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Atuação do Assistente Social no Âmbito Hospitalar

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Serviço social
ELIZABETH LOPES RIBEIRO
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO HOSPITALAR 
 Bom Jesus
 2018
ELIZABETH LOPES RIBEIRO
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ÂMBITO HOSPITALAR 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção do título de Assistente Social.
Orientador: Profa. Márcia Avelar 	Comment by Tercio: Maria Angela Santini
Dedico esse trabalho a Deus que me guiou com sua mão poderosa até a finalização desse projeto. Dedico ao todo-poderoso Deus por abençoar a minha vida todos os dias, me dando força, sabedoria e paciência para concluir esse trabalho.
Dedico de todo o meu coração aos meus familiares, em especial aos meus amados pais Erionaldo Ribeiro e Orlete Lopes. A minha luta, sempre foi a de vocês. A minha vitória, será eternamente nossa! Aos meus irmãos Erilene, Erilândio, Edna e Ediane. “Dedico mais essa conquista na minha vida àqueles que fazem parte dela, aos que me amam incondicionalmente.”
 As professoras Lúcia Maria, Marcia Avelar, que se dedicaram na orientação a esse projeto. Vocês foram fundamentais para a realização desse momento. Esse trabalho também é nosso, por isso, dedico esse trabalho a vocês.
	
Quero dedicar esse momento ao meu esposo José Augusto Araújo que me deu forças em todas as etapas desse trabalho, muitas vezes tendo que abrir mão de algo para está ao meu lado. E a minha cunhada Salviana que sempre me ajudou quando precisei do seu computador, sou muito grata.
“Serei eternamente grata a Deus por tê-lo em meu coração e por ter me proporcionado as maiores alegrias como a conclusão deste trabalho. Sem ele, nada sou!”
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha mãe Orlete que sempre esteve ao meu lado e foi a minha maior incentivadora. Ao meu pai Erionaldo que batalhou por anos para proporcionar a melhor educação para seus filhos. Aos meus irmãos Erilene, Erilândio, Edna e Ediane que acreditaram no meu sonho e me deram forças todos os dias. 
Obrigado por ser meu companheiro José Augusto e entender a minha dedicação. Agradeço aos meus queridos mestres que se dedicaram a ensinar e compartilhar todo o seu conhecimento.
Agradeço aos meus queridos mestres que se dedicaram a ensinar e compartilhar todo o seu conhecimento. Um agradecimento especial à professora Lúcia Maria que fez toda a diferença na orientação do meu TCC.
Não posso deixar de agradecer aqueles que abriram a porta do seu espaço para me ajudar, em especial a minha sogra Claudete. 
Agradeço a Deus e a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse sonho.
Bom Jesus
2018
RIBEIRO LOPES, ELIZABETH. Atuação do Assistente Social no Âmbito Hospitalar:.2018.40. Trabalho de Conclusão de Curso (Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Pitágoras Unopar, Bom Jesus, 2018.
RESUMO
O trabalho do assistente social envolve a interação com diversas outras profissões e na área da saúde esse profissional atua garantindo os direitos da população dentro do sistema de saúde pública. Esse profissional representa uma grande importância no desenvolvimento de diversas atividades desde a contribuição na reabilitação de pacientes até a formação de políticas públicas e ações na área da saúde. Nesse contexto esse trabalho tem como objetivo geral analisar por meio de uma revisão bibliográfica o trabalho do Assistente Social na área da saúde em especial nos hospitais. Como justificativa entendemos que a atuação do assistente social no âmbito hospitalar contribui para a defesa das politicas públicas na saúde, garantia dos direitos sociais, fortalecimento do SUS e também para o fortalecimento do projeto ético- politico do Serviço Social. Este é um estudo de revisão bibliográfica. Foram feitas leituras da atuação do assistente social em âmbito hospitalar, analisadas suas principais categorias, e depois feita uma reflexão do que os autores estão debatendo e quais desafios aguardam os assistentes sociais nesses espaços de intervenção profissional. Dessa maneira a pesquisa bibliográfica buscou evidenciar a atuação do Assistente Social nos hospitais explicando todo o processo histórico no qual se estabeleceu a política da saúde no Brasil, a crise econômica, as lutas enfrentadas pela sociedade até a criação do Sistema Único de Saúde. Através de análise crítica contatou-se diversas atribuições e competências que podem ser exercidas pelo Assistente Social dentro de um hospital, enfatizando as dificuldades que esse profissional pode encontrar, os parâmetros para atuação e ações de fortalecimento ao projeto ético – político da profissão.
Palavras-chave: Hospital. Saúde. Assistente Social 
RIBEIRO LOPES, ELIZABETH. Atuação do Assistente Social no Âmbito Hospitalar:.2018.40. Trabalho de Conclusão de Curso (Serviço Social) – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Pitágoras Unopar, Bom Jesus, 2018.
ABSTRACT
The work of the social worker involves interaction with several other professions and in the area of ​​health this professional works to guarantee the rights of the population within the public health system. This professional represents a great importance in the development of diverse activities from the contribution in the rehabilitation of patients until the formation of public policies and actions in the health area. In this context, this work has as general objective to analyze through a bibliographical review the work of the Social Worker in the area of ​​health, especially in hospitals. As justification we understand that the social worker's role in the hospital contributes to the defense of public policies in health, guaranteeing social rights, strengthening SUS and also strengthening the ethical-political project of Social Work. This is a literature review. bringing together readings of the social worker's work in the hospital, analyzed their main categories, and then made a reflection of what the authors are debating and what challenges await the social workers in these spaces of professional intervention. In this way the bibliographical research sought to highlight the performance of the Social Worker in the hospitals explaining the whole historical process in which health policy was established in Brazil, the economic crisis, the struggles faced by society until the creation of the Unified Health System. Through a critical analysis, a number of attributions and competences were contacted which can be exercised by the Social Worker within a hospital, emphasizing the difficulties that this professional can encounter, the parameters for action and strengthening actions to the ethical - political project of the profession
.
Key words: hospital. Health. Social worker.
INTRODUÇÃO
O serviço social é uma área que atua com diversas outras profissões e com os profissionais da saúde os assistentes sociais mantém parceria com o intuito de garantir os direitos da população anteriormente negligenciados dentro do Sistema de Saúde Publica. (OLIVAR 2006).					
Devemos lembrar que a saúde é um direito social assegurado pela Constituição Federal de 1988 que se concretizou por meio da junção do poder publico e da sociedade garantindo o atendimento universal e igualitário, afim as doenças sejam prevenidas e controladas. Esses direitos são garantidos através de políticas econômicas, sociais e do Estado, estando afirmados na Constituição Federal (BRASIL, 1988).
A equipe de saúde em geral se relaciona com o paciente e sua evolução com relação a doença, buscando compreender todo o seu dia-a-dia em busca de se obter a cura do paciente. Desse modo ressaltamos a importância do atendimentoglobal ao paciente e a interação de todos os profissionais, no sentido de atingir o objetivo almejado (MIOTO, 2006)
Desta forma devemos reiterar que o Assistente Social é um profissional indispensável na área da saúde e esta inserido na divisão social do trabalho inserindo se nesse meio colocando suas ações em prática. No âmbito hospitalar esse profissional é de fundamental importância no desenvolvimento de diversas técnicas e desenvolvendo inúmeras atividades, entre elas podemos citar: contribuição para a reabilitação do paciente, na esfera psicossocial, educacional e entre outras (BRAVO, 2000).
É dever do assistente social ter um entendimento sobre politicas pública na saúde e como os direitos em saúde são garantidos a população. Com isso esse profissional deve ter o entendimento sobre a Reforma Sanitária e Constituição Federal, Política de Saúde no Brasil, prevenção e tratamento de doenças e deve desde cedo ter um relacionamento com profissionais da área da saúde tendo em vista que no futuro essa pode ser sua área de atuação (MIOTO, 2006)	
Através da interação entre esses profissionais o assistente social tem em vista sua atuação e sua demanda de trabalho construindo relações com os profissionais da saúde e estabelece seus projetos buscando sempre o comprometimento com os princípios estabelecidos no atual Código de Ética da profissão.
Apesar disso, ainda há uma visão da saúde como direito para alguns e não para todos. Segundo Nogueira e Mioto (2006, p.5) 
é direito de todo cidadão brasileiro ter acesso universal e igualitário aos serviços e ações de saúde, quebrando com uma desigualdade histórica, a qual classificava os brasileiros em cidadãos de primeira e segunda classe. Os de primeira classe eram os que integravam o mercado de trabalho, tendo acesso à medicina previdenciária. Os de segunda classe tinham suas necessidades de saúde atendidas unicamente através de um precário sistema constituído pelas Santas Casas de Misericórdia, pela boa vontade da classe médica e pelos raros serviços mantidos pelo Ministério e Secretarias Estaduais de Saúde.
