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Análise de Solo e Planta

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6ºAula
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• compreender a importância de realizar a análise do solo;
• identificar as diferentes áreas para realização de amostragem do solo;
• definir os instrumentos necessários para a realização da amostragem.
Análise de solo e planta
Para avaliação da quantidade de nutrientes existentes no solo, ou seja, saber 
se os nutrientes estão presentes em quantidades ideais para as plantas, devemos 
fazer uma análise do solo. Para a realização desta análise, faz-se necessário uma 
correta amostragem do solo, de forma que a amostra seja representativa da área. 
Portanto, nesta aula, iremos estudar Análise de Solo e Planta. 
O conhecimento da fertilidade do solo permite a utilização de práticas 
mais confiáveis de manejo de corretivos e de fertilizantes. O estabelecimento 
e a manutenção de um programa de adubação, geralmente, envolvem o uso da 
análise de solo. 
Boa aula!
38Solos e Ecologia
1 - Tipos de análises mais utilizadas pelo produtor rural
2 - Amostragem para análise química e granulométrica 
do solo
3 - Amostragem de plantas para análise foliar
Seções de estudo
1 - Tipos de análises mais utilizadas 
pelo produtor rural 
As principais análises existentes para avaliação das 
propriedades do solo são: química e granulométrica e, às 
vezes do tecido vegetal.
a) Análise Química de Solo: a análise do solo 
representa para a maioria das culturas, especialmente para 
as anuais, um dos principais instrumentos de indicação das 
quantidades necessárias de corretivos e fertilizantes. Assim, 
avalia-se a fertilidade química do solo, determinando a acidez 
e disponibilidade de nutrientes às plantas.
b) Análise granulométrica: determina a proporção 
de constituintes do solo (areia, silte e argila) que influenciam 
no seu correto uso e manejo, indicando: risco de erosão, 
disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de 
adubos, a mecanização adequada, e qual a melhor cultura a 
ser implantada. Serve também como complemento da análise 
química, garantindo maior segurança para o diagnóstico.
c) Análise do Tecido Vegetal (Planta): esse tipo de 
análise é menos utilizado que as primeiras análises descritas 
acima. Entretanto, a análise foliar é uma técnica que avalia 
a concentração de elementos em uma determinada parte 
da planta. Entre todos os órgãos da planta, normalmente a 
folha é que reflete melhor o estado nutricional de carência. 
É conveniente ressaltar que a análise foliar não substitui 
a análise de solo. Contudo, ambas se complementam, 
permitindo a realização de uma adubação adequada. A análise 
foliar é realizada principalmente em culturas perenes, como 
fruticultura, reflorestamento, café, entre outros cultivos.
A análise foliar fornece informações sobre o estado nutricional da 
cultura, ou seja, permite verifi car se o adubo aplicado supriu as 
necessidades da planta e se existe defi ciência ou toxidez de algum 
elemento.
Vocês viram que através das análises química, 
granulométrica e de tecido vegetal iremos conhecer a 
propriedades químicas e físicas do solo, ou seja, a quantidade 
de nutrientes disponíveis em determinado solo. Na próxima 
seção, vamos aprender como amostrar o solo para realização 
das análises química e granulométrica. Vamos lá turma!!!
2 - Amostragem para análise química e 
granulométrica 
2.1 - Objetivo da coleta de amostras 
de solo 
Uma amostra de solo consiste em uma pequena porção de 
terra capaz de representá–lo em uma análise química e física. 
Como esta porção é pequena em relação à quantidade de solo 
que irá representar, deve-se tomar todo cuidado na retirada 
dessa amostra. Com a amostragem, feita de maneira técnica, 
pretende-se chegar a uma cópia fiel do terreno que queremos 
analisar. Veja por quê! Dos 300-500 gramas de solo enviadas 
pelo agricultor ao laboratório, para avaliação da fertilidade do 
solo, apenas 50 gramas serão usadas, representando todo o 
terreno nas análises de rotina.
