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TCC MARIA DE LOURDES MARTINS TOBIAS

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38
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
MARIA DE LOURDES MARTINS TOBIAS
	Comment by Damiao: Minha sugestão é que o título seja: A importância do Serviço Social na Política de Saúde: os desafios na garantia de acessoPenso nesse título, pois o objetivo do trabalho é “analisar a atuação do Assistente Social na área da Saúde expondo os desafios que garantem o acesso aos direitos dos usuários do SUS.”a importância do SERVIÇO SOCIAL NA politica de SAÚDE: OS DESAFIOS PARA A GARANTIA DE ACESSO. 
QUIXERAMOBIM
2016
MARIA DE LOURDES MARTINS TOBIAS
a importância do SERVIÇO SOCIAL NA politica de SAÚDE: OS DESAFIOS PARA A GARANTIA DE ACESSO. 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientadora: Professora Amanda Boza Gonçalves Carvalho.
QUIXERAMOBIM
2016
Agradeço a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, em especial a Deus, e a minha família que sempre me apoiou em todos os momentos e nas escolhas tomadas.
agradecimentos
Inicio os meus sinceros agradecimentos a Deus por iluminar e abençoar todos os meus caminhos.
		 À minha família, em especial ao meu pai, mãe, esposo e minha filha, pelo incentivo, apoio e amor incondicional que me dedicaram e que foram pilar para que eu me transformasse na pessoa que sou hoje. A minha avó (Maria), em memória. 
A orientadora eletrônica, pela dedicação e o esforço em contribuir com o meu estudo.
		 À minha querida supervisora de campo, Aline Maura Silveira, pelo carinho, apoio, dedicação e cumplicidade ao longo desse processo de formação. Muito obrigada por tudo que me ensinou, foi um privilégio tê-la como supervisora!
		 À minha orientadora acadêmica, Estefani Cardoso, pelos ensinamentos, pela competência, pelo exemplo de profissional dedicada e comprometida com a formação de seus alunos.
		 A todos os professores que contribuíram para a minha formação no decorrer do curso: Viviane Franco, Jean Barbosa. 
		 A minha eterna tutora de sala Andréia Simião por todo o apoio, compreensão pela ausência por vezes necessária e por todo incentivo recebido ao longo dos anos. Muito obrigada!
		 Aos amigas e colegas do Curso de Serviço Social, em especial as amigas Angelina e Ana Flavia. Agradeço-lhes a amizade, as risadas, apoio e companheirismo.
		 O coordenador do polo de Quixeramobim, José Alexandre Alves Nogueira, pela organização do Polo.
		 A coordenadora pedagógica, Verônica Barbosa pelo incentivo, apoio e atenção prestadas ao longos dos anos.
Enfim, agradeço a todos os familiares, amigos, colegas e companheiros que fizeram parte desse processo de formação do qual esse trabalho é resultado. Muito obrigada!
Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistados do que parecia impossível.
Charles Chaplin
TOBIAS, Maria de Lourdes. "A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA DE SAÚDE: OS DESAFIOS PARA A GARANTIA DE ACESSO". 2016. Número total de folhas 52. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação Serviço Social) – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, QUIXERAMOBIM, 2016.
RESUMO
O presente trabalho é um requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social, apresentado a Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, onde tem como tema central: "A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA SAÚDE: OS DESAFIOS PARA A GARANTIA DE ACESSO." Este trabalho tem como objetivo geral a análise da atuação do Assistente Social na área da saúde, procurando expor os desafios que garantem o acesso aos direitos dos usuários do SUS. Os objetivos específicos serão destacar a atuação deste importante profissional na área da saúde fazendo uma retrospectiva do passado até os dias atuais. Serão apontados ainda os desafios que garantem o acesso aos direitos destes usuários, ressaltando que o Sistema Único de Saúde é direito de todos. Tecemos ainda algumas considerações a respeito das atribuições do Assistente Social no âmbito da saúde. A metodologia utilizada na realização desse trabalho é de caráter bibliográfico a partir de materiais publicado em livros, artigos, revistas e jornais. Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”.	Comment by Damiao: Verifique a formatação do resumo
Palavras-chave: Política, Social, Saúde, Defesa, Direitos. Sistema, Singular, Desafios.
TOBIAS, Maria de Lourdes. "THE IMPORTANCE OF SOCIAL WELFARE HEALTH POLICY: CHALLENGES FOR ACCESS WARRANTY". 2016. Número total de folhas 52. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação Serviço Social) – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, QUIXERAMOBIM, 2016.
ABSTRACT
This work is a partial requirement for the degree of Bachelor of Social Work, presented at the University of North Paraná - UNOPAR, which has as its central theme. "HEALTH SOCIAL POLICY IMPORTANCE OF WELFARE: challenges to ensure access "This work aims to analyze the role of social worker in health, seeking to expose the challenges that guarantee access to the rights of SUS users. The specific objectives will be to highlight the performance of this important professional in the health field doing a retrospective of the past to the present day. yet the challenges they will be appointed to ensure access to the rights of these users, noting that the National Health System is right for everyone. still some considerations about the duties of the social worker in health. The methodology used in this work is literature from materials published in books, articles, magazines and newspapers. According to Hart, Bervian and Silva (2007, p.61), the literature "is the basic procedure for monographic studies, by which search the art domain status on a particular topic."
Keywords: Politics, Social, Health, Defense, Rights. System, Single, Challenges.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	ABNT
	Associação Brasileira de Normas Técnicas
	UNOPAR
SUS 
	Universidade Norte do Paraná
Sistema Único de Saúde
	 LOS
CAPS
SAD
CREST
NASF
MDB
INAMPS 
OMS
ESF
	Lei Orgânica da Saúde 
 Centro de Atendimento Psicossocial
Serviço de Atenção Domiciliar
Centro de Referencia á Saúde do Trabalhador
Núcleo de Apoio á Saúde da Família
 Movimento Democrático Brasileiro 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social 
Organização Mundial de Saúde 
Estratégia Saúde da Família
	
	
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................13
1 SERVIÇO SOCIAL E O SEU PROCESSO INICIAL NA POLÍTICA DA SAÚDE.......................................................................................................................16
1.1 Surgimento do Sistema Único de Saúde como uma forte ferramenta das políticas da saúde.....................................................................................................................16
1.2- Abordagem histórica do Serviço Social na saúde...............................................18
1.3- Processo histórico do Serviço Social após os anos de 1980..............................21
1.4- Avanços e desafios do Sistema Único de Saúde................................................24
2 DESAFIOS PARA GARANTIA DO ACESSO AOS DIREITOS SOCIAIS ....................................................................................................................................26
2.1- Surgimento dos direitos sociais...........................................................................26
2.2-Direitos sociais e cidadania uma conquista para profissão do Serviço Social...27
3 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIALNA SAÚDE COMO UMA VISÃO INTERSETORIAL ......................................................................................................33
3.1- Atuação do Assistente Social de hoje no âmbito da saúde pública....................33
3.2- Intersetorialidade na política da saúde presente na profissão do Assistente Social..........................................................................................................................35
4 ATUAÇÃO SOCIOOCUPACIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NOS DIVERSOS CAMPO DA SAÚDE COMO POLÍTICAS SOCIAIS DE DIREITOS...........................39
4.1- Atuação do Serviço Social no Centro de Atenção Psicossocial..........................39
4.2- Atuação do Assistente Social dentro do Núcleo de Apoio a Saúde da Família..41
4.3- Atuação do Assistente Social dentro Centro de Referencia a Saúde do Trabalhador................................................................................................................43
4.4- Atuação do Assistente Social dentro do Programa de Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).........................................................................................................45
CONCLUSÃO............................................................................................................47
REFERENCIAS..........................................................................................................49
INTRODUÇÃO 	Comment by Damiao: Sua introdução está bem elaborada. Pense no sumário, pois assim terá noção do que deve ser escrito em cada capítulo.Foque sempre no objetivo do seu trabalho, como você mesmo já disse procure não ampliar muito, delimite bem os capítulos e subcapítulos.
O presente trabalho de conclusão de curso é um requisito da Universidade Norte do Paraná do Curso Bacharel em Serviço Social no qual visará analisar a atuação do profissional Assistente Social na politica da saúde, na garantia de acesso aos direitos e os serviços de saúde.
No trabalho vamos procurar aprofundar a compreensão, dos princípios norteadores do Sistema Único de Saúde, dos projetos societários em disputa na área da saúde, e principalmente na defesa dos direitos da comunidade.
A inclusão do Assistente Social na dinâmica de trabalho coletivo no campo da saúde, no sentido de ação cotidiana dos profissionais na área da Assistência, onde muitos são os desafios e perspectivas da profissão na área de saúde onde se tornam temas que inquietam aqueles que compõem as instituições de saúde, isso porque sabemos que muito precisa ser revisto e analisado.
	Mostra-se que a intervenção do Assistente Social no âmbito da saúde pretende focar sobre os diversos direitos assegurados pelo Estado diante dos novos tempos, ressaltando que os profissionais têm que utilizar ferramentas de intervenção para contribuir e solucionar os problemas enfrentando pela população pobre do nosso país.