E fundamental que a assistência social trabalhe em uma equipe interdisciplinar de saúde, com o proposito de identificar as necessidades de cada pessoa e poder saber como vive socialmente cada individuo para que todos os profissionais unidos posam tomar conhecimento de aspectos no âmbito social demonstrando por meio de suas práticas a melhor forma de solucionar situações Barros e Suguihiro (2003, p.8) 
Nesse contexto esse trabalho tem como objetivo geral analisar por meio de uma revisão bibliográfica o trabalho do Assistente Social na área da saúde em especial nos hospitais. Foram traçados como objetivos específicos a refletir sobre a atuação do assistente social no âmbito hospitalar; caracterizar as atividades desenvolvidas pelos (as) profissionais do Setor de Serviço Social na saúde pública; Identificar de que forma o assistente social pode ajudar na reabilitação dos pacientes.
Como justificativa entendemos que a atuação do assistente social no âmbito hospitalar contribui para a defesa das politicas públicas na saúde, garantia dos direitos sociais, fortalecimento do SUS e também para o fortalecimento do projeto ético- politico do Serviço Social. Concluímos com algumas considerações, destacando nossa intenção de contribuir para o registro e importância da inserção do profissional de Serviço Social na politica de saúde e no âmbito hospitalar. Nesse sentido fazemos a seguinte indagação: Como o assistente social atual dentro de um ambiente hopitalar? O que realmente faz um assistente social na saúde?
Trata-se de um estudo exploratório e de revisão bibliográfica (GIL, 2002). Os artigos foram escolhidos entre os meses de agosto e setembro de 2018 , trazendo leituras sobre o trabalho do assistente social na area da saúde e sua atuação no âmbito hospitalar, foram analisadas suas principais categorias, e depois feita uma reflexão do que os autores estão debatendo e quais desafios aguardam os assistentes sociais nesses espaços de intervenção profissional. 
POLÍTICA DA SAÚDE NO BRASIL
Histórico
Para iniciarmos o histórico sobre a politica de saúde no Brasil devemos considerar a década de 70 que foi um período que se viveu no regime militar com uma intensa crise econômica e no sistema de produção capitalista Netto e Braz (2007)								
Com a necessidade de se aumentar a lucratividade passou-se a investir mais em tecnologia a fim de desenvolver as forças produtivas, com isso ocorre uma intensificação na produção com uma substituição do trabalho humano por maquinas em decorrência da revolução tecnológica aumentando também o desemprego e a exploração da mão-de-obra. Nesse contexto percebeu-se uma competitividade no mercado, um crescimento na miséria no país, a precarização nas condições de vida e nos serviços de saúde Netto e Braz (2007).
Durante esse período o Brasil passa por uma recessão afetando principalmente os trabalhadores por conta dos baixos salários. Isso ocorria decorrência do aumento dos preços dos alimentos e consequentemente houve uma diminuição no consumo e aumento do desemprego GEISEL (1974-1979).
Segundo Sader (1999 p.20), os operários fizeram greves reivindicando seus direitos, melhores salariais, participação da sociedade nas escolhas, alterações nas leis trabalhistas.
Com todas essas crises que se intensificaram ainda mais nas décadas seguintes, ocorreram diversos fatos e transformações que afetaram a estrutura social. Neste sentido o capital foi afetado e procurou-se uma nova forma de restauração da produção através de um método de acumulação GEISEL (1974-1979)
No Brasil houve uma intensificação nas discussões a respeito das políticas públicas durante os anos 80 também em função do aumento da pobreza e da miséria, pois a crise do capitalismo era intensa e fez com que houvesse um aumento no neoliberalismo. (MOTA, 2013)
Conforme destaca Mota (2009 p.33) com o reestabelecimento da produção (restruturação produtiva) houve uma ampliação de desemprego. Desse modo os trabalhadores reagiram de maneira defensiva, tendo em vista que cada pessoa necessita garantir seu trabalho para seu sustento e de toda sua família ficando cada vez mais difícil a união da classe trabalhadora por conta da individualidade gerada. 
Amparada pela naturalização da mercantilização da vida, essa reforma social e moral busca, entre outros objetivos, transformar o cidadão sujeito de direitos num cidadão consumidor; o trabalhador num empreendedor; o desempregado num cliente da assistência social; e a classe trabalhadora em sócia dos grandes negócios. (Mota, 2009, pg.63)
A saúde pública no Brasil foi bastante debatida durante a década de 80. Esse período também marcou as lutas sociais para implantação do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de reivindicações feitas por um grupo que obteve êxito com varias conquistas esse direito que são presentes ainda na atualidade (BRAVO, 2000).
De acordo com Bravo (2000 p.55) no âmbito da saúde, neste contexto de lutas por direitos, existia a disputa entre dois projetos com diferentes ideais, o projeto de reforma sanitária e o projeto privatista.
Conforme Bravo (2009), a reforma sanitária é um projeto que envolve a sociedade e suas camadas mais populares e profissionais da saúde e movimentos sociais. Esse projeto foi feito com o proposito de fazer mudanças no modelo de saúde da época e o SUS (Sistema Único de Saúde) foi uma das estratégias utilizadas, objetivando a construção de um Estado democrático assegurando direito à saúde e politicas sociais.
Um dos objetivos dessa estratégia é a ampliação dos direitos e deveres aos grupos que foram marginalizados pelo fato de terem passado pelo processo de acumulação do capital ocorrido durante a crise econômica e esse processo aumentou com a união da população através da repressão durante a ditadura que limitou os direitos civis da população (MOTA, 2013).
A Reforma Sanitária se fundamenta nas ações de democratizaçãodos acessos, melhor acesso aos serviços públicos com melhor qualidade, atendimento integrado e igualdade de direitos, na perspectiva do conteúdo do projeto que defende o Estado como responsável pelo atendimento em saúde sendo um direito de todos (MOTA, 2013).
Segundo Mota (2013) ocorreu um grande evento na área da saúde no Brasil no ano de 1986, a Conferência Nacional de Saúde e foi um evento que marcou a Reforma Sanitária, defendendo a criação da Assembleia Nacional Constituinte e outras ideias que também foram defendidas e incorporadas na Constituição Federal. As discussões debatidas nesse evento foram de grande relevância para que a saúde fosse um direito garantido a todo cidadão e dever do Estado através de um sistema que disponibilize acesso a todos e de forma igualitária. 
 Desse modo as ideias levantadas e as discussões feitas nesse movimento formaram reivindicações que foram colocadas em práticas e atingiram parte da população pelo fato das mudanças que sofreram o conceito de saúde por ser adicionada com politica de Estado. Devemos destacar que no Movimento de Reforma Sanitária essa é uma conquista fundamental e que foi alcançada (BRAVO, 2000)
Entretanto, a saúde passou a ser um direito do cidadão através da Constituição Federal de 1988, que colocou o Estado como responsável pelos direitos da sociedade e instituiu a Política Nacional de Saúde. A reponsabilidade do Estado era de estabelecer a igualdade de direitos de forma universal no que diz respeito à saúde, pensando nisso os direitos sociais estariam mais acessíveis a população garantindo a cidadania e a inclusão social. O principal foco dessa constituição era a satisfação das necessidades em saúde além de outros direitos que são concretizados através de lutas e reivindicações. Para que a politica em saúde fosse realizada foi criado o Sistema Único de Saúde que já contava com um grande demanda e foi instituído através de conferências, participação da sociedade em busca da democratização desse sistema e entre outas formas que fizeram com que houvesse a criação do SUS (WESTPHAL e ALMEIDA, 2001). 
 Conforme Bravo (2009) a partir dai a saúde passa a ser um direito adquirido através de todas essas lutas e esta garantida no artigo 196 como dever do Estado e direito do cidadão. 
Araújo (2005 p.50) “ é dever do Estado o desenvolvimento de políticas sociais que visem à redução do risco de doença e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
É importante afirmar que a Seguridade Social abrange os direitos em saúde, previdência e assistência e a saúde é a área da seguridade que mais se beneficiou, por conta dos direitos adquiridos e a implantação do Sistema Único de Saúde-SUS através da Reforma Sanitária (BRAVO, 2000)
Os princípios que foram adotados com a criação do SUS são chamados princípios doutrinários que são: a universalidade, equidade e integridade. A universalidade estabelece que todos devem ter o direito ao atendimento na saúde, a equidade prever a igualdade de todos no Sistema Único de Saúde – SUS e todo cidadão deverá ser atendido de acordo com suas necessidades no SUS e os serviços de saúde devem buscar solução para cada tipo de necessidade, já o principio de integralidade estabelece que as ações em saúde devem se unir para promover a cura das doenças e o atendimento deve ser dado ao a todas as pessoas de maneira integral seja qual for a sua situação de vida e de trabalho de forma social, pois esse sujeito está vulnerável a doenças, seja biologicamente ou psicologicamente, desse modo é preciso promover o acesso e recuperação (WESTPHAL e ALMEIDA, 2001).
Porém, para Bravo (2000), nos dias atuais contexto societário vigente este projeto está perdendo a disputa para o Projeto voltado para o mercado, que são as clinicas e os hospitais particulares. Com isso os direitos sociais ou Seguridade Social estão sendo substituídos, pois a população está utilizando desses serviços privados, muitas vezes pela ineficiência dos serviços públicos, desse modo na maioria das vezes os valores previstos na Constituição de 1988, estão sendo substituído pelos valores individualistas. 