2.2 - Como fazer a análise de solo
No sistema de análise de solo há uma divisão de trabalho:
a) O agricultor tira a amostra de terra que representa a 
gleba. A correta amostragem do solo é uma das principais 
fases da análise, pois dela depende a exatidão dos resultados 
analíticos.
b) O laboratório analisa a amostra de solo. Devem-
se procurar laboratórios que participem de programas de 
qualidade.
c) O produtor adota as recomendações técnicas, depois de 
tirar suas dúvidas com um técnico.
2.3 - Tipos de amostras 
a) Amostra simples: Para que 300-500 g representem a 
área que queremos avaliar a fertilidade, devemos tirar uma 
porção de terra em vários pontos. A terra de cada ponto deve 
ser colocada em um recipiente, como um balde plástico bem 
limpo. A amostra simples é cada porção individual de terra que 
foi retirada em cada ponto da área.
b) Amostra composta: Depois de retiradas as amostras 
simples, estas devem ser bem misturadas no balde, até que 
fiquem bem homogêneas. Essa mistura é a amostra composta. 
A amostragem deve ser feita pelo menos 3 (três) meses antes 
do plantio para dar tempo de analisar o solo e aplicar na área o 
que for necessário.
2.4 - Equipamentos para amostragem 
Para a retirada das amostras simples, utiliza-se diversos 
tipos de trados. Pode-se também usar ferramentas da fazenda 
como: enxada, pá reta (cortadeira), enxadão, desde que estejam 
bem limpos (Figuras 1 e 2).
Gente, não vamos esquecer de passar protetor solar para ir para o 
campo. Meninos gostam de boné e chapéu, então não esqueçam de 
levá-los. Meninas, temos que aderir a moda do chapéu, ajuda proteger 
a cabeça e o rosto.
39
Figura 1 Amostragem de solo
Fonte: http://www.agrolink.com.br/fertilizantes/imagens/trado.jpg
Figura 2 Instrumentos utilizados para amostragem de solo
Fonte: http://www.sondaterra.com/Coleta%20de%20amostras.PDF
- Trado holandês: tem bom desempenho em qualquer 
tipo de solo, mas exige grande esforço físico.
- Trado de rosca: mais adequado para solos arenosos e 
úmidos.
- Calador: ideal para amostragem em terra fofa e 
ligeiramente úmida.
- Marreta e Trado tubular: instrumentos normalmente 
utilizados para solos compactados.
- Pá de corte ou pá reta: equipamento mais disponível 
e simples para o agricultor, e que deve ser usado isoladamente 
em terra úmida e fofa.
- Enxadão: para solo seco e compactado.
- Balde.
- Saco plástico.
2.5 - Obtenção das amostras 
Para se coletar as amostras simples, deve-se separar a área 
em locais iguais (glebas homogêneas). 
Por exemplo, se a área em que se deseja fazer a amostragem, apresentar 
2 (dois) tipos de solos, devemos fazer amostragens simples para cada 
local, isto resultará em duas amostras compostas, uma para cada tipo 
de solo (gleba homogênea).
Para separar as glebas homogêneas devemos levar em 
consideração:
a) o tipo de solo: separar quando a área apresentar terra 
com diferença na cor e/ou diferença na espessura da camada 
de terra.
b) a topografia: separar de acordo com a diferença 
na inclinação do terreno: o topo, a encosta e a baixada, por 
exemplo.
c) vegetação: separar a área em glebas com tipos 
diferentes de cobertura florestal, culturas anuais com 
características diferentes, culturas perenes com idades 
diferentes.
d) adubação: separar em locais diferentes para a 
amostragem, glebas que foram corrigidas ou adubadas de 
maneira diferente.
Localização das amostras simples: Feita a separação do 
terreno em glebas homogêneas (locais semelhantes), coletam-
se as amostras simples (15-20) caminhando em zigue-zague 
por todo o terreno, conforme Figuras 3, 4 e 5.
Cultura Anual
Área com Calagem
Encosta
Pastagem
Várzea
Figura 3. Divisão do terreno em glebas homogêneas e caminhamento em zig-zag 
para cada gleba amostrada.
Obs.: não se deve coletar amostras em locaisde depósito de adubo, 
calcário, palha, fezes de animais, à beira de estradas ou cercas. 
Figura 4. Local de coleta da amostra de solo (amostra simples) em culturas 
perenes.
Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.
html
Figura 5. Sequência de operações na coleta de amostra de solo, utilizando-se 
enxadão e pá reta (pá de corte).
Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html
40Solos e Ecologia
Dicas: 
- A amostragem do solo deve ser feita com 4 meses de antecedência 
ao plantio ou adubação.
- Deve-se evitar coleta em solos extremamente secos ou molhados.
2.6 - Profundidade das amostras 
simples 
No Plantio Convencional, coletar amostras nas camadas 
de 0 a 20 cm, para o Sistema de Plantio Direto a amostragem 
deve ser igual ao Convencional até o terceiro ano do início do 
Plantio Direto e, a partir do quarto ano, fazer amostragens 
estratificadas, nas profundidades de 0 a 10, de 10 a 20 e de 20 
a 40 cm. Feita a amostra composta, separar 300 -500 gramas 
desta e colocar em pacote plástico limpo. Não colocar a 
amostra em pacote de sal, pacote de farinha, pacote de adubo, 
ou qualquer outro que contenha resíduos. O pacote deve ser 
etiquetado, devendo conter na etiqueta, a profundidade e o 
local na propriedade (gleba) em que foi feita a coleta.
 2.7 - Embalagem e envio da amostra 
As amostras deverão ser embaladas em sacos plásticos 
(Figura 6) e devidamente etiquetadas (Figura 7). Cada 
embalagem deverá conter uma ficha com as informações da 
área, conforme modelo abaixo (Figura 8).
Figura 6. Embalagem da amostra de solo
Fonte: http://casa.hsw.uol.com.br/como-preparar-a-terra-para-plantar1.htm
Figura 7. Modelo de etiqueta para identifi cação da amostra composta
Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html
Amostra no. _____________________________Data:____/____/____
Identificação da amostra:____________________________________
Nome do Produtor:_________________________________________
Nome da Propriedade:______________________________________
Endereço:________________________________________________
Município:______________________UF:_______CEP:____________
Remetente:_______________________________________________
Endereço:________________________________________________
Município:______________________UF:_______CEP:____________
Cultura a ser adubada:______________________________________
Área a ser amostrada (em ha):________________________________
Vegetação original: ( ) campo ( ) cerrado ( ) mata
Topografia da área amostrada: ( ) baixada ( ) meia encosta
 ( ) chapada ( ) mal drenada ( ) bem drenada
Há quanto tempo a área vem sendo usada: ________________ anos
Cultivo anterior:___________________________________________
Foi adubada? ( ) sim ( ) não Quantidade: _______________t/ha
Outras informações que julgar importante:______________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Figura 8. Modelo de fi cha de informações que deve acompanhar cada amostra
Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html
Aprendemos a importância da amostragem do solo para 
conhecimento das suas características químicas e físicas. Outra 
prática importante para a avaliação do estado nutricional das 
plantas é a análise foliar, pois permite um diagnóstico adequado 
orientando as práticas de manejo para aumentar a produtividade 
da cultura. Com base nas informações fornecidas pela análise 
foliar, o agricultor pode definir qual o melhor tipo de adubo 
que deve ser aplicado na próxima safra. Na próxima seção, 
vamos aprender amostrar plantas para análise foliar.
3 - Amostragem de plantas para 
análise foliar
A análise de plantas, mais frequentemente chamada 
de análise foliar, é uma técnica que avalia a concentração de 
elementos em uma determinada parte da planta. A espécie 
de planta, idade, parte da planta e época de amostragem são 
variáveis que afetam a interpretação dos resultados da análise 
de planta. O procedimento para a amostragem de folhas é 
específico para cada cultura. 
3.1- Coleta da amostra
Amostragem – a coleta é a etapa mais crítica, pois os 
nutrientes não existem nas diversas partes da planta em 
quantidades iguais, alternando de acordo com a idade da planta e 
a variedade considerada. Os resultados da análise foliar somente 
serão eficientes se a amostragem for bem feita e representativa 
da lavoura. Na Tabela 1 veremos os procedimentos para coleta 
de amostras em diversas plantas cultivadas.