Os serviços de saúde trabalham com o destino de produzir serviços com o pressuposto de atender a toda a comunidade realizando serviços interventivos e imediatos dando respostas concretas reconhecendo a saúde como direito de todos e dever do Estado.
O projeto ético-político do serviço social orienta as práticas educativas como prevenção, promoção e proteção proporcionando informação aos usuários do SUS, por isso o assistente social na saúde tem como atividade contribuir e viabilizar melhores condições de vida. De acordo com Merhy (2005), ela faz uma análise sobre o processo de configuração tecnológica do trabalho voltado para a área da saúde, enfatiza ainda os três tipos de tecnologia onde produzem uma qualidade no sistema, resultados na defesa da vida do usuário, nos controles dos riscos de adoecer e o maior grau de autonomia facilitando a tecnologia global.
Diante dos novos tempos podemos considerar que a garantia dos direitos á saúde é uma luta de todos isso porque é um direito garantido pela Constituição Federal, contudo podemos estabelecer que a população precisa ser informada e esclarecida sobre os seus direitos. 
O trabalho tem como objetivo geral analisar a atuação do Assistente Social na área da Saúde expondo os desafios que garantem o acesso aos direitos dos usuários do SUS.
Os objetivos específicos serão: descrever a atuação do Serviço Social na área da saúde fazendo uma retrospectiva do passado até os dias atuais; Apontar os desafios que garantem o acesso aos direitos dos usuários procurando estabelecer o Sistema Único de Saúde como um direito de todos e abordar sobre a importância do trabalho em equipe como uma importante ferramenta para atuação do Assistente Social no âmbito da saúde.
O trabalho se configura como pesquisa do tipo qualitativa. Este tipo de pesquisa busca compreender os processos que dão origem ao fenômeno que se investiga (MORETTI-PIRES, 2011). Segundo Moretti-Pires (2011, p.3), na pesquisa qualitativa “as teorias são muitas vezes, o fundamento‟ dos dados e as técnicas de coleta de dados são utilizadas para auxiliar na interpretação e entendimento das interações sociais e dos fenômenos”, tendo como principal ferramenta a interpretação social do tema investigado.
A Metodologia tem grande relevância na pesquisa científica, sendo uma etapa preponderante para alcançar os objetivos propostos. A pesquisa caracteriza-se por um estudo bibliográfico, descritivo e exploratório, baseado em uma abordagem qualitativa através de leituras de textos, artigos e livros.
O serviço social na saúde tem como ação a coletividade, ou seja, o trabalho desenvolvido no passado com estudo de casos, grupos e comunidades no qual são úteis nos dias de hoje trazendo uma organização mais teórica e metodológicas para a profissão. A Lei Orgânica da Saúde (Leis n° 8.080/90 e n° 8.142/90) regulamenta estes princípios, reafirmando a saúde como direito universal e fundamental do ser humano.
Diante de tanta desigualdade social é interessante enfatizar que a cada dia que passa vai crescendo isso porque a concentração de renda vem gerando pobreza e exclusão social. Entretanto podemos dizer que precisamos ampliar esforços para buscarmos uma melhor qualidade nos serviços de saúde assegurando um tratamento mais humanizado e garantindo uma cobertura maior nos serviços ofertados.
O Brasil tem como desafio a promoção da equidade na atenção á saúde isso quer dizer dar direito àquele que esta precisando do atendimento naquele momento e assim diminuindo as desigualdades regionais e ampliando o acesso a toda a população.
As politicas sociais garantem direitos as pessoas por isso que na saúde é importante caracterizar a ação profissional que, segundo Mioto (2006 apud MIOTO; NOGUEIRA, 2006), abordando que na realidade os sujeitos destinam a desenvolver instrumentos apropriando cada um como sua especificidade.
Contudo o assistente social necessita colocar em prática seu compromisso ético fazendo valer os programas e projetos em beneficio da população, por isso precisamos ser profissionais consciente da realidade.
O trabalho será dividido em capítulos no qual será discorrido sobre a atuação do assistente social no âmbito da saúde e os seus desafios ao longo dos anos.
O primeiro capítulo fala sobre um dos maiores sistema do mundo que é o Sistema Único de Saúde, expondo os avanços e desafios bem como sua abordagem histórica do serviço social na saúde.
No segundo capítulo vamos contextualizar sobre o processo de surgimento dos direitos sociais deixando claro os direitos á saúde e a sua essência para vida. Discutiremos sobre a cidadania como conquista para profissão do Serviço Social.
No terceiro capítulo enfatizaremos sobre a atuação do Assistente Social de hoje no âmbito da saúde pública e sobre a intersetorialidade na política da saúde presente na profissão do Assistente Social dos dias de hoje.
No quarto capítulo serão elencados sobre a atuação socioocupacional do assistente social nos diversos campos das políticas sociais de direito, entre elas podemos citar: CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial), NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família), CEREST (Centro de Referencia a Saúde do Trabalhador)e SAD (Serviço de Atenção Domiciliar).
1 
Serviço social e o seu processo inicial na política da saúde
1.1 Surgimento do Sistema Único de Saúde como uma forte ferramenta das políticas da saúde
O Sistema Único de Saúde é um dos maiores do mundo, surgiu para garantir a população serviços e atendimentos, sendo uma ferramenta de grande relevância para a política da saúde, podemos considerar que o SUS hoje é um dos sistemas mais estruturado de todo o país.
Há muitos anos a saúde pública se caracterizou pelos aspectos deterministas e biológicos, como a uni causalidade e a culpabilização da vítima. As políticas públicas anteriores a década de 60 se resumiam a ações imediatas de saúde doença. (DA ROS, 2004).
A saúde começa a ser vista como direitos de todos e dever do estado, a partir dos anos de 1990 onde o governo começa a mostrar a preocupação com as pessoas propondo melhorias no Sistema Único de Saúde. (FIGUEIREDO, 2005).
Atualmente o Sistema Único de Saúde busca desenvolver novos métodos para ampliar e estruturar melhor os serviços de saúde, por isso se faz importante frisar que as práticas de saúde são determinadas pela forma de organização da sociedade, no contexto político, econômico e social.
Com a Constituição Federal a saúde ganha destaque, momento esse que foi uma resposta aos movimentos sociais chamados na época de reforma. Diante disso alguns autores criticam o sistema de saúde e péssimas condições de saúde ofertados pelo Brasil. Lima (2005) descreve que os resultados deste movimento foram decisivos para a elaboração do texto da carta magna do país, de modo especial no tocante à saúde.
Foi uma conquista popular nascido das reinvindicações feitas para garantir a democracia, vale ressaltar que com o movimento da reforma sanitária trouxe mudança significativa para o Sistema Único de Saúde.
Podemos considerar que vários anos a saúde foi encarada como uma ausência de doenças tendo como fruto das desigualdades sociais, baixa qualidade de vida, má alimentação, péssimas condições de saneamento básico acarretando graves problemas para sociedade.
As lutas de classes foi o marco inicial do Sistema Único de Saúde onde reivindicavam por melhores condições de saúde. Tais lutas foram feitas pela sociedade civil, funcionários, entidades, profissionais da saúde e muitos outros.
	Ao analisarmos as grandes lutas e conquistas ao longo dos anos o INAMPS foi uma conquista, porque as pessoas que trabalhavam e contribuíam com a previdência passaram a ter atendimento médico. Foi um período que gerou desigualdade social pelo fato que na época eram poucas pessoas que eram empregadas formalmente e uma minoria da população tinha acesso à saúde.
	O Ministério de a Saúde destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS), tinha como atividade proporcionar a promoção de saúde e prevenção de doenças, realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. 
Podemos afirmar que, diante do processo desenvolvimentista, o movimento sanitário não recuou no seu processo de luta. Desenvolveu sua atenção dentro das instituições estaduais e colaborou para a construção do Sistema Único de Saúde. “Os sanitaristas reafirmavam os princípios de descentralização para os municípios elaborava uma reflexão sobre as práticas de saúde, articulando em conjunto com as práticas sociais e o objeto da atenção coletivo, a partir da referência da epidemiologia social latino-americana” (SILVA JUNIOR, 1998).
A reforma sanitária é modelo de desenvolvimento e seus reflexos sobre a saúde da população e ao sistema de saúde em si, que deu origem à construção da base político-ideológica da Reforma Sanitária e à difusão do movimento sanitário no meio médico (MENDES, 1995).
Na reforma sanitária os sanitaristas discutiam conceitos sobre a saúde fazendo uma relação com a economia da época além de apontar pontos que marcaram o período entre eles à criação do planejamento e controle das atividades médico sanitárias, construção do plano plurianual, plano nacional de desenvolvimento. O Ministério da Saúde afirma que a realização da III Conferência Nacional de Saúde trazia como propostas a comissão sistematizando e descentralizando os municípios da saúde.