O sistema privado não pode ser usufruído por todos, pois grande parte da população não possui condições financeiras para arcar com as despesas de um serviço de saúde, dessa forma há uma divisão entre os que podem e os que são podem pagar pelos serviços oferecidos pelo grande mercado Iamamoto (2011)
Sabemos que o processo de democracia é fundamental e o mesmo deve ser fortalecido para a definição das políticas de saúde, sendo assim de acordo a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde esse investimento deve ser feito com o proposito de combater a desigualdade social e fazer com que haja a distribuição de melhores condições de saúde. Isto ira colaborar para que seja efetivada a politica de saúde e de interesse público, visto que ocorrerá um aumento dos atores comprometidos e mais oportunidades de discussão com interação de todos os envolvidos para garantir o acesso igualitário às informações e aos conhecimentos relacionados à saúde (CNDSS, 2006). 
2.2 Politica da saúde nos dias atuais 
 Nos últimos anos ouvimos falar muito sobre a negligência do Estado em relação aos serviços de saúde e sobre a maior efetividade das ações desenvolvidas pelo mercado. Vale ressaltar que no processo de previdência social também foi criados serviços privados ao tentar incluir trabalhadores na previdência, criou setores privados que forneciam serviços sociais como planos de saúde e da previdência, sendo assim a proteção dos trabalhadores ficou fragilizada, sendo criada as empresas que ofereciam seguros proteção social através dos bancos. Assim as empresas eram as responsáveis por tentar solucionar as reivindicações feitas pelos trabalhadores com solicitações de garantias de saúde e previdência, enfraquecendo então, a luta por políticas públicas de proteção social. (MOTA, 2013)
É possível perceber nos dias atuais que essa política vem sofrendo por falta de recursos, nas instituições de saúde é visível isso. Por outro lado os serviços privados de saúde tem a tendência de crescer cada vez mais. Desse modo a politica de saúde se torna mais fragmentada, tendo em vista que quando se passa a obter lucros com um direito que deveria ser universal, o privado passa a se beneficiar e o público se tona ainda mais precário (BRAVO, 2006)
Conforme Bravo (2006 p.14) “percebemos um duplo processo onde de um lado vê-se um sistema público de saúde para atender à população pobre e por outro lado vemos planos privados para os que podem pagar”.
Na constituição federal foi conquistado um direito ao sistema universal onde todos tivessem acesso gratuitamente, porém o que vemos hoje é um sistema totalmente diferente do idealizado. Pois atualmente o SUS passa por grandes problemas na qualidade dos serviços, nas politicas públicas e falta de investimentos, o que acaba afetando os atendimentos aos usuários (MOTA, 2013)
Segundo Bravo (2009) houve um abandono do projeto da Reforma sanitária durante a década de 90. Nos anos seguintes teve-se uma esperança de que essa proposta fosse retomada, já que houve uma reorganização, com a criação de secretarias, convocação e realização da 12ª Conferência Nacional de Saúde, onde membros importantes do Conselho Nacional de Saúde participaram, discutiram a respeito a importância de dar andamento a esse plano. Criou-se uma expectativa de que este governo daria mais foco às políticas sociais e à participação social, com superação do modelo neoliberal (MOTA, 2013). 
No entanto não se obteve êxito, pois não houve a retomada da Reforma Sanitária e a 12ª Conferência de nada adiantou e continuou o mesmo modelo de saúde com a precarização das condições dos trabalhadores da saúde (MOTA, 2013).
A real situação da saúde pública brasileira que se constata nos dias atuais é de atendimentos precários, com grandes e intermináveis filas, com número de exames e consultas insuficientes para suprir a demandada população e um distanciamento cada vez maior do Projeto de Reforma Sanitária que está perdendo a disputa para o Projeto voltado para o mercado (MOTA, 2013 p.20).
Desse modo percebemos a dificuldade na implementação da Política da Saúde, porém discussão sobre os determinantes sociais amplia o conceito de saúde resultando nas dificuldades que a população passa e que precisam ser atendidas por esse serviço. O SUS coloca em seu principio de criação que todos tem o mesmo direito integralmente e que todos devem ser atendidos pelo serviço, fato que leva ainda hoje longas discussões nas estratégias de políticas de saúde colocadas pelos governantes e em estudos nas mais diversas profissões da área da saúde (CHUPEL, 2008).
	A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do O Estado representa interesses em diversas formas de organização social e política das populações e a pública centra sua ação a partir disso. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos sejam eles médicos ou não, como principal foco a reestruturação dos serviços de saúde podendo agir nos fatores determinantes do processo de cura dos pacientes, controlando a incidência de doenças nas populações por meio de iniciativas governamentais e ações de vigilância (BRASIL, 2010).
A pesar de todos os problemas que o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta, ele é considerado um grande sistema de saúde pública e que atente grande parte da população Brasileira e deve ser melhorado, tendo em vista que existem pessoas que depende desses atendimentos e esse é um direito que deve ser garantido a todos (SANTOS, 2012).
De acordo com o Ministério da Saúde (2010), cerca de 55% da população brasileira utiliza o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência, o SAMU. 
O proposito do SUS como já dito antes, desde a consolidação da Constituição Federal é a universalização, ou seja todo cidadão tem direito a saúde através de políticas e programas governamentais. Porém muito ainda precisa ser feito, pois são constantes as reclamações a respeito de problemas no acesso, o sistema não responde a todas as necessidades dos usuários, longas filas, infra-estrutura inadequada e entre outros. (SANTOS, 2012)
2.3 O Sistema Único de Saúde (SUS)
Compreendemos que diante de muitas lutas e reivindicações da população brasileira, houve a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) sua construção começou devido à participação da sociedade na VIII Conferência Nacional da Saúde em 1980, a população discutiu sobre a precariedade dos serviços de saúde (BORGES, 2012).
É importante deixar claro que o SUS foi criado para a população, afim de suprir as necessidade. O SUS é um direito de todos que esta dentro do contexto neoliberal porém cabe ao poder público à obrigação de garanti-lo.
O modelo de saúde adotado até então dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por serviços de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito
algum. Assim, o SUS foi criado para oferecer atendimento igualitário e cuidar e promover a saúde de toda a população. O Sistema constitui um projeto social único que se materializa por meio de ações de promoção, proteção e recuperação na assistência à saúde dos brasileiros. (BORGES, 2012 p.28)
Até meados de 1970 a saúde ainda não havia passado por grandes mudanças, os tratamentos eram limitados apenas aos modelos médico curativista, as preocupações eram apenas a doença e atender o trabalhador que possuía carteira assinada, descriminando as outras pessoas que não possuíam esse requisito, diante disso percebemos que o SUS representa um grande avanço no que diz respeito aos modelos e concepções de saúde. Com a criação desse sistema a saúde passou a ser um direito de todos, um modelo de proteção social, com o passar dos anos passou a atender as relacionadas à prevenção e proteção de doenças (BORGES, 2012).
A partir dai a Lei tornava obrigatório o atendimento ao público, era obrigação do estado atender a todas as demandas que viessem a surgir nas unidades de saúde, dando as devidas atenções a qualquer cidadão de direito, com proibição de cobranças de recursos financeiros dos usuários sobre qualquer forma de pretexto demonstrando as formas e condições de promoção e recuperação da saúde (MATOS, 2004).
Devemos destacar que a população deve participar e fiscalizar como anda o SUS e sua rotina de atendimento afim de que seja possível melhorar nos serviços de saúde e que a população possa ter um dia um atendimento de qualidade acessível a todos (MATOS, 2004).
Devemos destacar ainda que apesar do SUS ter avançado bastante desde a sua formação ate os dias de hoje, sabemos que o real está bem longe do ideal, ainda existem grandes problemas nesse sistema que acabam causando insatisfação dos cidadãos, dos profissionais e demais trabalhadores inseridos nesse sistema (BORGES, 2012). Vários são os maus tratos e desrespeito ao direito à saúde:
Filas vergonhosas para a assistência médica desde a madrugada ou o dia anterior; descortesia nos guichês dos hospitais e unidades de saúde; desatenção de seguranças, recepcionistas, auxiliares e profissionais de saúde diante de pessoas fragilizadas; corredores superlotados de macas nos serviços de pronto- socorro; disputa por fichas para exames; longas esperas em bancos desconfortáveis; via crucis (grifo do autor) do paciente em ter diferentes unidades de saúde, médicos e especialistas, [...]. (PAIM 2009, p. 89).
Diante do exposto percebemos o quão ainda é fragilizado esse sistema, e o quanto está sujeito ao aprimoramento, para tentar amenizar ou transformar essa situação. (BORGES, 2012)
Para Matos (2004):
Cabe ao Serviço Social – numa ação necessariamente articulada com outros segmentos que defendem o aprofundamento do Sistema Único de Saúde (SUS) – formular estratégias que busquem reforçar ou criar experiências nos serviços de saúde que efetivem o direito social à saúde, atentando que o trabalho do assistente social que queira ter como norte o projeto ético-politico tem que, necessariamente, estar articulado ao projeto da reforma sanitária. (CEFESS, 2009 p.14).
