 2 ● O fluxo sanguíneo deve ser alto para que ocorra uma filtragem efetiva. ➝ Glomérulo ● A alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares (cerca de 60mmHg) resulta na filtração rápida de líquidos e de eletrólitos. ➝ Capilares Peritubulares ● A baixa pressão hidrostática nos capilares peritubulares (cerca de 13 mmHg) permite sua rápida reabsorção. ➝ Árvore Arterial Renal ➝ Distribuição de Vasos Obs.: Analisar a imagem acima delimitado os locais de posição de arteríolas aferente/eferente. ➝ Néfron ● É a unidade funcional do rim. ● Cada rim contém cerda de 800.000 - 1 Milhão de néfrons. ● Eles formam a urina. ● O rim não pode regenerar néfrons. Após os 40 anos de idade há o declínio da função renal devido a diminuição do número de néfrons funcionais. ● Cerda de 10% de perda para cada 10 anos. ● Logo, 80 anos ➝ 40% a menos de néfrons funcionais. ● Essa perda não causa risco de vida. ● Constituição do Néfron: (1) Grupo de capilares glomerulares, os glomérulos e (2) Longo túbulo. Débito cardíaco é a quantidade de sangue 2 bombeado para a aorta a cada minuto pelo coração. Gabriel Bagarolo Petronilho 13 TXVIII- MEDICINA FAG ➝ Glomérulo ● Contém uma rede de capilares glomerulares que se unem e anastomosam e possuem pressão hidrostática mais alta que os outros (cerca de 60mmHg). ● Os capilares glomerulares são recobertos por células epiteliais e todo o glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman. ● O líquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e daí para o interior do túbulo proximal, encontrado na zona cortical renal. ● A partir do túbulo proximal, o líquido vaia para o interior da Alça de Henle, que mergulha no interior da medula renal. ➝ Alça de Henle ● Cada alça de Henle consiste em ramos descendentes e ascendente. ● As paredes do ramo descendente e da parte inferior do ramo ascendente são muito delgadas, sendo assim, denominadas segmento delgado da alça de Henle. ● Após a porção ascendente da alça ter retornado parcialmente de volta ao córtex, as paredes ficam espessas e são denominadas segmento espesso do ramo ascendente. ● No fim do ramo ascendente espesso existe um pequeno segmento em sua parede com células epiteliais especializadas, a mácula densa. ● Depois da mácula densa, o líquido segue para o túbulo distal, que se encontra no córtex renal, como o proximal. ● Após o túbulo distal ele passa pelo túbulo conector e o túbulo coletor cortical que levam ao ducto coletor cortical. ● Partes inicias de 8-10 ductos juntam-se para formar um único ducto coletor maior que se dirige para a medula e forma o ducto coletor medular. ● Novamente se une para formar ductos coletores progressivamente maiores que se esvaziam na pelve renal através das papilas renais. ● Em cada rim há cerca de 250 grandes ductos coletores, cada um coleta urina de aproximadamente 400 néfrons. ➝ Excreção de Substâncias ● Os rins são os meios primários para a eliminação de produtos indesejáveis ao metabolismo que não são mais necessárias ao corpo. ● Metabolismo dos Aminoácidos ➝ Uréia ● Degradação da Creatinina muscular ➝ Creatinina ● Degradação de Ácidos Nucleicos ➝ Ácido Úrico ● Degradação da Hemoglobina ➝ Bilirrubina ● Produtos da degradação de hormônios Gabriel Bagarolo Petronilho 14 TXVIII- MEDICINA FAG ● Substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas no corpo ➝ Pesticidas, fármacos e aditivos alimentícios. ➝ Nitrogenous Wastes ● Quando ingerimos qualquer tipo de proteína, ela se quebra em aminoácidos, libera ATP e deixa um resíduo na forma de amônia (3 hidrogênios ligados a 1 nitrogênio) que é uma substância tóxica ao organismo. ● Essa substância tóxica ao organismo pode ser expelida de 3 maneiras diferentes: uréia, ácido úrico e creatinina. ● Uréia ➝ a amônia é convertida pelo fígado em ureia, que é menos tóxica, e excretada pelo organismo. ● Ácido Úrico ➝ o corpo transforma a amônia em ácido úrico através do catabolismo de ácidos nucleicos. ● Creatinina ➝ o corpo transforma a amôniaem creatinina através do catabolismo da fofoscreatina. ➝ Equilíbrio da Água e dos Eletrólitos ● Para manutenção da homeostasia a excreção de água e eletrólitos deve ser cuidadosamente combinada. ● A entrada de água e de eletrólitos é controlada pelos hábitos de ingestão de sólidos e líquidos. ● A capacidade dos rins de alterar a excreção de sódio em resposta às alterações na ingestão de sódio é enorme. ● A ingestão de sódio pode ser aumentam para 1.500 mEq/dia (10x o normal) ou reduzida para 10 mEq/dia (menos de 0,1 do normal) sem que haja alterações significantes no volume do líquido extracelular ou na concentração plasmática de sódio. ➝ Regulação da Pressão Arterial ● Os rins tem papel importante na regulação da PA, através da excreção/reabsorção variável de sódio e água. ➝ Equilíbrio Ácido-base ● Atua juntamente com os outros mecanismos de controle ácido-base para o equilíbrio. ● Os rins são os únicos meios de eliminar alguns tipos de ácidos como, sulfúrico e fosfórico, gerado pelo metabolismo de proteínas. ➝ Regulação na Produção de