Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>I. AMOSTRAGEM DO SOLO</p><p>EVERALDO ZONTA / NELSON MOURA BRASIL</p><p>TEXTO EXCLUSIVO PARA OS ALUNOS QUE</p><p>ESTÃO CURSANDO AS DISCIPLINAS IA323 E</p><p>IA322.</p><p>Textos referenciais</p><p>ALMEIDA, D.L. et al. Manual de adubação para</p><p>o Estado do Rio de Janeiro. Itaguaí: Editora</p><p>Universidade Rural, 1988. 179p. (Série</p><p>Ciências Agrárias, 2).</p><p>ZONTA, Everaldo ; LIMA , Eduardo ; OLIVEIRA,</p><p>Clarice de ; CEDDIA, Marcos Bacis . Solos e</p><p>Agricultura. 2007. (Curso de curta duração</p><p>ministrado/Extensão).</p><p>ZONTA, Everaldo . Manejo e Conservação do</p><p>Solo. 2007. (Palestra).</p><p>ZONTA, Everaldo; LIMA, Eduardo ; AMARAL</p><p>SOBRINHO, Nelson Moura Brasil Do ;</p><p>MAZUR, Nelson; Balieiro, F. de Carvalho ;</p><p>CEDDIA, Marcos Bacis ; OLIVEIRA, Clarice</p><p>de ; BRASIL, Felipe da Costa ; ANJOS, Lúcia</p><p>Helena Cunha dos ; PEREIRA, Marcos</p><p>Gervásio . Sistema Solo-Planta - Um Enfoque</p><p>para as atividades de Perfuração Terrestre.</p><p>2006.</p><p>A análise não é melhor que a amostra, senão, o melhor</p><p>resultado de análise depende da melhor amostragem.</p><p>A análise de solo, num sentido mais amplo, pode ser entendida como um conjunto de</p><p>procedimentos físicos e químicos que visam avaliar as características e propriedades do solo</p><p>através de análise de amostra representativa do mesmo. Num sentido mais restrito, a análise</p><p>do solo consiste de determinações químicas com o objetivo de avaliar a sua fertilidade.</p><p>A análise química do solo será tanto mais útil quanto mais confiável forem os</p><p>resultados.</p><p>Conhecer o nível de fertilidade do solo, ou seja, estimar a capacidade do solo de suprir</p><p>determinados nutrientes às plantas e determinar a necessidade de corretivos e fertilizantes é o</p><p>objetivo deste procedimento.</p><p>Não é exagero afirmar que é na etapa da amostragem onde ocorrem as maiores</p><p>falhas. Isto porque os métodos atualmente empregados nas análises laboratoriais geralmente</p><p>são precisos e bem estudados.</p><p>A interpretação dos resultados e a recomendação de nutrientes dependem dos</p><p>resultados de pesquisa e da capacidade dos técnicos. - 80 a 85% do erro total podem ser</p><p>atribuídos à amostragem no campo e 20 a 15% restantes podem ser decorrentes do trabalho</p><p>de laboratório, sendo que a determinação analítica raramente ultrapassa 5%.</p><p>O fato da amostragem do solo ser a principal fonte de erro do programa é devido aos</p><p>pouquíssimos resultados de pesquisa referente à amostragem e, além disso, normalmente a</p><p>amostra do solo é retirada por pessoal não qualificado, que desconhecem os princípios básicos</p><p>de uma boa amostragem.</p><p>Vale ressaltar que a análise química é de execução rápida e fácil, pode ser</p><p>executada em qualquer época do ano; estima a necessidade do solo antes do plantio; e custo</p><p>reduzido. E, os pontos críticos para a obtenção de bons resultados são:</p><p>a) A amostragem do solo deve ser representativa do mesmo;</p><p>b) Contaminação da amostra;</p><p>c) Seleção de métodos eficientes de análise: a solução extratora deve ser capaz de</p><p>discriminar os conteúdos diferentes do elemento no solo;</p><p>d) Calibração: os resultados analíticos devem ser calibrados com dados de ensaios de</p><p>campo, a fim de que se possa fazer recomendações seguras de adubação.</p><p>I.1. Procedimentos para uma correta amostragem do solo</p><p>O primeiro ponto a ser considerado é a divisão da área em glebas homogêneas de até</p><p>10 ha, de acordo com a similaridade dos seguintes pontos:</p><p> Variação no tipo de cobertura vegetal: compreendendo as formas naturais (vegetação</p><p>espontânea) e implantadas (diversas culturas);</p><p> Variações na forma de relevo: delimitadas pelas mudanças na declividade;</p><p> Diferenças nas características macroscópicas do solo: principalmente cor e textura;</p><p> Histórico de uso da área: especialmente com relação ao emprego de corretivos e</p><p>adubos;</p><p> Destinação agrícola da gleba.