. O Assistente Social passou a ter mais espaço de atuação a partir da criação do SUS, o profissional capacitado para trabalhar com as políticas públicas intervindo e orientando sobre direitos sociais (Matos, 2004)
Atualmente o SUS enfrenta problemas que afetam o acesso e a qualidade dos atendimentos, o que compromete a sua legitimidade com políticas públicas extremamente precarizadas com pouco investimento e nenhuma vontade política de melhorar os serviços oferecidos pelo Estado (BRAVO,2009)
Ainda de acordo com Bravo (2009) o avanço do SUS foi comprometido devido a algumas questões como o desrespeito do principio da equidade na alocação dos recursos públicos, pela não unificação dos orçamentos federal, estadual e municipal, afastamento do principio da integralidade entre prevenção e atenção curativa, havendo uma prioridade para a assistência médico- hospitalar em detrimento das ações de promoção e proteção da saúde
2.4 Humanização em saúde e sua importância para o trabalho do Assistente Social
Como destaca Deslandes (2005), Nos anos 40 a humanização surgiu nas discussões a respeito ao papel social do médico na produção do cuidado. Anos depois ocorreu o simpósio “Humanizando o Cuidado em Saúde”, que representa um marco da história da humanização, nesse mesmo ano nos Estados Unido foi criado o primeiro programa de humanização, voltado à Unidade de Tratamento Intensivo. Anos depois outras áreas além da saúde também tiveram discussões sobre humanização. 
A partir dai a humanização começa a ser associada aos direitos humanos como privacidade, atendimento de qualidade, ser respeitado durante o atendimento e entre outros direitos sócias (FIOCRUZ, 2009). 
Andrade e Vaitsman (2005 p.67), afirma que “o núcleo de conceito de humanização se configurou, com destaque a dimensão éticada relação entre usuários e profissionais de saúde”.
Afim de que a humanização fosse colocada em pratica nas unidades de saúde, ações foram feitas no sentido de formar o profissional, discutir esse assunto, formar um conceito para que realmente isso possa ser vivido no cotidiano dos profissionais. Isso foi feito por meio de conferências e programas, um deles é o Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar (PNHAH), esse programa tem o intuito de mudar o padrão de assistência ao usuário nos hospitais públicos do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços, melhorando a qualidade da atenção ao usuário e ao trabalhador. O PNHAH iniciou ações em hospitais através de comitês com o proposito justamente de fazer com que os pacientes se sintam acolhidos e bem tratados com um atendimento de qualidade nos hospitais. (BRASIL, 2001).
Campos (2005) em pesquisa sobre esse assunto afirma que para se obter humanização nos serviços é preciso que se tenha uma boa relação ente os envolvidos, devem ser criadas técnicas de boas relações cotidiana. Os usuários deve haver modificação das normas de funcionamento das instituições hospitalares, Unidades de Saúde e demais serviços, tendo em vista o acesso e a garantia dos direitos dos usuários.
Nesse sentido é importante afirmar que o assistente social deve atuar de acordo com a proposta de humanização juntamente com o projeto de Reforma Sanitária, tendo em vista que os dois defendem o mesmo ponto de vista quando se trata de respeito com os usuários do serviço público de saúde. Isso está expresso no Código de Ética do Assistente Social (CAMPOS, 2005)
O Serviço Social há alguns anos começa a incorporar em seu conteúdo de trabalho a proposta da humanização. Embora ainda permeado por uma imprecisão conceitual, é referenciada em ações que traduzem diferentes perspectivas que oscilam entre o senso comum e o fortalecimento da saúde como direito e espaço de cidadania para criação/produção de sujeitos, já que se evidenciar que o assistente social necessita estar atento para afirmação dos paradigmas que fundamentam sue projeto profissional e questionar idéias de humanização presentes no imaginário dos usuários e dos profissionais, que implicam em processos de aprisionamento, cooptação e capitalização do sujeito por um poder instituído (CHUPEL, ALVES e GERBER, 2006 p.42).
Com isso esses profissionais atuam nesse espaço, sugerindo estratégias e implementação de ações tendo em vista um trabalho interdisciplinar e isso só foi possível com a implantação do PHNAH (Programa Nacional de Humanização na Assistência Hospitalar) e posteriormente, da PHN (Programa Nacional de Humanização). Desse modo percebemos que a questão da humanização deve sempre ser debatida entre os Assistentes Sociais, pois os mesmos se identificam historicamente com esse assunto (COSTA, 2006).
Assim, a forma de atuação do assistente social em seu cotidiano, desperta diferentes concepções a respeito da conexão ente projeto ético-político e o projeto de Reforma Sanitária. Com isso é importante a qualificação para realização desses projetos que se semelham, sendo assim o atendimento oferecidos aos usuários será o melhor possível. (ALVES, MIOTO, GERBER, 2007; MIOTO e NOGUEIRA, 2006). 
Campos (2005 p.32) afirma que a “humanização em saúde é um elemento designado tanto para a qualificação das relações estabelecidas nos serviços de saúde quanto para a modificação do processo de trabalho”.
Ligado a isso podemos perceber o acolhimento que sobre o pensamento de cada um pode existir significados distintos, porém funciona como um dos critérios do Programa Nacional de humanização e a chave para a reorganização dos serviços de saúde. Por isso o acolhimento é capaz de transformar estas relações e estes processos, com isso o assistente social é um profissional que atua na área da saúde que tem total capacidade para realizar o acolhimento dos que usufruem desse serviço (FRANCO, BUENO e MERHY, 2003; CAMPOS, 1997, MALTA, 2001; GOMES, 2005)
O trabalho do Assistente Social com humanização deve ser pautado na compreensão da rotina normal, tentando entender a realidade vivida nas unidades de saúde, para que assim possa identificar tendências e enxergar um caminho para o atendimento da necessidade da população. Sendo assim é de extrema importância que se possa contar com esse profissional na ampliação e no desenvolvimento do SUS, trabalhando para a reorganição do sistema, implementando ações para controle social e interdisciplinar, buscando fortalecer o ideal de universalização das políticas sociais (IAMAMOTO, 2000, p. 22).
De acordo com Andrade e Vaitsman (2002) a população é parte fundamental no processo de avanço na qualidade dos serviços públicos de saúde e deve participar efetivamente, pois a população sabe dos seus problemas, das suas dificuldades e do que é necessário para que seus problemas sejam solucionados. Vale ressaltar que o serviço social não lida só com questões relativas a Política de Saúde, mas também com assistência e a compreensão da doença além de um estado físico, por isso essa atuação exigem do profissional um conhecimento maior nessa área 
De acordo com Alcantara (2013), os assistentes sociais iram enfrentar em seu cotidiano com diversas situações e as demandas que chegam ao conhecimento dos mesmos estão relacionadas a vários aspectos, entre eles podemos citar: o trabalho com a equipe da saúde na intervenção cotidiana do paciente, tentar se aproximar do paciente que possa ter algum problema reprimido e que pode atrapalhar na recuperação, a articulação com outras instituições, o empenho que é realizado com o usuário e entre outros aspectos.
O trabalho também é feito com os acompanhantes dos pacientes, pelo fato de que durante o atendimento é comum os acompanhantes expressarem angústias e incertezas em relação ao usuário, as vezes alguns usuários do serviço de saúde expressão dúvidas relacionadas à prática do cuidado por conta da situação que se encontra o paciente e também por muitas vezes não conseguir ter acesso aos programas sociais o que pode acarretar na interrupção do tratamento (ALCANTARA, 2013).
Devemos ressaltar que o respeito no atendimento é fundamental, privilegiar o cuidado e tratar a todos com igualdade independente de gênero, raça ou etnia, tendo em mente que o paciente não somente é portador de deficiências ou patologias, mas de necessidades específicas. Deve-se garantir o direito do usuário a participar, dar opinião a respeito do seu estado de saúde permitindo a participação em seu processo de reabilitação (FIOCRUZ, 2009).
Pensando nisso o assistente social deve participar juntamente com os profissionais da saúde afim de que não haja descriminação por parte da família a respeito de responsabilidade pelo estado em que se encontra o paciente considerando-as num contexto social mais amplo (IAMAMOTO, 2000, p. 22)
Conforme a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (BRASIL, 2007), deve ser assegurado ao usuário direito a atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação; o direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos; a responsabilidade do cidadão para que seu tratamento aconteça de forma adequada; e o direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos (BRASIL, 2007p. 1).
Nesse contexto, no acompanhamento do paciente é importante que sejam criados Grupos de Trabalhos De Humanização, essa é uma proposta criada pela Política Nacional de Humanização para trabalhar com essas questões (BRASIL, 2004). 
Esses grupos são formados por funcionários, médicos enfermeiros, técnicos, coordenadores e usuários do serviço onde se juntam para discutirem como estão atuando, destacar os pontos positivos e negativos, é um espaço de aproximação entre as pessoas e de compartilhamento das tensões sofridas no cotidiano e o assistente social como profissional capacitado para identificar os agravos sociais que prejudicam a saúde das pessoas deve participar da construção dos Grupos deTrabalho de Humanização (GTHs) (IAMAMOTO, 2000, p. 22)
A Política Nacional de Humanização prioriza em suas propostas a utilização da melhor tecnologia, atendimento com mais atenção, aumento na resolutividade dos serviços e melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). 