A reforma sanitária tem como principio fundamental a defesa da universalização das políticas sociais garantindo direitos a quem necessita. Durante esse processo de crescimento a saúde era um determinante social.
De acordo com Lopes (2005) a Reforma Sanitária trazia como tema central, saúde é democracia como grande marco para a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. 
Teixeira entende Reforma Sanitária como um conceito que se:
"... refere a um processo de transformação da norma legal e do aparelho institucional que regulamenta e se responsabiliza pela proteção à saúde dos cidadãos e corresponde a um efetivo deslocamento do poder político em direção às camadas populares, cuja expressão material se concretiza na busca do direito universal à saúde e na criação de um sistema único de serviços sob a égide do Estado".(1989) 
Vale ressaltar que o SUS trouxe estratégias de reordenação do sistema de saúde brasileiro postas em disputa com teorias divergentes sobre as concepções sobre saúde-doença e distintos projetos de poder no campo da saúde. 
1.2 Abordagem histórica do Serviço Social na saúde 
Podemos considerar inicialmente que no Brasil, o Serviço Social entrou no campo da saúde pública pelo viés dos trabalhos com comunidade, por meio de atividades educativas com o propósito de expor informações diretas sobre o processo de higienização. 	Se faz importante destacar a necessidade desse trabalho pelo fato da falta de informação das pessoas, pois muitas nem os estudos concluíram, vivendo em péssimas condições.
A saúde é um dos maiores empregadores dos assistentes sociais tanto no passado como nossos dias de hoje, a atuação no passado eram visto como curativa e de caráter assistencialista, atualmente, como interventiva e preventiva atuando nas mais variadas expressões da questão social informando e esclarecendo a sociedade sobre os seus direitos.
Podemos destacar que na década de 1960 o Serviço Social não tinha problemas no que diz respeito ao âmbito interno da profissão. Após esse período iniciou-se um momento de muitos questionamentos conservadores, tendo como articulador os latinos americanos no processo de reconceituação. (BRAVO, 1996). 
Cabe salientar que a sociedade brasileira sofreu várias alterações na década de 30, isso quer dizer que passou por um processo de conjuntura e industrialização no qual o Estado define alguns papéis para responder a luta de classe dos trabalhadores, é interessante ressaltar as características econômicas e históricas desse período contribuindo de maneira decisiva para o surgimento das políticas sociais objetivando dar uma resposta precisa aos problemas enfrentados pela época com relação ao processo saúde doença. 
 “A questão social neste período precisava ser enfrentada de forma mais sofisticada, transformando-se em questão de política e não de polícia, com a intervenção estatal e a criação de novos aparelhos que contemplassem os assalariados urbanos, que se caracterizavam como atores importantes no cenário político nacional”. (BRAVO, 2004, p.26)
Durante esse período o Estado entra em cena utilizando-se de algumas estratégias viabilizando melhores condições para população, entre elas podemos elencar a medida de caráter interventivo e de regulação da questão social, dessa forma, fazendo com que as primeiras ações de intervenção configuram-se de forma incipiente em um tipo de ação social com objetivo de diminuir as consequências materiais e morais derivadas do trabalho assalariado, ou seja, ações de caráter filantrópico.
Em suma, Iamamoto e Carvalho (2005) esclarecem que o processo de legitimação e institucionalização da prática profissional dos assistentes sociais no Brasil, deu-se com a expansão e o desenvolvimentodas grandes entidades assistenciais estatais ou privadas, ocorrido na década de 1940, onde os conflitos sociais eram constantes pelo fato das classes burguesa e das classes operária viviam insatisfeito pela condição de trabalho e começaram a exigir melhores condições de vida, entretanto é sempre bom ressaltar o papel do Serviço Social dentro desse sistema capitalista como um mediador dos problemas que a sociedade vivia na época, trazendo como seu colaborador a igreja católica que financeiramente contribuía com a classe mais carente do período.
Todo o trabalho realizado pelo Serviço Social baseava-se numa prática rotineira e burocratizada, através de trabalhos educativos voltados para a reinserção daquele trabalhador, sendo uma prática fundamentada não como direito do trabalhador e sim, como uma forma de controle social viabilizando a ideologia dominante, ou seja, a profissão tinha um papel repressivo e assistencialista, criava políticas sociais no intuito de regular a vida em sociedade, minimizar as tensões e com isso, conseguir legitimidade de seu poder.
Na trajetória da profissão, o assistente social vem buscando conhecimento de diversas correntes de pensamento entre elas positivismo, funcionalismo, marxista e outras com o objetivo de aprimorar e colocar em prática as diversas teorias assumindo um referencial critico e reflexivo diante da realidade. De acordo com NETTO o movimento de reconceituação latino americano da profissão foi:
“O Movimento de Reconceituação do Serviço Social latino americano assume três distintas direções: 1- a perspectiva modernizadora; 2- a perspectiva de reatualização do conservadorismo; 3- a perspectiva de ruptura com o Serviço Social tradicional”.(1991, p.)
O serviço social começou o seu processo de crescimento no Brasil em 1945 pelas exigências expostas pelo sistema capitalista onde pregava o lucro e a riqueza como centro geral das transformações da prática assistencial deixando para traz o pensamento de julgamento oriundos do sistema capitalista de produção. 
Alguns autores relatam sobre o processo de criação do Ministério da Saúde, surgiu no ano de 1953, mais de acordo com Poliginano (2013) o que se limitou a um mero desmembramento do antigo Ministério da Saúde e Educação sem que isto significasse uma nova postura do governo e uma efetiva preocupação em atender aos importantes problemas de saúde pública de sua competência.
A área de Saúde transformou-se no principal campo de absorção profissional a partir de 1948 quando o novo conceito de Saúde, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS): “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não mera ausência de doença ou enfermidade”; passou a enfocar os aspectos biopsicossociais, determinando a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles o assistente social.
Destacamos a 8° Conferência Nacional de Saúde como um importante marco histórico para politica de saúde atingindo a população propondo um Sistema de Saúde universal e acessível a todos. Elencamos como eixos dessa conferência: “Saúde como direito de cidadania”, “Reformulação do Sistema Nacional de Saúde” e “Financiamento Setorial”. Foi aprovada nesta Conferência a bandeira da Reforma Sanitária, bandeira esta configurada em propostas, legitimada pelos segmentos sociais.
A saúde até os anos de 1980 era implantada como uma estratégia que procurou dar uma visão universal á cobertura das ações e de serviços de saúde, onde eram oportunizadas pelo INAMPS para seus beneficiários, tendo como responsabilidade prestar assistência a saúde de seus associados, o que justificava na época a construção de grandes unidades de atendimento ambulatorial e hospitalar, como também a contratação de serviços privados nas regiões com maior desenvolvimento econômico e nos grandes centros urbanos, onde estavam a maioria dos seus beneficiados.
O Sistema Único de Saúde recebeu uma proposta que atendesse de forma universal, com alterações em seu sistema de financiamento de uma nova organização.
O Ministério da Saúde desenvolvia ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, com destaque para as campanhas de vacinação e controle de endemias; essas ações eram desenvolvidas sem nenhum tipo de discriminação com relação á população beneficiária. Já na área de assistência á saúde, atuava apenas por meio de alguns poucos hospitais especializados.
Ainda nos anos 80 vale ressaltar que a assistência hospitalar era prestada da população definida como indigente, por alguns municípios e estados e por instituições filantrópicas.
A atuação do Assistente Social com as politicas públicas de saúde é importante considerar que houve muitas dificuldades de efetivação, isso porque nem todos tinham acesso aos serviços de saúde, na época para ter serviços de saúde tinha que contribuir com a previdência social e como sabemos poucas pessoas tinham trabalho formal.
A política de saúde formulada nesse período era de caráter nacional, organizada em dois subsetores: o de saúde pública e o de medicina previdenciária. 
1.3 Processo histórico do Serviço Social após os anos de 1980
Esse período da história da saúde Brasileira se caracteriza por várias mudanças tanto de ordem social quanto econômica, com algumas transformações no campo da saúde no Brasil. O país passa por momentos de uma grande crise econômica, paralela a profundas mudanças no modelo político vigente na época; a conquista da democracia após um extenuante período de represálias.
O serviço social ingressou diante de profundas mudanças, onde apresentavam avanços e retrocessos no qual podemos elencar como indicadores sociais e conjunturais. Essas mudanças são abordadas por Miranda & Cavalcanti como uma “crise ideológica, política e de eficácia da profissão surge na década de 1960, questionando a burocratização do serviço social, seu caráter importado e sua ligação com as classes dominantes...” (MIRANDA; CAVALCANTI, 2005, p.7).
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do sistema público de saúde brasileira, considerado um dos maiores sistemas público de saúde do mundo, segundo informações do Conselho Nacional de Saúde. Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um direito de todos e dever do Estado e está regulado pela Lei nº. 8.080/1990, a qual operacionaliza o atendimento público da saúde.
