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POLÍTICAS PÚBLICAS E PSICOLOGIA Aula 8 a 11

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Aula: 8 
Psicologia e Políticas Públicas: Violência e Direitos Humanos
A PSICOLOGIA E A INTERFACE COM OS DIREITOS HUMANOS
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.
V SEMINÁRIO NACIONAL DE PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: SUBJETIVIDADE, CIDADANIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Mesa: Psicologia, Direitos Humanos e políticas públicas: nenhuma forma de violência vale a pena
ESTHER ARANTES: BREVE HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA
No Brasil Colônia
Categoria de criança: não existia a categoria universal de criança, ou seja, não existiam as condições para se pensar que crianças indígenas, africanas e portuguesas compartilhassem uma mesma natureza humana. O que existiam eram categorias diferenciadas de crianças, sendo valorizadas como modelo, o “filho de família” entendido como sendo o “filho legítimo de legítimo casamento cristão”. A criança indígena e a criança escrava possuíam status inferior, não sendo consideradas propriamente humanas. 
Categorias de gente que colocavam problema à ordem social: órfão e exposto; e menor criminoso. 
ESTHER ARANTES: BREVE HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA
A partir de 1873
Crianças pobres e livres: A partir das leis abolicionistas e do crescente processo de urbanização, e também com a leva de migrantes em busca de aventura ou de trabalho, outro tipo de criança começa a existir nas cidades, ou seja, crianças pobres mas livres. Então, o que fazer com essas crianças que, no entanto, eram livres, mas a quem não se queria dar o status de filhos de família? 
Menores abandonados: crianças pobres que trabalhavam nas ruas, vendendo jornais, pedindo esmolas, brincando e eventualmente praticando algum furto. Formulou-se, então, uma Assistência Pública ao Menor como auxiliar da Justiça, como braço da Justiça, assistência que seria correcional, repressiva e ao mesmo tempo preventiva.
A mãe pobre dizia: “Senhor juiz, eu não tenho como dar comida para meus filhos”. “Bom, então assina aqui um termo de abandono”, porque era a forma de prestar alguma assistência. 
EDNALDO PEREIRA: PESQUISA EXPLORATÓRIA SOBRE OS DIREITOS HUMANOS E A GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO. 
Resultado da primeira pesquisa exploratória: o que fundamenta o direito também à subjetividade, direitos humanos são o direito de ser, os direitos humanos podem permitir o olhar da Psicologia para o coletivo. Há uma sensibilização para os direitos humanos, mas na verdade é uma sensibilização que não leva muito à ação.
Resultados após o aprofundamento da pesquisa:
Estudantes de primeiros anos: Se os Direitos Humanos são para as pessoas e a Psicologia estuda os indivíduos, precisa-se saber os direitos que tais pessoas têm ou não têm. 
Estudantes que estavam terminando o curso: A partir do momento em que os direitos humanos são negligenciados, pode haver consequências para o indivíduo. A Psicologia atua nisso e também com esse tipo de sofrimento, imagina os vários tipos de violências que envolvem a vítima e seus familiares acarretando danos pessoais que necessitam de acolhimento e suporte.
MARCUS VINÍCIUS DE OLIVEIRA: CONTRAFACE DO ESTADO COM A SOCIEDADE 
A profissão (Psicologia) e o Estado: A Sociologia das profissões informa-nos que nenhuma profissão poderá ser bem sucedida na sociedade moderna se não estabelecer e organizar seu diálogo com a dimensão do Estado. Para isso é importante considerar o papel das representações institucionais da profissão no diálogo com os agentes que representam a gestão do Estado, e, nesse diálogo, encontrar pontos de convergência entre os interesses dos profissionais e os interesses da sociedade. 
Como: Representação profissional nos Conselhos de controle social.
FRANCISCO BATISTA JÚNIOR: PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SUS
Garantida do controle social: Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 8.142 que regulamentou a participação da comunidade no SUS, preconizando a participação das pessoas e a responsabilização da sociedade nos destinos da saúde de seu município.
Dificuldades no fortalecimento da participação social: ausência de alguns atores importantes, como a universidade e profissionais da saúde.