De acordo com a PNH é importante a motivação entre as equipes de trabalho, a divisão de serviços entre os profissionais, na perspectiva de uma gestão partilhada e que se possa contribuir para a melhora nos atendimentos. Isso implica na dependência entre atenção e gestão, por isso é relevante o desenvolvimento de um trabalho planejado e em conjunto planejado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).
Nos serviços de saúde o Assistente Social é o profissional responsável por resolver as questões relacionadas a acesso de medicamento, documentação, alimento, exames, ou qualquer problema que envolva dificuldade de deslocamento. Nos hospitais públicos o Assistente Social deve superar desafios relacionados ao acolhimento e humanização para que haja o aprimoramento da prestação de serviços em saúde. Entre os desafios encontrados referentes ao atendimento e humanização nos hospitais estão: cabe ao profissional reconhecer em qual situação deve intervir identificar as necessidades e priorizar os casos mais carentes em saúde, observar o proposito que se deseja alcanças e traças as metas e os resultados almejados (MORENO, 2014).
PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL
(MARX, 1989, p.119) afirma que “a profissão de Serviço Social está inserida na divisão social do trabalho, que tanto especializa seu trabalho, quanto pluraliza suas necessidades”.
O assistente social é o profissional que convive diariamente com as questões sociais, desse modo trabalha com o objetivo de suprir as necessidades sociais da população (IAMAMOTO, 2007).
A sociedade passa por inúmeros problema e o assistente social tem o dever de demostrar o caminho para resolver essas questões através do convívio com múltiplas expressões sociais pelo conjunto de desigualdades econômicas, políticas e culturais que podem ocorrer na luta por direitos e acesso a bens e serviços. Esse profissional atua combatendo a desigualdade de maneira geral, defendendo os interesses da sociedade, apesar de lidar com diferentes maneiras de pensar em relação a família, trabalho, saúde, moradia e entre outros seguimentos que envolvem políticas sociais e luta por direitos (IAMAMOTO, 2007, 160-163).
Nesse sentido, o assistente social, assume o caráter social do seu trabalho, tem suas particularidades, exerce sua função com a sociedade que muitas vezes dizem respeito à sobrevivência social e material da maioria da população. (IAMAMOTO, 2001).
Dentre as suas competências e atribuições, resguardadas por lei, merecem destaque:
Formulação, gestão, monitoramento, implementação e avaliação de políticas, programas e projetos sociais; estudos socioeconômicos; orientação social a indivíduos, grupos e famílias; assessorias consultorias e supervisão técnica;mobilização social e práticas educativas; instruções sociais de processos, sentenças e decisões;formulação do projeto de trabalho profissional e pesquisa; magistério, direção e supervisão acadêmica (IAMAMOTO, 2007, p.220).
É importante que o profissional seja consciente das suas atribuições, da sua realidade e das atividades que serão desenvolvidas de forma socialmente, determinada que lhe imprime direção social, portanto, a profissão deve ser considerada pelo ângulo da realidade vivida (YASBEK, 2009, p.127- 128).
O Serviço Social está inserido no sistema capitalista, pois trabalha em uma sociedade que se organiza dessa maneira, devendo encarar essa realidade. Participa dos mecanismos de domínio e exploração por conta das necessidades enfrentadas pela classe trabalhadora com interesses distintos (IAMAMOTO; CARVALHO, 2000).
Os profissionais trabalham principalmente para os capitalistas e seus representantes no Estado. Ambos, os contratantes e os usuários são representantes de interesses de classes, personificam categorias econômicas (IAMAMOTO; CARVALHO, 2000).
É importante afirmar que o Serviço Social está ligado tanto ao setor público quanto privado desse modo é possível compreender significado social (IAMAMOTO; CARVALHO, 2000).
No Brasil a profissão é regulamentada de forma liberal, porém existem algumas falhas a serem corrigidas: a falta de rotina da intervenção; a relação com os usuários, fato que abre espaço para atuação técnica e indagações a respeito da atuação desse profissional, possibilitando a demonstração de projetos e propostas de trabalho IAMAMOTO; CARVALHO, 2000).
O assistente social trabalha com uma determinada classe e atua de forma organizada e técnica e coloca suas fusões a disposição dessa classe. Esse profissional deve agir de forma intelectual, trabalhar com a linguagem, estar por dentro dos acontecimentos e interagir com a população a qual presta serviço (IAMAMOTO; CARVALHO 2000).
O Serviço Social não é uma profissional da área da ciência, mas isso não impede a possibilidade e a necessidade desses profissionais produzirem conhecimentos científicos, dinamizando a teoria e prática. (IAMAMOTO; CARVALHO, 2000).
Nesse sentido o assistente social deve inovar nas suas praticas, deve deixar de lado tradicional e avançar trabalhando com diferentes políticas sociais. As práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais devem ser excluídas do cotidiano do profissional (IAMAMOTO; CARVALHO, 2000).
O reconhecimento da questão social como objeto de intervenção profissional demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação das determinações sociais, econômicas e culturais das desigualdades sociais (ABEPSS, 1996)
3.1 Histórico e Desafios da profissão 
O Serviço Social, no Brasil, surgiu como profissão na década de 30 no período do capitalismo durante a divisão do trabalho, naquela época se tinha pressa na resolução das questões sociais para mediar às relações sociais entre a burguesia e o proletariado e constituiu-se para servir aos interesses do capital (IAMAMOTO, 1992)
O Serviço Social se institucionaliza como profissão na sociedade brasileira, como um dos recursos mobilizados pelo Estado, pelo capital, com o apoio decisivo da Igreja, informado pela sua doutrina social, para atuar perante ―questão social‖. Nos anos 30, reconhecidas as tensões de classe que acompanham o processo de constituição e consolidação do mercado capitalista de trabalho, o Serviço Social se institucionaliza como um tipo de ação social, que, no âmbito das relações Estado/Sociedade civil, tem como alvo a situação do proletariado urbano e do exército industrial de reserva, no sentido de atenuar as seqüelas materiais e morais derivadas do trabalho assalariado. (IAMAMOTO, 1992, p.174)
 Começou seus trabalhos servindo tanto ao capital, quanto aos interesses da classe trabalhadora. Surgiu pelo movimento da realidade em que vivia a sociedade movida por interesses distintos. As lutas eram intensas desenvolvidas por meio de disputas políticas e ideológicas entre classes sociais. (BARROCO, 2005).
 (IAMAMOTO, 2002, p.19) destaca que “a profissão se configura e se recria no âmbito das relações entre o Estado e Sociedade, fruto de determinantes macrossociais que estabelecem limites e possibilidades ao exercício profissional”
A profissão convive com as discussões ocorridas entre as contradições entre capital e trabalho. De um lado a sociedade defende melhorias nas condições de vida do trabalhador, do outro lado expressa a ampliação da sociedade burguesa. Desse modo o serviço social começa a participar do embate entre a conservação do capital eda situação em que se encontra o trabalhador na luta por melhores condições de vida (YASBEK, 2009, p.128).
Assim foi até o Movimento de Reconceituação. Dessa maneira podemos afirmar que o serviço social está inserido em um contexto histórico que determina sua origem quetambém teve suas raízes na igreja católica, pois caracterizava-se pela necessidade de manter a ordem, o equilíbrio, os bons costumes, afim de que fosse considerados os valores profissionais na luta pelo respeito a lei de Deus, a caridade, o fortalecimento da família, o bem comum servindo o capital e a burguesia em busca de uma sociedade harmônica. Isso se perpetuou até o Movimento de Reconceituação (BARROCO, 2005).
Simões (2008, p. 481) assinala que a profissão de assistente social surgiu, em nosso país, "a partir de ações sociais de inspiração católica, crescendo com a intervenção estatal ou privada, especialmente a partir dos anos 1940." Até a década de 1960, o Serviço Social possuía características conservadoras que passaram a ser questionadas a partir de então.
 O serviço social trabalha com múltiplas expressões da questão social lhe inserindo na divisão social e técnica do trabalho, tendo seu surgimento na própria realidade social. Por ser uma profissão que lida com a intervenção nas dinâmicas da vida social, contribui para o processo de trabalho de maneira integral e tem a construção da sua dimensão tanto histórica quanto política dimensões que lhe caracteriza e constitui (MARTINELLI, 2011).
Para Martinelli (2011) o momento em que surge a profissão é tomado por determinações políticas, econômicas, históricas e culturais que estão presentes nas demandas de trabalho, marcado sempre por valores éticos que explicam a prática do serviço social, com base na ética profissional, de acordo a Resolução do CFESS n. 273/93
O modelo de modernização conservadora o qual a industrialização está inserida é favorecida pelo Estado controlador e autoritário. Desse modo a indústria e os trabalhadores rurais buscavam apoio do Estado para poderem trabalhar e dar andamento nos seus projetos e para isso a questão social precisava ser enfrentada, os mesmos buscavam essa forma de enfrentamento (PIANA, 2009).
