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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Ana Clara dos Santos Carvalho Belo Horizonte, 2019 2 Ana Clara dos Santos Carvalho Física Experimental III: Dispositivos Ôhmicos e Não Ôhmicos Relatório referente à aula do dia 12/09/2019, sobre Dispositivos Ôhmicos e não Ôhmicos na disciplina de Laboratório de Física III, do curso de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Professor: Euzimar Marcelo Leite Belo Horizonte, 2019 3 RESUMO A lei de Ohm afirma que para um dispositivo resistor ôhmico, a diferença de potencial aplicada é proporcional à corrente elétrica, isto é, a resistência é independente da diferença de potencial e da corrente. Muitos dispositivos não obedecem à lei de Ohm, são chamados de dipolos não ôhmicos. Este relatório descreve um experimento realizado para mapear as curvas de um resistor, uma lâmpada e um diodo, tendo em vista a visualização dos conceitos mencionados acima. Palavras-chave: Resistores, Lei de Ohm, dipolos, semicondutores, condutores. 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Esquemático da montagem com resistor ........................................................................... 8 Figura 2 - Esquemático da montagem com Lâmpada .......................................................................... 8 Figura 3 - Montagem do Resistor ....................................................................................................... 9 Figura 4 - Montagem da Lâmpada ...................................................................................................... 9 Figura 5 - Montagem do Diodo ........................................................................................................... 9 Figura 6 - Curva Resistor ...................................................................................................................12 Figura 7 - Curva da Lâmpada .............................................................................................................12 Figura 8 - Curva do Diodo ..................................................................................................................13 LISTA DE FÓRMULAS Equação 1- Lei de Ohm ...................................................................................................................... 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Resistor.............................................................................................................................10 Tabela 2 - Lâmpada ...........................................................................................................................10 Tabela 3 - Diodo ................................................................................................................................11 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 6 2. OBJETIVO ............................................................................................................ 7 3. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 8 3.1 Procedimentos Experimentais .................................................................................................. 8 3.1.1. Material Utilizado ............................................................................................................. 8 3.1.2 Montagem ......................................................................................................................... 8 3.1.2.1 Circuito com resistor ................................................................................................... 8 3.1.2.2 Circuito com Lâmpada ................................................................................................ 8 3.1.2.2 Circuito com Diodo .................................................................................................... 9 3.1.3 Descrição do Funcionamento ............................................................................................. 9 4. RESULTADOS ..................................................................................................... 9 5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 14 6. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 15 6 1. INTRODUÇÃO Ao submeter um componente de u circuito elétrico a uma diferença de potencial (V), aparece nele uma corrente (I).A resistência elétrica R desse elemento e definida como o quociente entre a diferença de potencial aplicada e a corrente resultante. 