LUCIANA TATAGIBA: COMO ACONTECE A PARTICIPAÇÃO
Preocupação: a participação pode não ser democrática e nem pública não necessariamente amplia, intensifica e radicaliza a democracia. A participação pode ser uma ferramenta de gestão, uma estratégia para instrumentalizar uma democracia de baixa intensidade. Tivemos uma Constituição emancipadora e, em seguida, uma contraposição neoliberal que dificultou a ampliação da participação. Não se trata, então, apenas de ampliar a participação, mas de qualificar essa participação. 
Realidade da participação social das políticas públicas do município de SP: há um enorme desconhecimento sobre os espaços participativos vinculados a elas. 
Natureza da participação social das políticas públicas do município de SP: A lei de criação desses conselhos, o desenho institucional, atribu-lhes a função de interferir na implementação das políticas, na execução das políticas. Mas a maior parte desses espaços tem como atribuição legal incidir unicamente sobre a fase de implementação. Planejar ou interferir no planejamento nem está posto na criação desses espaços. 
Nos casos dos conselhos de Assistência Social e da Criança e do Adolescente, estão servindo para normatizar e regulamentar convênios e parcerias. Muitas vezes, esses dois conselhos exercem muito mais um controle sobre a sociedade do que sobre o próprio Estado!
 A composição dos conselhos também foi algo que chamou muito a atenção na pesquisa. Todos os estudos demonstram que há uma elitização na participação nos conselhos, e quanto mais técnico for o conselho, mais claro isso fica. 
Na área de política urbana, desenvolvimento da cidade e meio ambiente, a questão é dramática, são compostos principalmente por representantes do mercado imobiliário, em uma clara evidência da raposa tomando conta do galinheiro. 
Aula: 9 
Psicologia e Políticas Públicas voltadas ao uso de álcool e drogas
V SEMINÁRIO NACIONAL DE PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: SUBJETIVIDADE, CIDADANIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
MESA: PSICOLOGIA, DROGAS E POLÍTICAS PÚBLICAS
Denis da Silva Roberto Petuco (2015): A redução de danos busca dialogar com as pessoas, ouvir as práticas de cuidado que as próprias pessoas construíram, e que vai ajudar a turbinar essas práticas. Ou seja: não apenas uma escuta que acolhe o sofrimento (quando isto é fundamental), mas que busca acolher a potência. Atrelado a este movimento, emerge a própria valorização do protagonismo, com o incentivo à participação política das pessoas que usam drogas. 
Mônica Gorgulho(2015): 	de acordo com parâmetros internacionais é necessário considerar alguns aspectos que precisam ser contemplados na política pública de drogas, tais como: pragmatismo, amoralidade, ênfase em saúde pública e multissetorialidade.
MESA: PSICOLOGIA, DROGAS E POLÍTICAS PÚBLICAS
Rose da Rocha Mayer (2015): uma diretriz trabalhada no SUS é a redução de danos que, pode ser entendido como um meio para chegar à abstinência ou como um exercício de direito que tem uma dimensão de prazer que está para além da discussão da legalidade ou da ilegalidade.
Para uma atuação na Política de Álcool e outras drogas é necessário que o psicólogo compreenda as seguintes aspectos: 1) o uso de droga como sintoma social na perspectiva de que, para haver consumo de drogas, existe um contexto, um sujeito e um produto; 2) o sujeito que faz uso de drogas recorrentemente se sente impotente, incapaz, desesperançado, em um contexto neoliberal capitalista que propõe o consumo como a via especial da relação.
CFP RELATÓRIO DA 4ª INSPEÇÃO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS: LOCAIS DE INTERNAÇÃO PARA USUÁRIOS DE DROGA
AÇÃO: A inspeção proposta pela Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia teve adesão integral do conjunto dos Conselhos Regionais. Cada Conselho convidou parceiros que também atuam na defesa dos direitos humanos para participar da inspeção. Participaram da intervenção cerca de duzentos militantes de direitos humanos, vindos dos movimentos sociais e de instituições de defesa dos direitos de cidadania, como Defensorias e Procuradorias Públicas. Tais coletivos inspecionaram, em 24 estados da federação e no Distrito Federal, 68 instituições.