O serviço social tem sua existência marcada historicamente pela implementação de ações governamentais ocorridas no momento da proposta de industrialização. A igreja era a responsável pelo desenvolvimento de sua intervenção no campo de ação social por meio das chamadas obras de caridade e assistência que envolvia a burguesia, mais especificamente o seguimento feminino. Os primeiros assistentes sociais brasileiros se formaram por meio da influencia europeia, que tinha o proposito de ajudar ao próximo, buscar solução para atender as necessidades do outro, através do modelo franco-belga (PIANA, 2009)
Como afirma Silva (1995, p.40): O modelo franco-belga limitou-se, portanto, a uma formação essencialmente pessoal e moral sendo, nesse período, o Serviço Social assumido como uma vocação, e a formação moral e doutrinária, enquanto cerne da formação profissional, visou, sobretudo, formar o assistente social para enfrentar, com subjetividade, a realidade social.
Um novo horizonte começa a surgir para a profissão a partir da década de 40, apesar de ainda possuir raízes no catolicismo e realizar obras de caridade e benevolência tendo sua atividade legalizada pelo Estado e sociedade através da criação de instituições assistenciais. Sendo assim é importante reiterar que o assistente social busca atender as exigências impostas pelo mercado por meio da instrumentalização técnica e valorizando o método (PIANA, 2009).
	3.2 Histórico do Serviço Social na saúde 
Segundo Bravo e Matos (2000, p. 196) “durante 1930 a 1945 se manifestava um serviço social caridoso, tendo seu norte teórico inspirado na doutrina social da Igreja Católica e nas suas encíclicas, bem como numa forte influência europeia”.
A área da saúde não foi de imediata considerada pelos assistentes sociais como um campo social, pois seu trabalho era mais voltado para a área trabalhista. Tendo em vista o desenvolvimento do sistema capitalista e expansão urbana, suas obras eram feitas com base no caráter social (CARVALHO e IAMAMOTO, 2003, p. 364-365)
O trabalho do assistente social na saúde após a segunda guerra mundial era feito com os operários, educando-os sobre os hábitos saudáveis, higiene, alimentação, praticas educativas sobre higiene bucal, informando-os sobre o controle de natalidade, orientando-os para que os mesmos pudessem se inserir em uma sociedade tomando os devidos cuidados com a saúde CARVALHO e IAMAMOTO, 2003, p. 364-365)
Nesse sentido, segundo Bravo e Matos, (2006, p.199) o Estado passou a intervir mais veemente na saúde com a finalidade de suavizar as reivindicações e pressões populares causadas pela ditadura militar e posteriormente pelo movimento da reforma sanitária, com isso, os assistentes sociais da saúde tiveram como foco de atuação os hospitais e ambulatórios.
 O profissional da assistência social atuava como um intermediário entre a instituição e a população. Seu trabalho era feito de com vista a curar as mazelas da sociedade de forma burocrática. Utilizava-se de ações como: concessão de benefícios, orientação previdenciária, encaminhamentos, e entre outros (BRAVO, 2006).
Nos anos de 1980, a saúde passa a ser de interesse não apenas dos profissionais de área, mas também passa a assumir um caráter política, agregando o movimento sanitário, os partidos políticos e os movimentos sociais urbanos (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2009).
A sociedade se organizou com vista na preparação para a realização da 8° Conferência Nacional de Saúde onde houve discussões a respeito da aprovação da Reforma Sanitária, com isso foram atendidas varias reivindicações, a partir dai o setor da saúde obteve avanços expressivos (BRASIL, 2011).
 CFSS, (1999 p.19), enfatiza que "considerando que o Serviço Social não é exclusivo da saúde, qualifica o profissional a atuar com competência nas diferentes dimensões da questão social no âmbito das políticas sociais, inclusive na saúde” 
A categoria de assistentes sociais foi reconhecida como profissional da área da saúde pelo Conselho Nacional de Saúde reconhecendo também a importância do trabalho interdisciplinar na área da saúde. Isso somente foi concretizado através das conquistas, após a 8° Conferência Nacional de Saúde, a partir dessas conquistas o profissional pôde desenvolver seu trabalho na área da saúde, melhorando cada vez mais e podendo dar sua contribuição para a reabilitação de muitos usuários do serviço de saúde (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2009, p. 13). 
Os textos das duas resoluções caracterizam o assistente social como profissional de saúde (MARTINELLI, 2011).
Bravo (2004, p. 34) foi possível observar que o profissional de serviço social se manteve mais crítico com relação às atividades desenvolvidas nas unidades de saúde. Isso foi percebido por meio de um balanço realizado para se ter uma noção da real situação da atuação desse profissional no setor da saúde, com isso percebeu-se a postura diferente, a pesar de ainda existirem pontos que ainda carecem ser melhorados. 
O neoliberalismo vivido durante os anos de 90 e 2000 se opõe as ideias da profissão e seu projeto ético político, pois esse governo contribuiu para a diminuição direitos sociais e trabalhistas, precarização da saúde e educação, desemprego, piores condições de trabalho, todos esses agravos contribuem para que o assistente social tenha dificuldade para fazer esses direitos chegarem até os usuários (BORGES, 2012)
Sobre esse aspecto afirmamos que o serviço social começa a se destacar a partir desse cenário, a profissão começa a assumir uma postura diferenciada dentro da área da saúde. Apesar do espaço acadêmico ser usado como local de discussões e publicações que foram promovidas, ainda é possível perceber que existe pouca comunicação entre a teoria e a prática de atuação profissional demonstrando pouca aproximação. Com isso o Serviço Social passou a ter comportamentos distintos dentro das unidades de saúde (BORGES, 2012)
O que favoreceu para que o desenvolvimento das atividades e ações profissionais, em muitas unidades de saúde se tornasse defasado, pois o trabalho era feito através dasobservações e daquilo que se via fazer ou seja adquiriu-se caráter empírico, com isso os profissionais ficaram e em muitos casos houve a dificuldade de identificação do papel profissional a ser desenvolvido pelo assistente social no espaço multidisciplinar da saúde (TULIPA, 2012)
Segundo o site Maxwell (2010, p. 8), atualmente o serviço social almeja a construção de uma proposta crítica e criativa de trabalho, trabalhando em conjunto conseguindo conciliar o seu papel profissional em uma equipe multidisciplinar, afim de que seja possível alcançar um espaço maior dentro das unidades de saúde sempre procurando a consolidação da saúde como um direito de todos, de forma igualitária, universal e equidade de acordo com o proposto pela Reforma Sanitária.
De acordo com Nozawa (2010, p. 8) a grande luta é para que o serviço social na saúde assuma seu papel, com direção no projeto ético político e que os assistentes sociais não sejam meros sanitaristas ou serviço social clínico, tendo claro seu objetivo profissional que é o da defesa intransigente de direitos. Nesta perspectiva o contemporâneo mercado de trabalho exige um novo perfil profissional ou uma nova roupagem, ou seja, o assistente social tem que está sempre em busca de qualificação para se adequar a essas novas exigências.
 Nesse sentido podemos afirmar que profissão está em constante evolução, na área da saúde os assistentes sociais estão cada vez mais adquirindo novas práticas que são necessárias para realizarem tarefas de monitoramento, acessória, organização de cursos, palestras, reuniões, treinamentos e oficinas. entre as novas práticas que os profissionais vem assumindo estão: participação na gestão da saúde, formulação de projetos, planejamento, monitoramento e avaliação das politicas públicas voltadas parava saúde (SOUSA, 2008, p. 122). 
Dessa forma o profissional adquire novas funções rompendo com as barreiras da burocracia que implicava numa prática de maneira conservadora. Porém essa nova roupagem causa vários questionamentos aos assistentes sociais, tanto para os que possuem formações mais antigas quanto aos novos profissionais (BORGES, 2012).