Diante do processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) é resultante de um conjunto de embates políticos e ideológicos, travados por diferentes atores sociais ao longo dos anos. As políticas de saúde e as formas como se organizam os serviços não são fruto apenas do momento atual.
Em análise podemos considerar que o SUS resulta da formulação e legitimação de estratégias de reordenação do sistema de saúde brasileiro postas em disputa com teorias divergentes sobre as concepções sobre saúde-doença e distintos projetos de poder no campo da saúde. 
Em poucos meses foi lançada a lei nº 8.142, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários na gestão do serviço, onde teve um grande salto na saúde do Brasil.
É através desta lei que o direito a saúde, começa a ser assegurando pela Constituição Federal, fazendo com que o papel do Estado seja caracterizado como instância responsável pela “formulação e execução de políticas econômicas e sociais e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação” em saúde (Brasil, 1998). As conquistas são muitas com a chegada da Constituição Federal de 1988 trazendo o papel do Estado e a sua responsabilidade com a comunidade, propondo direitos universais. 
O Brasil é um país que vem conquistando espaço na saúde pelo fato de ter criado o Sistema Único de Saúde bem redigido e descentralizados onde realiza diversos atendimentos sem esquecer-se de dizer que são realizadas as cirurgias mais simples até mais graves e por ter um financiamento estruturado.Diante do exposto é importante ressaltar que hoje o único plano de saúde que garante transplante nos diversos órgãos é o Sistema Único de Saúde sendo modelo para diversos países.
Em primeiro lugar, podemos considerar que o poder público é quem fiscaliza o SUS por isso de acordo com Goulart (1991):
“As competências decorrentes da relevância pública envolvem, certamente, o exercício de um poder regulador, de arbitragem e de intervenção executiva por parte das esferas do poder público e, por conseqüência, de suas agências de prestação de serviços”.
No Brasil, não só os contribuintes da previdência, mas todos os cidadãos têm direito gratuito ao Sistema Único de Saúde através de exames, consultas com especialistas, internações e outros. Atualmente o SUS além de solucionar as situações imediatas também vem trabalhando para o processo de prevenção de doenças e agravos como podemos citar as vacinas contra gripe, sarampo, rubéola, o controle das diversas doenças como a dengue e febre amarela e outras. 
O marco da sua criação foi em 1988 com a criação da Constituição Federal tendo como finalidade central assistir aqueles que mais precisam do serviço de saúde tornado universal e acessível, fazendo um leque de ofertas entre eles a prevenção, a promoção e proteção sendo um projeto social único e material. 
Outra contribuição significativa do SUS foi à descentralização das decisões, responsabilidades, atribuições e recursos. Não há hierarquia entre União, estados e municípios, mas há competências para cada um desses três gestores do SUS. As esferas de governo são parceiras na condução da política de saúde no País. As atribuições de cada um estão definidas nas normas operacionais básicas do Ministério da Saúde e na Lei 8.080, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
Com a criação do SUS o cidadão e os participantes da gestão consideram e deram inicio a uma nova Lei chamada por Lei Orgânica da Saúde onde foi realizando durante uma conferencia tendo a participação de todos para construção desse novo regimento e contribuindo de maneira gradual com o Sistema Único de Saúde. 
1.4 Avanços e desafios do Sistema Único de Saúde
Atualmente podemos dizer que, do ponto de vista de concepção, conseguimos um sistema de saúde bastante avançado, contrapondo-se inclusive isso já viu algumas pessoas colocarem e achei interessante ao modelo hegemônico colocado para a área econômica.
O SUS é uma das maiores políticas públicas de destaque. Apesar de algumas mudanças durante os anos é possível dizer que muito se melhorou mais ainda falta melhor, pois as melhoras são importantes para o crescimento do Sistema. 
Temos um modelo na área econômica chamado de neoliberal ou liberal ou de mercado, qualquer que seja, onde temos como proposta na área de saúde um modelo que vai contra isso, que é um modelo público, e que está se impondo a cada dia. 
A partir da Lei Orgânica da Saúde, o Sistema Único de Saúde ainda estabelece princípios e diretrizes que reforçam os direitos de todos os cidadãos, entre eles estão a:
“Universalidade no acesso e igualdade na assistência; que garante a igualdade de todos às ações e aos serviços necessários para a promoção, proteção e recuperação da saúde. A integralidade na assistência; acesso a um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços resolutivos, preventivos e curativos, individuais e coletivos, de diferentes complexidades e custos, que reduzam o risco de doenças e agravos e proporcionem o cuidado à saúde. Participação da comunidade; participação na formulação, na fiscalização e no acompanhamento da implementação de políticas de saúde nos diferentes níveis de governo. [Além da] descentralização, regionalização e hierarquização de ações e serviços de saúde; acesso a um conjunto de ações e serviços, localizados em seu município e próximos a sua residência ou ao seu trabalho, condizentes com as necessidades de saúde, e atendimento em unidades de saúde mais distantes, situadas em outros municípios ou estados, caso isso seja necessário para o cuidado à saúde” (NORONHA; LIMA; MACHADO, 2008, p. 443).
A Equidade reconhece a igualdade no atendimento de todos os cidadãos perante o Sistema Único de Saúde tendo como objetivo diminuir desigualdades, enquanto que a integralidade diz respeito à combinação das ações de saúde voltadas ao mesmo tempo para a prevenção e a cura, considerar a pessoa como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. 
A regionalização e a hierarquização de serviços significam que os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da clientela a ser atendida. Como se trata aqui de "princípios", de indicativos, este conhecimento é muito mais uma perspectiva de atuação do que uma delimitação rígida de regiões, clientelas e serviços.
O SUS vem funcionando de maneira estruturada sendo organizada de forma regionaliza e hierarquizada, trazendo conhecimento sobre os problemas enfrentados pelas regiões de saúde, proporcionando ações e serviços de saúde de acordo com a região.
Arretche (2005) considera que as características destacam uma nova estrutura institucional e suas regras. Diz também que o governo federal é o responsável principal pelo financiamento e repasse dos recursos considerando os municípios os responsáveis pelos programas locais. 
A participação comunitária foi um desafio assegurado por lei (8.142/1990), o que valoriza a ideia de democracia participativa. Neste mesmo sentido da valorização do SUS como um patrimônio e responsabilidade de todos, foram criados em 2006 três pactos: o Pacto pela vida, o Pacto em defesa do SUS e o Pacto de Gestão do SUS. Do ponto de vista da concepção das políticas para saúde, todos devem ser considerados.
Existiram várias contribuições significativas do SUS no qual o Brasil passou a se responsabilizar distribuindo atribuições e recursos. Havendo competências para a União, Estado e Municípios.
Contudo o sistema único de saúde e sua institucionalização por meio da Constituição foram um dos maiores avanços na luta pela construção de um país mais justo e menos desigual. Se ainda existem problemas no atendimento público da saúde e não são poucos, é inegável o fato de que, a despeito disso, o SUS contribuiu para o fortalecimento da cidadania nacional, uma vez que o direito ao atendimento à saúde é um importantíssimo direito social.
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DESAFIOS PARA GARANTIA DO ACESSO AOS DIREITOS SOCIAIS 
2.1 Surgimento dos direitos sociais 
Agora vamos contextualizar sobre o processo de surgimento dos direitos sociais no qual surgiu na tentativa de resolver uma profunda crise de desigualdade social que se instalou no mundo no período pós-guerra. 
O surgimento dos direitos sociais veio para garantir políticas públicas de proteção social as pessoas que vivem em vulnerabilidade social precisando do amparo do Estado. Diante desse principio o Estado precisa de sistemas efetivos e contemporâneos para garantir políticas públicas. (Comparato, 1999)
Ao analisarmos sobre a proposta do Estado neste período podemos considerar que as questões sociais expostas pelo sistema capitalista de produção dar uma resposta as situações e problemas vividos pela nossa sociedade, por isso o Estado ser de caráter democrático e resolutivo.
As políticas sociais são vistas pelas lutas, pelas classes subalternas pelos seus direitos sociais e trabalhistas, assim como são também instrumentos de ligação política entre o Estado e do capital. 
Os direitos sociais são elencados no artigo 6º Constituição Federal, dentre os quais destacamos o direito à previdência social. Porém, ao analisarmos sobre a Constituição Federal podemos relacionar que é fundamental, atingindo de maneira decisiva a república onde podemos destacar como uma sociedade livre, justa e solidária.
Diante da discussão é de suma importância dizer que os direitos sociais são direitos fundamentais dohomem, caracterizando-se como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria das condições de vida, visando à concretização da igualdade social.
Pode-se dizer que os direitos sociais são em sentido material:
 [...] direitos a ações positivas fáticas, que, se o indivíduo tivesse condições financeiras e encontrasse no mercado oferta suficiente, poderia obtê-las de particulares; porém, na ausência destas condições e, considerando a importância destas prestações, cuja outorga ou não-outorga não pode permanecer nas mãos da simples maioria parlamentar, podem ser dirigidas contra o Estado por força de disposição constitucional. (LEIVAS, 2006, p. 89)
Silva (2006) esclarece que os direitos sociais são divididos por dimensões: primeira dimensão são os direitos civis e políticos, os da segunda dimensão caracterizam-se como direitos econômicos, sociais e culturais e da terceira dimensão compreendem-se aqueles voltados para a proteção de toda a humanidade e não exclusivamente de determinado indivíduo ou grupo, podendo ser citados como exemplos o direito ao desenvolvimento, o direito à paz e o direito ao meio ambiente equilibrado.