Eritrócitos ● Os rins secretam a eritropoetina que estimula a produção de hemácias pelas células-tronco hematopoiéticas na medula óssea. ➝ Regulação da Produção da 1,25-Di- hidroxivitamina D₃ ● Produção da forma ativa da vitamina D (1,25- Di-hidroxivitamina D₃ - calcitriol). ● Calcitriol é essencial para a absorção de cálcio pelo TGI e deposição do mesmo nos ossos. ➝ Síntese de Glicose ● Durante jejum prolongado o rim é capaz de produzir glicose a partir de aminoácidos, através da gliconeogênese. ➝ Formação de Urina pelos Rins ● A formação da urina e a intensidade com que as substâncias são excretadas nelas resulta da soma de 3 processos renais: (1)Filtração glomerular; (2) Reabsorção de Substâncias dos Túbulos Renais para o Sangue; e (3)Secreção de Substâncias do Sangue para os Túbulos Renais. Matematicamente: ➝ Taxa de Excreção Urinária ➝ Taxa de Filtração ➝ Taxa de Reabsorção ➝ Taxa de Secreção TE Tf Tr Ts Gabriel Bagarolo Petronilho 15 TXVIII- MEDICINA FAG Falha Renal pode provocar 2 tipos de correlação clínica: ● Azotemia ➝ há uma alta elevação de excreção de nitrogênio (uréia, ácido úrico, creatinina) pelo sangue devido a insuficiente taxa de filtração glomerular. ● Uremia ➝ acúmulo de altos níveis de ureia no sangue causando sintomas de intoxicação. TE = Tf − Tr + Ts ● A formação da urina começa com a filtração glomerular. ● Grande quantidade de líquido praticamente sem proteínas é filtrado dos capilares glomerulares para o interior da cápsula de Bowman. ● A concentração de substâncias (água, solutos e produtos do plasma) no filtrado glomerular é a mesma da plasmática, exceto pelas proteínas que não consegue permear os capilares. ● Conforme o filtrado sai da cápsula de Bowman e flui pelos túbulos, ele é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos, de volta para os capilares, ou pela secreção de outra substâncias do capilares para os túbulos. Esse processo que o líquido sofre enquanto transita pelos túbulos se chama depuração renal ou renal clearance. ● A depuração pode conter 4 vias diferentes, de acordo com as substâncias envolvidas. São elas: (A) ➝ a substância é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, não sendo reabsorvida e nem tampouco secretado qualquer outra nela. Portanto a intensidade de excreção é igual à intensidade de filtração. Esse tipo de depuração acontece com substâncias indesejáveis no corpo, como a creatinina, uréia e ácido úrico. São depurados pelos rins, permitindo a excreção de praticamente todo o filtrado. (B) ➝ a substância é livremente filtrada, porém, também ocorre a reabsorção parcial da mesma, pelos túbulos, de volta para a corrente sanguínea. A intensidade de excreção urinária é menor que a da filtração pelos capilares glomerulares. Típico de eletrólitos corporais, como sódio, cloreto e bicarbonato. Gabriel Bagarolo Petronilho 16 TXVIII- MEDICINA FAG (A) Apenas Filtração (B) Filtração, reabsorção parcial TE = Tf − Tr (C) Filtração, reabsorção completa (C) ➝ a substância é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, mas não é excretada na urina. Toda a substância filtrada é reabsorvida pelos túbulos de volta para a corrente sanguínea. Ocorre com substância nutricionais desejáveis precursoras do metabolismo, como aminoácidos e glicose. Permite a manutenção dessas substâncias nos líquidos corpóreos. (D) ➝ a substância é livremente filtrada pelos capilares, porém não é reabsorvida, e ainda ocorre secreção adicional dessas substâncias do sangue para os túbulos renais. Acontece com reguladores da acidez corporal, como ácidos e bases orgânicas, K⁺ e H⁺ , para que sejam rapidamente retiradas do sangue e secretados em grande quantidade. ➝ Intensidade de Filtração Glomerular ● A intensidade com que ocorre a filtração glomerular depende das concentração de substâncias no plasma. ● ⬆ Concentracão: a intensidade com que a substância é filtrada aumenta e pequena fração da mesma é reabsorvida. Resultando na excreção urinária aumentada. ● ⬇ Concentração: a intensidade com que a substância é filtrada diminui e grande parte da mesma é reabsorvida. Causando na redução da excreção urinária. ● A maioria da substâncias possuem altas taxas de filtração e reabsorção. Isso explica o porque de ligeiras alterações na filtração ou reabsorção tubular levarem a alterações relativamente ‘grandes’. ⚠ Alterações ⚠ ● Aumento de 10% no filtrado (180L para 198L) ➝ pode elevar o volume urinário em 13x (1,5L para 19,5L) se a reabsorção tubular permanecer constante. ● Primeiro: A alta taxa de filtração glomerular permite que os rins removam rapidamente os produtos indesejáveis do corpo. ● Segundo: permite que todos os líquidos corporais sejam filtrados e processador muitas vezes por dia. ● 3 L de plasma ➝ Filtrado e Processado 60x ao dia pelos rins. ● Essa alta taxa de filtração permite o controle rápido e preciso do volume dos compartimentos, evita intoxicação e processamento constante do plasma. ➝ Filtração Glomerular - 1ª Etapa da Formação da Urina ● Filtração glomerular ➝ é a filtração de grandes quantidades