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Marcela Maria Lopes Costa – 14º Turma de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão Urologia Disfunção erétil 1.0 INTRODUÇÃO Incapacidade persistente de obter ou manter ereção adequada para atividade sexual satisfatória. 1. Leve: normal no intercurso e depois perda da rigidez 2. Moderada: sem rigidez logo após penetração 3. Grave: sem rigidez para penetração Prevalência: 52% dos homens possuem algum grau entre 40-70 anos 2.0 CLASSIFICAÇÃO • Orgânica: lesões ou distúrbios vasculares, neurológicos, hormonais ou cavernosos • Psicogênico: inibição central da ereção • Mista: orgânico + psicogênico 3.0 ETIOLOGIA Doença aterosclerótica – 40% dos homens > 50 anos. Diabéticos – 50% Depressão grave – 90% Insuficiência renal crônica – 45% Insuficiência hepática – 70% Esclerose múltipla 71% Alzheimer – 53% Insuficiência cardíaca – 30% Drogas: antidepressivos, anticolinérgicos, álcool, antipsóricos, anti-hipertensivos, AINES, hormônios, hipoglicemiantes... 4.0 FISIOLOGIA A ereção peniana é um componente do sistema parassimpático, ou seja, depende de um evento vascular. Para garantir a ereção, o corpo cavernoso é preenchido por sangue. Isso acontece por relaxamento das aa. cavernosas e por relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos. 1. O estímulo para isso depende de neurotransmissores NANC (sistema de neurotramissão não adrenérgico e não colinérgico) e liberação de NO pelas células endoteliais. 2. Na musculatura lisa, há a ativação da guanilato ciclase e aumento do monofosfato de guanosina cíclico (GMPc), produzindo o relaxamento do corpo cavernoso e influxo de sangue. 3. No relaxamento, há a ação da fosfodiesterase 5 (PDE5) gerando a degradação do GMPc em guanosina trifosfato e flacidez. Marcela Maria Lopes Costa – 14º Turma de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão 5.0 DIAGNÓSTICO Anamnese + procura por desordens além DE + análise da história sexual do paciente/casal + avaliação psicológica + testes laboratoriais (DM? Dislipidemia? Outras doenças? Avaliar testosterona livre e total) + Exame físico dirigido (deformidades penianas? Doença prostática? Sinais de hipogonaismo? Status neurológico?) Além disso, outros exames podem ser feitos como: cavernosonografia – feito com contranste intracavernoso, com indicação restrita em casos de doença vasooclusiva de origem traumática ou em avaliação para cirurgia vascular. Teste da ereção fármaco induzida – injeção intracavernosa de agente vasodilatador. Indicado para analisar a integridade do corpo cavernoso. Quando positivo, indica que a etiologia é a falta de estímulo. 6.0 TRATAMENTO O tratamento depende da etiologia do caso! Primeiro passo: eliminação de fatores de risco modificáveis como dislipidemia, hiperglicemia, sedentarismo, obesidade, drogas... O tratamento com psicoterapia ajuda em até 75% dos casos. Medicamentos de uso oral possuem fácil uso e baixo risco, compõem, na maioria das vezes, o grupo dos inibidores da PDE5. Devem ser utilizados 1 hora antes da relação. Os efeitos adversos são cefaleia, rubor facial e outros. Devem ser evitados por cardiopatas. • Sildenafil; • Tadalafil; • Vardenafil; • Lodenafila. O uso de nitratos, sob qualquer via, contraindica o uso dos inibidores de fosfodiesterase. Outra opção, são medicamentos vasodilatadores injetados dentro da uretra. Prostaglandina são injetadas, com menos eficácia do que injeção no corpo cavernoso, mas mais cômodo. Ainda sim, pode-se fazer uma injeção dentro do corpo cavernoso de maneira equivalente ao teste de ereção fármaco induzido, sendo interessante quando ocorre falha no tratamento oral. Possui efeito positivo em 60-85% das vezes, mas ainda pode acontecer falha por bloqueio do fluxo sanguíneo. Além disso, há tratamento com dispositivos mecânicos. • Dispositivo de membrana a vácuo que faz sucção e vasodilatação, mantendo o fluxo sanguíneo com o travamento de anel de borracha. O risco é permanecer por muito tempo e produzir estase sanguínea. • Próteses penianas rígidas, semirrígidas ou infláveis com reservatório no subcutâneo. Indicadas quando há falha em todos os outros fatores. É uma medida final. Cirurgias arteriais e venosas indicadas em comprometimento vascular.
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