Os direitos sociais têm como característica central atender e proporcionar melhores condições de vida para sociedade de maneira universal, atingindo a todos que precisam dos serviços de saúde, assistência e educação. Por isso os direitos sociais têm como características a generalidade e a publicidade, dependem, para sua eficácia, da atuação dos Poderes Executivo e Legislativo. Assim é o caso, por exemplo, dos serviços públicos de educação, saúde e segurança. (LOPES, 2005, p. 129)
Diante do exposto é imprescindível falar que o Serviço Social se estabelece como uma profissão que tem por princípio a emancipação da sociedade, através do acesso aos direitos sociais dos usuários por meio das políticas públicas que sejam efetivadas, atendendo a toda a população. É por meio de um respaldo teórico critico reflexivo que estes profissionais materializam o compromisso com o Projeto Ético Político, tendo nas expressões da questão social o seu objeto de trabalho no qual é necessário que os profissionais criem estratégias que viabilizem e contribuam com uma melhor qualidade de vida dos usuários de todos os serviços, garantindo direitos essenciais.
	Por sua vez, o sujeito passivo dos direitos sociais é o Estado, sendo este o responsável pelo atendimento do objeto de tal modalidade de direitos, qual seja a prestação de um serviço com a escola que é um direito a educação garantido pela Constituição Federal, a saúde é um direito assegurado pelo tripé da seguridade social, são direitos sociais. (Filho 2006) 
2.2 Direitos á saúde e sua essência para vida da sociedade 	
A busca de referências históricas do processo de formulação das políticas de saúde, e da vinculação da saúde ao contexto político geral do país, pode contribuir para um melhor entendimento do momento atual e do próprio significado do SUS.
A saúde é um direito essencial à vida e traz como pressuposto a dignidade da pessoa humana, hoje podemos considerar que saúde faz parte da relação social do ser humano, contudo é necessário reivindicar melhores condições de saúde e lutar pelos direitos assegurados pela Constituição Cidadã.
No artigo 198 da Constituição os serviços devem ser assegurados a toda a comunidade a fim de proporcionar melhores qualidades de vida aos cidadãos de direitos, pois é um direito e não um dever. O direito à saúde se consubstancia em um direito público subjetivo, exigindo do Estado atuação positivo para sua eficácia e garantia. (HUMENHUK, 2004)
Diante no artigo 198 podemos analisar que é importante participação da comunidade no sentido de que a sociedade deverá acompanhar as políticas estatais, buscando as informações disponibilizadas pelo Estado e, atuando positivamente em prol das políticas sociais que ambicionam reduzir a proliferação de doenças e outros agravos.
Diante disso podemos considerar como ações de saúde o controle social, ou seja, a participação da sociedade no processo de democratização, no artigo.197, reconhece os serviços de saúde como de relevância pública, o Constituinte também deixou claro que o bem jurídico saúde prepondera no sistema jurídico brasileiro. (BRASIL, 1988)
O SUS é responsável pela garantia do exercício do direito à saúde, tem como suportes doutrinários o direito universal e dever do Estado (artigo 196 da Constituição Brasileira de 1988); a integralidade das ações de saúde; a descentralização, com direção única em cada esfera de poder e a participação da sociedade (artigo 198). É um sistema único e regional sendo uma das principais atribuições expostas pelos entes federativos. 
A saúde encontra-se assegurada pela Constituição de 1988 como direito fundamental, desde então tem ocorrido avanços inegáveis no sentido de garantir sua universalidade no contexto brasileiro. Para concretizar o seu direito à saúde a população, muitas vezes, tem recorrido às ações judiciais para conseguir o que está precisando, por isso é interessante que se construa políticas que efetivem e façam valer os direitos dos cidadãos.
Magalhães (2008) ressalta que o direito á saúde como: 
“Direito de acesso à medicina curativa. Quando se fala em direito á saúde, refere-se à saúde física e mental, que começa com a medicina preventiva, com o esclarecimento e a educação da população, higiene, saneamento básico, condições dignas de moradia e de trabalho, lazer, alimentação saudável na quantidade necessária, campanhas de vacinação, dentre outras coisas. Muitas das doenças existentes no País, em grande escala, poderiam ser evitadas com programas de esclarecimento da população, com uma alimentação saudável, um meio ambiente saudável e condições básicas de higiene e moradia. A ausência de alimentação adequada no período da gestação e nos primeiros meses de vida é responsável por um grande número de deficientes mentais.” (MAGALHÃES, 2008, p.208)
	Diante do argumento do autor podemos considerar que o acesso aos serviços essencial como saúde, educação, saneamento básico e são direitos assegurados por lei e que muita vez precisamos cobrar e reivindicar para que nossa sociedade tenha acesso.
2.3 	Direitos sociais e cidadania uma conquista para profissão do Serviço Social
	Para a pessoa ser cidadã e ter direito à cidadania e a viver plenamente sua vida, são necessários os direitos civis. Todos os cidadãos têm o direito à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei como um conjunto desses direitos forma a sociedade civil.
	Para efetivar o pleno exercício do cidadão e do direito à cidadania, temos também os direitos sociais, que incluem o direito ao trabalho, ao salário, à saúde, à educação e à moradia. Todos os direitos dos cidadãos que formam a cidadania são baseados na justiça social. Aliás, além dos direitos, os cidadãos também devem seguir seus deveres perante a lei, perante a sociedade.
A cidadania faz parte dos nossos direitos enquanto futuros profissionais tendo como foco atender a sociedade que necessitar do serviço. Nos dias atuais, se usa este termo para expressar a reivindicação de direitos, assim como denunciar agressões e protestar contra abusos de qualquer natureza. Ser cidadão hoje, é poder exercer direitos civis, políticos e sociais, numa construção que se dá via participação social.
 Sposati (1997), baseando-se em Marschall, define a cidadania como um status concedido aos membros integrais de uma comunidade, o que envolve uma relação de reciprocidade entre cidadãos e Estado, compondo-se num conjunto de direitos positivos que podem ser desagregados nos elementos civis, políticos e sociais, visto que as medidas de proteção social implementadas pelo estado através de políticas sociais podem não ter o mesmo significado político e jurídico no que se refere ao exercício de direitos sociais, condição inerente à cidadania.
A cidadania é um direito que todos nos termos enquanto cidadão no qual podemos citar com: a liberdade, dignidade e igualdadesão direitos sociais expressos pela Constituição Federal de 1988, já os direitos civis e políticos são direitos que nos garante a participação da riqueza coletiva entre eles elencamos: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila.
Norberto Bobbio (1992) enfatiza que: 
 “Sem os direitos do homem protegidos e reconhecidos, não há democracia; sem democracia não existem as condições mínimas para solução pacífica dos conflitos, e os direitos não são exercitados. A democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos os direitos fundamentais”.
A cidadania está em constante transformação; tem como referencial de conquista da humanidade busca mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições.
É interessante considerar que a cidadania está muito distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, da taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional das vítimas da violência particular e oficial.
Salientar que a cidadania é por definição nacional, ou seja, pressupõe o pertencer, pelo vínculo da cidadania, a algum tipo de comunidade juridicamente organizada em Estado-nação.
A cidadania vem sendo conduzida a toda a sociedade atingindo a produção econômica levando informação a toda a sociedade por isso Mota 1995 aborda e discorre sobre os vínculos existentes entre assistência pública, políticas sociais, direitos sociais e as contradições do mundo do trabalho assalariado .
Junqueira (2004, p.27) fala sobre a política social e o seu modo solução, sem considerar o cidadão na sua totalidade e nem a ação das outras políticas sociais [...]”. Segundo Junqueira; Inojosa e Komatsu, (1997, p.22):
 “As estruturas setorializadas tendem a tratar o cidadão e seus problemas de forma fragmentada, com serviços executados solitariamente, embora as ações se dirijam à mesma criança, à mesma família, ao mesmo trabalhador e ocorram no mesmo espaço territorial e meio ambiente”.
Marshall (1967) deixa claro sobre os direitos civis, políticos e sociais como exemplo de cidadania trazendo como destaque o trabalho de grupos e a criação de direitos efetivados pelo Estado sendo direitos sociais fundamentais para a sociedade e para a vida em comunidade. 
A cidadania é um importante elemento para os movimentos sociais sendo configurado como lutas e conquistas. Contudo, eles devem enfrentar a oposição de teorias que tentam restringir o alcance dessas conquistas, quer em termos de participação, quer em garantias dos direitos já conquistados.
