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1. Introdução aos Métodos Geofísicos - Definições e Propriedades Físicas - Métodos Geofísicos - Conceito de Sinal Geofísico - Prospecção Geofísica 2. Métodos Potenciais e Radiométricos - Gravimetria - Magnetometria - Gama-espectrometria 3. Métodos Elétricos e Eletromagnéticos - Potencial Espontâneo - Polarização Induzida - Eletro-resistividade - EM - GPR 4. Métodos Sísmicos e Perfilagem de Poços - Sísmica de Reflexão - Sísmica de Refração - Interpretação sismo-estratigráfica - Perfilagem Geofísica de Poços 5. Geofísica na Prospecção - Equipamentos Geofísicos - Levantamento Geofísico - Estudo de Casos Conteúdo Programático 3. Métodos Elétricos e Eletromagnéticos 3.1. Potencial Espontâneo (SP) 3.4. Eletromagnéticos (EM) 3.2. Polarização Induzida (IP) 3.5. Radar de Penetração no Solo (GPR) 3.3. Eletro-resistividade (ER) Métodos Geoelétricos vs. Parâmetros Físicos AFMAG – audio-frequency magnetics, AMT – audio-frequency magnetotellurics, ASTER – Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer, CSAMT – controlled source audio-frequency magnetotellurics, FDEM – frequency domain electro- magnetics, GPR – ground penetrating radar, HyMap – Hyperspectral Mapper, IP – induced polarisation, Landsat MSS – Landsat Multispectral Scanner, Landsat TM – Landsat Thematic Mapper, MT – magnetotellurics, SP – self-potential, SPOT - Satellite pour ľObservation de la Terre, SRTM – Shuttle Radar Topography Mission, TDEM – time domain electromagnetics, TIMS – thermal infrared multispectral spectroscopy. Espectro Eletromagnético e as bandas de frequências usadas pelo métodos geoelétricos 3. Métodos Elétricos – Conceitos Básicos Métodos Elétricos determinam a distribuição da resistividade elétrica da subsuperfície através da injeção de corrente elétrica e medida da diferença de potencial de voltagem A resistividade do terreno está relacionada a vários parâmetros geológicos (conteúdo fluido e mineral, porosidade, permeabilidade e umidade) Aplicações: Estudos hidrogeológicos e agrícolas Exploração mineral (Recursos Minerais Metálicos) Estudos geotécnicos e geoambientais Seções geoelétricas em canais de irrigação 3. Métodos Elétricos – Conceitos Básicos Analogia entre um sistema de bombeamento de água e um circuito elétrico Fluxo de água (diferença de pressão hidrostática) ~ Fluxo de elétrons (diferença de potencial) 3. Métodos Elétricos – Conceitos Básicos Condução Elétrica - Metálica: transporte de elétrons na matriz da rocha (minerais metálicos) - Eletrolítica: sais dissolvidos em fluidos (água da formação e condução superficial em argilas) V = Voltagem; R = Resistência; r = Resistividade; S/L = Fator Geométrico A Resistividade Elétrica (Ohm.m) é a dificuldade que o material oferece para a passagem da corrente elétrica e é o inverso da Condutividade Elétrica (Siemens/m) Propriedades Elétricas Permissividade dielétrica (e) [Farads/metro] Condutividade elétrica (s) [miliSiemens/metro] Permeabilidade magnética (m) 3. Métodos Elétricos – Conceitos Básicos A Resistividade do meio rochoso é estimada a partir da injeção de corrente elétrica no terreno através de dois eletrodos de correntes (A e B) e medindo-se a diferença de voltagem resultante em dois eletrodos de potencial (M e N) Fluxo da corrente injetada através do eletrodo AB Medida da diferença de potencial no eletrodo MN Distribuição padrão dos dois pares de Eletrodos para levantamentos geoelétricos (a profundidade de investigação é proporcional à separação dos eletrodos de corrente) 3. Métodos Elétricos – Propriedade Física Resistividade do meio rochoso Material rochoso → semicondutor (exceção: alguns metais nativos) Fluidos intersticiais: ar e gelo → mal condutores; salinidade aumenta a condutividade da água Materiais rochosos ricos em minerais de argila → os mais condutivos (mais porosos e úmidos) Minerais silicatados e carbonáticos → isolantes; Grafita aumenta a condutividade da rocha Minerais de sulfeto metálico → bons condutores; Óxidos metálicos → menos condutores Rochas metamórficas → maiores variações de condutividade Rochas sedimentares → mais condutivas que ígneas Evaporitos secos → as rochas mais resistivas Fator de Formação → resistividade com porosidade das rochas Resistividade do meio rochoso revestimento de poços 3.1. Potencial Espontâneo (SP) Método geofísico baseado no campo elétrico natural, que mede a diferença de potencial entre dois eletrodos introduzidos no terreno (algumas centenas de miliVolts) A água subterrânea é o agente mais importante no mecanismo de geração de SP SP está associado a - Corpos metálicos (sulfetos maciços) Prospecção Mineral (A) - Porosidade e litologia Perfilagem geofísica de poços (B) - Contatos entre rochas com diferentes propriedades elétricas - Preenchimento de fraturas com argilas saturadas - Gradientes térmicos e de pressão nos fluidos de subsuperfície - Tubulações metálicas - Atividade bioelétrica de materiais orgânicos - Corrosão 3. Métodos Elétricos A B O SP é causado por fenômenos eletroquímicos, termo-elétricos e eletrocinéticos - Efeito Eletrocinético: fluxo subterrâneo movimentando íons - Termo-elétrico: difusão térmica diferencial dos íons na solução corrente elétrica - Eletroquímico: águas de diferentes concentrações salinas Tipos de Potenciais Espontâneos - Potencial Eletroquímico de Junção Líquida → diferenças na