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6ºAula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • compreender a importância de realizar a análise do solo; • identificar as diferentes áreas para realização de amostragem do solo; • definir os instrumentos necessários para a realização da amostragem. Análise de solo e planta Para avaliação da quantidade de nutrientes existentes no solo, ou seja, saber se os nutrientes estão presentes em quantidades ideais para as plantas, devemos fazer uma análise do solo. Para a realização desta análise, faz-se necessário uma correta amostragem do solo, de forma que a amostra seja representativa da área. Portanto, nesta aula, iremos estudar Análise de Solo e Planta. O conhecimento da fertilidade do solo permite a utilização de práticas mais confiáveis de manejo de corretivos e de fertilizantes. O estabelecimento e a manutenção de um programa de adubação, geralmente, envolvem o uso da análise de solo. Boa aula! 38Solos e Ecologia 1 - Tipos de análises mais utilizadas pelo produtor rural 2 - Amostragem para análise química e granulométrica do solo 3 - Amostragem de plantas para análise foliar Seções de estudo 1 - Tipos de análises mais utilizadas pelo produtor rural As principais análises existentes para avaliação das propriedades do solo são: química e granulométrica e, às vezes do tecido vegetal. a) Análise Química de Solo: a análise do solo representa para a maioria das culturas, especialmente para as anuais, um dos principais instrumentos de indicação das quantidades necessárias de corretivos e fertilizantes. Assim, avalia-se a fertilidade química do solo, determinando a acidez e disponibilidade de nutrientes às plantas. b) Análise granulométrica: determina a proporção de constituintes do solo (areia, silte e argila) que influenciam no seu correto uso e manejo, indicando: risco de erosão, disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de adubos, a mecanização adequada, e qual a melhor cultura a ser implantada. Serve também como complemento da análise química, garantindo maior segurança para o diagnóstico. c) Análise do Tecido Vegetal (Planta): esse tipo de análise é menos utilizado que as primeiras análises descritas acima. Entretanto, a análise foliar é uma técnica que avalia a concentração de elementos em uma determinada parte da planta. Entre todos os órgãos da planta, normalmente a folha é que reflete melhor o estado nutricional de carência. É conveniente ressaltar que a análise foliar não substitui a análise de solo. Contudo, ambas se complementam, permitindo a realização de uma adubação adequada. A análise foliar é realizada principalmente em culturas perenes, como fruticultura, reflorestamento, café, entre outros cultivos. A análise foliar fornece informações sobre o estado nutricional da cultura, ou seja, permite verifi car se o adubo aplicado supriu as necessidades da planta e se existe defi ciência ou toxidez de algum elemento. Vocês viram que através das análises química, granulométrica e de tecido vegetal iremos conhecer a propriedades químicas e físicas do solo, ou seja, a quantidade de nutrientes disponíveis em determinado solo. Na próxima seção, vamos aprender como amostrar o solo para realização das análises química e granulométrica. Vamos lá turma!!! 2 - Amostragem para análise química e granulométrica 2.1 - Objetivo da coleta de amostras de solo Uma amostra de solo consiste em uma pequena porção de terra capaz de representá–lo em uma análise química e física. Como esta porção é pequena em relação à quantidade de solo que irá representar, deve-se tomar todo cuidado na retirada dessa amostra. Com a amostragem, feita de maneira técnica, pretende-se chegar a uma cópia fiel do terreno que queremos analisar. Veja por quê! Dos 300-500 gramas de solo enviadas pelo agricultor ao laboratório, para avaliação da fertilidade do solo, apenas 50 gramas serão usadas, representando todo o terreno nas análises de rotina. 