de líquido para dentro da cápsula de Bowman atravessando as células endoteliais do glomérulo (capilares glomerulares). ● São filtrados cerca de 180 L por dia, sem proteínas ou células. Porém, apenas cerca de 20% do plasma que chega aos rins são filtrados pelos capilares para dentro da cápsula de Bowman por estar ligado ● Sendo a maior parte desse filtrado reabsorvida, restando somente cerda de 1L para excreção em forma de urina. Gabriel Bagarolo Petronilho 17 TXVIII- MEDICINA FAG (D) Filtração, secreção TE = Tf + Ts Parâmetros: ● Filtrado ➝ 180L/dia ● Volume de Urina ➝ 1,5L/dia Qual a vantagem de Grande Quantidade dos Solutos serem Filtrados e depois Reabsorvidos pelos rins? ● A alta taxa de filtração glomerular depende do elevado fluxo sanguíneo renal e de propriedades da membrana dos capilares. ➝ Filtrabilidade ● É inversamente proporcional ao tamanho da molécula. ➝ Taxa de Filtração Glomerular (FG) ●A filtração glomerular é determinada por: (1) Soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas ( do capilar e da cápsula de Bowman) e (2) Coeficiente glomerular/ coeficiente de filtração capilar ( ). ● Soma das Forças Hidrostáticas e Coloidosmóticas ➝ podem favorecer ou se opor à filtração. (1) Pressão hidrostática nos capilares glomerulares( ), promove filtração; (2) Pressão hidrostática na cápsula de Bowman ( ), opõe-se à filtração; (3) Pressão coloidosmótica de proteínas plasmática ( ), opõe-se a filtração; (4) Pressão coloidosmótica das proteínas na cápsula de Bowman ( ), promove filtração. Kf PG PB πG πB Gabriel Bagarolo Petronilho 18 TXVIII- MEDICINA FAG Membrana Capilar Glomerular 3 Camadas: 1 ➝ Endotélio capilar ● Carga — 2 ➝ Membrana basal 3 ➝ Podócitos. ● Evita passar ptnas Característica filtrante➝ endotélio fenestrado ⎬ Filtrabilidade Peso Molecular Filtrabilidade Água 18 1,0 Sódio 23 1,0 Glicose 180 1,0 Inulina 5.500 1,0 Mioglobina 17.000 0,75 Albumina 69.000 0,005 Obs.: 1,0 ➝ filtrabilidade de 100%; 0,75 ➝ filtrabilidade de 75%; 0,005 ➝ filtrabilidade de 0,5%; FG = Kf × (PG − PB − πG + πB) F. Favoráveis à Filtração mmHg P. Hidrostática Glomerular 60 Pressão Coloid. Da Cápsula 0 F. Contrárias à Filtração mmHg P. Hidrostática da Cápsula 18 Pressão Coloid. Nos Capilares Glomerulares 31 Pressão Efetiva = 60 - 18 - 32= +10 mmHg ● - ambos rins ➝ TFG ÷ P. Efetiva = 125/10 = 12,5 mL/min/mmHg. ● - um só ➝ 4,2 mL/min/mmHg ⚠ Alterações Clínicas Relacionada ao ⚠ ● Diabetes ● Hipertensão ➝ Pressão Hidrostática na Cápsula de Bowman (CB) ● Essa pressão é determinante para a taxa de filtração glomerular (TFG) ● ⬆ Pressão da CB = ⬇ TFG ●⬇ Pressão da CB = ⬆ TFG ● Ex.: Cálculo renal obstruindo ureter pode aumentar esse tipo de pressão. ➝ Pressão Hidrostática do Capilar Glomerular (CG) ●Condições normais = 60mmHg ●⬆ Pressão do CG = ⬆ TFG ●⬇ Pressão do CG = ⬇ TFG ● P. Do CG depende: Pressão arterial, resistência arteriolar aferente e resistência arteriolar eferente. ● ⬆ Resistência arteriolar aferente = ⬇ TFG ●⬇ Resistência arteriolar eferente = ⬆ TFG ➝ Pressão Coloidosmótica Capilar ●Condições normais = 32mmHg ● ⬆ P. Coloidosmótica Capilar = ⬇ TFG ➝ Fluxo Sanguíneo Renal ● Para um homem de 70kg o fluxo sanguíneo de ambos os rins é de 1.100mL/min, cerca de 22% do débito cardíaco. ● 2 Rins ➝ 0,4% do peso corporal. ● Consumo de O₂ (base no peso): 2x > que do cérebro, com um fluxo sanguíneo 7x maior. ● Grande fração do O₂ consumido pelos rins está relacionado com a alta intensidade de reabsorção ativa de sódio pelos túbulos renais. ● ⬇ Fluxo renal ,⬇ FG, ⬇ Sódio filtrado = ⬇ reabsorção de sódio e ⬇ Consumo de O₂. ● Depende: Pressão hidrostática na veia e artéria renal e resistência vascular renal (Aa. Interlobulares, arteríola aferente e arteríola eferente). A resistência desses vasos é controlada pelo sistêma nervoso simpático, hormônio e mecanismos renais de controle local. ➝ Sistema Nervoso Simpático ●⬆ da atividade = ⬇ TFG ● Na situação descrita acima ele causa, vasoconstrição nas arteríolas aferentes e eferentes. Porém, só terá a redução da TFG se o estímulo for muito intenso. ➝ Hormônios Reguladores ➝ Autorregulação do Fluxo Sanguíneo Renal ●Mecanismos de feedback intrínsecos dos rins mantêm o fluxo sanguíneo renal e a TFG relativamente constantes, mesmo com altas alteração de PA sanguínea. ● Visa manter constante a excreção de água e solutos, fornecimento de oxigênio e nutrientes. ● Mecanismos Adaptativos ➝ Balanço Glomerulotubular: permite aumentar a intensidade de reabsorção quando a TFG se eleva. ● Mácula Densa ➝ grupo de células especializadas, nos túbulos distais, em íntimo contato com as arteríolas eferentes e aferentes. As células da mácula densa detectam alterações de volume que chegam ao túbulo distal por meio da alteração de concentração de NaCl. A queda de NaCl na mácula densa causa 2 efeitos: (1) ⬇ resistência ao fluxo sanguíneo nas arteríolas aferentes, elevando a pressão hidrostática glomerular e ajuda a retornar a TFG normal. Kf total Kf Rim Kf Gabriel Bagarolo Petronilho 19 TXVIII- MEDICINA FAG Hormônios ou Autacoide