OBJETIVO: levantar a situação do atendimento às pessoas que apresentam problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, para identificar os abusos, maus tratos e violações de direitos humanos. A inspeção buscou também saber se os locais seguem padrões de tratamento de acordo com os princípios éticos e técnicos da Psicologia. 
CFP RELATÓRIO DA 4ª INSPEÇÃO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS: LOCAIS DE INTERNAÇÃO PARA USUÁRIOS DE DROGA
Acesso ao serviço: Amplamente divulgadas como a solução para o problema das drogas, essas instituições se inscrevem no campo das práticas sociais invisíveis ou subterrâneas. Acessar um desses lugares não é tarefa simples. Encontrar o caminho que conduz à porta de entrada de uma comunidade terapêutica exige, muitas vezes, esforço e persistência. E aqui se localiza um primeiro ponto a merecer destaque: não é possível ser público, ser incluído como dispositivo público, mantendo-se nos subterrâneos da sociedade. O acesso a um serviço público é um dos direitos do cidadão. 
Houve claros indícios de violação de direitos humanos em todos os relatos, tais como: interceptação e violação de correspondências; violência física, castigos, torturas, exposição a situações de humilhação, imposição de credo, exigência de exames clínicos, como o teste de HIV − exigência esta inconstitucional −, intimidações, desrespeito à orientação sexual, revista vexatória de familiares, violação de privacidade, ruptura total dos laços afetivos e sociais ou, ainda, no impedimento de qualquer forma de comunicação com o mundo externo.
Aula: 10 
MESA: PSICOLOGIA, EDUCAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS
ANGELA SOLIGO (2015)	
Defende a inclusão da Psicologia como disciplina do ensino médio , pois possibilita aos jovens o conhecimento dos seus direitos 
A psicologia construiu ao longo da nossa história um conjunto de saberes, um conjunto de compreensões sobre a subjetividade, sobre os dilemas e o sofrimento humanos, sobre nossos processos criativos, que são saberes formadores para o jovem, para a juventude. Esses saberes possibilitam a reflexão, eles possibilitam construir olhares que superem, que se contraponham a tantas visões estereotipadas, a tantos modelos cruéis e injustos, a tantos preconceitos aos quais os cidadãos, em particular os jovens, estão expostos. 
Em função da complexidade da escola e da necessidade de entendimento sobre questões micro e macropolíticas envolvidas e afetadas pelo cotidiano da escola, existem três elementos fundamentais que devem ser considerados para uma atuação profissional adequada, são eles:
perfil do profissional de Psicologia para o contexto educativo. Quem assume estar neste espaço precisa se fortalecer para o trabalho por duas razões principais: a primeira, porque a escola é um espaço de luta, de disputas que envolvem o trabalho de diferentes pessoas, categorias profissionais e cotidianos de vida – não é um espaço para um trabalho técnico isolado e distante das dinâmicas pessoais e coletivas. A segunda razão é que, para compreender a escola, é preciso uma análise crítica, histórica e profunda sobre os distintos elementos que justificam uma análise da realidade concreta. 
A formação da(o) psicóloga(o). Para a autora, é preciso reconhecer que com duas disciplinas apenas, na maioria dos cursos de formação básica, e um estágio, na quase totalidade dos cursos de Psicologia de caráter eletivo, o estudante não estaria apto para o exercício profissional neste campo. É necessário nos aprofundar na formação do Psicólogo brasileiro para uma análise realista e crítica do que tem sido a formação do profissional no Brasil, além das possibilidades de efetivas mudanças. Ter uma formação que enfoque, de maneira aprofundada, políticas públicas, pois é necessário explorar aquilo que impacta o desenvolvimento das pessoas, das comunidades, das organizações, de forma bastante crítica e bastante aprofundada. 
A participação efetiva dos psicólogos nos espaços de discussão política. Segunda a autora, são pouquíssimos os profissionais de Psicologia que se engajam nos diferentes espaços de efetivo exercício político, por exemplo, para participação popular e controle social, com o objetivo de influenciarem a definição e a execução da política pública.