</p><p>Em cada uma destas glebas, vamos retirar entre 10 a 20 amostras simples por hectare</p><p>e da mistura destas obtemos uma amostra composta.</p><p>Na Figura 1 são apresentados esquemas de separação de determinadas áreas em</p><p>glebas homogêneas.</p><p>Figura 1. Áreas subdivididas em glebas homogêneas. A seta na segunda área indica a</p><p>seqüência de caminhamento em ziguezague.</p><p>I.2. Cuidados ao retirar as amostras simples</p><p> No caso de área não arada, antes da coleta deve-se limpar, retirando pedras,</p><p>matos e outros materiais estranhos (atenção: não retirar terra junto).</p><p> Evitar retirar amostras em locais onde o solo está visivelmente alterado com</p><p>despejo de esterco, de cal, de cinza, de adubo etc.</p><p> Evitar coletar as amostras perto de currais, formigueiros, cupinzeiros, pocilgas,</p><p>canais de irrigação, drenos, áreas encharcadas construções e depósitos de</p><p>adubos.</p><p> Ao retirar amostras de terra de locais antes adubados, cuidado para não retirar</p><p>amostras sobre as linhas de plantio (sulcos), onde foram aplicados os adubos.</p><p>Coletar as amostras nas entrelinhas da lavoura anterior.</p><p> Antes da aração, fazer a marcação precisa e bem feita das linhas, onde foi feita</p><p>a adubação da lavoura anterior.</p><p>I.3. Profundidade de coleta</p><p>A profundidade de coleta das amostras de terra depende da profundidade onde há</p><p>maior quantidade de raízes da cultura (profundidade efetiva=PE), que está plantada ou que</p><p>deseja-se implantar. Normalmente retira-se amostras na profundidade determinada pelo</p><p>sistema de preparo do solo, ou seja, na camada arável do solo, nos primeiros 20 cm de</p><p>profundidade, porém o correto é retirar até a profundidade onde se encontram a maior</p><p>quantidade de raízes, o que chamamos de profundidade efetiva do sistema radicular (PE).</p><p>Assím, devemos tirar:</p><p>1ª amostra: de 0 cm até PE;</p><p>2ª amostra: PE + 2xPe cm.</p><p>Exemplo: 0 - 15 cm e 15 - 30 cm</p><p>I.4. Equipamentos para a Amostragem de Solos</p><p>Os equipamentos mais comuns para uma boa coleta manual de amostras de solo são o</p><p>trado holandês, que tem bom desempenho em qualquer tipo de solo; o trado de rosca, mais</p><p>adequado para solos arenosos e úmidos; a pá de corte, equipamento mais disponível e</p><p>simples, e que pode ser utilizada junto com um enxadão, em solos secos e compactados</p><p>(Figura 2).</p><p> Para misturar as amostras simples: misture o conteúdo de cada amostra da</p><p>mesma profundidade e da mesma gleba num balde ou lata de 20 litros, que</p><p>devem estar muito bem limpos para evitar a contaminação.</p><p>I.5. Coleta das Amostras</p><p>Dentro de cada uma dessas áreas menores (GLEBAS), divididas anteriormente,</p><p>caminhar em zigue-zague e a cada 20 a 30 passos retirar uma amostra simples, isso em toda a</p><p>gleba.</p><p>Preferencialmente as amostras devem ser coletadas com uso de trados, fazendo este</p><p>entrar na terra com movimentos circulares, forçando-o para baixo, até a profundidade</p><p>adequada, onde há maior número de raízes. Há muitos casos em que o terreno está muito</p><p>seco, ou não há disponibilidade de trados, é preciso utilizar outra ferramenta como a pá reta ou</p><p>enxadão. Depois da área limpa (sem pedras, matos, folhas), abra uma cova em forma de</p><p>cunha até a profundidade onde há maior número de raízes, (PE), jogando a terra para fora.</p><p>Corte então uma fatia de terra, do alto para baixo do buraco, e coloque num copo ou lata, para</p><p>que o volume de todas as amostras simples seja o mesmo.