Efeito ns TFG Alteração Norepinefrina ⬇ Aa. Aferente e Eferente - Vasoconstrição Epinefrina ⬇ Aa. Aferente e Eferente - Vasoconstrição Endotelina ⬇ Aa. Aferente e Eferente - Vasoconstrição Angiotensina II ↔ (previne ⬇ pressão no capilar glomerular) Aa. Eferente - Vasoconstrição Óxido Nítrico ⬆ Arteríolas - Vasodilatação Prostaglandinas ⬆ Arteríolas - Vasodilatação (2) ⬆ liberação de renina pelas células justaglomerulares das arteríolas aferentes e eferentes que são os locais de maior estocagem desse hormônio. A renina liberada aumenta formação de angiotensina I que é convertida em angiotensina II. Então, a angiotensina II contrai as arteríolas eferentes, fazendo com que aumente a pressão hidrostática glomerular e retorne a TFG ao normal. ➝ Reabsorção e Secreção Tubular ● Após o filtrado glomerular entrar no túbulos renais, ele flui por sucessivas porções do túbulo: túbulo proximal ➝ alça de Henle ➝ túbulo distal➝ túbulo coletor ➝ ducto coletor. ●Ao longo desse percurso substâncias são seletivamente reabsorvidas (dos túbulos para o sangue) e, outras, secretas (do sangue para o lúmen tubular). ● Excreção Urinária = filtração glomerular - reabsorção tubular + secreção tubular ● A presença de determinada substância no filtrado glomerular é diretamente proporcional à sua concentração plasmática. Filtração= taxa de filtração X concentração plasmática ● Filtração glomerular ➝ não seletiva; exceto para as proteínas plasmáticas que não são filtradas. ● Reabsorção tubular ➝ muito seletiva. Pode haver reabsorção total ou parcial da substância, de acordo com a necessidade do organismo. Filtração Tubular (esquema) Gabriel Bagarolo Petronilho 20 TXVIII- MEDICINA FAG Bloqueio da Formação de Angiotensina II e a Redução da FG durante Hipoperfusão Renal ●A angiotensina II funciona como vasoconstritora das arteríolas eferentes para evitar queda da pressão hidrostática glomerular. ● Porém, com a administração de fármacos que bloqueiam a formação de angiotensa II e bloqueiam a ação de angiotensina II podem causar reduções drásticas na FG, quando a pressão renal está baixa (hipoperfusão renal). ● Entretanto podem ser agentes terapêuticos em situações como, hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, etc. Reabsorção Tubular (esquema) ●A reabsorção tubular inclui mecanismos ativos e passivos. ● Trajeto da Reabsorção: membrana epitelial tubular ➝ líquido intersticial renal ➝ membrana endotelial do capilar peritubular para voltar ao sangue. ●A reabsorção tubular pode ser do tipo transcelular ou paracelular. ➝ Reabsorção transcelular ●Pode ser ativa ou passiva. ● Água e solutos passam através da membrana (ativo). ● Contratransnsporte, com sódio, por exemplo (passivo). ● Ativo ➝ contra gradiente eletroquímico; necessita de ATP. Pode ser primário ou secundário. ● Ativo Primário ➝ acoplado à hidrólise de ATP, ou seja, utiliza energia direta do ATP. Ex.: Bomba Na⁺/K⁺ ATPase, H⁺ ATPase, H⁺/K⁺ ATPase, Ca⁺⁺ ATPase. ● Ativo Secundário ➝ utiliza energia do gradiente iônico. Interação de 2 ou mais solutos com uma proteína. Não utiliza diretamente ATP. Ex.: Reabsorção da glicose. ➝ Reabsorção Paracelular ● Transporte passivo. ● Difusão. ● A água e solutos passam através dos espaços juncionais (junções oclusivas que impede perda de líquido para a luz do interstício) entre as junções celulares ➝ permite a difusão. Gabriel Bagarolo Petronilho 21 TXVIII- MEDICINA FAG 3 Reabsorção Tubular ! Presença de determinada substância no filtrado glomerular ! Diretamente proporcional à concentração plasmática! Filtração Glomerular ! Não seletiva – exceção às proteínas plasmáticas ! Reabsorção Tubular ! É seletiva ! Reabsorção total ou parcial Filtração Glomerular Reabsorção Tubular 4 ! TRAJETO DA REABSORÇÃO 1. Membrana epitelial tubular 2. Líquido intersticial renal 3. Membrana endotelial capilar Reabsorção Tubular Reabsorção Tubular Substância Filtrado % Reabsorvido Excreção Glicose (g/dia) 180 100 0 Bicarbonato (mEq/dia) 4320 99,99 2 Sódio (mEq/dia) 25560 99,4 150 Cloreto (mEq/dia) 19440 99,1 180 Potássio (mEq/dia) 756 87,8 92 Uréia (g/dia) 46,8 50 23,4 Creatinina (g/dia) 1,8 0 1,8 Filtração x Reabsorção Filtração x Reabsorção Filtrado % Reabsorvida Excreção Glicose (g/dia) 180 100 0 Bicarbonato (mEq/dia) 4.320 99,9 2 Sódio (mEq/dia) 25.560 99,4 150 Cloreto (mEq/dia) 19.440 99,1 180 Potássio (mEq/dia) 756 87,8 92 Ureia (g/dia) 46,8 50 23,4 Creatinina (g/dia) 1,8 0 1,8 ➝ Limite de Reabsorção ●Para a maioria das substâncias reabsorvidas ou decretadas ativamente existe um limite para a intensidade com que esse soluto seja transportado, chama-se transporte máximo. ● Acontece quando a quantidade de solutos liberada para o túbulo (carga tubular) excede a capacidade das proteínas transportadoras e de enzimas específicas envolvidas no processo de transporte. ● Carga Tubular Grande ➝ se isso acontecer haverá sobreposição dos sistemas de reabsorção e ocorre perda de substância na urina. ● Ex.: Glicose ➝ possui transporte máximo de cerca de 375mg/min,m enquanto, a taxa de filtração é de 