2.2 - Como fazer a análise de solo No sistema de análise de solo há uma divisão de trabalho: a) O agricultor tira a amostra de terra que representa a gleba. A correta amostragem do solo é uma das principais fases da análise, pois dela depende a exatidão dos resultados analíticos. b) O laboratório analisa a amostra de solo. Devem- se procurar laboratórios que participem de programas de qualidade. c) O produtor adota as recomendações técnicas, depois de tirar suas dúvidas com um técnico. 2.3 - Tipos de amostras a) Amostra simples: Para que 300-500 g representem a área que queremos avaliar a fertilidade, devemos tirar uma porção de terra em vários pontos. A terra de cada ponto deve ser colocada em um recipiente, como um balde plástico bem limpo. A amostra simples é cada porção individual de terra que foi retirada em cada ponto da área. b) Amostra composta: Depois de retiradas as amostras simples, estas devem ser bem misturadas no balde, até que fiquem bem homogêneas. Essa mistura é a amostra composta. A amostragem deve ser feita pelo menos 3 (três) meses antes do plantio para dar tempo de analisar o solo e aplicar na área o que for necessário. 2.4 - Equipamentos para amostragem Para a retirada das amostras simples, utiliza-se diversos tipos de trados. Pode-se também usar ferramentas da fazenda como: enxada, pá reta (cortadeira), enxadão, desde que estejam bem limpos (Figuras 1 e 2). Gente, não vamos esquecer de passar protetor solar para ir para o campo. Meninos gostam de boné e chapéu, então não esqueçam de levá-los. Meninas, temos que aderir a moda do chapéu, ajuda proteger a cabeça e o rosto. 39 Figura 1 Amostragem de solo Fonte: http://www.agrolink.com.br/fertilizantes/imagens/trado.jpg Figura 2 Instrumentos utilizados para amostragem de solo Fonte: http://www.sondaterra.com/Coleta%20de%20amostras.PDF - Trado holandês: tem bom desempenho em qualquer tipo de solo, mas exige grande esforço físico. - Trado de rosca: mais adequado para solos arenosos e úmidos. - Calador: ideal para amostragem em terra fofa e ligeiramente úmida. - Marreta e Trado tubular: instrumentos normalmente utilizados para solos compactados. - Pá de corte ou pá reta: equipamento mais disponível e simples para o agricultor, e que deve ser usado isoladamente em terra úmida e fofa. - Enxadão: para solo seco e compactado. - Balde. - Saco plástico. 2.5 - Obtenção das amostras Para se coletar as amostras simples, deve-se separar a área em locais iguais (glebas homogêneas). Por exemplo, se a área em que se deseja fazer a amostragem, apresentar 2 (dois) tipos de solos, devemos fazer amostragens simples para cada local, isto resultará em duas amostras compostas, uma para cada tipo de solo (gleba homogênea). Para separar as glebas homogêneas devemos levar em consideração: a) o tipo de solo: separar quando a área apresentar terra com diferença na cor e/ou diferença na espessura da camada de terra. b) a topografia: separar de acordo com a diferença na inclinação do terreno: o topo, a encosta e a baixada, por exemplo. c) vegetação: separar a área em glebas com tipos diferentes de cobertura florestal, culturas anuais com características diferentes, culturas perenes com idades diferentes. d) adubação: separar em locais diferentes para a amostragem, glebas que foram corrigidas ou adubadas de maneira diferente. Localização das amostras simples: Feita a separação do terreno em glebas homogêneas (locais semelhantes), coletam- se as amostras simples (15-20) caminhando em zigue-zague por todo o terreno, conforme Figuras 3, 4 e 5. Cultura Anual Área com Calagem Encosta Pastagem Várzea Figura 3. Divisão do terreno em glebas homogêneas e caminhamento em zig-zag para cada gleba amostrada. Obs.: não se deve coletar amostras em locaisde depósito de adubo, calcário, palha, fezes de animais, à beira de estradas ou cercas. Figura 4. Local de coleta da amostra de solo (amostra simples) em culturas perenes. Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem. html Figura 5. Sequência de operações na coleta de amostra de solo, utilizando-se enxadão e pá reta (pá de corte). Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html 40Solos e Ecologia Dicas: - A amostragem do solo deve ser feita com 4 meses de antecedência ao plantio ou adubação. - Deve-se evitar coleta em solos extremamente secos ou molhados. 2.6 - Profundidade das amostras simples No Plantio Convencional, coletar amostras nas camadas de 0 a 20 cm, para o Sistema de Plantio Direto a amostragem deve ser igual ao Convencional até o terceiro ano do início do Plantio Direto e, a partir do quarto ano, fazer amostragens estratificadas, nas profundidades de 0 a 10, de 10 a 20 e de 20 a 40 cm. Feita a amostra composta, separar 300 -500 gramas desta e colocar em pacote plástico limpo. Não colocar a amostra em pacote de sal, pacote de farinha, pacote de adubo, ou qualquer outro que contenha resíduos. O pacote deve ser etiquetado, devendo conter na etiqueta, a profundidade e o local na propriedade (gleba) em que foi feita a coleta. 2.7 - Embalagem e envio da amostra As amostras deverão ser embaladas em sacos plásticos (Figura 6) e devidamente etiquetadas (Figura 7). Cada embalagem deverá conter uma ficha com as informações da área, conforme modelo abaixo (Figura 8). Figura 6. Embalagem da amostra de solo Fonte: http://casa.hsw.uol.com.br/como-preparar-a-terra-para-plantar1.htm Figura 7. Modelo de etiqueta para identifi cação da amostra composta Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html Amostra no. _____________________________Data:____/____/____ Identificação da amostra:____________________________________ Nome do Produtor:_________________________________________ Nome da Propriedade:______________________________________ Endereço:________________________________________________ Município:______________________UF:_______CEP:____________ Remetente:_______________________________________________ Endereço:________________________________________________ Município:______________________UF:_______CEP:____________ Cultura a ser adubada:______________________________________ Área a ser amostrada (em ha):________________________________ Vegetação original: ( ) campo ( ) cerrado ( ) mata Topografia da área amostrada: ( ) baixada ( ) meia encosta ( ) chapada ( ) mal drenada ( ) bem drenada Há quanto tempo a área vem sendo usada: ________________ anos Cultivo anterior:___________________________________________ Foi adubada? ( ) sim ( ) não Quantidade: _______________t/ha Outras informações que julgar importante:______________________ ________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ _________________________________________________________ Figura 8. Modelo de fi cha de informações que deve acompanhar cada amostra Fonte: http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html Aprendemos a importância da amostragem do solo para conhecimento das suas características químicas e físicas. Outra prática importante para a avaliação do estado nutricional das plantas é a análise foliar, pois permite um diagnóstico adequado orientando as práticas de manejo para aumentar a produtividade da cultura. Com base nas informações fornecidas pela análise foliar, o agricultor pode definir qual o melhor tipo de adubo que deve ser aplicado na próxima safra. Na próxima seção, vamos aprender amostrar plantas para análise foliar. 