	
	3.3 Importância da parceria do assistente social com outros profissionais 
A muito tempo o trabalho interdisciplinar vem sendo desenvolvido nas instituições. Muitos profissionais são contratados para trabalharem de forma interdisciplinar, mas na maioria das vezes a interdisciplinaridade não se desenvolve da melhor forma possível. Desse modo precisamos estar atentos para a diferença entre a interdisciplinaridade que é o trabalho é realizado sob o ponto de vista de várias disciplinas, na busca de uma resposta menos parcial do que a dada por uma área específica e multidisciplinaridade onde ocorre a parceria de diversos profissionais para resolver problemas ou executar programas (MINAYO, 2010),
a interdisciplinaridade, favorecendo o alargamento e a flexibilização no âmbito do conhecimento, pode significar uma instigante disposição para os horizontes do saber. (...) Penso a interdisciplinaridade, inicialmente, como postura profissional que permite se pôr a transitar o “espaço da diferença” com sentido de busca, de desenvolvimento da pluralidade de ângulos que um determinado objeto investigado é capaz de proporcionar, que uma determinada realidade é capaz de gerar, que diferentes formas de abordar o real podem trazer. (Rodrigues, 1998, p. 156)
Para Fiorin (2008), o serviço social desde a sua formação é uma profissão que atua de forma interdisciplinar. Pois trabalha com uma interlocução com diversas disciplinas como, por exemplo, a Psicologia, Sociologia, Filosofia, direito, ciência, política e entre outros. Pelo fato o serviço social ser uma área que não tem teoria própria, por isso não se baseia em determinada teoria para responder as demandas que existem para cerem trabalhadas pela profissão. É uma profissão que acompanha a dinâmica da sociedade e se reconstrói historicamente se inova socialmente a cada espaço ocupado 
O Serviço Social está ligado a legislação, a defesa do conhecimento, a defesas dos direitos sociais e comprimento dos deveres do cidadão, por isso essa profissão está intimamente ligada a área do direito. Da mesma maneira também se identifica com a Psicologia, por conhecer os sujeitos sociais e sua subjetividade construindo relações sociais. Com a Sociologia identifica-se por entender a forma como a humanidade se organiza. Liga-se a Antropologia, pois busca estudar o ser humano sob diversas dimensões. Desse modo o Assistente Social tem em sua formação a capacitação para atuar com diversas disciplinas (GERMANO, 2011).
Para que ocorra o trabalho interdisciplinar é necessário enfrentar inúmeros desafios, a pesar dos assistentes sociais estarem capacidades suficientes na sua formação para atuarem em equipes interdisciplinares. O profissional enfrenta certas dificuldades em conseguir dialogar sobre determinado assunto com um especialista de outra área isso ocorre por conta da formação ser generalista. Pode acontecer também do Assistente Social acabar realizando todas as tarefas dentro da instituição e sua função ser interpretada de maneira equivocada. (MINAYO, 2010).
 É necessário que seja realizado um trabalho em equipe e o assistente social deve reconhecer que não é capaz de resolver questões sociais sozinho e que depende do apoio de outras pessoas, outros profissionais da instituição, da ação dos usuários do sistema e entre outras questões que são necessárias para a realização do seu trabalho. O Assistente Social deve manter contato com outras áreas, interagir e discutir, com os colegas de trabalho, a chefia e a comunidade. Assim como também é preciso a comunicação para esclarecer e orientar os usuários dos serviços (CARVALHO, 2011)
Para que ocorra a interdisciplinaridade é necessário que se estabeleça vínculos de integração no processo de trabalho que vai além de uma simples comunicação, é preciso comunicação, diálogo entre os saberes e a prática afim de que seja gerada uma integração entre as diversas áreas envolvidas, buscando encontrar a solução para os possíveis problemas que possam surgir (NOGUEIRA, 1998)
Segundo os Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Saúde, para que seja realizada uma atuação competente e crítica deve-se buscar a necessária atividade em equipe, tendo em vista a interdisciplinaridade da atenção em saúde.
A complexidade da questão social com a qual os profissionais lidam cotidianamente, demanda diálogo, cooperação... e constituem possibilidades de alianças com outras áreas do conhecimento na realização do trabalho em equipe, a partir de uma visão mais ampla no que se refere à efetivação do acesso ao direito, como cidadania e não apenas quanto a execução dos serviços prestados (CAVALCANTE; REIS; LIRA, 2011, p. 7).
Vasconcelos (2012, p. 443) explica que “dificilmente um só profissional daria conta de todos os aspectos de uma realidade tão complexa [...] o que leva, na atenção integral, a recorrer-se ao trabalho multiprofissional”. 
Seu trabalho é baseado em uma prática profissional que se inseri em um trabalho multidisciplinar de diversas áreas que estão presentes na saúde em geral e no cotidiano do hospital Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, entre outros. Nesse sentido é importante que se tenha em mente o Código de Ética da profissão e seus objetivos e as atribuições da profissão (AMADOR, 2009).
Em um trabalho desenvolvido por Mioto (2008), foi possível comprovar que a interdisciplinaridade é compreendida como um processo de desenvolvimento de uma postura profissional afim de se enxergar a dimensão das profissões, por meio do trabalho desenvolvido de maneira coletiva com a participação de todos os seguimentos, procurando interagir e trocar conhecimentos e práticas voltadas à construção de novas possibilidades de pensar e agir em saúde
Nesse sentido percebemos a importância da interdisciplinaridade para o trabalho do assistente social, disponibilizandoaos usuários do sistema de saúde diferentes interpretações de ângulos diferentes sobre suas condições de saúde e uma nova forma de acompanhamento das ações, que o diferencia do médico, do enfermeiro e de outros profissionais que trabalham nesse seguimento (CFESS, p.46).
O assistente social deve indicar reflexões e formas de atendimento a toda a sociedade, podendo levantar discussões frente ao grupo de profissionais para que se possa reconhecer as necessidades em saúde e das determinações sociais do processo saúde e doença reconhecer também os problemas pelos quais a sociedade passa. Sob esse aspecto devemos afirmar que o assistente social trabalhando na área da saúde deve estar preparado para lidar com o aspecto das doenças e a possibilidade de finitude, estar atento ao papel do cuidador e à família que, geralmente, é sobrecarregada a um responsável (MIOTO, 2008)	
Devemos destacar 	que é preciso sempre buscar conhecimentos de forma integrada e a oportunidade de busca de respostas aos desafios da contemporaneidade, isso é proporcionado ao assistente social através través da interdisciplinaridade, podendo também fazer com que o profissional possa ampliar seu pontoo de vista compreendendo a dinâmica determinada na realidade em que estamos inseridos. É necessário romper com a visão individual, presa nos nossos próprios muros de domínio de conhecimento profissional (MIOTO, 2008).
IAMAMOTO (2002) afirma que “é necessário desmistificar a idéia de que a equipe, ao desenvolver ações coordenadas, cria uma identidade entre seus participantes que leva à diluição de suas particularidades profissionais”. A autora considera que “são as diferenças de especializações que permitem atribuir unidade à equipe, enriquecendo-a e, ao mesmo tempo, preservando aquelas diferenças” IAMAMOTO (2002, p. 41).
O assistente social, ao participar de trabalho em equipe na saúde, dispõe de ângulos particulares de observação na interpretação das condições de saúde do usuário e uma competência também distinta para o encaminhamento das ações, que o diferencia do médico, do enfermeiro, do nutricionista e dos demais trabalhadores que atuam na saúde (IAMAMOTO, 2002)
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE PÚBLICA
Neste último capitulo iremos abordar sobre como realmente funciona o trabalho do Assistente Social nos hospitais. No primeiro momento iremos falar sobre como se dá a atuação desse profissional na saúde. Iremos falar como começou esse trabalho e qual as funções desenvolvidas dentro de um hospital de acordo com estudos de vários autores. 
É importante também deixarmos claro as dificuldades e desafios encontrados ao logo do caminho na atuação desse profissional. A importância da interação com os demais profissionais que trabalham na área da saúde tendo consciência que cada um desenvolve uma função diferente dentro da instituição sempre respeitando seus limites e o código de ética da profissão.
Ao longo desse capitulo iremos entender que no contexto hospitalar todos os profissionais devem trabalham em busca do melhor para o pacientes e seus familiares e o assistente social atual para garantir que os direitos dos mesmos estejam sendo atendidos além de fazer com que o paciente melhore seu estado de saúde.
Segundo Vasconcelos (2003), durante a década de 90 a profissão ainda está no inicio dos trabalhos nas instituições na área da saúde, dessa maneira os avanços são considerados insuficientes. A categoria dos Assistentes Sociais continua desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, sem nenhuma ocupação explícita e organizada na máquina do Estado pelos setores progressistas da profissão. 
Entre as demandas que o projeto privatista vem requisitando a categoria estão: atuação psicossocial por meio de aconselhamento, a seleção socioeconômica dos usuários, ação fiscalizatória aos usuários dos planos de saúde, predomínio de práticas individuais e entre outras demandas (SOARES,2017).
As demandas que o projeto reforma sanitária apresenta como questões que o assistente social possa trabalhar na área da saúde são: trabalho interdisciplinar, democratização do acesso às unidades e aos serviços de saúde, estratégia de aproximação das unidades de saúde com a realidade, acesso democrático às informações e estímulo à participação popular (CFESS, 2010, pg. 26)
Dessa forma podemos afirmar que o Código de Ética da profissão apresenta mecanismos que se demonstram essenciais para que os assistentes sociais possam atuar na saúde em todas as suas dimensões, entre elas podemos citar: prestação de serviços diretos à população, no planejamento, na acessoria, na gestão e na mobilização e participação social. (CFESS, 2010)
De acordo com o Cfess (2010) o código de ética da profissão e a Lei de regulamentação devem ser analisadas e respeitadas pelos profissionais e também pelas instituições empregadoras. Por isso as competências e demandas exercidas pelo assistente social sejam elas na saúde ou em qualquer outro espaço social são orientadas pelos direitos sociais que estão previstos no código de ética e no regulamento da profissão .
O reconhecimento da questão social como objeto de intervenção profissional (conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS, 1996), demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação das determinações sociais, econômicas e culturais das desigualdades sociais. (CFESS, 2010, pg.35).