Concordo quando Benevides (2009) deixa claro que a cidadania deve ser vigente ao Estado em garantir direitos universais a toda a sociedade brasileiro sendo um espaço da vida humana garantindo a democracia e o acesso.
Diante disso os direitos humanos evidenciam direitos a serem reconhecidos através de lutas e reinvindicação tornando-se num dos grandes desafios a serem enfrentados pelo profissional de Serviço Social,
Apesar das múltiplas discussões sobre direitos humanos e cidadania podemos compreender que são muito importantes para consolidar as bases humanas da sociedade e, portanto, para enfrentar todas as formas de desrespeito, preconceito e violência aos sujeitos detentores desses direitos. 
Ao analisarmos sobre o processo de desfrutas os direitos podemos concluir como um exercício da cidadania, ressaltando como conhecimento e conscientização de direitos e deveres garantidos para toda a sociedade DIMENSTEIN (1994) relata que o cidadão brasileiro tem o seu papel com: 
“Verdadeira democracia implica na conquista e efetividade dos direitos sociais, políticos e civis, caso contrário, a cidadania permanece inerte no papel. A cidadania de papel, portanto surge com o desrespeito aos direitos fundamentais do homem. Com a falta de escolas, com a migração, com a desnutrição, com o desemprego e com a pobreza”.
Diante do relato de DIMENSTEIN (1994) podemos dizer que a democracia é o direito a saúde, lazer, esporte, renda, emprego e educação de qualidade, por isso podemos considerar que muito ainda precisa ser melhorado para que tenhamos uma cidadania de qualidade.
3 
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE como uma visão intersetor 
3.1 Atuação do Assistente Social de hoje no âmbito da saúde pública 
Podemos salientar que o maior empregado do Assistente Social é no âmbito da saúde aonde vem impactando na condição de trabalho, na capacitação profissional, no referencial teórico metodológico da profissão, essa realidade traz o marco da atuação profissional em intervir e amenizar a situação da pobreza e os problemas sociais oriundo do sistema capitalista.
As entidades do Serviço Social nos dias de hoje trás como desafio a mobilização entre os movimentos sociais na defesa de melhores condições de saúde na luta por politicas sociais ampliando movimento de massas que questione a cultura política da crise gestada pelo grande capital e que lute pela ampliação da democracia nas esferas da economia, da política e da cultura.
Atualmente o Assistente Social é visto como um profissional de saúde intervindo e mediando as ações de caráter econômico, social, condições de saúde e outros, sendo um serviço de promoção, proteção e recuperação da saúde atendendo a toda a sociedade de maneira direita e indireta. 
Para Ananias (, 2007, p. 64),
“Está posto o desafio de promover cada vez mais a integração das políticas públicas sob o prisma da transversalidade: trata-se de conciliar, de forma dinâmica e determinação política, os direitos e garantias individuais com direitos sociais, econômicos e culturais, incluindo os direitos ambientais, no quadro unificador dos direitos e deveres fundamentais”. 
Diversas demandas são dirigidas aos assistentes sociais que trabalham no campo da saúde. A atuação do assistente social tem como demanda atender os usuários que necessitam dos serviços de saúde, realizando programações de atuação, executando as políticas sociais expostas pelo entes federativos e avaliando no processo inserção. Na saúde a atuação do assistente social é estruturar e organizar as atividades no âmbito sócio ocupacional na execução das políticas sociais. Esse trabalho entre os profissionais da assistência social precisam ser multidisciplinar para que as ações tenha eficiência.
Martinelli, 2011 destaca como público alvo de sua intervenção: 
”As pessoas que se encontram em momento de fragilidade, e necessitam de atendimento humanizado, auxiliando e oferecendo palavras que direcionem suas ações para possíveis soluções de problemas, um olhar que se atente para a situação em que se encontra o usuário, uma atenção redobrada a escuta, isto para que possam restabelecer-se emocionalmente e socialmente e serem estrategicamente orientados” (MARTINELLI, 2011).
É fundamental abordar que os profissionais de serviço social precisam conhecer o campo de atuação para formular políticas sociais de intervenção, viabilizando acesso à população na construção e na conquista das políticas com perspectiva de formular cidadania, participação e exercício do controle social.
O principal trabalho do assistente social é prestar serviços na garantia de acesso aos serviços de saúde assegurados pela Constituição Federal de 1988 e intervir nas mais variadas expressões da questão social.
Os métodos de trabalho do assistente social são muitos no qual podemos destacar os mais frequentes entre eles: entrevistas, análises sociais, relatórios, levantamento de recursos, encaminhamentos, visitas domiciliares, dinâmicas de grupo, pareceres sociais, contatos institucionais, entre outros.
Os profissionais do Serviço Social na saúde são regidos pela resolução n° 218 de 06/03/1997 onde a profissão se caracteriza como construtores do projeto ético politico, teórico metodológico e técnico-operativo tendo como análise aconstrução de instrumentos de capacitação profissional buscando aprimorar seus conhecimentos e habilidades nas suas diversas áreas de atuação.
 Sodré (2010) faz uma análise da profissão do assistente social em atender as novas lutas sociais tendo como objetivo a construção do conhecimento através da busca pelas informações transparentes contribuindo para um mundo mais justo e solidário.
Diante a nova realidade é possível observarmos que o processo de construção e desconstrução está inserido dentro da nossa sociedade em transformação direta na atuação profissional do assistente social.
[...] inserção dos assistentes sociais no conjunto dos processos de trabalho destinados a produzir serviços para a população é mediatizada pelo reconhecimento social da profissão e por um conjunto de necessidades que se definem e redefinem a partir das condições históricas [...] (COSTA, 2008, p.310).
O Ministério da Saúde deixa claro algumas atribuições destacando a atuação do assistente social no processo interventivo da profissão, trazendo um leque de atividades entre elas destacamos:
· Discutir com os usuários e /ou responsáveis situações problemas ;
· Acompanhamento social do tratamento da saúde ;
· Estimular o usuário a participar do seu tratamento de saúde ;
· Discutir com os demais membros da equipe de saúde sobre a problemática do paciente, interpretendo a situação social do mesmo;
· Informar e discutir com os usuários acerca dos direitos sociais, mobilizando-o ao exercício da cidadania; 
· Elaborar relatórios sociais e pareceres sobre matérias especificas do Serviço Social;
· Participar de reuniões técnicas da equipe interdisciplinar e
· Discutir com os familiares sobre a necessidade de apoio na recuperação e prevenção da saúde do paciente. 
Os problemas emocionais decorrentes do impacto da internação, afastamento de seus familiares, e consequentemente prognosticam, e mais uma série de atores no internamento que contribuem para angustiar o paciente. 
O assistente social necessita trabalhar em equipe, pelo fato da observação dos demais profissionais contribuindo com a interpretação das condições de saúde do usuário e promovendo uma competência distinta para o encaminhamento das ações, que o diferencia do médico, do enfermeiro, do nutricionista e dos demais trabalhadores que atuam na saúde.
3.2 Intersetorialidade na política da saúde presente na profissão do Assistente Social
A intersetorialidade deve estar presente na profissão do serviço social isso porque é o processo de articula e integração dos serviços de saúde e outros órgãos públicos com a finalidade de articular políticas e programas de interesse que venha atender a todos.
 Ao fazemos uma breve análise da intersetorialidade nas políticas públicas podemos enfatizar que trouxe a articulação de saberes técnicos, já que os especialistas em determinada área passaram a integrar agendas coletivas e compartilhar objetivos comuns. Nesta perspectiva, a intersetorialidade pode trazer ganhos para a população, para a organização logística das ações definidas, bem como para a organização das políticas públicas centradas em determinados territórios, em se tratando no âmbito do serviço social isso é muito bom porque o usuário que precisa do serviço de saúde e dos demais setores para o seu processo de recuperação saúde doença.
É nesta direção que para Nogueira e Mioto (2006) a intersetorialidade constitui um pilar estruturante da Integralidade, obtendo espaço nas discussões e atos normativos em torno da saúde pública, haja vista a NOB 96 e o Pacto pela Saúde. Destaca-se que por ocasião do Pacto pela Saúde, é publicada, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde, com objetivo de otimizar os serviços e a gestão do SUS. 
Neste âmbito, a Política Nacional de Promoção da Saúde ressalta a que a produção da saúde necessita da“[...] ampliação do comprometimento e da corresponsabilidade entre trabalhadores da saúde, usuários e território em que se localizam os modos de atenção e de gestão dos serviços de saúde” e “[...] exige a mobilização de recursos políticos, humanos e financeiros que extrapolam o âmbito da saúde”. Situa-se a intersetorialidade como desafio para o setor de saúde (Ibdem, p.11).