3 - Amostragem de plantas para análise foliar A análise de plantas, mais frequentemente chamada de análise foliar, é uma técnica que avalia a concentração de elementos em uma determinada parte da planta. A espécie de planta, idade, parte da planta e época de amostragem são variáveis que afetam a interpretação dos resultados da análise de planta. O procedimento para a amostragem de folhas é específico para cada cultura. 3.1- Coleta da amostra Amostragem – a coleta é a etapa mais crítica, pois os nutrientes não existem nas diversas partes da planta em quantidades iguais, alternando de acordo com a idade da planta e a variedade considerada. Os resultados da análise foliar somente serão eficientes se a amostragem for bem feita e representativa da lavoura. Na Tabela 1 veremos os procedimentos para coleta de amostras em diversas plantas cultivadas. Cultura Época Tipo de folha Nº. de folhas/ha Algodoeiro Herbáceo Início do fl oresci- mento Limbo de folhas adja- centes às “maças” 30 Algodoeiro Arbóreo Início do fl oresci- mento Folhas recém-maduras 30 41 Arroz Meio do perfilha- mento Folha Y (posição ocupa- da em relação à folha mais nova desenrolada acima) 50 Bananeira Florescimento Folha III (abaixo e opos- tas às flores); porção mediana (10cm largura) clorofilada -- Batatinha Meio do ciclo, 35-45 dias após emergência Pecíolo da 4ª folha a partir da ponta 30 Cafeeiro Primavera-verão 3º e 4º pares de folhas, a partir da ponta, ramos a meia-altura e produtivos 30 Cana-de-açú- car Quatro meses após brotação Folha + 3; folha +1 = com primeira lígula (= região de inser'vão da bainha do colmo) Terço mediano, excluída a nervura principal 20-30 por talhão uniforme Cenoura Meio do ciclo Nervura principal da folha recém-madura 40 Citros Verão Folhas do ciclo da primavera de ramos fru- tíferos, frutos com 2-4 cm de diâmetro, 3ª ou 4ª folha a partir do fruto 20 Eucalipto Verão-outono Recém-maduras, ramos primários 18 Feijões Início da floração Primeira folha amadu- recida a partir da ponta do ramo 30 Figo Primavera (floresci- mento) Folhas mais novas total- mente expandidas, ao sol, ramos sem frutos 40 Goiabeira Um mês depois de terminar o cresci- mento do ramos 4º par, ramos terminais sem frutos 30 Gramíneas Primavera-verão Recém-maduras ou toda a parte aérea 30 Leguminosas Primavera-verão Florescimento 30 Macieira Primavera-verão Inteiras, com pecíolos, na parte mediana de ramos do ano 100 folhas de 25 plantas Mamoeiro Florescimento Folha "F"- na axila coma primeira flor completa- mente expandida 18 Mandioca 3-4 meses de idade Primeira folha recém -madura 30 Milho Aparecimento da inflorescência femi- nina (cabelo) Folha oposta e abaixo da espiga 30 Pessegueiro Verão Recém-amadurecidas, do crescimento do ano 100 folhas de 25 plantas Pinus Verão-outono Recém-maduras, primárias 18 Repolho Formação da cabeça Nervura principal da folha envolvente 40 Seringueira Verão-outono 3-4 folhas recém maduras, a sombra, na base do terço superior da copa 6 Soja Fim do floresci- mento 1ª folha amadurecida a partir da ponta do ramo, pecíolo excluído 30 Tomateiro Florescimento pleno ou primeiro fruto maduro 4ª folha a partir da ponta 40 Trigo Início do floresci- mento 1ª a 4ª folhas a contar da ponta 30 Videira Fim do floresci- mento Na base do primeiro cacho 30-60 Fonte: http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html 3.2 - Amostragem de Tecido Vegetal para Espécies Florestais: a) Tipo de folha: folhas recém-maduras, geralmente, terceiro ou quarto lançamento de folhas contando a partir do ápice do ramo. O ideal é que sejam amostradas 4 folhas localizadas no terço médio da copa