</p><p>É importante lembrar que sempre ocorre contaminação das amostras com cinza de</p><p>cigarro, portanto não fume enquanto estiver trabalhando com as amostras, pois a cinza altera</p><p>profundamente o resultado da análise.</p><p>De cada amostra composta retira-se aproximadamente 200 a 300 gramas para enviar</p><p>para o laboratório. Essas amostras compostas devem ser embaladas em caixas apropriadas ou</p><p>colocadas em sacos plásticos limpos, devem ser também identificadas de acordo com a gleba</p><p>a que pertence e a profundidade que foi coletada.</p><p>Figura 2. Principais ferramentas utilizadas para amostragem de solos para fins de avaliação</p><p>da fertilidade do solo e seqüência para amostragem.</p><p>É preciso ainda, que algumas perguntas sejam respondidas para que a recomendação</p><p>de adubação e/ou calagem seja realizada.</p><p>• Número da amostra</p><p>• Nome do interessado</p><p>• Nome da propriedade</p><p>• Município</p><p>• Estado</p><p>• Cultura a ser implantada</p><p>• Cultura anterior</p><p>• Posição da gleba</p><p>• Produção da cultura anterior</p><p>• Histórico de adubação e calagem anterior</p><p>Para as amostras enviadas pelo correio, recomenda-se que sejam previamente secas</p><p>ao ar e à sombra por 48 horas. Devem ser muito bem identificadas e enviadas nas caixas</p><p>padronizadas que são vendidas nos correios.</p><p>I.6. Outros Procedimentos</p><p>Além do planejamento, existe uma série de aspectos importantes que devem ser</p><p>observados na execução da amostragem. A limpeza total dos equipamentos utilizados na</p><p>coleta, não misturar as amostras simples coletadas em diferentes camadas do solo e, no caso</p><p>de coletar amostras a várias profundidades, utilizar um balde ou saco de plástico para receber</p><p>as amostras simples de cada camada. Não enviar amostras para o laboratório em recipientes</p><p>ou embalagens já usados e, se não tiver as caixinhas apropriadas, normalmente fornecidas</p><p>pelos laboratórios ou serviços de extensão, deve-se reforçar bem a embalagem com saco de</p><p>plástico, papel e barbante.</p><p>Capítulo 3. Almeida et al (1988)</p><p>ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO</p><p>Luiz . Freire1 , Raphael Minotti Bloise2 ,</p><p>Gisa Nara Castellini Moreira2 e Paulo Augusto da Eira2 .</p><p>......</p><p>3.1. Amostragem</p><p>A amostragem do solo para análise deve ser muito bem feita. É recomendável</p><p>consultar os técnicos que atuam nos laboratórios ou os extencionistas para efetuar uma</p><p>boa amostragem. É necessário lembrar sempre que amostra de terra entregue no</p><p>laboratório deve representar, com o máximo de aproximação possível, o solo da área em</p><p>que se está pretendendo manter ou implantar determinada cultura. Através dos</p><p>resultados obtidos nas análises feitas nos laboratórios é definida a situação da área em</p><p>termos de fertilidade do solo e com base nesses resultados são fornecidas indicações de</p><p>adubação e/ou calagem. Tais indicações são resultantes de trabalhos de pesquisa e no</p><p>caso da amostra de terra não ser representativa da área, podem ser frustrantes os</p><p>resultados de produção, o que, além de desestimular o produtor, traz descrédito injusto</p><p>para a atividade de pesquisa nessa área.</p><p>Uma amostra mal retirada gera resultados falsos e acarreta perda de tempo e</p><p>reagentes nos laboratórios; perda de tempo dos técnicos da extensão e da pesquisa</p><p>envolvidos e, principalmente, perda de investimento do produtor, que pode estar</p><p>aplicando mais adubo do que o necessário para a cultura que está explorando. Pode</p><p>acarretar também redução no lucro do produtor, quando a cultura que ele está</p><p>explorando produz aquém da produção que poderia ser alcançada com uma adubação</p><p>correta, baseada em análises feitas numa amostra de terra bem retirada da gleba em que</p><p>a cultura foi implantada.