125mg/min. Se houver elevação da TFG ou concentração plasmática de glicose (diabete mellitus >200mg/100mL) e ultrapassar seu transporte máximo, a glicose filtrada não é reabsorvida e passa a ser excretada na urina - Traços de glicose na urina. ➝ Substâncias sem Transporte Máximo ● Pode ocorrer com substâncias transportadas ativamente e, também, com substâncias transportadas passivamente. ● Substâncias Trasnportadas Passivamente ➝ algumas delas não demonstram transporte máximo, pois sua intensidade de transporte é determinada por (1) gradiente eletroquímico para difusão da substância, (2) permeabilidade da membrana para a substância, (3) tempos de permanência do filtrado (urina) fica no túbulo. Esses fatores determinam o transporte gradiente-tempo. ● O transporte por gradiente-tempo também pode acontecer com substâncias transportadas ativamente. Ex.: Sódio sendo reabsorvido nos túbulos proximais ➝ o limite de reabsorção do sódio não é dado pela saturação dos meios de transporte, e sim, pela concentração de sódio nos túbulos e tempo de contato entre o filtrado e a célula. Efeitos da Reabsorção de Na⁺ ➝ Reabsorção de Água ●Acontece de maneira passiva por meio de osmose (difusão específica para água). ● Acontece nos túbulos próximas, onde a água passa pelas junções de oclusão entre as células epiteliais. ● A medida que a água passa para o espaço intersticial ela ‘carrega’ com ela alguns solutos, isso é denotado de arrasto de solvente. ● A medida que percorremos mais distalmente o néfron, ele fica mais impermeável à água. Portanto, a alça de Henle e túbulos contorcidos distais possuem permeabilidade reduzida para água e seus solutos, por conterem junções oclusivas mais estreitas e menor área de contato na superfície da células. OBS.: Quando em presença de ADH, há um aumento nessa permeabilidade. Gabriel Bagarolo Petronilho 22 TXVIII- MEDICINA FAG Pinocitose ● Mecanismo ativos ➝ requer energia. ● Utilizado para reabsorção de proteínas. ● Mecanismo: proteínas se adere a membrana ➝ ocorre invaginação da membrana ➝ proteína é digerida ➝ aminoácidos, provenientes da digestão, são liberado para o espaço intersticial. Limite de Reabsorção Transporte Máximo Glicose 375mg/min Fosfato 0,1mmol/min Sulfato 0,06mmol/min Aminoácidos 1,5mmol/min Urato 15mg/min Lactato 75mg/min Ptnas Plasmáticas 30mg/min Limite de Secreção Transporte Máximo Creatinina 16mg/min Ácido Paramino-hipúrico 80mg/min 11 Transporte ativo – Sem transporte máximo ! Transporte gradiente-tempo ! Pode ocorrer com substâncias transportadas ativamente ! Ex: Sódio ! Túbulos proximais ! O limite para reabsorção não é dado pela saturação dos meios de transporte ! Depende da [Sódio] no túbulo ! Tempo de contato entre o filtrado (urina) e a célula Transporte ativo – Sem transporte máximo ! Ex: Sódio ! Túbulos proximais ! Parte do que é reabsorvido �vaza� pelas junções oclusivas ! Parte do Na+ reabsorvido volta para o túbulo ! Túbulos distais ! Junções oclusivas mais estreitas ! Não há tanto vazamento pelas junções oclusivas ! É dependente de Aldosterona Efeitos da reabsorção de Sódio ➝ Reabsorção de Cloreto ● Transporte Via Parecelulaer Passivo - Com o transporte de sódio, íons negativos, como cloreto, são transportados devido ao potencial elétrico gerado - o transporte do Na⁺ para fora do lúmen deixa o interior do mesmo com carga negativa, comparado ao líquido intersticial. ● A carga atrai o Cl⁻ e ele é transportado via parecelular. ● Transporte por Gradiente Osmótico Passivo - quando a água é reabsorvida do túbulo por osmose, ocorre reabsorção adicional de Cl⁻ no túbulo. Esse gradiente gerado, promove a difusão do íon. ● Transporte Ativo Secundário - ocorre através do cotransporte de cloreto e de sódio através da membrana luminal. ➝ Reabsorção Tubular Proximal (TCP) ● 65% do sódio e água são reabsorvidos no TCP. ● TCP ➝ sua alta taxa de reabsorção deve-se a características especiais de suas células: vilosidades abundantes, muitas mitocôndrias, muitos canais intercelular e basais, grande área de mebrana. ● Apresenta moléculas proteicas carreadoras de sódio pelo mecanismo de cotransporte com aminoácidos e glicose. ● Contratransporte ➝ o sódio adicional é transportado do lúmen tubular para dentro das células. Reabsorve sódio e secreta H⁺. Nos túbulos os íons H⁺ se combinarão com HCO₃⁻ formando H₂CO₃ que se dissociará em H₂0 + CO₂ (LEMBRE-SE DESSE MECANISMO. UTILIZAREMOS A DIANTE PARA ENTENDER ACIDOSES E ALCALOSES). ● Primeira Metade ➝ sódio é reabsorvido em cotransporte com aminoácidos e glicose. ● Segunda Metade ➝ glicose e aminoácidos são reabsorvidos, então, sódio agora é reabsorvido com íons cloreto. ● TCP ➝ reabsorve 65% do filtrado; 100% da glicose e aminoácidos, 65% da água, NaCl e K⁺, 80-90% de HCO₃⁻ E 70% do cálcio. ➝ Secreção de Ácidos e Bases Orgânicas pelo TCP ●Nos TCP’s ocorrem também a secreção de ácidos e bases orgânicas que são, geralmente, produtos finais do metabolismo e devem ser rapidamente removidos corpo. ● São eles: sais biliares, oxalato, urato, catecolaminas e fármacos. ➝ Transporte na Alça de Henle ● Segmentos da Alça de Henle: descendente fino - permeável àgua- , ascendente fino - pouco permeável à água- e ascendente espesso -pocuo permeável à água - . ● Segmento descendente fino ➝ muito permeável à água e a maioria dos solutos, permitindo a difusão simples dessas substâncias por sua parede. Cerca de 20% fa água filtrada é reabsorvida na alça de Henle e quase toda essa porcentagem ocorre aqui. ● Segmento ascendente fino ➝ pouco permeável à água. Capacidade de reabsorção bem reduzida, quase nenhuma. ● Segmento ascendente espesso ➝ muito pouco permeável à água; importante para a concentração da urina; possui muita mitocôndrias; reabsorção ativa de 1Na⁺, 2Cl⁻, 1K⁺, de Ca⁺⁺, HCO₃⁻, Mg⁺⁺. Local de ação dos diuréticos de alça (Furosemida, Àcido etacrínico e bumetanida) ➝ inibe cotransporte de Na⁺ e Cl⁻. Gabriel Bagarolo Petronilho 23TXVIII- MEDICINA FAG 15 Variações do filtrado no TCP Secreção de ácidos e bases no TCP ! Sais biliares ! Oxalato ! Urato ! Catecolaminas ! Fármacos Transporte – Túbulo contorcido proximal 17 Transporte na Alça de Henle 3. Ascendente espesso ! Gradiente eletroquímico ! Co-transporte de 1-Na+, 2-Cl- e 1-K+ ! Parte do K+ �vasa� para túbulo ! Lúmen tubular: carga +8mV ! Reabsorção de Mg++, Ca++, Na+ e K+ Transporte na Alça de Henle Transporte na Alça de Henle 17 Tr an sp or te n a A lç a de H en le 3. A sc en de nt e es pe ss o ! G ra di en te e le tro qu ím ic o ! C o- tra ns po rte d e 1- N a+ , 2 -C l- e 1- K + ! P ar te d o K + �v as a� p ar a tú bu lo ! Lú m en tu bu la r: ca rg a +8 m V ! R ea bs or çã o de M g+ + , C a+ + , N a+ e K + Tr an sp or te n a A lç a de H en le Tr an sp or te n a A lç a de H en le ●Alça de Henle e TCD Inicial ➝ 20% da reabsorção do filtrado: 20% de água (descendente), 25% do NaCl, 25% do Ca⁺⁺, Mg⁺⁺ e K⁺. ➝ Autorregulação da TFG ●⬆ PA - constrição da artéria aferente e dilatação da artéria eferente. ●⬇ PA - dilatação da artéria aferente e constrição da artéria eferente. ● Estabiliza TFG com PA de 76-165mmHg (sistólica). ● Não consegue compensar alterações extremas na PA. ➝ Túbulo Contorcido Distal (TCD) ●O segmento espesso da alça ‘desemboca’ no túbulo distal. ● A primeira porção do TCD forma a mácula densa, que sano conjuntos de células especializadas que fazem parte do aparelho justaglomerular, descrito na imagem acima. ● Segunda parte do TCD ➝ reabsorve a maioria dos íons, incluindo sódio, potássio e cloreto. Porém, é praticamente impermeável à uréia e água. Por esse motivo é chamado de aparelho diluidor. ● 5% do NaCl são reabsorvidos no TCD. ● Cotransporte de NaCl move o cloreto de sódio do lúmen tubular para a célula. ● Bomba de Sódio-potássio (Na⁺/K⁺ ATPase) transporta sódio para fora da célula e potássio para dentro. ➝ Túbulo Distal Final e Ducto Coletor Cortcal ● Possuem características semelhantes. ● 2 tipos de células: células principais e células intercaladas. ● Células principais ➝ reabsorvem sódio e água do lúmen. Secretam íons de potássio para o lúmen. ● Células intercaladas A ➝ reabsorvem íons potássio e secretam H⁺ para o lúmen tubular. Geração de H⁺ intracelular pela anidras carbônica. ● Impermeável à ureia. ● Intensidade de reabsorção de sódio e secreção de potássio é regulada pela aldosterona. ● Secreção ativa de H⁺➝ equilíbrio ácido-básico. ● Permeabilidade à água depende do ADH/ Vasopressina. Gabriel Bagarolo Petronilho 24 TXVIII- MEDICINA FAG Na alça ascendente espessa é onde ocorre movimentação de sódio, através da membrana luminal, é mediada por cotransportador de 1- sódio, 2-cloreto, 1-potássio. Portanto, diuréticos de alça, como furosemida, ácido etacrínico e bumetanida, inibem esse tranpostador e, indiretamente, inibem a reabsorção parecelular de cátion como Mg⁺⁺, Ca⁺⁺, Na⁺ e K⁺, já que eles fazem seu transporte por conta do gradiente osmótico gerado pelo cotransportador de 1-sódio,-2- cloreto,-1potássio. 19 Túbulo Contorcido Distal ! Reabsorve íons: Sódio, Potássio, Cloreto ! Pouco permeável à água e uréia ! Dilui fluido tubular (segmento diluidor da urina) TCD Segmento inicial TCD Segmento inicial Túbulo Contorcido Distal ! 5% do Na+ e Cl- são reabsorvidos no TCD ! Co-transporte Na+ e Cl- do túbulo para célula ! Na+/K+ ATPase transporta sódio para fora da célula pela membrana basolateral ! Canais de cloro: permitem difusão do cloro para fora da célula (interstício) ! Diuréticos tiazídicos – bloqueiam co-transporte de Na+ e Cl- Túbulo Contorcido Distal Diuréticos Tiazidíacos ➝ fármacos que possuem ação de inibir o transportador de sódio e clorto no túbulo distal com aumento da eliminação de Na⁺, Cl⁻, K⁺ e água. Muito utilizados em distúrbios de hipertensão e insuficiência cardíaca. Diuréticos Poupadores de Potássio ➝ atuam nas células principais. São eles: espironolactona, eplerenona, amilorida e trianterreno. Amilorida e trianterreno ➝ bloqueio dos canais de Na⁺. Inibe a reabsorção de Na⁺ e secreção de K⁺. Antagonistas da Aldosterona ➝ espironolactona e eplerona. Atuam como competidores por receptores e inibem a reabsorção