Cultura Época Tipo de folha Nº. de 
folhas/ha
Algodoeiro
Herbáceo
Início do fl oresci-
mento
Limbo de folhas adja-
centes às “maças”
30
Algodoeiro
Arbóreo
Início do fl oresci-
mento
Folhas recém-maduras 30
41
Arroz Meio do perfilha-
mento
Folha Y (posição ocupa-
da em relação à folha 
mais nova desenrolada 
acima)
50
Bananeira Florescimento Folha III (abaixo e opos-
tas às flores); porção 
mediana (10cm largura) 
clorofilada
--
Batatinha Meio do ciclo, 
35-45 dias após 
emergência
Pecíolo da 4ª folha a 
partir da ponta
30
Cafeeiro Primavera-verão 3º e 4º pares de folhas, a 
partir da ponta, ramos a 
meia-altura e produtivos
30
Cana-de-açú-
car
Quatro meses após 
brotação
Folha + 3; folha +1 = 
com primeira lígula (= 
região de inser'vão da 
bainha do colmo) Terço 
mediano, excluída a 
nervura principal
20-30 por 
talhão 
uniforme
Cenoura Meio do ciclo Nervura principal da 
folha recém-madura
40
Citros Verão Folhas do ciclo da 
primavera de ramos fru-
tíferos, frutos com 2-4 
cm de diâmetro, 3ª ou 4ª 
folha a partir do fruto
20
Eucalipto Verão-outono Recém-maduras, ramos 
primários
18
Feijões Início da floração Primeira folha amadu-
recida a partir da ponta 
do ramo
30
Figo Primavera (floresci-
mento)
Folhas mais novas total-
mente expandidas, ao 
sol, ramos sem frutos
40
Goiabeira Um mês depois de 
terminar o cresci-
mento do ramos
4º par, ramos terminais 
sem frutos
30
Gramíneas Primavera-verão Recém-maduras ou 
toda a parte aérea
30
Leguminosas Primavera-verão Florescimento 30
Macieira Primavera-verão Inteiras, com pecíolos, 
na parte mediana de 
ramos do ano
100 folhas 
de 25 
plantas
Mamoeiro Florescimento Folha "F"- na axila coma 
primeira flor completa-
mente expandida
18
Mandioca 3-4 meses de idade Primeira folha recém
-madura
30
Milho Aparecimento da 
inflorescência femi-
nina (cabelo)
Folha oposta e abaixo 
da espiga
30
Pessegueiro Verão Recém-amadurecidas, 
do crescimento do ano
100 folhas de 
25 plantas
Pinus Verão-outono Recém-maduras, 
primárias
18
Repolho Formação da 
cabeça
Nervura principal da 
folha envolvente
40
Seringueira Verão-outono 3-4 folhas recém 
maduras, a sombra, na 
base do terço superior 
da copa
6
Soja Fim do floresci-
mento
1ª folha amadurecida a 
partir da ponta do ramo, 
pecíolo excluído
30
Tomateiro Florescimento 
pleno ou primeiro 
fruto maduro
4ª folha a partir da 
ponta
40
Trigo Início do floresci-
mento
1ª a 4ª folhas a contar 
da ponta
30
Videira Fim do floresci-
mento
Na base do primeiro 
cacho
30-60
Fonte: http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html
3.2 - Amostragem de Tecido Vegetal 
para Espécies Florestais: 
a) Tipo de folha: folhas recém-maduras, geralmente, 
terceiro ou quarto lançamento de folhas contando a partir 
do ápice do ramo. O ideal é que sejam amostradas 4 folhas 
localizadas no terço médio da copa da árvore, distribuídas nos 
quatro pontos cardeais;- evitar coleta de plantas próximo à estrada e carreadores;
- evitar coletar folhas cobertas de poeira ou outras 
impurezas; folhas com danos mecânicos (insetos, ventos, ou 
com doenças).
b) Tamanho da amostra: devem ser coletadas 20 
subamostras (20 árvores diferentes), com 4 folhas, por gleba 
homogênea (menor que 30 hectares). 
c) Número de amostras: o número de amostras 
necessárias para avaliar o estado nutricional de um povoamento 
florestal depende de sua heterogeneidade. Para a divisão em 
glebas homogêneas deve-se levar em consideração, variáveis 
como: espécie (variedade), idade, manejo, histórico da área, 
solo, relevo, entre outros, tomando o cuidado para que não 
exceda 30 hectares. 
d) Informações adicionais
Sempre que possível cada amostra de tecido vegetal 
além da identificação deve vir acompanhada das seguintes 
informações: (1) espécie vegetal, (2) idade, (3) tipo de 
solo, (4) aspectos fitossanitários, (5) aspectos fenológicos 
(florescimento, frutificação). 