</p><p>Todo solo apresenta grande variabilidade de características, de modo que</p><p>amostras em número muito pequeno e/ou mal localizadas resultarão em sub ou</p><p>superestimação do nível de fertilidade geral da área em exame.</p><p>Para garantia da representatividade das amostras, o terreno sob estudo deve ser</p><p>subdividido em glebas tão homogêneas quanto possível. De cada uma dessas glebas,</p><p>coletar-se-á uma amostra composta.</p><p>Há diversos critérios que devem ser seguidos para essa subdivisão de modo a se</p><p>obter a melhor aproximação da desejada homogeneidade. Os principais aspectos a</p><p>serem observados são os seguintes:</p><p>a) variação no tipo de cobertura vegetal, compreendendo as formas naturais</p><p>(vegetação espontânea) e implantadas (diversas culturas);</p><p>b) variações na forma de relevo, delimitadas pelas mudanças na declividade;</p><p>c) diferenças nas características macroscópicas do solo, principalmente cor e</p><p>textura;</p><p>d) histórico de uso da área, especialmente no que concerne ao emprego de</p><p>corretivos e adubos; e</p><p>e) destinação agrícola da gleba.</p><p>Na figura 2 está representada uma gleba hipotética em que três tipos de</p><p>vegetação (pasto, bananal e culturas temporárias), de limites aproximadamente</p><p>coincidentes com três formas de terreno: encosta de morro, pequeno vale de encosta e</p><p>várzea. Nesse caso, ter-se-ia uma subdivisão inicial em três glebas, cada uma das quais</p><p>novamente subdivididas de acordo com as variações na características macroscópicas do</p><p>solo, no histórico de uso e na destinação que se pretenda dar ao terreno.</p><p>FIG. 2 Exemplo de subdivisão de gleba, com vistas à coleta de amostras para avaliação da</p><p>fertilidade do solo por meio da análise química: 1) encosta de morro (pasto); 2) grota (bananal</p><p>1); 3) várzea (culturas temporárias).</p><p>Em cada local de coleta da amostra simples, retira-se o material de solo até à</p><p>profundidade determinada pela distribuição do sistema radicular da espécie cultivada e</p><p>representada pela região onde se concentram as raízes secundárias, mais ativas na</p><p>absorção de nutrientes. Essa orientação busca evitar que se fixe uma profundidade</p><p>rígida para a amostragem, generalizada para diferentes culturas, pois é importante que</p><p>se pesquise o solo até à profundidade determinada pelo hábito radicular do vegetal. Em</p><p>certos casos, a profundidade será definida pelo sistema de preparo do solo, até ao limite</p><p>de penetração do disco de arado, por exemplo. É conveniente, em determinados casos,</p><p>conhecer-se o estado de fertilidade da camada subjacente `a superficialmente coletada;</p><p>isso acontece especialmente nos perfis em que o gradiente textural é grande u quando</p><p>existe suspeita de teores elevados de alumínio nessa camada mais profunda, Na coleta</p><p>de material subsuperficial é necessário grande cuidado para não haver mistura com o</p><p>material de superfície.</p><p>Apesar de ser freqüente a retirada de amostras simples até à profundidade de 20</p><p>cm, no caso de culturas anuais ou culturas perenes a serem implantadas, tal</p><p>generalização não deve ser adotada. Para cana-de-açúcar, alguns especialistas sugerem,</p><p>após o estabelecimento de áreas homogêneas, a coleta de amostras simples até à</p><p>profundidade de 30 cm.</p><p>No caso de área ainda não arada, antes da coleta deve-se ter cuidado de limpar a</p><p>superfície do solo nos locais escolhidos para retirar as amostras simples, removendo</p><p>pedras, mato, folhas e outros detritos, com a cautela devida para não retirar também</p><p>parte do solo.