da árvore, distribuídas nos quatro pontos cardeais;- evitar coleta de plantas próximo à estrada e carreadores; - evitar coletar folhas cobertas de poeira ou outras impurezas; folhas com danos mecânicos (insetos, ventos, ou com doenças). b) Tamanho da amostra: devem ser coletadas 20 subamostras (20 árvores diferentes), com 4 folhas, por gleba homogênea (menor que 30 hectares). c) Número de amostras: o número de amostras necessárias para avaliar o estado nutricional de um povoamento florestal depende de sua heterogeneidade. Para a divisão em glebas homogêneas deve-se levar em consideração, variáveis como: espécie (variedade), idade, manejo, histórico da área, solo, relevo, entre outros, tomando o cuidado para que não exceda 30 hectares. d) Informações adicionais Sempre que possível cada amostra de tecido vegetal além da identificação deve vir acompanhada das seguintes informações: (1) espécie vegetal, (2) idade, (3) tipo de solo, (4) aspectos fitossanitários, (5) aspectos fenológicos (florescimento, frutificação). Resumindo: Amostragem na cultura da soja: - Deve-se coletar o terceiro trifólio no estádio de floração plena. Coletar 30 folhas. Amostragem na cultura do milho: - deve-se coletar a folha localizada abaixo da oposta à primeira espiga, sem a nervura central, quando 50 a 75% das plantas apresentarem inflorescência feminina (“embonecamento”). Coletar 30 folhas. Amostragem na cultura do algodoeiro: - deve-se coletar a quinta folha a partir do ápice da haste 42Solos e Ecologia principal, no estádio de floração. Coletar 30 folhas. Pelos resultados das análises observam-se os teores de macro e micronutrientes presentes no solo contrastando com as quantidades exigidas para a cultura desejável (Tabelas 2 e 3). Tabela 2. - Faixa de teores adequados de macronutrientes para algumas culturas Cultura N P K Ca Mg S ------------------------------ g.kg-1 ----------------------------- Café 26-32 1,2-2,0 18-25 10-15 3,0-5,0 1,5-2,0 Citros 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0 Manga 12-14 1,0-1,5 6,5-10 28-40 2,5-5,0 0,9-1,8 Goiaba 22-26 1,5-1,9 17-20 11-15 2,5-3,5 3,0-3,5 Cana de açúcar 18-25 1,5-3,0 10-16 2,0-8,0 1,0-3,0 1,5-3,0 Colonião 15-25 1,0-3,0 15-30 3-8 1,5-5,0 1,0-3,0 Napier 15-25 1,0-3,0 15-30 3-8 1,5-4,0 1,0-3,0 Coast-cross 15-25 1,5-3,0 15-30 3-8 2,0-4,0 1,0-3,0 Tifton 20-26 1,5-3,0 15-30 3-8 1,5-4,0 1,5-3,0 B. Brizantha 13-20 0,8-3,0 12-30 3-6 1,5-4,0 0,8-2,5 Andropogon 12-25 1,1-3,0 12-25 2-6 1,5-4,0 0,8-2,5 B. decumbens 12-20 0,8-3,0 12-25 2-6 1,5-4,0 0,8-2,5 Batatais 12-22 1,0-3,0 12-25 3-6 2,0-4,0 0,8-2,5 Gordura 12-22 1,0-3,0 12-30 3-7 1,5-4,0 0,8-2,5 Soja perene 20-40 1,5-3,0 12-30 5-20 2,0-5,0 1,5-3,0 Leucena 20-48 1,5-3,0 13-30 5-20 2,0-4,0 1,5-3,0 Stylosantes 20-40 1,5-3,0 10-30 5-20 1,5-4,0 1,5-3,0 Guandu 20-40 1,5-3,0 12-30 5-20 2,0-5,0 1,5-3,0 Alfafa 34-56 2,5-5,0 20-35 10-25 3,0-8,0 2,0-4,0 Fonte: http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html Tabela 3. - Faixa de teores adequados de micronutrientes para algumas culturas Cultura B Cu Fe Mn Mo Zn ------------------------------ g.kg-1 ----------------------------- Café 50-80 10-20 50-200 50-200 0,1-2,0 10-20 Citros 36- 100 4-10 50-120 35-300 0,1-1,0 25- 100 Manga 70- 100 >10 >50 >50 - 30-50 Goiaba 20-25 10-40 50-150 180-250 - 25-35 Cana de açúcar 10-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,2 10-50 Colonião 10-30 4-14 50-200 40-200 - 20-50 Napier 10-25 4-17 50-200 40-200 - 20-50 Coast-cross 10-25 4-14 50-200 40-200 - 30-50 Tifton 5-30 4-20 50-200 20-300 - 15-70 B. Brizantha 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50 Andropogon 10-20 4-12 50-250 40-250 - 20-50 B. decumbens 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50 Batatais 