Define, então:
 […] a intersetorialidade como uma articulação das possibilidades dos distintos setores de pensar a questão complexa da saúde, de co-responsabilizar-se pela garantia da saúde como direito humano e de cidadania e de mobilizar-se na formulação de intervenções que a propiciem [...]. Tal processo propicia a cada setor a ampliação de sua capacidade de analisar e de transformar seu modo de operar a partir do convívio com a perspectiva dos outros setores, abrindo caminho para que os esforços de todos sejam mais efetivos e eficazes. (Ibdem, p. 10-11)
A intersetorialidade é apontada pela Rede Unida (2000) como prática utilizada pelo Estado, trazendo respostas negativas para incapacidade de resolver os problemas setoriais que tanto nossa sociedade vive nos últimos anos, o Estado tem o dever de garantir políticas públicas concretas e eficazes mais muitas vezes não consegui produzir por falta de compromisso com a sociedade. 
Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (Opas, 1999, p.28) “a ação intersetorial demanda da área de saúde não somente iniciativa, mas, sobretudo receptividade.” Ao analisar historicamente a produção social da saúde vem demonstrando a incapacidade do modelo de saúde, exclusivamente biomédico. Por isso a promoção da saúde não pode ser forjada apenas pelo setor da saúde, mas em uma articulação intersetorial com setores para que a eficiência do serviço possa acontecer.
A intersetorialidade recai para exercício profissional do assistente social com o objetivo de pensar sobre a atual prestação de serviços a população, no âmbito da política pública, fornecendo atendimento humanizado para os usuários do SUS.
O assistente social precisa pensar e reconhecer a intersetorialidade em suas ações profissionais refletindo a própria fragmentação da rede de serviços e da gestão das políticas sociais, propondo novas estratégias de trabalho que viabilizem uma melhor ação com os demais setores.
Para Schütz e Mioto (2008) o Serviço Social tem tratado de forma bastante genérica a intersetorialidade, apesar de esta ser uma temática de grande relevância para as políticas públicas, com as quais a profissão trabalha. Apesar disso, as informações expostas deixam patente que o exercício profissional dos assistentes sociais mobiliza setores diversos no atendimento da população, o que contraria essa não identificação da intersetorialidade em suas ações profissionais.
Amaral (2008) ressalta que:
 “O assistente social na área da saúde é como um agente da integração, ou seja, um elo orgânico entre os diversos níveis do SUS e entre as demais políticas públicas, cujo principal produto é assegurar a integralidade das ações. Neste sentido, a ação intersetorial realizada pelo Serviço Social na saúde cumpre um papel fundamental como instrumento viabilizador das condições objetivas para realização do trabalho em saúde, e principalmente para tornar possível o acesso da população aos serviços existentes, constituindo como um elo invisível” (AMARAL, 2008, p. 58).
Diante do que o autor abordou podemos considerar que ele faz uma relação direta com ação e a atitude estabelecida pelos profissionais de Serviço Social no cumprimento do papel com os usuários do serviço do SUS.
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Atuação socioocupacional do assistente social nos diversos campo da saúde como políticas sociais de direitos
4.1 Atuação do Serviço Social no Centro de Atenção Psicossocial
O trabalho dos Assistentes Sociais dentro do Centro de Atenção Psicossocial exige um compromisso com a luta pelo reconhecimento do valor humano, o respeito à igualdade entre os indivíduos, o direito das pessoas governarem com liberdade sua vida e tomarem suas próprias decisões.
Bisneto abordar sobre as pessoas com deficiência mental enfatizando: 
 (...) a importância da reabilitação social dos portadores de sofrimento mental, por meio de programasnas áreas de trabalho, habitação, lazer (práticas que não são especificamente “psi”), ressaltando a necessidade de se estabelecer uma cidadania efetiva para o usuário de Saúde Mental: os aspectos sociais são essenciais para um serviço integralizado de assistência (BISNETO, 2003, p. 115)
 
Vasconcelos (2000) falar que as escolas de Serviço Social tinham como atividade inserir os profissionais nos hospitais psiquiátricos desempenhando sua ação profissional na assistência como porta de entrada nos hospitais psiquiátricos.
 Por isso o Assistente Social possui competências para planejar, propor, elaborar e executar os seus projetos sociais em defesa ao respeito à diversidade humana e à ética como fortalecimento da cidadania e a democracia no qual o profissional não pode burocratizar suas ações sendo necessária agilidade e resolutividade. 
A prática profissional precisa ser vista e analisada dentro da instituição como uma proposta de reabilitação psicossocial tendo grandes proporções afetando a todos que necessitam do serviço. (Vasconcelos 2000, p.188)
Por isso vale destacar o papel dos profissionais para minimizar esses sentimentos e promover orientações e esclarecimentos sobre as capacidades de seus filhos bem como provocar um olhar dos pais sobre si mesmos.
De acordo com Glat e Duque (2003, p. 18-19):
“Os profissionais devem abrir espaço para que os pais possam trazer suas dúvidas, frustrações e ansiedades, a fim de que esses sentimentos sejam trabalhados e não os imobilizem. Ao mesmo tempo é necessário também fornecer a essas famílias, independente de sua condição sócio-econômica e cultural, informações precisas e atualizadas sobre a condição de seu filho, buscando com eles alternativas de atendimento e orientando-os nas situações-problema do dia a dia”.
A importância do Serviço Social na equipe interdisciplinar se dá na leitura da dinâmica familiar, ou seja, deve ouvir as famílias e verificar qual é a realidade em que esta se encontra. Portanto, o Assistente Social, juntamente com os demais profissionais, poderá propiciar não só o diagnóstico de cada criança, mas a proposição e alternativas de minimização, realizando um elo de ligação entre a escola e família.
Historicamente, a entrada de assistente social na Saúde Mental foi sobre determinada pela criação de equipes multidisciplinares no atendimento psiquiátrico. Essas equipes não se constituíram apenas porque o Serviço Social seria uma forma de encaminhar o problema da loucura, mas também porque o Serviço Social atuaria como apaziguador das questões sociais emergentes.
	No início desde processo, caracterizado pelo Serviço Social conservador, a psicologização é marcada pelas relações sociais vividas pela sociedade, diante disso segundo Netto:
“O serviço social adequou-se ao tratamento dos problemas sociais que tomados nas suas refrações individualizadas, que tomando como sequelas inevitáveis do progresso (...) desenvolveu-se legitimando-se precisamente como interveniente pratico, empírico e organizador simbólico no âmbito das políticas sociais” (Netto, 1991, p.79)
A intervenção do Serviço Social acontece em forma de processo, ou seja, gradativamente, portanto os resultados não são vistos de forma imediata. Outro fator observado é que com a equipe multidisciplinar fica mais difícil a caracterização do produto da prática do Serviço Social.
Os assistentes sociais nos CAPS reproduzem atividades onde estimula a autonomia dos usuários que frequentam a instituição e inserir os usuários no âmbito social, contudo as demandas do Assistente Social é promover autonomia e cidadania dos usuários, atuando na conscientização das famílias, no que diz respeito ao comprometimento e a participação no tratamento com o usuário.
Salienta-se que o trabalho profissional de Serviço Social constitui parte de um processo e que se faz necessário compreender as demandas dos grupos, possibilitando que os mesmos habilitem-se a uma consciência crítica e reflexiva da realidade que o cerca.
O Serviço Social vai se apropriar dos processos sociais no cotidiano, obtendo a garantia e a validação dos direitos desses cidadãos, para que ele se torne uma pessoa independente e saiba ser uma pessoa critica em relação aos seus direitos. 
O profissional Assistente Social comprometido com os interesses dos cidadãos intervém nessa realidade e pode fazer a diferença lutando incessantemente na validação dos direitos juntamente com a população usuária
O papel do assistente social nos CAPS é identificar os principais problemas vividos pela sociedade, diagnosticando as principais necessidades de lutar pelos direitos sociais e o atendimento acessível a todos sem descriminação.
4.2 Atuação do Assistente Social dentro do Núcleo de Apoio a Saúde da Família
	A atuação do serviço social no NASF é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar nas mais varias situações sociais. Salienta-se que as diretrizes e principais ações a serem desenvolvidas relativas às áreas estratégicas, não se remetem à atuação específica e exclusiva de uma categoria profissional, assim o que irá definir se a ação é de um ou outro profissional é a situação, ou seja, a necessidade da população e as características da equipe (BRASIL, 2010). 
A inclusão do serviço social nos Nasf, portanto, está em consonância com os princípios éticos e políticos da profissão e do projeto de reforma sanitária. Esse profissional é fundamental para o que prevê a Portaria n° 154, que regulamenta a criação dos Nasf: “As ações de serviço social deverão se situar como espaço de promoção da cidadania e de produção de estratégias que fomentem e fortaleçam redes de suporte social, propiciando maior integração entre serviços sociais e outros equipamentos públicos e os serviços de saúde nos territórios adstritos, contribuindo para o desenvolvimento de ações intersetoriais que visem ao fortalecimento da cidadania” (BRASIL, 2010 p.88) 
A atuação do Serviço Social no NASF deve partir da compreensão de que o direito à saúde se faz pela promoção da cidadania, efetivando o direito à saúde. E as ações junto às equipes de saúde da família, deve voltar-se para articulações intersetoriais, educação, mobilização em saúde e formação de redes de proteção social, como forma de provocar mudanças significativas nos serviços de saúde, sobretudo no que diz respeito à melhoria do atendimento e as respostas às necessidades de saúde. 