Resumindo:
Amostragem na cultura da soja:
- Deve-se coletar o terceiro trifólio no estádio de floração 
plena. Coletar 30 folhas.
Amostragem na cultura do milho:
- deve-se coletar a folha localizada abaixo da oposta 
à primeira espiga, sem a nervura central, quando 50 a 
75% das plantas apresentarem inflorescência feminina 
(“embonecamento”). Coletar 30 folhas.
Amostragem na cultura do algodoeiro:
- deve-se coletar a quinta folha a partir do ápice da haste 
42Solos e Ecologia
principal, no estádio de floração. Coletar 30 folhas.
Pelos resultados das análises observam-se os teores de 
macro e micronutrientes presentes no solo contrastando com 
as quantidades exigidas para a cultura desejável (Tabelas 2 e 3).
Tabela 2. - Faixa de teores adequados de 
macronutrientes para algumas culturas
Cultura
N P K Ca Mg S
 ------------------------------ g.kg-1 -----------------------------
Café 26-32 1,2-2,0 18-25 10-15 3,0-5,0 1,5-2,0
Citros 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0
Manga 12-14 1,0-1,5 6,5-10 28-40 2,5-5,0 0,9-1,8
Goiaba 22-26 1,5-1,9 17-20 11-15 2,5-3,5 3,0-3,5
Cana de açúcar 18-25 1,5-3,0 10-16 2,0-8,0 1,0-3,0 1,5-3,0
Colonião 15-25 1,0-3,0 15-30 3-8 1,5-5,0 1,0-3,0
Napier 15-25 1,0-3,0 15-30 3-8 1,5-4,0 1,0-3,0
Coast-cross 15-25 1,5-3,0 15-30 3-8 2,0-4,0 1,0-3,0
Tifton 20-26 1,5-3,0 15-30 3-8 1,5-4,0 1,5-3,0
B. Brizantha 13-20 0,8-3,0 12-30 3-6 1,5-4,0 0,8-2,5
Andropogon 12-25 1,1-3,0 12-25 2-6 1,5-4,0 0,8-2,5
B. decumbens 12-20 0,8-3,0 12-25 2-6 1,5-4,0 0,8-2,5
Batatais 12-22 1,0-3,0 12-25 3-6 2,0-4,0 0,8-2,5
Gordura 12-22 1,0-3,0 12-30 3-7 1,5-4,0 0,8-2,5
Soja perene 20-40 1,5-3,0 12-30 5-20 2,0-5,0 1,5-3,0
Leucena 20-48 1,5-3,0 13-30 5-20 2,0-4,0 1,5-3,0
Stylosantes 20-40 1,5-3,0 10-30 5-20 1,5-4,0 1,5-3,0
Guandu 20-40 1,5-3,0 12-30 5-20 2,0-5,0 1,5-3,0
Alfafa 34-56 2,5-5,0 20-35 10-25 3,0-8,0 2,0-4,0
Fonte: http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html
Tabela 3. - Faixa de teores adequados de 
micronutrientes para algumas culturas
Cultura
B Cu Fe Mn Mo Zn
 ------------------------------ g.kg-1 -----------------------------
Café 50-80 10-20 50-200 50-200 0,1-2,0 10-20
Citros 36-
100
4-10 50-120 35-300 0,1-1,0 25-
100
Manga 70-
100
>10 >50 >50 - 30-50
Goiaba 20-25 10-40 50-150 180-250 - 25-35
Cana de 
açúcar
10-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,2 10-50
Colonião 10-30 4-14 50-200 40-200 - 20-50
Napier 10-25 4-17 50-200 40-200 - 20-50
Coast-cross 10-25 4-14 50-200 40-200 - 30-50
Tifton 5-30 4-20 50-200 20-300 - 15-70
B. 