mobilidade dos íons - Potencial de Membrana → presença de camadas de argila 3. Métodos Elétricos 3.1. Potencial Espontâneo (SP) Polarização Metálica ou Eletrolítica Polarização de Membrana O SP na Prospecção Mineral A origem do SP em mineralizações é de natureza eletroquímica a) Os corpos mineralizados com anomalias SP são bons condutores eletrônicos b) O SP é quase sempre negativo nas partes superiores do corpo c) A diferença de potencial total pode ser de centenas de miliVolts d) A mineralização deve posicionar-se em parte na zona de oxidação (lençol freático) e) O potencial espontâneo é razoavelmente estável no tempo 3. Métodos Elétricos 3.1. Potencial Espontâneo (SP) Anomalias SP em corpos mineralizados As reações eletroquímicas ocorrem acima e abaixo do lençol freático na interface mineralização / rocha encaixante O corpo sulfetado funciona como uma ligação elétrica entre estas posições Na zona de aeração, ocorre redução: elétrons saem do corpo mineralizado Na zona saturada, ocorre oxidação: elétrons entram no corpo mineralizado O fluxo de elétrons de baixo para cima mantém as reações indefinidamente Anomalias SP em corpos mineralizados A simetria da anomalia indica o mergulho do corpo Anomalias SP em corpos mineralizados Mineralização de Sulfetos Maciços e Manganês - Baikal (Rússia) Anomalias SP em Vulcões Ativos na Itália (direita) e Japão (abaixo) Aquecimento da água subterrânea provoca diferenças de potencial Monitoramento de Anomalias SP no Vulcão La Fournaise Ilhas Reunion Avaliação de Risco Ambiental e Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Mapa de Anomalias SP para estudo de fluxo subterrâneo e instabilidade de Encostas Maiores valores de SP indicam maior fluxo subterrâneo e maior instabilidade das encostas, onde foram instaladas barreiras de contenção Método geoelétrico que envolve a medida do decaimento da voltagem induzida no terreno, após a corrente elétrica de excitação ser desligada A – Amperímetro V – Voltímetro A e B – Eletrodos de corrente M e N – Eletrodos de potencial Em t0 a corrente é desligada Decaimento da voltagem elétrica com o tempo é em função da condutividade do meio 3. Métodos Elétricos 3.2. Polarização Induzida (IP) 3.2. Polarização Induzida (IP) As medidas de IP podem ser no: a) Domíniodo Tempo; ou b) Domínio da Frequência a) Domínio do Tempo Mede-se o decréscimo da voltagem após a corrente ter sido desligada Parâmetro obtido: Cargabilidade (M) → Área A abaixo da curva de decaimento, estendida a um certo intervalo de tempo Δt, normalizada pela ΔVc contínua (porque o M depende da ΔV inicial) Cargabilidade representa a capacidade do material em se polarizar e depende da condutividade elétrica (principalmente materiais metálicos), da porosidade do meio e dos fluidos intersticiais 3.2. Polarização Induzida (IP) Valores médios de Cargabilidade e Resistividade das principais litologias 3.2. Polarização Induzida (IP) Método de Polarização Induzida (IP) Método da Eletro-resistividade (ER) Levantamento IP em Aterro Sanitário - Perfil de Resistividade (acima) e Cargabilidade (abaixo) Cargabilidade Resistividade Solo não-saturado baixa alta Água subterrânea salina baixa baixa Materiais Argilosos alta baixa Materiais Metálicos disseminados alta baixa waste with leachate = lixo com chorume (materiais metálicos) 3.2. Polarização Induzida (IP) Levantamento IP em Depósito de Sulfetos Maciços – Norte da Suécia Obtém-se também o Fator Metal (FM), que é a normalização do EF pela medida de resistividade de menor frequência. O FM delimita melhor zonas de sulfetos disseminados 3.2. Polarização Induzida (IP) As medidas de IP podem ser no: a) Domínio do Tempo; ou b) Domínio da Frequência b) Domínio da Frequência Mede a resistividade aparente em duas frequências distintas (0,1 e 5 Hz ou 0,3 e 2,5 Hz) A resistividade aparente é maior para as menores frequências A razão entre as duas resistividades são usadas para obter o Efeito Frequência (EF), que é correlato com a Cargabilidade no domínio do tempo A é uma constante, algumas vezes igual a 105 Polarização Induzida nos domínios do tempo e frequência em túneis na França Altas resistividades indicam zonas fraturadas preenchidas com calcita ou geradas pela construção dos túneis Levantamento IP em depósitos de cobre porfirídicos - México Levantamento IP em depósitos de cobre porfirídicos - México Levantamento IP – Mineralização de Sulfetos - Puhipuhi (Nova Zelândia) Levantamento IP – Mineralização Aurífera no Depósito Amapari – Amapá A mineralização está hospedada nos sedimentos químicos e pelíticos do Grupo Vila Nova e é controlada por zonas de cisalhamento que concentram os sulfetos (predominantemente pirrotita, com pirita subordinada). Esses sulfetos podem ocorrer disseminados na rocha, em camadas paralelas à foliação ou preenchendo fraturas de zonas brechadas (stockworks). Levantamento IP – Mineralização Aurífera no Depósito Amapari – Amapá Levantamento IP – Mineralização Aurífera no Depósito Amapari – Amapá Modelagem IP 2D – Resistividade baixa (acima) e Cargabilidade alta (abaixo) Levantamento IP – Mineralização Aurífera no Depósito Amapari – Amapá Modelagem IP – Resistividade, Cargabilidade e Fator Metal (indica melhor o corpo mineralizado) Cargabilidade Resistividade Fator Metálico Anomalias positivas não associadas à mineralização
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