CFP. Conheça as razões para derrubada do veto ao PL que prevê Psicologia e Serviço Social na rede pública de ensino. 2019 
A Presidência da República vetou o Projeto de Lei nº 3.688/2000, que dispõe sobre serviços de Psicologia e de Serviço Social nas Redes Públicas de Educação Básica.Os Conselhos Federais de Psicologia e Serviço Social juntamente com diversas entidades da Psicologia e do Serviço Social estão na mobilização pela derrubada do veto nº 37/2019 no Congresso Nacional.
A atuação de psicólogos na rede básica de ensino pode representar um salto qualitativo no processo de aprendizado e formação social dos estudantes, porque, contribui para a consolidação do ensino público na perspectiva de viabilizar direitos.
CFP. Conheça as razões para derrubada do veto ao PL que prevê Psicologia e Serviço Social na rede pública de ensino. 2019 
MOTIVOS QUE DEMONSTRAM A NECESSIDADE DE DERRUBAR O VETO
acúmulo de conhecimentos científicos, métodos e técnicas para atuar nas relações escolares, em conjunto com as equipes das escolas, auxiliando-as na promoção do desenvolvimento, da aprendizagem, da apropriação dos conteúdos escolares e no enfrentamento aos problemas e desafios do cotidiano escolar, dentre os quais se destaca o fenômeno da violência no ambiente escolar.
experiências exitosas de atuação,
Auxiliar na elaboração de Projeto Político Pedagógico que considere a realidade das instituições e as relações estabelecidas entre seus segmentos, além da articulação com outros setores da sociedade.
transformar problemas escolares em desafios a serem superados no coletivo. Dito de outro modo, estas situações, ao serem tratadas como problemas psicológicos individuais, acabam recaindo sobre as(os) próprias(os) estudantes e suas famílias, os quais são encaminhados para o serviço de saúde.
CFP. Conheça as razões para derrubada do veto ao PL que prevê Psicologia e Serviço Social na rede pública de ensino. 2019 
MOTIVOS QUE DEMONSTRAM A NECESSIDADE DE DERRUBAR O VETO
importante instrumento para elaboração de estratégias que garantam a boa aprendizagem às(aos) alunas(os),em uma perspectiva inclusiva, considerando suas diferenças e dificuldades. As(Os) profissionais de Psicologia e Serviço Social podem atuar junto a equipes multidisciplinares e junto à equipe escolar, apoiando o trabalho das(os) professoras(es).
consolidação da relação da escola com a família e a comunidade, de forma a ampliar a sua participação na escola.
criar estratégias de intervenção frente a impasses e dificuldades escolares que se apresentam a partir de situações de violência, uso abusivo de drogas, gravidez na adolescência, assim como situações de risco, reflexos da questão social que perpassam o cotidiano escolar.
articular e consolidar a Rede de Proteção Social, profissionais de Psicologia e Serviço Social participarão ativamente em ações intersetoriais junto aos serviços públicos, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro para Crianças e Adolescentes (CCA), Centro da Juventude (CJ), Unidade Básica de Saúde (UBS), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Conselhos Tutelares em parcerias com Unidades Educacionais.
contribuir, como ciência e profissão, com a oferta de formas alternativas de acesso ao ensino destinado a pessoas com níveis de escolarização diferenciados, assim como no atendimento educacional especializado destinado “aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino”, conforme Art. 4º da Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
pela complexidade do contexto escolar muitas vezes requerem da(o) profissional de  Psicologia e Serviço Social e demais profissionais a formulação de respostas para o enfrentamento de situações, tais como: evasão escolar, baixo rendimento escolar, sexualidade, violência doméstica, disparidades de gênero, etnia, geração e desigual distribuição territorial.
Atuar no processo de ingresso, regresso, permanência e sucesso das(os) estudantes na escola, inclusive estudantes com necessidades educativas especiais na perspectiva da inclusão escolar. 