</p><p>Quando a amostragem é praticada em áreas de culturas perenes, já implantadas e</p><p>nunca adubadas, as amostras simples devem ser retiradas nos locais em que serão feitas</p><p>as aplicações de adubo, isto é na projeção das copas. Em áreas de culturas perenes</p><p>implantadas e que têm recebido aplicação de adubos na superfície, devem ser retiradas</p><p>duas amostras simples em cada local, sendo a primeira superficial, de 0 a 5 cm, e a</p><p>segunda subsuperficial, de 5 cm até à profundidade efetiva das raízes, sempre coletadas</p><p>na projeção das copas, disso resultando então duas amostras por área homogênea.</p><p>Para uma mesma amostra composta, todas as amostras simples deverão ser</p><p>coletadas a uma mesma profundidade e contribuir com o mesmo volume de material</p><p>desolo Preferencialmente, as amostras devem ser coletadas com o uso de trados (Figura</p><p>3), mas há casos em que o terreno está muito seco e se torna necessária a abertura de</p><p>pequenas covas com o uso de enxadão ou outra ferramenta disponível.</p><p>FIG.3 Ferramentas para coleta de amostras de terra.</p><p>Nesse casos, é conveniente a utilização de uma medida de volume, como uma</p><p>pequena lata ou copo, para se atender à necessidade de se retirar mesmo volume de terra</p><p>para cada amostra simples. Essa quantidade de material de solo é retirada após</p><p>homogeneização de uma fatia de terra até a profundidade desejada. Nesse</p><p>procedimento, é necessário que a fatia apresente a mesma espessura em toda a sua</p><p>extensão, de forma a existir idêntica contribuição das camadas que a compõe. Na Figura</p><p>4, mostra-se esquematicamente o sistema recomendado para terrenos muito secos.</p><p>FIG. 4 Esquema para obtenção de amostras simples, em terrenos muito secos.</p><p>O material das amostras simples referentes a cada</p><p>amostra compostas é reunido</p><p>e misturado em um recipiente, por exemplo balde ou lata de dez ou vinte litros,</p><p>previamente bem limpo, em local em que não haja perigo de contaminação com</p><p>material estranho. É sempre importante lembrar que não é rara a contaminação por cinza</p><p>de cigarros, o que altera profundamente os resultados da análise. Nesse recipiente as</p><p>amostras simples devem ser muito bem misturadas, retirando-se ao final uma amostra</p><p>única, suficiente para encher uma embalagem (caixa de papelão desmontável) das que</p><p>são fornecidas pelos laboratórios. Não dispondo de tal embalagem, o interessado pode</p><p>acondicionar cerca de 200 a 300 g de terra dessa amostra composta, em um saco</p><p>plástico limpo.</p><p>Uma amostra composta resulta da reunião e mistura do material de solo coletado</p><p>em diversos pontos do terreno e que constitui a amostra simples. Cada amostra</p><p>composta deve representar uma área de até 10 hectares. A rigor, quando ultrapassado</p><p>esse limite, a gleba presumidamente homogênea deverá ser novamente subdividida.</p><p>Idealmente, para constituir uma amostra composta deverão ser colocadas entre</p><p>10 e 20 amostras por hectare, sendo o menor número para áreas mais homogêneas. A</p><p>retirada de um número maior que 20 amostras simples por hectare provavelmente não</p><p>aumenta de maneira significativa, a precisão da amostragem no que concerne à sua</p><p>representatividade. Por outro lado, mesmo que a área seja considerada muito</p><p>homogênea, não se deve retirar menos que 10 amostras simples por hectare para</p><p>constituir a amostra composta</p><p>Os locais de onde serão coletadas as amostras simples são determinados ao</p><p>acaso, por caminhamento pela gleba, em intervalos de 20 a 30 passos. Devem ser</p><p>evitados os locais em que o solo natural está visivelmente alterado pela atividade de</p><p>formigas e termitas ou por outra razão (despejo de cal, de adubos, de cinzas, de esterco</p><p>etc.). Devem ser evitadas, ainda, proximidades de currais, construções, estradas, drenos</p><p>e de canais de irrigação bem como as áreas muito encharcadas. Se o solo estiver</p><p>molhado convém deixar secar ao ar as amostras simples, para só disto mistura-las e</p><p>retirar a amostra composta, que será colocada na embalagem para remessa ao</p><p>laboratório.