de Na⁺ e excreção de K⁺. ➝ Ducto Coletor Medular ● Reabsorvem menos de 10% do sódio e da água. ● Possui papel importante no ajuste fino da reabsorção desses íons (determinação da quantidade final do débito urinário de água e solutos). ● Permeabilidade à água controlada pelo ADH: ⬆ ADH - ⬆ permeabilidade - ⬇ volume urinário ⬇ ADH - ⬇ permeabilidade - ⬆ volume urinário ● Permeabilidade à ureia: faz com que eleve a osmolaridade nessa região do rim (medula). ● Aldosterona - ⬆ reabsorção de sódio. ➝ Regulação da Reabsorção Tubular ● Homeostasia = regulação ➝ acontecer por fatores hormonais, neurais e loais. Relação TFG e Reabsorção (Equilíbrio Glomerulotubular) ● Um dos mecanismo de controle da reabsorção tubular é a capacidade intrínseca dos túbulos de aumentar sua intensidade de reabsorção em resposta à elevação da carga tubular, ● Há o aumento da reabsorção se houver ⬆ TFG. ● Os mecanismos responsáveis por essa regulação da homeostasia ainda não são totalmente conhecidos. Mas sabemos que acontecem por conta de forças físicas que ocorrem no túbulo e no interstício. ● Podem ocorre sem a influência de hormônios. Valores Normais para as Forças Físicas e de Reabsorção ● A medida que o filtrado glomerular passa pelos túbulos renais mais de 99% da água e da maioria dos solutos são reabsorvidos. ● TFG Normal = 125mL/min ● Intensidade de Reabsorção dos Capilares Tubular = 124mL/min ● Pressão de Reabsorção Tubular = 12,4 mL/ min/mmHg. Relação das Forças Hidrostáticas ● A pressão hidrostática dos capilares peritubulares depende: da pressão arterial sistêmica e da resistência das arteríolas aferente e eferente. Relação das Forças Coloidosmóticas ● Pressão coloidosmótica dos capilares peritubulares depende: da pressão coloidosmótica sistêmica e do ritmo de filtração glomerular (⬆ TFG ⬆[PTNS] no capilar). Gabriel Bagarolo Petronilho 25 TXVIII- MEDICINA FAG 23 ! Reabsorve 10% do sódio e água ! Ajuste fino da reabsorção de sódio e água ! Secreção de H+ ! Aldosterona: ↑ reabsorção de sódio ! ADH controla a permeabilidade a água ! ↓ ADH $ ↓ permeabilidade a água – Mais urina ! ↑ ADH $ ↑ permeabilidade a água – Menos urina ! Permeável à uréia ! Finalidade: controle da osmolaridade medular Ducto Coletor – Porção Medular Ducto Coletor – Porção Medular Relação [soluto] urina x plasma Se houver uma TFG aumenta de 125mL/min (normal) para 150mL/min, a intensidade de reabsorção aumentará de 81mL/min (65% da TFG- normal) para 97,5mL (65% da TFG). Com isso podemos perceber que a intensidade total de reabsorção aumenta à medida que a carga filtrada aumenta, embora a % de FG no túbulo proximal permaneça relativamente constando, em torno de 65%/ Reabsorção = x Força efetiva de ReabsorçãoKf Sem autorregulação renal Com autorregulação renal ⬆PA sistêmica ⬆ PA sistêmica ⬆ TFG ⬆Resistência arteríola aferente ⬆ PH capilar tubular ⬇TFG ⬇Reabsorção tubular ⬇PH Capilar peritubularResultado: ⬆ Vol. urinário ⬆ Reabsorção tubular Resultado: ⬇ Vol. urinário 25 ! Relação das forças hidrostáticas ! Pressão hidrostática dos capilares peritubulares ! Depende da pressão arterial sistêmica ! Resistência das arteríolas aferente e eferente Regulação da reabsorção tubular Ex: Sem auto-regulação renal ⇑ PA sistêmica ⇑ TFG ⇑ PH capilar peritubular ⇓ Reabsorção tubular Resultado: ⇑ volume urinário Ex: Com auto-regulação renal ⇑ PA sistêmica ⇑ Resistência arteríola aferente ⇓ TFG ⇓ PH capilar peritubular ⇑ Reabsorção tubular Resultado: ⇓ volume urinário ! Relação das forças coloidosmóticas ! Pressão coloidosmótica dos capilares peritubulares ! Depende da pressão coloidosmótica sistêmica ! Ritmo de filtração glomerular (⇑ TFG, ⇑ [proteínas] no capilar) Regulação da reabsorção tubular Ex: TFG normal " 125ml/min " [proteínas] plasma = 32mmHg " Resultado: " Relação POc – PHc + PHi – POi " Reabsorção 124ml/min Ex: TFG Aumentada " 200ml/min " [proteínas] plasma = > 32mmHg " Resultado: " Relação ⇑ POc – PHc + PHi – POi " Reabsorção > 124ml/min ! Relação das forças hidrostáticas x coloidosmóticas ! Pressões ao nível do interstício ! Qualquer fator que diminua reabsorção capilar ! ⇑ PH intersticial e há dificuldade em se absorver líquido tubular ! Qualquer fator que aumente reabsorção capilar ! ⇓ PH intersticial e facilita absorção de líquido tubular Regulação da reabsorção tubular ➝ Efeitos da Pressão Arterial (PA) ● Pequenos aumentas na PA causam acentuada elevação de excreção de sódio e água, esses fenômenos são chamados de natriurese pressórica e diurese pressórica. ● Limites Fisiológicos de Alteração: 75 mmHg -160mmHg. ● O aumento da TFG, contribui para o efeito da pressão arterial elevando sobre o débito urinário. ● Diminuição da formação de angiotensina II causa natriurese pressórica ➝ angiotensina II aumenta a reabsorção de sódio pelos túbulos. ➝ Controle Hormonal: Aldosterona ● Produzida na zona glomerulosa do córtex supra-renal. ● Regula reabsorção de Na⁺ e secreção de K⁺ ● Atua nas células principais T (tubo coletor cortical). ● Estimula Bomba Na⁺/K⁺ ATPase ● Aumenta permeabilidade ao Na⁺ na