Aula: 11 
Movimentos sociais e a construção de políticas públicas: Psicologia e diversidade sexual
PSICOLOGIA E DIVERSIDADE SEXUAL
A homossexualidade carrega na sua própria essência aspectos explosivos, representando uma verdadeira revolução dos costumes, na medida em que questiona, ameaça e pode destruir os mesmos alicerces em que se escoram a moral e a sexualidade na cultura tradicional do Ocidente.
LGBTQfobia: a falta de uma concepção de que a pluralidade, a multiplicidade e a dinamicidade das identidades de gênero e das expressões afetivo-sexuais são próprias dos processos de construção de sujeitos e identidades nas sociedades contemporâneas e, também, por isso, devem ser tratadas como direitos de todas as pessoas.
“Entre 1963 e 2001, 2.092 pessoas foram assassinadas pela simples razão de serem gays, transgêneros ou lésbicas. Somente em 2000, foram 130 assassinatos, dos quais 69% gays, 29% travestis e 2% lésbicas. O País não passa três dias sem que um gay, uma travesti ou uma lésbica não sejam brutalmente assassinados, vítimas do preconceito (MOTT, 2001).” 
PSICOLOGIA E DIVERSIDADE SEXUAL
Resolução do CFP 01/99: O Conselho Federal de Psicologia (CFP) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 12/09/2018, com reclamação constitucional solicitando concessão de liminar para suspender os efeitos da sentença proferida em favor da ação popular contrária à Resolução, a qual discute sobre a terapia de reversão sexual, que ficou conhecida como “cura gay”. A Resolução estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. A Resolução prevê que a atuação profissional não deve abordar a homossexualidade como patologia, distúrbio ou perversão, mas como uma das sexualidades possíveis. Ela afirma que os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra a população LGBT
Posicionamento do CFP: A homossexualidade não é considerada patologia segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e por isso não se pode oferecer qualquer tipo de terapia de reversão sexual. Assim a decisão de proibir terapias de reversão sexual é correta do ponto de vista técnico e científico e a decisão deve ser regida pelo CFP pois este é o órgão responsável por normatizar o exercício profissional. 
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A Lei n.º 11.340/2006 - “Lei Maria da Penha”: cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. 
Violência contra a mulher: A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas e com diferentes graus de severidade. Estas formas de violência não se produzem isoladamente, mas fazem parte de uma sequência crescente de episódios, do qual o homicídio é a manifestação mais extrema.
TIPOS DE VIOLÊNCIA
Violência de gênero: consiste em qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. A violência de gênero é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, em que a subordinação não implica na ausência absoluta de poder.
Violência intrafamiliar: é toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consangüinidade, e em relação de poder à outra. O conceito de violência intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde a violência ocorre, mas também às relações em que se constrói e efetua.
Violência doméstica: A violência doméstica distingue-se da violência intrafamiliar por incluir outros membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente, agregados. Acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
Violência física: Ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder em relação a outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera violência física. 
Violência sexual: compreende qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
Violência psicológica: É toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano á autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. 
Violência econômica ou financeira: São todos os atos destrutivos ou omissões do(a) agressor(a) que afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família. 
Violência institucional: Violência institucional é aquela exercida nos/ pelos próprios serviços públicos, por ação ou omissão. Pode incluir desde a dimensão mais ampla da falta de acesso à má qualidade dos serviços. Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até por uma noção maisrestrita de dano físico intencional. 
 
O PROTAGONISMO SOCIAL DAS MULHERES 
A participação da mulher na sociedade brasileira há muito não se limita ao papel de mãe e dona de casa. As transformações sociais ocorridas nas últimas décadas desencadearam profundas mudanças inclusive a redefinição do papel das mulheres, que aos poucos deixaram de se limitar à esfera doméstica e ocupam diferentes funções na sociedade brasileira. A mulher tem se destacado socialmente ocupando posições de destaque em cargos públicos, chefiando família na maioria dos lares brasileiros e, se constituído, também, como importante ator na luta pela garantia de seus direitos.
MAS NEM SEMPRE FOI ASSIM
Em décadas passadas, o mercado de trabalho era um espaço de hegemonia masculina e as mulheres, como provedoras de suas famílias, não eram reconhecidas como “chefes de família”, pois esta designação pertencia apenas aos homens.

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