𝑉 = 𝑅𝐼 Equação 1- Lei de Ohm Daí temos, portanto: 𝑅 = 𝑉/𝐼 Equação 2- Lei de Ohm em Função de V e I Os condutores que obedecem à lei de Ohm, como é o caso do cobre, designam-se por condutores ohmicos. Estes condutores têm também o nome de condutores lineares, uma vez que o gráfico que relaciona V e I é uma linha reta (que passa pela origem do sistema de eixos coordenados). Dito de outra forma, num condutor ohmico a resistência não depende do valor da intensidade da corrente I que o percorre (ou da diferença de potencial, V). Os condutores que não obedecem à lei de Ohm chamam-se condutores não ohmicos ou não lineares. Para um condutor não ohmico a diferença de potencial nos seus terminais não é diretamente proporcional à intensidade de corrente que o percorre, embora a sua resistência se continue a calcular pelo quociente V/I. Agora a resistência do condutor depende de I ou de V. 7 2. OBJETIVO Observar, usando um circuito simples, o comportamento ôhmico ou não-ôhmico de um resistor de carvão, uma lâmpada e um diodo 8 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 Procedimentos Experimentais 3.1.1. Material Utilizado Uma fonte de 12V, um multímetro, uma lâmpada, um resistor, um diodo semicondutor, cabos banana. 3.1.2 Montagem 3.1.2.1 Circuito com resistor Circuito com um resistor de 47ohms com tensão elétrica que varia de 0 a 6V. O primeiro circuito montado contém um resistor, um amperímetro, um voltímetro e a fonte de 12V. Com a montagem correta verificamos a quantidade de corrente que passava no sistema com a variação da tensão de 1 em 1V ate chegar a 6V. 3.1.2.2 Circuito com Lâmpada Foi usado uma lâmpada incandescente para vermos o quanto de corrente passa no sistema. De acordo com o aumento da tensão, a lâmpada ficava mais forte(acesa) sendo que o seu ponto mais alto foi em 6V. Figura 2 - Esquemático da montagem com Lâmpada Figura 1 - Esquemático da montagem com resistor 9 3.1.2.2 Circuito com Diodo Repetimos a mesma montagem acima, trocando a lâmpada por um diodo de Silício NPN. 3.1.3 Descrição do Funcionamento Após realizarmos as montagens acima, fomos aumentando a tensão gradativamente de zero até 6V, monitorando-a pelovoltímetro, a anotando os valores de corrente que apareciam no amperímetro. 4. RESULTADOS A montagem final ficou conforme mostram as figuras 3, 4 e 5. Figura 3 - Montagem do Resistor Figura 4 - Montagem da Lâmpada Figura 5 - Montagem do Diodo 10 Para o resistor de 47ohms, variamos a tensão de 1 em 1V e obtivemos os seguintes valores de corrente, como mostra a tabela 1 abaixo. Tabela 1 - Resistor Tensão (V) Corrente (mA) 1,0 22,0 2,0 46,0 3,0 67,0 4,0 89,0 5,0 115,0 6,0 135,0 Para a lâmpada, como se trata de um dispositivo não ohmico, variamos a tensão em degraus menores, de forma a visualizar melhor a sua variação. Tabela 2 - Lâmpada Tensão (V) Corrente (mA) 0,1 40,0 0,2 60,0 0,5 75,0 1,0 105,0 1,5 135,0 2,0 145,0 2,5 170,0 3,0 185,0 3,5 200,0 4,0 210,0 4,5 225,0 5,0 240,0 5,5 255,0 6,0 265,0 6,5 275,0 7,0 285,0 7,5 300,0 8,0 310,0 8,5 315,0 9,0 325,0 9,5 340,0 10,0 350,0 11 Para o diodo, observamos que a corrente é praticamente nula ente 0V E 4V. Para 4V, obtivemos 47uA, que pode ser explicada devido a corrente de fuga do próprio diodo. Para melhor visualização da curva do diodo, variamos a tensão de 0.01 em 0.01V. Tabela 3 - Diodo Tensão (V) Corrente (mA) 0,10 0,09uA 0,20 0,28uA 0,30 2,6uA 0,40 24uA 0,50 300uA 0,60 2,5 0,61 2,6 0,62 3,5 0,63 4,2 0,64 5,2 0,65 6,5 0,66 8,4 0,67 11,0 0,68 12,0 0,69 15,0 0,70 20,0 0,71 25,0 0,72 28,0 0,73 37,0 0,74 46,0 0,75 57,0 0,76 71,0 0,77 88,0 0,78 130,0 0,79 160,0 0,80 190,0 0,81 210,0 0,82 255,0 0,83 330,0 0,84 480,0 0,85 500,0 Com esses dados, geramos as seguintes curvas pelo sciDavis, onde percebemos nitidamente a diferença entre dispositivos ohmicos e não-ohmicos. 12 Como o resistor é um dispositivo ohmico, sua curva é linear, sabendo disso, realizamos o ajuste do tipo Y = AX+B, onde B é o valor da resistência. Sendo assim, achamos 44,6ohms para o resistor cujo valor nominal é 47ohms. Figura 6 - Curva Resistor Como a lâmpada é um dispositivo não – ohmico, o gráfico esperado era diferente de algo linear. Ao plotar o gráfico, percebermos que o resultado obtido foi o abaixo, confirmando nossas expectativas. Figura 7 - Curva da Lâmpada 13 Para o diodo, por também não ser um dispositivo ohmico, esperávamos algo não linear e, mais que isso, um pico de corrente após certo nível de tensão, tendo conhecimentos prévios em relação ao componente. Figura 8 - Curva do Diodo 14 5. CONCLUSÃO Após realizar todos os procedimentos e construir os gráficos, foi possível notar que um único componente apresenta um comportamento linear, sendo este o resistor. Seu gráfico V x I foi função do primeiro grau, sendo a relação V/I constante. Os demais componentes - lâmpada e diodo - apresentaram curvas diferente de funções de primeiro grau. Sendo assim a reação V/I não se manteve constante Alguns fatores como o fato de utilizarmos multímetros analógicos para realizar as medições, impedirão que esta fosse mais precisa, pela dificuldade de exatidão na leitura do ponteiro, mesmo estando na escada adequada. Além disso, ao alterar a escala do voltímetro/multímetro, a resistência equivalente do circuito se altera, afetando um pouco a precisão da medição. Contudo, foi possível realizar a prática sem grandes complicações e obter resultados muito próximos do esperado 15 6. REFERÊNCIAS 1. Arquivos disponíveis no Caderno de Laboratório de Física III. Acesso em 19 de Setembro de 2019.
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