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50 Gordura 10-25 4-12 50-250 40-250 - 20-50 Soja perene 30-50 5-12 40-250 40-150 - 20-50 Leucena 25-50 5-12 40-250 40-150 - 20-50 Stylosantes 25-50 6-12 40-250 40-200 - 20-50 Guandu 20-50 6-12 40-200 40-200 - 25-50 Alfafa 30-60 8-20 40-250 40-100 - 30-50 Fonte: http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html 3.2 - Cuidados na amostragem de plantas Não coletar plantas: • após chuva intensa; • após adubação foliar; • com danos mecânicos; • com danos por insetos; • com infestação de doenças; • contaminadas com defensivos; • contaminadas com solo (solo aderido mesmo após lavagem simples). Retomando a aula Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar essa aula, vamos recordar: 1 - Tipos de análises mais utilizadas pelo produtor rural - Análise química - Análise granulométrica - Análise do tecido vegetal 2 - Amostragem para análise química e granulométrica do solo 2.1 - Objetivo da coleta de amostras de solo - Coletar uma amostra de solo (pequena porção de terra) para avaliação de suas propriedades química e física. 2.2 - Como fazer análise do solo - Produtor retira a amostra na área - Produtor envia amostra para o laboratório - Laboratório analisa a amostra - Produtor adota as recomendações técnicas 2.3 - Tipos de amostras - Amostra simples - Amostra composta 2.4 - Equipamentos para amostragem - Trado holandês - Trado de rosca - Calador - Marreta - Trado tubular - Pá de corte ou pá reta 43 h t t p : / / w w w. s o l o p l a n . a g r a r i a s . u f p r . b r / amostragemsolo.pdf http://www.solos.esalq.usp.br/coleta.html Vale a pena acessar Minhas anotações - Enxadão - Balde. - Saco plástico. 2.5 - Obtenção das amostras - Separar área em glebas homogêneas, de acordo com: a) tipo de solo b) topografia c) vegetação d) adubação 2.6 - Profundidade das amostras simples - Plantio Convencional- 0 a 20 cm. - Sistema de Plantio Direto a amostragem deve ser igual ao Convencional até o terceiro ano do início do Plantio Direto e, a partir do quarto ano, fazer amostragens estratificadas, nas profundidades de 0 a 10, de 10 a 20 e de 20 a 40 cm. 2.7 - Embalagem e envio da amostra - A amostra final deve ser embalada em saco plástico, etiquetada e enviada para o Laboratório. 3 - Amostragem de plantas para análise foliar - Através da análise química foliar, podemos fazer uma avaliação do estado de nutrição da planta, determinando os níveis dos diferentes elementos minerais, nas folhas, obter orientação para a correção da fertilidade do solo e estudar o efeito das adubações de solo e foliar. 3.1 - Coleta da amostra - É uma etapa de extrema importância, deverá ser feita corretamente, pois os nutrientes não existem nas diversas partes da planta em quantidades iguais, alternando de acordo com a idade da planta e a variedade considerada. Cada cultura possui uma recomendação para amostragem. 3.2 - Amostragem de tecido vegetal para espécies florestais A amostragem deve levar em consideração o tipo de folha, o tamanho da amostra e número de amostras. Cada amostra deve possuir informações como: espécie vegetal, idade, tipo de solo, aspectos fitossanitários, aspectos fenológicos (florescimento, frutificação). 3.3 - Cuidados na amostragem de plantas Não se deve coletar plantas: após chuva intensa, após adubação foliar, com danos mecânicos, com danos por insetos, com infestação de doenças, contaminadas com defensivos, contaminadas com solo (solo aderido mesmo após lavagem simples). MALAVOLTA, Euripedes. Manual de Nutrição Mineral de Plantas. CERES, 2006. SANTOS, Adriana Delfino de; GOMES, Aline Renee Coscione; VITTI, André César. Manual de Análises Químicas de Solos, Plantas e Fertilizantes. Embrapa, 2009. Vale a pena Vale a pena ler