</p><p>Se a amostragem é feita ainda com os restos da cultura anterior no campo, deve-</p><p>se evitar a retirada de amostras simples nos sulcos de plantio . No caso de a cultura</p><p>anterior ter recebido o adubo nos sulcos, a coleta de amostras simples apenas nos sulcos</p><p>levaria a resultados que idicariam fertilidade maior do que a real, devido ao efeito</p><p>residual da adubação, principalmente para fósforo, No caso de cultura anterior</p><p>esgotante, por exemplo, milho, não adubada, a amostragem apenas nos sulcos de plantio</p><p>levaria a resultados mais baixos que os do solo entre os sulcos, uma vez que houve</p><p>retirada de nutrientes nos sulcos pela cultura conduzida anteriormente. Convém ainda</p><p>lembrar que após a aração, caso não seja feita marcação muito boa e precisa,</p><p>dificilmente os sulcos vão poder ser feitos exatamente em cima dos sulcos em que foi</p><p>plantada a cultura anterior. Com a retirada de amostras simples apenas nas entrelinhas,</p><p>não se estará considerando o adubo residual e ocorrerá também uma avaliação irreal da</p><p>área. Do ponto de vista da melhoria da fertilidade do solo da propriedade com um todo e</p><p>mesmo do fornecimento de nutrientes para cultura que será implantada, é preferível</p><p>efetuar a amostragem nas entrelinhas da cultura anterior.</p><p>Em áreas em que a cultura ainda não foi estabelecida, seja ela de ciclo longo ou</p><p>curto, a amostragem deve ser feita pelo menos 60 dias antes do preparo do solo.</p><p>Para glebas maiores que 100 hectares, é economicamente pouco viável manter o</p><p>critério numérico de 10 a 20 amostras simples por hectare e de uma amostra composta</p><p>para no máximo 10 ha.. Recorre-se, então, ao expediente de coletar amostras compostas</p><p>em setores distribuídos pela área a distâncias que variam diretamente com a</p><p>homogeneidade aparente do solo. Em cada setor, faz-se a coleta de 20 a 40 amostras</p><p>simples, intervaladas de uns 30 passos ao longo de um caminhamento em espiral, para</p><p>constituírem a amostra composta. Novamente, o menor número se aplica a áreas</p><p>presumivelmente mais homogêneas.</p><p>Ao acondicionar cada amostra em saco plástico limpo ou na caixa apropriada, o</p><p>proprietário deve identificar perfeitamente cada uma delas por um número, que</p><p>corresponde, em suas anotações, à localização na gleba de sua propriedade.</p><p>Além da perfeita identificação da amostra, deverá ser preenchido corretamente o</p><p>questionário impresso na embalagem que é fornecida pelos laboratórios. Tal</p><p>procedimento é imprescindível para que a indicação de adubação e/ou calagem possa</p><p>ser emitida pelos responsáveis pelos laboratórios. O proprietário que não tiver a</p><p>mencionada embalagem deve remeter, junto com a amostra a ser analisada, uma folha</p><p>de papel em que fará constar as seguintes informações:</p><p>número de amostra;</p><p>nome do interessado;</p><p>nome da propriedade;</p><p>município;</p><p>estado;</p><p>cultura a ser implantada;</p><p>cultura anterior;</p><p>produção da cultura anterior;</p><p>histórico de adubação e/ou calagem anterior;.</p><p>No Estado do Rio de Janeiro, os produtores podem entregar suas amostras</p><p>diretamente nos laboratórios, cuja relação é apresentada no final deste capítulo, ou</p><p>remete-las pelo Correio.</p><p>No caso de remessa pelo correio, é necessário enviar, além das amostras, cheque</p><p>nominal destinado ao pagamento das análises solicitadas.</p><p>....</p>

Mais conteúdos dessa disciplina