membrana luminal. ➝ Controle Hormonal: Angiotensina II ● Hormônio mais potenta na retenção de Na⁺ ● Produzida em situação quando há queda de PA. Ex.: Choque hemorrágico. ● Estimula secreção de aldosterona pela suprarrenal. ● Contrai arteríolas eferentes: ⬆ TFG, ⬇pH capilar peritubular, ⬆ P osmótica do capilar peritubular, ⬆reabsorção. ● ⬆ reabsorção de Na⁺ e água ➝ estimúlo direto da bomba Na⁺/K⁺ ATPase. ➝ Controle Hormonal: ADH ● Aumenta permeabilidade à água. ● Esse efeito ajuda poupar água em circunstâncias de desidratação. ➝ Controle Hormonal: Pepetídeo Natriurético Atrial (PNA) ● PNA ➝ secretado por células do átrio quando há expansão do volume plasmático e aumento da pressão arterial. ● Inibem a reabsorção de Na⁺ nos ductos coletores. ● Níveis de PNA ficam aumentando quando há insuficiência cardíaca congestiva. ➝ Controle Hormonal: Hormônio da Paratireóide (Paratormônio) ● Hormônio regulador de Ca⁺⁺ ● Eleva a reabsorção de cálcio na alça de henle de TCD. ➝ Métodos de Depuração para Quantificar a Função Renal ● Depuração renal ou clearance de um substância é o volume de plasma que é completamente depurado da substância pelos rins por unidade de tempo. ● A depuração renal pode ser utilizada para quantificar a intensidade com que o sangue flui pelos rins, bem como tas taxas de filtração glomerular, reabsorção tubular e a secreção tubuar. ➝ depuração da substância ➝ concentração urinária ➝ taxa de fluxo urinário ➝ concentração plasmática da substância Cs US V PS Gabriel Bagarolo Petronilho 26 TXVIII- MEDICINA FAG Doença de Addison ➝ baixa quantidade de aldosterona. Doença de Conn ➝ alta quantidade de aldosterona. 28 http://www.mmip.mcgill.ca/ sem ADH com ADH Efeito do hormônio Anti-Diurético - ADH Urina concentrada Urina diluída ! PNA: ! Se há expansão plasmática excessiva ! Distensão átrios ! Inibe reabsorção de Na+ nos ductos coletores ! Paratormônio: ! ↑ reabsorção de Ca++ na alça de henle e TCD Peptídeo Natriurético Atrial Hormônio da Paratireóide ! Clearance de creatinina: ! Produto do metabolismo ! Totalmente depurada ! Estimativa da TFG Estimativa da Função renal CS = US × V PS Clearance da Creatinina ● Creatinina é um produto metábolico dos músculos. ● Ela é totalmente depurada, por isso, também, pode ser utilizada para estimar a taxa de filtração glomerular. Clearance da Inulina ● Se uma substância é filtrada livremente e não é reabsorvida ou secretada pelos túbulos renais, a taxa com que essa substância é excretada na urina é igual a taxa da filtração da substância pelos rins . ● Também pode ser utilizada para estimar a taxa de FG. ➝ depuração da substância ➝ concentração urinária ➝ taxa de fluxo urinário ➝ concentração plasmática da substância Esquema Reabsorção e Secreção Tubular ➝ Regulação da Osmolaridade e Eletrólitos Extracelular ● O líquido extracelular precisa apresentar composição estável de eletrólitos e volume constante. ● A concentração total de solutos no líquido extracelular (osmolaridade) deve ser regulada com precisão para que evite as células de murcharem ou incharem. ● Osmolaridade: determinada plea quantidade de soluto (aqui, principalmente cloreto de sódio) dividia pelo volume do líquido extracelular. ● Água corporal: controlada pela ingestão de líquidos ➝ sede; e excreção renal de água (TFG e reabsorção). ● Controle do ganho/perda de água e sódio: formação da urina (diluída ou concentrada), feedback renal para controle de sódio e osmolaridade, sede e apetite por sal. ● Osmolaridade plasmática: 282mOsm/L ● Volume de urina normal: 1.500mL/dia; Desidratação ➝ menor que 500mL/dia, maior que 1.400 mOsm/L. (US × V ) (FG × Ps) Cs US V PS Gabriel Bagarolo Petronilho 27 TXVIII- MEDICINA FAG FG = CS = US × V PS FG = US × V PS = CS 29 ! Clearance de creatinina: ! Creatinina urinária x Volume urinário de 24h 1440minutos x Creatinina sérica ! Correção pela superfície corporal (C x SC Pac. / 1,73m2) ! Crianças: 70 a 140 ml/min/1,73 m2 ! Homens: 85 a 125 ml/min/1,73 m2 ! Mulheres: 75 a 115 ml/min/1,73 m2 ! Idosos: diminuição de 6 ml/min para cada década de vida Estimativa da Função renal Estimativa da Função renal 3- Arteríola aferente 4- Arteríola eferente 5-Túbulo contorcido proximal 2-glomérulo http://www.gen.umn.edu/faculty_staff/jensen/1135/webanatomy/wa_urinary/0 9- vasos retos (capilares peritubulares) M E D U L A R C O R T I C A L 1-Cap. de Bowman 8- Alça de Henle fina 7: ducto coletor cortical Capilares peritubulares 6-Túbulo Contorcido distal ducto coletor medular Os vasos sangüíneos renais 30 H2O O néfron e sítios de ação dos diuréticos Hormonal Control of GFR -efferent arterioles Esquema da Reabsorção and Secreção Tubular ● Hiper-hidratação➝ maior que 20.000mL/dia e menor que 50mOsm/L. ➝. Hormônio Antidiurético - ADH ● Também chamado de vasopressina ● Regula a excreção renal de água através da osmolaridade e concentração de sódio plasmático. ● Se osmolaridade plasmática está acima do seu valor normal (282mOms/L) a glândula hipófise posterior secreta mais ADH,
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