Brizantha
10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50
Andropogon 10-20 4-12 50-250 40-250 - 20-50
B. decumbens 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50
Batatais 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50
Gordura 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50
Soja 
perene
30-50 5-12 40-250 40-150 - 20-50
Leucena 25-50 5-12 40-250 40-150 - 20-50
Stylosantes 25-50 6-12 40-250 40-200 - 20-50
Guandu 20-50 6-12 40-200 40-200 - 25-50
Alfafa 30-60 8-20 40-250 40-100 - 30-50
Fonte: http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html
3.2 - Cuidados na amostragem de 
plantas 
Não coletar plantas:
• após chuva intensa;
• após adubação foliar;
• com danos mecânicos;
• com danos por insetos;
• com infestação de doenças;
• contaminadas com defensivos;
• contaminadas com solo (solo aderido mesmo após 
lavagem simples).
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar essa 
aula, vamos recordar:
1 - Tipos de análises mais utilizadas pelo produtor 
rural
- Análise química 
- Análise granulométrica
- Análise do tecido vegetal
2 - Amostragem para análise química e granulométrica 
do solo
2.1 - Objetivo da coleta de amostras de solo
- Coletar uma amostra de solo (pequena porção de terra) 
para avaliação de suas propriedades química e física.
2.2 - Como fazer análise do solo
- Produtor retira a amostra na área
- Produtor envia amostra para o laboratório
- Laboratório analisa a amostra
- Produtor adota as recomendações técnicas
2.3 - Tipos de amostras
- Amostra simples
- Amostra composta
2.4 - Equipamentos para amostragem
- Trado holandês
- Trado de rosca
- Calador
- Marreta 
- Trado tubular
- Pá de corte ou pá reta
43
h t t p : / / w w w. s o l o p l a n . a g r a r i a s . u f p r . b r /
amostragemsolo.pdf
http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html
Vale a pena acessar
Minhas anotações
- Enxadão
- Balde.
- Saco plástico.
2.5 - Obtenção das amostras
- Separar área em glebas homogêneas, de acordo com:
a) tipo de solo
b) topografia
c) vegetação
d) adubação
2.6 - Profundidade das amostras simples
- Plantio Convencional- 0 a 20 cm. 
- Sistema de Plantio Direto a amostragem deve ser igual 
ao Convencional até o terceiro ano do início do Plantio Direto 
e, a partir do quarto ano, fazer amostragens estratificadas, nas 
profundidades de 0 a 10, de 10 a 20 e de 20 a 40 cm. 
2.7 - Embalagem e envio da amostra
- A amostra final deve ser embalada em saco plástico, 
etiquetada e enviada para o Laboratório.
3 - Amostragem de plantas para análise foliar
- Através da análise química foliar, podemos fazer uma 
avaliação do estado de nutrição da planta, determinando os 
níveis dos diferentes elementos minerais, nas folhas, obter 
orientação para a correção da fertilidade do solo e estudar o 
efeito das adubações de solo e foliar.
3.1 - Coleta da amostra
- É uma etapa de extrema importância, deverá ser feita 
corretamente, pois os nutrientes não existem nas diversas 
partes da planta em quantidades iguais, alternando de acordo 
com a idade da planta e a variedade considerada. Cada cultura 
possui uma recomendação para amostragem.
3.2 - Amostragem de tecido vegetal para espécies 
florestais
A amostragem deve levar em consideração o tipo de folha, 
o tamanho da amostra e número de amostras. Cada amostra 
deve possuir informações como: 
espécie vegetal, idade, tipo de solo, aspectos fitossanitários, 
aspectos fenológicos (florescimento, frutificação).
3.3 - Cuidados na amostragem de plantas
Não se deve coletar plantas: após chuva intensa, após 
adubação foliar, com danos mecânicos, com danos por insetos, 
com infestação de doenças, contaminadas com defensivos, 
contaminadas com solo (solo aderido mesmo após lavagem 
simples).
MALAVOLTA, Euripedes. Manual de Nutrição Mineral de 
Plantas. CERES, 2006. 
SANTOS, Adriana Delfino de; GOMES, Aline Renee 
Coscione; VITTI, André César. Manual de Análises Químicas de 
Solos, Plantas e Fertilizantes. Embrapa, 2009.
Vale a pena
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