As diretrizes do NASF indicam que o Serviço Social trabalhe articulado com os profissionais da equipe NASF prestando apoio às ESF, trabalhando por um prisma socioeducativo. E a proposta para o Serviço Social não se limita a atendimentos de demandas individuais ou a ações junto a grupos específicos de saúde, apesar destes serem espaços importantes de educação em saúde e a presença do Assistente Social também se fazer importante para a abordagem de questões especificas de cunho social, conforme a especificidade do grupo. 
Ainda com relação às diretrizes, é traçado para o Serviço Social alguns objetivos e ações sobre como deve ser direcionada sua atuação, salientando que essas ações não devem ser interpretadas como “especificas do profissional assistente social, mais sim como resultado da interação com todos os profissionais na sua interface com a área estratégica do serviço social” (BRASIL, 2009 p.101). Portanto os profissionais da equipe NASF não só realizam ações individuais, como equipe de apoio às demandas que extrapolam a especificidade dos profissionais das ESF. 
A demanda institucional está articulada com as demandas da comunidade, o que evidentemente está de acordo, pois os serviços estão dispostos para atender as demandas dos usuários formando uma rede de apoio. Portanto se faz evidente que as demandas institucionais aparecem na medida em que se explicitam demandas da comunidade, dessa forma o trabalho do profissional direciona-se para articular essa rede, respondendo concomitantemente demandas da comunidade ou usuários e demandas institucionais. 
Para refletir sobre o processo de inserção no Assistente Social nesse novo campode trabalho, é preciso levar em consideração que o exercício profissional não pode ser analisado isoladamente. É necessário atentar para o contexto socioeconômico e político, o processo de efetivação da proposta do NASF, a dinâmica das diferentes ESF, bem como para as peculiaridades das comunidades atendidas que, apesar de serem caracterizadas pelas precárias condições de vida e estarem situadas no mesmo município, possuem especificidades locais. 
Apesar de ser predominante a atuação do Serviço Social na saúde podemos destacar que é um seguimento de grande relevância pelo fato de criar novas propostas de intervenção e assegurando os direitos sociais estabelecidos pela Constituição de 1988.
Assim sendo, o Serviço Social depara-se com as mais diversas e extremas expressões da questão social tendo que criar estratégias em defesa dos direitos humanos e sociais. Segundo o Ministério da Saúde (2010), a área estratégica do Serviço Social constrói-se no espaço do território, onde se encontram a comunidade, as famílias, os indivíduos, os equipamentos sociais necessários (público e privado), as redes de atendimento vêm desenvolvendo ações em conjunto em defesa dos direitos sociais, produzindo qualidade nos serviços ofertados, mais para isso precisar que o governo invista nos equipamentos de saúde. 
É neste contexto que o Assistente Social, em conjunto com demais profissionais de outras categorias, procura conduzir-se no sentido de compreender, intervir, antecipar e planejar ações, projetos sociais que vão para além da dimensão biomédica. 
4.3 Atuação do Assistente Social dentro Centro de ReferÊncia a Saúde do Trabalhador
O CREST (Centro de Referência a Saúde do Trabalhador) é um serviço novo que veio com o objetivo principal melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores, realizando atividades educativas para diminuir os agravos á saúde. 
Diante das ações realizadas pelo CREST podemos considerar como um campo da saúde pública em atender os agravos e situações de saúde vividas pelos trabalhadores, proporcionando melhor qualidade de vida aos mesmos. "O objeto da saúde do trabalhador pode ser definido como o processo saúde e doença dos grupos humanos, em sua relação com o trabalho". (Mendes & Dias,1991:347)
A saúde do trabalhador veio com a necessidade dar respostas aos agravos e situação de saúde vivida por ele para garantir e assegurar os seus direitos enquanto cidadão a ter um atendimento médico de qualidade. Quando falamos em dar respostas aos problemas de saúde estamos afirmando garantir a cidadania resgatando o mundo do trabalho e suas transformações.
A demanda do CEREST atende todos os trabalhadores em geral, empregadores, gestores e ministério público do trabalho. Valem ressaltar as atribuições do assistente social, em prestar ações os usuários que procurarem o serviço entre eles podemos citar: acolher, prestar orientações (individuais e coletivas) ou encaminhamentos quanto aos direitos sociais da população usuária, no sentido de democratizar as informações; realizar vistorias e análise do contexto social em que o trabalhador está inserido; planejar e executar estudos e pesquisas na área social; propor solução quanto ao atendimento (facilitar marcação de consultas e exames, solicitação de internação, alta e transferência); realizar educação em saúde e outras.
De acordo com Costa (2007) o serviço social na saúde interfere e cria um conjunto de mecanismos que incidem sobre as principais contradições do sistema de saúde pública na vida dos indivíduos.
O serviço social dentro dessa nova política veio como uma forma de mediar e intervir no processo de saúde doença, encaminhando os serviços e reforçando a concepção do trabalho profissional no processo teórico e metodológico da atuação do assistente social.
O trabalho nos CREST’S ocorre de maneira interdisciplinar junto com diversos profissionais entre eles: fisioterapeutas, médicos, psicólogos, enfermeiros, técnico em segurança do trabalho, técnico em enfermagens e outros que contribui nas ações desenvolvidas.
Diante disso podemos considerar que o trabalho do assistente social no âmbito da saúde é fundamental para a efetivação dos direitos tendo como desafio a prática profissional. Iamamoto (2004) aborda que o desafio intelectual e teórico-crítico e também político: o de desvendar a prática social como condição para conduzir e realizar a prática profissional, imprimindo-lhe uma direção consciente, tornando-se imprescindível, para isso, o entendimento do sentido ou da natureza política da prática profissional. Dessa forma, 
a atuação do Serviço Social é visceralmente polarizada por interesses sociais de classes contraditórias, inscritos na própria organização da sociedade e que se recriam na nossa prática profissional, os quais não podemos eliminar. Só nos resta estabelecer estratégias profissionais e políticas que fortaleçam alguns dos atores presentes nesse cenário. Assim sendo, a prática profissional tem um caráter essencialmente político: surge das próprias relações de poder presentes na sociedade (IDEM, 2004, p. 122).
	
4.4 Atuação do Assistente Social dentro do Programa de Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)
O Serviço de Atenção domiciliar é um programa em recente execução onde o profissional do serviço social atua oferecendo atendimento ao paciente e também ao cuidador no processo interventivo, tendo com objetivo reduzir o número de leitos hospitalares.
O Ministério da Saúde afirma que o Serviço de Atenção Domiciliar potencializa uma melhor gestão dos leitos hospitalares e o uso mais adequado dos recursos, como também serve de porta de saída para a rede de urgência/emergência, diminuindo a superlotação nesses serviços, sendo, assim, um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências.
Segundo Portarias MS 2527 de outubro de 2011 e 963 de 27 de maio de 2013 a “Atenção Domiciliar (AD) constitui-se como modalidade de atenção à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas no domicílio, com garantia de continuidade do cuidado e integrada às Redes de Atenção à Saúde (BRASIL, 2011).
O assistente social trabalha na vivencia com pacientes garantindo os seus direitos e viabilizando melhores condições para os pacientes acamados, e dando suporte necessário ao cuidador no que diz respeito a marcação de exames, medicações de auto custo, insumos e outros. Essas necessidades são expostas por (NOGUEIRA; MIOTO, 2008) como um condicionante de saúde, alertando para o risco de adoecimento do cuidador, exatamente pelo exercício do cuidado dispensado ao enfermo.
Diante desse serviço os assistentes sociais utilizam como instrumento as informações obtidas pelos familiares e os cuidadores realizando acompanhamento familiar frequentemente.
O profissional de serviço social precisa ser acolhedor, compreensivo, receptivo e procurar amenizar da melhor maneira possível os problemas e situações vivenciados, mais para isso é interessante que o cuidador e o profissional tenha boa vontade e autonomia em solucionar os problemas. 
CONCLUSÃO
Em suma podemos considerar que vivemos em uma época em que há imensos obstáculos estruturais à construção do bem-estar social. Talvez essa seja a marca que irá caracterizar no futuro esse nosso tempo: a incapacidade, apesar da produção exponencial de riqueza, de assegurar bem-estar às pessoas. As políticas públicas estão em crise, são consideradas fora de moda. Construiu-se um discurso bastante difundido, repetido como um cantochão sinistro, sobre a quase auto-suficiência do mercado. E essa é uma pedra no caminho do SUS.
Diante do que foi abordado hoje todos os brasileiros desde o nascimento, têm direito aos serviços de saúde gratuitos. Mas ainda faltam recursos e ações para que o sistema público atenda com qualidade toda a população.
As dificuldades do SUS são conhecidas, mas não podem ser generalizadas. Muitos municípios, que assumiram a saúde de seus cidadãos, que respeitam a lei e investem recursos

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