O Cfess (2010) reforça que a saúde do trabalhador vem se mostrando como importante área de atuação para o assistente social nas últimas décadas.
A dimensão social e histórica do trabalho ganha relevância nos determinantes das condições de saúde do trabalhador, com a complexidade da realidade atual, marcada pela precarização das condições de trabalho, aumento do mercado informal, flexibilização das relações de trabalho e restrição de direitos. A saúde do trabalhador envolve o coletivo de trabalhadores, inserido no processo saúde/doença no trabalho, não abrangendo apenas àqueles que têm o adoecimento neste processo. (CFESS, 2010, pg. 40).
Nesses processos também exigem atuação do assistente social, pois são profissionais que trabalham com o desenvolvimento e atuação no atendimento e promoção da saúde, também são capacitados para atuarem nas questões trabalhistas, de acesso aos direitos previdenciários e envolvendo varias pessoas e setores (SOARES, 2017).
De acordo com SOARES (2017), o assistente social vem cada vez mais se fortalecendo no campo da saúde, pois essa é uma área de atuação privilegiada para a profissão e a mesma vem seguindo essa direção desde as ultimas décadas juntamente com outros profissionais e movimentos sociais que compartilham dos mesmos princípios e diretrizes, essa parceria contribui para o fortalecimento dos trabalhadores enquanto sujeitos históricos neste processo que defendem o mesmo projeto ético- politico.
Já nas equipes de saúde mental o assistente social deve contribuir para que a Reforma Psiquiátrica alcance seu projeto ético- politico. Seguindo estes direcionamentos os assistentes sociais vão enfatizar as determinações sociais e culturais, preservando sua identidade profissional CFESS, (2010).
Existem quatro seguimentos que devem ser compreendidos de forma articulada dentro de uma totalidade, os quais o assistente social deve atuar na saúde, são eles: participação, controle social, mobilização e atendimento direto aos usuários (SOARES, 2017).
O atendimento direto aos usuários acontece em vários espaços de atuação profissional na saúde, da atenção básica até os serviços que se dividem em ações de média e alta complexidade.
Esse atendimento se materializa na estrutura da rede de serviços brasileira a partir das unidades da Estratégia de Saúde da Família, dos postos e centros de saúde, policlínicas, institutos, maternidades, Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), hospitais gerais, de emergência e especializados, incluindo os universitários, independente da instancia a qual é vinculadaseja federal, estadual ou municipal. (CFESS, 2010, pg. 41).
As ações socioassistenciais predominam nas intervenções de atendimento direto. Essas ações estão entre as que trabalham de maneira coletiva em um processo complementar e inerente. São elas: ações de articulação interdisciplinar e ações socioeducativas estão (SOARES,2017).
De acordo com o Cfess (2010), para que essas ações aconteçam é necessário que ocorra a investigação, planejamento, mobilização e participação social dos usuários para que o direito a saúde seja garantido, assim como também para assegurar que aconteça a assessoria para a melhoria da qualidade dos serviços prestados e a assistência direta aos estudantes de Serviço Social.
Pensar hoje uma atuação competente e crítica do Serviço Social na área da saúde consiste em: 
Estar articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores e de usuários que lutam pela real efetivação do SUS; facilitar o acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde da Instituição, bem como de forma compromissada e criativa não submeter à operacionalização de seu trabalho aos rearranjos propostos pelos governos que descaracterizam a proposta original do SUS de direito, ou seja, contido no projeto de Reforma Sanitária; tentar construir e/ou efetivar, conjuntamente com outros trabalhadores da saúde, espaços nas unidades que garantam a participação popular e dos trabalhadores de saúde nas decisões a serem tomadas; elaborar e participar de projetos de educação permanente, buscar assessoria técnica e sistematizar o trabalho desenvolvido, bem como estar atento sobre a possibilidade de investigações sobre temáticas relacionadas à saúde; efetivar assessoria aos movimentos sociais e/ou aos conselhos a fim de potencializar a participação dos sujeitos sociais contribuindo no processo de democratização das políticas sociais, ampliando os canais de participação da população na formulação, fiscalização e gestão das políticas de saúde, visando o aprofundamento dos direitos conquistados. (CFESS, 2009 p.19).
A atuação do profissional de Serviço Social deve estar pautada em uma proposta de trabalho que vise o enfrentamento das questões sociais nos diversos níveis da área da saúde, tanto no que diz respeito aos serviços de alta e baixa densidade tecnológica, quanto na atenção básica. Tendo em vista que a profissão tem na questão social a base de sua fundamentação enquanto especialização do trabalho (CFESS, 2009).
A atuação do profissional na saúde se destaca mais em seus atendimentos direto aos usuários, nas redes de serviços, postos, hospitais, centros de saúde, maternidades, hospitais gerais, de emergência especializada, incluindo os universitários institutos e entre outros locais. Além do atendimento direto com pacientes, o assistente social tem ampliado sua ação profissional, estendendo seus serviços ao planejamento, gestão, mecanismos de controle social, assessoria e na investigação. A partir do momento que o profissional passa a estar preparado para atuar na saúde, o mesmo pode desenvolver suas atividades em diversos espaços havendo, entretanto, predominância de determinadas ações a partir das áreas de trabalho (CFESS, 2009).
É importante destacar que o dialogo com a equipe que se pretende trabalhar é fundamental, entretanto o assistente social tem tido algumas dificuldades em estabelecer um dialogo com os profissionais da saúde com o propósito de estabelecer suas atribuições e competências em concordância com as funções que são importas no trabalho nas unidades de saúde, isso ocorre por conta da fragmentação do trabalho e das pressões existentes relacionadas a demanda de trabalho. Porém essas dificuldades devem ser superadas a partir de debates e reuniões com os diversos profissionais que trabalham em conjunto, a fim de que seja estabelecidas suas rotinas e planos de trabalho (CFESS, 2009).
De acordo com CFESS (2009 p. 25), em relação à alta hospitalar, essa é uma demanda que precisa ser fletida pela equipe no propósito de estabelecer as funções de cada profissional. É fundamental a participação do assistente social no acompanhamento dos pacientes e seus familiares para que se possa chegar a conclusão se há ou não demanda para intervenção direta do profissional na alta do paciente. 
De acordo com CFESS (2009 p.28) os assistentes sociais devem ter como parâmetros de ação na equipe de saúde: Esclarecer as suas atribuições e competências, elaborando junto com a equipe propostas de trabalho que delimitem as ações dos diversos profissionais através da realização de seminários, debates, grupos de estudos e encontros; Elaborar, junto com a equipe de saúde, a organização e realização de treinamentos e capacitação do pessoal técnico-administrativo com vistas a qualificar as ações administrativas que tem interface com o atendimento ao usuário tais como a marcação de exames e consultas, e a convocação da família e/ou responsável nas situações de alta e óbito; Incentivar e participar junto com os demais profissionais de saúde da discussão do modelo assistencial e da elaboração de normas, rotinas e da oferta de atendimento, tendo por base os interesses e demandas da população usuária.
	4.1 Saúde um direito social
A saúde é um direito de todos e dever do Estado e isso esta reconhecido no texto da Constituição Federal e a mesma vem sendo efetivada por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) (IAMAMOTO, 1982).
Iamamoto (1982) afirma que a Lei 8.080/1990 expressa um importante trecho referente ao conceito de saúde contido na Constituição Federal de 1988 ressaltando que a as questões sociais devem ser expressas e entendidas como desigualdades que se colocam de maneira coletiva na sociedade capitalista que por meio das determinações econômicas, políticas e culturais podem ser demonstradas.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.(CF,1988) Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. (Lei 8080/1990) 
A fundamentação do serviço social é pautada nas questões sociais. Pensando nisso esse profissional deve atuar com uma proposta de trabalho que vise as questões sociais voltadas para os diversos níveis de complexidade da saúde, (Iamamoto, 2002).
Carvalho (2003 p.12) afirma que “é espantoso como um bem extraordinariamente relevante à vida humana só agora é elevado à condição de direito fundamental do homem”. Tal previsão encontra-se no art. 6 entre os demais direitos sociais. 
Juridicamente o conceito de saúde deve ser entendido de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), sem perder de vista a noção de saúde como completo bem-estar, fando uma analise sistemática da própria Constituição. Deve-se observar na Lei Maior vinculada a sua existência a observação do principio da igualdade, sabendo que é um direito igualmente reconhecido a todo cidadão (CARVALHO,2003).
A saúde e entre outros direitos não eram assegurados a população antes da promulgação da Constituição de 1988. Apenas os trabalhadores com carteira assinada juntamente com seus familiares tinham direito aos atendimentos e serviços oferecidos pelo Estado entre eles à saúde (COSTA, 2017).
O Estado através das politicas sociais e econômicas deve garantir que todo cidadão tenha acesso gratuito e de qualidade aos serviços de saúde, visando a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. A fim de que toda a sociedade tenha acesso á saúde e condições de vida digna (VASCONCELOS, 2007).
Neste sentido, Vasconcelos (2007), destaca-se como

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